oltmemoria.bn.br/pdf/830127/per830127_1884_00042.pdf · adoptada pelo padre secchi, que diz. ser...

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As modificações decennaes do Sol, manifestadas na periodicidade de suas manchas e na força e vivacidade de suas""erupções, se reflectem, como ob- serva "o Padre Secchi, nas variações do magnetismo terrestre e na produc- ção dos phenomenos electricos das auroras polares ; o que prova que uma outra força, além da que prende os planetas ao astro central, parte deste, derrama-se no espaço, Invade os pia- netas e determina nelles variações, ainda pouco conhecidas. Que nova força será esta? Acreditamos ser simplesmente o fluido subtil que se escapa da pliotos- phera solar, proveniente da conden- sação do fluido cósmico sujeito ápode- rosa attracção do núcleo astro ; o qual, contido peias camadas adjacen- tes vibra produzindo a luz e o calor e, neste estado, se vai diffundindo pelo espaço, dilatando o meio ambiente e communicando-lhe o movimento vi- bratorio de que se acha animado. Esta ultima força obra, como é na- tural, de um modo contrario á attrac- - -Ção central, partida do núcleo ; esta tende a approxunar osatomos do fluido que enche o espaço interplanetário, dando nascimento a gazes cada vez mais densos, ao passo que aquolla trabalha para afasta 1-os. Combinando as accões dessas duas forças, achamos as seguintes densida- des médias, para as camadas gazqsas que envolvem o Sol, até os limites do nosso systema planetário: Distancias emDensidades léguas do cenmédias do tro do Sol.ar.la^0' 1:000:0000,000091201,00 2:000:0000,000111101,22 3:000:0000,000118001,29 10:000:0000,000128571,40 100:000:0000,(510132801,45 1000:000:0000,000133191.46 Donde vemos que o crescimento da densidade do ambiente, devido ao res- friamente resultante do afastamento do Sol, não segue uma lei proporcio- nal ás distancias. Salta-nos tambem á vista que o meio mais denso sendo o mais afastado, elle tende constantemente a substituir o ar rarefeito que, por seu menor peso, se afasta do centro attractivo; dando tal substituição lugar a um movi- mento, a uma continua revolução no oceano aéreo era qua mergulhados navegamos através do infinito. A luz zodiacal —Em certas estações, antes do nascimento edepois occaso do Sol, vemos uma claridade, tendo a forma de um fuso muito alongado e estendendo-se ao longo doZodiaco; éa chamada luz zodiacal. Suas dimensões são variáveis, indo o grande eixo de 40 a mais de 100° e o pequeno de 8 a 30. Euler cria que a matéria que pro- duz essa claridade, pôde não apoiar-se sobre o Sol, porém rodeal-o a uma certa distancia,em fôrma de um annel como o de Saturno ; opinião tambem adoptada pelo Padre Secchi, que diz. ser essa matéria u:n prolongamento da coroa de Iuí, que observamos por occasião dos eclipses solares. Essa luz, que se estende além da distancia etn que a Terra faz seu giro e envolve a esta, tem, como o Sol, um movimento próprio dirigido do occi- dente para o oriente. Ellaé tão fraca que a luz crepuscu- lar é bastante paraescondel-a; suacòr é amarellada ou avermelhada, e sua transparência pôde ser comparada á da cauda de um cometa, atravez da qual podemos ver as estrellas: Seu espectro é continuo como o das claridades phosphorècentes e não apre- senta, como se suppunha, as raias da aurora polar. E' nas regiões eqiiiuoxiaes, onde a luz zodiacal se eleva quasi perpendi- cular meu te ao horizonte, que a sua observação é mais fácil e exacta. Humboldot a observou esplendida em Cumana, nas planícies de Caracas, nos planaltos de Quito e nas bordas dos lagos do México. A nosso vér, esse phenomeno tem uma simples explicação no movimento próprio do Sol que, comprimindo ás camadas do ambiente no sentido para onde elle avança, faz com que oiflnido luminoso encontre mais resistência á sua diffusão desse lado e se precipite para o opposto; neste ultimo lado, a resistência do meio crescendo com ò afastamento do centro djo astro, re- sulta que o fluido em vibração lumi- nosa é forçado pela compressão lateral a tomar a forma de um fuso. Habítabilidadedo Sol.—-A existência de um núcleo central protegido por alta atmosphera de gazes e vapores opacos contra a luz e o calor da pho- tosphera, leva-nos a crer com Aragô, Herschel, Elliot e muitos philosophos antigos, que o Sol pôde ter habi- tantes. De que natureza porém serão seus corpos'? E' do que por emquanto não pode- mos ter uma concepção clara. A infiraa densidade media do nu- cleo solar, sua grande força attractiva na superfície, tudo nos faz suppor se- rem seus corpos lãoftuidicos que diffi.- cilmente delles formaremos uma idéia. Comtudo convem-nos apresentar o*s resultados a qne chegamos. A densidade do corpo do habitante do Sol é de 0,0017, isto é 235 vezes menos denso que o do habitante de Júpiter, ou 027 vezes menos denso que" o nosso. Comparada á do nosso ar atmos- pherico, a densidade do corpo humano do habitante do Sol será representada por 1,3. E' pouco mais do dobro da densi- dade do vapor d'agua, Procurarão, sem duvida, tirar^irf- gumento contra a possibilidade de ser o núcleo solar habitado, do facto da grande approximação daphotos- phera que, á primeira vista, parece fornecer-lhe tanto calor que a vidaOse tornará ahi ura impossível. Nós respondereáfe que o calor não seudo mais que um fluido que se des- prende vibrando, procura sempre afastar-se do centro attractivo. Incendiai uma floresta situada no alto de uma montanha, e approximai- vos de seu e notareis que sentis incomparavelmente menos calor, do que se em um balão vos elevardes sobre o lugar dessa fogueira, a uma distancia muitas vezes maior que aquella. lluiiilV-ttaoóoM em sonho* Dizem vários jornaes inglezesque, em conseqüência de suas observações, o Duque de Albany, como vários outros membros da família real de Inglaterra, abraçara o Spiritismo ; e que elle tinha a certeza de seu fim próximo, por ter sido disso avisado em sonhos pelo Espirito da Princeza Alice. Que bom diabo tomou a forma dessa princeza para vir assim desporoanimo desse enfermo, dando-lhe a resignação, com a certeza da vida d'além-tumulo! Não acharão os nossos detractores que esse diabo nâo é tão máo como o pintam ? Federação Spirlt» Brazileíra SESSÃO EM 1 DE AGOSTO DE 1884. Foi resolvido por unanimidade con- ferir o titulo de sócios honorários aos distinctos propagandistas, Exms. Srs. Visconde de Torres Solanot e D. Ama- lia Domingo Soler (Hespanha) e D. Cosme Marinos (RepublicaArgentina), por seus relevantes serviços em prol da santa causa que defendemos. Tractou-se depois da producção de objectos inanimados operada peloi Espíritos, e particularmente do facto da multiplicação dos pães e dos peixes relatado no Novo Testamento. 1'ni facto «le catalepaia Ha perto de onze mezes que, em Turin, uma joven chamada Margarida X. se acha mergulhada em uai somno cataleptico, de que ainda ninguém a ponde despertar. Sua morada é visitada continua- mp.nte por muita gente. É uma moça bellissima ; tem oi olhos sempre cerrados, a re-piração breve e o corpo muito fraco. Começou esse seu estado de vida anormal por occasião de uma visita judiciaria feita á sua casa. Ao ver os magistrados, ella cahio sem sentidos, e assim se conserva ati hoje. -y-í-j . y ¦-'.. y yrr. ¦yr'it}'i -y &S> ¦vi#íSB .rSif.y ¦¦:. y *í*r '-yy ¦y Y'í "¦¦ ' :X. ¦ ¦ .- y yíyy;- 0 0 y ¦ ;Y ¦• ¦'¦".,-.;¦ ":~j-f- U-.

