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Ser Espírita é... (Obra de evangelização juvenil) Casa de Recuperação e Benefícios Bezerra de Menezes http://www.casarecupbenbm.org.br

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Ser Espírita é...

(Obra de evangelização juvenil)

Casa de Recuperação e Benefícios Bezerra de Menezes

http://www.casarecupbenbm.org.br

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Índice Ser Espírita é... Ser um estudante da Lei Divina.................................................... 3 Saber ouvir para falar sensatamente ............................................. 4 Ao reconhecer o erro, arrepender-se realmente ............................ 5 Não cultivar dogmas nem rituais .................................................. 6 Crer, trabalhando.......................................................................... 7 Nunca desistir de aprimorar-se ..................................................... 8 Reconhecer no agressor um doente da alma ................................. 9 Auxiliar sempre.......................................................................... 10 Adquirir tesouros de luz ............................................................. 11 Superar a morte dos sentidos espirituais..................................... 13 Crer, agindo................................................................................ 14 Ter alegria de viver .................................................................... 15 Governar a si próprio ................................................................. 16 Abraçar o próprio destino........................................................... 17 Conhecer a si mesmo.................................................................. 18 Cultivar a paz e a harmonia ........................................................ 19 Plantar sempre alegria ................................................................ 20 Superar a angústia e a ansiedade ................................................ 21 Participar com todos................................................................... 23 Buscar ser simples e humilde ..................................................... 24 Vencer a morte ........................................................................... 25 Confiar na Lei Divina................................................................. 27 Ser cidadão universal ................................................................. 30 Combater a inferioridade............................................................ 32 Conhecer e entender a comunicação com os Espíritos ............... 35 Buscar evoluir pelo próprio esforço ........................................... 36 Exercitar a tolerância.................................................................. 37

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Ser um estudante da Lei Divina

Configura-se o verdadeiro espírita como um “aprendiz” da Lei Divina, um ser cônscio dos pesados encargos e responsabili-dades que possui pelo fato de estar matriculado na escola planetá-ria chamada Terra.

O Mestre é bom. Os anos se passam e pouco a pouco vamos recebendo as lições de que necessita nosso espírito imortal, ora através da alegria que incentiva, ora através da dor que corrige.

Sabemos que só o esforço próprio possibilita o nosso aprovei-tamento integral. O Mestre não pode fazer a parte do aluno. Sa-bemos que o nosso curso é caro, e custoso em seus resultados. Daí a importância de - na condição de espíritas - não nos descuidar-mos dele.

Nosso certificado será um estado de paz. De lição em lição prepararemos, no aprendizado do dia-a-dia, as vestes puras que nos darão direito às Universidades Divinas que povoam as imen-sidões siderais.

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Saber ouvir para falar sensatamente

Ao admitir que somos espíritos imortais, usufruindo a transi-toriedade de um corpo perecível, temos não só a obrigação de tratá-lo, como também, de saber usá-lo convenientemente, aten-dendo, como é natural, às exigências dos encargos que desempe-nhamos.

Mãos operosas constroem.

Olhos sensatos favorecem o entendimento do pensamento a-lheio.

Bocas prudentes dispensam a todo instante palavras solidárias e fraternas.

Exatamente por isso alertou-nos o Cristo: “não é o que entra pela boca que faz mal ao homem, mas sim o que por ela sai”.

Também Emmanuel chama-nos a atenção para esta questão, salientando, principalmente, os resultados sempre previsíveis da lei de causa e efeito:

“Justo entendas que és livre para usar os recursos dessa ou daquela espécie que te pertençam, mas não te encontras livre dos prejuízos que causas, porventura, aos irmãos do caminho e com-panheiros de experiências, prejuízos que sempre te reclamarão o resgate justo.”

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Ao reconhecer o erro, arrepender-se realmente

Ninguém se arrepende e se aprimora numa simples afirmação verbal; a vida pede renovação constante. Como Espíritas, sabemos que evoluímos através das reencarnações, evidenciando o esforço próprio como fórmula da evolução do espírito.

Portanto, o arrependimento é importante, certo e muito nobre, é o marco zero do processo de renovação, mas por si mesmo não basta. Por isso não se pode, nele, ficar retido. É necessário corrigir para ser corrigido.

É bom lembrar que a tormenta interior não edifica, é só o in-dício de que já estamos em condições de distinguir o certo do errado, o bem que não fizemos e o mal que operamos.

Depois deve vir o propósito sábio de acertar sem determo-nos simplesmente a rememorar os enganos e as decepções de outrora.

O agora do espírita esclarecido é o momento de reconstruir.

