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DISCIPLINA TEOLÓGICADISCIPLINA TEOLÓGICADISCIPLINA TEOLÓGICA
REALIZAÇÃO:
Igreja Renovação em Cristo
Evangelismo,Evangelismo,Missões e Visão CelularMissões e Visão Celular
Evangelismo,Missões e Visão Celular
REALIZAÇÃO:
Igreja Renovação em Cristo
ITER – Instituto Teológico Renovação Evangelismo, Missões e Visão Celular 1
INSTITUTO TEOLÓGICO RENOVAÇÃO - ITER
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Sobre o livro Didático
Categoria - Religiões - Teologia
Execução - 2013
2ª Edição
Título Original: Evangelismo, Missões e Visão Celular
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Índice Catálogo Sistemático
1- Teologia – Evangelismo – Cristianismo - Religião
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INTRODUÇÃO
A evangelização é uma obrigação de todo cristão, seja ele mestre da Palavra ou não.
Devemos evangelizar. Nossa intenção através deste trabalho é despertar na vida do
aluno a paixão e pleno compromisso de amor em propagar as verdades centrais do
Evangelho de Jesus Cristo para aqueles que estão perdidos. Alguém somente
alcançará a salvação se for por meio das Boas Novas do Senhor.
A evangelização e a obra missionária ainda são (ou, devem ser) a prioridade da
Igreja. Nas últimas décadas, o assunto tem sido verbalizado, pregado e debatido por
vias de supostas “conferências missionárias e evangelísticas” e até escrito em todo o
território brasileiro em vasta amplitude. E destes, que nos últimos anos se dedicam,
são pouquíssimos os que o honram verdadeiramente executando esta ordem. As
tarefas evangelística e missionária ainda são a essência da ordenança dada por
Jesus Cristo (Mt 28.19-20; Mc16.15,16). Por isso, a Igreja se levanta nesses últimos
dias cumprindo essa árdua e gloriosa tarefa delegada pelo nosso Mestre: o “Ide”.
“Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura... Ide, portanto, fazei discípulos de todas
as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas
as coisas que vos tenho ordenado” (Mc 16.15; Mt 28.19,20).
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EVANGELISMO, MISSÕES E VISÃO CELULAR
I. EVANGELISMO
1. DEFINIÇÕES
1.1 Definindo Evangelho - A palavra “evangelho” é oriunda de duas terminologias
gregas: eu, que quer dizer “bom”, e de angelia, que se traduz por “mensagem, notícia,
novas” 1. Esta palavra (ευαγγέλιον) foi traduzida pela Septuaginta como euuangelion,
vindo a compor o sentido de “boas novas”. Nos tempos do Antigo Testamento (2Sm
18.20,25,27; 2Rs 7.9) 2, traduzia-se por “pagamento pela transmissão de uma boa
notícia”, vindo mudar para “o anúncio da aparição de uma autoridade da época” e
também para “informar o nascimento deste ou a sua coroação”. No Novo Testamento
aparece no singular como o verbo euuangelizo, “evangelizar” entre outras aparições.
Então se conclui que o Evangelho é a boa notícia, e boas novas de alguém ou alguma
coisa. Sabemos que ambas são as boas do próprio Jesus Cristo, o Salvador. Sem
esta pessoa central não existe evangelização. E ainda, como afirma Esequias Soares
em seu Manual de Evangelismo e Missões (2002): “O Senhor Jesus Cristo é o
conteúdo do evangelho: sua vinda, seu ministério terreno, seu sofrimento, morte e
ressurreição (Rm 1.1-7). É a mensagem de Cristo que salva o pecador (Jo 3.16; Rm
1.16). Somente a salvação em Jesus pode restaurar o homem perdido por completo,
e isto é realizado por meio da evangelização e a persistência missionária”.
1.2 Definindo Evangelização - A pregação do Evangelho é a evangelização em
geral. A obra de evangelização é “a proclamação de Jesus Cristo como Senhor e
Salvador, por cuja obra o homem se liberta tanto da culpa como do poder do pecado,
e se integra nos planos de Deus, a fim de que todas as coisas se coloquem sob a
soberania de Cristo” 3.
A definição mais adequada de evangelização segundo os missiólogos foi cunhada por
Cannon May Warren, da Abadia de Westminster, em Londres:
“Evangelização é a apresentação de Jesus Cristo no poder do Espírito Santo, de tal maneira que os homens possam conhecê-lo como Salvador e servi-lo como Senhor, na comunhão da igreja e na vocação da vida comum. Isso é
evangelização” 4.
O evangelismo é o centro da ação de evangelização devido a que o ponto central é
Jesus Cristo, a peça central do Evangelho. É o ato de compartilhar as boas novas de
Jesus Cristo. Tanto evangelismo como a evangelização são essenciais à vida cristã.
1 Léxico Grego do Novo Testamento, Vida Nova, 1989.
2 SOARES, Esequias. Manual de Evangelismo e Missões, Além Mar, 2002.
3 Revista Ultimato, artigo; Evangelização - definições protestantes número 286, janeiro-fevereiro 2004.
4 Ultimato, Viçosa, p. 19. Setembro 1986.
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1.3 Definindo Evangelismo – Portanto, evangelismo é evangelizar, isto é,
espalhar as boas-novas da salvação em Cristo. É a obra de falar de Jesus aos
perdidos e levá-los a Cristo, o Salvador (Jo 1.41; At 8.30).
Evangelismo é um movimento e também uma arte. Como movimento, compreende a
totalidade de instituições e atividades que tem por objetivo a divulgação do
Evangelho. Como arte, vemos a aplicação de métodos e técnicas em ação conjunta
ou isolada, coletiva ou pessoal, de que se vale o movimento para alcançar o seu fim.
1.4 Algumas Definições de Evangelismo
Um imperativo (ordem expressa) divino (Mc 16.15; Mt 28.18-20).
É a igreja saindo em busca dos perdidos.
É a tarefa que a Igreja tem de proclamar, propagar e estabelecer tudo o que
contem a pessoa e obra de Jesus aos perdidos;
É libertar o homem das garras de Satanás, do mundo e do pecado.
É a tarefa de levar homens à salvação;
Evangelizar é, portanto, a suprema tarefa que se executa para ganhar almas
para o Senhor Jesus.
É alegria nos céus; e a suprema necessidade do homem, pois através da
ação evangelística, ele volta-se para Deus.
1.5 Evangelização - O Amor em Deus em Ação
Ação Apresentar a Cristo.
Poder No poder do Espírito Santo.
Propósito Que os homens confiem em Jesus Cristo como Salvador de suas vidas.
Resultados Que eles sirvam a Cristo como Senhor na fraternidade de sua Igreja.
1.6 Algumas funções do evangelista:
Vê o valor do indivíduo.
Compadece-se do perdido.
Dedica-se à busca.
Restaura o que foi achado e cuida dele.
A evangelização começa com Deus. O plano é dEle. Ele nos deu em sua Palavra os
modelos a que devemos cingir-nos, e mediante seu Espírito Santo nos dá poder para
consegui-lo: Pregação, ensino e testemunho:
Na pregação, proclamamos o Evangelho fazendo um apelo às pessoas.
No ensino, explicamos as verdades do Evangelho.
No testemunho, dizemos o que Cristo fez por nós.
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1.7 Pacto de LAUSANNE 5 - A teologia da evangelização desenvolveu métodos e
princípios embasados nas Escrituras para produzir meios estratégicos e ordeiros a fim
de se propagar o Evangelho de Cristo com mais eficiência. Entre eles, citamos o
chamado Pacto de Lausanne que é um documento e tratado de 1974. Tem em um
dos seus parágrafos a seguinte informação concernente à evangelização e
discipulado:
“Evangelizar é difundir as boas novas de que Jesus Cristo morreu por nossos pecados e ressuscitou segundo as Escrituras, e de que, como Senhor e Rei, Ele agora oferece o perdão dos pecados e o dom libertador do Espírito a todos os que se arrependem e creem. Mas a evangelização propriamente dita é a proclamação do Cristo bíblico e histórico como Salvador e Senhor, com o intuito de persuadir as pessoas a vir a Ele pessoalmente e, assim, se reconciliarem com Deus. Ao fazermos o convite do Evangelho, não temos o direito de esconder o custo do discipulado. Jesus ainda convida todos os que queiram segui-lo a negarem a si mesmos, tomarem a cruz e identificarem-se com a sua nova comunidade. Os resultados da evangelização incluem a obediência a Cristo, o ingresso em sua Igreja e um serviço responsável no mundo”.
Em concordância com o Pacto de Lausanne, “o discipulado, a evangelização e a
intercessão são as três principais colunas do crescimento da Igreja”. Evangelizar é
tarefa de todos nós! Paulo propõe a Timóteo (4.4) “Prega a palavra; insta a tempo e
fora de tempo”.
1.8 O que Não é Evangelismo
Entregar panfletos sem explicar a fé;
Repetir “palavras mágicas” apenas para cumprir obrigação como: “Jesus te
ama”, “procure uma igreja” etc.
Falar sem conhecimento e convicção. Isso é envergonhar e não evangelizar;
Discutir com o pecador;
Falar mal;
Apenas você falar;
Ofender a crença ou a pessoa evangelizada;
Mandar alguém para o inferno;
Julgamento precipitado;
Falar só da “sua” igreja;
Usar gírias desnecessárias;
Impor, forçar o ouvinte a escuta-lo;
A partir deste ponto discorreremos na ação conjunta do evangelismo e a tarefa
missionária. O que significam evangelismo e missões para a Igreja neste novo
milênio? Quais as principais estratégias para a execução dessa tarefa?
5 Documento produzido durante o Congresso Internacional de Evangelização Mundial, realizado em Lausanne,
Suíça, de 16 a 25 de julho de 1974, com a presença de 2.700 participantes, representando mais de 150 países.
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2. O EVANGELISMO NA BÍBLIA SAGRADA
2.1 Os Evangelhos - Fundamentais para a Evangelização – Os quatro
Evangelhos são categóricos ao mostrar um Jesus plenamente evangelista e ao
confirmar o IDE do Mestre nos seus relatos. Leia: Mt 28.19,20; Mc 16.15-18; Lc 24.47-
49 e Jo 20.21,22.
