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XXV Encontro SOBRAC SOCIEDADE BRASILEIRA DE ACÚSTICA 20, 21 e 22 outubro de 2014 Acústica e Vibrações: Qualidade de ambientes internos e externos Anais do Encontro da Sociedade Brasileira de Acústica Vitória Concept Hotel - Campinas - SP REALIZAÇÃO INSTITUTO DE ARTES

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  • XXV Encontro SOBRACSOCIEDADE BRASILEIRA DE ACSTICA

    20, 21 e 22 outubro de 2014

    Acstica e Vibraes:Qualidade de ambientes

    internos e externos

    Anais do Encontro da Sociedade Brasileira de Acstica

    Vitria Concept Hotel - Campinas - SP

    REALIZAO

    INSTIT

    UTO

    DEARTES

  • Anais do Encontro da Sociedade Brasileira de Acstica

    Proceedings of the Brazilian Society of Acoustics Meeting

    Ficha catalogrfica elaborada pela Diretoria de Tratamento da Informao Bibliotecria: Maria Lcia Nery Dutra de Castro CRB- 8- 1724

    En17a Encontro da Sociedade Brasileira de Acstica, ( 25. : 2014 : Campinas, SP) Anais do XXV Encontro da Sociedade Brasileira de Acstica = Proceedings of the 25th Brazilian Society of Acoustics Meeting, 20-22 de Outubro de 2014 / organizao Universidade Estadual de Campinas ; editor: Jos Augusto Mannis. Campinas, SP : UNICAMP, 2014. Disponvel em: acustica.org.br/anais-do-encontro-sobrac/ 1. Acstica Congressos. 2. Vibraes - Congressos. 3. Engenharia acstica Congressos. 4. Controle de rudo - Congressos. 5. Acstica (Msica) - Congressos. 6. Acstica submarina - Congressos. I. Mannis, Jos Augusto. II. Universidade Estadual de Campinas. III. Ttulo. ISSN 2238-6726

    http://acustica.org.br/anais-de-encontros-sobrac/
  • Os Anais do Encontro da Sociedade Brasileira de Acstica SOBRAC, evento bienal, tem

    sido regularmente publicados desde 1995 e constituem atualmente a principal publicao cientfica seriada em Acstica e Vibraes no Brasil abrangendo a maioria dos assuntos

    especficos a este campo do conhecimento, muitos dos quais so de natureza interdisciplinar

    estando em constante adequao, o que pode suscitar novas incluses de assuntos, o que

    reflete a ateno da SOBRAC para o Estado da Arte em Acstica e Vibraes. Todas as

    edies do evento contaram com um corpo de avaliadores (Comit de Programa Tcnico)

    revisando e comentando rigorosamente os artigos submetidos. O conjunto desses volumes

    constitui um registro do desenvolvimento das pesquisas na rea de Acstica e Vibraes no

    pas, documentando regularmente a produo cientfica e tecnolgica da comunidade

    acadmica, do setor industrial e de seus interlocutores no exterior. O corpo de avaliadores

    bem como os autores de trabalhos submetidos conta com pesquisadores do Brasil e do

    exterior. Esta publicao tem tido impacto amplo e reconhecido em mbito nacional.

    Os artigos publicados nestes Anais foram editorados a partir dos originais finais entregues pelos autores, sem edies, correes ou consideraes feitas pelo comit tcnico. A SOBRAC no se responsabiliza pelo contedo. Informaes sobre a SOBRAC podem ser obtidas em

    (http://acustica.org.br/). Todos os direitos so reservados. No permitida a reproduo total ou parcial de qualquer um destes artigos sem autorizao expressa da SOBRAC e dos respectivos autores.

    Anais do Encontro da Sociedade Brasileira de Acstica: Publicao da Sociedade Brasileira de Acstica - SOBRAC Universidade Federal de Santa

    Maria, Centro de Tecnologia, Sala 212 - Av. Roraima n 1000, Campus, Camobi, CEP 97105-900 - Santa Maria, Rio Grande do Sul

    http://acustica.org.br/

    http://acustica.org.br/http://acustica.org.br/
  • SOCIEDADE BRASILEIRA DE ACSTICADinara Xavier da Paixo Presidente

    Arcanjo Lenzi Vice-PresidenteRoberto Jordan Primeiro Tesoureiro

    Edison C. Moraes Segundo TesoureiroGilberto Fuchs de Jesus Primeiro Secretario

    Krisdany Vincius Cavalcante Segundo secretrio

    CONSELHEIROSStelamaris Bertoli Rolla, UNICAMP

    Ana Claudia Fiorini, PUC-SPMarco Antnio Nabuco de Arajo, INMETRO

    Maria Luiza Balderrain, CLB EngenhariaSamir Gerges, UFSC

    Joo Gualberto Baring, USPStephan Paul, UFSM

    Roberto Tenenbaum, IPRJ

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS UNICAMPJos Tadeu Jorge, Reitor

    Alvaro Penteado Crsta, Coordenador Geral da UniversidadeGlucia Maria Pastore, Pr-Reitora de Pesquisa

    Joo Frederico da Costa Azevedo Meyer, Pr-Reitor de Extenso e Assuntos ComunitriosTeresa Dib Zambon Atvars, Pr-Reitora de Desenvolvimento Universitrio

    Rachel Meneguello, Pr-Reitora de Ps-GraduaoLus Alberto Magna, Pr-Reitor de Graduao

    Paulo Sergio Franco Barbosa, Diretor da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo

    REALIZAO

    Universidade Estadual de Campinas UNICAMPFaculdade de Engenharia Civil e Arquitetura FEC

