xxxii concurso mprj 2011 1a fase argumentos recurso

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Caríssimos alunos e alunas, As considerações aqui traçadas têm por objetivo auxiliá-los, de forma direta e concreta, naquelas questões em que vejo real chance de alteração do gabarito ou anulação COM BASE NO POSICIONAMENTO DO EXAMINADOR. Embora hoje, por determinação do CNJ e CNMP, não seja possível a cobrança de posicionamentos isolados, todos sabemos que nosso Examinador possui várias obras escritas, nas quais apresenta seu posicionamento, mas o embasa, muitas vezes, citando outros autores. Sei que muitos estão tristes, abalados, muitas vezes até revoltados com a prova a que se submeteram. Foram horas de estudo, de abdicação e dedicação, mas também não acho justo alimentar em vocês a expectativa de anulações que, tenho quase certeza, teriam poucas chances de ocorrer. Os que me conhecem sabem que costumo guiá-los, em minhas aulas, pelos posicionamentos das bancas. Afinal, preparo vocês para concursos, e existe uma porta de entrada. Assim, em algumas das questões sobre as quais me tem sido requerido um posicionamento, indicarei também meu posicionamento sobre se acredito ou não haver a chance de anulação, sempre com o olhar do que o Examinador estaria buscando. Espero que compreendam. Estou com vocês, mas, infelizmente, conhecemos o jogo, não é mesmo? Para adiantar, estou postando aos poucos cada um dos comentários, ok? Portanto, acessem o link novamente em alguns minutos. Um enorme abraço no coração de cada um de vocês. Ana Cristina Mendonça Professora de Direito Processual Penal XXXII Concurso MPRJ 2011 Gabarito - A Classe Inicial da Carreira do Ministério Público DIREITO PROCESSUAL PENAL 16. Sob o prisma da Teoria Geral do Processo Penal, por muitos autores reconhecida como doutrina jurídica autônoma, seria característica mais marcante do Processo

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Page 1: Xxxii Concurso Mprj 2011 1a Fase Argumentos Recurso

Caríssimos alunos e alunas,

As considerações aqui traçadas têm por objetivo auxiliá-los, de forma direta e concreta, naquelas questões em que vejo real chance de alteração do gabarito ou anulação COM BASE NO POSICIONAMENTO DO EXAMINADOR.Embora hoje, por determinação do CNJ e CNMP, não seja possível a cobrança de posicionamentos isolados, todos sabemos que nosso Examinador possui várias obras escritas, nas quais apresenta seu posicionamento, mas o embasa, muitas vezes, citando outros autores.Sei que muitos estão tristes, abalados, muitas vezes até revoltados com a prova a que se submeteram. Foram horas de estudo, de abdicação e dedicação, mas também não acho justo alimentar em vocês a expectativa de anulações que, tenho quase certeza, teriam poucas chances de ocorrer.Os que me conhecem sabem que costumo guiá-los, em minhas aulas, pelos posicionamentos das bancas. Afinal, preparo vocês para concursos, e existe uma porta de entrada.Assim, em algumas das questões sobre as quais me tem sido requerido um posicionamento, indicarei também meu posicionamento sobre se acredito ou não haver a chance de anulação, sempre com o olhar do que o Examinador estaria buscando.Espero que compreendam. Estou com vocês, mas, infelizmente, conhecemos o jogo, não é mesmo?

Para adiantar, estou postando aos poucos cada um dos comentários, ok?Portanto, acessem o link novamente em alguns minutos.

Um enorme abraço no coração de cada um de vocês.

Ana Cristina MendonçaProfessora de Direito Processual Penal

XXXII Concurso MPRJ 2011Gabarito - A Classe Inicial da Carreira do Ministério Público

DIREITO PROCESSUAL PENAL

16. Sob o prisma da Teoria Geral do Processo Penal, por muitos autores reconhecida como doutrina jurídica autônoma, seria característica mais marcante do Processo Penal, diferentemente do Processo Civil, centrar-se principalmente no conceito jurídico:A) de ação;B) de jurisdição;C) de pretensão;D) de lide;E) de retribuição.

