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Zika vírus no Brasil: Relato de uma epidemia “Um novo capitulo da história da medicina" Carlos Brito - UFPE

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Zika vírus no Brasil:

Relato de uma epidemia

“Um novo capitulo da história da medicina"

Carlos Brito - UFPE

Page 2: Zika vírus no Brasil: Relato de uma epidemia “Um novo ... · Conjunt ivit e 32 36,8 135 80,8 0 0 167 Tabela 3 ... Ao longo dos anos, ... L ipsitz R , Garges S , A urigemma R ,

ZIKA – EPIDEMIA

Dez 2014

Dezembro 2014/ Janeiro 2015 Surto doença exantemática diferente da

dengue

Argumentos:

Novo padrão:

”Um surto de D.

exantemática de grandes proporções.

"Especialistas afirmam que não é compatível

com dengue" = isto por si só é suficiente para

uma investigação.

• Doença de leve intensidade

• Rash predominante • Afebril ou sbfebril

• Artritogênica • Conjutivite frequente

Jan-Fev-

03/03 2015

SSE=PE

Inicia protocolo de investigação do surto (Sarampo,

parvovirus, rubeola)

Impressão da assistência= pouco

provável

Padrão de dispersão

compatível com arbovirose

Aumento número de casos:

As discussões

são intensas no grupo ChikV

Março

Março 2015 Dra. Kleber Luz-

RN

Baseado no padrão

artritogênico, levanta a

hipótese de Zika

27/Março 2015

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28/04 2015

SSE=PE

Apresenta estudo que reforça a

hipótese de dengue Baseado em

sorologia para dengue

Secretaria de Saúde Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde

Avenida Visconde de Suassuna, 658. Santo Amaro – Recife-PE

Fone: (81) 3355-1893- CEP: 50.050-540

observados anteriormente. Quanto ao grupo etário a maior parte dos casos de dengue no grupo

de entrevistados, são adultos jovens (Tabela 3).

Tabela 2. Sinais e sintomas do grupo de casos de dengue entrevistados, confirmados por

laboratório. Recife, janeiro a abril de 2015 Sinais e sintomas Sim Não Ignorado Total

N % N % N % N

Rash 141 84,4 26 15,6 0 0 167

Prurido 141 84,4 26 15,6 0 0 167

Cefaleia 134 89,7 33 19,8 0 0 167

Artralgia 125 75,0 42 25,1 0 0 167

Mialgia 108 66,2 59 35,3 0 0 167

Febre 128 76,6 39 23,4 0 0 167

Dor retro-orbitária 97 61,8 70 41,9 0 0 167

Astenia/Prostação 95 66,2 72 43,1 0 0 167

Edema MMSS e MMII 51 52,9 116 69,5 0 0 167

Náuseas 49 29,4 118 70,7 0 0 167

Dor abdominal 41 30,9 126 75,4 0 0 167

Diarréia 22 11,8 145 86,8 0 0 167

Conjuntivite 32 36,8 135 80,8 0 0 167

Tabela 3. Casos de dengue entrevistados com confirmação laboratorial, por grupo etário. Recife, janeiro a abril de 2015

Grupo Etário

Secretaria de Saúde Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde

Avenida Visconde de Suassuna, 658. Santo Amaro – Recife-PE

Fone: (81) 3355-1893- CEP: 50.050-540

NOTA TÉCNICA - 28 de Abril de 2015

Assunto: Situação da Dengue na Cidade do Recife

Em todo o Brasil, assim como na cidade do Recife, os meses de verão são considerados

historicamente como o período vulnerável para a ocorrência de epidemias de dengue em diversas

cidades do país. Ao longo dos anos, epidemias cíclicas têm sido registradas em todo Brasil.

O Recife encontra-se num cenário de epidemia, e até a semana epidemiológica - SE 16,

foram notificados 6.652 casos de dengue e confirmados 2.234 (33,6%). Em 2014, no mesmo

período, foram notificados 728 casos e confirmados 231, representando um aumento de 813,7%

de casos notificados e 867,5% de casos confirmados.

Em Recife não há transmissão ativa do vírus de Chikungunya com comprovação

laboratorial. Para tanto, tem sido mantida a investigação de todos os possíveis casos suspeitos,

com investigação epidemiológica e laboratorial.

Mediante o cenário do crescimento dos casos prováveis de dengue, foram realizadas no

princípio de Janeiro até o mês de Abril, ações de sensibilização para representantes das unidades

de saúde da rede pública municipal e unidades privadas, com o intuito de chamar atenção da

problemática da dengue, além da importância da notificação oficial de todos os casos suspeitos.

Outras medidas de mobilização social foram intensificadas, assim como na Vigilância

Ambiental e Controle de Endemias: as publicações da portaria para implantar ações de controle

nos finais de semana e feriados do mês de março e abril e da portaria para intervenção em

imóveis fechados pelos agentes de saúde ambiental e controle de endemias.

Dentre os diversos sinais e sintomas referidos nas investigações dos casos suspeitos de

dengue, os mais observados em todas as faixas etárias foram: exantema (pequenas manchas

avermelhadas que estão sendo confundidos com uma intoxicação), prurido (coceira), febre ou

febrícula (muitas vezes não referida), mialgia (dores musculares), cefaleia (dor de cabeça),

prostração, dor retro-orbitária (dor nos olhos). Além disso, muitos casos confirmados por

sorologia apresentaram edema de membros superiores e inferiores e em outras partes do corpo.

Março Grupo alertava

ZIKA – EPIDEMIA

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Em abril e maio de 2007, os médicos das Ilhas Yap, Estados Federados da

Micronésia, observou um surto de doença caracterizada por erupção cutânea,

conjuntivite, febre subjetiva, artralgia e artrite. Embora três pacientes foram positivos com um kit de IgM dengue

comercialmente disponível, os médicos tiveram a impressão de que esta doença era clinicamente distinta da dengue, que

havia sido detectado em Yap em dois surtos anteriores.

Em junho de 2007, o soro de pacientes com doença aguda foi enviado para os Centros de

Controle e Prevenção de Doenças (CDC), Diagnóstico e Laboratório Referência em

Arboviroses em Fort Collins, Colorado. Dez das 71 amostras (14%) revelaram conter ARN do vírus da Zika de acordo com (RT-PCR). Os

ensaios de RT-PCR para outros vírus, incluindo arbo- dengue, Chikungunya, o'nyong- nyong, Ross River, Floresta Barmah, vírus Sindbis,

foram todos negativos.

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Confirmado a hipótese em abril de 2015 PCR realizado em 8 de 25 amostras de sangue de casos suspeitos da Bahia

(Universidade Federal da Bahia) e Posteriormente em 8 de 21 casos do Rio Grande do Norte (Fiocruz/PR).

Zika vírus

database used would require optimization with addition of reference spectra for the organism and its close relatives (e.g., B. thailandensis). B. pseudomallei, although differ-ent from other Burkholderia spp. in its pathogenicity and epidemiology, is not easily discriminated from B. thailand-ensis or B. cepacia complex by using phenotypic tests (10).

In summary, infection with B. pseudomallei should be considered in patients with pneumonia after travel to the Baja Peninsula in Mexico, and especially after an extreme weather event. Because of risk for transmission to laborato-ry workers and the potential for B. pseudomallei to be used for bioterrorism, clinical laboratories should perform only limited work up of suspected isolates before referring them to a public health laboratory for defin

i

tive ident ifica

t

i on.

AcknowledgmentWe used the Multi-Locus Sequence Typing website (http://www.mlst.net) at Imperial College London, developed by David Aanensen and supported by the Wellcome Trust.

References 1. Currie BJ, Dance DA, Cheng AC. The global distribution of

Burkholderia pseudomallei and meliodosis: an update. Trans R Soc Trop Med Hyg. 2008;102(Suppl 1):S1–4. http://dx.doi.org/10.1016/S0035-9203(08)70002-6

2. Inglis TJ, Rolim DB, Sousa AQ. Melioidosis in the Americas. Am J Trop Med Hyg. 2006;75:947–54.

3. Centers for Disease Control and Prevention. Melioidosis: risk of exposure, January 26, 2012 [cited 2014 Dec 19]. http://www.cdc.gov/ melioidosis/exposure/index.html

4. Currie BJ. Melioidosis: evolving concepts in epidemiology, pathogenesis, and treatment. Semin Respir Crit Care Med. 2015;36:111–25. http://dx.doi.org/10.1055/s-0034-1398389

5. Schweizer HP, Limmathurotsakul D, Peacock SJ. New insights from the 7th World Melioidosis Congress 2013. Emerg Infect Dis. 2014;20:e131737.