    ORGANIZAO E COMERCIALIZAOnggulo Comunicao Estratgica

  • FINANCIAMENTOFundao de Amparo Pesquisa do Estado de So Paulo FAPESP

    Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior CAPES

    PATROCNIOS

    ISOVER Saint-GobainTRISOFT Conforto Sustentvel

    CLARK DOOR Limited

    APOIO INSTITUCIONAL

    Sociedade Brasileira de Computao SBC Sociedade Brasileira de Engenharia de Audio AES-Brasil

    Associao Brasileira dos Escritrios de Arquitetura AsBEA Associao Nacional de Tecnologia do Ambiente Construdo ANTAC

    Movimento AmbientalSindicato da Indstria da Construo Civil do Estado de So Paulo SindusCon-SP

    EXPOSITORES1ST FLOOR

    ACOEM AMBI BRASIL

    Armstrong AubiconBRUEL

    Clark DoorECOACSTICA

    Garbe Grom

    IsoverJoongbo

    MULTINOVAOwa Brasil

    PRIMAPROMAFLEX

  • TRISOFTViapol

    VIBRANIHILVIBTECH

    COORDENAOStelamaris Rolla Bertoli, UNICAMP Coordenao Geral

    COMIT ORGANIZADORStelamaris Rolla Bertoli, UNICAMPJos Augusto Mannis, UNICAMP

    Debora Barreto, AUDIUMDinara Paixo, UFSM

    Jos Maria C. dos Santos, UNICAMP

    COMIT DE PROGRAMA TCNICOAVALIADORES

    Aline Lisot, Universidade Estadual de Maring UEMAlosio Leoni Schmid, Universidade Federal do Paran UFPR

    Andrey Ricardo da Silva, Universidade Federal de Santa Catarina UFSC

    Edson Costa Jr, Universidade de Braslia UnBElcione Moraes, Universidade Federal do Par UFPA

    Eric Brando, Universidade Federal de Santa Maria UFSMFelipe Vergara, Universidade Federal de Santa Catarina UFSC

    Fernando Augusto de Noronha Castro Pinto, Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ

    Gustavo Melo, Universidade Federal do Par UFPAHenrique Gomes de Moura, Universidade de Braslia UnB

    Jlio Apolinrio Cordioli, Universidade Federal de Santa Catarina UFSCJorge Patrcio, Laboratrio Nacional de Engenharia Civil LNEC (Portugal)

    Jos Arruda, Universidade Estadual de Campinas UnicampJos A. Mannis, Universidade Estadual de Campinas Unicamp

    Jos Maria Campos dos Santos, Universidade Estadual de Campinas UnicampLa Souza, Universidade Federal de So Carlos UFSCar

    Marco Antonio Nabuco de Arajo, Inmetro

  • Mauricy Souza, Fundao Municipal do Meio Ambiente de FlorianpolisMax de Castro Magalhes, Universidade Federal de Minas Gerais UFMG

    Mrcio de Avelar Gomes, Universidade de Braslia UnBMichael Vorlnder, RWTH Aachen University (Alemanha)

    Newton Soeiro, Universidade Federal do Par UFPA

    Paulo Medeiros Massarani, Inmetro

    Rafael Mendes, Universidade Estadual de Campinas UnicampRanny Loureiro Xavier Nascimento Michalski, Universidade Federal do

    Rio de Janeiro UFRJRenato Pavanello, Universidade Estadual de Campinas Unicamp

    Roberto Jordan, Universidade Federal de Santa Catarina UFSCRoberto Tenenbaum, Universidade do Estado do Rio de Janeiro UERJ

    Roberto Leal Pimentel, Universidade Federal da Paraba UFPBSrgio Luiz Garavelli, Universidade Catlica de Braslia UCB

    Stelamaris Rolla Bertoli, Universidade Estadual de Campinas UnicampStephan Paul, Universidade Federal de Santa Maria UFSM

    Sylvio Bistafa, Universidade de So Paulo USPYaro Burian Junior, Universidade Estadual de Campinas UnicampYves Jean Robert Gounot, Universidade Federal Fluminense UFF

    Zemar Soares, Inmetro

    PRODUOSandra Pegorelli nggulo Comunicao Estratgica Marta Pegorelli nggulo Comunicao Estratgica

    Lgia C. Peres nggulo Comunicao Estratgica

    Ueslei E. Raf Peten nggulo Comunicao Estratgica

    Douglas F. Baldan nggulo Comunicao Estratgica

    Adriano Barbosa

    Alexandre V.Maiorino

    Iara B. Cunha

    Italo C. Montalvo Guedes

    Obadias Pereira da Silva Jr

    Rafaella B. Estevo de Souza

    Roberta Smiderle

    Roberto Mojolla

    Rodolfo Thomazelli

    Vanessa Takahashi

    EQUIPE DE APOIO

  • INDICESesso,Autor1,Ttulo

    pag.

    RESUMOSDASPALESTRAS

    PATRICIO Desempenhoacsticodeedificaes:aexperinciaeuropeia. 2WARUSFEL AnalysisandSynthesisofsoundfieldsandsoundscapes:panoramaandtechnological 3AnalysisandSynthesisofsoundfieldsandsoundscapes:panoramaandtechnological

    horizons.3

    SOEIRO Anlisedinmicadeestrutura:umenfoqueparaaexcitaodovento. 4VORLAENDER AcsticaVirtualTecnologiaeAplicaes 5ROLLOJUNIOR Paisagensacsticasmarinhas. 6BOTTELDOOREN Perceptionandmeasurementofenvironmentalsound. 7

    ARTIGOSARTIGOS

    Sesso01RudoAmbientalI

    BRITO Avaliaodotrfegorodoviriocomfontedevibraoeincmodonomeiourbano 10CARVALHO JUNIORetal.

    Anlisedoefeitodorudoaeronuticosobreopreodeimveisresidenciais:estudodecaso do Aeroporto Internacional de BrasliaDF.

