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CUIDADOS COM O BEZERRO NEONATO MANEJO DO BEZERRO ZOOTECNIA Em Foco Paragominas-PA, Ano I, Edição n. 03, setembro/outubro de 2015 O BÚFALO NO MUNDO E NO BRASIL https://www.facebook.com/zootecnia JZ [email protected] ISSN: 2446-8398 p3 Embora tenham havido avanços tecnológicos na criação de bubalinos no Brasil, ainda há entraves para o aumento da produtividade e do potencial produtivo dos animais. p5 COMO ADQUIRIR E CONSERVAR A CARNE EM CASA IMPORTÂNCIA DA SUPLEMENTAÇÃO MINERAL PARA OS BOVINOS ENTREVISTA p4 ENTREVISTA COM A ZOOTECNISTA DRA KENIA FERREIRA RODRIGUES p6 CURIOSIDADES ESPAÇO NUTRIÇÃO ANIMAL p8 PROFESSOR DA UFRA DESENVOLVE PESQUISAS SOBRE A CADEIA PRODUTIVA DO LEITE E DA CARNE NO ESTADO DO PARÁ ESPAÇO AQUICULTURA p7 O CAMARÃO MARINHO NO INTERIOR? É POSSÍVEL, E PODE SER SUSTENTÁVEL? p9 ESPAÇO CADEIA DO LEITE p11 UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA - UFRA PRESENTE NA AGROPEC CONGRESSO REGIONAL ESPERA REUNIR OS 11 CURSOS DE ZOOTECNIA DA REGIÃO NORTE MANEJO SANITÁRIO p10 CUIDADOS ESPECIAIS DURANTE A ORDENHA p12 AÇÕES ACADÊMICAS CONGRESSOS E EVENTOS

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CUIDADOS COM O

BEZERRO NEONATO

MANEJO DO BEZERRO

ZOOTECNIAEm Foco

Paragominas-PA, Ano I, Edição n. 03, setembro/outubro de 2015

O BÚFALO NO MUNDO E NO BRASIL

https://www.facebook.com/zootecnia JZ [email protected]

ISSN: 2446-8398

p3Embora tenham havido avanços tecnológicos na criação de bubalinos no Brasil,ainda há entraves para o aumento da produtividade e do potencial produtivo dos animais.

p5

COMO ADQUIRIR ECONSERVAR A CARNE EMCASA

IMPORTÂNCIA DASUPLEMENTAÇÃO MINERALPARA OS BOVINOS

ENTREVISTA

p4

ENTREVISTA COM AZOOTECNISTA DRA KENIAFERREIRA RODRIGUES

p6

CURIOSIDADES ESPAÇO NUTRIÇÃO ANIMAL

p8

PROFESSOR DA UFRADESENVOLVE PESQUISASSOBRE A CADEIA PRODUTIVADO LEITE E DA CARNE NOESTADO DO PARÁ

ESPAÇO AQUICULTURA

p7

O CAMARÃO MARINHO NOINTERIOR? É POSSÍVEL, EPODE SER SUSTENTÁVEL?

p9

ESPAÇO CADEIA DO LEITE

p11

UNIVERSIDADE FEDERALRURAL DA AMAZÔNIA - UFRAPRESENTE NA AGROPEC

CONGRESSO REGIONALESPERA REUNIR OS 11CURSOS DE ZOOTECNIADA REGIÃO NORTE

MANEJO SANITÁRIO

p10

CUIDADOS ESPECIAISDURANTE A ORDENHA

p12

AÇÕES ACADÊMICAS CONGRESSOS E EVENTOS

Prezados leitores é com i m e n s o p r a z e r q u e divulgamos a terceira

edição do “Zootecnia em Foco” o qual surgiu da necessidade de difundir informações técnicas aos produtores rurais e divulgar ações ligadas a Zootecnia. Dessa forma, o presente informativo se torna um elo entre o grupo de estudos e a sociedade. Assim, procuramos selecionar temas de interesses correlatos a Produção Animal.

Nessa terceira edição, trazemos para os nossos leitores temas como “Entrevista com a zootecnista Dra. Kenia Ferreira Rodrigues”, “Como adquirir e conservar a carne em casa”, “Importância da suplementação mineral para os bovinos”, “O camarão marinho no interior? É possível, e pode ser sustentável?”, "Professor da UFRA desenvolve pesquisas sobre a cadeia produtiva do leite e da carne no Estado do Pará", "Cuidados com o bezerro neonato", "Cuidados especiais durante a ordenha", "Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA presente na AGROPEC", "Congresso Nacional espera reunir os 11 cursos de zootecnia da Região Norte".

TÉCNICAS DO CAMPOEDITORIAL

p2

grupo de pesquisa em andrologia,inseminação ar�ficial, sanidade emelhoramento gené�co de bovinose bubalinos

Zootecnia em FocoVolume 1, n.3, setembro/outubro de 2015

Realização:

Colaboração:

Editores:

Bruno C. Soares

Prof. MSc. UFRA/Paragominas

Natália da Silva e SilvaProfª Dra. UFRA/Paragominas

Núbia F. A. dos SantosProfª Dra. UFRA/Paragominas

Rinaldo B. VianaProf. Dr. UFRA/ Belém

Waldjânio O. MeloZootecnista, MSc. UFRA/Paragominas

Jane P. FelipeEngenheira Agrônoma

Everton S. Sousa

Acadêmico Curso Zootecnia UFRA/Paragominas

Janiele B. BarbosaAcadêmico Curso Zootecnia UFRA/Paragominas

Karolina B. MouraAcadêmico Curso Zootecnia UFRA/Paragominas

Marcelo C. MoraisAcadêmico Curso Zootecnia UFRA/Paragominas

Marcos Benedito C. ReisAcadêmico Curso Zootecnia UFRA/Paragominas

Ricardo Cézar Barros SantosAcadêmico Curso Zootecnia UFRA/Paragominass

Rômulo Henrique B. Holanda - Graduando em Zootecnia UFRA/Paragominas

Arte GráficaJane P.Felipe - Eng. Agrônoma

Contato:E-mail: [email protected]