2.2 A Igreja Primitiva e a Evangelização - O livro de Atos dos Apóstolos
essencialmente é o ponto histórico para orientação de como a evangelização
funcionava na Igreja Primitiva. Este livro é o modelo instrutivo para aprendermos as
formas de evangelismo, inclusive de casa em casa. Vale a pena ressaltar que no
tempo da Igreja Primitiva, tanto os seguidores de Jesus, mais tarde intitulados
cristãos, como os apóstolos daquela época, o cristianismo e toda religião ou
movimento, eram considerados seitas do judaísmo (At 24.14). Para pregar ou
evangelizar como Jesus ordenou (Mc 16.15) era questão de morte. “Não havia
liberdade de pregar abertamente o nome de Jesus” 6. “Eles então se reuniam nas
casas dos novos crentes (Rm 16.5; 1Co 16.19; Cl 4.15). Não havia templos cristãos
como temos hoje, não havia essas belíssimas catedrais que levaram até séculos para
serem construídas. Não, não tinham tempo para apreciarem a arquitetura de suas
igrejas, pois estavam ocupados demais evangelizando lá fora, onde os pecadores
estavam”. (SILVA, 2015)7. Não é de se estranhar que esta forma de evangelismo é
resgatada pelas igrejas em células com novas adaptações estratégicas para uma
evangelização mais prática, consistente e eficaz. Estudaremos nos próximos capítulos
sobre a Visão Celular M12.
No entanto, é imprescindível esclarecer que Jesus é ponto principal em todos os
sentidos para a Evangelização e a Missão. Sua forma de evangelização era pelos
meios dos seus próprios atos, de suas obras e palavras poderosas.
2.3 Jesus Cristo, nosso modelo de Evangelista.
O Senhor Jesus é o nosso perfeito modelo de evangelista pessoal. Vale a pena
observarmos suas características pessoais, na atividade de evangelizar:
1) Diligência (Jo 1.35-46).
2) Paciência e determinação (Jo 4.6-30; 39-42).
3) Compaixão (Mt 9.35-38; 23.37; Lc 19.41).
4) Vida de oração e comunhão com Deus (Mc 1.35; 6.46,47; Lc 5.15,16).
5) Espírito de sacrifício (Mt 20.28).
6) Concisão (Jo 3; Lc 18.18-23; Mc 11.28-30).
7) Espírito compreensivo e perdoador (Jo 8.1-11).
8) Persistência (Jo 4).
9) Sabedoria (Lc 10.25-37; Jo 8.7,11).
7 SILVA, Paulo Cristiano. Evangelismo, CACP, 2015.
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3. A IMPORTÂNCIA E URGENCIA DO EVANGELISMO
3.1 A Grande Comissão - A importância vê-se no fato de que a evangelização dos
pecadores foi o último assunto de Jesus aos seus discípulos antes de ascender aos
céus. Nessa ocasião Ele ordenou à Igreja o encargo da evangelização do mundo (Mc
16.15,19; At 1.8,9).
Por um lado temos o Clamor do Mundo e por outro a pergunta de Deus: “A quem
enviarei, e quem há de ir por nós?” QUEM? (Is 6.8). Evangelismo é conquista de
almas para o Reino de Deus. É também uma guerra. E a ordem para avançar parte
do coração de Deus. Todo crente deve ser um “ganhador de almas”.
3.2 Deus tem pressa - O Senhor tem pressa nesse arrebanhamento de almas.
Elas podem deixar este mundo num abrir e fechar de olhos. E depois da morte não há
salvação. Jesus disse a Zaqueu: “desce depressa...” (Lc 19.5). E essa nota de
urgência deve dominar o evangelismo. Perto do coração do Mestre podemos ouvir a
voz de comando: “Trabalhai enquanto é dia; vem a noite quando ninguém pode
trabalhar” (Jo 9.4). Cada atitude evangelística nossa é um tiro de morte contra as
heresias. O mais importante para nós é viver o evangelismo, dormir e acordar com a
preocupação das almas sem Cristo. Resta-nos pouco tempo para trabalhar.
3.3 Necessidade Urgente - Enquanto deixamos de agir, as seitas satânicas estão
agindo sem parar, nas ruas, praças, transportes coletivos, casa em casa, até mesmo
lucrando com suas vendas. Temos todas as armas que necessitamos para a batalha
contra o destruidor das almas. Há literatura em abundância e até gratuita, meios de
comunicação, liberdade para expressar e difundir o Evangelho, templos confortáveis,
tecnologia, e mais que tudo, a Unção do Alto e a Autoridade do Nome de Jesus e Sua
Palavra. Ele mesmo nos escolheu para esta tarefa (Jo 15.16; Is 43.1-10; Tg 2.5; 1Co
1.26-29; 1Pe 2.9-10).
Jesus, certa vez disse aos discípulos algo que certamente vale para nós hoje: “Não
dizeis vós que ainda há quatro meses até a ceifa? Eu, porém, vos digo: Erguei os
vossos olhos e vede os campos, pois já branquejam para a ceifa” (Jo 4.35).
Todo cristão recebe de Jesus o Ministério da Reconciliação:
(2 Co 5.18-19)
“Ora, tudo provém de Deus que nos reconciliou consigo mesmo
por meio de Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação, a
saber, que Deus estava em Cristo, reconciliando consigo o
mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos
confiou a palavra da reconciliação”.
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3.4 Fatores Importantes ao Evangelizar:
1) Fatores Importantes (antes de evangelizar):
Decisão
Disposição
Compromisso
2) Fatores Importantes (ao evangelizar):
Compaixão/Vida de Oração
Persistência
Sabedoria
3) O tríplice alvo do Evangelismo:
Salvar os perdidos
Restaurar desviados
Edificar crentes
4) As vantagens do Evangelismo:
Adapta-se às condições espirituais de qualquer pessoa
Promove o crescimento da Igreja
Vence todos os preconceitos.
5) O manual do obreiro: As Sagradas Escrituras.
6) Resultados ao evangelizar.
7) Circunstâncias (tipos de pessoas, desculpas, etc.).
8) Memorizando versículos (como usar a Bíblia)
9) Entenda e explane o Plano da Salvação.
3.5 Três Elementos Básicos do Evangelismo
1. Informação. Evangelismo é uma ação que tem por finalidade informar. É
preciso que o pecador seja informado a respeito de sua condição, da natureza e
consequência do pecado em sua vida, do amor de Deus e de sua providência para a
salvação de suas criaturas; o que é necessário fazer para se salvar. A informação
pode ser ministrada por meio da proclamação, ensino da proclamação, ensino
pessoal, literatura e processos modernos de comunicação, tais como rádio, TV,
internet. Seja qual for o processo empregado, é preciso que a ação evangelizadora
não omita informação.
2. Persuasão. O diabo seduz, mas o Espírito Santo convence. Evangelizar não é
apenas informar, é também persuadir através do Espírito. Além de ministrar as
necessárias informações a respeito do Evangelho, o evangelista precisa também,
como instrumento de Deus, tentar persuadi-lo (convencê-lo) a submeter-se a Cristo.
3. Integração. Ocorre na ação evangelizadora após o pecador se converter.
Consiste no discipulado, durante o qual o novo convertido aprende as doutrinas
bíblicas, cresce em poder e fé, e se desenvolve, aplicando-se cada vez mais ao
serviço de Deus. A evangelização de uma pessoa não termina quando ela aceita a
Cristo como Salvador, mas continua por toda sua vida.
Na verdade o Evangelismo compreende a tarefa inicial de Anunciar a Cristo e a
Salvação – discussões doutrinárias cabem ao “Discipulado”.
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3.6 Motivos para Evangelização – Por que evangelizar? A resposta é: porque
somos servos. Segundo, somos filhos de Deus por Jesus Cristo, e o filho obedece à
ordem do Pai Eterno. E o principal, por que amamos a Deus e somos gratos pelo
sacrifício de Jesus Cristo na cruz, nos perdoando e justificando diante de Deus.
Ordem divina
Obediência
Missão
Amor
Gratidão
É comum observar as desculpas que se tem para realizar a evangelização. Não é
verdade que não temos motivo para evangelizar. Precisamos apenas obedecer.
Existem quatro pontos que nos levam a entender esta tarefa:
Por que evangelizar? (Mc 16.15).
Quando evangelizar? (2Tm 4.2).
Onde evangelizar? (At 20.20).
Como evangelizar no poder de Deus? (At 1.8).
4. MÉTODOS E FORMAS DE EVANGELISMO
Qual é o melhor método para evangelizar? Na verdade não existe, pois cada um tem
o manual em suas mãos – a Bíblia, e cada discípulo é responsável pelo seu chamado.
Porém, os métodos variam, mas a essência será sempre a mesma, Jesus.
4.1 Jesus e o Evangelismo Pessoal - As formas, como já dissemos, variam, mas
Jesus adotava uma que ninguém despreza: o “boca a boca”, chamado de
“evangelismo pessoal”. Este tipo de evangelismo permite acessibilidade para o
contato mais profundo com o pecador. Há grande ênfase no evangelismo de
multidões, cruzadas evangelísticas e por meios de comunicação. Todos os métodos
são bons para o anúncio do Evangelho, porém, cremos que o evangelismo pessoal,
feito com compaixão, persistência e também sabedoria é o mais eficiente. O
exemplo é de Jesus que chamou individualmente: Pedro e André; Tiago e João (Mt
5.18-22); Nicodemos (Jo 3) ; Levi (Lc 5.27-28) ; Filipe (Jo 1.43-46); a mulher
samaritana (Jo 4.6-14) ; a mulher adúltera (Jo 8.1-11); Zaqueu (Lc 19.1-10). Jesus é o
nosso modelo:
Jesus chorava pela multidão (Lc 19.41,42)
Jesus se afligia por elas (Lc 22.44)
Jesus ia ao encontro delas (Mc 1.38,39)
Qual é o melhor método de evangelização? Da mesma forma podemos perguntar:
Qual o melhor método para pescar: com rede, arpão ou anzol? Depende das
circunstâncias. Há muito tempo Jesus chamou uns pescadores e se prontificou a
dar-lhes um curso sobre métodos de evangelização:
“Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens” (Mt 4.19).
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4.2 Princípios – Contudo, devemos seguir os princípios que Ele estabeleceu:
Ir onde as pessoas estão.
Usar toda e qualquer oportunidade para apresentar o Evangelho.
Usar o método que melhor se adapte às necessidades.
Utilizar o equipamento e as instalações que estejam ao nosso alcance.
No próprio convite de Jesus, podemos ter a certeza de que há também a promessa de que
alcançaremos homens, mulheres e crianças para Ele.