    18et a casodoAeroportoInternacionaldeBrasliaDF.GUEDES EstudodeimpactodorudodetrfegoveicularemAracajuSE. 26BALDERRAINetal. ImpactoambientalderudodeumaviadeacessoaumcentrodedistribuioBragana

    PaulistaSP.34

    SCHIMITT RudoambientalnacidadedePortoAlegreRS. 42CHUNGetal. Mediodepotnciasonoradenibusurbanonacondioparado. 51

    Sesso02AcsticaemambientesdeensinoSesso02 Acsticaemambientesdeensino

    MELOetal. Mtodoparaavaliaodeinteligibilidadeemsalasdeauladoensinofundamentalapartirderespostasimpulsivasbiauricularesetestesvirtuais.

    60

    TELESetal. Condiesdeconfortoacsticoeavozdoprofessornoambienteescolar. 68TEIXEIRAetal. Influnciadadimensodasaberturasnaqualidadeacsticadesalasdeaula

    naturalmenteventiladas.76

    RABELOetal. Modeloestatsticodeprediodainteligibilidadedefalaemsalasdeaula. 84CUNHAetal. Sistemadereforosonoroeainteligibilidadedafalaemumauditriouniversitrio. 92CORREIAetal. Acsticaemedifciosescolares:avaliaodaqualidadeacsticaemescolaspblicasde

    MaceiAL.100

    Sesso03AcsticadeEdificaesI

    ZUFFIetal. Anlisedesensibilidadedodesempenhoacsticodevenezianasativas. 108PENEDOetal. Isolamentosonoroareodepartiesverticaisdasaladeestardeumapartamentoem

    MaceiAL.116

    OLIVEIRAetal. Inteligibilidadedefalaporlistasdepalavrasfoneticamentebalanceadasnumtrioprojetadosegundopadresconstrutivosgreenbuilding.

    124

    GALVO Acomponenteacsticanoprocessodereabilitaodeedifcios:avaliaodedesempenhoparadiagnstico.

    132

    NUNESetal. Desempenhoacsticodesistemasdepiso:estudosdecasopararudoareoedeimpacto. 140

  • INDICESesso,Autor1,Ttulo

    MIRANDAetal. Anlisedaperdadetransmissosonoraempainisdivisriosdeumecocompsitocomoincrementodelamavermelhade0%a50%empesodepoliuretanodocompsito.

    148

    Sesso04ClculoeProcessamento

    GOMESetal. Anlisemodalnumricoexperimentaldeespaadoresqudruplosemlinhasde 157transmisso.

    JACINTOetal. SeparaocegadefontesacsticasutilizandoalgoritmoPARAFAC. 165TAMINATOetal. Recoveryofroughacousticimpedanceprofilebyusinganimproveddirectpropagation

    algorithm.173

    BARROSeta. Redesneuraisartificiaisaplicadasdeterminaodotamanhotimodamalhaparaoclculodaintensidadetil.

    181

    MEDEIROSetal. Comparaodedoismtodosdeclculodeimpednciaacsticadelinerssobescoamentotangencial.

    189tangencial.

    FERREIRAetal. Acousticradiationthroughsupersonicintensityforrectangularplateswithseveralboundaryconditions.

    197

    Sesso05RudoAmbientalII

    BECARDetal. MonitoramentocontnuoderudodoAeroportoSantosDumontRiodeJaneiroRJ. 206TADDEUCCIetal. AdequaoacsticadaUnidadedeAosLongosUPV/CSN. 214q g /

    BUDELetal. Aprovaodemodelodemedidoresdenvelsonorotesteseltricos. 222

    Sesso06PaisagemSonora

    ALMEIDAetal. AvaliaodonveldepressosonoraequivalentenaPraaCentraldoMunicpiodeLaranjaldoJariAP.

    231

    ALEIXO l l d d d ALEIXOetal. AnlisedapaisagemsonoradaspraasCvicaeTamandaremGoiniaGO. 238CARVALHOetal. APaisagemsonoradoParqueAreioGoiniaGO. 246

    Sesso07AcsticadeEdificaesII

    NUNESetal. Incertezaemmediesderudodeimpactoemcampo:variaesnoposicionamentodosequipamentos.

    255

    PAVANELLOetal. Rudoeminstalaeshidrossanitrias:odesafioderealizarmedies. 263

    SANTOSetal. Estudopreliminardousodemantasdeltexparacontrolederudodeimpactoemedificaes.

    271

    Sesso08RudoAmbientalIII

    BARBOSA et al Rudo de serramrmore nas operaes de corte em diferentes materiais de construo 279BARBOSAetal. Rudodeserramrmorenasoperaesdecorteemdiferentesmateriaisdeconstruocivil.

    279

    MARROQUIMetal. AnlisedareduodosnveisderudoemumapartamentoresidencialnacidadedeMaceiAL.

    287

    SOUZAetal. MapeamentoacsticodobairroImbu,SalvadorBA. 295LUCENAetal. AvaliaodorudoambientalemumaescoladePlanaltinaDF. 303AKKERMANetal. Rudonoplanejamentourbanodereasocupadas. 311

  • INDICESesso,Autor1,Ttulo

    Sesso09AcsticadeSalasI

    TORRESetal. HRTFcompressionusingwavelets. 320MASSARANIetal. Verificaodacompatibilidadedefiltrosparamediodetempodereverberaopelo

    mtododarespostaimpulsivaintegrada.328

    SIMESetal. IsolamentoecondicionamentoacsticodoAuditrioAraujoViannaemPortoAlegreRS. 336

    MAIORINO t l E d i i i l d d d b d l i i hi i i 3MAIORINOetal. Estudoinicialdeadequaodeespaotombadopelopatrimoniohistricoparaaprticamusical.