End.: Rodovia PA 256, km 6, Nova Conquista - Paragominas-PA

Os búfalos pertencem ao gênero Bubalus, com uma única espécie (bubalis) dividida em três subespécies: bubalis, kerebau e

fulvus. A sub-espécie Bubalus bubalis bubalis (2n=50 cromossomos) é representada pelo búfalo indiano, abrangendo não somente os búfalos da Índia, mas também do Paquistão, China, Turquia e de países da Europa e América, inclusive aqueles provenientes da Itália. São mundialmente conhecidos como "River Buffalo" ou búfalo-do-rio. Os Bubalus bubalis kerebau ou carabao (2n=48 cromossomos) são encontrados no Ceilão, Indochina, Ilhas da Indonésia e Filipinas. Na Região Amazônica, recebiam no passado a denominação de Rosilho e são amplamente conhecidos como "swamp buffalo” ou "búfalo-do-pântano".

A população de búfalos no m u n d o a p r e s e n t o u u m c r e s c i m e n t o d e 2 5 , 2 0 % (39.012.124,00) nas duas últimas décadas, passando quase 155 milhões (1993) para um pouco mais de 193 milhões (2013) cabeças de animais. A Ásia detém a maior parte desse contingente populacional de bubalinos, (96,92%), seguida pela África (2,17%), América (0,69%), Europa (0,22%) e Oceania (0,00%). Dos rebanhos bubalinos das Américas, o Brasil possui cerca de 99,49% da população de búfalos com 1.332.284,00 animais (FAOSTAT, 2015).

A produção mundial de leite in natura em 2013 foi de 746.707.663 toneladas, sendo que deste total, 80.108.460 toneladas (10,72%) foram de leite de búfala. A distribuição por continentes da produção total de leite in natura no mundo assemelha-se à produção de leite de vaca. Todavia, o mesmo não ocorre com a produção do leite de búfala, sendo a América e a Europa ainda inexpressivas nesse mercado.

Embora tenham havido avanços tecnológicos na criação de bubalinos no Brasil com melhor gestão da sanidade dos rebanhos, incremento na nutrição e alimentação dos animais, melhoria e modernização nos processos de criação e adoção de biotécnicas aplicada à reprodução, ainda há entraves para o aumento da produtividade e do potencial produtivo dos animais. No Estado do Pará que detém o maior rebanho de animais do Brasil, muitas fazendas ainda adotam sistemas rudimentares de criação dos animais,

com baixa tecnificação e não adoção de técnicas mais modernas de manejo dos animais. A gestão da saúde ainda deixa a desejar, com ausência de medidas controle e profilaxia para a maioria das doenças. Em muitos lugares ainda impera, uma antiga prática, de que a rusticidade do animal, também o torna imune às enfermidades, o que não é verdadeiro.

É inegável a atuação da Associação Brasileira de Criadores de Búfalos (ABCB) que congrega hoje 80 associados de todo o território nacional e de suas regionais na tentativa de organizar a cadeia produtiva. Ações como a criação de um selo de pureza para a certificação de produtos lácteos feitos somente com leite de búfala é uma medida que precisa ser encorajada, pois valoriza o produto de melhor qualidade. Produtos como o “requeijão marajoara”

precisa ser reconhecido como produto de Indicação Geográfica P r o t e g i d a ( I G P ) o u d e n o m i n a ç ã o d e o r i g e m protegida (DOP), conforme legislação específica. Mas para tanto é necessário assegurar uma melhoria na manufatura do p r o d u t o , g a r a n t i n d o n ã o somente a pureza, no que tange ao uso exclusivo do leite de búfala na sua elaboração, como t ambém ó t ima ges t ão da sanidade dos animais e higiene no processamento do produto.

Existe um grande mercado a ser explorado, todavia isso perpassa por políticas públicas e ações da inciativa privada para a organização da cadeia produtiva: 1-Gestão da saúde dos animais (controle de doenças que interferem na p rodu t iv idade e segurança a l imen ta r dos consumidores); 2- Melhoria na alimentação dos animais; 3-Adoção de biotécnicas aplicadas à reprodução animal; 4-Incremento genético dos rebanhos; 5-Certificação das propriedades para agregar valor aos produtos diferenciados; 6-Definir cluster de produção de acordo com cada arranjo produtivo regional.

REFERÊNCIASFAOSTAT. Food and Agriculture Organization of the United Nations Statistics Division. Disponível em: <http://faostat3.fao.org/download/Q/QA/E> Acesso em 01 de setembro de 2015.

EM DESTAQUE

O BÚFALO NO MUNDO E NO BRASILRinaldo B. Viana & Waldjânio de Oliveira Melo

Gaia/ UFRA

p3Zootecnia em foco. Paragominas-PA, Ano I, Ed. III, setembro/outubro 2015

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Possu i mes t r ado em Z o o t e c n i a p e l a Universidade Federal de

Lavras (1994) e doutorado em Zootecnia pela Universidade Federal de Lavras (2006). Atualmente é professora adjunto IV da Universidade Federal do Tocantins. Tem e x p e r i ê n c i a n a á r e a d e Zootecnia, com ênfase em Produção Animal, atuando

principalmente nos seguintes temas: Agricultura familiar, aves, desempenho, alimentação alternativa.