4.3 Os Apóstolos e as Formas de Evangelização – Após a ascensão de Jesus e
a descida do Espírito Santo sobre eles (At 1.8), os apóstolos passaram a integrar uma
forma mais firme e rígida entre eles. O contexto era de perseguição e tristeza, e por
outro lado de muita ousadia, pois pregavam, nas praças, casas, e debates com os
grupos religiosos (At 7). Todos estavam preparados para realizar esta tarefa. A
primeira temática era o arrependimento, conversão, perdão dos pecados e volta de
Jesus (At 3.19; 4.12, Hb 12.1), além dos milagres, confrontos e libertações, o
Evangelho era a forma que pregavam em todos os tipos e métodos que surgiam
diariamente e naturalmente. As ferramentas deles eram: a Palavra (o Evangelho), o
poder do Espírito Santo, a oração (At 3.6), e o amor pelos perdidos. A nossa parte
para imitar este modelo deve estar no mesmo sentimento de Jesus Cristo (Fp 2.5), e
andar como Ele andou (1Jo 2.6; At 10.38).
4.4 As formas de evangelizar - Evangeliza-se através de:
Bom testemunho de vida, pois quem não tem, não pode falar de Jesus;
Comportamento social, postura sóbria, alegre;
Literatura bíblica, porções do Novo Testamento;
Folhetos específicos de salvação, cruz, cura, paz, inferno, além da vida, etc.
Ajudas assistencial e social 8 – socorro de enfermagem; Capelania Hospitalar e Presídios;
Pregando ao ar livre; em massa: eventos;
Dialogo relacional, festas, eventos e passeios, a caminho do trabalho, etc.
Filmes;
Meios de comunicação social; internet, mensagens, telefonemas, etc.
Exercendo os dons espirituais em horas certas e com sabedoria;
Pessoal: explicando a fé com calma e profundidade e convicção;
Reuniões de células (o que veremos nos próximos capítulos com mais atenção).
Camisetas com versos e frases bíblicas.
As formas de evangelização são múltiplas. Muitos não sabem o que dizer na hora que
o pecador está à sua frente. Alguns apenas dizem “Jesus te ama” e saem correndo!
Parece sarcástico, mas é uma realidade em nosso contexto. O problema disso é a
falta de preparação, instrução e consciência da tarefa evangelística. E se não houver
uma motivação para somar à evangelização, tudo será teoria, sem prática.
8 Devem existir projetos, porém, em lugares específicos como vilarejos, aldeias, periferias, entre outros,
precisamos só estar atentos aos aproveitadores para não ocuparem o lugar daquele que necessita da assistência e quer realmente mudança de vida com o Evangelho. Muitos não querem compromisso, apenas usufruir daquilo que a Igreja oferece. Atualmente muitas agências, projetos evangelísticos e igrejas principalmente, têm sofrido com isto.
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4.5 Orientações para evangelização prática - Para evitar possíveis transtornos
e/ou escândalos na evangelização esteja atento às seguintes orientações que
ajudarão na execução da tarefa evangelística:
Esteja preparado em oração, jejum e Bíblia (Evangelho na ponta de língua); Dependa de Deus para evangelizar, pois conhecimento usado de forma errada (direito,
psicologia, pedagogia, teologia, letras, sociologia, etc.), pode atrapalhar; Evangelize em todo tempo; mas em missão, saia em dupla, nunca sozinho, é mais seguro e
harmonioso; Espere a hora certa para falar; Ouça mais, fale menos; seja atencioso ao ouvinte; Não critique a religião alheia; Seja calmo e objetivo; Faça perguntas para prolongar o diálogo e esteja atento à oportunidade para explicar a
pergunta e resposta do ouvinte; Não evangelize espíritas ou sacerdotes religiosos. Não entre em seus territórios, onde
acontecem cultos e sacrifícios. As maiores entidades estão mais fortes para lhe atacar se não tiver uma preparação espiritual ou ordem direta de Deus;
Tire o máximo de dúvidas; Convide para a célula, um culto ou indique uma igreja; Peça endereço para realizar uma oração no lar; (prepare-se e convide duas ou três pessoas
maduras espiritualmente); Mostre o amor de Deus para a pessoa evangelizada; Não a deixe tirar a atenção; Seja manso e rápido nas palavras; Tenha os principais textos bíblicos em fácil acesso para mostrar ao pecador; E mostre a ela que o pecado está dominando a Humanidade e toda pessoa necessita de
salvação em Jesus. Ao fazer isso, você estará perto de ganhar esta alma, pois o Espírito Santo já terá trabalhado no coração e na mente dela.
As instruções práticas devem ser analisadas e aplicadas com muita atenção pelo
evangelista, para assim explicar a fé ao ouvinte e tirar-lhe as dúvidas que estão
brotando no coração.
“Os fatores que compõem este cabedal para o evangelista e a evangelização são: TER ATITUDE e
depois QUERER, ACREDITAR e AMAR. Fazendo a aplicação correta e devida destes princípios
norteadores, Deus certamente o honrará” 9.
5. EVANGELIZAÇÃO DE CRIANÇAS
Por que evangelizar crianças:
As crianças de hoje serão os homens de amanhã.
A criança possui um coração ainda não contaminado pelo mal.
Se não ensinarmos a Palavra de Deus às crianças, elas irão aprender diferente
nas escolas.
A colheita é certa e cheia de frutos.
Ensinar as crianças é uma das tarefas mais gloriosas.
9 SILVA, Flávio da & NETO, Valquíria Anselmo. Apostilas de Evangelismo - Habilidades conversacionais na
evangelização, IBAD, Pindamonhangaba, 2008.
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II. MISSÕES
1. DEFINIÇÕES
1.1 Definindo Missão - A palavra “Missão” tem sua origem do latim missio-onis,
que simplesmente quer dizer “envio” ou “ato de enviar ou ser enviado”. Esta pode ser
definida como encontramos no Dicionário de Língua Portuguesa com sinônimos e
derivações: “encargo, incumbência, desempenho de um dever; negociação
diplomática... sermão ou série de sermões destinados a avivar a fé; local onde se
estabelecem missionários; a pregação dos missionários; estabelecimento de
missionários; compromisso, dever imposto ou contraído, obrigação; certo número de
pessoas enviadas em missão; e figuradamente uma razão de ser, fim”.10 É
impressionante como esta palavra tem um peso por si só e sua designação.
No sentido bíblico teológico-eclesiástico, “missão” nada mais é do que a ministração
da mensagem do Evangelho em locais para todas as pessoas que não conhecem a
Jesus Cristo. E normalmente isto se situa e começa a acontecer quando o Evangelho
não é conhecido e aceito pelos perdidos.
1.2 Definindo Missionário / Apóstolo - O termo “missionário” é uma tradução da
palavra grega apostolo ou apostellein (Apóstolo) que significa “aquele que é enviado,
mensageiro ou embaixador”. Este enviado representa aquele a quem o enviou, neste
caso, o Senhor Jesus Cristo. O Apóstolo é uma autoridade enviada para estabelecer
e fortalecer igrejas como se vê no NT (At ).
A definição para “missionário” encontrada na palavra “apóstolo” está na diferença
etimológica e tradução. O termo “missionário” vem do latim missionarius, da raiz de
missio “ato de enviar”, e de mittere, que também é “enviar”. Foi alterada por Jerônimo
na sua tradução latina (Vulgata) especificando como “aquele que é mandado a
realizar uma tarefa”. Deste modo, tanto o grego “apostolo” como o termo latino
missionarius, apesar de serem palavras diferentes, possuem o mesmo significado:
“enviado para uma missão em nome de uma autoridade ou representante da mesma”.
No caso do missionário, este é enviado pela orientação do Espírito de Deus para levar
o Evangelho aos não evangelizados.
Portanto, a Missão não é feita sem um “agente”, um representante ou um enviado. É
o missionário que realiza esta tarefa com muito preparo e fundamento da sua fé. A
Igreja ou os órgãos religiosos possuem seu departamento, comunidade ou
organização das missões, e cada um tem seus missionários.
10
Outras terminologias para “Missão”, são específicas como “realizar ou cumprir uma ordem superior especifica e
urgente “em nome de” (CUNHA, Dicionário etimológico, 1989).
ITER – Instituto Teológico Renovação Evangelismo, Missões e Visão Celular 14
2. JESUS CRISTO: MISSIONÁRIO POR EXCELÊNCIA
“Deus tinha um único filho e fez dele um missionário”. David Livingstone.
É necessário reconhecer que Deus foi o primeiro que enviou seu Filho, e foi o primeiro
a ser mantenedor. Além disso, fundou, criou e estabeleceu o mundo; portanto Ele é o
primeiro missionário por excelência. Jesus é o centro da Missão de Deus. “O seu
ministério terreno como a maior expressão e figura do que é ser um missionário” foi
explícito em Jesus. Despojou-se de Sua Glória, encarnando e vivendo entre os
homens. Ele nos resgatou, nos purificou de nossos pecados e nos deu a vida eterna.
A Sua missão como o Salvador do mundo já foi declarada desde o princípio na
eternidade (Ap 13.8).
3. MISSÕES NA BÍBLIA: ISRAEL E A IGREJA – “A Bíblia, de Gênesis 1.1 a
Apocalipse 22.21, é um livro essencialmente missionário, visto que sua inspiração
deriva de um Deus missionário, o Deus que envia... e é à luz dessa revelação de
Deus que a Igreja enfrenta o maior desafio do cristianismo - a inacabada tarefa
missionária, cujo âmago é a evangelização” (Carriker, 2005)11. O povo de Israel serviu
de ferramenta para que Deus viesse a alcançar seu povo no período
veterotestamentário. Nos tempos do Novo Testamento a Igreja estabelecida por
Jesus Cristo (Mt 16.18) passa a ser a essência do Salvador. Atos dos Apóstolos é o
livro que abre o novo tempo para Igreja de Jesus Cristo. Esse tempo não se encerrou
ainda.
4. APÓSTOLO PAULO, O MISSIONÁRIO - O apóstolo Paulo foi o grande
missionário da história. Destacamos sua eficácia, e contribuição sem igual no NT,
tanto na teologia como nas missões. Ele foi um gigante e o personagem mais
destacado nas páginas do NT. A sua forma de contextualizar o Evangelho de Jesus
Cristo “para um público greco-romano, permitindo que ela transcendesse suas raízes
judaicas” foi algo extraordinário. Sua preocupação em estabelecer igrejas, e depois
supervisionar é exemplo até hoje. Um verdadeiro imitador de Jesus Cristo. No
entanto, outros personagens do NT são vistos como autênticos missionários também:
Barnabé, João, Pedro, Tiago, Timóteo, Tito; todos foram legítimos missionários. Não
somente porque implantaram igrejas, mas porque souberam permanecer em suas
vocações como foram chamados também. Portanto, os apóstolos foram os primeiros
missionários cristãos. O cristianismo é essencialmente missionário.
