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TEMA 12 - PALESTRA 023 – CASAMENTO CASAL AMIGO.

Em 12/2/2.003.

Ao recebermos o honrado convite para externarmos algumas palavras à luz da doutrina espírita, no dia do casamento dos nossos amigos, ficamos apreensivos por dois motivos principais: (casamento, outra informação: ver palestra 029).

Primeiro: não me considero palestrante;

Segundo: o respeito que devemos ter com adeptos de outras religiões, inclusive muçulmana.

Todas, informações sublinhadas, não foram verbalizadas no cerimonial do casamento. Digito-as, para a minha memória.

Ficamos mais confiantes ao lembrarmos que o intercâmbio entre encarnados e desencarnados tem os seus primeiros registros no Velho Testamento, e o de maior expressão é o de Samuel, livro I Cap. 9, versículo 9.

Vejamos : O Rei Saul indo a uma vidente em Endor, consultar o espírito de Samuel, se ele Saul seria vitorioso da guerra que seu exército iria empreender?

- A mediunidade de efeitos físicos de Moisés, recebendo a tábua com os dez mandamentos. Como vemos essa relação entre encarnados e desencarnados, não é invenção dos espíritas.

- Quanto a proibição de Moisés, proibindo que o seu povo consulta-se os mortos, por intermédio dos adivinhos, profetas ou encantadores como eram conhecidos. Contudo se tem registro de comunicações de espíritos aprovadas por Moisés. Levíticos

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19.31. No arraial ficaram dois homens, Eldade e Medade: repousou sobre eles o espírito e profetizaram no arraial.

Então correu o moço e anunciou a Moisés dizendo: Eldade e Medade profetizam no arraial.

Porém Moisés lhes disse:

Oxalá todo o povo do Senhor fosse profeta, que o senhor lhes desse o seu espírito! Moisés proibiu o abuso a irresponsabilidade, mas não o exercício idôneo da mediunidade, dos profetas.

No novo testamento (Matheus 17, 1-3) Jesus tomou consigo, Pedro, Tiago e seu irmão João, e os levou a um lugar à parte, sobre um alto monte. Transfigurou-se diante deles: seu rosto brilhava como o sol e sua roupa tornou-se branca como a luz. Então lhes apareceram Moisés e Elias, conversando com ele. Aqui vemos Jesus conversando como dois espíritos, de épocas diferentes. Moisés e Elias na presença de seus discípulos. Onde ficou a proibição, de Jesus?

Se não bastasse esse memorável dia, busquemos quando em Jo, 14.15.26, Jesus assim se expressou: Se me amais, guardai os meus mandamentos, e eu rogarei a meu Pai e ele vos enviará outro consolador, para ficar eternamente convosco – Eis o Espírito da Verdade, expresso na Doutrina dos Espíritos que o mundo não pode receber, porque não vê e absolutamente não o conhece. Mas quanto a vós conhecê-lo-eis, porque ficará convosco e estará em vós. Porém, o Consolador, que é o Santo Espírito que meu pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará recordar tudo o que tenho dito.

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Retornemos ao cerimonial:

É nesse entendimento ecumênico, que me sinto encorajado em comentar o casamento na visão filosófica, científica e religiosa de Kardec, utilizando informações oriundas das vozes do além.

Presentes estão ilustres famílias libanesas, ou filhos de outras terras, acredito poder fazer-me entendido, por intermédio de uma linda lenda Pérsia.

Era o mês de Ramadam; no momento mais elevado do alcorão, no imenso e luxuoso palácio de Raro-Almaxibês a festa atingia o momento mais culminante.

Quando uma linda fada, que fora expulsa anteriormente pelo mestre de cerimônia daquele palácio, porque se apresentou nua, e ela argumentando: Eu sou a verdade, e a verdade é nua, portanto não tenho adorno.