6. Wiersinga WJ, Currie BJ, Peacock SJ. Melioidosis. N Engl J Med. 2012;367:1035–44. http://dx.doi.org/10.1056/NEJMra1204699

7. Gee JE, Allender CJ, Tuanvok A, Elrod MG, Hoffmaster AR. Burkholderia pseudomallei type G in Western Hemisphere. Emerg Infect Dis. 2014;20:682–4. http://dx.doi.org/10.3201/eid2004.130960

8. Pitman MC, Luck T, Marshall CS, Anstey NM, Ward L, Currie BJ. Intravenous therapy duration and outcomes in melioidosis: a new treatment paradigm. PLoS Negl Trop Dis. 2015;9:e0003586. http://dx.doi.org/10.1371/journal.pntd.0003586

9. Lipsitz R, Garges S, Aurigemma R, Baccam P, Blaney DD, Cheng AC, et al. Workshop on treatment of and postexposure prophylaxis for Burkholderia pseudomallei and B. mallei infection, 2010. Emerg Infect Dis. 2012;18:e2. http://dx.doi.org/10.3201/eid1812.120638

10. Zong Z, Wang X, Deng Y, Zhou T. Misidentific

a

t ion of Burkholderia pseudomallei as Burkholderia cepacia by the Vitek 2 system. J Med Microbiol. 2012;61:1483–4. http://dx.doi.org/10.1099/jmm.0.041525-0

Address for correspondence: Jennifer W. Cheng, Department of

Infectious Disease, Rush University Medical Center, 600 S Paulina St,

Ste 143, Chicago, IL 60612, USA; email: [email protected]

Zika Virus Outbreak, Bahia, Brazil

Gubio S. Campos, Antonio C. Bandeira, Silvia I. Sardi

Authors affil

i

at ions: Feder al Un i ver si ty of Bahi a, Sal vador ,

Bahia, Brazil (G.S. Campos, S.I. Sardi); Hospital Aliança, Salvador

(A.C. Bandeira)

DOI: http://dx.doi.org/10.32301/eid2110.150847

To the Editor: Zika virus (ZIKV) is a mosquito-borne flav i vi rus related to yellow fever virus, dengue virus (DENV), and West Nile virus (WNV). It is a single-strand-ed positive RNA virus (10,794-nt genome) that is closely related to the Spondweni virus and is transmitted by many Aedes spp. mosquitoes, including Ae. africanus, Ae. lu-teocephalus, Ae. hensilli, and Ae. aegypti. The virus was identifie

d in rhesus monkeys during sylvatic yellow fever

surveillance in the Zika Forest in Uganda in 1947 and was reported in humans in 1952 (1).

In 2007, an outbreak of ZIKV was reported in Yap Is-land, Federated States of Micronesia (2). ZIKV also caused a major epidemic in the French Polynesia in 2013–2014 (3), and New Caledonia reported imported cases from French Polynesia in 2013 and reported an outbreak in 2014 (4).

A new challenge has arisen in Brazil with the emer-gence of ZIKV and co-circulation with others arboviruses (i.e., DENV and chikungunya virus [CHIKV]). We report ZIKV infection in Brazil associated with a recent ongoing outbreak in Camaçari, Bahia, Brazil, of an illness charac-terized by maculopapular rash, fever, myalgias/arthralgia, and conjunctivitis.

On March 26, 2015, serum samples were obtained from 24 patients (Table) at Santa Helena Hospital in Cama-çari who were given a presumptive diagnosis of an acute viral illness by emergency department physicians. These patients were given treatment for a dengue-like illness, and blood samples were obtained for complete blood counts and serologic testing by using an ELISA specific for IgG and IgM against DENV.

Serum samples were analyzed at the Federal Univer-sity of Bahia by reverse transcription PCR (RT-PCR) to detect DENV, CHIKV, WNV, Mayaro virus, and ZIKV. In brief, serum samples were subjected to RNA extrac-tion by using the QIAamp Viral RNA Mini Kit (QIAGEN, Hilden, Germany). RNA was reverse transcribed by using the SuperScript II Reverse Transcription Kit (Invitrogen, Carlsbad, CA, USA) and subjected to PCRs specific for DENV (5) CHIKV (6), WNV (7) and Mayaro virus (8). A positive RT-PCR for a partial region of the envelope gene with primers ZIKVENF and ZIKVENVR (positions

Emerging Infectious Diseases • www.cdc.gov/eid • Vol. 21, No. 10, October 2015 1885

LETTERS

database used would require optimization with addition of reference spectra for the organism and its close relatives (e.g., B. thailandensis). B. pseudomallei, although differ-ent from other Burkholderia spp. in its pathogenicity and epidemiology, is not easily discriminated from B. thailand-ensis or B. cepacia complex by using phenotypic tests (10).

In summary, infection with B. pseudomallei should be considered in patients with pneumonia after travel to the Baja Peninsula in Mexico, and especially after an extreme weather event. Because of risk for transmission to laborato-ry workers and the potential for B. pseudomallei to be used for bioterrorism, clinical laboratories should perform only limited work up of suspected isolates before referring them to a public health laboratory for defin

i

tive ident ifica

t

i on.

AcknowledgmentWe used the Multi-Locus Sequence Typing website (http://www.mlst.net) at Imperial College London, developed by David Aanensen and supported by the Wellcome Trust.

References 1. Currie BJ, Dance DA, Cheng AC. The global distribution of

Burkholderia pseudomallei and meliodosis: an update. Trans R Soc Trop Med Hyg. 2008;102(Suppl 1):S1–4. http://dx.doi.org/10.1016/S0035-9203(08)70002-6

2. Inglis TJ, Rolim DB, Sousa AQ. Melioidosis in the Americas. Am J Trop Med Hyg. 2006;75:947–54.

3. Centers for Disease Control and Prevention. Melioidosis: risk of exposure, January 26, 2012 [cited 2014 Dec 19]. http://www.cdc.gov/ melioidosis/exposure/index.html

4. Currie BJ. Melioidosis: evolving concepts in epidemiology, pathogenesis, and treatment. Semin Respir Crit Care Med. 2015;36:111–25. http://dx.doi.org/10.1055/s-0034-1398389

5. Schweizer HP, Limmathurotsakul D, Peacock SJ. New insights from the 7th World Melioidosis Congress 2013. Emerg Infect Dis. 2014;20:e131737.

6. Wiersinga WJ, Currie BJ, Peacock SJ. Melioidosis. N Engl J Med. 2012;367:1035–44. http://dx.doi.org/10.1056/NEJMra1204699

7. Gee JE, Allender CJ, Tuanvok A, Elrod MG, Hoffmaster AR. Burkholderia pseudomallei type G in Western Hemisphere. Emerg Infect Dis. 2014;20:682–4. http://dx.doi.org/10.3201/eid2004.130960

8. Pitman MC, Luck T, Marshall CS, Anstey NM, Ward L, Currie BJ. Intravenous therapy duration and outcomes in melioidosis: a new treatment paradigm. PLoS Negl Trop Dis. 2015;9:e0003586. http://dx.doi.org/10.1371/journal.pntd.0003586

9. Lipsitz R, Garges S, Aurigemma R, Baccam P, Blaney DD, Cheng AC, et al. Workshop on treatment of and postexposure prophylaxis for Burkholderia pseudomallei and B. mallei infection, 2010. Emerg Infect Dis. 2012;18:e2. http://dx.doi.org/10.3201/eid1812.120638

10. Zong Z, Wang X, Deng Y, Zhou T. Misidentific

a

t ion of Burkholderia pseudomallei as Burkholderia cepacia by the Vitek 2 system. J Med Microbiol. 2012;61:1483–4. http://dx.doi.org/10.1099/jmm.0.041525-0

Address for correspondence: Jennifer W. Cheng, Department of

Infectious Disease, Rush University Medical Center, 600 S Paulina St,

Ste 143, Chicago, IL 60612, USA; email: [email protected]

Zika Virus Outbreak, Bahia, Brazil

Gubio S. Campos, Antonio C. Bandeira, Silvia I. Sardi

Authors affil

i

at ions: Feder al Un i ver si ty of Bahi a, Sal vador ,

Bahia, Brazil (G.S. Campos, S.I. Sardi); Hospital Aliança, Salvador

(A.C. Bandeira)

DOI: http://dx.doi.org/10.32301/eid2110.150847

To the Editor: Zika virus (ZIKV) is a mosquito-borne flav i vi rus related to yellow fever virus, dengue virus (DENV), and West Nile virus (WNV). It is a single-strand-ed positive RNA virus (10,794-nt genome) that is closely related to the Spondweni virus and is transmitted by many Aedes spp. mosquitoes, including Ae. africanus, Ae. lu-teocephalus, Ae. hensilli, and Ae. aegypti. The virus was identifie

d in rhesus monkeys during sylvatic yellow fever

surveillance in the Zika Forest in Uganda in 1947 and was reported in humans in 1952 (1).

In 2007, an outbreak of ZIKV was reported in Yap Is-land, Federated States of Micronesia (2). ZIKV also caused a major epidemic in the French Polynesia in 2013–2014 (3), and New Caledonia reported imported cases from French Polynesia in 2013 and reported an outbreak in 2014 (4).

A new challenge has arisen in Brazil with the emer-gence of ZIKV and co-circulation with others arboviruses (i.e., DENV and chikungunya virus [CHIKV]). We report ZIKV infection in Brazil associated with a recent ongoing outbreak in Camaçari, Bahia, Brazil, of an illness charac-terized by maculopapular rash, fever, myalgias/arthralgia, and conjunctivitis.

On March 26, 2015, serum samples were obtained from 24 patients (Table) at Santa Helena Hospital in Cama-çari who were given a presumptive diagnosis of an acute viral illness by emergency department physicians. These patients were given treatment for a dengue-like illness, and blood samples were obtained for complete blood counts and serologic testing by using an ELISA specific for IgG and IgM against DENV.

Serum samples were analyzed at the Federal Univer-sity of Bahia by reverse transcription PCR (RT-PCR) to detect DENV, CHIKV, WNV, Mayaro virus, and ZIKV. In brief, serum samples were subjected to RNA extrac-tion by using the QIAamp Viral RNA Mini Kit (QIAGEN, Hilden, Germany). RNA was reverse transcribed by using the SuperScript II Reverse Transcription Kit (Invitrogen, Carlsbad, CA, USA) and subjected to PCRs specific for DENV (5) CHIKV (6), WNV (7) and Mayaro virus (8). A positive RT-PCR for a partial region of the envelope gene with primers ZIKVENF and ZIKVENVR (positions

Emerging Infectious Diseases • www.cdc.gov/eid • Vol. 21, No. 10, October 2015 1885

LETTERS

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Gênero Flavivirus. Isolado em 1947 na floresta Zika em Uganda.

Duas linhagens: Africana e Asiática

Doença nova, muitas lacunas em fisiopatogenese e formas clínicas

Poucos estudos publicados no mundo.

Primero surto de importância 2007: Micronésia (Ilha Yap). População de 11.241

habitantes

Polinésia Francesa 2013: “Divisor de águas"

Surto Polinésia Francesa em 2013.

