- brays efe...2020/07/06  · maria alice dias ribeiro martins - marido e filhas maria da glória...

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ESPIRITUALIDADE CRISTÃ EM TEMPO DE ISOLAMENTO, PELO CARDEAL TOLENTINO (2) www.snpcultura.org Tenho um casal amigo - e é muito belo ouvir as histórias que se passaram nas famílias, porque, de certa forma, uma das coisas que este isolamento trouxe, é a redescoberta da família. Pelas primeira vez muitos casais, muitas famílias, passaram juntas um tempo de qualidade como não passavam há muitos anos, ou como nunca tinham passado – no qual um menino de cinco anos, à mesa, disse isto: eu acho que percebo o que estamos aqui a fazer; estamos aqui a criar memórias. Por vezes as crianças são antenas que nos ajudam a perceber o que estamos a fazer. Este é um tempo de graça, é um tempo para a graça, é um tempo de maior gratuidade, e é um tempo para criar. Não é só um tempo para “descriar”; não é só a passividade, não é só o não fazer; é um tempo propício, oportuno. Por isso, há aqui um chamamento a modelar o tempo do ponto de vista da fé. Um dos princípios que o papa Francisco repete muitas vezes é: o tempo é superi- or ao espaço. Parece uma sentença muito filosófica, e que não tem uma leitura fácil, imediata. Contudo, neste tempo de isola- mento social, percebemos isso: o tempo é superior ao espaço. Aconteceu uma espécie de recuo. A mística judaica fala numa espécie de “tzimtzum”, parece uma coisa brincada. O “tzimtzum” é uma coisa inventada a partir das leituras da Cabala, segundo a qual Deus, para poder criar, teve de dar um passo atrás, teve de se despojar de si mesmo para poder criar. Esta ideia foi retomada por autores tão importantes na segunda guerra mundial como Simone Weil, que disseram, precis- amente: o tempo da catástrofe parece um tempo em que Deus recua, dá um passo atrás; contudo, é um tempo para descobrir- mos o Deus da ternura, o Deus da misericór- dia, o Deus próximo, o Deus comprometido com a pessoa humana, o Deus que está ao lado da vítima, ao lado do que sofre; porque o próprio Deus vive este recuo. É uma ideia curiosa, que nos deixa a mística judaica, e que nos ajuda a pensar o que está a acontecer com o espaço; está a acontecer o nosso “tzimtzum”, damos um passo atrás para, também, ter uma visão crítica em relação ao modo como habitamos o espaço. Porque, muitas vezes, é pura ocupação de espaço, pura marcação de território, puro automatismo. É uma espécie de colonização do território da comunidade, ou do território público. É sonambulismo existencial. O “tzimtzum” permite olhar para o tempo, não tanto para o espaço, e ouvir os múl- tiplos tempos que existem dentro de nós. Santo Agostinho, nas Confissões, fala de três presentes: o presente das coisas passadas, o presente das coisas presentes, e o presente das coisas futuras. O tempo é superior ao espaço. Este é um tempo de grande escuta espiritual. Este é o momento para percebermos que a vida não se esgota no momento, no instante, na arquitetura do quotidiano, mas que a vida tem uma respiração muito maior. E nós te- mos de ouvir os passos do futuro, e dialogar com o futuro de outra forma. Não tenho dúvidas de que entramos numa nova época da história. A pandemia vai pas- sar. Mas nós já estaremos outra época. Cul- turalmente noutra época. Civilizacionalmente noutra época. Mas também espiritualmente noutra época da história. «VENHAM A MIM, TODOS VOS QUE ESTAIS VIVENDO SOB O PESO DOS ENCARGOS» «venez à moi, vous tous qui peinez sous les poids du fardeaux» «come to me, all of you who are struggling under the weight of the burdens» «Komm zu mir, alle von euch, die unter dem Gewicht der Lasten kämpfen» 05 de julho 14º DOMINGO COMUM exulta com todas as forças Há dias em que é difícil chegar à alegria a que nos convida o profeta Zacarias. Tantos sofrimentos pesados passam no caminho da nossa vida: doença de um próximo, conflito laboral, divorcio, abuso. Cristo quer oferecer o seu conforto e aligeirar nosso fardo: “vinde a mim todos vós que penais” nos murmura à orelha. 06.07 a 12.07 Ano 17 |nº 798.2019 [email protected] telm. 963283615 i par óqui a boletim inter-paroquial Areias (São Tiago), Avidos (São Martinho), Lagoa (Divino Salvador), Abade Vermoim (Santa Maria) LEVANTAR-SE E SEMEAR ESPERANÇA