5. AS IGREJAS MISSIONÁRIAS ATRAVÉS DOS TEMPOS - Muitos homens e
mulheres, sinceros e dinâmicos, levaram o Evangelho por toda a parte onde
passaram. Referências são feitas às Igrejas na Judéia, Galileia, Samaria (At 9.31),
Síria e Cilicia (At 15.23), Ponto, Capadócia e Bitínia (1Pe 1.1). Porém, não sabemos
ao certo quem levou o Evangelho a estes lugares e fundou as igrejas fortes,
existentes nestas cidades. Inquestionavelmente, também muitos dos judeus devotos,
11
CARRIKER, Timóteo. A Visão Missionária na Bíblia, uma história de Amor, Editora Ultimato, 2005.
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procedentes de toda a parte do mundo de então, que são citados em Atos 2,
tornaram-se crentes e voltaram aos seus lares e cidades, anunciando a Cristo,
estabelecendo igrejas em várias regiões. E este esforço missionário perdurou através
dos séculos debaixo de perseguições, resistindo a oposições, enfrentando heresias e
cismas, confirmando as palavras do Senhor Jesus: “...e sobre esta Pedra edificarei a
minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16.18). Aquilo
que é estabelecido para a glória do Senhor Jesus não será destruído, inclusive a Sua
Igreja, propriedade particular.
6. OS PRINCIPAIS NOMES DA HISTÓRIA MISSIONÁRIA - Depois do período
apostólico, os grandes vultos das missões são espalhados pela face da terra. Nomes
que sempre ardem em corações que ao conhecerem suas vidas através de literatura
missionária, tornam-se quase impossível não desejar ou edificar sua fé com a de um
deles. Destacamos nomes como: William Carey, Hudson Taylor, John Hyde, David
Livingstone, David Brainerd, Adoniram Judson, John Paton, os irmãos Morávios,
Jonathan Goforth e muitos outros que sempre acendem as chamas dos corações.
7. O EVANGELHO, BASE DAS MISSÕES – Toda a tarefa da evangelização é
fundamentada nas Sagradas Escrituras. As estratégias não podem suplantar os
princípios do Evangelho de Cristo. As missões têm por objetivo inserirem-se em
bairros, comunidades, periferias, cidades, países; buscando integrar, com todo
esforço os princípios da salvação em Jesus Cristo. Tudo é realizado de acordo com a
realidade de vida dos povos que recebem a mensagem, porém, a mensagem de
maneira nenhuma pode ser alterada – Jesus é sempre Jesus e mais nada. E deste
modo, geralmente esta missão toma outras formas crescendo, alcançando e
ultrapassando os limites, assumindo ate a dimensão social, econômica, educativa,
assistencial e, muitas vezes, artística e cultural, facilitando o ato de ser ouvido, ganho,
consolidado e discipulado, esperando o momento adequado para o envio.
8. AS VÁRIAS FORMAS DAS MISSÕES - A priori podemos conceituar missões
como o ato de enviar homens e mulheres com autoridade de pregar o Evangelho em
sua própria cultura ou em outras culturas, tanto longe como perto. Os tipos de
missões mais conhecidos são: transculturais, domésticas, organizadas,
independentes e estrangeiras. Especificamente, explica-se:
Missões Transculturais - Para ser um missionário transcultural, não precisa
necessariamente estar em outro país, pode ser até num bairro, pois a transculturação
se identifica com culturas e não com distância e espaço geográfico.
Missões Domésticas – Uma missão realizada em sua própria nação, língua ou
algum grupo social que ainda não foi evangelizado ou totalmente alcançado.
Missões Organizadas - Nesta o missionário é enviado e sustentado por uma Agência
Missionária ou departamento de missões que o sustenta plenamente.
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Missões Independentes - Esta é uma missão onde o missionário se auto
responsabiliza. Sem vínculos com base ou agências missionárias; apenas depende
de ofertas de pessoas ou igrejas que contribuem voluntariamente com seu ministério.
Missões Estrangeiras – este se identifica com os outros países, ou tem chamada
específica, um verdadeiro “além das fronteiras” ou sem limites. Alguns confundem
com a missão transcultural.
9. MOTIVO DE MISSÕES – Na chamada para missões existe algo que motiva,
chama, ordena, capacita e envia. E dentro destas menções algo precisa ser bem
esclarecido entre os candidatos - a sua motivação. Segundo a missionária Ruth Doris
(in memorian): “A motivação missionária é Jesus Cristo”. Nessa Motivação temos:
Forças Primárias e Secundárias:
a) Forças Primárias.
Uma ordenança de Jesus Cristo.
A obra regeneradora somada a “uma experiência cristã que nos impulsiona para
compartilhar as Boas Novas de Salvação”.
A necessidade evidente do mundo; a situação de calamidade do homem sem
Cristo.
b) Forças Secundárias.
Ao meu próximo, aos domésticos da fé, ajudando órfãos, pobres, anciãos e viúvas
sem condições, pois ainda existem milhões desses casos no país.
10. O CHAMADO MISSIONÁRIO - O missionário é aquela pessoa que tem uma
chamada divina específica e atende a mesma executando a tarefa da missão.
Indiscutivelmente é uma figura “comum”, porém com uma função especial e não pode
ser impedida. Ele atua especificamente como fundador de novas igrejas em locais
não evangelizados, um assistente do pastor local, um tradutor, médico, evangelizador,
etc. O Chamado missionário sempre é confirmado por alguns fatores que também
contribuem para a certeza de que Deus está enviando o Seu ungido. Podemos alistar
alguns:
Por uma convicção sobrenatural dada pelo Espírito Santo;
Pela própria Palavra de Deus que nos dá a confirmação;
Pelas circunstâncias que Deus usa para nos guiar;
Pelos conselhos de pessoas piedosas e experimentadas no relacionamento com Deus;
Orações respondidas até às vezes de forma milagrosa;
Uma paz profunda no coração quanto à decisão que estamos tomando;
Pelas portas abertas e até mesmo pelas portas fechadas 12
;
12
Centro Teológico Ebenezer, 2008.
ITER – Instituto Teológico Renovação Evangelismo, Missões e Visão Celular 17
O conselho é que ninguém julgue a forma pela qual Deus chamou o Seu servo para a
Sua tarefa. Se ele tem ou não a idade padrão, experiência, cursos, se tem bens ou
não, se é de boa aparência ou não; escolhido é escolhido por Deus e sempre será até
o dia da sua morte! Desde que esteja fazendo a vontade daquele que o chamou!
11. QUALIDADES, QUALIFICAÇÕES E PREPARAÇÃO DE UM AUTÊNTICO
MISSIONÁRIO - O missionário, filiado ou não a uma instituição religiosa, necessita ter
características, requisitos e uma preparação específica para assumir
responsabilidades no campo. Precisa ser íntegro, humilde e honesto. E mais,
prioritariamente, ser convicto de sua chamada, ter visão espiritual e equilíbrio
emocional, sensibilidade quanto ao próximo, ser informado, reciclando-se
constantemente, servo atuante, exímio manejador da Palavra de Deus e cheio do
Espírito Santo. A preparação do missionário requer tempo, investimento e fé.
Destacamos alguns cuidados:
Firme experiência de Salvação e Comunhão com Cristo;
Conhecimento profundo da Bíblia e da sua fé;
Se for transcultural: precisa conhecer e dominar a língua local onde pretende exercer a missão;
Conhecer a cultura, leis e costumes locais; disposição para aprender;
Preparado na oração e ter intercessores;
Apoio financeiro e ministerial de sua Igreja de origem;
Convicção da chamada de Deus para este árduo ministério;
Espírito de servo;
Ter fé, coragem e estar disposto até a dar a vida para salvar outras pessoas (amor ao próximo);
Estado de saúde perfeito (física, mental, emocional e espiritual; sem mágoas de ninguém);
Atitude amadurecida;
Isento de preconceitos sociais e raciais;
Conduta sexual irrepreensível;
Compreensão e paciência para resolver problemas tantos pessoais com das suas ovelhas;
Habilidade de comunicar-se;
Personalidade otimista;
Não ter vícios, precisa ser liberto, pois em casos de países com influência constante de demônios, o
missionário precisa estar com as brechas fechadas para não ser envergonhado;
Bíblico - Teológico: é importante um missionário ter uma base teológica para exercer melhor sua
habilidade no campo entre as religiões e sistemas de pensamentos contrários a sua fé. Não se faz
necessário ser um doutor em teologia, porém, saber defender sua fé com inteligência e sabedoria é o
fator imprescindível para o missionário no campo de atuação;
Ser cheio do Espírito Santo.
12. BASE MISSIONÁRIA: UM LUGAR DE SE EQUIPAR - Certamente aquele que
tem uma chamada missionária específica necessita de um lugar de preparação que
exigirá um exímio período de dedicação para o seu chamado: a Base Missionária.
É notório que na atualidade muitos líderes e igrejas em geral, recuam neste desafio,
pois isto requer significativas despesas, alto investimento e recursos, causando
muitas vezes o aborto desta missão. Sabemos que o envio do missionário muito
depende de mantenedores, mas, enquanto o voluntário estiver com sua missão no
coração, o projeto será executado, custe o que custar, pois o Senhor da Obra suprirá.
A Base Missionária trabalha na preparação do candidato nas seguintes áreas:
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Preparação psicológica
Teológica
Antropológica
Sociológica
Linguística
Cultural
Teste de resistência
Preparação física
Cuidado da saúde
Convívio e sobrevivência
Estabilidade espiritual
Exercício dos dons espirituais.