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Não cultivar dogmas nem rituais

Com base na razão, a crença espírita trabalha no objetivo de libertação do culto aos rituais e dogmas da fé, por imposição. O único “dever” imposto ao espírita sério é o estudo acompanhado do esforço próprio de renovação. A “obrigação” do espírita é acordar para os compromissos assumidos consigo mesmo, no melhor aproveitamento das oportunidades oferecidas pela Lei Divina.

Nem mesmo os nossos guias são responsáveis pela nossa evo-lução, como não são os espíritos perturbadores a causa dos nossos fracassos.

Somos sim, responsáveis por todos os atos, tanto os que ge-ram crescimento espiritual, como os que provocam a atrofia da consciência.

Portanto, não comporta mais ao espírita cultuar favores celes-tiais através de: imagens santificadas, fórmulas mágicas ou mila-gres, divinizar pessoas encarnadas ou desencarnadas, esperando bênçãos ou salvações ou, ainda, recomendações de utensílios tidos como favoráveis ou desfavoráveis.

O Espírita crê em Deus e na força da Sua Lei de Justiça e Amor.

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Crer, trabalhando

Como observamos, na página de Meimei, psicografada por Chico Xavier:

“Não percas a tua fé entre as sombras do mundo.

Ainda que os teus pés estejam sangrando, segue para a frente, erguendo-a por luz celeste, acima de ti mesmo.

Crê e trabalha.

Esforça-te no bem e espera com paciência.

Tudo passa e tudo se renova na Terra, mas o que vem do Céu permanecerá.

De todos os infelizes, os mais desditosos são os que perderam a confiança em Deus e em si mesmos, porque o maior infortúnio é sofrer a privação da fé e prosseguir vivendo.

Eleva, pois, o teu olhar e caminha.

Luta e serve. Aprende e adianta-te.

Brilha a alvorada além da noite.

Hoje, é possível que a tempestade te amarfanhe o coração e te atormente o ideal, aguilhoando-te com a aflição ou ameaçando-te com a morte...

Não te esqueças, porém, de que amanhã será outro dia.”

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Nunca desistir de aprimorar-se

Deparando-nos com a lei de causa e efeito, constatamos que o mundo em que vivemos é o retrato fiel do nosso presente estado evolutivo.

Para modificá-lo substancialmente, demandará o empenho de indivíduo a indivíduo pela própria melhoria.

Como define Emmanuel:

“Para este pequeno minuto de luz que agora vivemos, temos em nossa história séculos e séculos de sombra.”

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Reconhecer no agressor um doente da alma

O atendimento mediúnico busca, primeiramente, a cura da alma, pois a visão oferecida pela lei de causa e efeito mostra que o sofrimento, a dor e, portanto, a doença, resultam de erros desta ou de outras existências.

Este conceito é perfeitamente ilustrado pelo pensamento de Meimei:

“Os que ferem são os verdadeiros feridos e todos os feridos são doentes.”

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Auxiliar sempre

Auxiliar é a ação que mais caracteriza a perfeita compreensão da Lei Divina. Segundo a análise do postulado espírita, a vontade do Criador é que todos os espíritos evoluam até à perfeição. Para tanto, providencia manancial de amor abrangente a todos, através do auxílio à evolução, constituindo a força maior do concerto universal, em que cada criatura é chamada a cooperar no cresci-mento do próximo, para realizar o próprio crescimento.

Quanto mais conscientes da realidade do espírito, maior é a disposição de cooperar com Deus.

Define a 1ª epístola de João, cap. 4, vers. 11: “Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros”. Daí concluirmos com Emmanuel em página recebida por Chico Xavier: “se nos propomos a colaborar, na edificação do Reino de Deus, comecemos pela caridade sublime e silenciosa de não complicar e nem desanimar ninguém”.

Finalizando, recorramos à lira de Maria Dolores1*:

“Se já podes, enfim, Converter toda lama em trato de jardim E criar alegria em tua própria dor, Para auxílio a quem chora ou socorro de alguém, Então terás chegado à compreensão do bem, Para viver em paz, na vitória do amor.”

1 Recebida por Chico Xavier em Uberaba, a 20-06-1970.

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Adquirir tesouros de luz

A doutrina espírita coloca o Evangelho de Jesus ao nível da inteligência do homem atual, potencializando a realização do ser na consciência integral. Resulta, assim, em mais progresso e felicidade. Conforme verificamos no quadro elaborado pelo Espí-rito de Albino Teixeira, através da mediunidade de Chico Xavier, ser espírita significa:

No coração - mais entendimento

No cérebro - mais educação

No lar - mais bênçãos

No matrimônio - mais união

Na família - mais concórdia

No grupo - mais eficiência

Na arte - mais beleza

Na ciência - mais luz

No estudo - mais proveito

Na idéia - mais construtividade

Na palavra - mais acerto

No trabalho - mais rendimento

Nas decisões - mais lógica

Na tentação - mais resistência

Na liberdade - mais controle

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Na provação - mais paciência

Nas relações - mais solidariedade

Não percamos mais tempo!

