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Documentos ocumentos ocumentos ocumentos ocumentos 259 259 259 259 259 Pelotas, RS 2009 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Centro de Pesquisa Agropecuária de Clima Temperado Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Zoneamento Zoneamento Zoneamento Zoneamento Zoneamento Agroclimático para Agroclimático para Agroclimático para Agroclimático para Agroclimático para Oli Oli Oli Oli Oliveira no Estado do Rio veira no Estado do Rio veira no Estado do Rio veira no Estado do Rio veira no Estado do Rio Grande do Sul Grande do Sul Grande do Sul Grande do Sul Grande do Sul Marcos Silveira Wrege Enilton Fick Coutinho Silvio Steinmetz Carlos Reisser Júnior Ivan Rodrigues de Almeida Ronaldo Matzenauer Bernadete Radin Autores Autores Autores Autores Autores ISSN 1806-9193 Maio, 2009

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DDDDDocumentos ocumentos ocumentos ocumentos ocumentos 259259259259259

Pelotas, RS2009

Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuáriaCentro de Pesquisa Agropecuária de Clima TemperadoMinistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

ZoneamentoZoneamentoZoneamentoZoneamentoZoneamentoAgroclimático paraAgroclimático paraAgroclimático paraAgroclimático paraAgroclimático paraOliOliOliOliOliveira no Estado do Rioveira no Estado do Rioveira no Estado do Rioveira no Estado do Rioveira no Estado do RioGrande do SulGrande do SulGrande do SulGrande do SulGrande do Sul

Marcos Silveira WregeEnilton Fick CoutinhoSilvio SteinmetzCarlos Reisser JúniorIvan Rodrigues de AlmeidaRonaldo MatzenauerBernadete Radin

AutoresAutoresAutoresAutoresAutores

ISSN 1806-9193

Maio, 2009

Zoneamento agroclimático para oliveira no Estado do Rio Grande do Sul / Marcos Silveira Wrege ... [et al.]. -- Pelotas: Embrapa Clima Temperado, 2009. 24 p. -- (Embrapa Clima Temperado. Documentos, 259).

ISSN 1516-8840

Azeitona – Olea europaea - Região Sul - Brasil. I. Wrege, Marco Silveira.II. Série.

CDD 634.63

Exemplares desta publicação podem ser adquiridos na:

Embrapa Clima Embrapa Clima Embrapa Clima Embrapa Clima Embrapa Clima TTTTTemperadoemperadoemperadoemperadoemperadoEndereço: BR 392 Km 78Caixa Postal 403, CEP 96001-970 - Pelotas, RSFone: (53) 3275-8199Fax: (53) 3275-8219 - 3275-8221Home page: www.cpact.embrapa.brE-mail: [email protected]

Comitê de PComitê de PComitê de PComitê de PComitê de Publicações da Unidadeublicações da Unidadeublicações da Unidadeublicações da Unidadeublicações da Unidade

PPPPPresidente:residente:residente:residente:residente: Ariano Martins de Magalhães JúniorSecretária-Executiva: Joseane Mary Lopes GarciaMembros:Membros:Membros:Membros:Membros: José Carlos Leite Reis, Ana Paula Schneid Afonso, GiovaniTheisen, Luis Antônio Suita de Castro, Flávio Luiz Carpena Carvalho,Christiane Rodrigues Congro Bertoldi e Regina das Graças Vasconcelos dosSantos

Suplentes:Suplentes:Suplentes:Suplentes:Suplentes: Márcia Vizzotto e Beatriz Marti Emygdio

Normalização bibliográfica: Regina das Graças Vasconcelos dos SantosEditoração eletrônica: Oscar CastroArte da capa: Oscar Castro

11111aaaaa edição edição edição edição edição1a impressão (2009): 100 exemplares

TTTTTodos os direitos reservadosodos os direitos reservadosodos os direitos reservadosodos os direitos reservadosodos os direitos reservadosA reprodução não-autorizada desta publicação, no todo ou em parte,constitui violação dos direitos autorais (Lei no 9.610).

AutorAutorAutorAutorAutor

Marcos Silveira Marcos Silveira Marcos Silveira Marcos Silveira Marcos Silveira WWWWWregeregeregeregeregeEng. Agrôn., Dr. AgronomiaEmbrapa Florestas, Colombo, PR([email protected])

Enilton FicEnilton FicEnilton FicEnilton FicEnilton Fick Coutinhok Coutinhok Coutinhok Coutinhok CoutinhoEng. Agrôn., Dr. em Agronomia Embrapa ClimaTemperado, Pelotas, RS([email protected])

Silvio SteinmetzSilvio SteinmetzSilvio SteinmetzSilvio SteinmetzSilvio SteinmetzEng. Agrôn., Dr. em AgronomiaEmbrapa Clima Temperado, Pelotas, RS([email protected])