Considerações sobre/para eventual recurso:Questão controversa na doutrina. Muitos autores compreendem que no processo penal o conflito de interesses estaria baseado na contraposição entre a pretensão punitiva estatal e direito de liberdade, bem jurídico tutelado pelo próprio Estado, caracterizando-se, assim, a lide penal. Tal posicionamento é apresentado inclusive pelo d. Examinador às fls. 5 de

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sua obra (Polastri, Marcellus. Curso de Processo Penal. Vol. I. 5ª. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010), ao citar autores como Mirabete e Frederico Marques.Contudo, às fls 6-7 da mesma obra, o autor deixa claro que, para os autores modernos como Badaró e Tucci, e também em seu posicionamento, não existe lide no processo penal. Indica que o conceito de lide estaria adaptado ao direito privado, não sendo compatível com as controvérsias características do processo penal, e que, para o mesmo, seria irrelevante.Ao mesmo tempo, o enunciado menciona “sob o prisma da Teoria Geral do Processo Penal”, tema do que Rogério Lauria Tucci é autor de relevante obra, em sua obra citada pelo Examinador.Por tal motivo, e pelas razões expostas acima, não vejo muitas chances de anulação da referida questão.

17. Na reforma pontual do Código de Processo Penal Brasileiro, Recentemente realizada, segundo a Lei e sua interpretação doutrinária, foi adotado um sistema:A) de integração entre as funções de acusar e julgar;B) de separação entre as funções de acusar e julgar;C) adversarial, que prestigia o debate das partes;D) de completa equidistância do juiz no processo;E) que possibilita ao juiz agir de ofício no procedimento.

Sistema acusatório. As reformas de 2008 e 2011 fazem significativas alterações no CPP para adequá-lo ao sistema adotado pela Constituição de 2008.Ainda que se possa considerar ambígua a assertiva ‘E’, não vejo chance de anulação, já que a referida assertiva é genérica e o Examinador, embora defenda os poderes instrutórios do juiz em nome da verdade real, tem por hábito rechaçar questões que atribuam genericamente poderes aos juízes. No momento que esta assertiva fala em ‘procedimento’ estaria incluindo a fase inquisitiva e o Examinador, bem como a própria Instituição não admitem a atuação ex officio do juiz naquela etapa.

18. Tendo o Brasil ratificado o Pacto de São José da Costa Rica, a determinação de uma necessária duração razoável do processo, estabelecida por essa Convenção, foi incorporada à Constituição Federal. Sobre o tema, é correto afirmar que:A) a recente reforma pontual processual penal previu essa duração no Código de Processo Penal, estipulando prazos e sanções;B) a jurisprudência brasileira já determinou os prazos e sanções para o descumprimento dessa norma constitucional;C) a própria Constituição estipulou sanções, inclusive a indenização;D) a norma ainda não foi regulamentada, dependendo de estipulação de prazos e sanções;E) em caso de processo com duração não razoável, pode o juiz extinguir o processo.

Por enquanto, o Brasil adota a teoria do não prazo, por falta de regulamentação da duração razoável do processo.Sem chance de anulação.

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19. No sistema processual penal brasileiro, a investigação penal é presidida, em regra, por um delegado de polícia. Em se tratando de inquérito policial, nessa forma de investigação, teremos:A) impossibilidade de se iniciar uma a investigação com denúncia anônima, mesmo sendo colhidos elementos posteriores pela autoridade antes da instauração;B) coleta de provas que podem levar à condenação, caso sejam contundentes, e demonstrem a verdade real;C) sigilo e incomunicabilidade do investigado, caso tal se faça necessário para os fins da investigação;D) poder do Delegado de colher subsídios referentes a inquérito arquivado, caso tenha novas informações, desde que com autorização do Procurador-Geral de Justiça;E) direito de informação e ciência à defesa do indiciado através de acesso às diligências, após colhidas e juntadas aos autos.

Súmula Vinculante 14 do STF.Sem chance de anulação.