13. PRINCIPAIS AGÊNCIAS E BASES MISSIONÁRIAS DO BRASIL - Existem
centenas de bases e organizações missionárias espalhadas pelo mundo, inclusive no
Brasil. Em nosso território brasileiro, “tem surgido para atuar em contextos
específicos” objetivando, em realidades e de formas diferentes, alcançar apenas o
alvo cabal, que é a proclamação e expansão do Reino de Deus. Paralelamente, essas
organizações para-eclesiásticas servem como “um braço externo... sendo um grande
apoio para as igrejas, pois são elas que cuidam das pessoas alcançadas por esses
trabalhos fazendo missões”, e preparam e enviam para continuarem a tarefa que não
pode ser barrada de maneira alguma. Segue uma lista de agências, bases e
associações missionária que estão atuando arduamente nos seus lugares espalhados
pela Brasil e o mundo:
o ABUB – Aliança Bíblica Universitária do Brasil
o AME – Associação Missão e Esperança
o ALEM – Associação Linguística Evangélica Missionária
o AMEM – A Missão de Evangelização Mundial
o AMTB – Associação de Missões Transculturais Brasileiras
o Atletas de Cristo
o AVANTE Missão Evangélica Transcultural
o Avalanche Missões Urbanas
o Asas do Socorro
o CEUH – Cruzada Evangelística da Última Hora
o CEM – Centro Evangélico de Missões
o JOCUM – Jovens Com Uma Missão
o MAEB – Missão Aliança Evangélica do Brasil
o MEIB – Missão Evangélica aos Índios do Brasil
o MEAP – Missão Evangélica de Assistência aos Pescadores
o MEVA – Missão Evangélica da Amazônia
o MIAF – Missão Para o Interior da África
o Missão Antioquia
o Missão Kairós – Associação de Treinamento Transcultural
o Missões Horizontes América Latina
o Portas Abertas
o Sepal – Servindo aos Pastores e Líderes
o Visão Mundial
ITER – Instituto Teológico Renovação Evangelismo, Missões e Visão Celular 19
14. O MISSIONÁRIO COMO UMA TESTEMUNHA DE JESUS CRISTO - O
vocábulo grego para “testemunha” é martírio. Significa “dar testemunho num sentido
legal, testificar ou atestar atos ou comunicações dignas de notas, e ainda, alguém
cujo testemunho ou atestação leva, em última análise, à morte”. O que Jesus quer é
que sejamos testemunhas do que Ele fez e tem feito por nós e em nós. Se Cristo
realmente fez ou está fazendo algo em sua vida, então você tem algo para
testemunhar. Jesus ordenou aos discípulos para serem testemunhas reais do
Evangelho (Mt 28.19). A expressão “... tanto em... como em...”, apresenta-nos uma
condição de simultaneidade, ou seja, fazer missões em Jerusalém e
simultaneamente, Judéia, Samaria e até aos confins da Terra”13. Como “mártir”, o
missionário deve estar pronto para até morrer pela causa do Evangelho.
15. O MISSIONÁRIO: ENVIO E DESAFIOS - O envio do missionário é coisa séria.
O campo é um lugar de surpresas, pois nunca se sabe ao certo o que pode
acontecer. Jesus falou sobre esta situação aos seus discípulos:
“Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e símplices como as pombas. Acautelai-vos, porém, dos homens, porque eles vos entregarão aos sinédrios e vos açoitarão nas suas sinagogas; e sereis até conduzidos à presença dos governadores e dos reis, por causa de mim, para lhes servir de testemunho, a eles e aos gentios. Mas, quando vos entregarem, não vos dê cuidado como ou o que haveis de falar, porque, naquela mesma hora, vos será ministrado o que haveis de dizer. Porque não sois vós quem falará, mas o Espírito de vosso Pai é que fala em vós” (Mt 10.16-20).
Independentemente do local onde o missionário é enviado para trabalhar, os
problemas sempre serão constantes. A vigilância deve ser redobrada. São muitos os
testemunhos de missionários que sucumbem na fé devido às dificuldades e desafios
que enfrentam entre seu próprio povo, quanto mais em outros povos e nações. Os
missiólogos afirmam: “Certamente, alguma medida de sofrimento faz parte da vida de
todo crente, mas, especialmente daqueles que Deus chamou especificamente para
levar o Evangelho àqueles povos não alcançados”.
Os riscos, segundo dados de bases missionárias sempre serão patentes e os
desafios constantes. O enviado ao campo corre risco de doenças contagiosas,
terríveis como: malária, febres, AIDS, tuberculose, pragas de todo tipo e doenças
endêmicas. Outros riscos são os políticos, sociais, culturais, econômicos e os
“religiosos” que mais acarretam no trabalho do missionário. As prisões, perseguições,
torturas e mortes são fatos muitas vezes não mencionados pelas igrejas para não
assustarem seus candidatos. Conferir dados nas missões pelo mundo. “Muitos têm
sofrido este trauma. No começo desta década três missionários americanos de Novas
Tribos foram sequestrados na Colômbia. Até hoje nada se sabe do seu paradeiro. Há
alto risco de morte: o missionário australiano Grahan Staines com seus dois
pequenos filhos foram queimados vivos pelos hindus fanáticos na Índia em janeiro de
1999”. Atualmente, muitas atrocidades têm sido realizadas pelo Estado Islâmico em
vários destes e de outros países; casos não mencionados aqui.
ITER – Instituto Teológico Renovação Evangelismo, Missões e Visão Celular 20
16. OS PAÍSES E AS PERSEGUIÇÕES - Para Patrick Johnstone e Jason Mandryk
em seu manual “Intercessão Mundial” da Missão Horizontes, são fartos os dados
estatísticos sobre os países em perseguição. A saudosa missionária Ruth Doris
Lemos confirma em suas ministrações em Missiologia sobre estes possíveis dados.
Por exemplo: Coréia do Norte, Colômbia (áreas de conflito), Arábia Saudita, Catar,
Laos, Tunísia, Vietnã, os países muçulmanos da Federação Russa, Irã, Sul do México
(Chiapas), Turcomenistão, Tadjiquistão, Maldivas, Iraque, Butão, Índia, Mianmar, Sri
Lanka, China, Djibuti, Somália, Indonésia, Paquistão, Argélia, Afeganistão, Nepal,
Turquia, Sudão, Mauritânia, Uzbequistão, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Curdistão,
Omã, Egito, Kuwait, Azerbaijão, Nigéria (Norte), Jordânia, Líbia, Bangladesh,
Marrocos, Síria, Cuba, Barein, Brunei, Malásia e vários outros que surgem
diariamente em nossa escala de estatísticas mundiais. Em alguns países há risco de
expulsão, de traição pelos líderes nacionais com quem os missionários trabalham, um
grande risco de incompreensão por parte do povo, e além deste tipo de desafios,
existem os mais cotidianos. O sofrimento por Cristo não termina nas realidades acima
citadas, há outros sofrimentos, outros sacrifícios a serem feitos:
Família para seguir dedicadamente a Jesus. Ir para uma terra estranha, viver entre povos de outra cultura,
fazer deles a sua família.
Vida financeira estável; dando dinheiro para que o Evangelho seja anunciado entre um povo. Às vezes, o
missionário vende tudo para pagar sua própria passagem para o campo missionário, e ter algum dinheiro
para ajudar no seu próprio sustento. Outras pessoas contribuem de forma sacrificial para o Evangelho ser
pregado em todas as nações.
Significa agonia em oração, intercedendo longas horas pelos povos duros de ouvidos e corações.
Envolve doação, consagração da vida toda para a preparação de obreiros para o campo missionário.
Em todos os casos, envolve sacrifício de seus próprios interesses, renúncia da sua própria vontade e planos
para sua vida, seu dinheiro, seu futuro, etc. É de morrer para si mesmo e viver para Cristo.
17. RETORNO DO CAMPO MISSIONÁRIO - Nas décadas de 1990 a 2000, muitas
das igrejas “enviadoras” deixaram de contribuir para a permanência dos seus
missionários e famílias no campo missionário e no país, muitas vezes devido à
demora de implantação que viesse a fomentar um retorno econômico. Estes
missionários antes mesmo de “implantarem igrejas, ou realizar qualquer trabalho de
permanência, voltaram para não mais retornar ao campo”. Alguns dos problemas do
abandono e de retorno prematuro do campo foram:
1 - Preparo inadequado;
2 - Falta de apoio da igreja “enviadora”;
3 - Compromisso inadequado.
Como se diz corriqueiramente “o preparo adequado não é somente teológico,
espiritual e psicológico, mas, também, é um preparo em áreas que podem ser as mais
úteis em lugares onde o governo não permite o evangelismo direto”.
A falta de projetos estratégicos para a evangelização no campo missionário
transcultural tem trazido transtorno para as igrejas. Se houvesse algo mais
direcionado ao grupo a ser alcançado, certamente aos poucos, obter-se-ia a
ITER – Instituto Teológico Renovação Evangelismo, Missões e Visão Celular 21
confiança das pessoas, adquirindo amizade, compartilhando com eles pequenas
mensagens evangelísticas, mas em forma de testemunho pessoal para seus ouvintes.
Todos os governos geralmente gostam da ajuda prática e secular (exceto alguns
países muçulmanos), e através disso, aos poucos surgem oportunidades de
apresentar Jesus Cristo como Salvador e Único Deus.
18. ESTATÍSTICA MISSIONÁRIA - Os dados mais recentes das estatísticas
realizadas pelas agências missionárias mostram que o terceiro milênio começou com
mais de 6 bilhões de habitantes e com 1.739 grupos étnicos no globo terrestre:
“A população mundial era de 6,1 bilhões em 2001 e atingiu a marca dos 7,2 bilhões em 2015, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). 33% dos moradores da terra ainda nunca ouviu falar de Jesus. O quadro é mais ou menos assim: 2 bilhões de pessoas seguem o Cristianismo, incluindo os cristãos nominais; 2 bilhões já ouviram falar de Jesus pelo menos uma vez e 2 bilhões nunca ouviram falar de Jesus.”
O século XXI iniciou com 2.500 missionários transculturais brasileiros, de várias
denominações, em mais de 70 países de todos os continentes, com 13% deles na
Janela 10/40.14 Não é um dado positivo e sim negativo para uma tarefa tão importante
para os cristãos.
Em todo o globo terrestre, segundo dados do livro Intercessão Mundial, há 76.120
missionários protestantes estrangeiros num total de 138.492, incluídos os
missionários que atuam em seus próprios países. Isso mostra o tamanho do nosso
desafio. Podemos mudar esta realidade se os líderes obedecerem à ordem do Senhor
da Seara, encabeçando a fila para os soldados irem ao campo de batalha e os
sustentarem com todo recurso possível para que a Obra seja feita com eficácia.
19. POVOS NÃO ALCANÇADOS NO MUNDO - Uma das muitas definições para
“povos não alcançados” diz: “Um povo etnolingüístico sem nenhuma comunidade
nativa de cristãos com número e recursos suficientes para evangelizar seu próprio
povo sem uma assistência externa”. O que caracteriza um povo não alcançado é a
ausência de testemunhas do Evangelho permanentemente no meio deste grupo.
Existem denominações, poucas, mas existem ainda, que priorizam esta importante
missão de evangelizar os não alcançados. Estamos todos cientes que evangelizar
povos não alcançados requer um esforço intenso em vários níveis, dentre os quais
está o aprendizado da língua nativa. “Há divergências quanto ao número exato de
povos não alcançados no mundo, mas é certo que se trata de um grande número de
pessoas. A maioria destes povos vivem na Janela 10/40”. É ali que vive o maior
número de povos não evangelizados da terra, cerca de 3,2 bilhões de pessoas em 62
países. Os “não alcançados” estão entre os países mais pobres do mundo.
14
A Janela 10/40 é uma faixa de terra que vai do oeste da África até a Ásia, subindo, a partir da linha do Equador,
fica entre os graus 10 e 40, formando um retângulo, o qual é chamado de Janela 10/40.