A Linda fada, volta ao deserto e planeja nova ida ao palácio. Pegou seus trapos, e vestiu-se e, com a sua vara mágica modificou a carruagem e voltou ao palácio, dizendo: eu quero falar com o imperador. Quem é a senhora? Eu sou a humildade, mas que deseja a humildade numa noite festiva? Falar com o imperador, mas eu não posso autorizar a sua entrada. Ela retorna ao deserto...

Mesmo sendo rejeitada, mais uma vez, ela não desiste e tenta pela terceira vez: cobriu-se de um vestido multicor ergueu a vara de condão, adornou os animais com chocalho, e a carruagem de sinos, entrou e partiu na direção do palácio. Saltou e quando o jovem mestre de cerimonial a viu perguntou: mas quem é a senhora? Eu sou a fantasia, desejo falar com o imperador, o

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mestre do cerimonial disse, mansamente e prestativo: vou falar com o imperador. O bastão foi batido, o bailado foi interrompido, o imperador ergueu-se e batendo palma disse: Nesse momento entra em palácios a fantasia, o aplauso foi geral. Ela chegou perto do imperador, dobrou-se e rasgando suas vestes, despiu-se e disse: Eu sou a verdade. Para poder chegar até vos, tive que adotar fantasias senão não me deixaria entrar.

Já, sinto-me mais a vontade no meio de vocês para falar na linguagem nua, sem adornos, e logo mais numa linguagem poética.

Primeira parte: - É no lar, que convivemos todos as horas, dias, semana, meses e anos, com a criatura que raramente é a alma gêmea, que sonhamos e idealizamos. Assim sendo, o casamento deve ser trabalhado, lapidado como se faz com o diamante até tornar-se pedra preciosa. É muito fácil tolerar as imperfeições dos amigos, que encontramos de vez em quando; difícil é tolerar as imperfeições daqueles com quem convivemos diariamente, todos os dias.

A união conjugal é constituída na maioria de espíritos, com os quais tivemos ligações seculares, quase sempre infelizes, não é régua, mas é comum encontrarmo-nos na condição de marido e mulher para amenizar as pendências de compromissos mal resolvidos. Ah! que bom se tivéssemos conquistado a felicidade de estarmos unindo com a alma gêmea, vibrando na mesma faixa, o casamento, sem dúvida, seria de constante felicidade.

Para quem já conquistou essa condição, basta um olhar, um gesto, o suficiente para o entendimento. Na velhice, um abraço, um aperto de mão, suficiente para a manutenção do psiquismo

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do amor. No mundo espiritual dão continuidade a esse amor sublimado. E juntos continuarão buscando alcançarem a morada dos bem aventurados. Será na verdade outro casamento na vida, após essa vida.

Quais são as possibilidades do sucesso em um lar? Para essa resposta, buscamos nas palavras do espírito do Padre Manuel da Nobrega. Para se vencer precisamos de pouca coisa:

- Paciência;

- Renúncia;

- Boa vontade.

Pouca coisa são, apenas três, paciência, renúncia e boa-vontade, mas essas palavras representam vencer a nós mesmos, vencer o nosso orgulho, aquisição de quietude. Dois desses itens tem um peso muito grande:

- paciência 1 - com as imperfeições com os membros da família;

- paciência 2 - em todas as horas, todos os dias, aprendendo que o exercício da paciência nunca anula a nossa personalidade, quando o nosso coração se sentir evangelizado, em estado de paz, alcançando o seguinte entendimento: Eu sei por que fico quieta, ou quieto, aprendi que ninguém oferece o que ainda não possui.

- renúncia com as fantasias: sonhamos com a princesa encantada, com o príncipe encantado que na verdade não existem, logo viram sapos.

Vamos acrescentar outros entendimentos, ao casamento:

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Se perguntarmos o que é o casamento? Dirão: duas pessoas que se propõem a estabelecer uma convivência, no desejo de construir uma família. Não percebem o desdobrar de outras realidades:

P. Qual a força magnética, que conduz essas pessoas a assimilarem as energias recíprocas das afinidades, oferecendo a necessária manutenção, na solidez psíquica, para assumirem tal compromisso?