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  • «Quando existe esse tipo de reprovação e durante tanto tempo, a mais mínima critica faz com que tudo se reviva e faças uma montanha de qualquer comentário.» - Brays Efe

    ESPIRITUALIDADE CRISTÃ EM TEMPO DE ISOLAMENTO, PELO CARDEAL TOLENTINO (2)www.snpcultura.org

    Tenho um casal amigo - e é muito belo ouvir as histórias que se passaram nas famílias, porque, de certa forma, uma das coisas que este isolamento trouxe, é a redescoberta da família. Pelas primeira vez muitos casais, muitas famílias, passaram juntas um tempo de qualidade como não passavam há muitos anos, ou como nunca tinham passado – no qual um menino de cinco anos, à mesa, disse isto: eu acho que percebo o que estamos aqui a fazer; estamos aqui a criar memórias. Por vezes as crianças são antenas que nos ajudam a perceber o que estamos a fazer.Este é um tempo de graça, é um tempo para a graça, é um tempo de maior gratuidade, e é um tempo para criar. Não é só um tempo para “descriar”; não é só a passividade, não é só o não fazer; é um tempo propício, oportuno. Por isso, há aqui um chamamento a modelar o tempo do ponto de vista da fé.Um dos princípios que o papa Francisco repete muitas vezes é: o tempo é superi-or ao espaço. Parece uma sentença muito filosófica, e que não tem uma leitura fácil, imediata. Contudo, neste tempo de isola-mento social, percebemos isso: o tempo é superior ao espaço. Aconteceu uma espécie de recuo.A mística judaica fala numa espécie de “tzimtzum”, parece uma coisa brincada. O “tzimtzum” é uma coisa inventada a partir das leituras da Cabala, segundo a qual Deus, para poder criar, teve de dar um passo atrás, teve de se despojar de si mesmo para poder criar. Esta ideia foi retomada por autores tão importantes na segunda guerra mundial como Simone Weil, que disseram, precis-amente: o tempo da catástrofe parece um tempo em que Deus recua, dá um passo

    atrás; contudo, é um tempo para descobrir-mos o Deus da ternura, o Deus da misericór-dia, o Deus próximo, o Deus comprometido com a pessoa humana, o Deus que está ao lado da vítima, ao lado do que sofre; porque o próprio Deus vive este recuo.É uma ideia curiosa, que nos deixa a mística judaica, e que nos ajuda a pensar o que está a acontecer com o espaço; está a acontecer o nosso “tzimtzum”, damos um passo atrás para, também, ter uma visão crítica em relação ao modo como habitamos o espaço. Porque, muitas vezes, é pura ocupação de espaço, pura marcação de território, puro automatismo. É uma espécie de colonização do território da comunidade, ou do território público. É sonambulismo existencial.O “tzimtzum” permite olhar para o tempo, não tanto para o espaço, e ouvir os múl-tiplos tempos que existem dentro de nós. Santo Agostinho, nas Confissões, fala de três presentes: o presente das coisas passadas, o presente das coisas presentes, e o presente das coisas futuras. O tempo é superior ao espaço.Este é um tempo de grande escuta espiritual. Este é o momento para percebermos que a vida não se esgota no momento, no instante, na arquitetura do quotidiano, mas que a vida tem uma respiração muito maior. E nós te-mos de ouvir os passos do futuro, e dialogar com o futuro de outra forma.Não tenho dúvidas de que entramos numa nova época da história. A pandemia vai pas-sar. Mas nós já estaremos outra época. Cul-turalmente noutra época. Civilizacionalmente noutra época. Mas também espiritualmente noutra época da história.

    «VENHAM A MIM, TODOS VOS QUE ESTAIS VIVENDO SOB O PESO DOS ENCARGOS»«venez à moi, vous tous qui peinez sous les poids du fardeaux» «come to me, all of you who are struggling under the weight of the burdens» «Komm zu mir, alle von euch, die unter dem Gewicht der Lasten kämpfen»

    05 de julho 14º DOMINGO COMUM

    exulta com todas as forçasHá dias em que é difícil chegar à alegria a que nos convida o profeta Zacarias. Tantos sofrimentos pesados passam no caminho da nossa vida: doença de um próximo, conflito laboral, divorcio, abuso. Cristo quer oferecer o seu conforto e aligeirar nosso fardo: “vinde a mim todos vós que penais” nos murmura à orelha.

