zoneamento agroclimÁtico para a uva no … · xiii encontro latino americano de iniciação...

5
XIII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e IX Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba 1 ZONEAMENTO AGROCLIMÁTICO PARA A UVA NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO Klippel, V.H., Toledo, J.V., Costa, J., Pimenta, L.R., Pezzopane, J.E.M. Universidade Federal do Espírito Santo/Departamento de Engenharia Florestal/Alto Universitário, s/n – Caixa Postal 16, Guararema – 29500-000, Alegre - ES, [email protected] Resumo: A viticultura vem ganhando espaço entre os produtores de todo país, por apresentar uma boa fonte de renda e por ter inúmeras variedades de uvas e com ampla adaptação em diferentes solos e clima. Assim, o zoneamento agroclimático funciona como uma importante ferramenta na tomada de decisão que propicia aos agricultores ter o conhecimento das regiões com potencial produtivo. Para execução do zoneamento foram utilizadas as variáveis de temperatura média anual e índice hídrico, com dados provenientes de uma série histórica de 1976-2006. O território do Estado do Espírito Santo apresentou 0,14% da área como apta, 90,10% da área com restrição por índice hídrico, e 9,76% da área para inaptidão da cultura. Deve ser mencionado ainda, que situações como surgimento de novas variedades e mudanças climáticas podem alterar as respectivas áreas. Palavras-chave: Viticultura, Índice Hídrico, Zoneamento Agroclimático. Área do Conhecimento: Ciências Agrárias Introdução A videira é uma planta sarmentosa, de hábito trepador, pertence à família Vitaceae e ao gênero Vitis. É fonte de vitaminas C e do complexo B, sendo rica nos minerais Mg, S, Fe, K, Ca e P, e devido à presença de compostos fenólicos na casca o consumo da uva e de seus derivados tem sido indicado como fator de proteção do sistema circulatório e do coração (TODAFRUTA, 2009). A viticultura tem se tornado importante no ramo da fruticultura, especialmente para a produção de vinhos. Atualmente, encontra- se em grande crescimento a produção de uvas de mesa, requerendo sistemas e manejo de produção adequado. O Brasil tem participação no mercado internacional de produção vitícola como exportador de vinhos, sucos e uvas de mesa (UFLA, 2009). A produção de uvas no Brasil em 2008 foi de 1.399.262 toneladas, 3,27% superior ao ano de 2007. Do total de uvas produzidas no Brasil, 50,60% foram destinados à elaboração de vinhos, sucos e outros derivados, em 2008. No tocante a área colhida, verifica-se que houve incremento da área total de uvas de 2,01% no ano de 2008 em relação ao ano anterior (CNPUV, 2009). O ciclo de produção da videira em regiões onde as temperaturas são baixas é menor, permitindo apenas uma safra por ano. Já em regiões com temperaturas mais elevadas, há possibilidade de se ter duas safras/ano (UFLA, 2009). Maior intensidade de radiação solar incidente promove maiores teores de açúcares nos frutos. A faixa de temperatura média considerada ideal para a produção de uvas de mesa situa-se entre 20 e 30ºC. Em termos de exigências hídricas, a videira é muito resistente à seca, graças ao seu sistema radicular que é capaz de atingir grandes profundidades. No entanto, a deficiência hídrica prolongada pode provocar redução significativa na produtividade e na qualidade da uva. O excesso de chuvas, por outro lado, combinado com temperaturas elevadas, torna a cultura muito suscetível a doenças fúngicas e pragas, sendo conveniente que não ocorram precipitações durante todo o período vegetativo (EMBRAPA, 2009). O objetivo desse estudo foi realizar através de ferramentas de SIG (sistema de informação geográfico) um zoneamento agroclimático para a cultura da Uva no estado do Espírito Santo, visando com isso conhecer as áreas de aptidão climática para implantação dessa espécie. Metodologia A área do presente estudo é o estado do Espírito Santo que situa-se geograficamente entre os meridianos 39° 38’ e 41° 50’ de longitude oeste e entre os paralelos 17° 52’ e 21°19’ de latitude sul. Representa uma das quatro unidades que integram a Região Sudeste do território Brasileiro. Atualmente conta com 78 municípios, sendo sua área total de 46.184,1 km², e tem como limites o Oceano Atlântico a Leste, a Bahia a Norte, Minas Gerais a Oeste e Noroeste e o estado do Rio de Janeiro a Sul (SEAG, 2009). Para caracterização da chuva no Estado foram utilizadas séries históricas (com 30 anos de dados) no período (1977-2006), coletadas em 11 estações meteorológicas do Instituto Capixaba de Pesquisa e Extensão Agropecuária (INCAPER) e 3 estações do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), além de 80 postos pluviométricos da Agência Nacional de Águas (ANA) no Espírito

