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A Praça Gastão Vidigal Hybrida, uma nova concept store Época do Ipê-amarelo VIDA DE BAIRRO GENTE CRÔNICA DESIGN URBANISMO COMPORTAMENTO ANTENA INSPIRAÇÃO ECONOMIA VIAGEM ESTILO PRAÇAS GASTRONOMIA CULTURA LENTE VIVER BEM CONVIZINHO AGOSTO/SETEMBRO 2017 aQuadra Ipe Moraes, empresário Ícones da arquitetura Registro na rua O JORNAL DO JARDIM PAULISTANO E DOS ARREDORES DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

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A Praça Gastão Vidigal Hybrida, uma nova concept store

Época do Ipê-amarelo

VIDA DE BAIRRO GENTE CRÔNICA DESIGN URBANISMO COMPORTAMENTO ANTENA INSPIRAÇÃO

ECONOMIA VIAGEM ESTILO PRAÇAS GASTRONOMIA CULTURA LENTE VIVER BEM CONVIZINHO

AGOSTO/SETEMBRO 2017aQuadra

Ipe Moraes, empresário

Ícones da arquitetura Registro na rua

O J O R N A L D O J A R D I M PA U L I S TA N O E D O S A R R E D O R E S

D I S T R I B U I Ç Ã O G R A T U I T A

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Seja você também parceiro do nosso jornal. É com a contribuição

de cidadãos, empresas e entidades-madrinhas que será possível a

realização deste projeto em prol da nossa quadra, do nosso bairro e,

consequentemente, da nossa cidade.

PADRINHOS

Minhas primeiras experiências com o jornalismo foram na Editora Abril e, mais tarde, assinando uma coluna de moda no saudoso Jor-nal da Tarde. Depois de muitos anos atuando em outras áreas, fui pega pelo sonho de voltar a essas origens e desenvolver um jornal,

que já deveria nascer com uma missão: ser uma plataforma de comunicação do nosso bairro e de seus arredores.

Convidei para este projeto duas amigas, também frequentadoras do Jardim Pau-listano e que, como eu, acreditam no poder da união e do empreendedorismo da comunidade local em prol de objetivos comuns.

Nascia o aQuadra, cujo nome – acreditamos – remete a uma localidade multiface-tada, que limites variáveis, que se expande e se liga a outras quadras. Como o nosso Jardim Paulistano, que tem clima de aconchego, em que os vizinhos se conhecem e se encontram na praça, e que é, ao mesmo tempo, cosmopolita e moderno.

Nosso bairro querido e inspirador! Repleto de áreas verdes, preocupa-se em pre-servar a qualidade de vida de seus moradores e vistiantes, e ao mesmo tempo oferece a comodidade de ter comércio, entretenimento e serviços a poucas quadras.

Espero que vocês se apaixonem, como nós, por este projeto, e nos inspirem. É com as sugestões, a energia e a colaboração de todos que o aQuadra cumprirá seu papel e se tornará a voz de todos.

Helena Montanarini

EDITORIAL

HELENA MONTANARINI, Globetrotter e curadora de moda e estilo, formou-se em desenho industrial, mas por ironia do destino foi para o jornalismo de moda. Morou em Paris e Milão, onde foi correspondente de diversas publicações. Hoje desenvolve projetos personalizados e criou o conceito editorial do jornal aQuadra.

CRISTINA RAPPA Jornalista, profissional de comunicação corporativa e escritora de livros infantojuvenis, adora viajar, especialmente sobre duas rodas, e, de uns tempos para cá, deu para observar aves.

MABEL BÖGER CARRAZZA, Catarinense, autodidata e entusiasta das artes gráficas, criou o projeto gráfico do novo jornal aQuadra. Adora andar pelo Jardim Paulistano e descobrir lugares inusitados que tenham a ver com a sua filosofia de vida.

José MessinaLucinha Mauro

Pedro Hungria Mendes de CastroVânia Assaly

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5C olaboradores

Quem somos Publisher

Helena Montanarini

Diretora de redaçãoCristina Rappa (MTB 15.213)

Projeto gráfico e direção de arteMabel Böger Carrazza

ReportagemAna Barbieri e Sílvia Sibaldi

[email protected]

ProdutoraGiulia Magalhães

[email protected]

FotografiaPaulo Giandalia

ColaboradoresAndréa Bispo, Bruna Barros, Cássio

Vasconcellos, Charles Piriou, Claudia Fidelis (tratamento de imagens), Felipe Hess,

Giuseppe Nardelli, Jade Gadotti, João Paulo Siqueira Lopes, Luciana Maria Sanches (revisão), Tati Vela, Valderson de Souza

PublicidadeAdriana Gorni

[email protected]

CTP, impressão e acabamento Gráfica Stilgraf

www.stilgraf.com.br

O jornal aQuadra é uma publicação bimestral da Montanarini Consultoria

Editorial Ltda. - ME

Rua Francisco Leitão, 653, 2o andar, conj. 21, CEP 05414-025, Pinheiros, São Paulo, SP, tel.: (11) 3898-3036

CNPJ.: 57.473.407/0001-53

[email protected]

www.jornalaquadra.com.br

CÁSSIO VASCONCELLOS Iniciou sua trajetória na fotografia em 1981 e já participou de mais de 200 exposições, em 20 países, entre elas Coletivos, no Today Art Museum (TAM), Pequim, China (2013). Publicou cinco livros de fotografia.

JADE GADOTTIArtista plástica formada pela Faap, restauradora e fotógrafa. É conhecida pelas fotos de casamentos e retratos de família. Integra coleções particulares no Brasil e exterior.

RICARDO GUIMARÃES Publicitário, iniciou a carreira, em 1969, na Norton. Hoje é empresário e presidente-fundador da Thymus Branding.

JP SIQUEIRA LOPES Tem uma paixão visceral por artes visuais. Depois de anos à frente da Lisson Gallery na América Latina, Paulo, agora curador e art advisor, conta para aQuadra suas mais recentes descobertas.

TATI VELA Trabalhou por quatro anos como designer gráfica na Visionaire e V Magazine.Criou campanhas para Givenchy, Dior, GAP, entre outras. Estudou história da arte, literatura clássica, pintura, aquarela e ilustrações.

CHARLES PIRIOU Nascido na França, começou como garçom em Paris. Mudou-se para São Paulo, onde presta consultoria na área de restaurantes e hotéis, como Dalva e Dito, P.J. Clarke’s e Chef Rouge.

FELIPE HESS Paulistano, formou-se em 2007 pela Escola da Cidade. Colaborou com a Triptyque Arquitetura de 2006 a 2008 e com Isay Weinfeld de 2008 a 2012. Fundou o escritório Felipe Hess arquitetos há cinco anos.

MICHEL FARAH Proprietário da Farah Service, empresa que busca agregar valores às marcas, aliando ações de marketing a conceitos ambientais, culturais e sociais.

VALDERSON DE SOUZA Astrólogo e tarólogo. Ar-quiteto e mestre em cultura japonesa pela Universi-dade de São Paulo/USP. Ikebanista e chajin.

DR. FERNANDO MACHADO PEDROSA Formado em medicina pela USP, com especialização em medicina esportiva e ortopedia. Pratica corrida e já participou da Maratona de Nova York, entre outras provas.

PAULO GIANDALIA Retratista, começou como repórter fotográfico no Jornal da Tarde. Em 2000, cobriu a Olimpíada de Syd-ney para o UOL. Publicou o livro Mestres do Salão com Thomaz Souto e Renato Pasmanik.

BRUNA BARROS Estudou moda e design de ambientes em BH e se especializou em gravura na academia de Belas Artes de Veneza, Itália. Hoje é tatuadora e ilustradora, com livros infantis publicados pelo mundo afora.

Sumário06 Crônica 08 Vida de Bairro

14 Entrevista

16 Caminhada

18 Economia

19 Cultura/artes

20 Urbanismo

22 Gastronomia

24 Francisco Leitão

26 Antena

27 Lente

28 Viver bem

29 Indicações

30 Astros

31 Olhar Próxima edição: outubro/novembro.Distribuição: 2 de outubro de 2017.

Solicite o seu jornal aQuadra na banca de jornal da Rua Joaquim Antunes, esquina com a Rua Sampaio Vidal

Mestre em arranjos florais em Nova York, realiza projetos exclusivos para residências, escritórios, lojas e eventos, com excelência,

originalidade e pontualidade

Tel.: (11) 3083-0949 / [email protected]

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6Crônica

Por RICARDO GUIMARÃES*

Ricardo no Mercado de Pinheiros, onde visita o Instituto ATA, espaço dedicado aos novos sabores brasileiros e focado em ingredientes de diferentes biomas do Brasil.Mercado Municipal de Pinheiros, R. Pedro Cristi, 89, Largo da Batata

Eachei genial ser impresso, porque dá para pegar e exibir que você está lendo aQuadra na praça. Essa visibilidade pública cria identificação, aproxima as pessoas e, mes-mo que você não vá puxar conversa, dá um sentimento

de pertencer a um mesmo lugar, a um grupo de vizinhos com inte-resses, problemas e riquezas compartilhados.

Nada contra o digital, mas o jornal impresso é outra coisa, é artesanal. E pelo extremo bom gosto e informação que eu sei que a Helena tem, será coisa de colecionar. Parabéns pela ideia e pelo espírito empreendedor! Vai enriquecer muito o co-nhecimento sobre o nosso bairro e aumentar o valor de nosso patrimônio. Tomara que os prestadores de serviços que nos atendem aqui saibam apoiar e explorar o potencial comercial do aQuadra. Mídia dirigidíssima, com conteúdo e linguagem proprietários. Coisa rara. Desejo muito sucesso para você, mi-nha amiga e vizinha querida.

Costumo dizer que moro no pé da montanha e trabalho às mar-gens do rio. Levo 15 minutos para caminhar até o meu escritório. Meus filhos também estão por perto; com exceção da Leca, que mora em Austin, Texas, ninguém está a mais de 500 m de distância

“Bom-dia, vizinho”

*RICARDO GUIMARÃES é publicitário, sócio-fundador da Thymus e morador do Jardim Paulistano. Ricardo tem apoiado dois dos mais consistentes cases de marca no Brasil: Natura, case study na London Business School, e Banco Real, case study na Harvard Business School. Os clientes dele são empresas líderes de setores: TAM Linhas Aéreas, Natura Cosméticos, AfroReggae, Vivo-Telefônica, Banco do Brasil, entre outros. Ricardo Guimarães é membro do conselho da Fundação Nacional da Qualidade, da São Paulo Companhia de Dança e do Instituto ATA – Gastronomia e Sustentabilidade.

entre uma casa e outra. Fiz minha vida acontecer aqui no bairro. Talvez esse seja um dos meus projetos mais bem-sucedidos: viver em São Paulo como se estivesse em uma cidade do interior.

Lili, minha mulher, está aqui desde antes do supermercado Sirva-se chegar à esquina da Gabriel com a Ibsen (da Costa Man-so). Sim, somos baby boomers.

Naquela época, eu morava na Casa Branca, esquina com a Oscar Freire, e conhecia o bairro como o fim da linha do 54, o ônibus elétrico que descia a Gabriel para a gente ir ao Clube Pinheiros quando não pegávamos o 51, que parava mais perto do clube. No lugar do Shopping Iguatemi havia uma chácara com porteira, e a Faria Lima era a estreita Rua Iguatemi, onde passava bonde.

Estamos no bairro desde que casamos, até porque a Lili fica mal só de pensar em se mudar daqui. Passamos pela Saquarembó, na frente da casa da mãe dela; pela Capitão Antonio Rosa, onde pe-gamos duas enchentes; depois Cel. Alfredo Cabral, onde ficamos por 20 anos; estamos na Mariana Correia desde 2003, em uma casa construída por nós, com a genial competência do Isay Wein-feld, que assina projetos lindos no bairro.

Aliás, sugiro que aQuadra organize caminhadas temáticas como de arquitetura, árvores, birdwatching. Basta marcar dia, hora, local de partida, que deve ser a Praça Gastão Vidigal, ób-vio. Contrate um especialista, de preferência do bairro, o grupo racha o custo e aQuadra faz a reportagem com fotos, entre-vistas e informações sobre o tema. Já deixo aqui a provocação para que os voluntários especialistas entrem em contato para começar a organizar.