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PUBLICAÇÃO QdlNZENAL

AllKtO II HIraxil — Rio de Janeiro — 1**1Sü

A gosto — 15 N. 49

.0. 0 ''y

Orgniii cvoliiciouista

ASSIGNATURAS

PARA O 1NTKR10R E EXTERIOR

Semestre "ífOOO

PAGAMENTO ADIANTADO

Toda a correspondência deve s^r diri-gida a

X. Elias «Ia Silva

120 RUA DA CARIOCA 120

As assignaturas terminam em Junho eDezembro.

—«:»—

Os trabalhos de reconhecido interessegeral serfío publicados gratuitamente.

Y** õ.

O MUNDO SIDERAL

XVI

Densidade do meio interplanetário.— As modificações decennaes do Sol,manifestadas na periodicidade de suasmanchas e na força e vivacidade desuas""erupções, se reflectem, como ob-serva "o Padre Secchi, nas variaçõesdo magnetismo terrestre e na produc-ção dos phenomenos electricos dasauroras polares ; o que prova que umaoutra força, além da que prende os

planetas ao astro central, parte deste,derrama-se no espaço, Invade os pia-netas e determina nelles variações,ainda pouco conhecidas.

Que nova força será esta?Acreditamos ser simplesmente o

fluido subtil que se escapa da pliotos-phera solar, proveniente da conden-sação do fluido cósmico sujeito ápode-rosa attracção do núcleo dò astro ; o

qual, contido peias camadas adjacen-tes vibra produzindo a luz e o calor e,neste estado, se vai diffundindo peloespaço, dilatando o meio ambiente ecommunicando-lhe o movimento vi-bratorio de que se acha animado.

Esta ultima força obra, como é na-tural, de um modo contrario á attrac-

- -Ção central, partida do núcleo ; estatende a approxunar osatomos do fluido

que enche o espaço interplanetário,dando nascimento a gazes cada vezmais densos, ao passo que aquollatrabalha para afasta 1-os.

Combinando as accões dessas duasforças, achamos as seguintes densida-des médias, para as camadas gazqsasque envolvem o Sol, até os limites donosso systema planetário:

Distancias em Densidadesléguas do cen médias dotro do Sol. ar. la^0'

1:000:000 0,00009120 1,002:000:000 0,00011110 1,223:000:000 0,00011800 1,29

10:000:000 0,00012857 1,40100:000:000 0,(51013280 1,45

1000:000:000 0,00013319 1.46

Donde vemos que o crescimento dadensidade do ambiente, devido ao res-friamente resultante do afastamentodo Sol, não segue uma lei proporcio-nal ás distancias.

Salta-nos tambem á vista que omeio mais denso sendo o mais afastado,elle tende constantemente a substituiro ar rarefeito que, por seu menor peso,se afasta do centro attractivo; dandotal substituição lugar a um movi-mento, a uma continua revolução nooceano aéreo era qua mergulhadosnavegamos através do infinito.

A luz zodiacal —Em certas estações,antes do nascimento edepois dó occasodo Sol, vemos uma claridade, tendoa forma de um fuso muito alongado eestendendo-se ao longo doZodiaco; éachamada luz zodiacal. Suas dimensõessão variáveis, indo o grande eixo de40 a mais de 100° e o pequeno de8 a 30.

Euler cria que a matéria que pro-duz essa claridade, pôde não apoiar-sesobre o Sol, porém rodeal-o a umacerta distancia,em fôrma de um annelcomo o de Saturno ; opinião tambemadoptada pelo Padre Secchi, que diz.ser essa matéria u:n prolongamentoda coroa de Iuí, que observamos poroccasião dos eclipses solares.

Essa luz, que se estende além dadistancia etn que a Terra faz seu giroe envolve a esta, tem, como o Sol, ummovimento próprio dirigido do occi-dente para o oriente.

Ellaé tão fraca que a luz crepuscu-lar é bastante paraescondel-a; suacòré amarellada ou avermelhada, e suatransparência pôde ser comparada á dacauda de um cometa, atravez da qualpodemos ver as estrellas:

Seu espectro é continuo como o dasclaridades phosphorècentes e não apre-senta, como se suppunha, as raias daaurora polar.