R. A principio uma certa atração pela beleza física, e que nem sempre é tão bela! O casamento entre almas apóiam-se em outras realidades, naturalmente sem relação de belas com os belos, dos famosos com as famosas. A não ser quando aja o interesse, egoísta.

P. Por quê? Saúde, fama, beleza, dinheiro e festa em Castelo não sustentam essas uniões?

R. Os homens precisam entender; antes de sermos matéria, somos os eternos espíritos. Eis a vertente da afinidade dos nubentes, eis o magnetismo que exala adquiridos em múltiplas existências, velhos conhecidos, ainda necessitados dos ajustes, que não conseguiram em outros períodos seculares. Endossado nas palavras do apostolo Paulo: Teremos muitos corpos, mas o ser espiritual é o mesmo.

Esse magnetismo pode nos enganar nos pregar uma peça? Sim.

Como existe prazer no sexo, constantemente é confundido com AMOR. O sexo sem sublimação não é expressão do amor. Se sexo fosse manifestação do amor a humanidade de nossos dias estaria vivendo em plenitude de felicidades, porque jamais o

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sexo foi tão livre, tão banalizado, abundante e requintado, e apesar de tanto sexo, o mundo amarga angustiosas depressões, carência afetiva, solidão, tanta psicoses que na maioria dos internados em clinicas psicológicas, estão os desajustados na área da sexualidade.

O amor que a matéria-física exala é enganoso, é passageiro, o amor sublimação é dinâmico, tem a sua base no espiritual, se assim não fosse como ficariam os velhos casais, que nada mais tem a oferecer dos encantos da mocidade?

Para o necessário crescimento de almas comprometidas, haverá necessidades de vencerem - dificuldades, frustrações, esperança e naturalmente alegrias, misturando-se no cotidiano das experiências domésticas, oferecendo a oportunidade de melhorarmos a própria vida, edificando o futuro.

Não estranhar a minha nua franqueza: na terra sofre o homem, os animais e a natureza, a terra ainda não esta pronta, acabada, tem necessidade de ajustes. Aos que fracassam em todos os setores da moral, novas oportunidades de experiências até que venham a ser vencedores de si mesmo. As almas felizes em seus dias, as obtiveram através de conquistas árduas no curso dos séculos.

Meu Deus como a verdade é “nua”, não aceita adornos.

Para minha memória. O casal sendo espírita tem outros entendimentos:

As Provações, as dificuldades, nada mais são que projeção, no presente do que se malbaratou, no pretérito.

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O lar na linguagem espírita é o cadinho purificador onde se reúnem afeiçoados e desafetos de vidas anteriores, a fim de consolidarem afeições e desfazerem aversões, ensaiando fraternidade.

Amigos, inimigos, vitimas, verdugos, comparsas e rivais ressurgem na condição de filhos, conjugue, pais irmãos, são personagem antigas em corpos novos, reencarnando-se. Muitos dizem: Ela tem tudo de bom, ele também, mas existe a incompatibilidade, usam palavras novas para dizer coisas antigas. São justificativas, não justificadas. Não sabem se forem iguais haverá a separação, não dá certo.

Outros aspectos, a serem observados: No presente o diálogo esta encontrando dificuldades:

- marido, mulher e televisão - o marido vai dar apenas um recado, retruca a mulher, depois você fala, não vê que estou vendo a novela, Globo.

- marido mulher, jornal e futebol;

- nas varandas das casas de campo, marido rede, jornal e sono;

- Marido, mulher e filhos no restaurante, impossível o diálogo: todos com o celular na mão e o sapp, sapp, sapp, definitivamente substituindo o diálogo.

O casal planejando constituir família. Apenas sabem que havendo intimidade, sem os cuidados haverá a gravidez, nada mais percebem: Não sabem que o útero e um altar sagrado, é ali que se realiza a sublime missão da vida, sem vida o mundo não tem vida.

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São as mães que proporcionam vidas, e quando embalam os seus filhos em seus braços, estão embalando o mundo.

A energia do útero é motivo para espíritos ávidos de retorno à vida física, perambularem em sua volta, principalmente no período da ovulação. Nessa fase essa mulher ficará um pouco irritada.