    06.07 a 12.07Ano 17 |nº 798.2019

    [email protected]. 963283615

    iparóquiaboletim inter-paroquial

    Areias (São Tiago), Avidos (São Martinho),

    Lagoa (Divino Salvador), Abade Vermoim (Santa Maria)

    LEVANTAR-SE E SEMEAR ESPERANÇA

  • «Quando existe esse tipo de reprovação e durante tanto tempo, a mais mínima critica faz com que tudo se reviva e faças uma montanha de qualquer comentário.» - Brays Efe

    Semente da nossa esperança: “Eu Te ben-digo, ó Pai, Senhor do céu e da terra”Semear esperança:Acólitos - A palavra “acólito” significa “aquele que acompanha durante o caminho.” Con-heço a missão do acólito de acompanhar Jesus ao longo do seu caminho no meio da humanidade realizado em cada eucaristia como execução de um certo número de tarefas?Leitores - Exultação de alegria é um esta-do de alma tipo do cristão. Não a alegria eufórica do adepto que salta ao golo da sua equipa, mas entra logo em depressão ao golo da equipa contrária. A alegria cristã é serena e constante, porque fundada na vitória definitiva de Jesus Cristo. Sei fazer a minha leitura transmitindo esta alegria?Ministros Extraordinários da Comunhão - Levar a Comunhão aos doentes é levar-lhes o jugo do Senhor que é suave e, assim, levar descanso e repouso às suas almas. Entendo o meu ministério como um ministério de quer pelas palavras que eu possa dizer aos doentes, quer pela presença do Sacramento em que Jesus nos oferece o seu jugo?Viver na esperança - Ao longo desta semana, tenhamos a coragem de estar atentos às di-ficuldades sociais e fazer alguma coisa neste contexto de pandemia: prédio, rua ou bairro, escola, Igreja, empresa.

    quarta-feira, 08 de julho de 2020 19:00 – Eucaristia AF. Joaquim da Silva Lopes, esposa e genro - Cecília e Sara

    António Pereira Barroso - CNSRAreias Armindo da Silva Fernandes - esposa e filha Artur Luís Oliveira Moura - esposa Júlio Carneiro da Costa e Sá, sogros e genro Maria Alice Dias Ribeiro Martins - marido e filhasMaria da Glória Sá Tinoco Carvalho e maridoPalmira Pinto Nogueira, marido e irmãs - filhos

    sexta-feira, 10 de julho de 2020 19:00 – Eucaristia António Marques Bezerra, esposa e família - filha

    Domingos Rodrigues - filha Maria Rosa Felicidade da Silva Freitas, marido, filho e neto - Vasco Faria

    Isilda Ribeiro de Carvalho tia e netos - filha

    sábado, 11 de julho de 2020 São Bento, Abade e Padroeiro da Europa15º domingo Comum16:00 – Eucaristia Dominical VespertinaAlmas do Purgatório Domingos Rodrigues de Castro - sobrinha Manuel Alves Gil Queirós, pais e sogros - esposa

    AG. São Bento - Helena

    domingo, 12 de julho de 2020 15º domingo Comum09:30 – Eucaristia DominicalAlcino Jorge Rocha Ribeiro e esposa - filhos Edgar Andrade Amaro e família - AlexandrinaManuel José Pereira, esposa e família - filhos Maria Custódia Esteves da Silva e marido

    HorárioTerça 7 às 15:00 Eucaristia no CSPA, às 19:00 Eucaristia na Lagoa; quarta 8 às 14:30 reunião com as crianças da Profissão de Fé em Avidos, às 18:00 Bodas de Prata na Lagoa, às 19:00 Eucaristia em Areias, às 21:15 reunião no CSPA; quinta 9 às 14:30 reunião com as crianças da Profissão de Fé em Avidos, às 19:00 Eucaristia em Avidos; sexta 10 às 09:00 Atendimento Paroquial em Areias (se contatar o Pároco pode marcar outro horário e local mais conveniente), às 19:00 Eucaristia em Areias; sábado 11 às 11:00 Festa do perdão na Lagoa, às 16:00 Eucaristia em Areias, às 17:30 Eucaristia em Lagoa, às 18:30 Eucaristia em Abade Vermoim; domingo 12 às 09:30 Eucaristia em Areias, às 11:00 Eucaristia em Avidos de Profissão de Fé.