�Zootecnia em foco: Como se deu a escolha da Zootecnia como Profissão ?Dra. Kênia Rodrigues: A escolha foi devido a área exigida no vestibular de biologia e química, pois eu não tinha vivência em fazenda, nasci em uma região mineradora e estava fazendo vestibular para medicina, após passar em Lavras para Zootecnia, no primeiro mês de curso vi que seria ali meu lugar e passei a me dedicar as ações dos C.A de Zootecnia e DCE na então ESAL, hoje UFLA. Tenho orgulho de ter me formado em uma das melhores Instituições da área de Ciências Agrárias do País.

Zootecnia em foco: Você se sente feliz e plenamente realizada com essa escolha?Dra. Kênia Rodrigues: Sim, me sinto realizada na minha vida profissional e muito feliz com a escolha, apesar de inicialmente não ter um conhecimento profundo sobre a Zootecnia, na Universidade pude perceber sua abrangência e as possibilidades de atuação futura que eu tinha.

Zootecnia em foco: Como você vê a atuação do Zootecnista na sociedade? Qual a importância desse profissional?Dra. Kênia Rodrigues: Nossa participação é importantíssima, somos cidadãos com uma formação muito abrangente, prestando serviços para uma produção animal sustentável, atendemos desde o pequeno produtor até o grande, e toda a cadeia do agronegócio é nossa área de atuação. Hoje o Zootecnista com seu trabalho de qualidade aprimora a produção animal levando alimento de qualidade e em quantidade para a população, respeitando a natureza, inovando para que tenhamos sustentabilidade na nossa produção.

Zootecnia em foco: Como zootecnista, você atua em qual área? Por que optou por essa área?Dra. Kênia Rodrigues: Eu sou professora de Avicultura. Esta opção foi pela maior facilidade de acesso ao mercado para mulheres na região sudeste. Logo depois do mestrado, escolhi a carreira docente e vim para o Tocantins em 1994, atuando sempre na área de avicultura alternativa, por ter uma grande demanda devido aos hábitos culturais da região norte do país.

Zootecnia em foco: Qual o cenário da avicultura da região norte do país?Dra. Kênia Rodrigues: A avicultura na região não tinha demanda, a vinte anos atrás, mas nos últimos dez anos este cenário se modificou e algumas integradoras de porte se instalaram na região. Hoje temos um abatedouro com capacidade de abate de 160 mil aves dias trabalhando abaixo de sua capacidade. A avicultura tem se expandido e deverá ser triplicado o número de aviários no norte e nordeste. O avanço da produção de grãos na fronteira do MATOPIBA será o grande celeiro de grãos a ser transformado em proteína animal em nossa região.

Zootecnia em foco: Qual a importância da atuação do zootecnista na Avicultura?Dra. Kênia Rodrigues: A cadeia da avicultura e o aumento do consumo de carne de frango é uma área excelente para o Zootecnista. Todo o desenvolvimento alcançado da área de melhoramento genético, nutrição, ambiência e bem estar animal tem o Zootecnista como um dos principais atores no apoio técnico, infelizmente as regulamentações federais não reconhecem isso não permitindo ao Zootecnista ser Responsável Tecnico - RT das granjas avícolas, mas esta é mais uma luta da categoria que acredito que venceremos pois a eficiência de nosso trabalho é sentida pelos produtores e eles demandaram novas regras para a continuidade do sucesso desta cadeia.

Zootecnia em foco: Quais são os maiores desafios para o desenvolvimento dessa atividade em nossa região?Dra. Kênia Rodrigues: Temos hoje como desafios a questão da cama de frango, matéria prima e cuidados na sua utilização após retirada do aviário; Trabalhos na área de ambiência, capacitação de mão de obra para atendimento a cadeia; Organização dos produtores e negociações adequadas entre Integradora e Integrado; A b e r t u r a d e n o v o s m e r c a d o s ; Biosseguridade na cadeia avícola.

ENTREVISTA

Karolina B. MouraGraduanda em Zootecnia UFRA/PARAGOMINAS

ENTREVISTA COM A ZOOTECNISTADra. KENIA FERREIRA RODRIGUES

Zootecnia em foco. Paragominas-PA, Ano I, Ed. III, setembro/outubro 2015

Acarne é um alimento rico em proteínas e com alto teor de água o que a torna suscep t íve l a con taminação por

microrganismos indesejáveis a exemplo da salmonela, podendo assim acometer a saúde humana caso não seja acondicionada adequadamente. Dessa forma, é fundamental adotar cuidados especiais na manipulação e armazenamento para garantir boas condições para o consumo e propriedades nutricionais. Esses cuidados devem ser adotados desde a criação dos animais até o consumo, no entanto, iremos destacar aqueles relacionados diretamente ao consumidor.

1-Critérios de compra: Deve adquirir carne de estabelecimentos idôneos, ou seja, que adotam práticas adequadas de higiene e conservação, além disso, o produto comercializado deverá conter o selo do serviço de inspeção sanitária municipal (SIM), estadual (SIE) ou federal (SIF) garantindo a procedência de animais sadios, deve estar fresca e em perfeitas condições, dentro do prazo de validade, coloração e cheiro normais. Evite comprar carne já moída ou fatiada, escolha um corte e peça que façam a moagem ou fatiamento a sua frente, pois, assim você terá a garantia que está apropriada para o consumo.