Havendo a gravidez, haverá uma retenção maior de água e sais, aumentando um pouco o volume de líquido no organismo. Isto afeta, também o sistema nervoso. Outro aspecto da gravidez: As reações psíquicas da mulher durante a gravidez depende muito do espírito que retorna. As vezes o espírito é inimigo do marido. Nessas circunstâncias ela pode reagir quanto a aproximação do marido, dizendo: Não fique perto de mim, ele deve compreender. Deve neutralizar isso com o amor da paciência. Não esquecer, também das dificuldades no período da menopausa.

Voltando falar aos nubentes.

Sendo o ambiente doméstico, o ponto de encontro de pessoas com pendores variados, não podemos aguardar um relacionamento uniforme, ou mesmo de todo harmoniosos.

Nessas verdades até agora não pudemos oferecer os contornos e adornos floridos, uma vez que a verdade em si é desnuda de fantasias.

Estava apreensivo pela nudez das colocações, mas graças a Deus chegou à hora de colocar um pouco poesia:

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Na mocidade do casal é necessário muito trabalho na sua profissão, na criação dos filhos, muito trabalho do coração, para que na velhice, encontre águas calmas e margens floridas.

A vocês nubentes, afirmo: Esse barco, a partir de hoje, deixa um porto seguro e conhecido, caminhará por águas calmas e às vezes turbulentas.

Como a prece é uma energia que não se perde, solicito aos convidados e familiares, portadores de quotas de paz, que ofereçam fluídos benfazejos, para que os mesmos utilizem no curso dessa viagem.

Na viajem que se inicia, nesse momento até a chegada, ao porto ainda desconhecido os condutores desse navio necessitaram de alguns entendimentos:

Primeira: - O amor é a defesa das perturbações aparentes, a dosagem perturbadora é opção nossa. Nunca esquecer que por simples opção podemos engendrar Tormentos Voluntários.

Segunda: - Para reflexão: era bodas de ouro, a alegria estampada nos olhares dos convidados, filhos, noras, genros, netos e bisnetos. Uma pergunta foi feita: Vovó - como é cinqüenta anos de casamento? Meus netos, toda felicidade tem que ser conquistada, no dia a dia, a minha conquista deve-se aos meus treinos.

Os meus ouvidos e coração tornaram-se uma esponja que amorteciam as descargas dos perturbados, assim procedendo oferecia a paz. Vocês ficam felizes por me ver feliz, é que fiz dos vendavais problemas aparentes.

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Na atualidade não se tem conquistas. Nas primeiras dificuldades, separa-se.

Minhas netas e bisnetas, diz a avó: Nunca disse ao seu avô.

- Você nunca...

- Não falei....

- Você sempre...

- Não quero discutir esse assunto...

- Quantas vezes, tenho que dizer a você...

- Ninguém muda, você não vai mudar....

Mas, eu sempre disse:

- Você é fantástico...

- Ajude-me por favor...

- Cometi um erro...

- Sinto muito...

- Preciso do seu conselho...

Terceiro: - Quem se prepara para ser o menor na relação a dois tornar-se-á o maior.

Quarto: - O problema familiar é antigo e para ilustrar busquemos as anotações de João, Novo Testamento - capítulo 2, versículo 1.

Houve um casamento em Caná na Galiléia e lá o convidado mais importante era Jesus. Por descuido do dono da casa faltou o vinho, esse episódio relatado por João é uma amostragem dos extraordinários poderes de Jesus. Mais importante é o conteúdo

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simbólico, de sua importância em relação ao instituto do casamento.

No dia de hoje, nenhuma alegria é maior que a de alguém que transforma um sonho em realidade. Nenhum sonho é mais belo nem mais caro às criaturas do que o casamento, instituição sagrada que ratifica perante Deus e os homens os elos sublimes do Amor, a unir duas partes que se completam:

O homem e a mulher, o cérebro e o coração, a razão e o sentimento, força e sensibilidade, num amálgama abençoando que opera um dos mais notáveis prodígios, da existência, transforma as paredes frias de uma casa, em lar, sinônimo de conforto, aconchego, paz, carinho (...).