Eu caminho muito pelo bairro. Tenho vários circuitos. O mais curto é entre minha casa e o Pão de Açúcar – quem mexeu no meu Pão? Saudades da gestão Diniz! – para tomar um café na cafeteria do supermercado com meu filho Pedro, que mora na Ibsen. Na volta passo no Tiago, na Oliveira Pinto e depois na Shubi, na Maria Carolina, para ver os netos.

O circuito médio é gastronômico e me leva até o Mercado de Pi-nheiros, onde faço algumas compras nos boxes do Instituto Ata– do qual sou conselheiro – que traz para São Paulo comes e bebes e coisas de cinco biomas do nosso Brasil. Um turismo super-rico de sabores e saberes. Se a sacola estiver leve, volto passando pelo Instituto Tomie Ohtake e pela Fnac.

O circuito maior é mais atlético, porque vou até o Parque do Povo e dou as voltas que aguento enquanto confiro como está indo o crescimento daquele jardim. Eu gosto muito de acompa-nhar o desenvolvimento de árvores e plantas e suas variações nas estações do ano.

Mas o mais gostoso desses passeios são as pessoas com quem a gente cruza e que, mesmo sem nos conhecer, trocam um simples e breve “bom-dia”, como se dissessem “que legal que é morar neste bairro, né, vizinho?”.

Pois é. E vai ficar mais legal ainda quanto mais aQuadra nos aju-dar a conhecê-lo melhor.

Fico por aqui. Até qualquer hora em numa padaria, farmácia, loja ou aqui, no aQuadra. Meu abraço.

Vibrei quando a Helena me contou que faria um jornal do bairro

COBOGÓ PAVALION DE KENGO KUMAExposta na Japan House, é uma escultura permanente inspirada no cobogó brasileiro, elemento construtivo vazado criado no Recife nos anos 30. Será doada para uma praça nos jardins, em setembro

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Praça Gastão VidigalConhecida como Praça do Ovo, é ponto de encontro e lazer de pessoas de todas as idades e interesses

Difícil achar quem more na região da Faria Lima e não frequente a Praça Gastão Vidigal. Localizado no coração do Jardim Paulista-

no, entre as ruas Desembargador Mamede e Laerte Assunção, e preservado pela associação de mora-dores da região dos Jardins América, Europa, Paulis-ta e Paulistano, a Ame Jardins, o local, que é também conhecido como Praça do Ovo, atrai pessoas de todas as idades e interesses.

Bonita e arborizada, a praça tem espaço para prática de esportes, passear com o cão, ler um livro ou apenas bater papo, encontrar os vizinhos, reunir a família e se distrair. Possui ainda um playground, reservado apenas para crianças e pais ou acompanhantes. Nos fins de sem-

Praça Gastão Vidigal - Rua Desembargador Mamede, 119 - Jardim Paulistano

anas, há ainda picolé e água fresquinha, garantidos pelo sorveteiro ao cair da tarde. DICAS

Para que o seu passeio seja um sucesso, não se es-queça de usar filtro solar e repelente. Leve lanchinho e bebida se pretende ficar bastante tempo, já que não há nenhum comércio por perto, e vá ao toalete antes de sair de casa, pois não encontrará por ali. Se levar seu cão para passear, respeite os locais delimitados e não deixando que ele entre na área do playground. SUA OPINIÃO

Se você quer apoiar o trabalho de preservação da praça, tirar dúvidas ou enviar sugestões, mande uma mensagem para [email protected].

QUEM FOI GASTÃO VIDIGAL?Advogado e político brasileiro. Nasceu em 15 de

maio de 1889, formou-se em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), par-ticipou do quadro diretivo da Associação Comercial de SP, foi deputado federal e ministro do Estado da Fazenda do governo de Eurico Gaspar Dutra. Parti- cipou da diretoria de diversos bancos, contribuiu ati-vamente na gestão de inúmeras instituições e fundou o Banco Mercantil.

As pessoas muitas vezes se surpreendem com o fato de a cidade de

São Paulo abrigar mais espé-cies de aves (465, de acordo com a enciclopédia WikiAves) do que países como Itália (390) e Portugal (435).

A explicação está na localiza-ção da capital paulista (bioma de Mata Atlântica, ou do que sobrou dela), na presença de parques e bairros arborizados e na maior conscientização quan-to à necessidade de preservação das aves e do meio ambiente em geral, com moradores plantan-do árvores frutíferas e outras que atraem passarinhos – como amoreiras, flamboyanzinhos e pitangueiras – nas calçadas e em seus próprios jardins.

O movimento – muito posi-tivo – só tem aumentado. Gru-pos de observadores de aves amadores, conhecidos como birdwatchers, crescem, assim como os eventos, a ponto de chamar a atenção até da grande imprensa, esta normalmente tão voltada aos temas essencial-mente urbanos, para o assunto.

Eu mesma, que já fui “pas-sarinhar” na Amazônia e no Pantanal, tive um pouco de preconceito com relação a ob-servar aves na capital paulista.

Os jardins paulistanos rendem uma boa passarinhada

HORTA MIRIM DA PRAÇA GASTÃO VIDIGALEm prol da educação e do divertimento, o novo projeto já está chegando neste mês!

A Horta Mirim terá o intuito de unir pais e filhos para cuidar da terra e dos alimentos. Para isso, serão instalados oito canteiros triangulares elevados. A ideia é ensinar as crianças

a trabalhar em equipe e apender o senso geográfico do espaço, relacionando com trajetórias do sol e estações do ano. O trabalho de implantações será efetuado em mutirões semanais que serão coordenados por uma dupla de oficineiros. Para realizar o projeto, sua contribuição é essencial. Dúvidas e sugestões de interessados em apoiar essa causa: basta

mandar um e-mail para o endereço [email protected] ou entrar em contato pelo telefone (11) 99633-5590, tratar com Manuela.

PICA-PAU-DE-CABEÇA-AMARELAO seu “toc-toc” pode ser

escutado nas árvores mais frondosas do bairro

SABIÁ-LARANJEIRAAve-ícone e madrugadora de São Paulo, o sabiá-laranjeira é figuri-

nha fácil nas ruas dos Jardins

BEM-TE-VIOutra ave bem popular nos

jardins da capital, foi batizada pelo canto: “Bem-te-vi!”

SANHAÇO-CINZENTOOutra gracinha que adora

degustar as frutas das amoreiras e pitangueiras das nossas ruas

PERIQUITO-RICOBarulhento e animado,

este periquito é comumente chamado de “maritaca”

Bobeira minha! Não é que em uma árvore na rua atrás da minha casa, no Jardim Paulista-no, antes das 7h da manhã, a ca-minho da prática de ioga, escuto um “toc-toc” e deparo com um lindo pica-pau-de-cabeça-ama-rela (Celeus flavescens)? Naquele dia, atrasei dez minutos, para a prática, pois tive que voltar cor-rendo e pegar a câmera para o importante registro.

Além do pica-pau, o bairro, próximo às movimentadas ave-nidas Rebouças e Faria Lima, abriga almas-de-gato (Piaya cayana), sabiás-laranjeiras (Tur-dus rufiventris), bem-te-vis (Pi-tangus sulphuratus), sanhaços-cinzentos, pombas-de-bando (Zenaida auriculata), corujas-o-relhudas (Asio clamator), gavi-ões-carcará (Caracara plancus) e os barulhentos e animados periquitos-ricos (Brotogeris tiri-ca), entre outras belezuras.

Como avistá-los? Aguçando a sensibilidade, os ouvidos e os olhos nas caminhadas por ruas arborizadas, praças e parques. Plantar uma árvore frutífera ou colocar frutas em um prato no quintal, ou mesmo janela, já garante avistar uns passarinhos sem sair de casa.

Comece o programa pela sua rua ou pela Praça Gastão Vidigal.

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Em tempos da era digital, do online, bancas de jornal são um sinal de resistência tal como flores no deserto. A figura do jornaleiro que vendia figurinhas para os famosos álbuns de colecionadores ainda está na memória de muitos meninos e meninas.

Lutando para vencer a concorrência – padarias, lojas de conveniência e mercadinhos, responsá-veis por abocanhar parte das vendas de periódicos e revistas – as bancas foram e continuam sendo um verdadeiro polo de in-formação, além de ser um comércio democrático.

Aos 90 anos, Sinézio Batista Pereira, morador do Jardim Paulista há 69, viu essa e muitas outras mudanças acontecerem. “Antes de comprar a ban-ca, trabalhei na Mercearia Groenlândia e na padaria Regência. Tive quatro ban-cas aqui no bairro”, conta. Proprietário da Jardim Paulistano há mais de 40 anos, localizada na esquina da Sampaio Vidal com a Joaquim Antunes, o senhor pai de cinco, avô de quatro e bisavô de um ainda hoje fica na banca para ajudar o filho. “Como ele mora perto, fica aqui para mim quando preciso sair, tomar um café”, diz Fernando Augusto Pereira. “Todo mundo nos conhece. A confiança é tamanha que muitos deixam chave de casa, de carro, cartão de

Quem passa pela Praça Gastão Vidigal pela manhã se surpreende com o número de pessoas que praticam esportes nela ou no entorno. É uma ver-dadeira academia a céu aberto, sob a sombra das árvores e ao som dos passarinhos e latidos dos cachorros que passeiam e brincam por ali.

Já há diversos grupos de pro-fissionais ministrando treinos aos moradores. Uma das pio-neiras foi a professora de edu-cação física Ariane Malohlava,

que há cinco anos fundou a empresa Corredeiras, pela qual oferece treinos de corrida, ca-minhada, ciclismo e treinamen-to funcional.

Muitos anos antes da cria-ção da Corredeiras, Ariane começou a treinar algumas moradoras do Jardim Paulis-tano na praça. “Foi há uns 16 anos. Propus que treinásse-mos na praça, para aproveitar o espaço. Aí, outros morado-res viam o treino, interessa-vam-se e o grupo foi crescen-

do”, conta ela, que considera “um privilégio poder treinar ao ar livre em São Paulo, em-balada pela energia do vento e ao som dos pássaros”.

Com a população e os cuida-dos aos animais domésticos crescendo, nada mais natural do que observar um número maior de cães passeando com cuidadores nas ruas. No dia a dia, os passeios devem pro-porcionar aos cães exercícios, socialização e brincadeiras, ga-rantindo saúde e bem-estar aos animais, que, por estarem ao ar livre, podem se socializar e conviver cada vez melhor com outros animais e pessoas.

Com o crescente número de cães demandando cuida-dos e passeios, aumentam as oportunidades para os chamados dog walkers, os “passeadores de cachorros”.

Wanderlei Santos Lem-os é um deles. Há 11 anos, ele pode ser visto pelas ruas do bairro passeando com cachor-ros como a Nina e o Tião, da família Pedrosa, da Sampaio Vidal. “Fui o primeiro a iniciar o trabalho por aqui”, conta ele, que hoje presta serviços para 21 clientes e começa a passear com os 34 cachorros bem cedo, às 5h30, e vai até o fim do dia, por volta das 19h30.

“Faço isso com muito amor”, revela. Timidamente, ele tam-bém nos confessa que tem dois preferidos: o Martin (um pas-tor canadense) e a Lisa (uma weimaraner). Em casa, ele tem a Bela, uma jack russell. Lemos nos contou que fica indignado quando se depara com dejetos de cães deixados nas calçadas.