Sejamos mais espíritas!!!

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Superar a morte dos sentidos espirituais

O conceito firmado pela visão espírita de que a morte não a-caba com a vida e o que importa é despertar a consciência do espírito foi inaugurada por Jesus ao determinar: “Deixai aos mor-tos enterrar seus mortos”.

A mediunidade de Francisco Cândido Xavier transmite-nos fabulosa ilustração a respeito, através do soneto ditado pelo Espí-rito A. de Guimarães, intitulado:

A ROMARIA DOS MORTOS

Também nos vimos, hoje, em romaria, Da luz do mundo dos desencarnados, Visitar nossos mortos bem-amados Que palmilham a estrada erma e sombria. Hoje, fostes à lousa escura e fria, Na saudosa lembrança dos “finados” Mas sois vós nossos mortos, sepultados Nos sepulcros de carne e de agonia!... Na parada de dor dos cemitérios, Passa, à luz de dulcíssimos mistérios, A generosa e santa caravana... São os vivos dos mundos da verdade Que choram sobre os mortos na impiedade Do campo santo da miséria humana!

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Crer, agindo

É correta a imagem de que a Doutrina Espírita é tesouro de luz. Afinal, ao evocar a experimentação mediúnica, consegue revelar a verdadeira natureza humana, transcendente dos limites entre o berço e o túmulo.

Constitui, assim, base sólida para a fé racional.

A palavra de Emmanuel, porém, recebida por F.C.Xavier e publicada em “Fonte Viva” (Editora FEB), na mensagem intitula-da “Diferença”, define que a racionalidade da fé espírita objetiva “a dinâmica do bem”, destacando-se do referido texto: “a diferen-ça está entre crer-se em Deus e fazer-lhe a Sublime Vontade”.

“... O ser vivo evolui sempre e quem evolui aprende e conhe-ce.” (...)

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Ter alegria de viver

A vida é o supremo bem concedido pelo Pai, afinal é Ele o Criador da Vida.

A Doutrina Espírita oferece-nos excelente manancial de com-preensão dos reais valores da vida, pois estende com grande niti-dez nossa visão pela ótica do espírito, dissecando os mecanismos da lei de causa e efeito e o princípio eterno da evolução gradativa; definindo que ninguém, nenhum ser ou criatura alguma, estará condenada a penas eternas.

Portanto, tudo e todos têm solução; e a mais perfeita, ótima e definitiva.; que é a purificação do espírito.

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Governar a si próprio

Nossos mentores têm nos avisado, continuamente, quanto à necessária reforma íntima, como fator preponderante em todas as atividades da vida. Não bastam somente o estudo doutrinário e o conhecimento teórico do Evangelho, é preciso vivenciá-los.

Dominar a si mesmo é um dos principais desafios de todo es-pírita.

Afinal, como diz Emmanuel, através do querido Chico Xavi-er, “Quem espera vida sã sem autodisciplina, não se distancia muito do desequilíbrio ruinoso ou total. É necessário instalar o governo de nós mesmos em qualquer posição da vida. O problema fundamental é de vontade forte para conosco e de boa-vontade com nossos irmãos”.

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Abraçar o próprio destino

Não existe acaso. Os problemas e as situações que fazem par-te de nossas vidas seguem leis invioláveis, mecanismos de ação e reação tão perfeitos como os que dirigem o movimento dos astros e a força da gravidade. Somos hoje o resultado de nosso passado. Construímos em cada ato, palavra e pensamento o nosso futuro.

O mecanismo é simples. Liberdade total no plantio. Determi-nismo férreo na colheita. Consciente desse funcionamento das leis da vida, o espírita abraça com resignação e paciência as conse-qüências do que plantou no passado, às vezes em outras existên-cias, trabalhando, por outro lado, operosamente, para harmonizar-se com tudo e com todos, para fazer todo o bem ao seu alcance e, assim, preparar um futuro melhor.

Segue adiante o teu caminho, cabeça erguida, confiante na proteção do teu pai. Lembremo-nos da palavra do Cristo: “Não vos preocupeis com o dia de amanhã. Basta a cada dia o seu cui-dado.”

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Conhecer a si mesmo

O auto-exame regular dos próprios atos, pensamentos e pala-vras é recomendado por Santo Agostinho na resposta à questão 917 de “O Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec.