Por isso é natural que nos olhos dos que se consorciam brilhe uma chama inconfundível: a esperança de que as alegrias desse dia sejam apenas as primícias de uma felicidade completa que se estenda; imperecível por toda a existência.

Quimeras - dirá alguém... Utopia - acrescentarão outros...

E os profetas do pessimismo pronunciarão, certamente, que após a embriaguês dos primeiros tempos, restará na taça matrimonial apenas o amargo sabor da insatisfação, e os compromissos Karmicos – não esquecer, dos fofoqueiros de plantão portadores do fel da discórdia, onde houver uma pequena brasa eles jogam lenha estabelecendo uma fogueira.

Para minha memória: A minha separação era recente e num momento de saudades fiquei num canto esperando que a pessoa grata ao meu coração passasse após o fim de um dia de trabalho.

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O resultado fui uma fofoqueira de plantão dizer: cuidado ele esta ficando de tocais, esperando, você passar naquele lugar. Essa mentira perdura aproximadamente, á trinta anos. Nunca tive oportunidade de me defender.

É verdade! O vinho capitoso das primeiras alegrias matrimoniais é escasso, tanto quanto são numerosos os casais que se perguntam, amargurados.

O que esta acontecendo conosco? Onde se escondeu a felicidade inicial? Que é feito da paz doméstica? Por que tantos espinhos sucederam às flores? – esquecem que toda felicidades esta onde a colocamos e se não acharmos sempre um novo lugar na dinâmica da própria vida, não entenderemos as mudanças.

É natural que nessa mudança, esta faltando alguém.

Esqueceram, de convidar o Cristo. Somente Jesus é capaz de transformar para sempre, em todos os momentos a água em vinho, a rotina em interesse, a incompreensão em entendimento, a intranqüilidade em paz, os espinhos em flores, as lágrimas em sorriso, as dores em alegrias, ou no mínimo em aparentes dores. Se não bastasse insistimos em buscarmos dores voluntárias.

O Evangelho é muito mais que repositório de consolos e bênçãos, é uma síntese perfeita das leis divinas que regem a evolução moral da humanidade, recurso indispensável para uma convivência pacífica e feliz em qualquer agrupamento humano, principalmente no lar onde se rompe com facilidade o verniz social. Logo cada um mostra o que é, torna-se autêntico, mostra as garras. Ah! se os casais continuassem mais ou menos a viver como viviam no curso do namoro.

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Indispensável em qualquer matrimônio, a presença de JESUS. Ele não se subordina a mero, cerimonial religioso. Eis a necessidade de se ter o convidado mais importante, assim como nas bodas de Caná, na Galiléia. João capitulo 2, versículo 2.

Os amigos estão iniciando uma longa viagem, partindo do porto conhecido, navegarão por mares, oceanos e destinos desconhecidos, águas calmas a princípio, agitadas em alto mar, pela necessidade do aprender a navegar, com segurança no leme do equilíbrio psicológico. Nesse navegar o tempo vai transformando tudo em suas voltas, tudo vai ficando mais calmo, perceberão que vocês, também estão mais lentos, os anos passaram, é o sinal da chegada ao porto, já não mais tão desconhecido.

Na exuberância dessa viagem, algo se tornou maravilhoso, percebem que desde a muito não são mais um e outro, e sim nós, filhos e netos, como não: bisnetos.

Aos nubentes, meus amigos: Uma História para Ser Assimilada.

Tudo começou quando um homem e uma mulher decidiram unir as suas vidas, e logo mais adentrando a maternidade. O tempo passa, e percebem que o mais importante para os filhos é oferecer uma boa educação, uma boa escola, bons amigos, excelente formação.

E as crianças cresceram. Outros desafios chegaram, e algumas conclusões dessa vivência vieram acompanhadas de angústia e tristeza, e logo compreenderam: havia algo que deveria ter vindo primeiro, antes da escola ou em paralelo, pela importância.