OS CÃES E SEUS AMIGOS

Esporte na praça

SERVIÇO Corredeiras - Ariane corredeiras.com.br Tel.: (11) 99995-5400. Interessados que levarem um exemplar do jornal aQuadra ganharão 15 dias de treino experimental. Se quiser, solicite um personal trainer cadastradoAssessoria Suzisam Saúde - Suzana Silva suzisamsaude.comTel.: (11) 98427-6184 [email protected] trainers:Marcelo Guercia Tel.: (11) 98400-4928Paulo Roberto FrançaTel.: (11) 98228-1177Alexandre PinheiroTel.: (11) 95590-5910Vanessa Soares de LimaTel.: (11) 96358-3578Sophia Zinn Hensel Tel.: (11) 98118-1105

Senhora de seu destino

“Vim para o bairro com 11 anos. Sou do tempo em que havia chácaras na Teodoro Sampaio e vi muitas trans-formações. Sempre gostei muito daqui. Morei na rua Girassol e mais tarde vim para a Francisco Leitão. No começo, fiquei meio assim, sabe, de morar em frente ao cemitério. Mas, depois isso passou. A vizinhança é tranquila”, recorda Joana Jardim. Com cabelos de al-godão arrumados, brincos, colar, unhas feitas e roupa alinhada, Dona Joana, como é conhecida na Rua Fran-cisco Leitão, dedicou a vida ao exercício da arte – piano, acordeão, balé, canto, tea-tro... E quando lhe diziam que era hora de parar de trabalhar, ela ficava se per-guntando: “O que é que eu vou fazer agora?”. Foi quan-do decidiu se tornar atriz de

A história dos donos da banca

Ele sempre tem saquinhos para limpeza consigo e expli-ca a importância de manter o bairro sempre bem-cuidado e bonito, afinal seu espaço de trabalho é ao ar livre.

Só uma vez ele passou um constrangimento: foi na Sam-paio Vidal, quando estava com dois golden retrievers, que, alegres por natureza, começaram a brincar com um pedestre, que foi muito agres-sivo com os cachorros.

Outro passeador com ros-to conhecido e sempre sorri-dente pelo bairro é o Celson Santos Lima, que caminha com cerca de 20 cães de raças diversas, como pastor alemão e golden retriever. Lima tra-balhava na padaria Regência, na Sampaio Vidal, e uma cli-ente perguntou se ele poderia levar seus sete cachorros para passear. Começava assim sua carreira de dog walker.

Contato: Wanderlei, tel.: 96876-2239Celson, tel.: 98448-7161

Protegido pela área verde que o circunda, o bairro nos faz sentir em um oásis, ao mesmo tempo que estamos perto de tudo. Para o centro, é só seguir adiante no corredor

da Rebouças... A Rua dos Pinheiros fica aqui atrás, com metrô na porta! Shopping? Temos dois no bairro, e supermercados, farmácias... Hmm e o que mais?!

Restaurantes e comida boa... O Mercado de Pinheiros é colado logo ali, no Largo da Batata! Esse é o nosso Jardim Paulistano, uma preciosidade!

Ana Lúcia Egydio, moradora do bairro

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banco. Parece até cidade de interior”, conta.

Na esquina da Sampaio Vidal com a Maria Caro-lina, um especialista em elétrica é dono da Sam-paio Vidal há 15 anos. “A oportunidade de comprar a banca apareceu em um momento difícil; esta-va desempregado com mulher grávida”, diz. “Com a banca, aprendi a lidar melhor com o ser huma-no, a ser mais político. E, com isso, consigo também continuar o meu trabalho em elétrica”, que confessa, contando que além da banca, faz serviços em casas do bairro.

Estudante do curso de história na USP, Denis Nascimento Fagundes, reveza com a mãe o traba-lho na Juquiá, localizada na esquina da Alameda Gabriel Monteiro da Silva com a Juquiá, pertencente à família há pouco mais de três anos. Para ele, o que ainda faz com que as ban-cas sobrevivam é a venda de outros itens como bebidas, doces etc. “Isso, que é relativamente recen-te, foi essencial para que conseguíssemos manter o negócio. Esperamos que a nova gestão da prefeitura também autorize a veicu-lação de propagandas. É algo que também nos ajudaria muito”, diz o es-tudante, que questiona o fato de pontos de ônibus, por exemplo, possuírem essa permissão. www.brennheisen.com @brennheisen

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comercial. Aos 87 anos, há dez na profissão, a senhora avó de três e bisavó de seis já foi garota-propaganda de marcas como Nestlé, Sadia,

Yakult e Kaiser, entre mui-tas outras. “Não sou o tipo de mulher que se deixa le-var pela vida, sabe? Eu é que levo”, diz.

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1312Vid a d e Bairro

“O mais moderno. O mais luxuoso. O mais confortável. O cinema elegante de São Paulo.” Em 12 de julho de 1962, era assim que noticiava o cartaz de abertura do então Cine Fiammetta. O filme escolhido para a inauguração foi Esse Rio Que Eu Amo, escrito por Millor Fernandes.

Pinheiros já foi um bairro cheio de cinemas de rua, e os moradores da região têm pelo menos uma boa história pra contar sobre sua vida no ir e vir das salas do bairro, um enredo de memórias que vem sendo construído nest es últimos 55 anos.

O Cinesala é um conceito que tem importân-cia como patrimônio histórico e cultural da cida-de. Os sócios Adhemar Oliveira, Paulo Velasco,

Raí e Rodrigo Makray acreditam na força do ci-nema para preservar, recuperar e valorizar esse espaço que ao mesmo tempo proporciona en-contros de pessoas e ideias. A sensação é como se fosse uma mostra internacional de cinema durante as quatro estações do ano.

A programação do Cinesala é semanal e muda toda quinta-feira. Há intenção na proposta dos sócios em diversificar filmes e públicos, e certa-mente, há preocupação em dosar títulos que se-jam populares e, ao mesmo tempo, autorais.

CINEMA DE BAIRRO

Cinesala: Rua Fradique Coutinho, 361, Pinhei-ros @cinesala

#achamosegostamos...

COLD NOODLESMassa fresca de matcha servida

com molho doce picante e folhas de hortelã. Chá Yê!: R. Fradique

Coutinho, 344, @chayebr

FLOR AFETIVAA florista Lucia compõe com

graça e sabedoria buquês para enfeitar a casa ou presentear al-

guém. Quitanda: R. Mateus Grou, 159, @luciafloricultura

“Os quatro sócios são apaixonados por cinema e tem uma memória afetiva pelos cinemas de rua na cidade, em especial por este lugar na Fradique Coutinho, que tem história pode ter sido o Fiammetta e a primeira sede da Cinemateca. Este carinho e a vontade de mostrar que é viável um cinema de bairro foram determinantes para resgatar este cinema.”Rodrigo Makray, sócio do Cine Sala e morador do bairro

Pedalando na redondeza:O Saia na Noite se reúne todas as terças, às 21h, na Pizzaria Primo Basílico, na Alameda Gabriel Monteiro da Silva. Mais informações para começar a pedalar com elas: saiananoite.com.br ou facebook.com/saia.nanoite. O grupo Olavo Bikers, que chega a reunir 200 ciclistas, sai da Fnac da Avenida Pedroso de Morais (Praça dos Omaguás, 34), em Pinheiros, todos os domingos e feriados, às 9h30. Para pedalar com eles, basta aparecer com bicicleta e capacete.

UM CAFÉ, POR FAVOR! por Charles Piriou

Demorou para o café brasileiro ser valorizado. O ca-fezinho é parte da nossa cultura e está presente em

todos os momentos do dia, ele une as pessoas. Selecio-namos aqui alguns endereços que servem uma ótima xícara no bairro mais cool da cidade.

COFFEE LABO foco em microlotes de cafécom identidade singular, aresponsabilidade ecossocial ea rastreabilidade de cada cafédo pé ao pacote fizeram IsabelaRaposeiras se tornar referêncianacional no mundo da bebida.Premiado inúmeras vezes comomelhor café da cidade, o CoffeeLab é muito mais do que umacafeteria, é uma verdadeira expe-riência para quem ama café. R. Fradique Coutinho, 1.340

SOFÁ CAFÉO nome já diz tudo. Ao entrar,

a vontade é se jogar em um dos sofás e começar a relaxar. Quan-do Diego Gonzáles, engenheiro florestal, começou essa aventu-

ra, ele não imaginava o tamanho do sucesso. Considerada

uma das melhores xícarasde São Paulo, a boa pedida

é o blend da casaR. Bianchi Bertoldi, 130

KOFCafé com bike? É por aqui mesmo! Este charmoso e pequeno espaço foi criado por Camila e Paulo, que deixaram de lado a rotina corpo-rativa para se dedicar ao que mais gostam de fazer na vida: pedalar e comer. O gostoso espaço acolhe uma mesa comunitária e várias pequenas mesas, em um ambiente descolado que serve um cardápio de cafés e comidinhas deliciosas, além de ser possível encontrar acessórios para os amantes de bicicleta. Tomar um café e sairpedalando é uma boa. R. Artur de Azevedo, 1.317

PADOCA DO MANÍA padoca mais descolada de

SP foi criada pela chef Helena Rizzo, que ficou famosa pelo

restaurante vizinho, o Maní. Prefira os dias mais tranquilos

durante a semana para desfrutar de uma comida que reconforta,

sempre ao lado de uma xícara de café com leite quentinha.

R. Joaquim Antunes, 138

DONA VITAMINAPorque uma vida saudável pode ser divertida e gostosa, é assim que Juliana Fortini pensa todos os dias seu negócio. Além de encontrar um ótimo café da marca Suplicy, você pode saborear vários sucos e vitaminas. É um lugar perfeito para tomar café da manhã e desconectar um pouco. R. Mateus Grou, 152

Horta no telhadoO Ecotelhado é um projeto iniciado em

2012 que visa reduzir a quantidade de lixo que o Shopping Eldorado envia ao aterro sanitário. O objetivo é ser um shopping com emissão zero de lixo para o aterro.

Para reciclar o lixo, é utilizado um processo chamado compostagem, que utiliza enzimas que aceleram a degradação do material orgânico e o transforma em composto químico. “A ideia surgiu de uma viagem que fiz. Vi no Epcot Center uma área com cultivo de vários legumes, em diversos tipos de solo, com o intuito de aumentar a pro-dução de comida no mundo. Daí surgiu a ideia de fazer composto orgânico para produção de comida novamente, com o material que seria lixo”, diz Sergio Nagai, responsável pelo projeto.

As hortaliças cultivadas ali podem ser usufruídas por todos os funcionários e clientes que queiram visitar o projeto.

É necessário agendar a visita pelo tel.: (11) 2197-7815. Shopping Eldorado, Av. Rebouças, 3.970, Pinheiros, SP

Uma mudança na vida pes-soal – a separação, aos 37 anos – levou Teresa D’Aprile a com-prar uma bicicleta, arrumar um emprego e passar a ir pe-dalando ao trabalho. Ela nem sabe bem como isso aconteceu. Coisas do destino. Começou a namorar um ciclista e foi traba-lhar em uma loja de bicicletas.

As amigas falavam que admi-ravam a coragem dela, pois se sentiam inseguras de pedalar por São Paulo sozinhas. Ela co-meçou a convidá-las, e nasceu o grupo Saia na Noite, que, desde 1992, organiza passeios notur-nos de mulheres pela cidade.

“Tento fazer com que elas deixem a timidez de lado e mostrar a elas que nós, mu-lheres, podemos pedalar pela cidade”, diz Teresa, pensando na comemoração dos 25 anos do grupo. Segundo ela, mu-lheres de 18 a 60 anos e diver-sas profissões, como médicas, arquitetas e veterinárias, pe-dalam juntas.

GRUPO DE MULHERES CICLISTAS DO BAIRRO FAZ 25 ANOS

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TANTANNoodle Bar especializado ramen.Imperdível a beringela gratinada

com mel e missô (Nasu Dengaku).Rua Fradique Coutinho, 153,

Pinheiros, @tantannb

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Por CRISTINA RAPPA14Entrevist a

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Oprefeito da Regional de Pinheiros, Paulo Mathias de Tarso, tem 26 anos, mas já é experiente na vida

pública, carreira para a qual estudou (é formado em gestão pública) e que segue desde os 17 anos, segundo ele. Foi presi-dente da chamada Juventude do PSDB, subsecretário de Educação do Estado de São Paulo de 2011 a 2014 e, desde 2015, trabalha com o atual prefeito da capital, João Doria, com quem tem, aliás, alinha-mento total no discurso e nas ações.