Mudança de padrão com altas taxas de ataque (sintomáticos na população

geral) e do relato de surgimento de complicações neurológicas

População: 268.270 habitantes

Estimativa de casos: 29.000 casos (Taxa de ataque de 10%).

Casos neurológicos suspeitos (Diagnóstico clínico-epidemiológico)

Zika vírus

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Doença leve, caracterizado por febre baixa, rash maculopapular, artralgia e

conjuntivite

Por causa dos sintomas clínicos geralmente suaves, limitada capacidade

de diagnóstico ZIKV, e sobrepondo características clínicas da ZIKV, dengue e

chikungunya, que também estão circulando no Pacífico, acreditamos que a

transmissão ZIKV em curso e não detectado em outros países insulares do

Pacífico, e além deles, é altamente provável

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CASOS TÍPICOS

Fotos 1 e 2.Pacientes com rash em face. Há discreto edema em face referido pelos pacientes e acometimento de atingindo orelhas Foto 3. Rash em Membro inferior. Foto 4. Rash em dorso.

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Fotos 1 e 2.Pacientes com conjutivite não purelenta (discreta hiperemia ocular). Foto 3. Edema de punho e dedos da mão. Foto 4. Edema de tornozelos.

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• Estudo de base hospitalar, descritivo, série de casos (mini-coorte

prospectiva)

Período do estudo

março de 2015

Fonte de dados

• Recrutamento-entrevista em pacientes atendidos na urgência.

• Local do estudo

Hospital Santa Joana (Privado-Referência em urgência do polo médico do

Recife)

• Lavite CPqAM/Fiocruz

• Pesquisadores

Cecilia Brito (UPE), Carolina Asfora(UFPE), Caio Atanásio (UPE), Anton

Saraiva(UFPE), Marilia Rocha(UFPE), Júlio Matos(FPS),Carlos Brito.

Investigação Zika – Urgência

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Variável n (%)

Sexo feminino 44 (63)

Mediana (Intervalo)

Idade (anos) 36 (15 - 68)

Faixa etária n (%)

15 – 49 anos 58 (84)

> 50 anos 11 (16)

Resultados preliminares- Caso Zika N=69

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Variável Mediana (Intervalo)

Data IS- 1º Atendimento (dias) 2 (8h – 9d)

Febre no 1º atendimento n (%)

Febre referida/aferida 25 (36)

Febre>38,5 4 (5,7)

Antecedentes n (%)

Vacina para febre amarela 17 (24,6)

Dengue no passado 23 (33,3)

N=69

Resultados preliminares

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N=69

Resultados preliminares-Zika (clinico-epidemiológico)

N casos/sintoma

56

44

40

38

38

27

25

22

22

20

14

11

11

9

4

Cefaléia

Artralgia

Dor retro

Conjutivite

Mialgia

Naúseas

Febre Sim

Edema

Dor garganta

Anorexia

Astenia

Hipertrofia G

Diarreia

Dor abdom

Vômitos

Sintomas % PE % Yap

exantema 100 90

Cefaléia 81 45

Artralgia 64 65

Dor retro 58 39

Conjutivite 55 55

Mialgia 55 48

Naúseas 39

Febre Sim 36 65

Edema 32 19

Dor garganta 32

Anorexia 29

Astenia 20

Hipertrofia G 16

Diarreia 16

Dor abdom 13

Vômitos 6 10

Variável Mediana (Intervalo)

Tempo rash (definimos padrão) 4 (2 – 7d)

Tempo artralgia (definimos padrão) 5 (1-10d)

N=31

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JC 19 e 24/10/2015

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PERNAMBUCO – BOLETIM SE 46

Casos confirmados: 43.245 (confirmação sorológica e clinico-epidemiológica) Sorologia demonstrado reação cruzada frequente com Zika= inadequado

2014 2015 2002

Casos notificados 14.463 122.655 99.652 (589%)

Formas grave de D 112 109 687 (>780%)

Óbitos 46 22 (<62%)*

Sorotipo 4 (3 e 1) 4 (3 e 1) 3 * Comaparativo com 2014

• No primeiro semestre foi orientado pela SSE-PE que todos os casos suspeitos de Zika-Arbovirose fossem notificados como Dengue

• Abril 2015: confirmado Zika no NE • Julho 2015: Notificações de casos de Zika-Arboviroses , pode ser feito apenas por Hospital Sentinela

PROBLEMAS EM NÃO VALORIZAR DIAGNÓSTICO CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO

Clínica Epidemiologia Isolar ag.

etiológico

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Caso suspeito: casos com características clínicas e epidemiológicas (história de procedência de área com casos confirmados, endêmicos ou epidêmicos). Ex: Dengue, Zika, Chikungunya

Caso confirmado (laboratorial): todo caso suspeito com exames específicos positivos.

Caso confirmado (Clínico-epidemiológico):

Durante o surgimento dos primeiros casos, todos os esforços devem ser realizados com o intuito de alcançar o diagnóstico laboratorial. No entanto, uma vez estabelecida a transmissão, nem todos os pacientes necessitarão de confirmação laboratorial.

O caso poderá ser notificado (confirmado) como da infecção suspeita, baseados em critérios clínicos-epidemiológicos.

Reservar a investigação laboratorial, neste contexto, para os casos graves ou com as manifestações atípicas.

DEFINIÇÃO DE CASOS - NOTIFICAÇÃO

Carlos Brito UFPE

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2015

Ministério da Saúde

Secretaria de Vigilância em Saúde

Versão 1

PROTOCOLO DE VIGILÂNCIA E RESPOSTA À

OCORRÊNCIA DE MICROCEFALIA RELACIONADA À

INFECÇÃO PELO VÍRUS ZIKA

2015

Ministério da Saúde

Secretaria de Vigilância em Saúde

Versão 1

PROTOCOLO DE VIGILÂNCIA E RESPOSTA À

OCORRÊNCIA DE MICROCEFALIA RELACIONADA À

INFECÇÃO PELO VÍRUS ZIKA

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DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE DENGUE, ZIKA E CHIK

Exantema Surge a partir do quarto

dia Surge no primeiro ou

segundo dia Surge 2-5 dia

30-50% dos casos 90-100% dos casos

Frequência 50% dos casos

Aspectos Clínico/Laboratorial

Dengue Zika Chikungunya

Febre/padrão Acima de 38°C Sem febre ou subfebril (≤

38,5°C) Febre alta > 38°C

Intensa (Várias x/dia) Febre esporádica (1-2x/dia) Intensa no 1-2 dia

Duração 4 a 7 dias 1-2 dias 2-3 dias

Mialgia (Frequencia)

+++ ++ +

Artralgia (frequência)

+ ++ +++

Intensidade da dor articular Leve Leve/Moderada Moderada/Intensa

Edema articular Raro Frequente e leve

intensidade Frequente e de moderada a

intenso Conjuntivite Raro 50-90% dos casos 30%

Cefaleia +++ ++ ++

Hipertrofia ganglionar + +++ ++

Discrasia hemorrágica ++ ausente +

Risco de morte Existe (+++) Existe (?)* Existe (+)

Acometimento Neurológico ++ +++ (?) + (predominante em Neonatos)

Leucopenia +++ +++ +++

Linfopenia Incomum Incomum Frequente

Trombocitopenia +++ Ausente +

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• Estudo de base hospitalar, descritivo, série de

casos

Período do estudo

janeiro a julho de 2015

Fonte de dados

• Ficha individual de atendimento na emergência

Local do estudo

Hospital Santa Joana (Privado-Referência em

urgência do polo médico do Recife)

Investigação Dengue-Zika – Urgência

Carlos Brito UFPE

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Método - Coleta de dados

• Questionários simplificado – sinais e sintomas para

definição de caso

• Avaliação de 100% das fichas atendidas na urgência

• Média: 7.100 fichas (Clínica Médica: 2929/40%;

Pediatria: 2.513/35%).

• Selecionado casos de doença febril e/ou exantemática

• Critérios de exclusão: sintomas respiratórios,

diagnóstico de gastroenterite, urinárias (predominante),

infecções com localização.

• Definição de caso: clínico-epidemiológico

!!Nome!(Primeiro!e!último):_____________________________!!

Idade:___________!!Sexo:!________!!Same:!_____________!!

Data:!____/____/________!!Telefones:_________________!!

·Tempo&doença&(dias):_________________&ou&(&&&)NI&

·Febre&.......(&&&&)Sim&&&(&&&&)Não&(&&&)NI&&&Temp&HSJ:&__________&

·Exantema.(&&&&)Sim&&&(&&&&)Não&(&&&)NI&&

se&“sim”&(&&&)&até&48h&dos&Primeiros&sint&(&&&&)&após&48h&PS&

·Prurido&.........................................&..&(&&&&)Sim&&&(&&&&)Não&(&&&)NI&

·Artralgia&.......................................&...(&&&&)Sim&&&(&&&&)Não&(&&&)NI&

·Edema&articular&...........................&...(&&&&)Sim&&&(&&&&)Não&(&&&)NI&

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·Cefaléia:&(&&&&)Sim&&&(&&&&)Não&(&&&)NI.&Retrorbitária&(&&)Sim&(&&)&Não&

·Astenia&.........................................&..(&&&&)Sim&&&(&&&&)Não&(&&&)NI&

·Petéquias&.....................................&..(&&&&)Sim&&&(&&&&)Não&(&&&)NI&

·Outros&sintomas:________________________________&&

Caso&suspeito:(&&&&)&Zika&(&&&&)&Dengue&(&&&&)&Inconclusivo&(&&&)Outros&

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Data:!____/____/________!!Telefones:_________________!!