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Eram as histórias de vida, de vocês, dos avos e da família, contadas dia após dia aos filhos. Informações preciosas a ser incorporada na memória afetiva dos pequenos, assim como a possibilidade de entender os exemplos morais no seio da família.

Para a minha memória: O que dizer de netos e netas que são distanciados do avo, sem motivos justificáveis? Eu digo: pobres crianças, em suas mentes ficarão um espaço vazio, nunca será preenchido, “um buraco negro”. Sem esse registro, como logo mais receber de seus netos uma prece! Como apresentar-se a esses seres queridos no decorrer do sono, eles estão sem o registro fisionômico daquele que foi seu avo.

Eles os pais, não conseguiram evitar certo, desânimo ao perceber que o recado silencioso do lar era o de colocá-los à sublime tarefa de transformar os filhos em pessoas, e não apenas em sobrevivência. Agora, percebem que também era essencial o que lhe teria exigido trabalho diário, presença viva e comprometimento, diário, pleno e absoluto aos filhos. Esse comprometimento fica impossibilidade, quando a separação se apresenta, os filhos ficam sem conhecer a história, familiar, o que se fala de um lado e do outro, nem sempre correspondendo com a verdade. Podemos perguntar, porque a separação? Os espíritos respondem – pela dureza dos seus corações.

Para minha memória: Preocupava-me com canseira física, psicológica, inflação de oitenta por cento ao mês, quanta expectativa para saldar os compromissos, tristezas diárias, pelo desprezo oferecido na intimidade do lar. Acreditava que as três crianças, tinham o seu Universo particular, e que o meu silencio deitado no sofá evitando atritos, não seria prejudicial, e que os filhos não tinham necessidades de escutar as minhas histórias de

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vida. Hoje eu digo: Todo homem se pudesse deveria formar família na terceira idade para não cometer erros por ignorância, dificilmente perdoado pelos filhos.

Como vemos é na observação dos filhos nos dia a dia da família, pais, avós e primos, das experiências dos pais que eles começam a construir a própria memória familiar, a fim de dizer aos seus filhos no porvir que lá atrás familiares dispostos a oferecer experiências, ofereceram, também o verdadeiro tesouro que ladrão não roubam e as traças não corrói, ou seja: ciência e filosofia, espírita, “Registrado na Bíblia”. Havendo esse desconhecimento, a vida dessas crianças, ficará capenga. Não saberão, nem perguntar: donde eu vim, porque estou aqui, e para onde irei ao morrer.

Não terão ensinamentos dos mais velhos, nem lembranças do avô, impossibilidade de dizer:

- Meus netos e netas, trabalhem bastante, com equilíbrio, como o mar que trabalha dia e noite em perfeita sincronização.

- É melhor morrer deixando do que pedindo;

- Se necessário aceitem as benditas chineladas, sem ódio, apanhe em casa do que apanhar amanhã da policia;

- Quem se apossa das pequenas coisas se apossará das grandes coisas.

Vamos colocar nesse momento um pouco de poesia:

Mamãe permita-me assim, chamar-te! Pois é assim que a vejo e a sinto.

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Estou aqui na espiritualidade, lembrando com muito amor, carinho e saudades, vinte anos passados. Nós nos despedimos em longo abraço, a senhora partia para o mergulho da carne. Fiquei na espiritualidade impaciente, esperando os anos passarem, para concluir os seus estudos, vir a namorar, a noivar e casando-se oferecer a oportunidade do meu retorno à carne.

A senhora ainda não conhece o papai ai na terra, ele é muito querido por mim, é também muito bonito, pacífico, tolerante, digno e trabalhador.

Ah! Chegou o dia do seu casamento, aqui estou. Viu como o papai é tudo aquilo que lhe disse.

Mamãe, em breve estarei abraçando-a em carne.