Carlos RCarlos RCarlos RCarlos RCarlos Reisser Júnioreisser Júnioreisser Júnioreisser Júnioreisser JúniorEng. Agríc., Dr. em FitotecniaEmbrapa Clima Temperado, Pelotas, RS([email protected])

Ivan RIvan RIvan RIvan RIvan Rodrigues de odrigues de odrigues de odrigues de odrigues de AlmeidaAlmeidaAlmeidaAlmeidaAlmeidaGeógrafo, Dr. em Geografia(Climatologia Geográfica)Embrapa Clima Temperado, Pelotas, RS([email protected])

RRRRRonaldo Matzonaldo Matzonaldo Matzonaldo Matzonaldo MatzenauerenauerenauerenauerenauerEng. Agrôn., Dr. em Fitotecnia(Agrometeorologia)Pesquisador da Fepagro, Porto Alegre, RS([email protected])

Bernadete RBernadete RBernadete RBernadete RBernadete RadinadinadinadinadinEng. Agrôn., Dr. em Fitotecnia(Agrometeorologia)Pesquisador da Fepagro, Porto Alegre, RS([email protected])

ApresentaçãoApresentaçãoApresentaçãoApresentaçãoApresentação

Nos últimos anos, no Rio Grande do Sul, é crescente o númerode agricultores interessados em plantar comercialmenteoliveiras, sendo a pergunta mais comum: “Qual a melhorregião para o plantio?”

A Embrapa Clima Temperado, através do projeto “Introdução edesempenho agronômico de cultivares de oliveira no RioGrande do Sul e em Santa Catarina”, têm realizado intensivasatividades de pesquisa para responder a esta e a outrosquestionamentos.

Aspectos relacionados ao clima, tais como: temperatura(mínima, média e máxima), pluviometria, umidade relativa doar e ocorrência de geadas, são determinantes na escolha dasregiões com maior aptidão à cultura da oliveira, uma vez queinfluenciam diretamente no florescimento, polinização, fixaçãodos frutos (fruit set), época de maturação dos frutos e naqualidade da azeitona de mesa e do azeite.

Por meio desta publicação, são oferecidas aos agricultores edemais interessados, informações sobre as regiõesrecomendadas, recomendadas com restrições e nãorecomendadas para o cultivo da oliveira no Rio Grande do Sul.

Chefe-GeralEmbrapa Clima Temperado

Waldyr Stumpf Junior

Assim, a Embrapa Clima Temperado, juntamente com aFepagro e Emater-RS, pretendem contribuir para que aolivicultura gaúcha se desenvolva com sustentabilidadeeconômica, social e ambiental.

Sumário

Zoneamento Zoneamento Zoneamento Zoneamento Zoneamento Agroclimático para OliAgroclimático para OliAgroclimático para OliAgroclimático para OliAgroclimático para Oliveira no Estadoveira no Estadoveira no Estadoveira no Estadoveira no Estadodo Rio Grande do Sul do Rio Grande do Sul do Rio Grande do Sul do Rio Grande do Sul do Rio Grande do Sul ......................................................

11111. Introdução . Introdução . Introdução . Introdução . Introdução .....................................................................

1.1. A cultura da oliveira no mundo e no Brasil .........

1.2. Clima .......................................................................

1.2.1. Temperatura para a oliveira ................................

1.2.2. Índice pluviométrico para a oliveira ..................

1.2.3. Umidade relativa para a oliveira .......................

2. Metodologia 2. Metodologia 2. Metodologia 2. Metodologia 2. Metodologia ..................................................................

22222.1. Estações meteorológicas ......................................

2.2. Ciclo ........................................................................

2.3. Cálculo de riscos ....................................................

2.4. Mapeamento ..........................................................

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3. Zoneamento agroclimático da oli3. Zoneamento agroclimático da oli3. Zoneamento agroclimático da oli3. Zoneamento agroclimático da oli3. Zoneamento agroclimático da oliveira para oveira para oveira para oveira para oveira para oEstado do Rio Grande do Sul Estado do Rio Grande do Sul Estado do Rio Grande do Sul Estado do Rio Grande do Sul Estado do Rio Grande do Sul ....................................

3.1. Temperatura no Estado do Rio Grande do Sul ...

3.2. Índice pluviométrico no Estado do Rio Grandedo Sul .....................................................................

3.3. Umidade Relativa no Estado do Rio Grande doSul ..........................................................................

4. Considerações finais 4. Considerações finais 4. Considerações finais 4. Considerações finais 4. Considerações finais ...................................................

5. R5. R5. R5. R5. Referências eferências eferências eferências eferências ...................................................................