ITER – Instituto Teológico Renovação Evangelismo, Missões e Visão Celular 22
20. PAÍSES URGENTES - Os países que são desafios ainda aguardam obreiros
que se disponibilizem para dedicar sua vida pela evangelização dos mesmos. Isto não
é conto de fadas, é a realidade do mundo que clama pela ajuda espiritual. Os países
mais críticos e mais destacados são: Índia, Japão, Guiné-Bissau, Senegal, China,
Palestina, Egito, Tailândia e países árabes, que possuem a maior proporção de
perseguição pelo Estado Islâmico.
21. O NORDESTE BRASILEIRO - UM CAMPO À ESPERA - No Brasil temos a
região Nordeste que ainda é uma realidade como grande desafio missionário, com
uma população de 44.768.201 de hab. É considerada estatisticamente como:
“A terceira maior região em tamanho, com um milhão e meio de quilômetros quadrados. Com área equivalente a três vezes maior que a Espanha, quatro vezes maior que o Japão, e setenta vezes maior que Israel. Terceira maior densidade demográfica do país, com 28,7 habitantes por quilômetro quadrado. Nove Estados, 1.787 Municípios, com 59 principais cidades. No Nordeste nasceu o Brasil, no século XVI na cidade de Porto Seguro/BA, em abril de 1.500. Começando no Maranhão e terminando na Bahia é uma das regiões mais ensolaradas do globo de 2.800 a 3.500 horas de sol por ano (mais de oito horas por dia, em média)”.
Um panorama sobre a situação do Nordeste15 pode ser apresentado resumidamente
nos seguintes pontos:
Menor percentual de saneamento, água encanada e energia elétrica;
Maior número de moradores por cômodos em uma moradia;
Maior percentual de trabalho infantil;
Maior índice de prostituição infantil;
Maior índice de trabalhadores sem carteira assinada;
Maior índice de trabalhadores recebendo menos de um salário mínimo;
Maior índice de desemprego.
Apesar de muito grande o número de evangélicos nordestinos por todo o país, são
poucos os que voltam para evangelizar o seu estado natal, quase sempre em função
da condição financeira. Hoje nas principais cidades a média de evangélicos é de 6 a
7%, sendo que no interior não ultrapassa 2%, o que dá uma média de 3 a 3,5 % de
evangélicos em todo o Nordeste. (Apesar de algumas pesquisas declararem que o
número de evangélicos no Nordeste é de 6,83%, não é esta a realidade atual do
Nordeste).
A realidade espiritual do Nordeste - A situação é muito séria. O Catolicismo popular
desvinculado de muitos dos dogmas e doutrinas do Vaticano domina: Frei Damião,
Padre Cícero, São Francisco das Chagas, romarias, Santa Luzia, Cruz da Menina,
pagar promessas, pedra na cabeça, cruz nas costas, etc. O Centro Teológico
Ebenezer (2008) acrescenta: “adesão aos cultos afro: umbanda, candomblé,
inúmeros feiticeiros, benzedores espalhados pelos interiores, destacando maior
incidência na Bahia e Maranhão”. São raras as residências no sertão que não tenham 15
A cidade de Salvador recebeu o título de capital da AIDS brasileira.
ITER – Instituto Teológico Renovação Evangelismo, Missões e Visão Celular 23
um altar com toda espécie de imagens mescladas de catolicismo e cultos afro.
Lastimável realidade brasileira! Perguntamos: quem quer ir até estes povos do
nordeste brasileiro?
22. O INVESTIMENTO EM MISSÕES - Este é o maior inimigo da Igreja atual:
causa repulsa o falar de investimento em missionários. Não generalizamos, porém,
ainda é motivo de desconfiança entre a própria igreja. Paulo Moral16 diz: “Todo cristão
que não é missionário, é um impostor”. Precisamos reverter este quadro sobre
investimento missionário em nosso país, pois satanás esta ganhando espaço nos
corações e a Obra negligenciada. Todos serão cobrados pelo Senhor da Seara. A
questão relevante é: como as igrejas gastam seu dinheiro?
Podemos evitar estes problemas da seguinte maneira:
Evitar uma falsa pregação sobre missões: discurso e prática devem estar juntos;
Melhorar administração e os recursos captados para obra evangelística e missionária;
Organizar mobilizações para esta tarefa evangelística e missionária (reuniões de orações pelos
países e os candidatos, etc.);
Organizar eventos evangelísticos e missionários;
Marcar visitas em bases missionárias entre muitas outras situações;
E por fim, adote algum missionário ou invista na Obra, Agência Missionária ou na Igreja
Perseguida. Não pense duas vezes; o Reino de Deus é de suma importância.
23. A URGÊNCIA MISSIONÁRIA É JÁ! - Não há mais tempo para ficarmos
esperando. O mundo (pessoas e seus sistemas) grita, agoniza e clama internamente
por refrigério espiritual e a Igreja (eu e você) pode alivia-los levando-os a Jesus pelo
esforço evangelístico e missionário que nos foi outorgado. O Senhor Jesus afirmou:
“Porque o tempo está próximo” (Ap 1.3), indicando a Sua Vinda. E o apóstolo Paulo
com muita convicção complementou: “E isto digo, conhecendo o tempo, que é já hora
de despertarmos do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto de nós do
que quando aceitamos a fé. A noite é passada, e o dia é chegado. Rejeitemos, pois,
as obras das trevas e vistamo-nos das armas da luz” (Rm 13.11-12).
É inadmissível uma pessoa que professa ser servo de Deus não amar a obra de
evangelização e missões mundiais. A Palavra de Jesus em João 15.16 foi: “...e vos
nomeei para que vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça”. Na verdade, as obras
evangelística e missionária glorificam a Deus, mas o que vemos é muita ostentação,
poder, sonhos e projetos pessoais, pouco amor, empatia e disponibilidade para vidas
por amor a Deus. A urgência missionária da última hora não pode ser esquecida.
Precisamos ganhar almas para Cristo, dedicar tempo à oração, conhecer mais a
Palavra de Deus, investir o nosso dinheiro no Reino de Deus. Tem de ser agora!
16
MORAL, Paulo. Artigo todo cristão que não é missionário é um impostor - disponível em
montedeadoracao.com.br /2012/08/04.
ITER – Instituto Teológico Renovação Evangelismo, Missões e Visão Celular 24
III. VISÃO CELULAR M12
"Então o Senhor me respondeu, e disse: Escreve a visão e torna-a bem legível sobre tábuas, para que a possa ler
quem passa correndo." (Hc 2.2)
RESTAURANDO OS PRINCÍPIOS DA VISÃO
A Visão Celular precisa voltar a ser prioridade em nossos corações no que diz
respeito ao trabalho que desenvolvemos com as células. Isso fala de retornarmos a
primar pela qualidade do verdadeiro DISCIPULADO, do ensino nos Pré-Encontros,
Encontros, Pós-Encontros, Escola de Líderes, Reencontros e os demais processos
que os discípulos são ensinados. Estudaremos um pouco sobre as tônicas dos
Encontros e a importância de desenvolvermos um trabalho sério desde as células
para atendermos as necessidades dos novos convertidos.
1. DISCIPULADO – A BASE DA VISÃO CELULAR - O discipulado cristão é um
relacionamento de mestre e aprendiz, baseado no modelo de Jesus e seus discípulos,
no qual o mestre reproduz tão bem no aprendiz a plenitude da vida que tem em
Cristo, que o discípulo é capaz de treinar outros para ensinar e formar outros. JESUS
É O MESTRE FAZEDOR DE DISCÍPULOS. Como todo cristão leva o nome de Jesus,
não existe lugar para a mediocridade no discipulado. “A ordem de Jesus que
transforma a vida: ‘Segue-me’ engloba tudo hoje, assim como englobava tudo
naquele tempo. NÃO PODE SER TRATADA COM LEVIANDADE. O destino eterno
das pessoas depende da sua resposta ao chamado de Cristo que ainda ecoa pelos
séculos: Segue-me”. (Keith Philips).
O discipulado é o processo de formar vidas, ensinando-lhes um novo estilo de vida
com base no Evangelho do Reino. Portanto, um discípulo é alguém totalmente
comprometido com o Senhor Jesus e com seus irmãos.
A Escada do Sucesso - Neste processo precioso de frutificação para o Senhor,
precisamos considerar quatro fases - é a chamada Escada do Sucesso:
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Ganhar - “O fruto do justo é árvore de vida, e o que ganha almas é sábio.” (Pv
11.30). “Os que forem sábios, pois, resplandecerão, como o fulgor do firmamento; e
os que a muitos conduzirem à justiça, como as estrelas sempre e eternamente” (Dn
12.3).
Consolidar - “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus
Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo...
então os que lhe aceitaram a palavra foram batizados” (At 2.38,41). “de quem todo o
corpo, bem ajustado e consolidado, pelo auxílio de toda junta, segundo a justa
cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si
mesmo em amor” (Ef 4.16).
Discipular - “fazei discípulos... ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho
ordenado” (Mt 28.19,20). “E, tendo anunciado o evangelho naquela cidade, e feito
muitos discípulos, voltaram...” (At 14.21).
Enviar - “Então designou doze para estarem com ele e para os enviar a pregar...” (Mc
3.14). “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16.15).
Precisamos levar, pelo Espírito Santo, cada novo contato através da porta do Reino e
de uma experiência sobrenatural de “bem nascidos”, consolidando-os no Corpo de
Cristo com juntas de relacionamentos fortes e em um discipulado vigoroso; levando-
os, por sua vez, a também se tornarem frutíferos.
2. CÉLULAS - As células são de evangelismo, por isso o objetivo das células é
ganhar vidas para o Reino, consolidá-las e assim crescer e multiplicar. Porém, no
processo da multiplicação alguns se apegam tanto às células que encontram
dificuldades de "romper" na hora da multiplicação. Isso não deve acontecer. Devemos
gerar nos discípulos e, também, no líder o entendimento de que a unção da
multiplicação é maior que qualquer saudosismo.
Deus está mudando a história da nossa Nação: cada lar uma igreja, cada discípulo
um líder. Esta é a função da Visão Celular: equipar os santos. As células são a
resposta de Deus para este tempo especial, no qual estamos sendo testemunhas de
acontecimentos extraordinários. A Igreja de Cristo é um organismo vivo que cresce e
amadurece para cumprir um propósito. Como organismo vivo, a Igreja é composta de
células. Esta é a razão de a Igreja Celular ter espaço e cumprir o propósito de trazer
“Não basta sermos discípulos, temos que ser discípulos que fazem discípulos”.