2-Manipulação em casa: Recomenda-se retirar a gordura em excesso e ossos se a carne estiver fresca e conserva-la em porções suficientes para o consumo previsto. Deve ser armazenada em recipientes limpos e hermeticamente (bem vedados), sem o suco que pode ser uma fonte de colonização de bactérias e em seguida conservar em geladeira ou freezer. Antes de manipular o alimento, deve lavar bem as mãos e utensílios (faca, tábua de corte dentre outros) para garantir que o meio não contamine a carne.

3-Refrigeração: A refrigeração é um meio utilizado para carnes que serão consumidas num prazo de aproximadamente um a três dias, ou seja, em até 72h após a compra (A temperatura deve ser inferior a 5º C).

4-Congelamento: O congelamento da carne garante maior tempo de armazenamento, podendo durar de 3 a 6 meses dependendo do tipo de corte. Deve ser rápido, para não provocar grandes alterações nas características nutricionais e preservação da maciez. Não é aconselhável lavar a carne antes de congelá-la. Evite congelar carnes temperadas, pois pode alterar o sabor.

5- Descongelamento: Deve ser gradativo sempre no interior do refrigerador. A uma temperatura ente 2 a 10˚C. Deverá permanecer na geladeira descongelando por no mínimo 12 horas, ou de um dia para o outro. Caso tenha que descongelar antes desse período utilize o microondas, evite fazer isso em temperatura ambiente ou por imersão em água pois pode contribuir para o crescimento bacteriano, aumento da quantidade de exsudato (suco da carne) bem como rancificação ou perda de nutrientes.

REFERÊNCIASSAI, S. Métodos de Conservação da Carne. Monografia (Especialização em Higiene e Inspeção de Produtos de Origem Animal e Vigilância Sanitária de Alimentos). Universidade Castelo Branco. São Carlos-SP, 2007. 39p.

SERVIÇO DE INFORMAÇÕES DA CARNE (SIC). C o n s e r v a ç ã o . D i s p o n í v e l e m : < http://www.sic.org.br/culinaria/conservacao> Acessado em 27 de agosto de 2015.

CURIOSIDADES

Marcelo C. MoraisGraduando em Zootecnia UFRA/PARAGOMINAS

COMO ADQUIRIR E CONSERVARA CARNE EM CASA?

Zootecnia em foco. Paragominas-PA, Ano I, Ed. III, setembro/outubro 2015

Fonte: br.freepik.com

TÉCNICAS DO CAMPOESPAÇO NUTRIÇÃO ANIMAL

Os minerais desempenham diversas funções importantes no organismo dos animais ligadas à constituição dos ossos,

músculos e outros; reprodução, produção de leite, saúde do animal dentre outras. Assim, o desequilíbrio (deficiência ou excesso) desses nutrientes na dieta dos bovinos provoca ações indesejáveis para a produção animal, a exemplo da perda de peso, diminuição da produção de leite, b a i x o s í n d i c e s reprodutivos e surgimento de doenças no rebanho culminando em prejuízos na atividade pecuária.

A m a i o r i a d a s pastagens tropicais é deficiente em minerais. As forrageiras raramente são capazes de fornecer t o d o s o s m i n e r a i s requeridos para esses animais em pastagens, principalmente em idade avançada, portanto, é fundamental fornecer sal mineral para todos os animais na fazenda.

Cada animal deverá receber uma formulação e s p e c í fi c a p a r a s u a ca tegor i a (beze r ros , novilhas, garrote, vacas, t o u r o s ) e e s t á d i o fisiológico (lactação, crescimento, reprodução, engorda dentre outras), pois, possuem exigências nutricionais diferentes. O produtor rural poderá adquirir a mistura mineral pronta ou fazê-la na fazenda misturando o núcleo mineral e o sal comum (sal branco) na proporção indicada pelo fabricante ou pelo zootecnista. Podem ser fornecidos no cocho saleiro ou misturados à ração em forma de dieta completa.

Apesar da importância no desempenho dos bovinos, infelizmente muitos produtores não fornecem sal mineral para os animais, às vezes fornecem apenas sal comum (sal branco) ou cometem outros erros como formulação errada para categoria e/ou estádio fisiológico, ausência de cocho (ad libitum), quantidade insuficiente, tamanho do cocho inadequado entre outros.

Dentre os sinais de deficiências de minerais que p o d e m s e r o b s e r v a d o s a c a m p o e s t ã o o comportamento de lamber o cocho, pelo e urina; osteofagia, baixa fertilidade, fraqueza generalizada, roer casca de árvore e consumir terra.

Em relação ao cocho é recomendado que seja coberto para evitar perdas do suplemento por causa

d a s c h u v a s , d e v e m possuírem 4 cm de espaço linear por animal para mistura mineral ou 20 cm linear por animal no caso d e f o r n e c i m e n t o d e mistura múltipla (mineral c o m u r é i a e / o u concentrado). A altura em relação ao solo deverá ser de 50 cm para vacas de cria, para que os bezerros t e n h a m a c e s s o a o suplemento, 60 a 70 para recria e 100 cm para engorda. A profundidade de 20 - 30 cm, a largura superior de 40 - 50 cm e inferior de 30 - 40 cm.

IMPORTÂNCIA DA SUPLEMENTAÇÃOMINERAL PARA OS BOVINOS

Waldjânio O. MeloZootecnista MSc. UFRA/PARAGOMINAS

Zootecnia em foco. Paragominas-PA, Ano I, Ed. III, setembro/outubro 2015

Foto: Waldjanio O. Melo, 2009.

TÉCNICAS DO CAMPOESPAÇO AQUICULTURA

O Litopenaeus vannamei, é a espécie de camarão que alavanca os cultivos comerciais, de excelente qualidade de

carne. Suas características produtivas permitem sua produção em lugares variados desde a região litorânea até em mananciais sem efeito da maré e em água doce, respeitando a qualidade iônica da água.