20. Com a reforma processual penal de 2008, foram inseridas várias novidades no arcabouço da lei processual penal, nas fases de recebimento e absolvição sumária. Dentre elas, encontra-se:A) a desnecessidade de demonstração na denúncia oferecida pelo Membro do Ministério Público da existência dos pressupostos processuais;B) a adoção da tese doutrinária de que a justa causa seria a quarta condição para o exercício da ação penal;C) o não acatamento da inicial se faltar condição de procedibilidade para início da ação penal pública condicionada;D) a impossibilidade de absolvição sumária no júri, caso seja o réu inimputável por doença mental comprovada; GABARITO DIVULGADO EM 07/11E) a previsão expressa de se propor outra ação caso se corrija o defeito da ilegitimidade de parte ad causam. GABARITO INICIALMENTE DIVULGADO E DEPOIS ALTERADO

Considerações sobre/para eventual recurso:Novamente a questão é controversa. Da mesma forma tivemos o problema da alteração do gabarito pela própria banca, dia 07/11 à tarde.Aqui vejo chances de anulação.Primeiro porque muitos autores defendem a justa causa como uma quarta condição da ação, embora este não seja o posicionamento do Examinador que, às fls. 187-8 de sua obra (Polastri, Marcellus. Curso de Processo Penal. Vol. I. 5ª. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010), a reconhece como “um requisito especial para recebimento da inicial”, utilizando o fato da reforma elencá-la em um inciso a parte como confirmação de seus argumentos.Contudo, a alteração do gabarito indica a insegurança do próprio Examinador, que, pior, alterou o gabarito para uma opção absolutamente CONTRÁRIA À PRÓPRIA LEI (art. 415, parágrafo único, do CPP).

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Inicialmente liberou como gabarito a opção E, mesmo porque ele defende que a reforma decidiu por separar as hipóteses antes indicadas pela doutrina como hipóteses de rejeição (que faziam coisa julgada material) daquelas de não recebimento (que só faziam coisa julgada formal), o que de fato ocorreu com a revogação do antigo art. 43 do Código, que deu lugar aos atuais artigos 395 e 397. Embora seja criticável a expressão “previsão expressa”.

A questão deve ter o gabarito incialmente divulgado restituído (letra E), ou, o ideal, deve ser ANULADA.

21. No que se refere ao poder-dever do Ministério Público de promover e fiscalizar a ação penal e à sua atuação anterior a essa fase, é correto afirmar que:A) a garantia da independência funcional do promotor, apesar de não estar elencada na Constituição, é prevista na lei e em regulamentos da Instituição;B) na ação pública condicionada, não estão presentes os mesmos princípios reitores da ação pública incondicionada;C) o princípio da indivisibilidade da ação penal é exclusivo da ação penal privada e deve ser fiscalizado pelo Ministério Público;D) na requisição do Ministro da Justiça para fins de promover a ação penal pública condicionada, o promotor poderá oferecer a denúncia mesmo após o prazo decadencial de 6 meses;E) com a reforma processual penal pontual recentemente introduzida no Código, inexiste qualquer tipo de aditamento provocado previsto em artigo do CPP.

Sem chance de anulação.Entretanto, devemos nos lembrar que alguns autores apresentem o entendimento de que o princípio da oficialidade é mitigado no caso de ação penal pública condicionada.Da mesma forma, e até mais importante, muitos consideram que o princípio da indivisibilidade está presente apenas nas ações penais privadas, não sendo princípio reitor das ações penais públicas, para as quais bastaria o princípio da obrigatoriedade. Este é, inclusive, o posicionamento do STF.Entretanto, a posição doutrinária majoritária (incluindo o Examinador) e do MPRJ sempre foi por considerar a ação penal pública indivisível, sendo que tal princípio seria um consectário lógico da própria obrigatoriedade.Por isso não vejo chance de anulação.

22. José, prefeito na cidade de Campos, no Estado do Rio de Janeiro, cometeu um crime federal e deverá, portanto, ser julgado no: A) Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, em vista de sua prerrogativa de função;B) Juízo Federal da Comarca de Campos, em vista da natureza do crime praticado;C) Superior Tribunal de Justiça, em vista de reconhecido dissídio jurisprudencial;D) Supremo Tribunal Federal, considerando ser esta uma evidente questão federal;E) Tribunal Regional Federal da 2a Região, competente para RJ e ES.

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Pacificado e sumulado. Sem chance de anulação.

23. Pedro cometeu em Niterói um crime federal de roubo em conexão com uma contravenção penal. Considerando as regras sobre conexão do Código Processual Penal e o fato de inexistir na área federal competência para julgar contravenção, pois não há previsão legal de contravenção federal, e ainda a nova tendência jurisprudencial dos Tribunais Regionais Federais, é correto dizer que a competência para julgamento é:A) do Juízo Federal Comum da área em que se deu o cometimento das infrações;B) do crime, no Juízo Federal Comum; da contravenção, no Juizado Especial Federal;C) do Juízo Federal Comum, mas com aplicação de medidas despenalizadoras para a contravenção;D) do crime, no Juízo Federal Comum; da contravenção, no Juizado Especial Estadual de Niterói;E) da Justiça Comum Estadual para ambas as infrações, mas com aplicação de medidas despenalizadoras.