    «A viagem mais longa é a viagem interior»No século V a.C., Sócrates pedia aos seus discípulos aquilo que estava esculpido no frontão do templo de Apolo em Delfos: «Homem, conhece-te a ti mesmo». O conhe-cimento de si é indispensável para percorrer o itinerário da vida interior e humana. É ver-dade que tal conhecimento nunca é pleno: cada um continua a ser um mistério inclusive para si mesmo, e por vezes pode parecer até um enigma com sombras e lados obscuros que não quereria ver, e que talvez estigma-tize nos outros…Todavia, é absolutamente necessário con-hecer-se a si mesmo, para saber aquilo de que se é capaz, quais são os seus limites e as suas forças, para se ser responsável por si e pelos outros, segundo as impressionantes palavras de Dostoiévski: «Cada um de nós é responsável por tudo e por todos diante de todos, e eu sou mais responsável do que os outros». Trata-se de se conhecer a si próprio como processo de leitura psicológica de si; de conhecer-se para ter de si um juízo justo; de conhecer-se na pertença a uma porção precisa de humanidade.

    Cada um de nós existe porque foi gerado, por isso é precedido por pais específicos; existe num tempo e num lugar particulares, por isso veio e vem a cada dia ao mundo, agora e aqui, Está no meio dos outros, por isso está em relação com outros. Sim, cada um é chamado a conhecer-se na consciência de ser também tudo aquilo que a vida e os outros fizeram de si, contribuindo para a formação do seu eu.Em tal faixa de relações, conhecer-se a si mesmo comporta um necessário passo pre-liminar: aderir à realidade, conhecer a sua relação com a história, os outros, o mundo, porque é assim que cada um de nós existe e está envolvido. Muitos caminhos espirituais e psicológicos são estéreis, quando não desu-manizadores, porque carecem de adesão à realidade. É extremamente perigoso iniciar o caminho interior sem sentir-se no meio dos outros, necessitado dos outros, e nunca sem os outros! [...]Neste processo, alguns têm a tendência de confundir o dado espiritual com o psicológi-co, reduzindo um ao outro. [...] Sabemos por experiência que erros de espiritualidade podem tornar-se patologias psíquicas (por vezes até com resultados somáticos), e que, vice-versa, patologias psíquicas podem influenciar a espiritualidade. O ser humano é mais unido do que pensamos: corpo, psique e espírito têm uma profunda relação recípro-ca, e a vida é o caminho que tende para a sua unificação.Conhecer-se a si mesmo é, por isso, uma tarefa e um trabalho quotidiano, que requer perscrutar o seu sentir, pensar, falar e agir. Sempre “in dulcedine societatis”, na alegria do intercâmbio fraterno. Graças à prática deste exercício tem início a infinita viagem interior, bem descrita por Dag Hammarskjöld no seu diário: «A viagem mais longa é a viagem interior».Enzo Bianchi

    10:30

  • «Quando existe esse tipo de reprovação e durante tanto tempo, a mais mínima critica faz com que tudo se reviva e faças uma montanha de qualquer comentário.» - Brays Efe

    Semente da nossa esperança: “Eu Te bendi-go, ó Pai, Senhor do céu e da terra”Semear esperança:Acólitos - A palavra “acólito” significa “aquele que acompanha durante o caminho.” Conheço a missão do acólito de acompanhar Jesus ao longo do seu caminho no meio da humani-dade realizado em cada eucaristia como execução de um certo número de tarefas?Leitores - Exultação de alegria é um estado de alma tipo do cristão. Não a alegria eufórica do adepto que salta ao golo da sua equipa, mas entra logo em depressão ao golo da equipa contrária. A alegria cristã é serena e constante, porque fundada na vitória defini-tiva de Jesus Cristo. Sei fazer a minha leitura transmitindo esta alegria?Ministros Extraordinários da Comunhão - Levar a Comunhão aos doentes é levar-lhes o jugo do Senhor que é suave e, assim, levar descanso e repouso às suas almas. Entendo o meu ministério como um ministério de quer pelas palavras que eu possa dizer aos doentes, quer pela presença do Sacramento em que Jesus nos oferece o seu jugo?Viver na esperança - Ao longo desta semana, tenhamos a coragem de estar atentos às di-ficuldades sociais e fazer alguma coisa neste contexto de pandemia: prédio, rua ou bairro, escola, Igreja, empresa.