    344

    MELOetal. Anewapproachtovalidatecomputermodelingauralizationsbyusingarticulationindexes. 352

    NARANJOetal. Realidadevirtualacstica:aabordagemdasredesneuraisartificiais. 360

    Sesso10AcsticadeEdificaesIII

    PIOVESANetal. Absorosonoradedoissistemasmodularesdetelhadosverdesbrasileiros. 369MAGALHESetal. Avaliaodoisolamentosonorodeportasejanelasemcampo. 377

    SILVAetal. Desempenhoacsticodevedaesverticaisemblocosdegesso:umaavaliaoemcampoelaboratrio.

    385

    MOJOLLAetal. Construoeavaliaopreliminardeumafontesonoradeimpactospadronizados(tappingmachine).

    393

    OLIVEIRAetal. AnliseecontrolederudodosistemaauxiliardamquinadeensaiodefadigadoLaboratriodeEngenhariaMecnica(LabemFemItecUFPA).

    401

    SILVAetal. Desempenhoacsticodeedificaes:umaavaliaodoisolamentosonorodevedaesverticaisehorizontais.

    409

    Sesso11Rudo,ProcessamentoeDesenvolvimento

    COSTA et al Preveno e controle do rudo da construo civil no licenciamento ambiental 418COSTAetal. Prevenoecontroledorudodaconstruocivilnolicenciamentoambiental. 418MAGALHESetal. Mascaramentosonoroviameiosdecomunicaodemassa. 426

    PAIXOetal. Oficinasdeensinocomtrabalhoresexpostosaorudo:algumassugestesparaaeducaopermanente.

    434

    LARAetal. Sntesebiauricularparaproduodesinaissonorosespacializados. 442CUNHAetal. Adequaodomtododotubodeondasestacionriasparaaobtenodocoeficientede

    absorosonoraedaperdadetransmissosonorademateriais.450

    absorosonoraedaperdadetransmissosonorademateriais.FRIAS Programadeensaiosinterlaboratoriais2012e2014. 458

    Sesso12RudoAmbientalIV

    VECCIetal. ConsideraessobrecorreesdosNveisCritriosdeAvaliao(NCA)paraambientesinternos,deacordocomaNBR10151:2000.

    468

    NIEMEYERetal. Influenciadelegislaodeusodosolonaconfiguraodoambientesonoro:oPEUdas 476VargensRJ.

    VALADARES Consideraessobreaavaliaodapoluioacsticaeproposiodesuaclassificao. 484

    Sesso13AcsticadeSalasII

    FIGUEIREDOetal. Auralizaoemacsticadesalas:tcnicaseimportnciadaequalizaodafontesonora. 493

  • INDICESesso,Autor1,Ttulo

    BRAGAetal. AvaliaodevibraoaqueficamsubmetidosospassageirosetripulantesdeumaembarcaoescolaremusonaAmaznia.

    501

    BRAGAetal. AnliseacsticaatravsdemtodosnumricoseexperimentaisemumaembarcaoescolaremusonaAmaznia.

    509

    Sesso14AcsticaSubmarinha 517

    VALE O i i d i i b i 8VALE Otimizaodatransmissoemacsticasubmarina. 518VALE ReceporobustadesubportadorasFSKutilizandoMFCCeGMMcomtreinamento

    multicondiousandosimuladordecanalacsticosubmarino.525

    OSOWSKY Correodeerrodeposiodesistemasdenavegaoinercial:umaabordagemusandoummodemacsticosubmarinoeumsonarpassivo.

    533

    Sesso15RudoAmbientalV

    GIUNTAetal. Comparaoentrelegislaessobrerudoemcapitaisbrasileiras. 542SURIANOetal. Comparaodemtodosdeprevisodorudourbano 550SOUZANETO ConsideraessobreomapeamentodorudonocampusdaUniversidadeFederaldeSanta

    Maria(RS)rudorodovirio.558

    ROCHA Umadcadadepoluiosonora:mapasacsticosdacidadedeCaruaruPE. 566ROSOetal. Sobreainclusodeatividadesrecreativasemmapasestratgicosderudo. 574JIMNEZ et al A influncia da implantao na configurao do ambiente sonoro de um conjunto de 582JIMNEZetal. Ainflunciadaimplantaonaconfiguraodoambientesonorodeumconjuntode

    vivendasdeinteressesocialbaseadanatipologia"culatayovai".582

    Sesso16AcsticadeSalasIII

    CAETANOetal. Caracterizaoacsticademateriais:mediodocoeficientedeabsorosonorainsitu. 591

    BARROSetal. Avaliao preliminar das condies acsticas em um evento cientfico da UERJ Rio de 599BARROSetal. AvaliaopreliminardascondiesacsticasemumeventocientficodaUERJ RiodeJaneiroRJ

    599

    SANTOSetal. Importnciadodetalhamentodesuperfciesecoeficientesdeespalhamentoparaparmetrosacsticossimulados.

    606

    NABUCOetal. Mediodeabsorosonoradepoltronasdeteatroemcmarareverberante. 614PAISetal. Comportamentoacsticodeumasaladeproduomusicalcomaaplicaodeumdifusor

    produzidocomresduodegesso.622

    Sesso17VibraeseControledeRudo

    ZANONIetal. AnliseecontrolederudonasunidadesoperacionaisdeabastecimentoPetrobrs. 631MACHADOetal. Estimativaempistadorudoaerodinmicoproduzidoporespelhosretrovisores

    automotivos.639

    SOUZAetal. Anlisedatexturacristalogrficadeligasmetlicasatravsdoprocessamentodesinaisultrassnicos.

    647

    CATALN et al Ajuste de frequncias naturais de viga sob flexo por otimizao de dimenses utilizando 655CATALNetal. Ajustedefrequnciasnaturaisdevigasobflexoporotimizaodedimensesutilizandoalgoritmogenticoemodelodeelementosfinitos.