E' nas regiões eqiiiuoxiaes, onde aluz zodiacal se eleva quasi perpendi-cular meu te ao horizonte, que a suaobservação é mais fácil e exacta.

Humboldot a observou esplendidaem Cumana, nas planícies de Caracas,nos planaltos de Quito e nas bordasdos lagos do México.

A nosso vér, esse phenomeno temuma simples explicação no movimento

próprio do Sol que, comprimindo áscamadas do ambiente no sentido paraonde elle avança, faz com que oiflnidoluminoso encontre mais resistência ásua diffusão desse lado e se precipitepara o opposto; neste ultimo lado,a resistência do meio crescendo com òafastamento do centro djo astro, re-sulta que o fluido em vibração lumi-nosa é forçado pela compressão laterala tomar a forma de um fuso.

Habítabilidadedo Sol.—-A existênciade um núcleo central protegido poralta atmosphera de gazes e vaporesopacos contra a luz e o calor da pho-tosphera, leva-nos a crer com Aragô,Herschel, Elliot e muitos philosophosantigos, que o Sol pôde ter habi-tantes.

De que natureza porém serão seuscorpos'?

E' do que por emquanto não pode-mos ter uma concepção clara.

A infiraa densidade media do nu-cleo solar, sua grande força attractivana superfície, tudo nos faz suppor se-rem seus corpos lãoftuidicos que diffi.-cilmente delles formaremos umaidéia.

Comtudo convem-nos apresentar o*sresultados a qne chegamos.

A densidade do corpo do habitantedo Sol é de 0,0017, isto é 235 vezesmenos denso que o do habitante deJúpiter, ou 027 vezes menos denso que"o nosso.

Comparada á do nosso ar atmos-

pherico, a densidade do corpo humanodo habitante do Sol será representada

por 1,3.E' pouco mais do dobro da densi-

dade do vapor d'agua,Procurarão, sem duvida, tirar^irf-

gumento contra a possibilidade deser o núcleo solar habitado, do factoda grande approximação daphotos-

phera que, á primeira vista, parecefornecer-lhe tanto calor que a vidaOsetornará ahi ura impossível.

Nós respondereáfe que o calor nãoseudo mais que um fluido que se des-prende vibrando, procura sempreafastar-se do centro attractivo.

Incendiai uma floresta situada noalto de uma montanha, e approximai-vos de seu pé e notareis que sentis

incomparavelmente menos calor, doque se em um balão vos elevardessobre o lugar dessa fogueira, a umadistancia muitas vezes maior queaquella.

lluiiilV-ttaoóoM em sonho*

Dizem vários jornaes inglezesque,em conseqüência de suas observações,o Duque de Albany, como váriosoutros membros da família real deInglaterra, abraçara o Spiritismo ; eque elle tinha a certeza de seu fimpróximo, por ter sido disso avisadoem sonhos pelo Espirito da PrincezaAlice.

Que bom diabo tomou a forma dessaprinceza para vir assim desporoanimodesse enfermo, dando-lhe a resignação,com a certeza da vida d'além-tumulo!

Não acharão os nossos detractoresque esse diabo nâo é tão máo como opintam ?

Federação Spirlt»Brazileíra

SESSÃO EM 1 DE AGOSTO DE 1884.

Foi resolvido por unanimidade con-ferir o titulo de sócios honorários aosdistinctos propagandistas, Exms. Srs.Visconde de Torres Solanot e D. Ama-lia Domingo Soler (Hespanha) e D.Cosme Marinos (RepublicaArgentina),por seus relevantes serviços em prolda santa causa que defendemos.

Tractou-se depois da producção deobjectos inanimados operada peloiEspíritos, e particularmente do factoda multiplicação dos pães e dos peixesrelatado no Novo Testamento.

1'ni facto «le catalepaia

Ha perto de onze mezes que, emTurin, uma joven chamada MargaridaX. se acha mergulhada em uai somnocataleptico, de que ainda ninguéma ponde despertar.

Sua morada é visitada continua-mp.nte por muita gente.

É uma moça bellissima ; tem oiolhos sempre cerrados, a re-piraçãobreve e o corpo já muito fraco.

Começou esse seu estado de vidaanormal por occasião de uma visitajudiciaria feita á sua casa.

Ao ver os magistrados, ella cahiosem sentidos, e assim se conserva atihoje.

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SHeiliila ÍBBftj'iS'afl9Íhksiu' aí

Na vil lã do Rio Verde, provínciade S. Paulo foi estabelecido um im-posto anima! de 2$000 por pessoa que,sendo de maior idade e isenta dopátrio poder, seja cabeça de casal etenha o seu fogvo representando umaFamília ou, mesmo, habitando comoutra família, devendo ser incluídastambém ás mulheres viuvas e soltei-ras, que vivem honestamente sobre sio fora do pátrio poder.

Este imposto é destinado ás obrasda matriz daquella vilia, até a suaconclusão.

Perguntamos çoín que direito o go-verno provincial quer obrigar os pro-festantes dò Rio Verde a concorrerempara a elevação de um templo calho-lico ?

mentos, com osas exéquias áquelle.c uitra cuja con-denmação todos assim queriam fazer

exhalám tantos perfumes de espe- | um estrondoso pro tes to. O cura. porém.voltando de sua primeira decisão.

o se

C,sí'''?'

Não irá elle": com eprovocar um cohMctó ?

seu acto

feliz, veio aportar Pasteur, que fieoiideslumbrado por tão explendi.das ri-

quezas, donde para a humani

rança.Sim ahi se encontram os preserva- , suspendeu a ordem une havia dado, e

ti vos dwdiphtheria, do cJiolera, à-à febre j o enterro foi feito com as formalidadesrlatina, da varíola, da febre \ do uso. sem que a manifestação se

podesse éffectuar.Consignámos o (acto. não como

uma censura a éssé sacerdote, maslouvando a sua prud,encia, digna deser imitada por todos aquelles queverdadeiramente oresam a religiao,e I-não desejam vel-ã destino rálisád a poiessas manifestações populares.

a- j ímpunde as mãos sobre a cabeça doiim de celebrar nompo- ; dócnle, fazei-as depois descer seguindí

typhoide, etc.; aqui porém, só rioslimi-taremos a apresentar o da diphthe-ria.