Conheça nesta entrevista como Ma-

“Vamos fazer desta uma região modelo para o país”

O prefeito da Regional, Paulo Mathias de Tarso, que nasceu e sempre morou na região, diz que, no que depender dele, a Regional vai ser um exemplo de gestão para o Brasil,

mas que os moradores também devem participar e tomar conta do bairro

thias tem comandado a Regional, seu estilo e as principais demandas de uma área rica e formadora de opinião.

aQuadra: Qual a abrangência da Subprefeitura de Pinheiros, em termos de bairros, números, ar-recadação e perfil (renda média, atividades...)?

PM: Dizem que a região representa 17% da concentração de PIB do Brasil. Aqui é a vitrine de São Paulo e do país. Qualquer projeto nesta área tem uma vi-sibilidade absurda. É uma região onde há muitos conflitos e uma população extre-

UMA RICA REGIONAL

A Prefeitura Regional de Pinheiros, uma das 32 prefeituras

regionais da cidade de São Paulo, ocupa uma área de mais de 30 km², onde moram quase 260 mil pessoas. O percentual

de 17% do PIB brasileiro, citado pelo prefeito regional,

pode ser exagerado, mas a região é rica. Seu IDH, ou seja, o Índice de Desenvolvimento Humano, é 0,956, superior ao

de países como Noruega (0,94) e Alemanha (0,92). Para efeito

de comparação, o da capital paulista é 0,805 e o do do Brasil

é 0,754 (79o lugar entre 188 países). Dela fazem parte os

distritos de Pinheiros, Alto de Pinheiros, Itaim Bibi e Jardim

Paulista, sendo a área limitada por Rio Pinheiros, Av. Queirós

Filho, Rua Cerro Corá, Heitor Penteado e Av. Dr. Arnaldo, Paulista, Av. Brigadeiro Luís

Antônio, Av. Santo Amaro e Av. Roque Petroni Júnior, até chegar

novamente ao Rio Pinheiros.

Fernando Sampaio,

morador do Jardim Paulis-tano e executi-vo da área co-

mercial, talvez não imaginasse que se tornaria líder em defesa da qualidade de vida do bairro. Mas, como a vida tem dessas coisas, as circunstâncias o leva-ram a tal e, hoje, ele é um atuante vice-presidente da Associação Jardim Paulistano Residencial, que ajudou a criar e que, se-gundo ele, “faz um trabalho de formiguinha”. Para Sampaio, os moradores devem se articular e atuar em prol do bairro.

Tudo começou, ele conta, no fim da gestão de Marta Supli-cy como prefeita de São Paulo (2001-2004). “A construção do Túnel Rebouças causou proble-mas graves no bairro”, lembra ele, contando que a Rua Sam-paio Vidal, que era residencial, ganhou, do dia para a noite, trânsito caótico e até vende-dores ambulantes. Foi quando cerca de 200 moradores se mo-bilizaram e se reuniram com o então subprefeito de Pinheiros.

Nascia, assim, a Associação Jardim Paulistano Residencial, com o objetivo de lutar pelo Zoneamento Estritamente Residencial (ZER). “Partici-pamos ativamente do Plano Diretor Estratégico (PDE), lutando pela manutenção da ZER e pela não implantação de usos comerciais que possam gerar impacto negativo para o bairro”. Pela nova Lei de Par-celamento, Uso e Ocupação do Solo (LPUOS) da capital, de 2004, corredores como Gro-enlândia, Gabriel Monteiro da Silva e Joaquim Antunes não podem ter novos restaurantes. Só os que já estavam regulari-zados antes da lei podem con-tinuar funcionando.

O grupo conseguiu evitar a abertura de casas-festas, bares, boates, restaurantes e outros empreendimentos de grande impacto ambiental. “Foi uma vitória para os bairros verdes que ajudam a combater o aque-cimento da cidade”, comemo-ra. “Nossa força é a mobilização dos moradores”, reforça, falan-do do combate a estabeleci-mentos que funcionam de ma-

neira irregular. “Dessa forma, garantimos a qualidade de vida de um dos bairros mais bonitos e democráticos de São Paulo, aberto para todos os paulis-tanos que vêm aqui desfrutar do verde e da tranquilidade de suas praças”, acredita.

Sobre a nova administração, a Associação Jardim Paulista-no Residencial espera que “se faça cumprir a lei”. “O Paulo Mathias, prefeito da Regional de Pinheiros, é jovem, tem energia e é bem-intencionado. Vamos ver se terá liberdade e apoio para fazer cumprir a lei. Para fazer justiça, é preciso ter coragem e independência. Esperamos que a gestão Doria tenha essas qualidades essen-ciais”, diz Sampaio.

Além da luta contra a ins-talação e o funcionamento de comércios irregulares, a as-sociação está implantando o Projeto Florir no Jd. Paulista-no (veja ao lado), que, em bre-ve, ganhará 18 novos canteiros.Comunicação na gestão

Para se comunicar e mobili-zar, o grupo fez do WhatsApp o seu principal canal de comu-

nicação. Por meio dele, os “líde-res”, que moram em diferentes ruas do bairro trocam informa-ções, ideias, dividem tarefas e mobilizam os moradores para as causas mais importantes.

A participação na associação é voluntária e não há cobrança de mensalidade, e sim, de parti-cipação. Na luta pelo PDE, fo-ram colocadas faixas nas casas, além de participação nas prin-cipais votações na Assembleia Legislativa, visita a vereadores, pressão sobre a Subprefeitura. “A ideia é cada um ser volun-tário e participar. Quando pre-cisamos de dinheiro, arrecada-mos”, explica Sampaio.

Além da mobilização, o di-rigente da associação acredita na força e no empoderamento dos moradores. “Não adianta ficar esperando que o poder público faça tudo. É preciso que os moradores se organi-zem para criar uma agenda positiva. Ninguém conhece melhor o bairro do que eles próprios. Se todos fizerem um pouco, São Paulo ficará mais bonita, mais segura e mais hu-mana”, conclui.

“SE TODOS FIZEREM UM POUCO, SÃO PAULO FICARÁ MAIS BONITA E MAIS HUMANA”

Conviz inhoNOVOS CANTEIROSQuatro canteiros foram entregues pela Prefeitura Regional de Pinheiros no dia 5 de julho, na Rua Sampaio Vidal, em parceria com a associação de moradores. A construção desses canteiros torna o solo mais permeável, melhorando, assim, a vazão das águas da chuva. Os locais serviam de vagas irregulares de estacionamento.

Simone Malandrino, coorde-nadora de Projetos e Obras da Prefeitura Regional de Pinheiros

mamente formadora de opinião, diferen-temente de outras regiões, em que você tem uma influência política maior e pode ter até um sistema “coronelista” instalado. Aqui é a região do conhecimento, do diá-logo; a exigência é muito superior.

Entre as atividades, temos de tudo, as principais empresas estão aqui, até de comunicação como Rede Globo e Editora Abril, a marginal e principais avenidas de SP. Ou seja, trata-se de uma região rica, mas com problemas que exigem atenção especial.

aQuadra: Já que o senhor falou em problemas, quais são as maio-res questões que afetam a região e como solucioná-las?

PM: Temos dois principais desa-fios, sendo o primeiro o gestor ter uma função arbitrária nos conflitos, que às vezes não são solucionados por falta de diálogo. Já fui chamado tanto para atender reivindicação sobre nome de praça, como briga de morador com vi-zinho, com estabelecimento comercial, bar; vários tipos de conflito, justamente porque aqui moram pessoas esclareci-das, que sabem de seus direitos.

E é uma região que tinha uma zela-doria urbana, até o fim do ano passado, abandonada. Um exemplo é a poda de árvores. De janeiro a março de 2016, fo-ram podadas 1.036 árvores nesta Regio-nal; no mesmo período neste ano, mais de 1.800, com a mesma equipe, a mesma estrutura, os mesmos recursos.

aQuadra: E o que mudou?PM: A prioridade da gestão do João

(Doria, prefeito de SP) é ter cuidado, atenção com a cidade em que você vive. Zelar pelo seu bem-estar, que na ges-tão anterior ficou meio apagado. E isso abrange desde pichações, como baru-lhos, buracos na rua, tudo. Falando em buracos, em 2017, tapamos mais de 1.200 buracos, contra 776 no mesmo período do ano passado. E para resolver, você tem que ser criativo, pois faltam recursos, falta dinheiro, mas isso não pode ser um empecilho, uma desculpa para o gestor público não se preparar e desempenhar.

Aqui tenho ainda outros projetos, como a reestruturação da sede da Regio-nal, que era um prédio completamente abandonado, com processo de gestão

tumultuado. Trabalho tanto para me-lhorar a infraestrutura – como a nossa Praça de Atendimento lá embaixo, que está ficando mais bonita e aconchegan-te e onde recebo mais de 10 mil pessoas por mês – como para que funcione.

Outra questão são as áreas verdes da região, como canteiros e praças, “con-cessionando-os” para a iniciativa privada. Recentemente, passamos a Praça do Va-ticano (no Jardim Europa) para um salão de beleza que fica na frente dela.

Estou empenhadíssimo nessas ques-tões e em acelerar a resolução dos proces-sos parados. Há a questão da falta de fun-cionários, então, tem que ser criativo para conseguir fazer as coisas acontecerem com menos pessoal. Também tenho uma rede social bastante ativa, para interagir e incentivar a participação da população.

aQuadra: Pelo visto, o senhor é bem alinhado com o prefeito.

PM: Procuro seguir exatamente a linha dele, que acho que traz resultado e mostra transparência.

aQuadra: Além dessas parcerias com a iniciativa privada, o senhor acredita que os moradores têm que, cada vez mais, “se empode-rar” de seu bairro, cuidando de praças, entre outras iniciativas para melhorar o lugar em que vivem?

PM: Sem dúvida, não só a iniciativa privada, como moradores e associa-ções devem participar. Nesse sentido, temos realizado o (programa) Cidade Linda Voluntária mensalmente aqui na Subprefeitura de Pinheiros. Fizemos eventos que envolveram moradores e representantes da iniciativa privada em atividades como pintar postes e tirar o lixo. No total, reunimos cerca de mil voluntários. São Paulo vive hoje outro espírito de cidadania.

aQuadra: O senhor tem algum recado para dar aos moradores da sua área de gestão?

PM: Acho que temos que fazer desta uma região modelo para a cidade. Se esta não for a região modelo da cidade, nenhu-ma vai ser. E de nossa parte, o empenho vai ser total no sentido de desburocrati-zar os processos, aprimorar os serviços, estender a mão para a iniciativa privada, afinal ela pode ajudar o poder público.