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·Edema&articular&............................&...(&&&&)Sim&&&(&&&&)Não&(&&&)NI&

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Caso Zika:

Exantema maculopapular pruriginoso com início em até dois dias após os primeiros sintomas, sem febre ou febre referida ou febre medida ≤ 38,5°C E, podendo estar acompanhado dos seguintes sinais e sintomas: Hiperemia conjuntival (sem secreção e prurido) Artralgia Edema articular Aumentamos especificidade para Zika: rash em 48 horas

Caso dengue: Relato de febre, usualmente entre 2 e 7 dias de duração, e duas ou mais das seguintes manifestações: náusea, vómitos; exantema; mialgias, artralgia; cefaleia, dor retro-orbital; petéquias; prova do laço positiva; leucopenia, acompanhado ou não de sinais de alarme ou choque.

Aumentamos sensibilidade para Dengue: a) rash após 48 horas = dengue; b) febre independe de outros sintomas (sem localização)= dengue.

Inconclusivos: casos que não permitem classificar como Zika ou dengue

ZIKA: DEFINIÇÃO DE CASO

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Resultados preliminares

Fichas avaliadas 335 (T: 900) Total: 900

Excluídos 1 1

Inconclusivo falta de dados/sintomas

49 Falta de dados (Sem tempo de doença ou de rash))

Duplicidade 30 Mais de um atendimento

N=802

Diagnóstico Zika Dengue Inconclusivo Outros N 585 101 25 11 % 81% 14% 3% 2%

Perdas: 6,23%

73

164

303

182

Jan Fev Março Abril

N casos/mês

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Variável n (%)

Sexo feminino 354 (60,5)

Mediana (Intervalo)

Idade (anos) 31 (5m - 79)

Faixa etária n (%)

0 – 14 anos 149 (25,5)

15 – 49 anos 344 (58,8)

> 50 anos 92 (15,7)

Casos Zika N=585

Faixa etária N %

0-4 71 12,1

5-9 A 42 7,2

10-14 A 36 6,2

15-19 A 38 6,5

20-39 A 237 40,5

40-59 125 21,4

>60 A 36 6,2

Total 585 100,0

Carlos Brito UFPE

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Variável Mediana (Intervalo)

Data IS- 1º Atendimento (dias) 2 (8h – 7)

Febre no 1º atendimento n (%)

Febre referida/aferida 73 (30)

Febre>38,5 2 (2,7)

N=244

Resultados preliminares

292

173 179 166

143

72

29 16 15 13 10 12

0

50

100

150

200

250

300

350 Sintoma 585

Prurido 49,9

Cefaléia 29,6

Mialgia 30,6

Astenia 28,4

Artralgia 24,4

Dor retroorbitária 12,3

Edema art 5,0

Adenomegalia 2,7

Conjutivite 2,6

Dor de garganta 2,2

Diarreia 1,7

Vômitos 2,1

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Zika e suas complicações Microcefalia: investigação de um surto

Casos neurológicos

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MICROCEFALIA – VISÃO DA ASSISTÊNCIA

19/10/15

19/10/15 Neurologista= relato

de aumento microcefalia/doença viral antecedente.

Solicita a opinião do clínico pela vivência

em surtos

20/11/15. Visita ao IMIP

Dra. Jucile Menezes.

16 crianças internadas com microcefalia

"Especialistas nunca viram um número tão grande de casos em

tão pouco tempo" = isto por si só é suficiente

para uma investigação.

Realizado entrevista com as mães, coletado

amostras de soro (mães-crianças)e LCR.

A história clínica da

infecção prévia = Zika Hipótese é levantada

20/10/15

21/10/15 Dra. Kleber Luz-RN

Faz busca ativa junto a assistência e confirma aumento de casos com antecedente compatível

com Zika. Hipótese de arbovirose é

reforçada

21/10/15

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Uma nova epidemia

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Variável

Idade (anos) Mediana (Intervalo)

23 (15 - 38)

Sintomas n (%)

Exantema 24 (63,2) Padrão Difuso 18 (75) Febre 11 (45,8)

Artralgia 08 (33,3)

Edema 02 (8,3)

Conjutivite 0 (0)

Resultados preliminares- Caso Microcefalia N=38

Carlos Brito UFPE

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Variável

Exantema Mediana (Intervalo)

Período da gestação 3 (1 - 4)

Resultados preliminares- Caso Microcefalia N=24

1

6

14

1

0

2

4

6

8

10

12

14

16

1 mês 2 mês 3 mês 4 mês

MÊS DA GESTAÇÃO DO RELATO DO EXANTEMA

58%

21%

Carlos Brito UFPE

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v

26

02 06

01

01

PB

v v

v

01

GERES Cidade N Casos

I Jaboatão 7

I Recife 7

I Olinda 3 I Paulista 3

I Ipojuca 1

I Glória do Goitá 1

I São Lourenço 2

I Camaragibe 2

GERES Cidade N Casos

II Carpina 1

II Paudalho 1

II Bom Jardim 1

II Lagoa do Carro 1

II Vertentes 1

II Surubim 1

GERES Cidade N Casos

III Sirinhaém 1

XI Serra Talhada 1

XII Aliança 1

XII Goiania 1

VI Petrolândia 1

Carlos Brito UFPE

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MALFORMAÇÕES DO SN – SAZONALIDADE

PERNAMBUCO

Jan Fev Marc Abril Maio Junh Julho Agost

Set Out Nov Dez

2011 9 6 13 11 3 6 7 5 9 12 3 2

2012 4 8 13 7 6 6 5 14 9 3 6

2013 3 8 7 7 10 5 8 15 4 6 4 6

0 2 4 6 8

10 12 14 16

N c

asos

Todas malformações Congênitas/ano/mês-PE

2011 2012 2013

Malformações SNC 86 88 83

80

82

84

86

88

Títu

lo d

o E

ixo

Malformações congênitas do Sistema Nervoso/ano-PE

2011 2012 2013 2014 2015

N casos Microcefalia 5 9 10 12 58

0

10

20

30

40

50

60

70

N c

asos

N casos Microcefalia

Carlos Brito UFPE

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NÚMERO DE CASOS DE MICROCEFALIA/POR ANO

ENTRE MALFORMAÇÕES DO SNC (%)

NÚMERO DE CASOS DE MICROCEFALIA NOS MESES DE OUTUBRO/ANO

ENTRE MALFORMAÇÕES DO SNC (%)

Ano Malformações

SNC Microcefalia

N casos/nascidos vivos 1000

2011 86 5 5,8

2012 88 9 10,2

2013 83 10 12,0

2014 - - -

2015 141 58 41,1

Ano Malformações

SNC/ Ano Malformações SNC/ Outubro

Micorcefalia - estimada

2011 86 12 1

2012 88 9 1

2013 83 6 1

2015 - - 38

Carlos Brito UFPE

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NÚMERO DE CASOS POR 1000/10.000 NASCIDOS VIVOS

(BASE POPULACIONAL-PERNAMBUCO)

País Nascido Vivos Casos

Microcefalia Casos por 1000 nascidos vivos

Hungria* 185.486 10 0,1

Tortori-D# 6.250 1 0,2

Tortori-D 8.500 1 0,1

Casos por 10000 0nascidos vivos

0,5

1,6

1,2

NÚMERO DE CASOS POR 1000/10.000 NASCIDOS VIVOS

(BASE POPULACIONAL-MUNDO)

*Szabó; Acta Paediatr. 2010 May;99(5):690-3; #Pediatric Neuroradiology: Brain. Head, Neck and Spine, 205

Dahlgren L, Fetal Diag Ther, 201; 16:323-326. Microcefalias: 1 para 6.000 ou 10.000 nascidos vivos

Ano N casos

Microcefalia Nascido vivos 2014

N casos/nascidos vivos 1000

2011 5 144543 0,03

2012 9 142539 0,06

2013 10 142455 0,07

2014 12 142449 0,08

2015 58 122000 0,48

N casos/nascidos vivos 10000

0,35

0,63

0,70

0,84

4,75

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NÚMERO DE CASOS POR 1000 NASCIDOS VIVOS (BASE HOSPITALAR)

NÚMERO DE CASOS POR 1000 NASCIDOS VIVOS (BASE HOSPITALAR-COMPARAÇÃO)

Hospitais Nascido Vivos Casos

Microcefalia Casos por 1000 nascidos vivos

Pernambuco 13.021 38 2,9

São Paulo 39.295 11 0,3

IMIP (2000-04) 29.964 11 0,4

Hospital N Casos out/15 Casos po 1000 nascidos vivos

IMIP 27 437 61,8

HBL 4 246 16,3

HAM 4 282 14,2

Ano*

Casos po 1000

nascidos vivos

5798 4,7

3578 1,1

3645 1,1

Carlos Brito UFPE

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Entre 200-2004: 29.964 nascido vivos Malformações: 709 Malformações do SN: 234 Microcefalia: 11 casos em 5 anos a) 1,6% de todas as MCSN b) 4,7% das Malformações SN

IMIP Out/15 IMIP (2000-04)

Casos Microcefalia 27 11

0

5

10

15

20

25

30

Casos Microcefalia IMIP 2000 a 2004 x Out 2015

Carlos Brito UFPE

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CAUSA DE MICROCEFALIA - PRIMÁRIAS

25

Figura 2 - Perturbações genéticas específicas associadas

Quanto à microcefalia secundária esta resulta de um grande número de agentes

nocivos que atingem o feto no útero, ou o lactente durante os períodos de rápido

crescimento cerebral, em especial nos primeiros dois anos de vida.

Carlos Brito UFPE

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CAUSA SECUNDÁRIAS

SÁ LM, TESE, 2013

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INVESTIGAÇÃO – AMPLA

Epidemias produzidas pela introdução de novos teratógenos na história:

misoprostol (Cytotec) (Castilla e Orioli, 1994; Orioli e Castilla, 2000),

talidomida (Castilla et al., 1996; Schuler-Faccini et al., 2007),

contaminantes ambientais de acao geograficamente localizada, exemplo:

• Cubatão (SP) em 1978 (Monteleone-Neto e Castilla, 1994), • Goiânia (GO) (Nenot, 1990) em 1987 e • Caçapava (SP) (Dutra, 1996) em 1988.