Vou dizer coisas que a senhora não sabe:

Seu útero é energia atuante de vida. Sabe mamãe, antes de corporificar-me, ao seu lado muitas vezes ainda estarei, e quase sempre nos momentos da ovulação, a energia de vida ali e pulsante e atrai-me.

Mamãe! Quando a senhora sentir desejos, são meus, a mulher gestante, tem o seu corpo psíquico invadido pelas nossas impressões, oportunizando-nos, exercício de ajustes, necessários como aprendizado de nova vida. São energias ajustando-se.

Mamãe! Também, tenho os meus anseios e medos.

Retornarei à nova existência, com os vícios de outrora adormecidos. Solicito de vocês, meus pais - sejam severos comigo, ainda sou indisciplinado, tenho medo terrível de novas quedas.

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Amores da minha vida! Me, ame disciplinando e discipline-me amando.

Tenha muita paciência comigo - as vezes irei querer parecer forte: darei muito barulho, irei atrapalhar os outros, farei tudo que as outras crianças fazem, terei os mesmos medos.

Procurarei ser bom, ter afeição de todos e nem sempre saberei como conseguir isso. É nessas condições que mais precisarei do seu amor, da sua tranqüilidade. Precisarei ter a certeza que ocuparei um lugar importante em nossa casa e um lugar importante em seu coração. Por não saber agir corretamente, e na minha luta pelo seu carinho, quantas vezes, terá que zangar-se comigo. Procure compreender-me, e ajude-me a crescer em paz.

Lembrem-se pais querido: - o meu novo consciente será altamente receptivo, como é de todas as crianças. Será uma fita virgem, muito cuidado com o que for gravar, até porque tenho conhecimento da viciação da sociedade desse século, a convidar-me sem tréguas, as facilidades, com riscos de despertar os meus vícios seculares, ainda existentes.

Fico atemorizada, ao ter conhecimento dos livros pornográficos ofertados por alguns pais aos seus filhos. Acreditam eles que assim os filhos tornar-se-ão mais homens e eu digo: - Sim, mais aptos à quedas irreparáveis. Um dia o criador perguntará: O que fizeste do filho que lhe confiei?

Encerro a minha verbalização, perguntando aos nubentes: por acaso você acreditam que apenas vocês e nós aqui estamos para parabenizá-los? Esquecem daqueles que planejaram o retorno e reencontro de vocês? E outros corações queridos.

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O amor, de alguma forma, pode ser considerado como o céu - quando ele se realiza plenamente, isto é, quando esse homem e essa mulher alcança o patamar do amor, sublimação, daí começa a sentir amor por tudo e todos.

P. Como alcançar esse apanágio?

R. Nascendo, vivendo, morrendo e renascendo, sempre e sempre, vai o homem adquirindo experiências, aprendendo que o amor é o caminho mais suave para aproximar-se de Deus.

Mestre Jesus – Amigo certo de todas as horas, o amigo incondicional de nossas almas, aquele que veio ao mundo para nos ensinar a administrar com equilíbrio o sofrer, o amar e o perdoar. Não estamos nesse mundo para ficarmos livres das nossas, responsabilidade e sim para administrar com sabedoria.

Que neste instante a luz do divino jardineiro divino, irradie a sua luz, seu amor e acréscimo de misericórdia, infinita misericórdia sobre os amigos que se unem pelo matrimônio, atendendo necessidades do ontem a manifestar-se no hoje.

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Kamila.

Em anexo:

1. Uma bula do remédio Sinvastatina e sua finalidade; a remessa é em função do que você me informou após sua ida ao médico. Não estou receitando. É o que uso.

2. Palestra remetida a você na oportunidade, de numero 023. Essa palestra esta entre as 100 palestrar que devo remeter dentro de alguns dias. Claro descontando as que você já corrigiu.

3. Em anexo, pen-draive das músicas que me embalou em algumas décadas. É claro que tem muitas que não gosto, tanto. Mas essa remessa tem duas finalidades:

- Para seu conhecimento de uma época;

- E para você relembrar, algumas do seu conhecimento.

Gostaria que a Kate tomasse conhecimento dos dizeres a partir da folha 03.

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