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16 17Caminhad a

Uma estrangeira em SPDez dias de gastronomia e arte com Agustina Gagliardi

Siempre me hablaron de São Paulo y su magnitud, nunca imaginé que fuese una ciudad tan cálida y tan rica en culturas

Sempre me falaram de São Paulo e sua magnitude, nunca imaginei que fosse uma cidade tão acolhedora e tão rica em culturas

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ELA PASSOU POR AQUI... La Central: Edifício Copan, Av. Ipiranga, 200, loja 53, Metrô República, tel.: (11) 3214-5360Tan Tan: R. Fradique Coutinho, 153, Pinheiros, Metrô Fradique Coutinho, tel.: (11) 2373-3587Bar Você Vai se Quiser: R. João Guimarães Rosa, 281, ConsolaçãoCasa do Porco: R. Araújo, 124, Metrô República,tel.: (11) 3258-2578Lilu: R. Francisco Leitão, 269, Pinheiros, Metrô Fradique Coutinho,tel.: (11) 99746-0269Cozinha 212: R. dos Pinheiros, 174, Pinheiros, Metrô Fradique Coutinho,tel.: (11) 2478-6612Spot: Al. Ministro Rocha Azevedo, 72, Metrô Trianon-Masp tel.: (11) 3079-3448Cinesala: R. Fradique Coutinho, 361, Pinheiros, Metrô Fradique Coutinho, tel.: (11) 5096-0585Feira Benedito Calixto: Praça Benedito Calixto, R. Teodoro Sampaio, Metrô Clínicas, Jardim PaulistaInstituto Tomie Ohtake: Av. Brig. Faria Lima, 20, Pinheiros, Metrô Faria Lima, tel.: (11) 2245-1900Masp: Av. Paulista, 1.578, Bela Vista, Metrô Trianon-Masp Fiesp: Av. Paulista, 1.313, Cerqueira César, Metrô Trianon-Masp, tel.: (11) 3528-2000 Japan House: Av. Paulista, 52, Bela Vista, Metrô Brigadeirotel.: (11) 3090-8900Mirante da 9 de Julho: R. Carlos Comenale, s/n, Bela Vista, Metrô Trianon-Masp, tel.: (11) 3111-6330JoJo Ramen: R. Dr. Rafael de Barros, 262, Paraíso, Metrô Paraíso,tel.: (11) 3262-1654Café Mocotó e Mercado de Pinheiros: R. Pedro Cristi, 89, Largo da Batata, Metrô Faria Lima tel.: (11) 3031-7932 Feira Livre: R. Antônio Bicudo, Pinheiros

Em função do interesse por gastronomia, o primeiro desti-no da chef Agustina Gagliardi foi o Mercado Municipal, que ela assim definiu: “Um mundo de sensações, onde descobri a semente cumaru, do Norte do Brasil, que reúne em seu sabor muitas especiarias. É excelen-te, tanto para coquetéis como

para sobremesas”.Nos dias seguintes, o rotei-

ro por SP continuou pelo Par-que do Ibirapuera e os museus Instituto Tomie Ohtake, Masp, da Fiesp e Japan House. Sobre este, ela diz: “Fiquei emociona-da, pela arte e integração entre as duas culturas”.

Agustina visitou ainda a Li-berdade, seus mercados, a zona cerealista do Brás, o Mercado de Pinheiros, a Casa Santa Lu-zia, a Quitanda (mercado em Pinheiros) e a feira livre da Rua Antônio Bicudo, também em Pinheiros.

Quanto aos meios de lo-comoção utilizados para co-nhecer melhor a metrópole, a chef passeou pela cidade de diversas formas: a pé, de bicicleta, metrô e aplicativos, como Uber.

“Os dez dias que passei aqui não foram suficientes para conhecer São Paulo. Volto ao Uruguai com uma lista de pen-dências para a próxima visita. Foi uma viagem inspiradora para o meu novo projeto gas-tronômico”, diz a chef, que está abrindo um novo bar-restau-rante em Montevidéu, capital do Uruguai.

Volte logo, Agustina!

JAPAN HOUSE, AV. PAULISTA

MASP

BAR BALCÃO

MERCADÃO DE PINHEIROS

BECO DO BATMAN

LA CENTRAL

COZINHA 212 BAR VOCÊ VAI SE QUISER

Chef argentina, radicada no Uruguai, Agustina visitou São Paulo em maio, pela primeira vez, a convite de uma amiga paulistana. Vamos acompanhar o roteiro e conhecer as impressões dela na cidade?

Peras ao chá de hibiscoIngredientes7 peras descascadas com o cabo e sem o caroço central 2 litros de água ½ quilo de açúcar mascavo 6 flores secas de hibiscos 3 sementes de cardamomo Suco de ½ limão e sua casca1 folha de louro½ semente de cumaru ralado 2 sachês de chá de camomila Modo de fazerColocar todos os ingredientes, com exceção das peras, em uma panela em fogo médio, durante 30 minutos, para ferver. Em seguida, abaixar o fogo, acrescentar as peras, lado a lado e com o cabinho para cima, cobrir com papel alumínio e deixá-las cozinhando por 20 minutos. Girar as peras se necessário, para que absorvam o caldo. Deixar esfriar. Servir com sorvete de creme e farofa doce.

Sempre que viaja, Agustina leva na mala seu livro de

receitas e instrumentos de trabalho. E destaca: não

foram apenas dias de passeios, pois cozinhou

para amigos.

SLOW-COOKINGO chef uruguaio Diego Perez Sosa, de 35 anos, tem experiência em cozinha típica do Rio da Prata e na arte dos fo-gos. Sua especialidade usa técnicas milenares dos pampas uruguaios e também estilos varia-dos de cocção em altas temperaturas. Apren deu com o renomado chef Francis Mallmann. Diego se mudou para São Paulo há dois anos e tem cozinhado em eventos sob medida, como seu mais recente desafio: no lançamento da marca Hermès em São Paulo.@diegoperezsosa

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1. Parque Rodó: visita obrigatória, o parque inclui o Museu Nacional de Artes Visuais e o Museu Casa Vilamajó.Av. Tomás Giribaldi, 2.2832. La Ronda: os segredos do pubs, estão na localização e no cardápio. É ponto de encontro dos locais no fim da tarde.Ciudadela, 1.182, Ciudad Vieja3. Cebollatí 1326: o melhor

brunch no fim de semana em Monte-vidéu, localizado na antiga alfaiataria Mutate, de Santiago Barriola Frick. Cebollatí, 1.326, Barrio Sur 4. Livraria Escaramuza: espaço cultural que funciona em antigo casa-rão, com ampla livraria, restaurante e café servido no pátio.Pablo de Maria, 1.185

...E NÓS INDICAMOS O MELHOR EM MONTEVIDÉU

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18 19Por JOÃO PAULO SIQUEIRA LOPES

Para esta primeira edição do aQuadra, fui convidado para escrever esta coluna, e com muito prazer, aceitei o desafio, mesmo sendo jardineiro, e não escritor.

“Somos todos jardinei-ros” é o espírito de que precisamos neste momento tão duro que vivemos em nosso país.

O espírito de ajudar as pessoas, amar o próximo e acreditar no Brasil. O jardineiro que intitulo é

o escoteiro contemporâneo, que gosta simplesmente de ser servil. Servil às pessoas, ao meio ambiente, à cidade e ao país.

Esse jardineiro que está dentro de nós em ebulição, pronto para extrapolar nosso corpo e atuar como agente na sociedade, tomando para si a responsabilidade de fazer, e não de dar desculpas.

Liberte-se, viva.#somostodosjardineiros

Cultura/ArtesEconomia/Mercad o

JARDIM BRASIL

Empresários, executivos e

paisagistas adotaram os 11 canteiros

da Av. Brasil

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GIGI BOTELHO

UNIÃO PARA EMBELEZAR A AVENIDA BRASIL

Favorável ao engajamento de diver-sos setores da população e também das empresas em projetos que beneficiem a cidade, o executivo Angelo Derenze, diretor do D&D Shopping, logo se en-tusiasmou com o convite do empresá-rio Márcio Farrah, da Farrah Service, de ser o curador do projeto Jardim Brasil.

A iniciativa, idealizada pelo Pre-feito da Regional de Pinheiros, Paulo Mathias, prevê instalar jardins nos canteiros da Avenida Brasil, para embelezar um dos locais mais emble-máticos da capital, corredor que liga o bairro de Pinheiros ao Ibirapuera, cortando os Jardins.

Onze paisagistas – entre eles, Ricar-do Cardim, Gilberto Elkis, Mario Ro-berto Rizkallah e Ana Paula Magaldi – são responsáveis por criar e implantar os canteiros, que serão cuidados pela Farah Service e pela Artefacto, empresa que já faz a manutenção dos canteiros anteriores da Brasil.

“Acho importante usar o nosso co-nhecimento e expertise em prol da ci-

O EMPRESÁRIO JARDINEIRO

Michel Farah, da Farah Service, é

administrador por formação

e jardineiro urbano como

profissão

Instituto Tomie Ohtake5/8: Geórgia Kyriakakis 14/9: Luciano Figueiredo19/9: Cartazes Poloneses28/9: Arte Atual Av. Brig. Faria Lima, 20, Pinheiros, São Paulo, SPTel.: (11) 2245-1900MIS8/9: Exposição Renato Russo Av. Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo, SP Tel.: (11) 2117-4777Masp 24/8: Erótica – Pedro Correia de Araújo29/6 a 1/10: Toulouse-Lautrec em Vermelho Av. Paulista, 1.578, Bela Vista, São Paulo, SPTel.: (11) 3149-5959Instituto Moreira Salles 22/8: Robert Frank: Os Ameri-canos e Os Livros e os Filmes, 22/8: The Clock, Christian Marclay22/8: Corpo a Corpo 22/8: Câmara Aberta, Michael Wesely22/8: São Paulo, Três EnsaiosAv. Paulista, 2.424, Bela Vista, São Paulo, SPTel.: (11) 3371-4455Japan House 18/7 a 10/9: Kengo Kuma, Eterno EfêmeroAv. Paulista, 52, Bela Vista, São Paulo, SPTel.: (11) 3090-8900MAC USP Ibirapuera Exposição de longas dura-ção: MAC USP no século XXI - A Era dos Artistas

Vista CaféO novo café com vista para o Parque em uma área externa. Tem menu assinado pelo paranaense Marcelo Correia Bastos, chef do JiquitaiaAv. Pedro Álvares Cabral, 1.301, São Paulo, SPTel.: (11) 2648-0254

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dade onde vivemos e que nos acolhe”, afirma Derenze, dizendo que o jardim será um “presente para São Paulo”.

O Jardim Brasil vai ser inaugurado em evento que terá a presença do pre-feito João Doria, no dia 6 de agosto, às 12h. Na ocasião, para que a população possa, ao passear, contemplar os jar-dins, duas faixas da avenida serão fe-chadas aos carros.

“É importante que as pessoas estejam dispostas a abraçar causas em favor da cidade”, reforça o en-tusiasmado Derenze, contando que o D&D recentemente liderou um trabalho volun-tário de limpeza da Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, no Brooklin, onde fica o shopping, em que foram envolvidos moradores e pessoas que trabalham na região.

ARTE É VOZ QUE REVERBERA

Um sábado de sol no agradável inverno paulistano e uma tela de computador em branco.

Quando me foi oferecida esta coluna no jornal aQuadra, passei dias pensan-do sobre o que escrever neste novo veículo que abarca conteúdo sobre esse eixo tão pulsante da cidade de São Pau-lo. Depois de algumas tentativas fracas-sadas e vários rodeios, decidi que que-ria fazer uma reflexão sobre a minha recente visit à Documenta de Kassel.

O ano de 2017 vem deixando o cir-cuito das artes em polvorosa, pois apenas a cada década acontecem simul-taneamente na Europa a Docu-menta de Kassel, o projeto de esculturas Skulptur Projekte Münster e a Bienal de Veneza.

Quando três das mais relevan-tes mostras de arte do mundo são realizadas ao mesmo tempo, elas pedem atenção, dedicação e compromisso. São necessários pelo menos quatro dias em cada uma para entender e absorver o mínimo, e neste ano está sendo necessário mais estômago para aguentar tanto soco.

Pela primeira vez na histó-ria, a Documenta se dividiu em duas cidades. Além do já tradi-cional plateau, Kassel, o cura-dor Adam Szymczyk escolheu a capital grega, Atenas, para sediar parte da celebrada mos-tra. O tema “Learning From Athens”, que guiou a equipe de curadoria, pareceu-me asserti-vo como um tiro que acerta o alvo de primeira.

Levando em consideração que a Do-cumenta (mais importante exposição do mundo) desde 1955 pretende ser um statement do pensamento intelectual, político, social e artístico que baliza a sociedade, não creio que seria uma alter-nativa fugir dos males que hoje assolam o Ocidente como a crise de refugiados, a instabilidade da democracia, o terroris-mo e a chamada globalização neoliberal.

Nos diversos locais onde ocorrem a

mostra em Kassel, não faltaram discus-sões sobre gênero, migração, diáspora, memória coletiva, entre outros, com tom exacerbadamente engajado, às ve-zes, íntimo, em outras, quase sangrento.

Uma obra seminal da D14, o obelis-co do artista Olu Oguibe, fincado em uma praça central com a frase “I was a stranger and you took me in” escrita em quatro línguas, é uma corajosa e perti-nente adaptação de uma frase da Bíblia (“I was a stranger and you took me not in”), dita por Jesus Cristo, que sintetiza o grito de uma Europa urgindo por ser mais unida.