Esse tratamento prophylàtico éhiuito simples.

Tome-se todas as noites, ao deitar-se, cinco gottas da seguinte poção cmum copo iPagua assucarada, Bromo —uma gotta,, água distillada— vintegrammas, conservando-se a poção emum frasco azul bem fechado, o nuncase empregando no seu uso colheres doprata, metal ataca y ei pelo bromo.

Tome-se também todas as manhãs,uma hora antes do repasto, uma co - ( q,,;,.;,.

ii ri niiiin veriobrd? dcícndó-vòs umpouco lias nl imãs v rtebras, por ahi epelas peruas fazei escoar-.-e o"'fluido ac-cumulado.

Para os braços, operai sobre a cabeça,i.npclli o fluido pára a nuca, dahi doce-mente pára os hòmbros e, linalmcnte,para cs braços.

Essas operações cxig*em muito tempo,muita energia;, e devem ser repetidasmuitas vezes o regularmente.

liai a beber água magnelisáda.

ÇOllVISiCRT,

Convulsões das crianças•¦

De. habito as mergulham n-agiia..Merguihai-as antes em um Iluido re-

frigerante ; cercai seus pequenos corposdo bom iluido qne vossa vontade possa

Fundou-se em Lisboa a Sociedade desprender; continuai a-sim duranteSpiríta, do O.cciaeUte, á qual esta | muitos iniuinos; acluai depois sobre o

-=~>-->-c--';--

confiada a missão de divulgar emPortugal os princípios da Sciencia

Porque não estendeu aos aeaihoii-cos a exclusão que só destinou ás mu-lhe res desllonéstas '?

Não seria melhor deixar esses do-nativos a arbítrio dos habitantes ?

A Éíijpü^iB^j-âíí

Da Revista Spiríta de Pariz tradu-zimos a, seguinte1 carta que lhe foidirigida pelo l)\\ Flasschmh, da Fa-ctildade de Medicina, :

« Si na nota que foi communieadaa todos os jornaes pela Junta de IIv-giene. qiíe até bojo não se conhecealgum inedicaraen.fl.). que seja umpréser.vativo seguro contra ¦ãdipldlie-ria íeroup).

K' um erro g'rave contra o qual outenho o dever d" protestar.

Os preservativos da diphtheria,quer ella. se manifeste sob a fórum deangina on sob a particular decroup,ão perfeitamente conhecidos e, quandoconvenientemente ad Ministrados .nunca deixam de exercer uma in-rluència salutar.

K verdade que não é a velha me-diciua,quo parece ter escripto um suabandeira— guerra ao progresso.-- quedevemos ir pedil-os, porque á sombradoseuscepticismoe de sua rotina nada .i,,,,.,^,,,:,,,,,,,,,

' Acie um contessiouar.o, para satisfazerse vo germinar. .....! essa imposição da igreja catholica.

, E' preciso irmos ao solo fecundo da i T,y „,v„„lf Ar .„A.., . .luiormaao cio oceorndo, o sineirohomceopathia. sob o sol radiante da AA™,, ., ,ti , e icomeçou a dobrar a finados, mas ogrande lei dos semelhantes. > .„„„ ,*i ,, ,,„„,„ -, ,. , ,j cura tei-o parar, pelo motivo de haver

E' nessesclimasque.se expandem ofallecido, por sua condueta autíreli-as verdades da próphylaxia e da, t lie- gioso, tornado impossível o seu se-rapeutica. pultamento em lugar .«morado.

lliç.rai'ta*g'rande da seguinte poção •.

Gyanureto de hydrárgyro, primeiratrituraeão, eincoenta çoníigrarnmas,água distillada álcoólisada cento ovinte grammas.

AvanteI Cerrai fileira,batalhadores da idéia !

. Lavemos nossa, bandeirada macula da escravidão,.lá se dispersam os negroresda borrasca, e se clareianosso horizonte, aos fulgoresda aurora da redeihpção.

Não temei. A Providenciavelará por vós aitenta.e em vossa consciênciaa sua voz escufareis.Fazei que os ódios se evite.que a luta, sendo incruenta,ainda mais nobilíteá causa que defendeis.

Ao impulso da caridadeque vos dá novos aleutos.firmai a fraternidadeensinada por Jesus.Purguemos o áyito aggravo:

e que o sol de novecentosnão veja mais um escravonas plagas de Santa Cruz.

Fadieceu em Pons um dos raroshabitantes dessa localidade que, nãocrendo na confissão, achava indignode si approximar-se hypocritamenie

A seus fundadores,dedicados obrei-ros desse templo de luz e caridade,saúdam os seus irmãos da FederaçãoSpiríta Brazilèira.

'A illustre propagandistâ: Spiríta,o Sr. C. A. Nunes Paes. presidenteda Sociedade Spiríta Regeneração,

coração cbestômago, porém levemente,o fazei que desçam pelas pernas os flui-des aceu nulados nesses dous òrgãns.

COliVISAHT.

Chagas

Fazei alguns passes da cabeça até ospés, depois conservai a mão diante dachaga, a alguns cenlimelros de distan-cia ; tende a firme vontade d.; lançar-lhebom fluido, para reanímár essa carneenferma.

Depois de um miuulo de expansãofluidica, remontai ao coração, e.nitti-

eisque füncciçma na Cidade de Vianna I ,laullca* remontai ao coração, e.nitti(Maranhão;, communica-noa que. a j

H>c botn fluídp,que como sangue fareimesma Sociedade resolveu publicar ^^ceraté 0 liigar da çlia^i.um periódico dedicado á prbp%anda ^8^ 'JC1H eS'° l'°lUü : ° íluido ° °, c. . • . -'ík-- j sangue sao de um mesmo dvnamismo.do Spiritismo. m

Será mais um foco de luz que vemrasgar as trevas da ignorai cia, dofanatismo e superstição, patenteandoao mundo as bellezas da religião doCliristo e a responsabilidade que noscabe do bom ou máo uso que fazemosdo nosso livre arbítrio.