Upload: nguyendang

Post on 13-Oct-2018

217 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: ZONEAMENTO AGROCLIMÁTICO PARA A UVA NO … · XIII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e IX Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale

XIII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e IX Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba

1

ZONEAMENTO AGROCLIMÁTICO PARA A UVA NO ESTADO DO ES PÍRITO SANTO

Klippel, V.H., Toledo, J.V., Costa, J., Pimenta, L.R., Pezzopane, J.E.M.

Universidade Federal do Espírito Santo/Departamento de Engenharia Florestal/Alto Universitário, s/n –

Caixa Postal 16, Guararema – 29500-000, Alegre - ES, [email protected]

Resumo: A viticultura vem ganhando espaço entre os produtores de todo país, por apresentar uma boa fonte de renda e por ter inúmeras variedades de uvas e com ampla adaptação em diferentes solos e clima. Assim, o zoneamento agroclimático funciona como uma importante ferramenta na tomada de decisão que propicia aos agricultores ter o conhecimento das regiões com potencial produtivo. Para execução do zoneamento foram utilizadas as variáveis de temperatura média anual e índice hídrico, com dados provenientes de uma série histórica de 1976-2006. O território do Estado do Espírito Santo apresentou 0,14% da área como apta, 90,10% da área com restrição por índice hídrico, e 9,76% da área para inaptidão da cultura. Deve ser mencionado ainda, que situações como surgimento de novas variedades e mudanças climáticas podem alterar as respectivas áreas. Palavras-chave: Viticultura, Índice Hídrico, Zoneamento Agroclimático. Área do Conhecimento: Ciências Agrárias Introdução

A videira é uma planta sarmentosa, de hábito trepador, pertence à família Vitaceae e ao gênero Vitis. É fonte de vitaminas C e do complexo B, sendo rica nos minerais Mg, S, Fe, K, Ca e P, e devido à presença de compostos fenólicos na casca o consumo da uva e de seus derivados tem sido indicado como fator de proteção do sistema circulatório e do coração (TODAFRUTA, 2009). A viticultura tem se tornado importante no ramo da fruticultura, especialmente para a produção de vinhos. Atualmente, encontra-se em grande crescimento a produção de uvas de mesa, requerendo sistemas e manejo de produção adequado. O Brasil tem participação no mercado internacional de produção vitícola como exportador de vinhos, sucos e uvas de mesa (UFLA, 2009).

A produção de uvas no Brasil em 2008 foi de 1.399.262 toneladas, 3,27% superior ao ano de 2007. Do total de uvas produzidas no Brasil, 50,60% foram destinados à elaboração de vinhos, sucos e outros derivados, em 2008. No tocante a área colhida, verifica-se que houve incremento da área total de uvas de 2,01% no ano de 2008 em relação ao ano anterior (CNPUV, 2009).

O ciclo de produção da videira em regiões onde as temperaturas são baixas é menor, permitindo apenas uma safra por ano. Já em regiões com temperaturas mais elevadas, há possibilidade de se ter duas safras/ano (UFLA, 2009). Maior intensidade de radiação solar incidente promove maiores teores de açúcares nos frutos. A faixa de temperatura média considerada ideal para a produção de uvas de mesa situa-se entre 20 e 30ºC. Em termos de exigências hídricas, a videira é muito resistente à seca, graças ao seu sistema

radicular que é capaz de atingir grandes profundidades. No entanto, a deficiência hídrica prolongada pode provocar redução significativa na produtividade e na qualidade da uva. O excesso de chuvas, por outro lado, combinado com temperaturas elevadas, torna a cultura muito suscetível a doenças fúngicas e pragas, sendo conveniente que não ocorram precipitações durante todo o período vegetativo (EMBRAPA, 2009).

O objetivo desse estudo foi realizar através de ferramentas de SIG (sistema de informação geográfico) um zoneamento agroclimático para a cultura da Uva no estado do Espírito Santo, visando com isso conhecer as áreas de aptidão climática para implantação dessa espécie. Metodologia

A área do presente estudo é o estado do Espírito Santo que situa-se geograficamente entre os meridianos 39° 38’ e 41° 50’ de longitude oeste e entre os paralelos 17° 52’ e 21°19’ de latitude sul. Representa uma das quatro unidades que integram a Região Sudeste do território Brasileiro. Atualmente conta com 78 municípios, sendo sua área total de 46.184,1 km², e tem como limites o Oceano Atlântico a Leste, a Bahia a Norte, Minas Gerais a Oeste e Noroeste e o estado do Rio de Janeiro a Sul (SEAG, 2009).