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ZoneamentoZoneamentoZoneamentoZoneamentoZoneamentoAgroclimático paraAgroclimático paraAgroclimático paraAgroclimático paraAgroclimático paraOliOliOliOliOliveira no Estado do Rioveira no Estado do Rioveira no Estado do Rioveira no Estado do Rioveira no Estado do RioGrande do SulGrande do SulGrande do SulGrande do SulGrande do Sul

11111. Introdução. Introdução. Introdução. Introdução. Introdução

Marcos Silveira WregeEnilton Fick CoutinhoSilvio SteinmetzCarlos Reisser JúniorIvan Rodrigues de AlmeidaRonaldo MatzenauerBernadete Radin

11111.1.1.1.1.1. . . . . A cultura da oliA cultura da oliA cultura da oliA cultura da oliA cultura da oliveira no mundo e no Brasilveira no mundo e no Brasilveira no mundo e no Brasilveira no mundo e no Brasilveira no mundo e no Brasil

A oliveira (Olea europaea), planta angiosperma dicotiledôneada família oleaceae, é uma espécie arbórea cultivada no sul daEuropa (países mediterrâneos como Portugal, França, Grécia,Itália e Espanha), Norte da África, Américas do Sul e do Norte ealguns países da Ásia (ALBIN e VILAMIL, 2003). Não se temcerteza sobre a sua origem, frequentemente atribuída à Síria ouà Líbia, onde era cultivada há mais de 10.000 anos a.C.Acredita-se que ela chegou à Grécia há 700 anos a.C., aMarselha há 600 anos a.C. e a Roma há 500 anos a.C. A históriado cultivo da oliveira se confunde com a história da agriculturana região mediterrânea (SANTOS, 2002).

10 Zoneamento Agroclimático para Oliveira no Estado do Rio Grande do Sul

A oliveira é uma planta de clima temperado e graças a suaestrutura xerofítica se desenvolve bem, mesmo em ambientescom verões longos, quentes e secos, e com baixos índicespluviométricos. Os frutos da oliveira são denominadosazeitonas, usadas para consumo in natura (azeitona de mesa) epara produção de azeite. A azeitona e o azeite são o pouco queexiste em comum entre o mundo mediterrâneo (europeu,asiático e africano) e as três grandes religiões presentes naregião (cristã, muçulmana e judia). Estes magníficos produtosforam introduzidos em quase todos os países de todos oscontinentes.

A colonização espanhola levou as oliveiras para a América noséculo XVI. Inicialmente, no século XVIII, foi introduzida noMéxico, no Peru, no Chile, na Argentina, nos Estados Unidos(Califórnia), na Jamaica e na Austrália. Atualmente, estápresente também no Japão, na África do Sul, no Uruguai e noBrasil (SANTOS, 2002). Seu cultivo está sendo intensificado,inclusive na Espanha, na Itália, em Portugal, no Chile, naAustrália, nos Estados Unidos (Califórnia), na Argentina e noUruguai.

A comprovação dos benefícios do consumo do azeite à saúdehumana, por isso muito usado na indústria farmacêutica, é aprincipal responsável pela intensificação, modernização eampliação do cultivo de oliveiras no mundo (OLIVEIRA et al.,2002; ROMERO e GUTIÉRREZ, 2002; ALBIN E VILLAMIL, 2003).Dentre os principais benefícios, destacam-se a proteção contraas doenças cardiovasculares, hipertensão, reumatismo,osteoporose, câncer de mama e de próstata; confere maiorcontrole da hiperglicemia nos diabéticos; melhora a disgestão,a memória e a longevidade (MARTINS, 2007). Além disso, adivulgação das qualidades nutricionais, dietéticas eorganolépticas do azeite extra-virgem, principalmente dosmonovarietais, com sabores e aromas incomparáveis, combaixa acidez, estimulam seu consumo cru e como incrementoem saladas (SANTOS, 2002).

11Zoneamento Agroclimático para Oliveira no Estado do Rio Grande do Sul

A produção mundial de azeitona de mesa foi de 1.796 milhõesde toneladas e de azeite foi de 2.820 milhões de toneladas nasafra 2007/08. Os maiores produtores de azeite de oliva nestasafra (percentagem na produção mundial) foram: Espanha(43%), Itália (18%), Grécia (13%), Tunísia (6%), Turquia (6%), Síria(4%), Marrocos (3%); e de azeitona de mesa, Espanha (27%),Turquia (15%), Egito (12%), Síria (6%), Marrocos (6%), Argentina(5%), Grécia (5%), Estados Unidos (5%) e Itália (4%)(CONSELHO, 2008).