Carlos Brito UFPE

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A ultrassonografia transfontanela e TC apresentam algumas características em comum: microcalcificações periventriculares e corticais, hipoplasia de vernix cerebelar e em alguns casos

lisencefalia, compatível com algumas ultrasonografias fetais realizadas no pré-natal.

US E TC SUGERE INFECÇÃO COMO POTENCIAL AGENTE ETIOLÓGICO

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AGENTES INFECCIOSOS

Complexo TORCH • T- Toxoplasmose • O- Outras infecções (Coxsackie, Sífilis, VZV, HIV, Parvo

B19, HBV, LCM) • R- Rubéola • C- Citomegalovírus • H – Herpes simples 1 e 2 Arboviroses: Dengue, Chikungunya, Zika, Oropouche,

Oeste do Nilo, Saint Louis, Rocio, etc Novas Vacinas de vírus introduzidas no país (?)

Carlos Brito UFPE

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Carlos Brito UFPE

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CONSIDERAÇÕES - ARBOVIROSES A possibilidade de arboviroses como um dos agentes a ser investigados e principal hipótese foi aventada baseado nos seguintes argumentos: Surgimento de muitos casos, em curto espaço de tempo, ocorrendo

simultaneamente em diferentes cidades e estados, caracteriza doença com altas taxas de ataques e rápida dispersão, fenômeno associado a doença transmitidas por artrópode.

Doenças associados a TORCH, incluindo CMV, pelas vias de transmissão, não está associado a grandes surtos, nem ocorrendo simultaneamente em diferentes cidades estados.

A investigação no pré-natal e no perinatal foram negativas para TORCH nod primeiros casos

Pelo tipo de malformação a exposição deve ter ocorrido no primeiro trimestre da gravidez

Carlos Brito UFPE

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CONSIDERAÇÕES - ARBOVIROSES

A maioria das mães relatava ter tido quadro viral compatível com doença exantemática no primeiro trimestre de 2015

Tivemos em Pernambuco no primeiro semestre um grande surto de Zika vírus Zika tem um neurotropismo maior que outras arboviroses. (Demostrado em

modelo anima e suspeito na Polinésia Francesa) e confirmado em Pernambuco. O Ministério da Saúde do Brasil investiga no momento casos neurológicos em

adultos e crianças associados a ZikV em outros estados.

Outras arboviroses como Dengue, endêmica e epidêmica na região, não estão associados a malformações congênitas (7) ou chikungunya que apesar de associado a doença perinatal, não há evidências de malformações (8), bem como a ChikV ainda não havia sido detectada nestes dois estados no inicio do ano.

Carlos Brito UFPE/Fiocruz-PE

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PODE SER DENGUE? Já evidencias suficientes que a doença não leva a malformações Uma mudança de comportamento (mutação) é muito pouco provável

Carlos Brito UFPE

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PODE SER CHIKUNGUNYA? Já algumas boas evidencias (suficientes) que a doença não leva a

malformações Não tivemos casos ou surtos de chikungunya no primeiro trimestre em

Pernambuco

N: 590 gestante infectadas por ChikV Nosso estudo não encontrou nenhuma

evidência de doença congênita em recém-nascidos vivos assintomáticos expostos a CHIKV durante a gravidez

RESEARCH

and the mean acceptance rate was 70% (49/70); 43% (21) of the women included thought that they had had chikun-gunya infection during pregnancy compared with 6% (4) of those not included (p<0.0001). Mean parity (2.1 vs. 2.6; p = 0.08), mean maternal age (28.6 years vs. 29.1 years; p = 0.70), mean gestational age at delivery (39.1 weeks vs. 38.7 weeks; p = 0.14), and mode of delivery (18% vaginal vs. 17% cesarean; p = 0.87) did not differ between the women who were or were not included.

DiscussionIn this comparative study, we did not observe any ef-

fect of chikungynya infection on pregnancy outcomes ex-cept for the number of prenatal maternal hospital admis-sions for chikungunya symptoms. Our study involved a high proportion of maternity units and births in Réunion. Women included in the study in April 2006 accounted for

73% (905/1,240) of all live births in Réunion. Systematic determination of serologic status by identifi cation of spe-cifi c IgM and IgG confi rmed infection status. All patients for whom chikungunya infection during pregnancy was un-certain were excluded. We excluded women who had posi-tive serologic results but did not report symptoms or have a positive RT-PCR result because we could not identify the date of infection. Studies during the outbreak in Réunion showed that IgM tended to persist for 12 to 24 months and cannot be used to identify the date of infection (21).

Because inclusion in the study began in April 2006 after the outbreak had peaked, we could not analyze pregnancies completed before this date. Therefore, our study does not describe the consequences of the outbreak on the risk for miscarriage or preterm delivery during the fi rst quarter of 2006. The study included only pregnancies with outcomes after that quarter. Most of the women were infected before

422 Emerging Infectious Diseases • www.cdc.gov/eid • Vol. 16, No. 3, March 2010

Table 3. Pregnancy outcome according to chikungunya virus infection during pregnancy, Réunion, France, 2006*

CharacteristicInfected,†

no. (%), n = 658 Not infected,‡

no. (%), n = 655 p value Unadjusted OR

(95% CI) Adjusted OR

(95% CI) Hospital admission during pregnancy Yes 266 (40.4) 191 (29.2) 1.65 (1.31–2.07) 1.52 (1.18–1.95) No 392 (59.6) 464 (70.8) <0.0001 1 1Hospital admission during pregnancy, suspected infection with chikungunya virus excluded Yes 180 (28.0) 136 (26.1) 0.91 (0.70–1.18) 0.83 (0.62–1.10) No 464 (72.0) 385 (73.9) 0.48 1 1Vaginal bleeding during pregnancy Yes 55 (8.4) 68 (10.4) 0.79 (0.55–1.15) 0.94 (0.63–1.42) No 596 (91.6) 584 (89.6) 0.22 1 1Obstetric hemorrhaging Yes 36 (5.6) 42 (6.5) 0.85 (0.54–1.35) 0.87 (0.53–1.42) No 609 (94.4) 605 (93.5) 0.49 1 1Mode of delivery§

Vaginal 545 (83.8) 530 (81.5) 0.27 1 1 Cesarean 105 (16.2) 120 (18.5) 0.85 (0.64–1.14) 0.77 (0.56–1.06) Mean gestational age, wk§ 39.0 (2.1) 38.9 (2.5) 0.55 <32 8 (1.2) 15 (2.3) 0.26 0.52 (0.22-1.24) 0.48 (0.19–1.23) 32–36 53 (8.2) 60 (9.2) 0.86 (0.59–1.27) 0.78 (0.51–1.20)

>37 589 (90.6) 575 (88.5) 1 1Mean birthweight, g§ 3,116 (549) 3.056 (620) 0.27 <2,000 20 (3.1) 32 (4.9) 0.36 0.62 (0.35–1.11) 0.66 (0.36–1.22) 2,000–2,999 235 (35.9) 236 (35.7) 0.99 (0.79–1.25) 1.01 (0.79–1.30) 3,000–3,999 372 (56.9) 371 (56.1) 1 1

>4,000 27 (4.1) 22 (3.3) 1.22 (0.69–2.19) 1.25 (0.65–2.39) Stillbirth after 22 wk§

Yes 5 (0.8) 8 (1.2) 0.63 (0.20–1.93) 0.61 (0.18–2.07) No 653 (99.2) 656 (98.8) 0.41 1 1Congenital malformation Yes 19 (2.9) 15 (2.2) 1.36 (0.68–2.74) 1.54 (0.68–3.49) No 647 (97.1) 654 (97.8) 0.48 1 1Admission to neonatal care§

Yes 53 (8.1) 55 (8.3) 0.97 (0.65–1.44) 1.03 (0.67–1.58) No 605 (91.9) 609 (91.7) 0.88 1 1*OR, odds ratio; CI, confidence interval. OR was adjusted for center, educational level, body mass index, and maternal age. Women infected before pregnancy were considered not infected during pregnancy. †Of the 658 women who were infected, 650 had delivered a child after 22 weeks; 658 children were delivered by these women. ‡Of the 655 women who were not infected, 650 had delivered a child after 22 weeks; 664 children were delivered by these women. §Miscarriage before 22 weeks was excluded.

RESEARCH

and the mean acceptance rate was 70% (49/70); 43% (21) of the women included thought that they had had chikun-gunya infection during pregnancy compared with 6% (4) of those not included (p<0.0001). Mean parity (2.1 vs. 2.6; p = 0.08), mean maternal age (28.6 years vs. 29.1 years; p = 0.70), mean gestational age at delivery (39.1 weeks vs. 38.7 weeks; p = 0.14), and mode of delivery (18% vaginal vs. 17% cesarean; p = 0.87) did not differ between the women who were or were not included.

DiscussionIn this comparative study, we did not observe any ef-

fect of chikungynya infection on pregnancy outcomes ex-cept for the number of prenatal maternal hospital admis-sions for chikungunya symptoms. Our study involved a high proportion of maternity units and births in Réunion. Women included in the study in April 2006 accounted for

73% (905/1,240) of all live births in Réunion. Systematic determination of serologic status by identifi cation of spe-cifi c IgM and IgG confi rmed infection status. All patients for whom chikungunya infection during pregnancy was un-certain were excluded. We excluded women who had posi-tive serologic results but did not report symptoms or have a positive RT-PCR result because we could not identify the date of infection. Studies during the outbreak in Réunion showed that IgM tended to persist for 12 to 24 months and cannot be used to identify the date of infection (21).