Observando com juízo crítico as situações de um determinado dia, reduzimos a probabilidade de erros futuros. Esse hábito serve, também, como uma espécie de vacina contra o orgulho, posto que desperta continuamente nossa percepção para as próprias fraque-zas e imperfeições, ao mesmo tempo que nos faz mais tolerantes em relação aos defeitos e erros alheios...

Olhar com profundidade e regularidade para as profundezas do nosso “eu” faz-nos, também, mais sensíveis e atentos em rela-ção aos sentimentos e pensamentos do próximo, aumentando nossa capacidade de empatia e solidariedade.

O espírita-cristão sabe que a plena compreensão de sua reali-dade espiritual e moral não surgirá de improviso, mas lembra-se sempre das palavras do Cristo, ensinando-nos, paciente, que o verdadeiro Reino de Deus está dentro de nós...

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Cultivar a paz e a harmonia

Dizem os nossos Benfeitores Espirituais que: “elevando nos-so pensamento acima da craveira material, menos nos magoarão as coisas da Terra.”

O nosso mundo ainda é dominado pela parcialidade, por con-dições humilhantes, dificuldades extremas, conflitos complexos, toda sorte de injustiças e distorções. A transitoriedade do nosso meio e as limitações dos espíritos encarnados no presente estágio evolutivo em que ainda nos encontramos, produzem a dura reali-dade de mundo de provas e expiações, que só será modificada, para o nível de mundo de regeneração, pela definitiva assimilação dos ensinamentos do Cristo, cuja síntese é o amor ao próximo, estabelecendo a compreensão entre todos, a prática do perdão, finalizando na conquista da paz pelo exercício da abnegação pelo bem comum, tão bem sintetizado na anotação de Mateus, 5:41: “E se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas”.

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Plantar sempre alegria

Na Terra a dor é como a sombra - nos acompanha a todos, o tempo inteiro, e contrasta mais e mais a sua escuridão com aque-les que se aproximam da luz... Consciente de que habitamos num mundo de expiação e provas, e que aqui estamos “de passagem”, resgatando débitos pretéritos e lapidando nossas almas no apren-dizado da caridade e do amor ao próximo, o Espírita segue, confi-ante, a sua trajetória terrestre, superando com otimismo e alegria as adversidades naturais da vida.

A propósito, diz-nos Joanna de Ângelis, através de Divaldo Pereira Franco:

“Sorria sempre! Deus ama você. Manda a tristeza embora. Construa para os outros e para si um caminho de amor e de ale-gria.

Deus conhece o teu destino e comanda tua vida. O que te o-corre, mereces, a fim de conquistares novas marcas na escala da evolução.

Deus é Pai Misericordioso e vela por ti. Jamais te consideres desprezado, resvalando pela rebeldia e blasfêmia. O homem deve treinar coragem e resignação, sem cujos valores permanece crian-ça espiritual.

Deus não tem preferências e ama a todos. Deixa-te conduzir pelas ocorrências que não podes mudar, e altera com amor aquelas que te irão beneficiar.

Desesperar-te? Nunca!”.

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Superar a angústia e a ansiedade

O espírita sabe que o ser real é imortal e que a vida na maté-ria é composta de experiências transitórias e relativas, que uma vez passadas ficam como lições enriquecendo a alma no trajeto irreversível de evolução gradativa.

Mesmo assim, muitos de nós entregamo-nos ao desespero nos momentos angustiantes das provações, esquecidos da já conhecida Lei de Causa e Efeito.

Sofremos hoje as conseqüências dos equívocos do passado. O importante não é o que está acontecendo, mas sim como encara-mos os acontecimentos, porque da qualidade da nossa reação de hoje dependerá nosso amanhã.

Nem ansiedade, nem imprevidência. Serenidade não significa que devamos fazer como servo da parábola evangélica, que “en-terra” o “talento” e o devolve ao Senhor sem apresentar rendimen-to algum, ou que os acomodemos diante das dificuldades da vida, adiando para o plano espiritual ou “para a próxima encarnação” a reforma íntima que podemos fazer HOJE.

Os avisos dos Espíritos Superiores são claros nesse sentido. Como exemplo anotamos as observações de Emmanuel, em seu “Moradias de Luz”, através da mediunidade de Chico Xavier:

“Não aguardeis novo corpo físico a fim de atender à obra do vosso aperfeiçoamento espiritual”... “amanhã encontraremos mais elevado degrau nas experiências de acesso ao Senhor.”

Vamos, vamos encher nosso coração de amor, caridade, espe-rança, alegria e fé, receitados no Evangelho!

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Novamente, a palavra de Emmanuel:

“Aprende a desprezar as velhas fórmulas do sentir, com as quais apenas recolhes desespero, desânimo, angústias e desola-ção”(...) “Regenera a própria atitude”(...) “Recompõe a esperança no Alto”(...) “Faze reviver as esperanças perdidas”(...) “Restaura a bondade em teus métodos de relacionamento com o próximo”(...) “Cultiva o otimismo e a alegria renascerá da sombra para a luz”(...)