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de volta a proposta do decreto sagrado liberado por Jesus: "Portanto IDE, fazei
discípulos de todas as nações" (Mt 28.19).
As células funcionam, dão resultado e cumprem uma parte importantíssima na
reprodução. Elas são responsáveis por um êxito ministerial e, ao mesmo tempo,
oferecem capacitação para que o Corpo de Cristo, a Igreja, seja adestrado numa
velocidade muito grande, galgando territórios dantes jamais conquistados.
A nossa orientação preferencial é que as células se reúnam como família, em uma
casa, para não perder as características familiares, pois em casa temos autoridade
legal sobre o ambiente, mas entendemos que nem sempre isso é possível.
A Igreja Primitiva nasceu em células; qualquer pessoa ainda que de pouco
conhecimento teológico, sabe desse fato. O que fortaleceu a Igreja do Senhor e a
multiplicou foi a comunhão nos lares. "E todos os dias, no templo e de casa em casa,
não cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus, o Cristo" (At 2.42). "E,
perseverando unânimes todos os dias no templo... e partindo o pão em casa, comiam
com alegria e singeleza de coração" (At 2.46). "Saudai... a Ninfa e à igreja que ela
hospeda em sua casa" (Cl 4.15). "Saudai a igreja que se reúne na casa deles..." (Rm
16.5).
As células não são uma invencionice da modernidade, mas uma resposta coerente e
satisfatória a tantas questões que estavam emudecidas sem uma resposta concisa.
Agora podemos estar melhor informados do quanto é precioso tomar a posição de
líderes e estar dispostos a formar o maior número de células possíveis, pois cada
célula aberta em uma casa representa a vida de Deus sendo manifestada naquele lar
e vidas que são resgatadas do império das trevas para o Reino de luz.
Nosso alvo em tudo é sermos imitadores de Cristo e sabemos que Jesus possuía a
Sua célula de multiplicação, dentro da Sua casa. "Respondeu-lhes: Vinde e vede.
Foram, pois, e viram onde Jesus estava morando; e ficaram com Ele aquele dia..." (Jo
1.39). Dessa estratégia de abrir a casa e formar verdadeiros discípulos, nasceram os
líderes, os apóstolos que impactaram o mundo.
3. ENCONTRO COM DEUS - Todo líder da Visão Celular é conhecedor de que
para o Encontro com Deus ser realizado é necessário que antes o novo convertido
receba as ministrações do Pré-Encontro.
3.1 Pré-Encontro - O Pré-Encontro é uma ministração específica e direcionada para
que o novo convertido entenda os processos espirituais nos quais está envolvido
agora que aceitou a Jesus. É um tempo de aprender a ouvir a voz de Deus através da
Palavra ensinada, promovendo crescimento espiritual (Fp 2.12-16).
Em cada ministração, o novo convertido terá a oportunidade de se auto avaliar, de
pensar sobre sua conversão e seu interesse em prosseguir nos caminhos de Jesus
(Os 6.3). É um tempo de sondagem; o discipulador poderá avaliar se o novo
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convertido está realmente respondendo aos processos e se está apto a ir ao
Encontro.
O Pré-Encontro é composto de 4 reuniões que devem ser realizadas uma vez por
semana, em uma hora cada. Os horários estabelecidos, tanto o do início como o do
término de cada reunião, deverão ser respeitados. Os discípulos só poderão ir ao
Encontro se tiverem participado das reuniões do Pré-Encontro.
3.2 Encontro - O Encontro com Deus é diferente dos demais Encontros da Visão
porque ele é, basicamente, para novos convertidos. Talvez você possa pensar: "Eu
não era novo convertido e, mesmo assim, tive que passar pelo Encontro". Você
passou pelo Encontro porque você precisava ser tratado por Deus e, além disso, era
novo na Visão Celular.
Impreterivelmente, o Encontro é realizado em um período de três dias, nunca nem
mais nem menos que isso. Todas as ministrações estão organizadas de forma que o
novo discípulo receba um desatar de Deus em sua vida. Para isso, é necessário
tomar cuidado com a escolha dos ministradores. Eles precisam estar preparados para
ensinar, conhecendo bem cada ponto das palestras e, acima de tudo, tendo
experiências sobre o que estão ensinando.
Os ministradores devem orar, jejuar e estudar a ministração sempre que forem
convocados para os Encontros. Rejeite a comodidade de andar pela força do seu
braço, baseado em seu próprio conhecimento. Dependa de Deus e lembre-se de que
é Ele quem realiza todas as coisas. Você é apenas o instrumento nas mãos do Pai.
3.3 Pós-Encontro - O Pós-Encontro é um tempo de solidificar os ensinos que foram
ministrados durante o Encontro, fortalecendo o discípulo, ensinando-o a cobrir o
coração com unção, graça, e força, levando-o a compreender que o Senhor é bom e
galardoador dos que O buscam (Hb 11.6).
É também um tempo para consolidar mais intensamente o novo convertido,
estimulando-o a crescer na fé, a permanecer firme frente ao contra-ataque do inimigo
(Ef 6.11-18), ensinando-o a proibir e inoperar as retaliações do diabo, para que ele
não seja pego de surpresa (Mc 3.27).
No Pós-encontro, os discípulos devem ser incentivados e encaminhados a fazer a
Escola de Líderes, explicando a importância de eles continuarem crescendo no
conhecimento do Reino de Deus e da Visão Celular.
Se você, líder de êxito, proceder assim, seguindo os princípios básicos da Visão e
realizando todas as coisas com amor, zelo e dedicação, fazendo tudo para o Senhor,
com certeza, crescerá sem limites.
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4. ESCOLA DE LÍDERES
A Escola de Líderes faz parte da Visão Celular no Modelo dos 12. Ela não é uma
opção para o discípulo que está na Visão, pelo contrário, é obrigatória para o seu
crescimento, pois objetiva treiná-lo, fornecendo conhecimento para o
acompanhamento de suas futuras células.
O discípulo, quando ingressa na Escola de Líderes, está avançando no processo de
crescimento em Deus e na Visão Celular. Nela os resultados do Encontro serão
mantidos e os líderes serão formados.
Ao término da Escola, podemos crer que os novos discipuladores estão habilitados
dentro da Visão Celular sendo capacitados para capacitar outros e, ao mesmo tempo,
gerar segurança na igreja de que possuem qualificação necessária para
acompanhamento no discipulado individual e celular.
5. REENCONTRO - O Reencontro é um Encontro muito importante. É uma
estratégia de edificação para líderes. Depois de um longo tempo de trabalho, estudo e
envolvimento com as células, o líder precisa ser reabastecido e ao mesmo tempo
aperfeiçoado. É para isso que existe o Reencontro que, além de sobrenatural, é
terapêutico; provoca relacionamentos e ajuda o líder a compartilhar a sua experiência
motivando a outros produzirem com mais alegria.
No Reencontro os líderes são atingidos em um nível excelente de cura interior e
despertados no tocante ao crescimento celular. Você, líder, que já fez o Reencontro,
sabe da importância desse Encontro.
Nenhum dos Encontros que são aplicados na Visão colocam os outros Encontros
como menos importantes, pelo contrário, cada um tem seu valor e uma tônica que,
apesar de diferente, trabalha como preparação para cada fase que precisa ser vivida.
Todo líder após terminar a Escola de Líderes e abrir a célula deve fazer o Reencontro
que é um tempo de receber cura na alma de uma forma mais profunda. É
sobrenatural!
6. MOVER CELULAR - FRUTO FIEL
6.1 Conquistando as multidões - A Visão Celular é um decreto profético. A Visão
é de células. A Visão tem um Modelo: Gerações de 12. Devemos entender que a
Visão é de multidão. "Multidões, multidões no vale da decisão! Porque o dia do
Senhor está perto, no vale da decisão" (Jl 3.14; Dt 1.8-11). O nosso Deus é assim:
incansável em Seus projetos.
A Visão é de frutos, porque Deus gosta de multidão (Ap 7.9; 1Ts 4.17). Nosso Deus é
Deus de multidão, de frutos. Nem Jesus suporta uma árvore infrutífera; manda secar
até a raiz para não ocupar a terra inutilmente. É por isso que muitos líderes não
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sabem mais o que fazer com os liderados que não frutificam. Eles trabalham, colocam
adubo e nada de fruto. Acerca desses, Jesus disse: "e, avistando uma figueira à beira
do caminho, dela se aproximou, e não achou nela senão folhas somente; e disse-lhe:
Nunca mais nasça fruto de ti. E a figueira secou imediatamente" (Mt 21.19). É o
Senhor quem tira as árvores infrutíferas e corta os galhos que não dão frutos. O
machado está posto à raiz. Porém, o machado só é usado na raiz da árvore
infrutífera.
Somos uma Igreja em Células, somos modelo e entendemos que somos uma Visão
de multiplicação e frutos. Logo, precisamos entender a importância de ganhar,
consolidar, discipular e enviar. Guarde esse segredo no coração: ganhar vidas é
simples, quando há decisão. Tudo isso está ligado à autoridade. Saiba quem você é
no plano espiritual. Diante de qualquer pecador, você é autoridade. Ninguém resiste a
um líder de autoridade. Então, para ganhar, consolidar, discipular e enviar, a sua
autoridade precisa ser restituída.
6.2 Gerando um genuíno avivamento – Mobilize o povo de Deus durante 30, 60
ou 90 dias para gerar um grande avivamento. Com certeza, você e a igreja
testemunharão resultados da oração através de muitos testemunhos contados
diariamente. O clamor matinal deve permanecer em nossas vidas a fim de que o
maior número de pessoas alcance a salvação. A palavra “Avivamento” deve ser
falada centenas de vezes ao dia para saturarmos os céus da cidade e da nação
brasileira com esse clamor diante do Trono de Deus.
É momento de chorar por aqueles que estão em trevas e que certamente virão para a
luz, clamando para que os pecadores se arrependam e busquem a Deus. É momento
de interceder para que a economia da Nação mude, que a cidade seja transformada,
que os governantes estejam debaixo da direção de Deus e a corrupção seja varrida
da história do Brasil e, assim, nosso povo seja abençoado.
7. MOVER CELULAR - CONSOLIDANDO O FRUTO FIEL - O Mover Celular - Fruto
Fiel e o Mover Celular - Consolidando o Fruto Fiel não se resumem em apenas um
Encontro. São estratégias para mantermos os frutos que estamos ganhando e, mais
que isso, para descobrirmos que a arma mais poderosa para firmar uma vida, um
discípulo, um líder no Reino é deixá-lo seguro de que ele é amado.