Azeitonas e azeite de oliva são produtos encontrados comfrequência na mesa dos brasileiros. Devido à pequena área deplantio e produção insignificantes no Brasil, a importação temsido a alternativa para suprir a demanda interna. Em 2007, opaís importou US$ 170 milhões em azeites e US$ 250 milhõesem azeitonas, segundo dados do Ministério doDesenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (BRASIL,2008). Na safra 2007/08, o Brasil importou 58 e 35 mil toneladasde azeitonas de mesa e de azeite, respectivamente. Foi o 4o

maior importador mundial de azeite e o 5o, de azeitonas. Nestamesma safra, a Argentina produziu 90 e 20 mil toneladas deazeitona de mesa e de azeite, respectivamente (CONSELHO,2008). Argentina, Peru, Chile, Espanha e Portugal são osmaiores vendedores para o Brasil (FAGUNDES, 2004).

Em 2006, pesquisadores da Embrapa Clima Temperado (RioGrande do Sul), em conjunto com a Embrapa Semi-Árido,EPAGRI, INIA (Uruguai), IAPAR, EPAMIG, UFPEL, UCS, UERGS,Emater–RS, Câmara de Comércio Portuguesa no Brasil-RS eEmpresa Agromillora S.A., iniciaram várias ações de pesquisapara avaliar a viabilidade do cultivo comercial da oliveira naregião Sul do Brasil. O objetivo geral do projeto é realizar aintrodução, avaliação e identificação de cultivares de oliveiraprodutoras de azeitonas com qualidade comercial, paraelaboração de conserva ou de azeite no Sul do Brasil. Este foielaborado considerando os resultados obtidos pela EPAMIG, odesempenho de pomares cultivados no Chile, na Argentina eno Uruguai, os relatos encontrados sobre o cultivo da oliveira

12 Zoneamento Agroclimático para Oliveira no Estado do Rio Grande do Sul

no Brasil e o alto potencial de geração de renda e diversificaçãodo agronegócio que o cultivo da oliveira representa,principalmente, para a Metade Sul do Rio Grande do Sul. Aspesquisas estão distribuídas em três planos de ação:::::zzzzzoneamento edafoclimático para a cultura da olioneamento edafoclimático para a cultura da olioneamento edafoclimático para a cultura da olioneamento edafoclimático para a cultura da olioneamento edafoclimático para a cultura da oliveira no Sulveira no Sulveira no Sulveira no Sulveira no Suldo Brasildo Brasildo Brasildo Brasildo Brasil; introdução e avaliações agronômicas de cultivaresem diferentes condições edafoclimáticas da região Sul doBrasil e transferência de tecnologia (COUTINHO, 2005).

Este trabalho apresenta o zoneamento agroclimático da oliveirapara o Estado do Rio Grande do Sul e o seu objetivo é indicaras melhores regiões para cultivo, isto é, aquelas com menoresriscos climáticos para o desenvolvimento dos frutos.

11111.2..2..2..2..2. ClimaClimaClimaClimaClima

1.2.1. Temperatura para a oliveira

A oliveira é cultivada normalmente em regiões semi-áridas domediterrâneo, caracterizadas por apresentarem elevadastemperaturas e baixo índice pluviométrico (250-550 mmanuais) nos meses secos (verão) (COUTINHO et al., 2007).

No clima mediterrâneo, durante o inverno, ocorre acumulaçãode frio, a qual é considerada indispensável para que a oliveirasaia da dormência e atinja, posteriormente, florescimentouniforme. O limiar de temperatura, isto é, a temperatura base,abaixo da qual não ocorre crescimento, é de 12,5oC (TAPIA etal., 2003).

De acordo com experiências de plantio nos países domediterrâneo, a temperatura adequada para que ocorra afrutificação efetiva normal, não deve superar os 35oC ou serinferior aos 25oC. As plantas, contudo, são capazes de suportaraltas temperaturas no verão, próximas a 40oC, sem que osramos e folhas sofram queimaduras. Porém, a atividadefotossintética começa a ser inibida quando a temperaturaultrapassa os 35oC (COUTINHO et al., 2007).

13Zoneamento Agroclimático para Oliveira no Estado do Rio Grande do Sul

A oliveira é mais sensível ao frio que outras espécies frutíferas,porém, ocorre um aumento gradual de tolerância, provocadapelas baixas temperaturas outonais, responsáveis peloestímulo da planta à dormência. Assim, a oliveira chega aresistir a temperaturas pouco inferiores a 0oC. Pequenas lesõesem brotos e ramos novos podem ocorrer, se a temperaturabaixar, ficando entre 0oC e -5oC. Se a temperatura cair aindamais, para até -10oC, podem ocorrer danos definitivos nosbrotos e ramos. Abaixo de -10oC, a planta, como um todo, podesofrer danos irreversíveis e morrer (NAVARRO & PARRA, 2008).