Because inclusion in the study began in April 2006 after the outbreak had peaked, we could not analyze pregnancies completed before this date. Therefore, our study does not describe the consequences of the outbreak on the risk for miscarriage or preterm delivery during the fi rst quarter of 2006. The study included only pregnancies with outcomes after that quarter. Most of the women were infected before

422 Emerging Infectious Diseases • www.cdc.gov/eid • Vol. 16, No. 3, March 2010

Table 3. Pregnancy outcome according to chikungunya virus infection during pregnancy, Réunion, France, 2006*

CharacteristicInfected,†

no. (%), n = 658 Not infected,‡

no. (%), n = 655 p value Unadjusted OR

(95% CI) Adjusted OR

(95% CI) Hospital admission during pregnancy Yes 266 (40.4) 191 (29.2) 1.65 (1.31–2.07) 1.52 (1.18–1.95) No 392 (59.6) 464 (70.8) <0.0001 1 1Hospital admission during pregnancy, suspected infection with chikungunya virus excluded Yes 180 (28.0) 136 (26.1) 0.91 (0.70–1.18) 0.83 (0.62–1.10) No 464 (72.0) 385 (73.9) 0.48 1 1Vaginal bleeding during pregnancy Yes 55 (8.4) 68 (10.4) 0.79 (0.55–1.15) 0.94 (0.63–1.42) No 596 (91.6) 584 (89.6) 0.22 1 1Obstetric hemorrhaging Yes 36 (5.6) 42 (6.5) 0.85 (0.54–1.35) 0.87 (0.53–1.42) No 609 (94.4) 605 (93.5) 0.49 1 1Mode of delivery§

Vaginal 545 (83.8) 530 (81.5) 0.27 1 1 Cesarean 105 (16.2) 120 (18.5) 0.85 (0.64–1.14) 0.77 (0.56–1.06) Mean gestational age, wk§ 39.0 (2.1) 38.9 (2.5) 0.55 <32 8 (1.2) 15 (2.3) 0.26 0.52 (0.22-1.24) 0.48 (0.19–1.23) 32–36 53 (8.2) 60 (9.2) 0.86 (0.59–1.27) 0.78 (0.51–1.20)

>37 589 (90.6) 575 (88.5) 1 1Mean birthweight, g§ 3,116 (549) 3.056 (620) 0.27 <2,000 20 (3.1) 32 (4.9) 0.36 0.62 (0.35–1.11) 0.66 (0.36–1.22) 2,000–2,999 235 (35.9) 236 (35.7) 0.99 (0.79–1.25) 1.01 (0.79–1.30) 3,000–3,999 372 (56.9) 371 (56.1) 1 1

>4,000 27 (4.1) 22 (3.3) 1.22 (0.69–2.19) 1.25 (0.65–2.39) Stillbirth after 22 wk§

Yes 5 (0.8) 8 (1.2) 0.63 (0.20–1.93) 0.61 (0.18–2.07) No 653 (99.2) 656 (98.8) 0.41 1 1Congenital malformation Yes 19 (2.9) 15 (2.2) 1.36 (0.68–2.74) 1.54 (0.68–3.49) No 647 (97.1) 654 (97.8) 0.48 1 1Admission to neonatal care§

Yes 53 (8.1) 55 (8.3) 0.97 (0.65–1.44) 1.03 (0.67–1.58) No 605 (91.9) 609 (91.7) 0.88 1 1*OR, odds ratio; CI, confidence interval. OR was adjusted for center, educational level, body mass index, and maternal age. Women infected before pregnancy were considered not infected during pregnancy. †Of the 658 women who were infected, 650 had delivered a child after 22 weeks; 658 children were delivered by these women. ‡Of the 655 women who were not infected, 650 had delivered a child after 22 weeks; 664 children were delivered by these women. §Miscarriage before 22 weeks was excluded.

Mother-to-child transmission of chikungunya virus was reported during the 2005–2006 outbreak on Réunion Island, France. To determine the effects of this virus on pregnancy outcomes, we conducted a study of pregnant women in Réunion in 2006. The study population was composed of 1,400 pregnant women (628 uninfected, 658 infected during pregnancy, 27 infected before pregnancy, and 87 infected on unknown dates). We compared pregnancy outcomes for 655 (628 + 27) women not infected during pregnancy with 658 who were infected during pregnancy. Infection occurred during the fi rst trimester for 15% of the infected women, the second for 59%, and the third for 26%. Only hospital admis-sion during pregnancy differed between infected and unin-fected women (40% vs. 29%). Other outcomes (cesarean deliveries, obstetric hemorrhaging, preterm births, stillbirths after 22 weeks, birthweight, congenital malformations, and newborn admissions) were similar. This virus had no ob-servable effect on pregnancy outcomes.

Chikungunya virus infection is transmitted by mosqui-toes of the genus Aedes. The virus was fi rst isolated in

1952 and is found in eastern Africa, India, and Southeast

Asia. Symptoms of infection are high fever and disabling muscle and joint pain, often associated with a rash and mild bleeding. Persons infected usually recover spontane-ously in several days to a week (1). Fever and arthralgia may occur for several months or even years (2). Patients are treated only for their symptoms because there is no specifi c treatment for the underlying infection (3). Before the recent outbreak on the island of Réunion, the disease was not con-sidered life-threatening.

Réunion, a French territory in the southwestern Indian Ocean, has a population of ≈785,000 inhabitants. Medical facilities in Réunion are similar to those in mainland France and other industrialized countries. A major chikungunya outbreak occurred in Réunion in 2005–2006. At the end of this outbreak, seroprevalence was estimated to be 38.2% (95% confi dence interval [CI] 35.9%–40.6%); 300,000 (95% CI 283,000–320,000) persons were infected (4,5). Aedes albopictus mosquitoes were the primary vector in this outbreak.

The outbreak began in eastern Africa (6). It reached Réunion in March 2005 but was relatively inactive, with only several thousand cases until November 2005, when its incidence unexpectedly increased during summer in the Southern Hemisphere, peaking at 47,000 cases/week dur-ing week 5 of 2006. The most recent cases were reported in August 2006. Comparisons of 2006 with previous years showed that mortality rates increased during February, March, and April 2006 (7,8). Since 2006, the virus has caused several epidemics in the Indian Ocean region (Mad-agascar, India, Sri Lanka, Thailand, Malaysia, and Singa-pore). Three new cases of chikungunya were reported in August 2009 on Réunion Island (9).

The fi rst cases of virus transmission from mother to child at birth were identifi ed in February 2006; a total of 38 such cases were reported (10,11). The virus was also found

Chikungunya Virus Infection during

Pregnancy, Réunion, France, 2006

Xavier Fritel, Olivier Rollot, Patrick Gérardin, Bernard-Alex Gaüzère, Jacques Bideault,

Louis Lagarde, Barbara Dhuime, Eric Orvain, Fabrice Cuillier , Duksha Ramful, Sylvain Sampériz,

Marie-Christine Jaffar-Bandjee, Alain Michault, Liliane Cotte, Monique Kaminski, Alain Fourmaintraux, and the Chikungunya-Mère-Enfant Team

RESEARCH

418 Emerging Infectious Diseases • www.cdc.gov/eid • Vol. 16, No. 3, March 2010

Author affi liations: Centre Hospitalier Régional de la Réunion, Saint-

Denis, France (X. Fritel, P. Gérardin, B.-A. Gaüzère, E. Orvain, F.

Cuillier, D. Ramful, S. Sampériz, M.-C. Jaffar-Bandjee, A. Michault,

L. Cotte, A. Fourmaintraux); Centre d’Investigation Clinique–Epi-

démiologie Clinique de la Réunion, Saint-Denis (O. Rollot, P. Gé-

rardin); Institut National de la Santé et de la Recherche Médicale,

Villejuif, France (X. Fritel, P. Gérardin, M. Kaminski); Centre Hos-

pitalier Intercommunal de Saint-Benoit-Saint-André, Saint-Benoit,

France (J. Bideault); Centre Hospitalier Gabriel-Martin, Saint-Paul,

France (L. Lagarde); Clinique Sainte-Clotilde, Saint-Denis (B. Dhu-

ime); and Université Pierre et Marie Curie 6, Paris, France (X. Fri-

tel, P. Gérardin, M. Kaminski)

DOI: 10.3201/eid1603.091403

Chikungunya Virus during Pregnancy

in specimens from 3 early second trimester miscarriages (12). When this outbreak began, little information was available about the risk for chikungunya virus infection in pregnant women. In addition to virus transmission at birth, potential complications include transplacental transmission before birth, congenital malformations, stillbirths, growth restriction, and preterm delivery. Chikungunya virus be-longs to the same family of viruses (Togaviridae) as rubella virus, for which some of these complications have been de-scribed (13). The high fever that characterizes chikungu-nya infection could cause uterine contractions or fetal heart rate abnormalities, which might promote spontaneous or induced preterm delivery (cesarean for fetal salvage). The hemorrhagic syndrome described at the onset of infection might be manifested by vaginal bleeding during pregnancy or third-stage hemorrhaging, as reported for infection with dengue virus (14,15). The proportion of symptomatic and asymptomatic infections was also unknown.

The purpose of our study (the Chikungunya-Mère-Enfant cohort study) was to determine the consequences of chikungunya infection on pregnancy outcomes. These re-sults will be useful to public health offi cials and physicians who provide care for pregnant women or newborns because chikungunya can be imported by international travelers and the location of Ae. albopictus mosquitoes has extended be-yond the tropics (16). These mosquitoes are found in 26 states in the United States and several countries in Europe, where outbreaks are possible (17,18).