A silenciosa performance da artista guatemalteca Regina Jose Galindo, de pé em uma sala e na mira de quarto ri-fles, observada pelo público como uma presa indefesa à beira da morte, tam-bém faz barulho.

Voltando a São Paulo, precisamente ao Jardim Paulistano, de onde escrevo esta coluna, não pude não relacionar tudo o que foi visto nesta Documenta de Kassel com o lamaçal da crise polí-tica brasileira em todas as suas esferas,

o colapso da cracolândia e ao escárnio absoluto que açoita a Venezuela.

São tempos difíceis, dependemos da arte como ferramenta de combate para os problemas do mundo. E, para mim, é aí que a 14ª edição da Documenta de Kassel se provou eloquente e bem-suce-dida. Ela deu voz a artistas esquecidos, alguns marginais, outros, acadêmicos, evitando qualquer tipo de namorico com o mercado das artes e o já exausto circuito de feiras mundo afora.

Quem foi ao Fridericianum, princi-pal espaço da Documenta e primeiro museu público da Europa, entendeu

claramente um dos pilares de sustentação do pensamen-to da equipe de curadoria. Szymczyk e Katerina Koskina, em vez de montar ali mais uma exposição coletiva também parametrizada pelo tema, pro-moveram uma apresentação de parte da magnífica coleção do Museu Nacional de Arte Contemporânea de Atenas (EMST). Este, por sua vez, com seu acervo emprestado, serviu de sede para a Docu-menta em Atenas.

Sob o título Antidoron (pa-lavra em grego cujo significado remete ao retorno de um em-préstimo), foi compilada par-te das 1.100 obras adquiridas desde os anos 1960 e pouco conhecidas do grande público. Genial e coerente iniciativa de deslocamento como pressu-posto curatorial.

Como vocês podem perceber, eu não saí ileso dessa experiência, mas me senti mais vivo. Peço desculpas se este texto soa um tanto pessimista, a ideia é justamente que ele seja – assim como este jornal – um espaço para debates relevantes.

A arte tem, sim, o poder do encan-tamento, mas, neste momento, parece inviável compreendê-la dessa forma e senti-la como um placebo capaz de adocicar os dissabores.

O obelisco do artista Olu Oguibe, em Kassel

Angelo Derenze,

diretor- ge-ral do D&D

Shopping

Marcas se aliam a causas e à comunidadeNo início de julho, o Shopping

Iguatemi anunciou que vai se responsabilizar pelo plantio e pela manutenção de 70 árvores da Mata Atlântica – como pau-brasil e jequitibá – no Largo da Batata, em Pinheiros. A ação segue a tendên-cia de as empresas se envolverem com questões da comunidade e, principalmente, reflete uma nova forma de fazer marketing, o branding.

Com o consumidor cada vez mais exigente e procurando, sem-pre que pode, produtos de marcas que correspondam a seus valores, as companhias têm buscado se associar a causas diversas, sejam elas sociais ou ambientais. Agregar valor à marca e cuidar da reputa-ção viraram questões de sobrevi-

vência. Ou, ao menos, contribuem para amortecer os impactos no caso de uma crise.

Essa tendência tem levado até a alianças antes impensáveis, como a de ONGs ambientalistas com empresas de defensivos agrícolas e químicas. De um lado, essas cor-porações visam atenuar o possível impacto negativo de produtos na mente do consumidor urbano; de outro, as entidades, mais pragmá-ticas, procuram, em vez de bater de frente com as empresas, aliar-se a elas e obter financiamento para suas causas. Entendimento, e não embate, como forma de promover mudanças.

Se essa prática vai beneficiar a sociedade, que se consolide e se mostre efetiva.

ANA PAULAMAGALDI

DANIELNUNES

aQuadra CURADORIA

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Por FELIPE HESS20Arquitet ura/Des ign

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Rua Capitão Antônio Rosa, 151

Batemos um papo com o jovem arquiteto Felipe Hess, cujo trabalho, caracterizado por projetos limpos com influência dos anos 1950, tem chamado a atenção de publicações nacionais e internacionais. Morador do Jardim Paulistano, Hess falou sobre sua visão da arquitetura do bairro e o que o atraiu para cá.

“Morei perto por muitos anos e sempre caminhei pelo bairro, frequentei a Praça Gastão Vidigal

e gostei do clima. Então, mudar para o Jardim Paulistano foi uma conquis-ta, uma realização pessoal. Ando de bicicleta todo fim de semana com meu filho e minha esposa e também faço ginástica por aqui.

“Acho que é um bairro em trans-formação. Temos bons exemplos de arquitetura desde os anos

1930, Modernismo e até impactantes projetos contemporâneos. Acho que isso deixa o bairro dinâmico, mas sem perder sua essência e escala humana.

“Sou um grande fã do Modernismo, e temos lindos exemplos arquite-tônicos desse período no bairro,

felizmente ainda preservados.

Vilanova Artigas

#arquiteturanaquadra

Dentre tantos projetos arquitetônicos interessantes, um conjunto de quatro sobrados geminados (ilustrados no rodapé), na Rua Sampaio Vidal, chama a atenção, não à toa. Foi projetado pelo paranaense João Batista Vilanova Artigas, um dos arquitetos brasileiros mais importantes do século 20. Radicado em São Paulo, Artigas foi fundador e professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP (FAU), escola cujo prédio também projetou. De seus traços simples, retos e precisos, surgiram mais de 700 obras e uma linha de pensamento que marca o trabalho de muitos arquitetos brasileiros.

NOSSAS ESCOLHAS Inspirada por este apartamento no prédio projetado por Artigas, aQuadra fez uma seleção de objetos que remetem ao estilo dessa época nas lojas dos arredores do Jardim Paulistano.

PAULISTANO EM HARMONIA

“Acho que toda mudança é impor-tante, desde de que seja respeitosa. Apesar dos diferentes estilos, no meu

ponto de vista, o bairro é muito harmôni-co. Temos desde casas ecléticas dos anos 1930 projetadas por Ramos de Azevedo, passando pelo Modernismo de Artigas do fim dos anos 1940, outras essencial-mente modernas como Libeskind e Miguel Forte, dos anos 1950/60, até obras marcantes do começo dos anos 2000 projetadas por mestres como Eduardo de Almeida e Pedro Paulo Saraiva, além de casas recém-concluídas por grandes nomes como Marcio Kogan, Metro e Andrade Morettin.

“Acho o impacto do metrô sempre positivo, seja onde for.

“Meu lugar preferido no bairro é a minha casa e a pizza do Casa Europa.

Acima, conjunto 4 Casas, projetado para Euzébio e Jaime Porchat Queiroz Mattoso, em 1944, na Rua Sampaio Vidal. Abaixo, as casas continuam sendo apreciadas e são objetos de desejo. Croqui original do arquiteto e livro editado pelo Instituto Lina Bo Bardi. Outros livros sobre o autor podem ser encontrados na Livraria Freebook, Rua Barão de Capanema, 199; e na livraria Prince Books, ao lado do Chez Oscar - Café, Bar e Restaurante, Rua Oscar Freire, 1.128

Felipe Hess, arquiteto

e morador do bairro

Poltrona Passado Composto De madeira caviúna, palinha

e estofamento de tecido. Atribuí-da a GIUSEPPE SCAPINELLI.

Ano: cerca de 1950

Luminária La Lampe BengalaCriada originalmente, em meados dos anos 1970, pelo estúdio Do-minici. A cúpula é feita de tecido

bege e a base é de latão

Sofá com mantas soltas Loja TeoDesigner: Joaquim Tenreiro.

Estrutura de jacarandá e estofamento original de couro.

Ano: 1954

Mesa Duas Cores EtelPossui design leve e belo.

Criada, em 1952, pelos brilhantes arquitetos da Branco & Preto.

Ano de criação: 1952

Rua Sampaio Vidal esquina com Capitão Antônio Rosa

Condomínio DeonitaRua Sampaio Vidal, 159

Edifício Rebeca Rua Sampaio Vidal, 737

Ser arquiteto é um privilégio que a sociedade

nos dá e que eu desempenho como se fosse um segredo, no

cantinho do meu escritório, fechado com meus

pensamentos e meu desenho

Junho de 1984

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A JRJ Tecidos, lança em agosto a coleção Scandinavia, inspirada na busca do resgate industrial modernista do século 20, que vem de encontro

com a tendência atual de estampas com traços mais modernos e retos

Rua Canadá, 215, Jardim América, SPTel.: 3060-2777

www.jrj.com.br @jrjtecidos

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Por SILVIA SIBALDE22Gastronomia

23

Como foi migrar do mer-cado financeiro para a vida de restaurantes?

IM: Faz bastante tempo. Eu era do mercado financeiro, fazia eco-nomia na PUC e comecei a trabalhar, na época, na Bolsa de Valores. Saí e fui para uma empresa da família, de transporte, lá em São Bernardo. Trabalhei como gerente financeiro, depois virei diretor.

Paralelo a isso, eu sempre fui muito à praia, sempre fui boêmio, tinha um grupo de amigos grande, descia quase todo fim de semana para minha casa no Litoral Norte. Em uma ocasião, meu aniversário e o de uma prima, resolve-mos dar uma festa no bar de um amigo

Do pregão à mesaBike, All Star, jeans. Olhar calmo e voz mansa. Quem observa o

movimento dos restaurantes dele pode até achar que seu estilo é coisa de realismo fantástico, mas o empresário Ipe Moraes confessa que, por

trás dessa aparente serenidade, há também muito trabalho

Adega Santiago R. Sampaio Vidal,

1.072, Jardim Paulistano,

tel.: (11) 3081-5211 @adegasantiago

Taberna 474R. Maria Carolina, 474,

Jardim Paulistano, tel.: (11) 3062-7098

@taberna474

Casa EuropaAl. Gabriel Mon-

teiro da Silva, 726, Pinheiros,

tel.: (11) 3063-5577@casaeuropa

nosso, chamado Café Arouche, no Lar-go do Arouche.

A festa foi um puta sucesso, as pessoas viraram a noite, ficaram até tarde, enfim... E aí o dono desse lugar, passados uns três dias, me ligou; eu nem o conhecia direito. Ligou e falou: “Queria dizer que eu ado-rei a moçada, gente com um puta pique. Estou abrindo um bar no Itaim e queria te convidar para ser sócio”.

Abrimos o bar, que se chamava Fla-mingo, e foi um sucesso absurdo. Era tanta a necessidade que São Paulo tinha de um lugar como aquele... Isso foi em 1993. Foi um sucesso que parava a rua.

Mas, apesar do que as pessoas pen-sam, fui superconservador na época

porque eu tinha um emprego, tinha um cargo muito bom na empresa e um bar explodindo. A princípio, as pessoas po-diam pensar: “Vai largar tudo e vai para o bar. Eu não fiz isso. Mantive os dois, levei a coisa em paralelo. Eu fui meio caretinha porque não sabia muito bem aonde a coisa ia parar e poderia ser algo que como sobe, desce. E em 1997, quan-do resolvi sair da empresa, o movimen-to do bar tinha caído bastante.

Mexi em algumas coisas e o transfor-mei no Espírito Santo, que era um bar de chope com boa comida portuguesa, e foi aí que começou minha história mes-mo na cozinha.

O bar estava no sangue, e a comida eu

percebi que era o que realmente fideli-zava o cliente. Depois do Espírito Santo, fiquei no ramo. Tive outros bares, boate, restaurante japonês, que acabei venden-do para um grupo.

Montei aqui também (Jardim Pau-listano) um restaurante chamado Far-mácia, que era de comida orgânica, que durou de 2000 a 2005. Começou explo-dindo, mas não tínhamos know-how para uma cozinha desse tipo. Resolvi fechar e abrir o Adega, que era minha pegada, vender vinho, bebida, comida boa, em um estilo mais rústico.

Abri o Adega (Santiago), que foi uma explosão: desde o primeiro dia até hoje lotado. Agora são três – aqui no Jardim Paulistano, na Melo Alves, no Shopping Cidade Jardim, depois veio a Taberna e, por último, a Casa Europa.

aQuadra: Em algum momento você se arrependeu de ter deixa-do o mercado financeiro?