    655

    TOURINHOetal. Avaliaodemtricasparaoensaionodestrutivodeestruturassanduche 663

    GOMESetal. Desenvolvimentodeferramentavirtualparaanlisedesinaisdevibraesemmquinasrotativas.

    671

  • INDICESesso,Autor1,Ttulo

    Sesso18MedioeLegislao

    FONSECA FILHO etal.

    AtendimentoanormadedesempenhoMinhaCasaMinhaVidaSalvadorBA. 680

    MILHOMENetal. ApresentaodasrieIEC61094quetratademicrofonesdemedio 686SOARESetal. Influnciadasfontessonorasnacalibraodemedidoresdenvelsonoro. 694ROCHAetal. AvaliaodainteligibilidadedafalaatravsdoSTI:implementaodomtodo. 700

    Sesso19RudoAmbientalVI

    NEUMANNetal. Relaoentreaintensidadesonoraeapercepodequalidadeurbana. 708ALVESetal. MapeamentoacsticodaconcentraodedennciasdepoluiosonoraemNatalRN. 716CARVALHO JUNIORet al

    RudoambientalprovenientedeatividademineradoradebauxitaemJuritiPA. 724etal.

    Sesso20AcsticadeSalasIV

    OLIVEIRAetal. Reduodorudoemcasadecompressoresatravsdaaplicaodeabsorvedoressonoroseusodesimulaocomputacional.

    733

    MARTINSetal. AvaliaodaqualidadeacsticadoauditriodeumauniversidadecorporativanoRiodeJaneiroRJ.

    741Janeiro RJ.

    VORLAENDER Acsticavirtualtecnologiaeaplicaes. 749

    Sesso21AcsticaaplicadaMsica

    POZZERetal. Caxirola:formadeutilizao,pressosonoranaorelhadousurioepotnciasonora. 758GARAVELLIetal. Anlisedosnveisderudoocupacional:ocasodaOrquestraSinfnicadeBraslia 766

    THOMAZELLIetal. Medidordeimpednciaacsticacomoferramentaauxiliarparaartesosdeinstrumentosdesopro.