MethodsWe began our study in early April 2006, by planning

to recruit all pregnant women (with or without symptoms of chikungunya infection) who received care at 1 of the 6 main maternity units in Réunion. These 6 units accounted for 78% of 14,077 live births in Réunion in 2006. Inclusion in the study was proposed regardless of the reason for a vis-it or admission. We had planned to include 3,600 women so that suffi cient children with in utero chikungunya infection were available to study their psychomotor development. To show a difference of 10 points in the developmental quo-tient at 24 months of age, it would have been necessary to observe 19 children infected in utero. However, because of the decrease in the outbreak after June 1, we revised our sample size and included only pregnant women who re-ported clinical signs suggestive of this infection. The study cohort was composed of 1,400 pregnant women (mean term 32 weeks); 1,384 (99%) gave birth in 1 of the 6 partic-ipating maternity units. Information on pregnancy outcome for 16 women lost to follow-up was obtained by contacting each one directly. A total of 914 participants were included in April, 386 in May, 88 in June, 5 in July, 2 in August, 4 in September, and 1 in November. In an ancillary study, for 3 days in May 2006, all women who gave birth in the 6 par-

ticipating units were interviewed to determine how women in the study cohort differed from those not in the study in terms of chikungunya symptoms, parity, age, gestational age of the infant at birth, and mode of delivery.

Serologic status for chikungunya virus infection was determined at participant’s inclusion in the study. All re-ports of chikungunya fever were confi rmed by using se-rologic testing or detection of the viral genome in any specimen by using real-time reverse transcription–PCR (RT-PCR) (19,20). Serologic tests with negative results at inclusion were repeated at delivery or when symptoms suggestive of infection appeared. Histologic examinations were performed on placentas of all women who had chi-kungunya infection during pregnancy. RT-PCR was also performed for placenta and amniotic fl uid samples from women with symptoms at delivery.

Date of infection was determined by checking patient history of symptoms or by RT-PCR when available. Wom-en were classifi ed into 2 groups: those infected by chikun-gunya virus during pregnancy (symptoms during pregnan-cy confi rmed by positive serologic or RT-PCR results) and those not infected (negative serologic results at delivery or during the preceding 7 days). Women infected before pregnancy were considered not infected during pregnancy. We excluded women who were infected but asymptomatic, those whose symptoms could not be dated, and those with inconclusive serologic results from analysis.

We analyzed how women infected by chikungunya vi-rus during pregnancy (658) differed from those who were not infected (655) for general characteristics (age, educa-tional level, marital status, and body mass index), medical history (diabetes and hypertension), and obstetric history (previous pregnancies, history of preterm delivery, small-for-gestational-age, or stillbirths). We then compared pregnancy outcomes (prenatal hospital admission for any reason and for chikungunya symptoms, vaginal bleeding during pregnancy, mode of delivery, obstetric hemorrhage, stillbirth, preterm birth, birthweight, congenital malforma-tions, and newborn hospitalization) between the 2 groups. Obstetric hemorrhage was defi ned as blood loss >500 mL. We considered only fetal malformations recognized by Eu-ropean Surveillance of Congenital Abnormalities (EURO-CAT) (www.eurocat.ulster.antibodies.uk). All malforma-tions recorded were verifi ed by checking either pediatric fi les or the Réunion congenital anomalies registry, which is affi liated with EUROCAT.

Bivariate analysis of pregnancy outcomes compared means (by Wilcoxon rank-sum test) and percentages (χ2 or Fisher exact tests). For multivariate analysis, we adjusted for center, maternal age, educational level, and body mass index. Logistic regression was used to estimate the ad-justed odds ratios (ORs). A p value <0.05 was considered signifi cant. Sensitivity analyses were performed to deter-

Emerging Infectious Diseases • www.cdc.gov/eid • Vol. 16, No. 3, March 2010 419

Nós comparamos os resultados da gravidez para 655 (628 + 27) as mulheres não infectadas durante a gravidez com 658 que foram

infectadas durante a gravidez. Conclusão: Não houve diferença nos desfechos (partos cesáreos,

hemorragia obstétrica, nascimentos prematuros, nascidos mortos após 22 semanas, peso ao nascer, malformações congênitas, e de admissão

de recém-nascidos). Este vírus não teve efeito observados sobre os resultados da gravidez

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Transmissão perinatal em chikungunya - Neonatos

• Tem risco de manifestação grave;

• Pode haver transmissão materno

fetal;

• Nesses casos o

comprometimento do

sistema nervoso é grave e

frequente;

• Neonatos:manifestações

hemorrágicas e instabilidade

hemodinâmica (mãe virêmica -

4+1). Source: S. Robin, D. Ramful

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NEUROTROPISMO

Novembro de 2013 e fevereiro de 2014: 72 casos de complicações neurológicas (Cinco em ano anterior)

Infecções antecedente compatíveis com Zika 40 casos de síndrome de Guillain-Barré (SGB) e Demais tiveram: encefalite, meningoencefalite, parestesia,

paralisia facial e mielite). Ioss S. Medecine et maladies infectieuses 44 (2014) 302–307

Dick GW, et al (1952). Estudo em modelo animal-Zika:

A inoculação em alguns ratos evidenciou-se fraqueza motora e paralisia dos membros, que foi seguida de morte, porém eventualmente alguns se recuperaram.

os rins, pulmões, fígado, baço e cérebro dos ratos foram avaliados nenhum outro órgão além do cérebro contém quantidades do vírus demonstráveis edema generalizados foram observados nos cérebros de alguns ratos; degeneração

neuronal e infiltração celular também foram encontrados

Carlos Brito UFPE

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NEUROTROPISMO CONFIRMADO EM PE

Maio de 2015 – Alerta de casos neurológicos RN. Alerta via WhatsApp par neurologista em Pernambuco Hospital da Restauração – referência em neurologiaR = 130

casos, superior a anos anteriores. Doença viral antecedente Visita aos pacientes. Quadro clínico = Zika Coleta de sangue e LCR Protocolo

Carlos Brito UFPE

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Defined diagnosis based on clinical and neurological

manifestations

Diagnostic N %

ADEM 5 7.3

ADEM (NMO like) 1 1.5

Encephalitis 2 2,9

Meningoencephalitis 4 5,9

Meningomyelitis 1 1.5

Transverse myelitis 1 1.5

Optic neuritis 9 13.2

VI nerve palsy 1 1.5

Polyradiculoneuritis 1 1.5

Rhomboencephalitis 1 1.5

Guillain-Barré syndrome 40 58.8

Miller-Fisher syndrome 2 2.9

Dra. Lúcia Brito

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QUAL O DIAGNÓSTICO (VIRAL)?

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QUAL O DIAGNÓSTICO (VIRAL)?

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Idade Sexo Municipío Residência

Sinais e sintomas_Infecção aguda pegressa1

Sinais e sintomas atuais Evolução5 Data

sintomas Neuro

Tempo (dias) entre

sintomas virais e coleta soro

Tempo entre

sintomas virais e

coleta LCR

Tempo entre

sintomas neurológi

cos e coleta LCR

48 F RECIFE SEM FEBRE, EXANTEMA, PRURIDO,

ARTRALGIA, EDEMA ARTICULAR, ANROEXIA, ASTENIA

redução de acuidade visual bilateral e paresia de membros superiores

SEQUELA

22/04 27 7 4

32 M GOIANIA FEBRE, EXANTEMA, PRURIDO,

ARTRALGIA, ANOREXIA, CEFALEIA tetraparesia SEQUELA

19/04 31 9 5

26 M RECIFE SEM FEBRE,SEM EXANTEMA,

CEFALÉIA, MIALGIA, NÁUSEAS Assintomático CURA

02/06 8 18 14

35 M RECIFE

FEBRE, EXANTEMA, PRURIDO, ARTRALGIA, DOR ARTICULAR, ANOREXIA,

ASTENIA, CEFALEIA, HIPEREMIA CONJUNTIVAL

alteração sensitiva profunda bilateral

SEQUELA

07/05 34 22 19

CASOS NEUROLÓGICOS CONFIRMADOS PERNAMBUCO EM LCR E SORO LAVITE - LABORATÓRIO DE VIROLOGIA E TERAPIA EXPERIMENTAL (FIOCRUZ-PE)

01 caso: meningoencefalite 02 casos: S. DE Guillain-Barré 02 caso: S. DE Guillain-Barré mista com sequela motora 02 caso: ADEM 90 casos em investigação (LCR): aguardando financiamento para os demais testes

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MICROCEFALIA – VISÃO DA ASSISTÊNCIA

19/10/15

19/10/15 Neurologista= relato

de aumento microcefalia/doença viral antecedente.

Solicita a opinião do clínico pela vivência

em surtos

26/10/15

26/10/15. Reunião de técnicos em câmera técnica

do CREMEPE – Multidisciplinar –

discutir protocolos e impressões.

Ampla investigação

foi proposta.

Zika forte candidato (dados clinico-

epidemiológicos)

11/11/15

11/11/15. Governo Federal declara

estado de emergência em Saúde

Publica

22/10/15. Comunicado a

PNCD (Claudio

Maierovitch Giovanine Evelin)

26 casos em 3

maternidades com caracterização suficiente para uma notificação oficial para OMS

Construído

comunicado em conjunto

assistência e SSE-PE, MS.

22/10/15

10/11/15

20/11/15. Visita ao IMIP

Dra. Jucile Menezes.

16 crianças internadas com microcefalia

"Especialistas nunca viram um número tão grande de casos em

tão pouco tempo" = isto por si só é suficiente

para uma investigação.

Realizado entrevista com as mães, coletado

amostras de soro (mães-crianças)e LCR.

A história clínica da

infecção prévia = Zika Hipótese é levantada

20/10/15

21/10/15 Dra. Kleber Luz-RN

Faz busca ativa junto a assistência e confirma aumento de casos com antecedente compatível

com Zika. Hipótese de arbovirose é

reforçada

21/10/15

17/11/15. Liq Amniótico em

gestantes com microcefalia na PB

PCR+ para Zika

"É altamente provável que o aumento de

casos tenha relação com Zika”

Claudio Maierovitch

17/11/15

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2015

Ministério da Saúde

Secretaria de Vigilância em Saúde

Versão 1

PROTOCOLO DE VIGILÂNCIA E RESPOSTA À

OCORRÊNCIA DE MICROCEFALIA RELACIONADA À

INFECÇÃO PELO VÍRUS ZIKA

Atualização: 08/12/2015 13:49 P á g i n a 3 | 71

Elaboração, distribuição e informações 2015 Ministério da Saúde.