Tudo tem seu momento. A ansiedade e a angústia são de-monstrações de falta de fé e confiança no Criador. Somos constru-tores de nosso destino e responsáveis pelos nossos atos. Não podemos mais cruzar os braços, aguardando favores especiais ou benefícios do plano espiritual, nem adiar os desafios de hoje para outras existências.

Fora disso estaremos lutando contra nós mesmos, sujeitos às incertezas e vítimas da angústia, soterrados pelo desconhecido e ansiando por facilidades materiais e transitórias.

Nada compatível com o ... SER ESPÍRITA!

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Participar com todos

O verdadeiro espírita é bom companheiro, por ter consciência da necessidade de todos no esforço comum da evolução. Na Lei Divina não há lugar para favoritismos, criaturas especiais e exclu-sivismos; nem sistemas privilegiados ou fórmulas mágicas, como também condenações eternas.

Esse princípio é bem emoldurado na análise científico-filosófica de Hermínio Miranda:

“A vida não tem ponto final, apenas vírgulas, pontos e vírgu-las, reticências, exclamações e interrogações, e muitos traços de união” (...) “Porque não somos ilhas, mas partículas, com partici-pação coletiva num só continente” (...) Fótons menos ou mais luminosos, que integram um só foco de luz.

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Buscar ser simples e humilde

Na verdade, quem pensa ser humilde demonstra que não é.

Ali-Omar, através da mediunidade de nosso fundador, Aza-môr Serrão, no livreto “Raios de Luz em Teu Caminho”, dita-nos a seguinte máxima:

“A humildade não se mostra por ser humilde, porém se revela sem as vestes do orgulho.”

A simplicidade é o maior atributo da humildade, que por sua vez é sinal evidente de que a criatura reconhece a necessidade de crescer em espírito, já não mais iludida com particularidades exteriores e materiais. Quanto mais espiritualizada, mais enxerga o longo caminho que precisa percorrer. Ele quer ser... e nunca pensa que já é, por se achar pequenino, cheio de defeitos e ainda distante da iluminação.

Era essa a impressão que de si fazia Francisco de Assis que, no entanto, foi julgado pelo mundo Cristão como uma das mais iluminadas, simples e humildes criaturas que transitou em nosso mundo.

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Vencer a morte

É grande o sofrimento da maioria da humanidade perante o fenômeno a que chamamos morte.

O homem só entende como vida a decorrência de suas fun-ções de natureza biológica, marcadas por um relógio orgânico acionado no berço. A aterradora visão do túmulo o acompanha minuto a minuto. Muitos atravessam a vida perseguidos por essa angustiante expectativa. Buscam nas ilusões uma forma de esque-cimento do cruel destino, mas basta a perda de um ente querido para novamente estremecer a alma.

Mas, desde meados do século XIX, alguma coisa vem mu-dando. Um movimento desencadeado pela espiritualidade e bem coordenado por um homem de bom senso, com ótimas qualifica-ções culturais em sua época, expoente educador, professor de Ciências e de Línguas - Hipollyte Léon Denizard Rivail, ou Allan Kardec - está pouco a pouco conseguindo juntar o que estava disperso no seio da humanidade e, assim fazendo, trazendo luz nova à questão.

Finalmente, temas como “Espírito”, “sobrevivência da alma”, “reencarnação” e “mediunidade” passam a ser pesquisados com apropriada metodologia científica, renovando totalmente os con-ceitos acerca da natureza do ser.

Constatamos agora que o homem não morre, passa do estado de espírito com corpo material para o de espírito sem matéria física.

A morte é simples mudança, mais uma das inúmeras trans-formações da natureza. A predominância em nosso ser é da natu-

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reza espiritual - permanente é a vida, provisória é a matéria, que destina-se a uso limitado, como ferramenta para as muitas etapas evolutivas vividas, nas inúmeras encarnações que nos levam até os estágios superiores da Vida Universal.

Não iniciamos nossa vida no berço, nem a concluímos no tú-mulo.

Nossos entes queridos não apodrecem em covas escuras, se-guem conosco a estrada da iluminação em outro plano da existên-cia. As verdadeiras afinidades do ser não estão na consangüinida-de, são os sentimentos os verdadeiros laços que ligam nossos espíritos após o portal do túmulo.

Enquanto encarnados, a maioria de nós não é capaz de vê-los porque estão no plano espiritual, mas podemos senti-los, se de-senvolvermos o poder da prece, a língua de luz que une os dois lados da vida. Renascem então ainda mais vivamente os ensinos de nosso Mestre Jesus (Lc. 9:59-60).