Para caracterização da chuva no Estado foram utilizadas séries históricas (com 30 anos de dados) no período (1977-2006), coletadas em 11 estações meteorológicas do Instituto Capixaba de Pesquisa e Extensão Agropecuária (INCAPER) e 3 estações do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), além de 80 postos pluviométricos da Agência Nacional de Águas (ANA) no Espírito

Page 2: ZONEAMENTO AGROCLIMÁTICO PARA A UVA NO … · XIII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e IX Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale

XIII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e IX Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba

2

Santo e 16 postos pluviométricos também pertencentes à ANA localizados fora do estado tendo como objetivo minimizar o efeito de borda no processo de interpolação, assim como realizado por Andrade (1998), Acosta (1997) e Castro (2008). No total foram utilizados 110 pontos de medição.

Como nos postos pluviométricos da ANA não são realizadas medidas de temperatura do ar, essa variável foi estimada em função da altitude, latitude e longitude do Estado, através dos modelos matemáticos desenvolvidos por Castro (2008). Os valores de altitude utilizados foram provenientes do modelo digital de elevação do estado, obtidos de dados de radar SRTM (Shuttle Radar Topography Mission), como feito por Castro (2008).

Realizou-se o calculo do balanço hídrico climático mensal, segundo Thornthwaite & Mather (1955) utilizando como auxílio o programa “BHnorm”, elaborado em planilha Excel por Rolim et al. (1998), assumindo-se uma capacidade máxima de armazenamento de água no solo (CAD) de 100 mm. A partir do balanço hídrico, calculou-se o Índice Hídrico de acordo com a Equação 1.

Ih= (100 Ea – 60 Da) / Ep Equação 1

De acordo com o trabalho feito por Teixeira et

al (2002), que análisou as características da videira em localidades representativas de diversos continentes, proporcionou a formação das faixas de aptidão climáticas. A Tabela 1, em acordo com Costacurta & Roselli (1980), mostra a faixa de aptidão térmica média considerada ideal para a videira, e o índice hídrico, em acordo com Teixeira et al (2002). Tabela 1 - Faixa de aptidão térmica e de Índice Hídrico.

Regiões Temperatura (°C) Índice Hídrico

Inaptas Tar< 20 e Tar> 30 Ih≥ 60

Restritas 20< Tar< 30 -20> Ih< 60

Aptas 20≤ Tar≤ 30 Ih≤ -20

A confecção do mapa, com as regiões aptas,

restritas e inaptas, foram feitas com uso do software ArcGis 9.2®. O método de interpolação utilizado para a preciptação foi o Inverso do Quadrado da Distância. As áreas dos pixels são

de 90m x 90m. Para a montagem do zoneamento agroclimático, os mapas de temperaturae índice hídrico foram multiplicados através do módulo “Toolbars: Spatial Analyst > Raster Calculator...”. Resultados

As localizações dos 110 pontos de coleta de dados podem ser visto na Figura 1, que também mostra os órgãos responsáveis pela coleta dos dados.

Figura 1 - Espacialização dos pontos de coleta de dados do Espírito Santo e fora do Estado, com seus respectivos órgãos responsáveis.

Baseado em parâmetros de temperatura média

anual (Figura 2) e índice hídrico (Figura 3), o potencial climático para exploração da cultura da uva no Estado do Espírito Santo mostrou-se favorável em 0,14% do território do Estado com aptidão plena, 90,10% da área do Estado com aptidão térmica e restrição por índice hídrico, e 9,76% de todo o Estado com inaptidão para o cultivo da videira. Essa porcentagem é mostrada na Figura 4.

Page 3: ZONEAMENTO AGROCLIMÁTICO PARA A UVA NO … · XIII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e IX Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale

XIII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e IX Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba

3

Figura 2 - Espacialização da temperatura média anual para o Estado do Espírito Santo.

Figura 3 - Espacialização do índice hídrico para o Estado do Espírito Santo

Figura 4 - Porcentagem das áreas aptas, restritas e inaptas para o cultivo da videira no Estado do Espírito Santo.