1.2.2. Índice pluviométrico para a oliveira

A oliveira é uma espécie com muitas características de plantasxerófitas, com folhas coreáceas de cutícula espessa. Osestômatos situam-se na face inferior das folhas, diminuindo asperdas de água da planta por transpiração e permitindo que aatividade vegetativa se restabeleça imediatamente quando aplanta sai de uma situação de estresse, causado por falta deágua prolongada. A necessidade de água, em média, é de 650-800 mm por ano, com chuvas, preferencialmente, regulares(ALBIÑANA, 2002; COUTINHO et al., 2007). Na primavera,quando ocorre o florescimento, as chuvas não devem ser muitofrequentes, para que o grão-de-pólen não seja lavado doestigma, o que reduziria a frutificação efetiva.

Nas fases de pré-maturação e maturação dos frutos (final doverão e outono) as chuvas não devem ser muito intensas, paraque o fruto não fique excessivamente aguado, o que dificulta eencarece a extração do azeite, além de deixar a extração maislenta. Isto pode, também, reduzir a estabilidade do óleo efavorecer a ocorrência de antracnose (Gloeosporium olivae)nos frutos, com alterações nas propriedades físicas e químicasdo azeite (ALBA, 2004).

14 Zoneamento Agroclimático para Oliveira no Estado do Rio Grande do Sul

1.2.3. Umidade relativa para a oliveira

Na primavera, quando a temperatura está em ascensão esupera 15-17oC, ocorre o desencadeamento do processo deflorescimento, como resultado da saída da dormência. Existemetapas distintas desta fase, a de início, florescimento pleno,polinização e frutificação efetiva (conhecida, também, comofruit set).

Nesta importante fase de desenvolvimento da planta, atemperatura diária deve ficar em torno de 20oC, a fim de quetodos os processos ocorram normalmente. A umidade relativadeve ficar entre 60-80%. Caso contrário, a viabilidade doestigma pode ser comprometida, principalmente se a umidadeficar abaixo de 50%. Nesta situação, o estigma pode durarmenos de três dias, tempo insuficiente para formar o tubopolínico e, assim, formar e fixar o fruto. Por outro lado, se aumidade relativa for muito elevada, próxima de 100%, ocorre ahidratação do grão-de-pólen, que aumenta de peso e não podeser levado a uma longa distância pelo vento. Existe ainda apossibilidade do grão-de-pólen ser destruído devido ao excessode hidratação (TAPIA et al., 2003).

O excesso de umidade não só prejudica a polinização, mastambém favorece as doenças fúngicas, entre as quais ascausadas por Spilocaea oleagina, Pseudocercosporacladosporioides, Gloeosporium olivae, entre outras (GUCCI,2007).

Por estas razões, a umidade relativa é um fatorimportantíssimo na escolha de local para o estabelecimentodas oliveiras e foi o fator mais importante para a elaboração dozoneamento desta espécie.

15Zoneamento Agroclimático para Oliveira no Estado do Rio Grande do Sul

2.2.2.2.2. MetodologiaMetodologiaMetodologiaMetodologiaMetodologia

2.12.12.12.12.1. Estações meteorológicas. Estações meteorológicas. Estações meteorológicas. Estações meteorológicas. Estações meteorológicas

Os riscos foram calculados utilizando dados climáticos diáriosda rede de estações meteorológicas da Fepagro. Foram, ainda,utilizadas as estações da Embrapa Clima Temperado e EmbrapaTrigo, além das estações do 8º distrito de meteorologia doINMET. A maioria destas estações têm séries históricas commais de 30 anos, o suficiente para os estudos de zoneamentoagroclimático. Todas estas estações são georreferenciadas.

2.2. Ciclo2.2. Ciclo2.2. Ciclo2.2. Ciclo2.2. Ciclo

O ciclo de desenvolvimento da oliveira é muito importanteneste estudo de zoneamento, pois existe uma fase crítica ondequalquer problema de ordem climática, pode impedir aprodução de frutos, principalmente a ocorrência de eventosclimáticos extremos. Como mencionado anteriormente, aumidade relativa, na fase de florescimento, é um dos principaisfatores. A fase mais crítica é a de florescimento. Assim, éfundamental saber em que momento ocorre esta fase, para queos riscos climáticos sejam calculados de acordo com a épocado ano em que ocorre.

De acordo com a literatura e a experiência tácita repassadapelos produtores portugueses, o ciclo da oliveira tem estreitarelação com a temperatura, passando a depender desta. Aforma mais conhecida, para determinar o ciclo de acordo com atemperatura, é através de um índice, a soma térmica, calculadapela fórmula:

Onde:

soma térmica =soma térmica =soma térmica =soma térmica =soma térmica = ttttt max + max + max + max + max + ttttt min min min min min22222

- tbase- tbase- tbase- tbase- tbase

16 Zoneamento Agroclimático para Oliveira no Estado do Rio Grande do Sul

tmax: temperatura máxima que ocorre em um dia;

tmin: temperatura mínima que ocorre em um dia;

tbase: temperatura abaixo da qual a planta cessa odesenvolvimento.