Apenas aos “mortos” (os que ainda não compreendem a eter-nidade da vida) cabe o desespero diante da partida dos entes queridos.

Os que já redescobriram a vida ficam com a prece, e nos seus eflúvios deliciosos sentem, de antemão, o gozo divino da Vida imortal, junto àqueles que, vencendo o túmulo, venceram a morte!

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Confiar na Lei Divina

Há pessoas que vivem preocupando-se com a previsão do tempo. “Vai chover? Pode haver enchentes, desabamentos... Não vou por ali ou acolá com esse tempo.” Se a previsão é de tempo bom, sol, calor, praia... “Hum... esses boletins não valem nada. Quase nunca acertam. Que previsão qual nada. Esse tempo é doido. Choveu de manhã. Logo depois saiu o sol. Agora já está chovendo...”

Essa inconstância do tempo e as dificuldades de previsão cor-reta, infalível, são amostras da transitoriedade da vida material. A maioria dos homens vive angustiada com o futuro. Sempre foi grande a clientela dos oráculos, adivinhos e magos. O homem parece não estar nunca satisfeito, muito menos tranqüilo, em relação ao seu presente: se tudo está bem e ele está feliz alimenta a incerteza de até quando poderá manter a “provisória” felicidade; se convive com problemas e sofrimento não consegue imaginar-se livre deles e cai no desespero... Por isso os poderosos e oportunis-tas, mesmo bem sucedidos, não sabem nunca quando parar, não se contentam com nada e alimentam sucessivamente a própria an-gústia em busca de novas e maiores conquistas. Puro reflexo da síndrome da transitoriedade da matéria.

A história nos mostra que nenhum império será permanente, por maior e mais forte que seja; em nosso mundo tudo muda. Embora essa evidente e até palpável deterioração do meio físico, a grande maioria dos Espíritos encarnados em nosso mundo parece não percebê-la, deixando-se iludir pelos efeitos imediatos dos bens materiais. Não que devamos ser alienados ou utópicos. Es-tando encarnados necessitamos dos recursos de sustentação e

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abrigo do meio físico. Não devemos subestimar as necessidades naturais do meio em que vivemos - ensina-nos Emmanuel: “A Terra é precioso domicílio da Lei do Senhor, onde cada criatura edifica o meio em que vive” - mas, ao mesmo tempo, pagamos pesado tributo quando superestimamos valores materiais, esque-cendo da realidade tranqüila e segura do patrimônio espiritual.

O Cristo já nos avisara: Porque os ladrões roubam e a ferru-gem destrói, juntai os tesouros do Espírito. São eternos. Com o advento do Espiritismo e a melhor compreensão da lei de reencar-nação, acentua-se ainda mais a relevância do aviso do Mestre: qualquer patrimônio desenvolvido na alma durante a existência terrena será bagagem de recursos à disposição da criatura, em qualquer tempo, seja na espiritualidade ou nas expressões da vida terrena.

Está aí a diferença entre o ser e o ter. O que “temos” e nos pa-rece uma realidade definitiva na verdade é um simples emprésti-mo, como o corpo, que vira pó. Também nossa família não é “nossa”. Convivemos, sim, com um grupo de Espíritos que neste momento se aproximam de nós para juntos atendermos aos objeti-vos da Evolução, mas amanhã esse grupo pode separar-se, na medida em que o quadro das necessidades de aprendizado indivi-duais se altera.

Bem diferente é a realidade do ser. Toda vez que adquirimos bondade, tolerância, sabedoria, respeito e humildade, conquista-mos patrimônio imperecível. Quando conquistamos a fraternidade passamos a ser fraternos para sempre. Quando adquirimos a com-preensão nos tornamos compreensivos em definitivo. A cada conquista sedimentamos em nosso íntimo um estado novo de consciência, tesouro eterno, que não se perderá. O despertamento do valor eterno do ser é o grande objetivo da Doutrina Espírita. Movimento desencadeado por Espíritos prepostos, colocados a serviço do Cristo para destacar através da mediunidade a realida-

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de da sobrevivência do ser ao meio físico em que se encontra aprisionado; vem o Espiritismo pôr fim à ilusão dos sentimentos materiais, à sensação de transitoriedade física e à limitação da consciência.