    774

  • ndice por autor

    Akkerman, S.: 311

    Alcoragi, F.: 311

    Alves, L. R.: 722

    Amador Medeiros, A.: 189

    Ando, C. M.: 311

    Antoniolli, S.: 434

    Aor, F.: 707

    Arajo, B.: 722

    Arajo, E.: 722

    Arajo, M.: 328

    Arajo, V.: 722

    Aspoeck, L.: 320

    Avelar Gomes, M.: 663

    Barbosa, A. A.: 279

    Barbosa Silva, C.: 772

    Barreto, D.: 295

    Barros, A.: 18

    Barros, A.: 303

    Barros, J. D.: 599

    Barros, T. M.: 181

    Barros de Almeida Neto, M.: 165

    Bastos, L.: 582

    Batista Campos, V.: 231

    Bauzer Medeiros, E.: 639

    Bcard, V. M.: 206

    Becker, R.: 336

    Belderrain, M. R.: 34

    Bertoli, S.: 92, 279, 393, 566, 606, 780

    Bonifcio, P.: 663

    Boscher Torres, J.: 320, 360

    Botteldooren, D.: 7

    Braga, D.: 157, 501, 509, 671

    Brando, E.: 700

    Brito, L. A.: 10

    Brum, R.: 369

    Bruna, G.: 714

    Budel, F.: 222

    Bugarin, R.: 18

    Caetano, R. G.: 450, 591

    Cafaldo dos Reios, D.: 189

    Campos Oliveira, R.: 772

    Carvalho, D.: 246

    Carvalho, M.: 295

    Carvalho, M. d.: 238, 246

    Carvalho, M.: 663

  • Carvalho, R.: 26

    Carvalho Jr, E. B.: 18, 730

    Carvalho Jr, E.: 68, 303, 772

    Caser, A.: 246

    Cataln, D.: 655

    Chung, A.: 51

    Constantino, M. C.: 238

    Cordioli, J.: 189

    Cormier, K.: 206

    Corra Jnior, C.: 181, 197

    Correia, T.: 100

    Cortes, M.: 476, 582

    Costa, A. B.: 418

    Cotias, F.: 680

    Cunha, I. B.: 92

    Cunha, R. N.: 450, 591

    Damascena Ribeiro, E.: 231

    de Moura Rolim Neto, R.: 231

    Duarte, M.: 108

    Feiteira, J.: 647

    Fernandes, W.: 476

    Ferraz, R.: 468

    Ferreira, J.: 631

    Ferreira, V.: 181

    Ferreira, V. D.: 197

    Figueiredo, F. L.: 493

    Flores, P.: 574

    Fonseca, F.: 680

    Fonseca Filho, O. J.: 680

    Frias, J.: 458

    Galvao, W. F.: 132

    Garavelli, S.: 18, 68, 303, 730, 772

    Gerges, S.: 747

    Giordani Serrano, P.: 189

    Giunta, M. B.: 542

    Gomes, G.: 501, 509

    Gomes, M.: 157, 671

    Grillo, M. L.: 599

    Grilo, .: 574

    Guedes, I. C.: 26

    Guerra de Souza, R.: 647

    Honorato Sampaio, P.: 231

    Horta, F.: 468

    Iazzetta, F.: 493

    Isnard, N.: 206

  • Jacinto, J. M.: 165

    Jimnez, M. A.: 582

    Jordan, R.: 655

    Jorge, V.: 255

    Kohler, R.: 26

    Krajcarz, F.: 707

    Lara, L. T.: 442

    Laranja, R. A.: 434

    Lobo, D.: 647

    Lopes, G. C.: 599

    Lopes de Almeida, W.: 231

    Lucena, T.: 303

    Lucio Naranjo, J. F.: 352, 360

    Lunge, A.: 263

    Machado, F.: 476

    Machado, W.: 639

    Maciel, M.: 108

    Magalhes, M.: 84

    Maiorino, A. V.: 344

    Manhas, M.: 287

    Marcondes, L. S.: 622

    Marques, E.: 747

    Marques, V.: 450, 591

    Marroquim, F.: 287

    Martins, W. B.: 747

    Massarani, P.: 328, 614

    Masson, Z.: 189

    Matsuo, J.: 18

    Medeiros Landim, E. F.: 772

    Melo, G. S.: 148, 271, 418, 501, 509

    Melo, V.: 60, 352

    Mendona Maroja, A.: 18, 68, 303, 730

    Michalski, R.: 599

    Milhomem, T. B.: 686

    Miranda, R.: 148

    Mojolla, R.: 393

    Montemurro, W.: 34

    Montenegro, M.: 680

    Moraes, E. L.: 418

    Morais Fernandes, K.: 173

    Moura Teles, A.: 68

    Musafir, R.: 51, 60

    Nabuco, M.: 614

    Nascimento, R.: 566

    Neumann, H.: 714

  • Niemeyer, L.: 476, 582

    Niemeyer, M.: 476

    Nunes, M. F.: 140, 255

    Oiticica, M.: 76, 100, 116, 287

    Oliveira, D.: 336

    Oliveira, F. L.: 739

    Oliveira, F.: 501, 509

    Oliveira, H. L.: 124, 747

    Oliveira, R. C.: 401

    Oliveira Filho, R.: 450, 591

    Osowsky, J.: 533

    Pagnussat, D.: 140, 255

    Pais, . P.: 622

    Paixo, D.: 434

    Paixo, D.: 263

    Pantoja, J.: 655

    Paredes, L.: 476

    Pasqual, A. M.: 442

    Patrcio, J.: 2

    Paul, S.: 369, 558

    Paul, S.: 764

    Pavanello, L. R.: 263

    Pazos, D.: 614

    Pedro WEBER, L.: 772

    Pedroto Magalhes, G.: 377, 426

    Peixoto, D.: 84

    Penedo, R. T.: 116

    Pinheiro, M. A.: 385, 409

    Pinheiro, V.: 51

    Pinheiro da Silva Junior, S.: 214

    Pinto, D.: 722

    Pinto, F.: 377

    Piovesan, T.: 369

    Pozzer, T.: 764

    Rabelo, A. T.: 84

    Rabelo Soeiro, R.: 165

    Ramalho Cunha, J.: 231

    Rgo Silva, J. J.: 385, 409

    Rocha, R. B.: 566

    Rollo Junior, M.: 6

    Roso, V.: 574

    Rossatto Rocha, R.: 700

    Sales, A.: 246

    Samoneck, F.: 271

    Santos, C.: 606

    Santos, J.: 84

  • Santos, W. d.: 148, 271

    Santos, W. D.: 501, 509

    Schimitt, N.: 42

    Setbal, F.: 501, 509

    Silva, A.: 369

    Silva, L.: 566

    Silva, O.: 385, 409

    Silva Aleixo, P.: 238

    Silva Jr., O.: 655

    Simes, F. M.: 336

    Smiderle, R.: 344

    Soares, P. F.: 622

    Soares, Z.: 222, 686, 694

    Soeiro, N.: 4, 157, 271, 401, 501, 509, 671

    Souza, D. F.: 295

    Souza, J.: 148

    Souza, L.: 542

    Souza, L. C.: 550

    Souza Neto, O. C.: 558

    Suazo, G.: 197

    Suriano, M. T.: 550

    Taddeucci, G. N.: 214

    Tamanini, C. A.: 622

    Taminato, F. O.: 173

    Teixeira, J. A.: 655

    Teixeira, J.: 76

    Teixeira de S, D.: 148

    Tenenbaum, R. A.: 60, 173, 181, 197, 352, 360

    Thomazelli, R.: 780

    Tourinho, A.: 663

    Vaidotas, R.: 34

    Valadares, V. M.: 484

    Vale, E. E.: 518, 525

    Vecci, M.: 295, 468

    Vergara, E.: 739

    Vergara, F.: 124

    Villela, R.: 614

    Vorlnder, M.: 5, 320, 755

    Warusfel, O.: 3

    Zajarkievaiech, J. E.: 694

    Zanoni, G. P.: 631

    Zini, A.: 140

    Zuffi, G.: 108

  • EDITORIAL

    com imensa satisfao que sediamos em Campinas o XXV Encontro da Sociedade Brasileira

    de Acstica - SOBRAC 2014. O Encontro visa promover o intercmbio de experincias entre

    pesquisadores, docentes, estudantes e profissionais de empresas ligadas a diversas

    especialidades. Para a edio 2014 do evento, o tema escolhido para foi Acstica e Vibraes:

    qualidade de ambientes internos e externos. A Organizao do XXV SOBRAC procurou

    incentivar a participao de profissionais reconhecidos nacional e internacionalmente,

    diversificando assim as atividades do Encontro. A programao conta com palestras de

    pesquisadores brasileiros e do exterior, minicursos, sesses tcnicas e estudos de caso.

    Paralelamente, oferecemos aos participantes do evento uma rea de exposio com as

    principais empresas no mercado brasileiro nas reas de Acstica e Vibraes, possibilitando ao

    pblico-alvo altamente especializado conhecer os produtos e tecnologias disponveis na

    atualidade, bem como as iniciativas institucionais de interesse, notadamente quanto

    inovao e a sustentabilidade. Desejo aos participantes que o XXV Encontro da SOBRAC seja

    produtivo e prazeroso.