IM: Nunca. Eu fico cansado às vezes porque como é um volume grande que a gente atende em todos os restaurantes, são quase 30 mil pessoas por mês, tem muito problema.

Eu sou muito detalhista e bastante chato em relação à qualidade de como e do que está sendo servido. Então, tem dia que eu penso: “Puta, o que é que eu vim fazer nesse ramo?”. Porque apare-cem coisas chatas, mas me dá muita sa-tisfação e eu viajo muito para fazer esse tipo de coisa. Tem esse lado de estar sempre tentando pegar referências. Não descanso muito, mas não me vejo fazen-do outra coisa.

A única coisa que eu gostaria de fazer, mas ando sem tempo, é escrever. Sem-pre gostei muito.

aQuadra: O que você escreve?IM: Eu gosto muito de realismo fan-

tástico – Gabriel García Márquez, Jorge Luis Borges, Mia Couto, esses caras to-dos; gosto dessa coisa meio fantástica, você não sabe se foi, se é verdade ou não. O que eu escrevo sempre acaba indo para esse lado fantasioso, sensual, latino.

Eu tenho vontade de escrever a bio-grafia de um desconhecido. Fazer bio-grafia de um cara anônimo com essa

Eu vou mais ao Taberna hoje por causa

das minhas filhas. Minha mãe fala uma coisa que é “com filho

a gente não pode ter preferência, com neto, sim”

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pegada de realismo fantástico, porque aí ficaria a dúvida – será que esse cara fez isso mesmo? É um desejo.

aQuadra: Por que investir tanto no mesmo bairro?

IM: Eu acho que esse é um jeito meio de ser. Bom, primeiro que as oportuni-dades por aqui aparecem primeiro para mim. O cara quer se desfazer de alguma coisa, ele fala: “Liga para o Ipe”. (risos) Eu não consigo dizer muito não.

Eu tenho esse jeito meio português mesmo. Aparece uma esquina em um lu-gar maravilhoso, por que não vou pegar?

Mas é um bairro que não é vertical, que não tem prédio. Eu não acho que exista ponto ruim. Eu sempre acreditei que você tem de virar destino, e você só vira destino se for diferenciado. A Adega deu certo porque tinha dife-renciais – a comida, o preço, a bebida, a ambientação compõem um pacotão que dá certo.

aQuadra: Tem algum dos seus restaurantes que é a menina dos olhos do Ipe?

IM: Eu como bastante peixe e pouca carne. Gosto muito de ostra, de vieira, de tomar vinho branco, e o Taberna tem muitas opções de frutos do mar e

peixe. Mas, obviamente, a Adega, dos três filhos, é o que me sustenta. Então, é como você falar de filho: cada um tem o seu valor. Eu vou mais ao Taberna hoje por causa das minhas filhas. Minha mãe fala uma coisa que é: “Com filho a gen-te não pode ter preferência, com neto, sim”. (risos)

aQuadra: E teremos netos em breve?

IM: Eu sempre sofro muito com as aberturas, tem sempre aquela coisa do “que legal que a coisa deu certo e tal”, mas eu sofro. Então, toda vez que eu estou inaugurando uma casa e estou so-frendo, eu penso: “Nunca mais vou abrir nada”. E, claro, depois eu me esqueço disso. (risos)

Eu tenho uma coisa que é pensar que não vou conseguir fazer algo diferente. Eu não quero me repetir. Então, preciso tomar um pouco de cuidado.

Começar outra casa vai demandar um pouco mais de energia, de risco, porque a parte conceitual é 100% mi-nha. Eu estou desenvolvendo conceito ainda. Vou pela minha intuição. Por isso que é difícil o processo, porque não tem começo, meio e fim. É meio rebelde o negócio, mas funciona assim.

Piselli SudShopping Iguatemi

Av. Brigadeiro Faria Lima, 2.232Jardim Paulistano, São Paulo, SP

Tel.: (11) 3031-5404

Piselli Jardins Rua Padre João Manuel, 1.253

Jardins, São Paulo, SPTel.: (11)3031-5404

www.piselli.com.br

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24Mapa d a Rua Francisco Lei t ão

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Uma rua e muitas históriasRestaurantes, cafés, espaços

dedicados à moda, ao design, à arte... É possível encontrar tudo isso e muito mais na moderna Francisco Leitão, em Pinheiros

Se estivesse vivo, Francisco Leitão, que dá nome à rua do bairro de Pinheiros, ficaria

orgulhoso da homenagem. O poeta e historiador português certamente se encantaria com as histórias e os relatos dos moradores e empreende-dores. A Francisco Leitão é composta por três quarteirões, que vão da Av. Rebouças à Av. Cardeal Arcoverde, e nela é possível encontrar, além de uma considerável variedade de restaurantes, espaços dedicados à arte, estética e moda, lojas de móveis de design, de colchões, escolas, cafés etc., que mantêm o bairro ainda mais pujante.

“Vejo que as energias mais criativas estão claramente em Pinheiros hoje. Este é um bairro de gente

que o ama; de makers, de gente que tem um estilo de vida local”, diz Carlo Acierno Calabro, proprietário da Acierno. “Nesse tempo em que estou aqui, vi inúmeras transformações acontecerem somente neste quar-teirão. Inovador e vanguardista são palavras que definem Pinheiros.”

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“Mesmo sendo uma rua tão rica e diversa, sinto uma atmosfera intimista aqui, de vilarejo, e foi isso

que me fez escolher o imóvel”, conta Elaine Soliani, proprietária do salão de beleza Lolla Hair, residente na “Chico Porco”, como carinhosamente seus habitantes chamam a rua desde 2014.

“Queríamos estar mais próximos do ‘centro cervejeiro’ da cidade para nos posicionar melhor no

mercado. Enxergo a Francisco Leitão como uma extensão da Rua dos Pinheiros, e ter encontrado um bom lugar justamente nessa rua foi uma feliz coincidência com o nome do bar [cate-to é o nome dado ao porco-do-mato]”, diz Márcio Tirico, sócio-proprietário do Cateto.

“As pessoas comentam sobre a abertura dos restaurantes, e isso, claro, atrai gente. Este pedaço da

rua onde estou é muito vivo e interes-sante”, diz Lucas Alencar, proprietário do restaurante Ají, de inspiração peru-ana, especializado em ceviches.

“Esta é uma rua com potencial gastronômico; tem lugares bacanas abrindo, além de ser perto da mi-

nha casa. (risos) Foi aqui que encontrei

um local exatamente com a cara que queríamos”, diz André Mifano, chef do mais novo e badalado restaurante Lilu.

“Este bairro transpira cultura e mú-sica em todas as esquinas, e estar nesse ambiente vai ao encontro

da nossa cultura organizacional”, diz Bruno Vieira, diretor-geral da Deezer no Brasil. Instalada na rua há um ano, a empresa de serviços de música pela internet se mostra satisfeita com a vinda para Pinheiros. “Temos aqui um mix de bairro residencial e comercial, aliado a pontos culturais e ótima vida noturna, que dão uma identidade ímpar à região”, completa.

Há quatro anos dividindo espaço com a Agência Smart, a galeria BG27, dos irmãos e designers Gabriel e Billy Sáez, tem como proposta oferecer séries limitadas de gravuras, fotogra-fias, ilustrações e desenhos criados por artistas convidados a desenvolver obras exclusivas para o espaço.

“A ideia é sempre fazer uma co-criação com esses artistas. Minha relação com a rua é antiga. Moro

aqui há 20 anos. Quando vim para cá, ainda não era tão badalada. Com a chegada de lugares como Z Deli, À La Garçonne e Lilu e a demanda de com-pradores em ver a obra pessoalmente, decidimos abrir um showroom há seis meses”, diz Billy.

1. Z DELI SANDWICH SHOP, 16Os hambúrgueres que valem cada caloria. Vendem pães de produção própria.Tel.: (11) 2305-2200@zdelisandwichshop2. ACIERNO, 116Loja de móveis, acessórios e utilidades de design italiano.Tel.: (11) 3854-6176acierno.com.br3. À LA GARÇONNE, 134Espaço com roupas e objetos vintage. Coleção assinada pelo estilista Alexandre Herchcovitch.Tel.: (11) 2364-3280alagarcone.com.br4. LOLLA HAIR, 138Salão de beleza com ambiente fifties.Tel.: (11) 3068-0638lollahair.com.br5. 2PEACE, 150Loja de roupas esportivas e de dança.Tel.: (11) 2936-34092peace2dance.com.br6. COQUELICOTS, 222Butique focada em tecidos e papéis de parede, móveis e revestimentos.Tel.: (11) 3083-2618/2597-6566coquelicots.com.br7. MÉLIE DOUCES, 77Ateliê de confeitaria especializado em bolos decorados e doces finos.Tel.: (11) 2628-2898meliedouce.com.br8. BRANCO, 237Marca brasileira que acredita no design e no papel como formas de transformação.Tel.: (11) 4612-4102brancopapeldeparede.com.br 9. ROBERTO CIMINO E NELSON AMORIM, 245Projetos de arquitetura e design de interiores.Tel.: (11) 3294-8399robertocimino.com.br10. BG27, 265Galeria de dois irmãos, tem como proposta oferecer séries limitadas de artistas convidados a preços acessíveis.Tel.: (11) 3824-0697bg27.com.br11. LILU, 267Novo empreendimento do chef André Mifano que serve pratos para compartilhar ao centro da mesa, sem distinção entre entradas e principais. Tel.: (11) 99746-0269restaurantelilu.com.br12. AJÍ, 285Restaurante de inspiração peruana.Tel.: (11) 3375-873913. BRAIN, 258Coworking. Um espaço multiplataforma com café e livraria. Tel.: 3372-1717http://brain.club/14. CATETO PINHEIROS, 272Bar de cervejas especiais com ricas opções de charcutaria. Tel.: (11) 3063-5220@catetopinheiros15. PITA, 282Restaurante de comida árabe especializado em kebabs. Tel.: (11) 3774-1790pita.com.br16. MATTRESS STORECom o slogan “loja de colchão não é tudo igual”, wi-fi disponível e água para cães. Rua Teodoro Sampaio, esquina com a Francisco LeitãoTel.: (11) 3372-1717mattressstore.com.br17. EDIFÍCIO LEITÃO, 653Conjuntos comerciais com arquitetura da Triptyque; no térreo, a Deezer, plataforma de música pela internet.Tel.: (11) 2339-9601/9602leitao653.com.br

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PREDINHO COR-DE-ROSA, 48O prédio mais charmoso de Pinheiros é conhecido erroneamente como o prédio de Lina Bo Bardi

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26 27Antena Lente

aQuadra

registrou o estilo “dia e noite” de gente

que mora, trabalha ou circula pelas ruas

e pelos eventos do bairro e dos

arredores

Uma loja conceito abriga uma seleção cuidadosamente pensada de produtos de diferentes marcas e designers. Permeando áreas, como moda, beleza e homewear, que se

conectam às pessoas. Para isso, tem uma curadoria, que deve ressoar um estilo de vida que atrai um nicho de mercado específico e são bem-sucedidas quando propõem elementos que façam sentido na vida das pessoas.

A mistura dessas linhas de produtos cria uma narrativa que, quando bem executada, tem sucesso ao contar uma história ao lon-go do tempo, por meio das coleções. Os produtos tendem a mudar regularmente para continuar essa narrativa de maneira nova e inte-ressante. Muitos espaços oferecem elementos experienciais, como café, restaurante ou galeria de arte, que ajudam a construir uma iden-tidade em torno do espaço proposto pelas marcas.

A loja Hybrida, do arquiteto Samuel Angelo, une moda, decoração, arte e design. Pensada para ser um lugar onde as pessoas encontrarão produtos únicos e autorais. O café oferece, além de sobremesas e chás, uma minicoleção de livros e publicações novas no mercado.

A Diária, também em Pinheiros, reúne em um só espaço uma loja e a Galeria Lime, dedicada à cena independente de arte, que, além de obras, traz livros e revistas, como Cereal Magazine, Mono-cle, Kinfolk e Amarello. A proposta é que as pessoas se desliguem de preocupações cotidianas.