Após implantarmos o Mover Celular - Fruto Fiel, sentimos a necessidade de buscar
em Deus a resposta para obter melhor resultado na retenção dos frutos que
estávamos ganhando. Entendemos que, além de ganhar, é preciso nutrir no novo
crente a paixão pelas vidas que há em nosso coração e, assim, levá-lo a permanecer
no Reino e frutificar. Esta estratégia é como um plano consolidador eficaz que fecha a
porta do fundo que ficou aberta por muito tempo e extirpe a evasão no meio dos
novos convertidos.
ITER – Instituto Teológico Renovação Evangelismo, Missões e Visão Celular 30
O Mover Celular - Consolidando o Fruto Fiel vem com a proposta de formar líderes
comprometidos com o Reino e levar as vidas ao amadurecimento, e, assim, fazê-las
crescer no chamamento recebido da parte de Deus.
Nosso desafio como líder na estratégia do Mover Celular, independente da fase, é
fazer com que cada líder esteja em sua posição, não arrefeça no processo
consolidador, transmita mais segurança para os que estão famintos e carentes de
Cristo e nutra, em cada vida, uma busca maravilhosa: nossa gente ser tocada de
forma mais eficiente para que haja uma multidão de filhos legítimos, verdadeiros
Frutos Fiéis, conclamando o nome de Jesus e saindo em busca de outras vidas para
que sejam firmadas no Reino.
8. MOVER CELULAR - MULTIPLICANDO O FRUTO FIEL - Ao chegar à terceira
fase do Mover Celular - Multiplicando o Fruto Fiel, sentimo-nos extremamente
desafiados porque a Igreja de Jesus deu saltos na história e ampliou a sua visão,
tendo um coração aberto para ganhar e a visão alargada para caminhar nesta
perspectiva maravilhosa de multiplicar o Fruto Fiel.
Como Igreja Celular, precisamos dar diretrizes de começo, meio e continuidade para
que a Igreja de Jesus avance em uma dimensão muito mais ampliada e, nessa linha
tênue, não perca a sensibilidade desta conquista que é a multidão de Filhos
Legítimos.
A proposta do Multiplicando o Fruto Fiel é exatamente a responsabilidade de levantar
uma multidão de filhos para Deus, tratar o caráter da Igreja, ajudá-la a assimilar
melhor o Reino e a sua proposta, e levar cada discípulo a uma responsabilidade de
ser modelo na Visão para os fiéis na Palavra, no procedimento, no amor, na fé e na
pureza (1Tm 4.12).
Multiplicando o Fruto Fiel é uma proposta para que a Igreja de Jesus sabiamente
caminhe sem perder o rumo do avivamento, entre com sabedoria nas geografias,
levante uma multidão de Filhos Legítimos para Deus e trabalhe com afinco para que
esta geração seja entregue ao Messias.
9. ENCONTROS DE NÍVEL I, II E III - Os Encontros de Nível I, II e III são para
gerar relacionamento, comunhão e unidade entre as equipes. É também um tempo
para que a liderança resgate os princípios básicos do Reino de Deus. São, portanto,
Encontros que fortalecem a liderança e solidificam a formação do líder de multidões.
O modelo de discipulado que adotamos hoje, Modelo dos 12, foi copiado em tudo que
Jesus fez, e tudo o que Ele foi, acreditando em Suas promessas e profecias. Os 12
são a fonte por onde corre o rio de Deus e eles têm a responsabilidade de manter a
Visão viva e de estarem todos nivelados em equipe.
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Incentivamos os pastores e líderes a investirem em seus 12 e os levarem aos
Encontros de Níveis para que haja, cada vez mais, um casamento entre unção e
responsabilidade, pois todos os que já foram levantados como modelo nesta Visão
precisam ser responsáveis, moldados no caráter de Cristo e apesar de voluntários da
fé, precisam se comprometer mais e mais com o Reino, merecendo assim, o respeito
de seus discípulos.
O convite é para você mergulhar neste Mover e utilizar as ferramentas que Deus está
oferecendo à Sua Igreja. Se nos propusermos a cumprir todas as estratégias que por
ora nos estão sendo apresentadas, restauraremos os princípios da Visão Celular e
trabalharemos velozmente para o acréscimo do Reino de Deus que não terá fim.
CONCLUSÃO
Evangelismo, Missões e Visão Celular no Modelo dos Doze. Estas disciplinas são
importantes para toda a Igreja, pois é nossa função cumpri-las por ordem divina, não
ausentando nenhum discípulo, obreiro e ministro, em geral. Precisamos fazer uma
reflexão sobre a obra evangelística, missionária e do verdadeiro discipulado. Não
importa o método, mas que seja para cumprir o “Ide” do Salvador, que seja feito. Seja
pessoal, em massa, por meios de comunicação, em células, nas casas, etc. Façamos
o mais depressa, pois o acerto de contas esta próximo! Esperamos realmente que
tenhamos refletido sobre a urgência missionária. A Voz do Senhor ainda clama: “A
quem enviarei, e quem há de ir por nós?”. Que a nossa resposta sempre possa ser a
mesma: “...eis-me aqui, envia-me a mim”.
ITER – Instituto Teológico Renovação Evangelismo, Missões e Visão Celular 32
BIBLIOGRAFIA
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, Rio de Janeiro 1995.
QUEIROZ, Edison. Administrar Missões, Editora Vida Nova – 1ª Edição, São Paulo
1998.
QUEIROZ, Edison. A Igreja Local e Missões, Editora Vida Nova – 5ª Edição, São
Paulo 1998.
CHAMPLIN, Russell Normam. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia, Editora
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SAYÃO, Luiz Alberto Teixeira. Novo Testamento Trilíngue, Editora Vida Nova, 1ª
Edição, São Paulo 1998.
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CÉSAR, Elben M. Lenz. História da Evangelização do Brasil, Editora Ultimato – 2ª
Edição, Viçosa 2000.
LEMOS, Ruth Doris. História e Pratica de Missões, IBAD, Pindamonhangaba 2008.
JOHNSTONE, Patrick. Intercessão Mundial, Missão AMEM, Contagem 2003.
Fontes Eletrônicas
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http://www.iegd.com.br/visao-celular-m12/
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
9º MÓDULO BACHAREL: Fevereiro / Março 2017
DISCIPLINA: Evangelismo, Missões e Visão Celular
DOCENTE: Ap. Natanael Solís
NÚCLEO: El Shaddai SP
DIA/AULA: Quarta-feira
DATA
AULA
PÁG.
CONTEÚDO
OBS.
01/02/17
1ª
3 – 7
* Apresentações
* Leitura do Plano de Ensino
Introdução
EVANGELISMO 1. Definições 2. Evangelismo na Bíblia
2ª
8 – 10
EVANGELISMO
3. Importância e Urgência
4. Métodos
4.1 Jesus e Evangelismo Pessoal
08/02/17
3ª
11 – 12
EVANGELISMO
1) Métodos (4.2 – 4.5)
2) Evangelização de Crianças
4ª
13 – 15
MISSÕES (1 – 8)
15/02/17
5ª
16 – 19
MISSÕES (9 – 15)
6ª
20 – 23
MISSÕES (16 – 23)
22/02/17
7ª
24 – 27
28 – 31
VISÃO CELULAR ( 1 – 3 )
VISÃO CELULAR ( 4 – 9 )
CONCLUSÃO
Última
Avaliação e Entrega de Trabalho
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ITER - PLANO DE ENSINO - CURSO DE TEOLOGIA (BACHAREL)
DISCIPLINA: EVANGELISMO, MISSÕES E VISÃO CELULAR DOCENTE: Ap. Natanael Solís CARACTERIZAÇÃO DA DISCIPLINA
EMENTA: A disciplina contém: Objetivos Gerais e Específicos, Conteúdo Programático, Metodologia, Sistema de Avaliação, Cronograma de Desenvolvimento da Disciplina e Bibliografias Gerais, Especificas e Anexas ou Complementares.
OBJETIVOS GERAIS
o O curso objetiva levar o aluno a entender no âmbito geral sobre o campo EVANGELÍSTICO e a EVANGELIZAÇÃO, MISSÕES e noções sobre a VISÃO CELULAR no MODELO dos DOZE.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
No intercurso do programa pretende-se: o Conhecer panoramicamente algumas abordagens, estratégias, estatísticas sobre Evangelismo e sua aplicação ministerial. o Levar o aluno a conhecer panoramicamente um conteúdo sobre Missões e sua importância para a vida cristã e ministério. o Apontar as origens, significados e conceitos práticos do Campo Missionário. o Levar o aluno a rever os valiosíssimos princípios que a Visão Celular resgata através do Discipulado.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
Introdução Parte I – EVANGELISMO o Introdução o Definições o Evangelismo na Bíblia Sagrada o A Importância e Urgência do Evangelismo o Métodos de Evangelismo o Evangelismo de Crianças Parte II – MISSÕES o Introdução o Missões na Bíblia o O Chamado Missionário o Qualificações e Preparação do Missionário o Estatísticas e Urgência Missionária Parte II – VISÃO CELULAR o Restaurando Princípios o Discipulado o Células, Encontro, Reencontro, Mover.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA JOHNSTONE, Patrick & MANDRYK, Jason. Intercessão Mundial, Edição século XXI, Editora Horizontes América latina, 2012. GILBERTO, Antonio. A Prática do Evangelismo Pessoal – CPAD, 1983.
METODOLOGIA DE ENSINO As aulas serão ministradas obedecendo a seguinte metodologia: o Expositivo-dialogais / Leituras e análises de textos selecionados. o Audiovisuais (Slide/Multimídia/Vídeos). o Trabalhos escritos pesquisas/resenhas.
SISTEMÁTICA DE AVALIAÇÃO: A Avaliação será baseada nos seguintes critérios: Seminários\dinâmicas em grupos\pesquisas escritas\ participação\ trabalho em classe\aulas expositivas\vídeo aula e pesquisa de campo e Provas.
AVALIAÇÃO E TRABALHOS: o Elaboração de Trabalho estipulado pelo professor. Trabalho Individual ou em Grupo. o Siga as orientações da Metodologia Científica a serem adotadas no trabalho. Serão enviadas ao aluno via e-mail. o Avaliação e entrega de Trabalho previstas para quarta-feira 22/03/2017. o Obs: o aluno que entregar o trabalho após o prazo perderá 1 ponto.
Sugestões 1. Pesquisa Evangelística a uma vida sem salvação. 2. Relatório dessa vida ou de outra, baseado no Processo do Ganhar, Consolidar, Discipular e Enviar. 3. Mapa da Janela 10/40 em papel vegetal. Faça a lista dos países que fazem parte da Janela. 4. Relatório do vídeo “Um Chamado para a Angústia” do pr. David Wilkerson.