Esta obra é disponibilizada nos termos da licença CreativeCommons – Atribuição – Não Comercial – Sem Derivações 4.0 Internacional. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte. Tiragem: 1ª edição – 2015 – versão eletrônica

Elaboração, distribuição e informações MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis Coordenação-Geral do Programa de Controle da Dengue Setor Comercial Sul–Quadra 4 Bloco A, 1º andar CEP: 70.340-000 – Brasília/DF Site: <www.saude.gov.br/svs> E-mail: [email protected] Ministro da Saúde: Marcelo Castro Secretário de Vigilância em Saúde: Antônio Carlos Nardi Produção Núcleo de Comunicação/SVS Organização Cláudio Maierovitch Pessanha Henriques – SVS/MS Giovanini Evelim Coelho – SVS/MS Giovanny Vinícius Araújo de França – SVS/MS Lívia Carla Vinhal – SVS/MS

Mariana Pastorello Verotti – SVS/MS Wanderson Kleber de Oliveira – SVS/MS Wanessa Tenório Gonçalves Holanda De Oliveira – SVS/MS

Especialistas colaboradoresAdolfo Wenjaw Liao - USP Adriana Oliveira Melo – IPPJAN/PB Akemi Suzuki - IAL/SP Amílcar Tanuri - UFRJ Ana Maria Bispo de Filippis – Fiocruz/RJ Ana Van Der Linden – IMIP/PE Anastácio Queiroz – UFCE Carlois de Albuquerque e Melo – OPAS/BR Carlos Alexandre Brito - UFPE Carolina Alves Pinto Basto – IMIP/PE Celina Maria Turchi Martelli - Fiocruz Claudia Duarte dos Santos – Fiocruz/PR Consuelo Oliveira – IEC/PA Daphne Rattner – UnB

Demócrito Miranda Filho – UEPE Enrique Vasquez- OPAS/BR Expedito Albuquerque Luna - USP George Santiago Dimech – SES/PE Hélio Hehl Caiaffa Filho- IAL/SP João Bosco Siqueira Júnior – UFG Joelma Queiroz Andrade - USP Kleber Giovanni Luz – UFRN Laura Rodrigues – London School Lavínia Schuler-Faccini - SBGM Luciana Albuquerque Bezerra – SES/PE Marcelo Nascimento Burattini - USP Marco Aurélio Horta – Fiocruz/RJ Maria da Glória Teixeira – ISC/UFBA Marly Cordeiro - Fiocruz/Ageu Magalhães Mônica Coentro Moraes – IMIP/PE

Pedro Fernando Vasconcelos – IEC/PA Rafael Dhália - Fiocruz/Ageu Magalhães Rafael França - Fiocruz/Ageu Magalhães Raimunda Socorro da S. Azevedo – IEC/PA Ricardo Arraes Ximenes - UFPE Rodrigo G. Stabeli – Fiocruz/RJ Rodrigo Nogueira Angerami - Unicamp Romildo Siqueira de Assunção – SES/PE Suely Guerreiro Rodrigues – IEC/PA Thalia Velho Barreto de Araujo - UFPE Vanessa Van der Linden – IMIP/PE

ColaboradoresAlexander Vargas – SVS/MS Alexandre Fonseca Santos – SVS/MS Amanda De Sousa Delacio – SVS/MS Andrea Fernandes Dias – SVS/MS Carla Domingues – SVS/MS Cid Santos – SVS/MS Dácio de Lyra Neto – SVS/MS Daniel Coradi de Freitas - ANVISA Diana Oliveira – SAS/MS

Eduardo Saad – SVS/MS Elisete Duarte – SVS/MS Elizabeth David Santos – SVS/MS Fabiana Malapina – SVS/MS Flávia Caselli Pacheco – SVS/MS Gabriela Andrade de Carvalho – SVS/MS Greice Madeleine do Carmo – SVS/MS

Isabela Ornelas Pereira – SVS/MS Isis Polianna Silva Ferreira – SVS/MS Jadher Percio – SVS/MS Jaqueline Martins – SVS/MS João Roberto C. Sampaio – SVS/MS José Manoel de Souza Marques – SAS/MS Juliana Souza da Silva – SVS/MS Lucia Berto – SVS/MS

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DÚVIDAS PERTINENTES

PORQUE QUE A POLINÉSIA FRANCESA NÃO DETECTOU CASOS DE MICROCEFALIA?

Hipótese: doença com taxas de incidência pequenas, necessita de "grande volume" para ser percebida.

Referencial: Incidência estimada de microcefalia por 1.000 NV em Pernambuco dos últimos 4 anos: 0,05 (2011 a 2014) Polinésia Francesa o População 270.000 o Tx natalidade por 1000 hab: 15 o Em 2014: cerca de 4.000 nascido vivos o Incidência estimada de microcefalia 0,05/1000: seriam 0.2 casos/ano - 01 caso por ano o Se ocorrer um aumento de 500% na Polinésia seriam 4 casos em um ano. Conclusão: difícil perceber pontos fora da curva pela assistência, em populações pequenas e

pequenos números de nascidos vivos, mesmo que todos ocorressem no mesmo mês.

Pernambuco: o 144.000 nascidos vivos por ano o Microcefalia estimada (média): 7 casos por ano (oscilou de 5 a 12 casos nos últimos 4 anos). o Em 2015 quanto foi percebida pela assistência foram 28 casos em um único mês. o Outros 20 casos já haviam sido notificados no SINASC e que não foram percebidos pelo sistema o

incremento, mas já representava 100% de aumento: para ver com é difícil identificar o ponto fora da curva

o O aumento em escala (28 casos) levou a percepção pela assistência Conclusão: as exposições com pequenas taxas de incidência que levam a desfechos como estes só

são percebidas em grandes populações e com altas taxas de natalidade

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NÚMERO DE CASOS POR 1000/10.000 NASCIDOS VIVOS

(BASE POPULACIONAL-BRASIL)

Situação epidemiológica até 30 de novembro de 2015 Pernambuco registra o maior número de casos, com 646 registros em investigação.

Paraíba (248) ocorrências, Rio Grande do Norte (79), Sergipe (77); Alagoas (59), Bahia (37), Piauí (36), Ceará (25), Rio de Janeiro (13), Tocantins (12),

Maranhão (12), Goiás (2), Mato Grosso do Sul (1) e Distrito Federal (1).

Ano

Prnambuco N casos

Microcefalia

Nascido vivos 2014

N casos/nascidos vivos

10000

Rio Grande do Norte N casos

Microcefalia

Nascido vivos 2014

N casos/nascidos vivos

10000

Paraíba N casos

Microcefalia

Nascido vivos 2014

N casos/nascidos vivos

10000

2015 646 130.526 49,49 79 43.235 18,27 248 52.443 47,29

Sergipe N casos

Microcefalia

Nascido vivos 2014

N casos/nascidos vivos

10000

Alagoas N casos

Microcefalia

Nascido vivos 2014

N casos/nascidos vivos

10000

Bahia N casos

Microcefalia

Nascido vivos 2014

N casos/nascidos vivos

10000

77 31.522 24,43 59 48.474 12,17 37 187.882 1,97

Piaúi N casos

Microcefalia

Nascido vivos 2014

N casos/nascidos vivos

10000

Ceará N casos

Microcefalia

Nascido vivos 2014

N casos/nascidos vivos

10000

Maranhão N casos

Microcefalia

Nascido vivos 2014

N casos/nascidos vivos

10000

36 42.824 8,41 25 115.730 2,16 12 105.893 1,13

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ALVOS TERAPÊUTICOS FUTUROS

• Período pré-patogênico Vacina • Período patogênico Anti-virais Imunoglobulina espec.

Vacinas Anti-virais

Anti-virais

Imunoglobulina Fisio/TO/Fono

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CLASSIFICAÇÃO E FECHAMENTO

DE CASOS

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ASSOCIAÇÃO E PERSPECTIVA?

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez M

icro

cefa

lia

Mic

roce

falia

73

164

303

182

Jan Fev Março Abril

Epi

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Epi

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Zik

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Epi

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Quando engravidaram?

1 Hipótese: estamos vendo gestante expostas em janeiro/fevereiro que tiveram seus bebes em setembro/outubro. Conclusão: Estaríamos então no início da epidemia já que em março foi o maior pico e exposição. Errado: a análise detectou que estas mães tiveram exposição exatamente no 3 mês de gravidez, então estaríamos vendo mães expostas no mês de pico da epidemia

2 Hipótese: as mães que estavam no primeiro ou segundo mês da gravidez no pico da epidemia (março) passaremos a ver um numero de casos na mesma proporção em novembro e dezembro, data prevista para o parto. Estas crianças poderão ter malformacão mais grave?

3 Hipótese: toda infecção congênita associada a malformação está associado a maior frequência de abortamento. Tivemos um aumento do número de abortos este ano, no primeiro semestre?

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PPERERÍÍODOS ODOS CCRRÍÍTICOS DO TICOS DO DDESENVOLVIMENTO ESENVOLVIMENTO HHUMANO UMANO PPRRÉÉ--NNATALATAL

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OUTRAS MALFORMAÇÕES OSTEOMUSCULARES

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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar

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ARBOVIROSES

QUINTAL DA CASA DA PACIENTE EM FASE AGUDA FEIRA DE SANTANA-BA (04 DOENTES NO

DOMICILIO). CONDIÇÕES IDEAIS PARA CRIADOUROS DO VETOR

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“ Será vencedor aquele cujo o exercito estiver

animado do mesmo espírito em todos os postos “

A Arte da Guerra, Sun Tzu.