O homem que se aproxima de seu Criador em Espírito conhe-ce, enfim, as inúmeras moradias que o Pai oferece, como abrigo, sustento e oportunidade de crescimento espiritual a todos os seus filhos. Ensina Emmanuel: “Abramos o coração ao sol da prece. Roguemos ao Pai nos conceda visão mais ampla da vida”, certos de que não mais nos atemorizaremos com a escura tempestade; a consciência da presença de Deus em nós mesmos “far-nos-á per-ceber que a oração não modifica o quadro de aflição e dor que criamos para nós mesmos, mas transforma-nos o modo de ser, sublimando-nos sentimentos e pensamentos, diretrizes e atitudes, palavra e atos; para que nossas experiências se desdobrem, não conforme nossos caprichos, nossas fobias e temores, mas segundo a misericórdia e a justiça da Lei.”

Genuflexos em Espírito, diremos: “Fala, Senhor, que o teu servo Te escuta!” Nessa altura, teremos o ser livre das intempéries e seremos então verdadeiros espíritas, CONFIANTES NA LEI DIVINA!

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Ser cidadão universal

O Espírito não tem pátria...

No ir e vir entre os mundos material e espiritual, pode encar-nar em diversas pátrias, corporificar-se nas inúmeras raças que povoam o planeta ou mesmo transmigrar por outros planetas, pelo Universo afora.

Essa percepção sugere-nos um novo e mais amplo estado de consciência, libertando-nos dos acanhados limites do sentido tribal que, oportunamente, serviu nos primórdios da humanidade como módulo gerador do futuro sentimento pátrio, estímulo pre-ponderante no esforço de civilização disseminador de grandes nações.

O patriotismo, porém, como alguns ainda o entendem, tem o cordão umbilical atado ao sentido primitivo e em nada sintoniza-do com o princípio espírita-cristão do “amai-vos uns aos outros”... e “ao próximo como a si mesmo”. O patriotismo tribal não conse-gue digerir tais conceitos fraternos, pois é oriundo na visão limi-tada de espécie material, gerando pensamentos tais como: “tenho que defender meu território dos que vem de outro lado”... “ir-mãos, só os que ao meu lado nasceram”. Para eles, a vida é feita de uma única existência, composta por oportunidades diferentes dadas a seres intrinsecamente diferentes.

No entanto, a visão espírita, captando a parte mais importante do ser, assinala-nos que o Espírito é eterno e perfeitamente igual em todos os globos, que as diferenças são somente externas, resultantes de posições espirituais distintas ou diferentes combi-nações da matéria. A forma é apenas o meio de aprendizado e

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expiação, incentivo e instrumento do ser visando seu esforço próprio em busca da evolução.

É claro, temos deveres e compromissos com nossa mãe-pátria, da mesma forma como temos com nossa família. Ninguém nasce ao acaso. O pai, a mãe, os irmãos e os parentes são escolhi-dos consciente ou inconscientemente por nós, como também a nação, a raça e a cidade a que pertencemos. Os deveres de cidada-nia e responsabilidade civil são claramente definidos na frase de Jesus - “Daí a César o que é de César”, mas a sentença é comple-tada na forma subjetiva “não esqueçais de dar a Deus o que é de Deus”; e geralmente só os que têm “ouvidos de ouvir” percebem o sentido real destas sentenças evangélicas. Aos demais pergunta-mos: qual a melhor oferta ao nosso Criador? Nossas expressões de patrimônio material? Um império em fronteiras terrestres? Pagar impostos? Reverência e cultos em templos piramidais? Combater infiéis penitentes a fio de espada? Não! O talento cobrado pelo Senhor é o crescimento espiritual, patrimônio de luz desenvolvido no amor, tesouro criado no âmago do ser, potencializado no dar de si mesmo, no amar a todos indistintamente (ao levardes a oferta ao altar e lembrares de alguém que tem algo contra ti, volta e reconcilia-te primeiro com o inimigo).

Como espíritas entendemos a necessidade do amar ao próxi-mo, da busca da fraternidade universal, do respeito a todas as raças e nações, almejando o preparo para a boa vivência na pátria do espírito, enfim, patriotismo acima de tudo é fraternidade.

Novamente a doutrina espírita se adianta no caminho do pro-gresso, pois no momento em que a humanidade inicia a derrubada de muros e fronteiras, o pensamento espírita ensaia a cidadania do universo.

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Combater a inferioridade

A doutrina espírita nos revela que o homem é constituído de Espírito e matéria, quando no meio físico.

O Espírito é a parte inteligente e eterna do ser, a matéria veí-culo de manifestação deste enquanto condicionado ao universo físico, servindo como mecanismo condicionador, depurador e restaurador da consciência do ser vinculado ao progresso gradati-vo da evolução.

O destino final da criatura é a perfeição, mas logo se verifica que não é possível alcançá-la de pronto, por passe de mágica ou favorecimento encomendado; a única forma é o esforço próprio e contínuo.