    quarta-feira, 08 de julho de 2020 14:30 – Dia de catequese e formação para as crianças que vão fazer a Profis-são de Fé (termina às 18:00)

    quinta-feira, 09 de julho de 2020 14:30 – Dia de catequese e forma-ção para as crianças que vão fazer a Profissão de Fé (termina no final da Eucaristia)

    19:00 – Eucaristia 7º dia Bernardino Lopes de Oliveira AF. Aprígio de Jesus Machado e esposa - família

    Maria Alice da Silva Fernandes e marido Armindo Oliveira - Adelina Pinheiro

    domingo, 12 de julho de 2020 Profissão de Fé15º domingo Comum10:30 – Eucaristia DominicalFamiliares falecidos José Rui Silva José Silva Pereira e família - esposa e filhos Rosa Maria Silva Dias Ferreira - família AF. Sara Fernandes Araújo António Azevedo Silva - esposa Domingos Sousa Marques e José Mesquita - esposa

    Joaquim Penedo e esposa - filha José Manuel Pinho da Silva - esposa José Oliveira Rocha - esposa José Ribeiro Silva e família - esposa e filha Maria Moreira Alves Ferreira e marido - filhas

    HorárioTerça 7 às 15:00 Eucaristia no CSPA, às 19:00 Eucaristia na Lagoa; quarta 8 às 14:30 reunião com as crianças da Profissão de Fé em Avidos, às 18:00 Bodas de Prata na Lagoa, às 19:00 Eucaristia em Areias, às 21:15 reunião no CSPA; quinta 9 às 14:30 reunião com as crianças da Profissão de Fé em Avidos, às 19:00 Eucaristia em Avidos; sexta 10 às 09:00 Atendimento Paroquial em Areias (se contatar o Pároco pode marcar outro horário e local mais conveniente), às 19:00 Eucaristia em Areias; sábado 11 às 11:00 Festa do perdão na Lagoa, às 16:00 Eucaristia em Areias, às 17:30 Eucaristia em Lagoa, às 18:30 Eucaristia em Abade Vermoim; domingo 12 às 09:30 Eucaristia em Areias, às 11:00 Eucaristia em Avidos de Profissão de Fé.

    «A viagem mais longa é a viagem interior»No século V a.C., Sócrates pedia aos seus discípulos aquilo que estava esculpido no frontão do templo de Apolo em Delfos: «Homem, conhece-te a ti mesmo». O conhe-cimento de si é indispensável para percorrer o itinerário da vida interior e humana. É ver-dade que tal conhecimento nunca é pleno: cada um continua a ser um mistério inclusive para si mesmo, e por vezes pode parecer até um enigma com sombras e lados obscuros que não quereria ver, e que talvez estigma-tize nos outros…Todavia, é absolutamente necessário con-hecer-se a si mesmo, para saber aquilo de que se é capaz, quais são os seus limites e as suas forças, para se ser responsável por si e pelos outros, segundo as impressionantes palavras de Dostoiévski: «Cada um de nós é responsável por tudo e por todos diante de todos, e eu sou mais responsável do que os outros». Trata-se de se conhecer a si próprio como processo de leitura psicológica de si; de conhecer-se para ter de si um juízo justo; de conhecer-se na pertença a uma porção precisa de humanidade.

    Cada um de nós existe porque foi gerado, por isso é precedido por pais específicos; existe num tempo e num lugar particulares, por isso veio e vem a cada dia ao mundo, agora e aqui, Está no meio dos outros, por isso está em relação com outros. Sim, cada um é chamado a conhecer-se na consciência de ser também tudo aquilo que a vida e os outros fizeram de si, contribuindo para a formação do seu eu.Em tal faixa de relações, conhecer-se a si mesmo comporta um necessário passo pre-liminar: aderir à realidade, conhecer a sua relação com a história, os outros, o mundo, porque é assim que cada um de nós existe e está envolvido. Muitos caminhos espirituais e psicológicos são estéreis, quando não desu-manizadores, porque carecem de adesão à realidade. É extremamente perigoso iniciar o caminho interior sem sentir-se no meio dos outros, necessitado dos outros, e nunca sem os outros! [...]Neste processo, alguns têm a tendência de confundir o dado espiritual com o psicológi-co, reduzindo um ao outro. [...] Sabemos por experiência que erros de espiritualidade podem tornar-se patologias psíquicas (por vezes até com resultados somáticos), e que, vice-versa, patologias psíquicas podem influenciar a espiritualidade. O ser humano é mais unido do que pensamos: corpo, psique e espírito têm uma profunda relação recípro-ca, e a vida é o caminho que tende para a sua unificação.Conhecer-se a si mesmo é, por isso, uma tarefa e um trabalho quotidiano, que requer perscrutar o seu sentir, pensar, falar e agir. Sempre “in dulcedine societatis”, na alegria do intercâmbio fraterno. Graças à prática deste exercício tem início a infinita viagem interior, bem descrita por Dag Hammarskjöld no seu diário: «A viagem mais longa é a viagem interior».Enzo Bianchi