Ein nosso escriptorio recebem-seassignaturâs.

InSTRÜCÇÕKS MKlU.sNlMICAS OIlTiDAS K.M

CHENlíR, KM |'M (iiil'1'0 ESPECiALMENfR

DE MÉDIUNS Ct.ÜADORKS, SOBRE A AP-PI.1CAÇÀ0 DESSA MEDIUNIDADE.

(Continuação)

Paralgúa

Esta operação deve sempre ser cc.didaaos médiuns de mais enejgia, de maisv. ntadeòque emittnni fluidos com maisfacilidade.

Operai de preferencia em casa mesmodo doente, porém si», na calma e no re-colhimeniOíSem distração alguma ;nSsiínvossa ai çno será mais eflica:: e vós »pe-rareis coiii maior espt rança de s.ucçe

o secundo segue ao prinieiro.Assim', levareis á chaga um sangue

puriiieudo; guardai-a aiii por-algunsinstánlçs, conservando vossas mãos a umou dous cenlimelros delia.

Pai água rnagnetisada para banharessas carnes pisadas.

Para operar sobre chagas acima docoração é precisa muita prudência ; col-locai uma mão sobre u cabeça do emer-mo, e ç.om a outra fazei remontar oiluido levemente e sem abalo.

Impei esses passes de/ ou quinzevezes.

COUVISART.

Operai do mesmo modo sobre as con-tusoes, as queimaduras, as frieiras, osabeessos, as varizes, os panarmos, em-pregando-, liesics últimos casos, águaniüguetisada em compressas,

Rheomatismo

Acluai sobre o coração, desprendeiliòiis fluidos e dirigi-os para as parlesalíecUidas; repeti eSoes passes durantedous ou Ires minutos em cada op ração.

Comvisaut.Cancro

Coílocái as mãos sobre a cabeça d(Adoente, descei-íisálé o cancro, qualquerque seja ;; sp.i p..,s cão, mas compre aa..guina cisian iu; criviai-lne fliiido com

Impondeasinãossobrea cabeça, tende i n |10a mú ícâò de rural na vontade enérgica de derramar bonsfluídos por lodo o corpo, afim de reuni-mar os músculos e os nervo-;, durantedons ou Ires min itos ; passai depois asmãos sobre o coração com a mesmaintenção.

Atacai então do seguinte modo os'membros paralysados :

a boa mi- içaò de curai o.Acluai epois sobre o ci ração elevai

o Iluido avó o cancro, lentamente, fa-*fcen iO-o escoaivse pelos braços.

P.ccuxlai-vos o que já vos disse: ofluido e o .vingue sâo de um mesmo dy-ua-nisuiü. e facilmente expliçarèis oeífeito desta operação.

Demeüre.

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Cálculos da Bexiga

fazei descer o tinido da cabeça ao cor- jacçSo, para leval-o ao baixo ventre, á Iregião da bexiga: passai uma mão pelascostas buscando os rins, estabelecei umacorrente fluidica, e descarregai pelaspernas.

Dai a beber água magnetisada.

Demeure.

Calados biliarios

Fazei de >ccr o lluido da cabeça ao cor-ação, levai-o depois ao fígado, e, pas-sados alguns minutos, dai-lhe escoa-monto pelas pernas.

Dai <i beber aguà magnetisada.

Deméüré,

Dança de Sto. Guy

Mgnetisai mui ligeiramente a cabeçacom a boa intenção .le curar,- fazei de-pois dous ou ires largos passes.

Água magnetisada a beber.

Demeure.

Mutismo

São bem dignos de lastima, mesmomais do que se pensa, os infelizes mu-dos; fazei tudo o que depender de võs

para restituir-lbes o sentido que lhesfalta.

Col locai as mãos sobre a cabeça dei-les, descei-as até a bocea, onde as demo-rareis por alguns instantes ; actuai s c-realarynge segurando a garganta com asduas mãos ; depois descei-as ao coração,e descarregai pelas pernas.

Recomeça operando ainda sobre alarynge, descei ao estômago c descarre-

gai pelas pernas.Esta operação* deve spt repetida de

dous em dous dias, em horas lixas, pelamanhã c á tarde.

Dai-lhe água magnetisada a beber.

Demeure.

Cholera

O cholera cura-se com muita facili-dade.

Magnetisai água e dai-a ao doenteern grande quantidade.

Collocai as mãos sobre a sua cabeçacom a boa intenção de curai o, lançai-llicmuito fluido,passai rapidamente o fluidopelo corpo e descanegai-o pelas pernas.

Repeti esses passes cmquanto os jul-gardes necessários.

N: B.— iv importante lavar as mãosem água magnetisada depois de cadau."na operação; o cholera -e essencial-mente contagioso; devendo tambémeslepder-se essa precaução a Iodas asenfermidades desse gênero.

Dbwki-bk.

Envenenamento

Míignefisai água, aquecei-a c dai aodocn c, até que provoque o vomito.

Passai rapidamente as mãos pelo es-tomago e descarregai pelas pernas.

Demeure.

Desmaio

Fazei passes da cabeça aos pés, voltaiao coração, emitti fluido durante algunsminutos e descarregai-o pelos braços,remontando, mas sem abalo, e antes determinar esse passe, collocai a palma davossa mão contra a palma da do enfer-mo para estabelecer uma corrente flui-dica.

Ponde de novo vossas mãos sobre asua cabeça, descei-as ao peito, demorai-as abi alguns instantes, voltai ao cor-ação e descarregai pelas pernas.

Empregai água magnetisada com com-pressas sobre a fronte.

Demeure.

.. Loucuras„¦_--'¦- :\. ••? i • i '•

Ponde as mãos sobre a cabeça doenfermo, magnetisai-lhe energicamenteo cérebro e estabelecei correntes fuidi-cas :

i° Da fronte para a parte posteriorda cabeça;

2* Entre as fontes:$• De uma a ou.ra orelha.Em tini,no redor da cabeça.

Magnetisai o coração, lançai bom flui-do sobre o cérebro do enfermo.