Esta é, com certeza, a pior questão da prova.Primeiro, porque contradiz a posição da própria banca, já que o Examinador, às fls. 336 de sua obra (Polastri, Marcellus. Curso de Processo Penal. Vol. I. 5ª. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010), afirma: “Porém, pensamos que a Súmula 122 do STJ somente ressalta a ocorrência de conexão entre crimes, justamente porque a Constituição não dá competência à Justiça Federal para julgamento de contravenções.”.Além disso, a questão pede a “nova tendência dos TRFs”, mas o que encontramos neste sentido foi:CONFLITO DE COMPETÊNCIA. CRIME DE CONTRABANDO. CONTRAVENÇÃO PENAL. CONEXÃO. NÃO CABIMENTO. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO. BINGO. SÚMULA N.º38/STJ. INCIDÊNCIA. CONFLITO NÃO CONHECIDO. I. A competência para o processo e julgamento de contravenções penais é sempre da Justiça Estadual, a teor da Súmula 38/STJ. II. Deve ser mantida perante o Juízo estadual a ação de busca e apreensão tendente à apuração de suposta contravenção penal e, perante o Juízo Federal, a medida relativa à investigação de eventual crime de contrabando. III. Conflito não conhecido. (STJ. CC 40646 MT 2003/0193897-4. Relator(a): Ministro GILSON DIPP. J. 25/05/2004. Terceira Seção. DJ 28.06.2004 p. 185)

PENAL. HABEAS CORPUS. MÁQUINAS DE JOGO DE AZAR. DESCAMINHO. ART. 334,§ 1º, C, DO CÓDIGO PENAL. CONTRAVENÇÃO PENAL. ART. 50, § 3º, A, DO DECRETO3.688/41. INCOMPETÊNCIA DE JUSTIÇA FEDERAL. 1. Resta firmada a orientação de que a competência para o processo e julgamento de contravenções penais é sempre da Justiça Estadual (Súmula 38 do STJ). 2. Conforme expresso no inciso IV do art. 109 da Constituição Federal, aos juízos federais, compete processar e julgar as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções penais. 3. Trata-se de regra constitucional que prevalece sobre eventual conexão com crime que deva ser julgado por juízo federal. 4. Assim, deve o Juízo Federal processar e julgar o suposto delito de que trata o art. 334, § 1º, c, do Código Penal, e o Juízo Estadual a contravenção penal. (TRF 4. 42908 RS 2009.04.00.042908-1, Relator: SEBASTIÃO OGÊ MUNIZ, Data de Julgamento: 23/03/2010, SÉTIMA TURMA, Data de Publicação: D.E. 25/03/2010)

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Por tais motivos, a questão deve ter o gabarito alterado para a letra D ou deve ser ANULADA.

24. Entre as defesas indiretas no processo penal, além de múltiplas variabilidades de mecanismos a serem utilizados pela defesa técnica, o defensor pode ainda recorrer às chamadas questões prejudiciais, sendo certo que:A) as questões circunstanciais acidentais que advêm da prática de um tipo penal, como o agravamento da pena nos casos de estado de pessoa e que sejam objeto de processo cível, não autorizam a suspensão do processo criminal;B) a questão prejudicial cível que modifique o título ou o nomen juris do crime não autoriza a suspensão do processo;C) na presença de questão prejudicial homogênea obrigatória, o juiz criminal deve aguardar a decisão do juiz civil para proferir sua decisão final;D) se o juiz não acatar a questão prejudicial obrigatória arguida, mesmo sendo esta séria e fundada, o prejudicado pode ingressar com recurso em sentido estrito;E) a questão prejudicial obrigatória nada tem a ver com a competência do juiz, sendo mera questão incidente que visa à verdade possível no processo penal.