    10:30

  • «Quando existe esse tipo de reprovação e durante tanto tempo, a mais mínima critica faz com que tudo se reviva e faças uma montanha de qualquer comentário.» - Brays Efe

    Semente da nossa esperança: “Eu Te bendi-go, ó Pai, Senhor do céu e da terra”Semear esperança:Acólitos - A palavra “acólito” significa “aquele que acompanha durante o caminho.” Conheço a missão do acólito de acompanhar Jesus ao longo do seu caminho no meio da humani-dade realizado em cada eucaristia como execução de um certo número de tarefas?Leitores - Exultação de alegria é um estado de alma tipo do cristão. Não a alegria eufórica do adepto que salta ao golo da sua equipa, mas entra logo em depressão ao golo da equipa contrária. A alegria cristã é serena e constante, porque fundada na vitória defini-tiva de Jesus Cristo. Sei fazer a minha leitura transmitindo esta alegria?Ministros Extraordinários da Comunhão - Levar a Comunhão aos doentes é levar-lhes o jugo do Senhor que é suave e, assim, levar descanso e repouso às suas almas. Entendo o meu ministério como um ministério de quer pelas palavras que eu possa dizer aos doentes, quer pela presença do Sacramento em que Jesus nos oferece o seu jugo?Viver na esperança - Ao longo desta semana, tenhamos a coragem de estar atentos às dificuldades sociais e fazer alguma coisa neste contexto de pandemia: prédio, rua ou bairro, escola, Igreja, empresa.

    terça-feira, 07 de julho de 2020 19:00 – Eucaristia Emília Leites e marido - Lina Leites José Correia Faria e filha - esposa e mãe Maria Manuela Sampaio Nogueira, irmã Rosa e pais - família

    Associados falecidos da Irmandade do Sagra-do Coração Jesus da Lagoa

    quarta-feira, 08 de julho de 2020 18:00 – Eucaristia e Bodas de PrataMaria Pereira e Luís Silva

    sábado, 11 de julho de 2020 São Bento, Abade e Padroeiro da Europa15º domingo Comum11:00 – Festa do Perdão

    17:30 – Eucaristia Dominical VespertinaMário Oliveira da Silva e pais - irmã Rosa Avelino Fernandes Pereira - esposa Francisco Gomes Ribeiro - filha Celeste José Rodrigues Cardoso e família - família Maria Augusta Marques da Silva - pessoas amigas de Nespereira

    Maria Fernanda Magalhães da Costa Mendes - netos

    Pais, sogro e filho José Augusto - Assunção Vasco Manuel Marques, mãe e irmão - irmão José

    António Pereira Silva e família - esposa Arminda Jesus Bastos, marido e filha - Lurdes Augusto Azevedo Costa e cunhado - Con-ceição Costa

    José Luís Campos Ribeiro, pais e sogros - esposa e filhos

    AG. São Bento - Lina Leites AG. São Bento e Santa Escolástica - Joaquim Fernandes

    HorárioTerça 7 às 15:00 Eucaristia no CSPA, às 19:00 Eucaristia na Lagoa; quarta 8 às 14:30 reunião com as crianças da Profissão de Fé em Avidos, às 18:00 Bodas de Prata na Lagoa, às 19:00 Eucaristia em Areias, às 21:15 reunião no CSPA; quinta 9 às 14:30 reunião com as crianças da Profissão de Fé em Avidos, às 19:00 Eucaristia em Avidos; sexta 10 às 09:00 Atendimento Paroquial em Areias (se contatar o Pároco pode marcar outro horário e local mais conveniente), às 19:00 Eucaristia em Areias; sábado 11 às 11:00 Festa do perdão na Lagoa, às 16:00 Eucaristia em Areias, às 17:30 Eucaristia em Lagoa, às 18:30 Eucaristia em Abade Vermoim; domingo 12 às 09:30 Eucaristia em Areias, às 11:00 Eucaristia em Avidos de Profissão de Fé.