Magnetisai a água com a intenção detornal-a lão fria como o gelo, e se forpossível, derranmi-llfa sobre a cabeça eapplicai compressas.

E' preferível o gelo magnetisado.

Demeure.

Delírio da embriaguez

Magetisai o sujeito, por muitos passes,da cabeça até os pés; magnetisai depoisfortemente a cabeça, fazendo uma evo -cação interior, para qne o espirito per-turbado volte a si.

A mesmo operação para os c-j essosda mesa. ^

Demeure.

Den ti ção das crianças

Deixai que, o mais possivel, alialureza*ohrc livremetile; se, porem, a criançasoffror muito, obrai do mesmo modoaconselhado para a cura das dores dedentes.

¦r Demeure.

Males de dentes

Magnetisai a parte superior da cabeçadescei ao longo das maudibulas e fazeique o fluido se desprenda pelo queixo.

Repeti a operação, cffectuaudo o des-prendim.uitoainda pelo queijo...

Repe.ti-a ainda, descendo até o cora-ção e fazendo o escoamento pelas per-nas. X

Dai água magnetisada, para o enfermoconservar na bocea.

Demeure.

Parto laborioso

Applicai a mão sob o nudomen dadoente, afim de ajudar o trabalho, desceio fluido ao baixo-ventre para dilatar osorgans.

ÜÜPÜYTRGN.

Hydrophobia

A ínordediira deve sm- tratada pelacirurgia.

K' unia moléstia mortal, mss a forçade vontade pôde muito.

Fazei segurar o enfermo e. mesmo,atal-o, se íòr preciso; operai enérgica-mente sobre acaleçaeo coração.

Obrigai-o a beber água magnetisada.

Demeure.

Diabete

Começai a operação pela cabeça, es-pajhái um fluido benéfico por lodo ocorpo do enfermo.

Actuai depois sobre o coração, o esto-mago e Iodos os organs da nutrição.

Recomeçai pelo coração, ide ao ôcodo estômago, descei ao fígado sobre oqual deveis actuar por muito tempo, porque está nelle a sede do mal.

As operações sobre os organs da nutri-ção devem sev feitas muito enérgica-mente.

Dai a beber água magnetisada, princi-palmente depois dos repastos.

Demeure.

Afogado*

Logo que se o retire da água, coliocaias mãos sobre o seu coração, com a in-tenção de emittir fluido muito quente,e passeal-o por tolo o co<-po para rea-nimal-o; insuflai-lhe fluido vital pelaboca, fazei passes largos; para não dei-xal-o resfriar-se envolvei-o em coberto-res de lã, afim que não se dissipe o calorque lhe destes. -

Não o abandonai, antes que elle façaum movimento.

Logo que elle tornar a si, envolvei-oem um banho fluidicopor novas magne-tisações.

Dbmeure.

(Continiia).

aW-LSSBO-HJill.

O QUARTO DA AVO'

A (felicidade »a familia

M0"'. MONNIOT'* • Or<lpi\fi-"|s que ros ameis

miituaníeite.(KvasííÍ S.Joio; IV, 13).

TUAOUZlDO POR II. O.

IXRECOUDAÇÕES TOCANTES

(Continuação!

« Isso é verdade? perguntou Ma-nette pondo as mãos. Então não fui eu?Ah! obrigada! obrigada! Mas, meu

y,/- Deus, lalvez Séjajs também preza.. .Esseretrato! ella eslá om ini bracelelc...

que vos pertence s" e eu expliquei isro .'(i Sede bem dila, enão, o izeyavel

mulher! porque eu quero morrer;—sim, meu Deus, peimi Ji-m*o! Adolphodis^e : — Melhore morrer com as v;c-timas... Fazei com qne eu me r< úliá aessa idolatrada viclima ! .Mas como file-reeenos vosso ódio. Manetté? Nãc? fomossempre bons amigos? Não ficamosicom-ligo de preferencia aos ou,ros, despe-dindo-os todos?

(( Oh! não vos odeio, senhora, ei-dada! Não, eu vos ama- a, aocontrariov.Foi o medo, foi o medo ! Eu não queromorrer

Então apressai-vos em deixar-mc!remrquio minha mãe com serena fir-meza : se tomeis a morte, fugi dos infe-lizes a ella condemnados. Affastai-vosjá, eu o quero, e que Deus vos perdoe,como eu vos perdôo !

d A desgraçada creatura estorcia-seaos pés de minha mãe, banhando-os delagrimas; de repente desmaiou.

« Miuha mãe hesitou um instante:porém, em seu coração dechristã triumphou a piedade... apoiou Manetlc emseus braços, mandou-me buscar umvidro de saes c abrir a janella; enão levantou-se cmquanto Manetle nãorecuperou os sentidos.

« — Subi agora ao vosso quarto, lhedisse; reuni tudo quanto vos pertence,e ao amanhecei* deixai minha casa.

« Tranquiíla o quasi feliz,minha ado-rada mãi, desde que te\ e a esperança denão sobreviver a meu pai, não pensoumais senão cm mim.

« Não íralou um só instante de eseon-der o bracelete que ia ser uma prova

fatal entre as mãos dos aceusado-res. »

Como achava-se em poder de vossapobre mãe esse retrato de Maria Anto-meta? perguntou a Sra. A.

Minha mãe, descendente de umaantiga familia nobre,, era afilhada daSra;Marqueza de..., que era admittida nasociedade intima da rainha. Essa senhoraeslimava muito sua afilhada : ella a fezcazar com o Conde de Bervilliers; per-tencente a uma das melhores famíliasda Lorena, dotado das melhores quali-dades e possuidor de immensa fortuna.A Sra. Marqueza de... apresentou osnoivos á Gòrlec continuou a protegel-osaté que imigrou para Goolèntz na comi-Uva dos príncipes.

« Minha mãe votava unia admiraçãoi fcenllmsiasta á hei Ia o graciosa rainha a

quem o sopro da desgraça aüingia já :e a Marqueza achava prazer em revelaresses sentimenlo&iivehemcntc-s á rainha.

k Reconhecida portão viva inclinação,quando tantos corações gelavam-se paraella, Maria Antonicla fez presente desseretraio a minha mãe.