Na TTTTTabela 1abela 1abela 1abela 1abela 1 é apresentado o ciclo de desenvolvimento daoliveira e são indicadas as datas de ocorrência de cada fasefenológica nos distintos municípios estudados.

TTTTTabela 1abela 1abela 1abela 1abela 1..... Ciclo de desenvolvimento da oliveira baseado nasoma térmica (graus-dia) e datas de ocorrência de cada fase dodesenvolvimento fenológico.

Municípios Início da brotação e do florescimento

Aparecimento das

inflorescências

Abertura das flores até o pleno

florescimento

Polinização à fecundação e

frutificação efetiva

Maturação dos frutos

200 graus-dia 750 graus-dia 550 graus-dia 700 graus-dia 3300 graus-dia

Alegrete 09/set 22/out 19/nov 20/dez 03/fevCachoeira 06/set 18/out 14/nov 16/dez 01/fevCruz Alta 09/set 23/out 19/nov 21/dez 07/fevEncruzilhada 27/set 12/nov 11/dez 15/jan 06/marErechim 12/set 27/out 25/nov 29/dez 18/fevFarroupilha 24/set 09/nov 09/dez 14/jan 06/marGuaíba 11/set 24/out 21/nov 23/dez 08/fevIjuí 02/set 14/out 10/nov 12/dez 28/janItaqui 04/set 19/out 15/nov 15/dez 30/janJúlio de Castilhos 14/set 28/out 26/nov 29/dez 17/fevMarcelino Ramos 04/set 17/out 14/nov 16/dez 03/fevMontenegro 16/set 29/out 27/nov 29/dez 14/fevPasso Fundo 17/set 02/nov 01/dez 05/jan 25/fevPelotas 24/set 08/nov 07/dez 11/jan 01/marRio Grande 19/set 02/nov 01/dez 04/jan 21/fevSanta Maria 09/set 22/out 19/nov 21/dez 06/fevSanta Rosa 30/ago 11/out 07/nov 08/dez 23/janSantana do Livramento 21/set 04/nov 03/dez 06/jan 23/fevSanto Ângelo 30/ago 12/out 09/nov 09/dez 25/janSanto Augusto 04/set 16/out 13/nov 15/dez 01/fevSão Borja 02/set 14/out 10/nov 11/dez 25/janSão Gabriel 09/set 22/out 19/nov 21/dez 06/fevSoledade 18/set 03/nov 03/dez 07/jan 27/fevTaquari 07/set 20/out 17/nov 19/dez 04/fevUruguaiana 10/set 23/out 19/nov 20/dez 04/fevVacaria 03/out 19/nov 20/dez 26/jan 22/marVeranópolis 19/set 03/nov 03/dez 08/jan 01/marViamão 07/set 21/out 18/nov 21/dez 06/fevOsório 06/set 20/out 18/nov 22/dez 09/fev

17Zoneamento Agroclimático para Oliveira no Estado do Rio Grande do Sul

2.3. Cálculo de riscos2.3. Cálculo de riscos2.3. Cálculo de riscos2.3. Cálculo de riscos2.3. Cálculo de riscos

As variáveis climáticas foram calculadas sobre dados diários,por meio do estabelecimento da freqüência de ocorrência deeventos climáticos desfavoráveis na fase de florescimento daoliveira, considerada a mais crítica. Foram estabalecidas trêsclasses de preferência, de acordo com os riscos climáticos, osquais sobem gradativamente da primeira classe para a última,que foram as seguintes: 1) plantio recomendado; 2) plantiorecomendado com restrições e 3) plantio não recomendado. Naprimeira, os riscos são menores, de até 10%. Na segunda, osriscos são de até 20% e na última superam os 20%.

Os riscos foram calculados, em ordem decrescente deimportância, para a umidade relativa, índice pluviométrico,risco de geada e temperatura na fase de maturação dos frutos.Apenas no último caso, os cálculos foram feitos para umperíodo distinto à fase de florescimento.

Para o cálculo dos riscos, foi utilizado o banco de dadosclimáticos diários, pertencente à rede de estaçõesmeteorológicas citadas anteriormente no item 3.1. Os riscosforam calculados fazendo-se a média das ocorrências deeventos climáticos desfavoráveis a cada dez dias eenquadrando-os de acordo com as três classes de preferênciamencionadas anteriormente. Na etapa seguinte, estes riscosforam mapeados.