    «A viagem mais longa é a viagem interior»No século V a.C., Sócrates pedia aos seus discípulos aquilo que estava esculpido no frontão do templo de Apolo em Delfos: «Homem, conhece-te a ti mesmo». O conhe-cimento de si é indispensável para percorrer o itinerário da vida interior e humana. É ver-dade que tal conhecimento nunca é pleno: cada um continua a ser um mistério inclusive para si mesmo, e por vezes pode parecer até um enigma com sombras e lados obscuros que não quereria ver, e que talvez estigma-tize nos outros…Todavia, é absolutamente necessário con-hecer-se a si mesmo, para saber aquilo de que se é capaz, quais são os seus limites e as suas forças, para se ser responsável por si e pelos outros, segundo as impressionantes palavras de Dostoiévski: «Cada um de nós é responsável por tudo e por todos diante de todos, e eu sou mais responsável do que os outros». Trata-se de se conhecer a si próprio como processo de leitura psicológica de si; de conhecer-se para ter de si um juízo justo; de conhecer-se na pertença a uma porção precisa de humanidade.

    Cada um de nós existe porque foi gerado, por isso é precedido por pais específicos; existe num tempo e num lugar particulares, por isso veio e vem a cada dia ao mundo, agora e aqui, Está no meio dos outros, por isso está em relação com outros. Sim, cada um é chamado a conhecer-se na consciência de ser também tudo aquilo que a vida e os outros fizeram de si, contribuindo para a formação do seu eu.Em tal faixa de relações, conhecer-se a si mesmo comporta um necessário passo pre-liminar: aderir à realidade, conhecer a sua relação com a história, os outros, o mundo, porque é assim que cada um de nós existe e está envolvido. Muitos caminhos espirituais e psicológicos são estéreis, quando não desu-manizadores, porque carecem de adesão à realidade. É extremamente perigoso iniciar o caminho interior sem sentir-se no meio dos outros, necessitado dos outros, e nunca sem os outros! [...]Neste processo, alguns têm a tendência de confundir o dado espiritual com o psicológi-co, reduzindo um ao outro. [...] Sabemos por experiência que erros de espiritualidade podem tornar-se patologias psíquicas (por vezes até com resultados somáticos), e que, vice-versa, patologias psíquicas podem influenciar a espiritualidade. O ser humano é mais unido do que pensamos: corpo, psique e espírito têm uma profunda relação recípro-ca, e a vida é o caminho que tende para a sua unificação.Conhecer-se a si mesmo é, por isso, uma tarefa e um trabalho quotidiano, que requer perscrutar o seu sentir, pensar, falar e agir. Sempre “in dulcedine societatis”, na alegria do intercâmbio fraterno. Graças à prática deste exercício tem início a infinita viagem interior, bem descrita por Dag Hammarskjöld no seu diário: «A viagem mais longa é a viagem interior».Enzo Bianchi

    10:30

  • «Quando existe esse tipo de reprovação e durante tanto tempo, a mais mínima critica faz com que tudo se reviva e faças uma montanha de qualquer comentário.» - Brays Efe

    Semente da nossa esperança: “Eu Te bendi-go, ó Pai, Senhor do céu e da terra”Semear esperança:Acólitos - A palavra “acólito” significa “aquele que acompanha durante o caminho.” Conheço a missão do acólito de acompanhar Jesus ao longo do seu caminho no meio da humani-dade realizado em cada eucaristia como execução de um certo número de tarefas?Leitores - Exultação de alegria é um estado de alma tipo do cristão. Não a alegria eufórica do adepto que salta ao golo da sua equipa, mas entra logo em depressão ao golo da equipa contrária. A alegria cristã é serena e constante, porque fundada na vitória defini-tiva de Jesus Cristo. Sei fazer a minha leitura transmitindo esta alegria?Ministros Extraordinários da Comunhão - Levar a Comunhão aos doentes é levar-lhes o jugo do Senhor que é suave e, assim, levar descanso e repouso às suas almas. Entendo o meu ministério como um ministério de quer pelas palavras que eu possa dizer aos doentes, quer pela presença do Sacramento em que Jesus nos oferece o seu jugo?Viver na esperança - Ao longo desta semana, tenhamos a coragem de estar atentos às di-ficuldades sociais e fazer alguma coisa neste contexto de pandemia: prédio, rua ou bairro, escola, Igreja, empresa.