« Essa presente tão caro quão funestodevia servir de pretexto para a perda deminha mãe.

« Mas a verdadeira causa foi sua bemconhecida dedicação e os ardentes votosque fez pela salvação da illustre capava.

« A coragem desta idolatrada mãe Ira-queou um momento, quando pensou oque seria de mim no futuro : entretanto,'com energia sobrenatural, venceu essafraqueza.

« — Meu Deus! exclamou ella. ajo-llundo-se c enlaçando-me com seus bra-cas:—meus Deus! é a Vós que eu aconfio...Sereis seu pae... sua mãe!Sim! eu vol-adeixo, eu vol-a dou, minhaidolatrada filha, minha única filha!Quem será contra ella se Vós fordes aseu favor? Quem lhe fará mal se a seufavor? Quem lhe fará mal se. a defender-des?Ob! Maria,consoladora dosafílictos,soecorro dos Christãos! Maria, uni-vos áminha supplica... Se é preciso, alcançaide Drus um miiagTÉ, para salvar minhafilhai

« Ella ergueu-se.« — Maria, disse-me; escuta-me Vm;

obedece a tua mãe, talvez pela ultimavez...

« A solemni lade de sua expressão eraimponente; conti ve minhas lagrimas eescutei.

(Continua).

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MOÇÕES EfcBEiiBMTARESDE SHPIRITIN.IBO

AbLAN-KARDKCi ,HI im;.» do

0 QKZ? É 0 SPIRITISMO

(Continuação)

IDENTIDADE DOS ESPÍRITOS

101. Suppmhamos que os Espiritossejam incapazes de ajuntar algumacousa ao que já sabemos, ou que pornós mesmos podemos saber, a deinons-tração da existência do inundo espiri-tual conduz forçosamente a uma revò-luçãó nas idéias; ora, uma revoluçãonas idéias não pode deixar de produziroutra na ordem das cousas.

E' a revolução que o .Spiritismoprepara.

102. Os Espíritos, porém, fazemmais que isso : se suas revelações sãorodeadas de certas diíficuldádes, seellas exigem minuciosas precauçõespara se lhes comprovar a exactidão;não é menos real que os Espiritos es-clarecidos, quando se sabe interrogai-os e quando lhes é permittido, podemrevelar-nos factos ignorados, dar-nosaexplicação do que não comprehen-diamos, e encaminhar-nos para umprogresso mais rápido.

lv misto, .sobretudo, que o estudocompleto è at tento da sciencia spiritaé indispensável, afim do só se lhepedir o que ella pode dar e do modopor que o pode fazer ; é passando esseslimites que nos expomos a ser enga-nados.

103. Ás menores caueas podem pro-duzir os maiores effeitos; é assim quede um gTãosinho brota uma arvoreimmensa, que a queda de ura fructofez descobrira lei que rege os mundos,que as rães saltando em uni pratorevelaram a potência galvanica, eque do phenomeno vulgar das mesasgirantes sahiu a prova da existênciado mundo invisível, e d'esta umadoutrina que, em alguns annos, temfeito a volta do mundo, e pode regene-ral-o pela só verificação da realidadeda vida futura.u 104. O Spiritismo ensina poucasou nenhumas verdades absolutamentenovas, em virtude do axioma — nadaha de novo sobre o Sol.

Só as verdades eternas são absolutas:as que o Spiritismo prega, sendo fun-dadas sobre as leis da natureza, exis-tiram de todo o tempo ; pelo que nósencontraremos, em todas as épocas,esses germens Jque um estudo mais

¦completo o mais attentas observaçõesconsegmiram desenvolver.

O Spiritismo não descobriu neminventou os Espiritos: como não des-cobriu o muudo espiritual, no qualse creu em todos os tempos ; somenteelle o prova por factos materiaes e oapresenta em sua verdadeira luz,desembaraça ndo-o dos prejuízos eidéias supresticiosas, filhos da duvida« da incredulidade.

Essas explicações, incompletas como«ão. nâo bastam para mostrar a baseem que assenta o Spiritismo, o cara-éter das manifestações e o grau deconfiança que devem inspiraiysegundoa* cireumstancias.

SOLUÇÃO DE ALGUNS PROBLEMASPELA DOLTRINA SPIRITA

PLUP.ALIDADH DOS MUNDOS

105. Os differentes mundos que cir-culam no espaço, terão habitantes comoa Terra ?

Todos os Espiritos affirmam-n'o, ea razão diz que assim o deve ser.

A. Terra nSo oecupando no universouma posição especial, nem por suacollocação, nem por seu volume, nadapode justificar seu privilegio exclu-sivo de ser habitada.

Além d'ís.so, Deus não pode tercreado milhares de globos, com o fimúnico de recrear nossas vistas, tantomais que o maior numero d'elles seacha fora de nosso alcance. (Liv. dosEspiritos, n. 55.— Revista spirita dePariz, 1858, pag. 65 : Pluralidadedos mundos, porFlammarion ).

106. St os mundos são povoados,serão seus habitantes, em tudo, seme-lhantes aos da terra ? Em uma palavra,poderiam elles vir viver entre nós, enós entre elles ?

A forma geral pode ser, mais oumenos, a mesma, mas o organismodeve ser adaptado ao meio em queelles têm de viver, como os peixes sãofeitos para viver na água o as ares noar.

Se o meio for difterehte, como tudoleva a cr.el-o .e como parece deinons-tral-o as observações astronômicas, aorgânisação deve ser differénte : nãoé, pois,, provável que, em seu estado"normal, elles possam mudar de mundocom os mesmos corpos.

Isto é confirmado por todos qó Es-pintos.

107. Admittíndo que esses mundossejam povoados, estarão namesma collo-cação que o nosso, sob ospontos de vistaintellectual e moral ?

Segundo os ensinos dos Espiritos,oj mundos se. acham em graus deavanço muito difierentes ; algunsestão no mesmo ponto que o nosso:outros são mais atrazados, smido suahumanidade da mais bruta, mais ma-terial e mais propensa ao mal.