    Stelamaris Rolla Bertoli - Coordenao Geral

    Nesta 25 edio do Encontro da Sociedade Brasileira de Acstica contamos com 120

    submisses das quais 96 (80%) foram selecionadas para serem apresentadas e publicadas

    depois de uma avaliao rigorosa do corpo tcnico, formado por 46 pesquisadores

    especializados, dos quais 41 (89%) brasileiros (31 regies Sul e Sudeste; 6 Norte e Nordeste e 4

    Centro e Centro-Oeste) e cinco (11%) do exterior. As observaes e recomendaes dos

    pareceres foram implementadas pelos autores e, aps este procedimento, os artigos foram

    novamente checados pelos avaliadores. Dos artigos aprovados, 62% tratam de pesquisa e

    desenvolvimento; 49%, estudos de casos; e 8%, estudos de legislaes, normas e medies. A

    estes acrescentamos os resumos das seis palestras proferidas por pesquisadores convidados.

    Ao todo, dos 291 autores participantes, 95% so brasileiros e 5% do exterior, abrangendo

    Alemanha, Blgica, Canad, Equador, Espanha, Frana e Portugal. Dos artigos publicados, 37%

    tratam de Rudo Ambiental; 31%, Acstica de edificaes; 26%, Controle de Rudo e Vibraes;

    25%, Acstica de Salas; e 23%, Aplicaes em legislaes, normas mtodos e medies (vrios

    artigos contemplam mais de um tpico), o que uma resposta positiva temtica proposta

    para este encontro: Acstica e Vibraes: qualidade de ambientes internos e externos.

    Vrias inovaes adotadas nesta edio do evento, tanto tcnicas quanto operacionais, s

    foram possveis graas flexibilidade, enorme colaborao e boa vontade de todos os

    membros do Comit de Programa Tcnico (organizadores e avaliadores) e, sobretudo, dos

    prprios autores que adequaram seus textos, procedimentos e formatao durante o processo

    de avaliao. Agradeo imensamente a todos pelo apoio s propostas apresentadas e pela

    colaborao efetiva para que este processo pudesse chegar a bom termo. Foi um prazer e um

    privilgio poder trabalhar com todos vocs neste evento. Muito obrigado!

    Jos Augusto Mannis - Coordenao Cientfica e Editorial

  • RESUMOS DAS PALESTRAS

    1

  • DESEMPENHO ACSTICO DE EDIFICAES:

    A EXPERINCIA EUROPEIA

    PATRICIO, Jorge

    Laboratrio Nacional de Engenharia Civil LNEC (Portugal)

    [email protected]

    RESUMO

    A acstica das edificaes tem tido um desenvolvimento muito significativo nas ltimas dcadas, no

    espao europeu, seja pela facilidade de circulao de pessoas e bens, seja pela existncia de um Comit

    Europeu de Normalizao (CEN), que integra os pases membros da UE e da EOTA "European

    Organization for Technical Assessments", fatos estes que se tm constitudo como plos promotores de

    uma abordagem integrada, e reforada por normas de aplicao obrigatria e comum. Constitui uma

    poltica europeia a criao de condies no interior dos edifcios para uma vida mais sustentvel, em cujo

    mbito o desempenho acstico das edificaes assume papel fundamental, a par de outras componentes

    relevantes como sejam a trmica, a eficincia energtica, a libertao de matrias perigosas, e a qualidade

    do ar. Assim, e apesar das diferenciaes existentes em termos de realidades culturais, tem havido por

    parte da comunidade tcnica e cientfica, com o apoio da Comisso Europeia traduzida no financiamento

    de redes de disseminao, de promoo de investigao, e de mandatos especficos, um esforo de

    uniformizao no sentido de fomentar a livre circulao de produtos da construo. Nesta palestra sero

    elencadas as evolues havidas no espao europeu em matria de conforto e desempenho acstico de

    edificaes, de sistemas construtivos utilizados, de metodologias de abordagem especficas, de critrios

    de avaliao de conformidade com disposies legais ou normativas, e de instrumentos de poltica no

    campo da circulao de produtos de construo no mercado europeu (Marca CE), assim como as mais-

    valias da decorrentes, tanto do ponto de vista econmico como de sustentabilidade global. Sero tambm

    apresentadas as tendncias futuras em termos de harmonizao de parmetros caractersticos (descritores

    acsticos), assim como as estratgias de classificao acstica de edificaes visando a atribuio de

    parmetro de qualidade a unidades habitacionais, em funo de critrios de desempenho especficos, tanto

    para edificao nova como para aquela que esteja integrada em processos de reabilitao.

    2

    mailto:[email protected]
  • ANALYSIS AND SYNTHESIS OF SOUNDFIELDS AND SOUNDSCAPES:

    PANORAMA AND TECHNOLOGICAL HORIZONS

    WARUSFEL, Olivier

    Institut de Recherche et Coordination Acoustique-Musique IRCAM (Frana)

    [email protected]

    ABSTRACT

    Analysis and synthesis of soundfields and soundscapes benefit nowadays from the development of

    advanced 3D spatialization recording and rendering techniques such as High Order Ambisonics (HOA) or

    Wave Field Synthesis (WFS). These techniques often rely on the use of massive arrays of loudspeakers or

    microphones that provide an accurate control of the rendered or captured soundfield and allow for

    refined soundscape experiences. The theoretical and perceptual properties of these spatialization

    techniques are presented an illustrated in various contexts ranging from music performance, post-

    production and broadcast to room acoustics auralization or virtual reality applications. Their development

    perspective are discussed together with the importance of their associated sound scene description

    formats. The rapid expansion of mobile devices is however already challenging these technological

    models (centralized versus distributed spatialization models) and calls for exploring new sonic territories.