A criação desses animais em ambientes de água doce, vem sendo realizada por tempos no mundo, no nordeste e em outras partes do Brasil. Atualmente esse tipo de criação está sendo desenvolvida pela UFMG, em Belo horizonte, gerando pesquisas com este crustáceo em sistema fechado de cultivo, produzindo esta iguaria longe de polos produtivos para desenvolver a interiorização da atividade, incentivando o reuso da água, que é o bem mais importante para todas outras atividades aquícolas.

O sistema empregado chamado de produção em b i o fl o c o s t e m c o m o princípio, a aplicação dos conceitos de biosseguridade, minimizando a ocorrência de doenças de grande impacto na produção, promovendo um ambiente favorável ao d e s e n v o l v i m e n t o d e microorganismos capazes de manter a água com qualidade aceitável para a intensificação do cultivo em densidades de 100 a 700 camarões por metro quadrado.

As instalações são impermeabilizadas, sendo feitas até em caixas d`água e/ou grandes tanques como os raceways, estruturas cobertas como estufas e desenhadas para trabalhar com a mesma água, repondo o evaporado e mantendo altos índices de produtividade com pouca água no sistema. Logo, na produção em bioflocos, o manejo dos sólidos na coluna de água com a clarificação é fundamental, pelo excesso de material inserido no sistema, e a avaliação dos sólidos é feita por meio do cone de imhoff, que pode indicar a necessidade de, junto com diversos outros parâmetros da água, de realizar a clarificação do sistema e redução do floco presente.

A oxigenação e movimentação da água do fundo são realizadas permanentemente para a não sedimentação dos sólidos suspensos na água, mantendo todo ambiente propício para os animais em produção, sem áreas com baixa oxigenação ou com

grande quantidade de resíduo sedimentado e não reduzido em formas menos tóxicas. Os flocos bacterianos ainda podem servir de alimento, ao agregar carapaças das ecdises, algas, restos de alimentos, animais mortos, e fezes com nutrientes não digeridos reduzindo assim o uso excessivo de ração. E para isto é necessário efetuar na rotina correções com produtos calcários quando o pH estiver entre 7,2 a 7,5 para elevar a alcalinidade e a manutenção da qualidade da água bem tamponada, dos bioflocos e dos animais.

Avaliando diversos parâmetros de qualidade da água e o crescimento dos animais em biometrias periódicas, e estimando a quantidade de nitrogênio (N) inserido via ração, deve-se sempre observar a relação

C:N do sistema, adicionando produtos com fon te de carbono (C) para manter essa r e l a ç ã o a p r o p r i a d a a o c r e s c i m e n t o d a fl o r a b a c t e r i a n a b e n é fi c a a o sistema produtivo, que é em geral acima de 15:1, e assim e l i m i n a r c o m p o s t o s indesejáveis do sistema e/ou c o n v e r t e r e m p r o d u t o camarão devido ao valor nutricional do biofloco.

Embora esse sistema de criação com bioflocos seja uma tecnologia promissora e

venha ganhando maior atenção dentre os demais sistemas produtivos, é necessário saber que a mesma demanda de conhecimento técnico específico e maior investimento tecnológico e acompanhamento, mas quando executada em condições adequadas e em locais com mercado ávido, é possível obter retorno financeiro e sucesso na produção.

REFERÊNCIASSCHVEITZER, R.; ANDREATTA, E. R.; DE SOUZA, J.; ARANTES, R.; SEIFFERT, W, Q. 2002. O cultivo com bioflocos: Engorda e formação de matrizes de Litopenaeus vannamei. Panorama da Aquicultura, n.107, mai/jun. Rio de Janeiro, 2008.

EMERENCIANO, M. G. C.; WASIELESKY, W. Tecnologia de Bioflocos ganha adeptos e chama a atenção nos diferentes continentes. Panorama da Aquicultura, n.115, Set/out. Rio de Janeiro, 2009.

Leonardo V. PereiraProfessor MSc. UFRA/PARAUAPEBAS

O CAMARÃO MARINHO NO INTERIOR? ÉPOSSÍVEL, E PODE SER SUSTENTÁVEL?

p7Zootecnia em foco. Paragominas-PA, Ano I, Ed. III, setembro/outubro 2015

Foto: Leonardo V. Pereira, 2015.

TÉCNICAS DO CAMPOESPAÇO CADEIA DO LEITE

Everton S. SousaGraduando em Zootecnia UFRA/PARAGOMINAS

Possui graduação em Medicina Veterinária – Faculdade de Medicina

Veterinária – UFPA/ Campus Castanhal (2008)Mestre em Ciência Animal – UFPA/ Embrapa Amazônia Oriental/ UFRA (2011) – Área de Concentração: Produção AnimalDoutorando em Ciênc ia Animal - UFPA/ Embrapa

Amazônia Oriental/ UFRA – Área de Concentração: Gestão de Sistemas Produtivos e Produção Animal.

�Zootecnia em foco: O que é a cadeia produtiva do leite?Prof. MSc. Bruno Soares: A cadeia produtiva do leite é composta de quatro categorias: FORNECEDORES, os quais fornecem insumos, máquinas e equipamentos aos produtores (Produtos veterinários, Nutrição, Ordenhadeira, Refrigeração, Tratores, entre outros...); PRODUTORES RURAIS, que podem ser divididos em especializados (Alta tecnologia e Melhoramento Genético) e não especializados (baixa tecnologia e Rebanho de Corte e/ou Dupla Aptidão); INDÚSTRIA, a qual influencia significativamente na cadeia (Laticínios), já que tem o papel de coletar o produto junto aos produtores e ao mesmo tempo distribuí-los aos VAREJISTAS, SUPERMERCADOS E PADARIAS, os quais são considerados o quarto e último elo na categoria deste sistema agroindustrial.