Pelo contrario, outros são muitomais adiantados moral, intellectual ephysicamenie; n'elles o mal moral édesconhecido, as artes e as scienciâs*èm attingido um grau de perfeiçãoque foge á nossa apreciação; e aorgânisação physica, menos material,não está sujeita aos sotfrimentos, ásmoléstias, ás enfermidades ; ahi oshomens vivem em paz, sem buscar oprejuízo uns dos outros, isento dosdesgostos, cuidados, affliççõès e ne-cessidades. que os a.poguentam nalerra.

Ha, finalmente, outros ainda maisadiantados onde o envolocro corporal,quasi fluidico, se aproxima, cada vezmais da natureza dos anjos.

Na serie progressiva dos mundos, onosso nem oc.ctipa o primeiro nem oultimo lugar, mas é uni dos mais ma-terial isados e atrazados (Revista spirita,de Pariz, 1858, pags. 67, 108, 123.'—Idem, 18 i0, pags 318 e 320.— Amoral do Evangelho segundo o Spiri-ritismo, cap. Í1Í).

DA AT.MA

108. Qual a sede da alma ?

A alma não está, como geralmentese crê, lecalisada em nm ponto parti-c.ulár do corpo: ella forma com operispirito urn todo fluidico, penetra-vel, invadindo e assimilando-sè aocorpo inteiro, com o qual elle consti-tue um todo complexo, do qual amorte não é, de alguma sorte, maisque um desdobramento.

Podemos suppol-os como douscorpos semelhantes na forma, umencaixado no outro, confundidos du-rante a vida e separados depois damorte.

N'essa occasião um d'elles é des-tímido, ao passo que o outro persiste.

Durante a vida a alma obra maisespecialmente sobre os organs dopen-

samahtò e do sentimento. Ella é aomesmo tempo,, interna e externa, isto£, irradia para fora ; podendo mesmoisolar-se do corpo, transportar se aolonge e ahi manifestar sua presença,como o provam a observação e os phe-nomenqs somuambulicos.

¦'¦' i

109. Será aahna creuda ao mesmotempo que o corpo, on anteriormente aeste ?

.*.*•..."

' ¦ .Depois da e.visteucia da alma, é

esta uma das questães mais capitães,porque de sua solução demandam asmais importantes conseqüências; ellaé a única capaz de explicar um bandode problemas até hoje insolnveis, pornão terem recorrido a ella.

De duas cousas uma, ou a almaexistia ou não existia antes da forma-ção do corpo; não pode haver meiotermo.

Com a preexistência da alma tudose explica logicae naturalmente; semella, encontram-se tropeços a cadapasso, e mesmo, certos dogmas daIgreja ficam sem justificação, o quetem conduzido muitos homens, quepensam, á incredulidade

Os Espíritos resolveram a questãoaífirmativameiHe, e os foctos, como alógica, não podem deixar duvida arespeito.

Admitta-se, ao menos como hypo-the.se,a preexistência da alma, e ver-se-lva aplanar-se a maioria das difti-culdades.

110. Se a alma já existia, antes daformação do corpo tinha ella sua indi-vidualidade e a consciência de si ?

A falta de individualidade e deconsciência de si eqüivaleriam á nãoexistência.

111 Antes da sua união com o corpo,já tinha a alma feito algum progresso,ou estava estacionaria "

O progresso anterior da alma é, aomesmo tempo, demonstrado pela ob-servação dos factos e pelo ensino dosEspiritos.

112. Deus creou as almas iguaesmoral e intellectualmente, ou fel-asmais perfeitas e intelligentes umas queas outras ?

Se Deus as houvesse feito umasmais perfeitas que as outras, essapreferencia seria inconciliável com asua justiça;

Todos sendo suas creaturas, porque-teria elle dispensado nma, do trabalhoque impõe a outras para alcançarema felicidade eterna ?

A desigualdade das almas em suaorigem seria a negação da justiça deDeus.

113. Se as almas são creadas iguaes,como explica-se a diversidade de apti-does e predisposições naturaes que no-tamos nos homens na Terra ?

Essa diversidade ó a conseqüênciado progresso feito pela alma, antes desua união como corpo.

As almas mais adiantadas, em intel-ligencia e moralidade, são as quetêm vivido mais e mais progredidoantes de sua eucarnação.

114. Qual é o estado da alma emsua origem ?

As almas são creadas simples eignorantes, isto é sem sciencia e semconhecimento do bem e do mal, mascom uma igual aptidão para tudo. Noprincipio, ellas se encontram ém urnaespécie de infância, sem vontadeprópria e sem consciência perfeita desua existência.

Pouco a pouco o livre-arbitrio sedeseevolve. ao mesmo tempo que as

idéias. (Liv. dos Espiritos, ns. 114 eseguinte-

115. A alma fez esse progresso ante-rior no estado de alma propriamentedita, ou cm uma precedente existênciacorporal ?

Além do ensino dos Espíritos sobreesse ponto, o estudo dos difierentesgraus de adiantamento do homemsobrei Terra-, p,.ova qLie 0 gVôgi^èsspanterior da alma se deveu fazer emuma serie de existências corporaes.mais ou menos longa, segundo o graua que elle chegou ; a prova d'istoestá na observaçãaotos. factos,,,quediariamente estão so%%s nossos'oTÍiòs.(Liv. dos Espiritos, ns. 160 a 222.—Revista Spirita de Pariz, Abril 1862,pags. 97— 106).

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O HOMEM DUHANM-K A VIDA TERRENA

116. Como e em que momento se.opera a união da alma eom o corpo ?•., Desde a concepção, o Espirito, ainda•que';errante, está, por um cordão flui-dico, proso ao corpo com o qual setem dt! unir.

Este laço se estreita cada vez mais,á medida que o corpo se vai desen-volvendo.

Desde c^q momento; o Espiritosente uma perturbação, que crescesempre, até as proximidades do nasci-mento, em que ella se torna completa;então o Espirito perde a consciênciade si e não recobra suas idéias senãogradualmente, a partir do momentoem que a criança começa a respirar:a união então é completa e difinitiva.

(Continua).

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