    sábado, 11 de julho de 2020 São Bento, Abade e Padroeiro da Europa15º domingo Comum18:30 – Eucaristia Dominical VespertinaAntónio Faria da Silva Manuel Alves da SilvaAG. São Bento e Santa Rita - Isaura Lima

    HorárioTerça 7 às 15:00 Eucaristia no CSPA, às 19:00 Eucaristia na Lagoa; quarta 8 às 14:30 reunião com as crianças da Profissão de Fé em Avidos, às 18:00 Bodas de Prata na Lagoa, às 19:00 Eucaristia em Areias, às 21:15 reunião no CSPA; quinta 9 às 14:30 reunião com as crianças da Profissão de Fé em Avidos, às 19:00 Eucaristia em Avidos; sexta 10 às 09:00 Atendimento Paroquial em Areias (se contatar o Pároco pode marcar outro horário e local mais conveniente), às 19:00 Eucaristia em Areias; sábado 11 às 11:00 Festa do perdão na Lagoa, às 16:00 Eucaristia em Areias, às 17:30 Eucaristia em Lagoa, às 18:30 Eucaristia em Abade Vermoim; domingo 12 às 09:30 Eucaristia em Areias, às 11:00 Eucaristia em Avidos de Profissão de Fé.

    «A viagem mais longa é a viagem interior»No século V a.C., Sócrates pedia aos seus discípulos aquilo que estava esculpido no frontão do templo de Apolo em Delfos: «Homem, conhece-te a ti mesmo». O conhe-cimento de si é indispensável para percorrer o itinerário da vida interior e humana. É ver-dade que tal conhecimento nunca é pleno: cada um continua a ser um mistério inclusive para si mesmo, e por vezes pode parecer até um enigma com sombras e lados obscuros que não quereria ver, e que talvez estigma-tize nos outros…Todavia, é absolutamente necessário con-hecer-se a si mesmo, para saber aquilo de que se é capaz, quais são os seus limites e as suas forças, para se ser responsável por si e pelos outros, segundo as impressionantes palavras de Dostoiévski: «Cada um de nós é responsável por tudo e por todos diante de todos, e eu sou mais responsável do que os outros». Trata-se de se conhecer a si próprio como processo de leitura psicológica de si; de conhecer-se para ter de si um juízo justo; de conhecer-se na pertença a uma porção precisa de humanidade.Cada um de nós existe porque foi gerado, por isso é precedido por pais específicos; existe num tempo e num lugar particulares, por isso veio e vem a cada dia ao mundo, agora e aqui, Está no meio dos outros, por isso está em relação com outros. Sim, cada um é chamado a conhecer-se na consciência de ser também tudo aquilo que a vida e os outros fizeram de si, contribuindo para a formação do seu eu.Em tal faixa de relações, conhecer-se a si mesmo comporta um necessário passo pre-liminar: aderir à realidade, conhecer a sua relação com a história, os outros, o mundo, porque é assim que cada um de nós existe e está envolvido. Muitos caminhos espirituais e psicológicos são estéreis, quando não desu-manizadores, porque carecem de adesão à realidade. É extremamente perigoso iniciar o caminho interior sem sentir-se no meio dos

    outros, necessitado dos outros, e nunca sem os outros! [...]Neste processo, alguns têm a tendência de confundir o dado espiritual com o psicológi-co, reduzindo um ao outro. [...] Sabemos por experiência que erros de espiritualidade podem tornar-se patologias psíquicas (por vezes até com resultados somáticos), e que, vice-versa, patologias psíquicas podem influenciar a espiritualidade. O ser humano é mais unido do que pensamos: corpo, psique e espírito têm uma profunda relação recípro-ca, e a vida é o caminho que tende para a sua unificação.Conhecer-se a si mesmo é, por isso, uma tarefa e um trabalho quotidiano, que requer perscrutar o seu sentir, pensar, falar e agir. Sempre “in dulcedine societatis”, na alegria do intercâmbio fraterno. Graças à prática deste exercício tem início a infinita viagem interior, bem descrita por Dag Hammarskjöld no seu diário: «A viagem mais longa é a viagem interior».Enzo Bianchi

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