Zootecnia em foco: Quais são os principais estudos conduzidos pelo senhor?Prof. MSc. Bruno Soares: Nossas atividades estão direcionadas ao estudo das cadeias produtivas. Estamos com projeto em andamento que a avalia a cadeia produtiva do leite nas Mesorregiões Nordeste Paraense e Sudeste Paraense. E em Paragominas, estamos iniciando estudo da cadeia produtiva da carne, onde em primeiro momento fizemos um diagnóstico para traçar o perfil do consumidor de carne do município e a partir deste ponto estudaremos os outros elos da cadeia.

Zootecnia em foco: Qual a importância desses estudos para a nossa região?Prof. MSc. Bruno Soares: O estudo de cadeias

produtivas permiti uma ampla visualização do processo produtivo, vem a ser uma importante ferramenta de análise das atividades agropecuárias, embasando o desenvolvimento de políticas e estratégias públicas e privadas, que contribuam ao melhor desempenho do setor Agroindustrial.

Zootecnia em foco: Em sua concepção, o que favorece a consolidação da cadeia produtiva leiteira a nível regional e estadual?Prof. MSc. Bruno Soares: A forte inserção em mercados via ampliação do número de laticínios, a possibilidade de ser desenvolvida em sistemas pecuários de aptidão mista (carne e leite), a capacidade de gerar produção e renda de modo relativamente cont ínuo ao longo do ano, adic ionados à disponibilidade de recursos para financiamento.

Zootecnia em foco: Quais são os principais entraves enfrentados na cadeia produtiva do leite?Prof. MSc. Bruno Soares: Os principais entraves estão associados a falta de mão de obra especializada, ao baixo nível de adoção de tecnologias de manejo de pastagens, sanitário e reprodutivo; baixa utilização de insumos, além da burocracia enfrentada pelas indústrias para inserir seus produtos no mercado.

Zootecnia em foco: Quais são os principais entraves enfrentados na cadeia produtiva do leite?Prof. MSc. Bruno Soares: Alguns pontos devem ser considerados:1 - Deveria existir um esforço conjunto das indústrias de laticínios e instituições (públicas e/ou privadas) para a qualificação e desenvolvimento da mão de obra para atuar diretamente na atividade leiteira, e fortalecer as políticas de fixação do produtor no campo.2 - Melhorar urgente a infraestrutura da zona rural, responsabilidade intransferível do poder público, que dificulta à viabilização dos necessários ganhos logísticos e de qualidade. 4 - As indústrias precisam ser criteriosas quando o assunto é coleta e qualidade do leite. 5 – O setor precisa ter representatividade regional, cuja ausência dificulta o desenvolvimento da cadeia produtiva e melhorias estratégicas.

PROFESSOR DA UFRA DESENVOLVEPESQUISAS SOBRE A CADEIA PRODUTIVADO LEITE E DA CARNE NO ESTADO DO PARÁ

Zootecnia em foco. Paragominas-PA, Ano I, Ed. III, setembro/outubro 2015

MANEJO DO BEZERRO

Nas primeiras semanas de vida, os Nbezerros necessitam de maiores cuidados e proteção, devido a sua elevada

susceptibilidade às infecções. O manejo desses animais deve ser orientado, com a finalidade de se manter bom estado nutricional e profilaxia de todas as doenças de ocorrência comum no rebanho. A adoção de cuidados básicos poderá contribuir para a redução da morbidade, da mortalidade e do uso de medicamentos. Dessa forma, para deixar o produtor rural mais informado, o Informativo Zootecnia em Foco listou abaixo os principais cuidados a serem adotados nessa fase.

1-Colostragem Logo após o nascimento, é fundamental fornecer

o colostro (primeira secreção da glândula mamária) para o bezerro, pois é rico em nutrientes essenciais n e s t e m o m e n t o d e v i d a , a l é m d e c o n t e r imunoglobulinas (anticorpos) necessários para o organismo do animal adquirir resistência às doenças do recém-nascido e neonatais. A colostragem, fornecimento do colostro, deve ser feita até as primeiras 6 horas de vida do bezerro, na quantidade de 2 a 3 litros. Quando se utilizar colostro congelado oriundo de bancos de colostro, o descongelamento deve iniciar sempre do frasco mais antigo ainda dentro da validade e deve ser feito em banho-maria com água a 45-50ºC, não devendo ultrapassar a temperatura de 50ºC para evitar perda dos anticorpos por desnaturação térmica. O colostro deve ser fornecido ao bezerro a uma temperatura de 38 °C .

2-Limpeza do neonato Após o nascimento devem-se limpar as mucosas

do nariz e da boca, de modo a remover as secreções que possam prejudicar a respi ração. Este procedimento deve ser feito pela vaca, ou por um vaqueiro, caso o bezerro seja separado da vaca logo após o nascimento.

3- Higiene do ambienteOs bezerros nascem com a resistência às doenças

muito baixa, pois a placenta da vaca não permite a passagem de anticorpos para o feto. Portanto, é preciso que o ambiente seja um local limpo, seco e bem ventilado, reduzindo assim o desafio. Mamadeiras e demais utensílios para aleitamento dos bezerros necessitam ser cuidadosa e rotineiramente higienizados.