2.4. Mapeamento2.4. Mapeamento2.4. Mapeamento2.4. Mapeamento2.4. Mapeamento

O mapeamento dos riscos climáticos foi feito em sistemas deinformações geográficas (SIG), utilizando o software ArcGIS. Asvariáveis de risco de umidade relativa e de precipitaçãopluviométrica foram mapeadas pelo método de kriging,enquanto as de frequência de ocorrência de geadas e detemperatura ideal na fase de maturação, pelo método daregressão linear múltipla (PINTO et al., 1972; ROBERTSON eRUSSELO, 1968), dada a estreita relação que existe entre a

18 Zoneamento Agroclimático para Oliveira no Estado do Rio Grande do Sul

temperatura e o relevo, a latitude e a longitude. Indiretamente,estão relacionadas as influências da continentalidade, de rios elagos ou lagunas, nos próprios dados climáticos e no efeito dalongitude. Mas o maior efeito sobre o comportamento datemperatura e os índices climáticos que dela resultam se dápelo relevo.

No último caso, foi utilizado um modelo digital de elevaçãoGTOPO30, contendo dados de relevo, regularmente, a cada 30metros, com escala aproximada de 1:250.000, o suficiente paramapear todo o Estado com um bom nível de detalhamentotopográfico, mas não o bastante para detalhar os microclimasque ocorrem em nível de propriedade. É hoje a imagem digitalpronta com o melhor nível de resolução disponível para oEstado do Rio Grande do Sul (WEBER et al., 2004; USGS, 2008).

3. Zoneamento agroclimático da3. Zoneamento agroclimático da3. Zoneamento agroclimático da3. Zoneamento agroclimático da3. Zoneamento agroclimático daoliolioliolioliveira para o estado do Rioveira para o estado do Rioveira para o estado do Rioveira para o estado do Rioveira para o estado do RioGrande do SulGrande do SulGrande do SulGrande do SulGrande do Sul

Na Figura 1 Figura 1 Figura 1 Figura 1 Figura 1 são apre3sentads as regiões do Rio Grande do Sulnão recomendadas, recomendadas e recomendadas comrestrições para cultura de oliveira. Mesmo nas regiõesfavoráveis, existem riscos climáticos, devendo-se evitar aszonas com microclimas desfavoráveis, principalmente asbaixadas com elevada umidade relativa, com formação denevoeiro pela manhã ou à noite, assim como os topos demorros com ventos fortes. Na região da Serra do Nordeste, noLitoral, parte da Depressão Central e na fronteira com aArgentina, conforme ilustra o mapa, não é recomendado ocultivo da oliveira, devido à elevada umidade relativa na épocade florescimento. Na Serra do Nordeste ainda existe o risco degeada nesta fase. O plantio pode ser feito, mas com certasrestrições climáticas, nas regiões da Serra do Sudeste e emgrande parte da Metade Norte do Estado, mas não é a região

19Zoneamento Agroclimático para Oliveira no Estado do Rio Grande do Sul

ideal. Nestas zonas, deve-se dar preferência aos microclimasde menor umidade relativa, com terrenos de face de exposiçãoNorte e com pouco vento (WREGE et al., 2009) .

3.13.13.13.13.1. . . . . TTTTTemperatura no Estado do Rio Grande do Sulemperatura no Estado do Rio Grande do Sulemperatura no Estado do Rio Grande do Sulemperatura no Estado do Rio Grande do Sulemperatura no Estado do Rio Grande do Sul

A temperatura no Estado raramente ultrapassa os 35oC, excetoem anos atípicos, mas por períodos curtos, não ultrapassandoos 40oC no verão (WREGE et al., 2009). O clima ideal paramaturação dos frutos é encontrado na Metade Sul do Estado,onde a temperatura encontra-se entre 25 e 35oC, dentro dafaixa de temperatura ideal para a maturação dos frutos.Raramente caem abaixo de 0oC e são comuns, no inverno,temperaturas entre 3 e 15oC. Em alguns dias, no inverno, atemperatura pode subir acima de 25oC, devido à variabilidadeclimática (WREGE et al., 2009).

3.2. Índice pluviométrico no Estado do Rio Grande do3.2. Índice pluviométrico no Estado do Rio Grande do3.2. Índice pluviométrico no Estado do Rio Grande do3.2. Índice pluviométrico no Estado do Rio Grande do3.2. Índice pluviométrico no Estado do Rio Grande doSulSulSulSulSul