25. A coisa julgada no processo penal se dá para se evitar o bis in idem, pois não pode haver dois julgamentos sobre o mesmo caso, já que ninguém pode ser processado duas vezes pelo mesmo fato.Sobre o tema, é correto afirmar que:A) havendo duas demandas criminais, uma já decidida, comidentidade de pedido, partes e causa de pedir, estamos diante deuma coisa julgada, sendo certo que o pedido pode ser de qualquernatureza;B) havendo coisa julgada, a parte interessada deve entrar com aexceção própria; caso contrário, se dará a preclusão, não havendomais possibilidade de questionamento;C) além do fato principal, pode ser objeto da exceção de coisajulgada a fundamentação da sentença e fatos prejudiciais, desdeque correspondentes à imputação, considerando-se o favor rei;D) caso haja o julgamento de duas ações idênticas, o segundojulgamento é nulo, mas a parte do primeiro julgamento nãoatingido pela coisa julgada permanece gerando efeitos;E) o processamento da exceção de coisa julgada tem uma disciplinaprópria e específica, e, se o juiz acolhe a exceção, cabe recurso emsentido estrito.

26. De acordo com a lei, ninguém poderá ser preso a partir do quintodia antes das eleições e até 48 horas após as eleições. Em vistadessa regra, é correto dizer que:A) o agente não pode ser preso em flagrante delito, preventivamenteou por prisão temporária;

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B) a ordem de prisão contra o agente expedida anteriormente a esseperíodo poderá ser executada;C) o juiz, estando presente motivo que demonstre o periculumlibertatis, poderá decretar a prisão;D) o agente com prisão preventiva decretada em razão de crimehediondo poderá ser preso;E) o estrangeiro com prisão preventiva decretada, se estiverembarcando para o exterior, não poderá ser preso.

27. Após a reforma pontual operada no processo penal brasileiro, oprocedimento do júri sofreu grandes transformações. Quanto aonovo procedimento, pode-se afirmar que:A) está previsto na lei dentro dos procedimentos comuns;B) está previsto na lei dentro dos procedimentos especiais;C) ficou, na lei, fora da previsão clássica dos procedimentos;D) podem ser inseridas agravantes e atenuantes na pronúncia;E) ao decidir pela absolvição sumária, o juiz deve recorrer de ofício.

28. Pedro, que estava indiciado por crime de roubo, teve sua prisãodecretada pelo juiz da comarca de Miracema-RJ em 08 de agostode 2011, uma segunda-feira, sendo preso provisoriamente nomesmo dia, enquanto ainda estava sendo investigado. Terminadoo inquérito, o delegado, no último dia do prazo determinado emlei, fez logo cedo a remessa a juízo. O juiz, no mesmo dia emque recebeu os autos, tendo-se em conta que era um dia útil, deuvista pessoal ao promotor. Considerando-se o prazo legal que opromotor tem para oferecer a denúncia e que esse prazo venceriaem um dia útil, o trâmite do inquérito, o prazo utilizado pelodelegado, o recebimento e a vista do inquérito pelo promotor ea denúncia contra Pedro, somando-se todos esses atos e prazos,desde a prisão, teria que ser oferecida em:A) 15 dias;B) 10 dias;C) 12 dias;D) 14 dias;E) 07 dias.

29. Em relação aos recursos excepcionais ou extraordinários, écorreto dizer que:A) cabe recurso especial da decisão do Tribunal de Justiça que, emgrau de recurso, denega o Habeas Corpus;B) pode ser interposto o recurso especial quando a decisão criminalfor injusta para o réu, em face do favor rei;C) interposta apelação, havendo decisão final da Câmara por maioriaque afronte a Constituição, cabe Recurso Extraordinário;D) o prequestionamento se dará se o Ministério Público acentuar aquestão federal criminal desde as alegações finais e o acordão nãoapreciar tal questão;E) a técnica do sobrestamento de recurso extraordinário com idênticacontrovérsia com outro recurso também se aplica ao especial.

30. Em relação aos vícios processuais no processo penal, é corretoafirmar que:

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A) a nulidade absoluta poderá ser decretada de ofício pelo juizmesmo se findo o processo penal;B) a nulidade relativa não poderá ser reconhecida de ofício pelo juizno curso do processo penal;C) as nulidades relativas alegadas no momento próprio da leiprecisam de demonstração de prejuízo;D) haverá nulidade se o juiz não nomear um curador ao réu menor devinte e um anos no processo penal;E) o juiz penal, em se tratando de nulidade absoluta, pode deixar dereconhecê-la, se ausente o prejuízo.