Dois novos espaços com curadoria

Duas novas lojas conceito no bairro de Pinheiros, que tem se consolidado como formador de tendências, chamaram a nossa atenção

DIÁRIARua Artur de

Azevedo, 1.315, Pinheiros.

@casa.diaria

Por HELENA MONTANARINI

1838 Jardim América Rua Colômbia, 100

Jardim América, São Paulo, SPTel.: 1 1 2539-8444

1838 Estados Unidos: Rua Estados Unidos, 1 .838

Jardim América, São Paulo, SPTel.: 1 1 3064-0000

HYBRIDA Praça dos

Omaguás, 56, Pinheiros.

@hybrida_loja

Selton MelloSarah Chofakian

Alex e Márcia Atalla

Houssein JaroucheOskar Metsavaht, no MIS

Carlos Motta

Sweya e Poliana

Mônica, da Padoca do ManiJessia LoboPaulo Borges

Dayane Peixoto

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28Indicações

29Viver B em

ATerceira Idade é uma fase da vida pela qual a maioria dos indivíduos de uma sociedade

tende a passar. Segundo estudo da Or-ganização das Nações Unidas, a ONU, a previsão para o período que vai até 2025 irá acarretar um aumento de 917% da população de idosos, enquan-to a população como um todo deverá diminuir em até 250%. Isso fará com que a proporção de idosos no total chegue a 13,8% em 2025.

De olho nesses dados, muitas ins-tituições privadas e governamentais estão aumentando as oportunidades para essa faixa etária, promovendo atividades das mais diversas em vários setores, como forma de contribuir para a qualidade de vida dos que já es-tão na melhor idade.

O Instituto de Psiquiatria do Hos-pital das Clínicas está realizando orientação e tratamento para idosos com déficit de atenção e hiperativida-de. Gratuito para homens e mulheres a partir dos 65 anos, o projeto promo-ve atendimento aos idosos que apre-sentam distração, desorganização e agitação. O tratamento é acompa-nhado por psicólogos e geriatras do próprio instituto.

ARTETERAPIAOutra ótima possibilidade para a me-

lhor idade é o chamado “Arteterapia do Grupo A.M.I.”, um curso de arte e estí-mulo de memória direcionado a idosos, com múltiplas atividades artísticas.

O curso, apresentado pelas artete-rapeutas Lucia Bittencourt e Heloisa Hungria, é uma oportunidade para quem busca manter a qualidade de vida e envelhecer com sabedoria.

Com o foco na atenção e no diálo-go com a obra de arte, as atividades exercitam a memória durante as vi-sitas especialmente monitoradas às exposições de arte que acontecem no MuBE e experimentações artísticas no ateliê do museu.

SERVIÇO IPq - Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo: Rua Dr. Ovídio Pires de Campos, 785. São Paulo - SP (dentro do complexo do HC) ipqhc.org.brGrupo A.M.I de Arteterapia: (11) 99654-1999Grupo MuBE: [email protected], [email protected], [email protected] Terceira Idade: +prceu.usp.br/3idadeBiblioteca Parque Villa-Lobos: [email protected] Biblioteca São Paulo: [email protected]

A MELHOR IDADEE por que não cursar uma universidade?

O projeto Universidade Aberta à Terceira Idade foi criado em 1994, an-tecedendo em dez anos o Estatuto do Idoso, que previa a criação de institui-ções públicas direcionadas a essa faixa etária. Além dos cursos regulares ofe-recidos pela USP, são ofertadas vagas para atividades didático-culturais e físico-esportivas. Trata-se de um pro-grama gratuito e inclusivo. Que tal embarcar na era digital?

Vários idosos demonstram certa dificuldade para usar redes sociais, smartphones e outras geringonças eletrônicas. Para ajudá-los a decifrar os mistérios e desafios desse mundo digital, as bibliotecas São Paulo e Par-que Villa-Lobos estão com inscrições abertas para cursos sobre redes sociais e informática para a terceira idade.

O cadastro pode ser efetuado no balcão de atendimento da biblioteca escolhida, das 9h30 às 18h30.

O curso oferece noções básicas sobre manuseio de celulares, uso do aplicativo de troca de mensagens WhatsApp, dicas sobre como usar o Facebook e tutoriais para download de aplicativos.

Por GIUSEPPE NARDELLI

Esporte é fundamental para envelhecer com saúde, mas requer cuidadosNinguém mais contesta que a

prática de esportes é benéfica para a saúde e a manutenção da qualidade de vida na velhice, mas que, ao mes-mo tempo, provoca impacto nas ar-ticulações. Especialmente esportes de alto impacto, como corrida, que sobrecarregam as articulações dos pés e joelhos, e, em menor escala, as dos quadris.

Para saber quais cuidados a pessoa deve tomar para evitar problemas nas articulações e continuar cor-rendo por mais anos, conversamos com Fernando Machado Pedrosa, médico ortopedista e especializado em medicina esportiva pela USP. Ele pratica esportes – como natação, polo aquático, squash e corrida – há muitos anos.

“O mais importante é escutar o corpo, saber parar e procurar um médico quando sentir dor, que é o primeiro aviso de problema”, reco-menda o ortopedista, lembrando que é importante estar preparado tanto na parte aeróbica como na muscular e que se a pessoa já tem algum problema crônico de saúde, é bom escolher bem a prática esporti-va que vai adotar. Alongar-se como

aquecimento, antes de correr, e ao terminar a corrida, também são re-comendações do médico, para quem a pessoa deve ser realista sobre sua condição. “Não adianta querer ter o desempenho que você tinha quando mais jovem, e, sim, saber o que é possível fazer de acordo com sua idade, preparo atual e condições físicas”, diz.

As queixas mais frequentes em seu consultório são ligadas à articulação do joelho e à dor nas costas, que, para ele, pode ser considerada a “síndrome do sedentário”. “Há estu-dos que mostram que quem pratica esportes aeróbicos tem incidência menor de dores nas costas do que os sedentários”, conta.

Mas começando do jeito certo: procu-rando a orientação de um profissional de educação física, fazendo exames (cardiológicos etc.) para avaliar sua condição física e, se possível, também um cardiologista e uma nutricionista.

Dr. Fernando Machado Pedrosa,

ortopedista, morador do

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SALVE, SALVE, MEUS CABELOS BRANCOS!“Esse é o novo lema das mulheres que resolveram assumir seus cabelos

brancos naturais... Claro que existem pré-requisitos para que essa decisão seja um sucesso. Um bom corte de tamanho médio ou curto,

por exemplo, é fundamental. Isso dá leveza ao rosto, alegra e harmoniza com a proposta. É importante considerar que os cabelos brancos são

mais rebeldes, em virtude da pouca quantidade de queratina, tornando imprescindível o uso de bons cremes para garantir a hidratação. Outro grande aliado é o xampu desamarelador, já que a fumaça do cigarro, a poluição e o próprio sol são os maiores inimigos dos fios brancos. Para criar um look especial, como o da incrível Bebel Alves de Lima

(foto), é preciso dar atenção à maneira como se vestir, apostando nas peças básicas, em tons neutros, evitando estampas exageradas

e cores vibrantes. Acessórios discretos ou alguma peça com bossa, que expresse bom humor. Mas o importante mesmo é se sentir

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30Astros

Por VALDERSON DE SOUZA Ilustração BRUNA BARROS

AgostoEste é um mês forte, de plena luz no hemisfério norte e de intensas mudanças para o lado sul. As

culturas antigas reservam agosto para reverenciar os antepassados e celebrar a força da vida. Aprender com os mortos a valorizar o que está vivo. No meio do período, o mundo cristão

celebra Maria, a mãe de Jesus, para que interceda por todos nós.O mês começa com Sol energizando os leoninos, em especial, os do segundo decanato (2 a 11 /8), e

promete sucesso nas iniciativas domésticas, tempo de mudanças em casa para todos os signos. Já a Lua começa o mês na fase crescente, auxiliando as questões de relacionamento. Os nascidos em Escorpião, Touro e Leão devem aproveitar o mês para fortalecer os assuntos do coração.

Para os aquarianos e piscianos, o mês traz sucesso profissional e muita atividade social. Saibam man-ter seus objetivos e cultivem a diplomacia. E para os arianos, librianos e capricornianos, agosto pede cautela nos assuntos de trabalho, as diferenças podem virar processos judiciais e a saúde poderá ficar abalada. Cuidado e equilíbrio para não perder o controle.

Os geminianos terão um mês positivo no lado financeiro, e essa alegria vai se estender para os vir-ginianos, que vão entrar na fase solar a partir do dia 22, tempo de vitórias e luz. Para os sagitarianos, a segunda parte de agosto traz a realização de antigos projetos. Saiba agradecer mesmo que seu interesse seja menor agora.

Os cancerianos terão um período favorável para iniciar atividades que tragam resultados concretos, assim, os investimentos e as finanças estão fortalecidos. Aproveite o passeio de Vênus por seu signo e coloque beleza em tudo o que fizer.

O mês termina pedindo momentos de reflexão interior a todos os signos. Até que ponto você está envolvido com a melhoria das condições do nosso planeta? Não adianta só pensar, agora o tempo pede atitudes, e a sua ação é insubstituível. Chegou a hora de fazer a sua parte.

Mãos à obra!

Cor: amarelo Flor: girassol Pedra: cristal de quartzo e diamante Aroma: patchouli Chá: dente-de-leão

Neste mês acontece o Equinócio da Primavera (22/9) e para a parte sul do planeta começa o pe-ríodo da luz. As energias que estavam recolhidas para seu descanso invernal voltam com força a exercer seu poder sobre a natureza e as pessoas. A atração fica evidente, e o amor toma conta

de tudo e todos. A força da vida se mostra e só nos resta obedecer.Os virginianos terão até o dia 21 para cuidar de si, tomar a iniciativa nos projetos pessoais e ser

bem-sucedido em seus planos. Não adianta pedir ação aos outros, agora tudo depende só de vocês mesmos. A partir do dia 22, chega o tempo dos nascidos em Libra. O fim do mês trará sorte, opor-tunidades e excelentes conquistas para todos os librianos.

Em setembro, continua a boa troca de energias entre os planetas que estão nos signos de fogo: Áries (Urano), Sagitário (Saturno) e Leão (Marte). Os nascidos nesses signos vão conseguir suces-so em questões de trabalho, empreendimentos pessoais e contatos com público jovem. Acreditem em sua capacidade e não se acanhem com as dificuldades, a força estará com vocês.

Para os nascidos em Escorpião, o mês pede cuidado com a saúde. Evitem os exageros e esperem por dias melhores para a solução dos problemas que não dependem da vontade própria. O me-

lhor é aprender com a paciência. Os taurinos estarão mais interiorizados e devem manter essa cautela e silêncio até as energias mudarem no equinócio. Depois tudo vai melhorar em um passe de mágica.

Os geminianos vão ter uma fase especial para começar novos projetos. Aproveitem para aprender diferentes linguagens e descobrir outras paisagens. E a mesma dica serve para os aquarianos, que vão ter êxito em contatos e atividades com lugares distantes, assim, viagens de todo tipo vão trazer benefícios e resultados positivos.

Os cancerianos terão um mês de sorte financeira. Aproveitem as oportunidades e não duvidem de seus palpites, eles irão trazer surpresas agradáveis. E para os nascidos

em Capricórnio, as mudanças serão portadoras de sucesso e bom astral. Este mês será um teste para vocês aprenderem a se renovar com a vida.

Os nascidos em Peixes estão na fase anual das parcerias e sociedades. A ordem é harmonizar e, caso não consiga, talvez tenha chegado o tempo

de partir para novas descobertas. Tem tanta gente por aí...

Cor: verde claro Flor: rosa Pedra: quartzo rosa Aroma: ylang-ylang Chá: bergamota

Setembro

São Paulo vista de um helicópetero

em um vôo sobre a região do Jardins,

ano 2014

31 Ol har

Por CÁSSIO VASCONCELLOS

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