4-Cura de umbigo

Logo após a colostragem deve-ser realizar a antissepsia do cordão umbilical. Para esse fim, deve ser usada solução alcoólica de iodo, submergindo a parte externa do cordão umbilical na solucão por pelo menos 40 segundos. Essa operação deve ser repetida duas vezes ao dia, até sua completa mumificação. Geralmente isso ocorre entre três a cindo dias de vida, caso não haja complicacões e queda. Esse procedimento s imples impede a entrada e multiplicação de microrganismos patogênicos responsáveis por uma doença muito comum em bezerros: a onfalite e suas complicações, comumente referida como “inflamação do umbigo” ou caruara.

REFERÊNCIAS

SPADETTO, R.M.; TAVELA, A.O. Importância do manejo dos neonatos para um aumento do número de bezerros desmamados. Revista Cientifica Eletrônica de Medicina Veterinária. v.11, n.21, 2013.

SILVA, A.C.S.; ESPIRITO SANTO, C.T.; GÓES, D.C.C.; SILVA, G.S.F.; REZENDE, M.L.; VIANA, R.B. Cuidados com o bezerro neonato. Publicação PETVet, Ano 1, n. 3, 2014.

CUIDADOS COM O BEZERRO NEONATO

Janiele B. BarbosaGraduanda em Zootecnia UFRA/PARAGOMINAS

p9Zootecnia em foco. Paragominas-PA, Ano I, Ed. III, setembro/outubro 2015

Foto: Karolina B. Moura, 2015.

TÉCNICAS DO CAMPOMANEJO SANITÁRIO

CUIDADOS ESPECIAIS DURANTE A ORDENHA

Para obtenção de um leite saudável e de boa qualidade é necessário que as vacas e os ordenhadores estejam em boas condições

de saúde. Na fase de lactação, deve-se ter atenção especial com a mastite, doença que causa grandes prejuízos para a atividade leiteira. Conforme o tipo de microrganismo causador da mastite, ela pode ser classificada em: mastite contagiosa, causada por microrganismos que estão presentes no úbere e são t ransmit idos pe las mãos do ordenhador e equipamentos de ordenha e mastite ambiental, causada por microrganismos presentes no ambiente (solo, camas, material vegetal, pisos dos currais, etc.), ocorrendo com maior frequência em períodos quentes e úmidos. Quanto ao diagnóstico, a mastite pode ser classificada em mastite clínica, a qual é mais fácil de ser percebida; a vaca fica com a glândula inflamada (com aumento de volume, avermelhado e quente) e o leite com grumos, pus ou sangue. Para melhor controle deste tipo de mastite deve-se fazer o teste da caneca de fundo preto no início da ordenha, diariamente. A m a s t i t e a s s i n t o m á t i c a (subclínica), é mais difícil de ser percebida, pois a vaca não apresenta sinais clínicos claros do problema, a não ser, pequena queda na produção d e l e i t e . A m a s t i t e assintomática pode ser detectada pelos testes de contagem de células somáticas no leite (CCS) ou pelo Califórnia Mastite Teste (CMT) (ROSA et al., 2009).

A adoção de procedimentos básicos de higiene é fundamental para evitar a mastite, por isso, os ordenhadores devem ter especial atenção com sua higiene pessoal: sempre lavar as mãos ao manejar os animais, manter cabelos e unhas cortadas e usar roupas, aventais e botas limpos. Tudo isto contribui para melhoria da saúde das vacas e a qualidade do leite.

De acordo com ROSA et al. (2009), os passos importantes para a realização de uma ordenha de forma adequada são: checar se o local de ordenha está preparado para receber as vacas; realizar as ordenhas sempre nos mesmos horários; conduzir as vacas para o local de ordenha com calma, sem bater nos animais; respeitar a formação da linha de ordenha; Se necessário, peiar as vacas mais agitadas; Ter mais cuidado com novilhas recém-paridas e vacas mais reativas; lavar os tetos com água corrente somente

quando estiverem sujos, não molhar toda a teta, se não for estritamente necessário; Fazer o teste da caneca de fundo preto para o diagnóstico de mastite clínica, checar teto por teto; Se o teste der negativo continuar a ordenha, ser positivo, transferir a vaca para a última bateria, deve-se ter em mente que a ordenha inicia-se sempre pelas vacas sem mastite; aquelas sabidamente positivas para a doença devem ser ordenhadas no final da ordenha; Faça o pré-dipping e aguardar 30 segundos para secar os tetos; secar os tetos um a um, utilizar papel toalha descartável; acoplar as teteiras e ajustar para evitar entrada de ar. Na ordenha mecânica, desligar o vácuo após cessar o fluxo de leite e remover as teteiras; Realizar a antissepsia dos tetos (pós-dipping); na ordenha com bezerro ao pé, deixe-o junto com a mãe por pelo menos 20 minutos após a ordenha e fazer o pós-dipping após a apartação; liberar as vacas

d a s a l a d e o r d e n h a ca lmamente ; rea l iza r a limpeza das instalações e dos equipamentos imediatamente após a ordenha; para a lavagem e desinfecção de equipamentos de ordenha mecanizada seguir sempre as instruções do fabricante. Já na ordenha manual, os baldes e os utensílios deverão ser lavados com água corrente e d e t e r g e n t e , d e i x a r a s instalações e equipamentos e materiais preparados para o

início da próxima; as aplicações de medicamentos e outros tratamentos, não devem ser feitos na sala de ordenha; definir um local adequado para esses tratamentos, com boas condições de segurança para os animais e para os responsáveis pelo trabalho; fornecer alimento para as vacas logo após elas saírem da sala de ordenha.