O índice pluviométrico do Estado encontra-se entre 1000 e 1900mm (WREGE et al., 2009), acima do necessário para odesenvolvimento da oliveira (650-800 mm), apresentando-sebem distribuída ao longo do ano, sem muitas modificaçõesentre as estações. No verão, podem ocorrer períodos deestiagem, principalmente nas regiões de Serra, onde os solossão, geralmente, rasos (com menos de 50 cm de profundidade)ou nas demais regiões onde os solos são arenosos (maiscomum de ocorrer na Metade Sul do Estado). Nesta época, achuva total é de 400-500 mm (WREGE et al., 2009), na média,pouco diferente do que ocorre nos países de climamediterrâneo, onde as chuvas não ultrapassam os 250-550 mmnesta mesma época. Não ocorre falta de água, no Estado, parao desenvolvimento da oliveira, podendo até mesmo haverexcesso na primavera, época em que ocorre o florescimento, oque pode se tornar um problema em alguns anos,

20 Zoneamento Agroclimático para Oliveira no Estado do Rio Grande do Sul

principalmente nas regiões indicadas no zoneamento como“plantio recomendado com restrições”. Como não existehistórico de produção no Estado, o plantio nestas regiões deveser visto com cautela, iniciando-se com pequenas áreas eexpandindo aos poucos, à medida que forem surgindoresultados de pesquisa. Com estes resultados, o zoneamentopoderá ser refinado e refeito, considerando as cultivaresestudadas. Até agora, ainda não existem resultados concretosde pesquisa para o desenvolvimento da oliveira no nosso país,nas nossas condições peculiares de clima e solo, o que levaráalguns anos.

3.3. Umidade relati3.3. Umidade relati3.3. Umidade relati3.3. Umidade relati3.3. Umidade relativa no Estado do Rio Grande do Sulva no Estado do Rio Grande do Sulva no Estado do Rio Grande do Sulva no Estado do Rio Grande do Sulva no Estado do Rio Grande do Sul

A umidade relativa foi o fator de maior relevância nestezoneamento, devido à importância que tem, principalmente nafase de florescimento. Varia conforme as regiões do Estado,apresentando-se maior nas zonas litorâneas e diminuindogradativamente de Leste para Oeste, em função do efeito decontinentalidade, o que faz da Fronteira Oeste a zona ideal paracultivo da espécie, principalmente porque a umidade relativa ébaixa na fase de florescimento, situando-se entre 60-80%,conforme as necessidades da espécie. Em cada região, noentanto, existem microclimas com situações diferenciadas eque devem ser observados. De modo geral, deve-se evitar asbaixadas, onde nas primeiras horas da manhã ou à noite podehaver acúmulo de nevoeiros e evitar, também, os topos demorros, onde o vento pode ser maior. Os terrenos com face deexposição Norte são os mais adequados, pelo fato das rampasde exposição ficarem mais tempo expostas à radiação solar ese apresentarem com temperaturas maiores, protegidas dosventos do sul. O plantio deve ser feito em uma zona com poucovento, de preferência com uso de quebra-ventos.

21Zoneamento Agroclimático para Oliveira no Estado do Rio Grande do Sul

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22 Zoneamento Agroclimático para Oliveira no Estado do Rio Grande do Sul

4. Considerações finais4. Considerações finais4. Considerações finais4. Considerações finais4. Considerações finais

O desenvolvimento da cultura da oliveira no Estado do RioGrande do Sul, basicamente, se dará em função da definiçãodo acerto das cultivares mais adequadas para cada região, comos resultados dos experimentos que estão sendodesenvolvidos pela Embrapa Clima Temperado e pelasinstituições parceiras (IAPAR, EPAGRI e FEPAGRO, entre váriasoutras citadas anteriormente) por toda a região Sul do Brasil.Com os resultados destas pesquisas, poderá haver a indicaçãode cultivares mais adaptadas para cada região, conforme ascaracterísticas climáticas e as necessidades destas.

O resultado deste zoneamento é um indicativo, baseado nasnecessidades da oliveira, sem considerar detalhamento nonível de cultivares, representando um estudo preliminar, comindicação da cultura como um todo. É um primeiro passo nodesenvolvimento da cultura no Estado. Indica quais são asmelhores regiões, isto é, aquelas com menor risco climáticopara o desenvolvimento da espécie na região do Brasil quetem, potencialmente, as melhores condições climáticas para oseu desenvolvimento. Espera-se que, com os resultados destetrabalho, os empreendedores rurais e os formuladores depolíticas tenham os subsídios necessários para dar início àimplantação desta cultura no Estado do Rio Grande do Sul,com a produção sustentável de azeitonas e de azeite de olivapara o mercado brasileiro e que o Brasil, com o tempo, possareduzir as importações destes produtos, com o aumento daprodução interna.

5. R5. R5. R5. R5. Referênciaseferênciaseferênciaseferênciaseferências

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24 Zoneamento Agroclimático para Oliveira no Estado do Rio Grande do Sul

função da altitude e latitudefunção da altitude e latitudefunção da altitude e latitudefunção da altitude e latitudefunção da altitude e latitude. São Paulo: USP – Instituto deGeografia, 1972. 20 p. (Caderno Ciências da Terra, 23).

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