Portanto, ser espírita não significa ser santo, mantendo postu-ra irretocável de pureza, buscando o afastamento do mundo; muito pelo contrário, através das inúmeras experiências na carne, nos candidatamos a novo patamar na escala do aperfeiçoamento espiritual. Lentamente suplantamos a animalidade, sublimando a razão, fazendo surgir a intuição como forma superior de estado mental, por isso, desde Kardec faz o Espiritismo a apologia da fé racional.

Somente com entendimento pleno da natureza do ser, reco-nhecendo essa origem e os mecanismos das Leis que regem nos-sos destinos, seremos capazes de vencer os imperativos inferiores dos instintos, fazendo prevalecer a natureza do Espírito.

Em síntese, somos constituídos de sombra e luz e, para apagar definitivamente nossa sombra, precisamos crescer na luz. Pode-se chamar a parte “luz” de nosso LADO BONITO e a parte sombra

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de nosso LADO FEIO; ambos estão presentes no homem, nin-guém em nosso mundo é composto por um lado só, embora alguns se fixem mais num lado que no outro.

A propósito, o Espírito do Dr. Alcides, saudoso ex-presidente do Grupo Regeneração, através da mediunidade do também sau-doso Newton Boechat (desencarnado em agosto de 1992), trans-mite a respeito esclarecedora mensagem publicada no livro “Do Átomo ao Arcanjo”, anotada no capítulo X com o título “O lado feio em prosa e verso”:

“O LADO FEIO - presença desagradável em nossa tessitura psíquica, vem advertir-nos de muitas maneiras. Pois que ele é a sedimentação de milenares experiências negativas, feitas em diferentes épocas e locais, associados a inúmeros seres que se nos constituíram parceiros ou vítimas.”

Afirma o Dr. Alcides que o lado feio manifesta-se em todos - mesmo aqueles chamados para missões de vulto podem em alguns momentos deixar o lado feio tomar conta. É positiva essa desmis-tificação, pois através dela verificamos que mesmo os baluartes das boas realizações também lutaram com a sombra para vencer o seu “lado feio”.

Enfim, o lado feio está presente e pode ser manifestado em bons e maus, só que os primeiros, quando despertados para a Lei que rege a evolução do ser, lutam pelo crescimento da luz, procu-rando apagar a sombra para dominar o lado feio.

Finaliza Dr. Alcides (Espírito): “Quanto à possibilidade de er-rar, experimentar, mas com a fatalidade de recuperação, é esse um dos mais claros e empolgantes argumentos da doutrina espírita, mostrando com total correção de que maneira pode o homem conquistar a felicidade plena, conhecendo a si mesmo, ascenden-do à luz do espírito, apagando a sombra da inconsciência, vencen-do, afinal, o lado feio.”

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Portanto, ser espírita é ... combater a inferioridade.

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Conhecer e entender a comunicação com os Espíritos

De fato, o permanente contato com os Espíritos é ferramenta importante no trabalho doutrinário do Espiritismo, mas o impor-tante mesmo é que ele seja usado na busca de melhor compreen-são da natureza humana e dos mecanismos da vida...

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Buscar evoluir pelo próprio esforço

Muitos se equivocam, julgando o Espiritismo como mais um sistema religioso, a ofertar favores divinos. Ignoram que a Provi-dência Divina, a qual se manifesta pela LEI DE CAUSA E EFEITO - produto do princípio da reencarnação - demonstra o processo de evolução gradativa. Esse fator é comprovado no estudo espírita e constantemente referido pelos instrutores espiri-tuais, como observamos na página de André Luiz, recebida por Chico Xavier e denominada de AVISO CALMANTE, donde destacamos:

“Use o apoio da bondade e a bateia da tolerância, para colher o ouro da providência divina, no cascalho dos fatos desagradá-veis.”

Cumprir as tarefas redentoras que a vida oferece é a forma mais segura de almejar a evolução do Espírito...

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Exercitar a tolerância

O Estudo da Lei Divina demonstra a todo momento a tolerân-cia do Criador para com a Criatura, através das inúmeras oportu-nidades de reparação concedidas em vidas sucessivas, de acordo com o justo mecanismo de causa e efeito.

Falar em ação e reação é falar em reparação e aprendizado, não em processo condenatório...

O exemplo da tolerância divina mostra-se espalhado em toda a natureza, como permanente mensagem aos homens, e foi bem apanhado pelo Espírito do poeta Ferreira Aguiar em trovas trans-mitidas através de Francisco Cândido Xavier:

Se Deus suportasse a lama Só por mal gerando mal Ninguém veria uma flor Saindo do pantanal. Se lanço condenação, Eis a lição com que esbarro: O pão que enriquece a mesa Vem de uma cova de barro. Não reproves alma alguma Em provações dolorosas!... Há muita raiz no lodo Para que o ramo dê rosas.

--- Fim ---