REFERÊNCIASROSA, M. S.; COSTA, M. J. R. P.; SANT ANNA, A, C,; MADUREIRA, A. P.; Boas práticas de manejo - ordenha. Fundação de apoio a pesquisa, ensino e extensão(FUNEP), Jabuticabal, São Paulo, Brasil, 2009.

Marcos Benedito C. ReisGraduando em Zootecnia UFRA/PARAGOMINAS

Foto: Ecilene Silva de Souza, 2013.

Zootecnia em foco. Paragominas-PA, Ano I, Ed. III, setembro/outubro 2015

AÇÕES ACADÊMICAS

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DAAMAZÔNIA - UFRA PRESENTE NA AGROPEC

Rômulo Henrique B. HolandaGraduando em Zootecnia UFRA/PARAGOMINAS

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49ª Feira Agropecuária de Paragominas conhecida também como AGROPEC aconteceu entre os dias A08 a 16 de agosto de 2015 e contou com diversas atrações artísticas, proporcionando desta forma laser à população paragominense, além de reunir produtores e expositores, com intuito de fazer negócios e

fechar parcerias. O evento contou com a participação dos discentes e docentes da UFRA Campus Paragominas. Durante a feira

aconteceu a 3º edição do Torneio Leiteiro, este por sua vez reuniu especialmente produtores de leite da região. Atraídos pelas ótimas premiações e pela oportunidade de interação, os produtores trouxeram seus melhores animais, o que tornou o evento ainda mais disputado e prestigiado, e os alunos do curso de Zootecnia em um total de 15 participantes, atuaram diretamente no torneio como fiscais de ordenha e na organização do evento, o qual aconteceu no período de 08 a 10 de agosto.

Figura: (A) Torneio leiteiro, (B) Stand da UFRA Paragominas

Na feira, a UFRA contou com um espaço onde os discentes promoveram atividades, expuseram trabalhos e

pesquisas desenvolvidas no Campus sistema de irrigação, estação total meteorológica, caixa entomológica , como(coleção de insetos) e animais taxidermisados (empalhados) como onça pintada e catitu, chama atenção dos ndo avisitantes inclusive crianças de escolas públicas do município. Para apresentação no stand contaram com a presença dos alunos dos cursos de Eng. Agronômica, Eng. Florestal e Zootecnia coordenados pela Diretora Profª. Drª. Izabelle Andrade juntamente com outros professores.

A AGROPEC contou também com a visita dos alunos da UFRA ampus Capanema, acompanhados pelo Prof . C ºDr. Ebson Cândido, que vieram prestigiar o evento e assistiram palestras assim como julgamento de bovinos sendo instruídos pelos juízes critérios adotados nestas modalidades.sobre os

Desta forma, a Feira Agropecuária de Paragominas se torna um referencial para os negócios e diversão no estado. Para os alunos das áreas de Ciências grárias é uma ótima oportunidade de aprendizagem e interação nos Aseus respectivos cursos.

Zootecnia em foco. Paragominas-PA, Ano I, Ed. III, setembro/outubro 2015

Foto: Rômulo Bezerra e Waldjânio Melo (2015).

CONGRESSOS E EVENTOS

lunos da Universidade Federal Rural da AA m a z ô n i a - U F R A - C a m p u s Paragominas-PA, participarão do II

Congresso de Zootecnia na Amazônia em Araguaína-TO.

O grupo de alunos desenvolveu trabalhos sob orientação do Zootecnista Waldjânio Melo, e dos professores Bruno Cabral e Natalia Silva, dos quais foram aprovados com êxito: “perfil socioeconômico dos criadores de animais pets do município de Paragominas-PA” será apresentado por Everton Sousa

e Sousa; “Ocorrência de brucelose bovina e humana em um assentamento de reforma agraria localizado no município de Paragominas, Pará” será apresentado por Héllen Krislen Sousa Lima; “Perfil dos alunos ingressantes no curso de zootecnia no município de Paragominas” será apresentado por Karolina Barbas Moura; “Manejo sanitário da pecuária leiteira no mun ic íp io de Rondon do Pa rá” e “Pe rfi l socioeconômico dos produtores de leite no município de Rondon do Pará, mesorregião sudeste Paraense” será apresentado por Layla Brenda Pezzin Contarini; “caracterização do manejo reprodutivo de animais pets em Paragominas-PA” por Marcos Benedito Castro dos Reis; “Caracterização nutricional de animais pet no município de Paragominas-PA” por Paulo Lima Simplicio; “Percepção do uso de animais pet em terapia no município de Paragominas-PA” por Rafael Aquino de Oliveira; “Caracterização do manejo sanitário na criação de animais pet no município de Paragominas- PA” por Ricardo Cézar Barros Santos; e “Caracterização do mercado pet em Paragominas-PA” que será apresentado por Romulo Henrique Bezerra.

CONGRESSO REGIONAL ESPERA REUNIROS 11 CURSOS DE ZOOTECNIA DA REGIÃONORTE Ricardo César Barros Santos

Graduando em Zootecnia UFRA/PARAGOMINAS

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X JORNADA NESPRO E II SIMPÓSIO INTERNACIONAL SOBRE SISTEMA DE PRODUÇÃO DE BOVINOS DE CORTE

BEEFEXPO 2015 - FEIRA EXCLUSIVA DE BOVINOCULTURA

+ de 5.000 participantes.+ de 2.500 pecuaristas.+ de 40 palestrantes, analistas e técnicos nacionais e internacionais.+ de 25 empresas expositoras.Dias 21 e 22 de outubro de 2015Hotel Recanto CataratasFoz do iguaçu | Paraná | Brasil

Zootecnia em foco. Paragominas-PA, Ano I, Ed. III, setembro/outubro 2015