A Figura 5 mostra o zoneamento agroclimático da videira para o Estado do Espírito Santo. Como pode ser visto, a região serrana ao sul do Estado apresenta inaptidão para a cultura da uva.

Page 4: ZONEAMENTO AGROCLIMÁTICO PARA A UVA NO … · XIII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e IX Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale

XIII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e IX Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba

4

Figura 5 - Mapa da espacialização das áreas aptas, restritas por índice hídrico e inaptas para a cultura da uva no estato do Espírito Santo, de acordo com as faixas termicas e do índice hídrico adotados.

Page 5: ZONEAMENTO AGROCLIMÁTICO PARA A UVA NO … · XIII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e IX Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale

XIII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e IX Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba

5

Discussão

Para a videira, assim como para diferentes culturas, deve ser lembrado que além dos critérios usados para realizar este zoneamento, existem outros que interferem em inúmeros processos fisiologicos da planta, como a temperatura ideal para florescimento e o tipo de solo para o bom desenvolvimento radicular. Sendo assim, embora o zoneamento climático seja de grande ajuda na tomada de decisão, deve ser estudado o máximo de critérios que afetam a produção da cultura.

Também considera-se que com o desenvolvimento de novas cultivares, o constante avanço do melhoramento genético de plantas e com o advento de mudanças climáticas, futuramente áreas que são tidas como inaptas para o cultivo poderão ser utilizadas, com o emprego de plantas adaptadas para desenvolver-se em condições fora dos limites tolerados atualmente. Conclusão

Através do zoneamento agroclimático para a cultura da uva foi possível identificar no Estado do Espírito Santo 0,14 % de áreas aptas, 90,10% de áreas com restrição, e 9,76% de áreas inaptas. Referências - ACOSTA, V. H. Classificação ecológica do território brasileiro situado ao Sul do paralelo 24º S – uma abordagem climática. 1997. 86p. Dissertação (Mestrado em Ciência Florestal) – Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 1997. - ANDRADE L. A. Classificação ecológica do território brasileiro situado a leste do meridiano de 44º oeste e ao norte do paralelo de 16º sul: uma abordagem climática. 2000. 147p. Dissertação (Doutorado em Ciências Florestais). Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 1998. - CASTRO, F. da S. Zoneamento agroclimático para a cultura do pinus no Estado do Espírito Santo. 121 f. Dissertação (Mestrado em Agrometeorologia Agrícola) - Universidade Federal do Espírito Santo, Alegre, ES, 2008. - CATI – Coordenadoria de Assistência Técnica Integral. Disponível em: <http://www.cati.sp.gov.br /novacati/projetos/pif/uva/aspectos_economicos.htm>. Acesso em 26 ago. 2009. - CNPUV – Embrapa Uva e Vinho. Disponível em: <http://www.cnpuv.embrapa.br/publica/artigos/vitbras2008.pdf>. Acesso em 20 de agosto de 2009.

- COSTACURTA, A.; ROSELLI, G. Critères climatiques et edaphiques pour l’établissement des vignobles. Bulletin de l’ O. I. V., Paris, v.53, n.596, p.783-786, 1980. - EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Disponível em: <http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Uva/CultivodaVideira>. Acesso em 20 de agosto de 2009. - ROLIM, G.S.; SENTELHAS, P.C.; BARBIERI, V. Planilhas no ambiente EXCEL para os cálculos de balanços hídricos: normal, sequencial, de cultura e de produtividade real e potencial. Revista Brasileira de Agrometeorologia, Santa Maria, v.6, p.133-137, 1998. - SEAG - Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca. Aspectos fito-fisionômicos. Disponível em: <http://www.seag.es.gov.br/setores/silvicultura/?cd_matia=117&cd_site=54>. Acesso em: 20 jun. 2009. - TEIXEIRA,A. H. de C.; SOUZA, R. A. de; RIBEIRO, P. H. B.; REIS, V. C. da S.; SANTOS, M. das G. L. dos; Aptidão agroclimática da cultura da videira no Estado da Bahia, Brasil Rev. bras. eng. agríc. ambiental vol.6 no.1 Campina Grande Jan./Apr. 2002. - TODAFRUTA – Toda Fruta. Disponível em: <http://www.todafruta.com.br/todafruta/mostra_conteudo.asp?conteudo=15831>. Acesso em 20 de agosto de 2009. - UFLA – Universidade Federal de Lavras. Disponível em: <http://www.editora.ufla.br/BolExtensao/pdfBE/bol_30.pdf>. Acesso em 16 de agosto de 2009.