    3

    mailto:[email protected]
  • ANLISE DINMICA DE ESTRUTURA: UM ENFOQUE PARA A

    EXCITAO DO VENTO

    SOEIRO, Newton Sure

    Universidade Federal do Par UFPA

    [email protected]

    RESUMO

    Com o desenvolvimento da indstria civil, naval, ocenica e aeronutica, e o surgimento de novos

    materiais e de tcnicas construtivas, o conhecimento do comportamento esttico e dinmico de uma

    estrutura essencial para a sua concepo, de modo a garantir o seu padro de segurana e qualidade.

    Neste contexto, a ao do vento tem constitudo ao longo da histria da humanidade uma manifestao

    ambiental da maior importncia, levando ocorrncia de alguns colapsos em grandes estruturas de

    elevada responsabilidade e ao comportamento inadequado de muitas outras, contribuindo para realar a

    importncia da Aerodinmica no contexto das Engenharias, a qual desempenha atualmente um papel

    fundamental na anlise do comportamento dinmico de grandes estruturas complexas, marcadas por

    formas inovadoras. Portanto, sero abordados os fundamentos tericos necessrios para um melhor

    entendimento do comportamento estrutural, dando-se destaque aos Mtodos de Elementos Finitos e de

    Volumes Finitos, aplicados a casos reais de estruturas sob a ao do vento.

    4

    mailto:[email protected]
  • ACSTICA VIRTUAL TECNOLOGIA E APLICAES

    VORLNDER, Michael

    Institut fr Technische Akustik ITA (Alemanha)

    [email protected]

    RESUMO

    Sistemas de Realidade Virtual (RV) so utilizados em projetos de engenharia, arquitetura ou em

    aplicaes de pesquisa biomdica. O componente de acstica na parte de sistemas de RV possibilita criar

    estmulos audio-visuais para aplicaes em salas de concertos, em acstica de edificaes, automotiva,

    em rudo ambiental e rudo de mquinas e em pesquisas de audio. Tcnicas bastante estabelecidas de

    simulao acstica e audibilizao so as bases do sistema, porm ferramentas sofisticadas de

    processamento de sinais necessitam ainda ser desenvolvidas. A audibilizao baseia-se na modelagem

    dos componentes que caracterizam a fonte sonora, a propagao do som e na tecnologia de udio

    espacial. O quanto um ambiente virtual considerado suficientemente exato ou no, dependente de

    muitos fatores perceptuais, do pr-condicionamento e da imerso do utilizador. Nesta apresentao as

    etapas de processamento para a criao de ambientes acsticos virtuais e o grau possvel de realismo so

    discutidos em exemplos de acstica da sala, acstica arqueolgica, no rudo de trfego e na audiologia.

    5

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  • PAISAGENS ACSTICAS MARINHAS

    ROLLO JUNIOR, Mario Manoel

    Universidade Estadual Paulista - UNESP

    [email protected]

    RESUMO

    Sons biolgicos e no-biolgicos constituem uma propriedade perptua e dinmica de todas as paisagens,

    incluindo aquelas presentes em ambientes aquticos, sejam eles continentais ou marinhos. Contudo, ainda

    no existe nenhuma teoria consolidada sobre o significado ecolgico de todos os sons provenientes destas

    paisagens. O objetivo desta apresentao introduzir um novo campo de estudo nas Cincias do Mar,

    denominado Ecologia de Paisagens Acsticas Marinhas, enfatizando as caractersticas ecolgicas dos

    sons e seus padres espao-temporais, to logo emergem das paisagens marinhas.

    6

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  • PERCEPTION AND MEASUREMENT OF ENVIRONMENTAL SOUND

    BOTTELDOOREN, Dick

    Ghent University

    [email protected]

    ABSTRACT

    Environmental sound can influence health and well being of the population. The causal chain in this

    process starts with the perception of the sound but also includes appraisal and coping mechanisms, all of

    which are strongly influenced by context and person characteristics such as life style and noise sensitivity.

    It has long been recognized that perceived loudness and quality of the environmental sound has to be

    accounted for but the translation to measurement techniques and legislation has mainly been focusing on

    A-weighting and energetic averaging. Computational resources and connectivity offered by todays ICT

    open new opportunities for measuring and analyzing environmental sound in a way that more closely

    matches human perception. Because listening to environmental sound is seldom the purpose of being in a

    place, attention processes and gating play an important role in the perception of this environmental sound.

    Computational auditory scene analyses, a process imitating auditory object formation in humans,

    therefore becomes part of the understanding of how this environmental sound is perceived. And thus it is

    a source of inspiration for novel measurement technology. Core liking and affect but also surprise and

    expectation complete the model for the appraisal of environmental sound by humans. The presentation

    will elaborate on psycho-acoustic experiments and epidemiologic observations illustrating the processes

    mentioned above, but it will also elaborate on the implementation of this new way of assessing the sonic

    environment in sensor networks.

    7

    mailto:[email protected]
  • ARTIGOS

    8

  • Monday, October 20, 2014 2:00PM - 4:00PM SESSO TCNICA 1 A - Rudo Ambiental I - Chair: La Souza

    SALA A

    9

  • AVALIAO DO TRFEGOVIBRAO E INC

    BRITO, Luiz Antonio P. F. de (1) Professor Doutor do Programa de Ps

    Rio Branco, 210, Centro, Taubat

    RESUMO

    O trfego rodovirio uma das principais fontes de vibraogerar incomodidade na populao e em alguns casos tambm danos estruturais. A distncia entre a fonte e o receptor a principal atenuante da energia vibratriapela especulaao imobiliria e pela grandes cidades principalmente. A forma de propagao da energia vibratria depende da fonte, do tipo de solo e da interao entre as ondas de vibrao epara o padro de incomodidade dos usurios e danos estruturais das edificaes. O parmetro de anlise da vibrao o pico de velocidade da partcula que ligada s tenses geradas na vibratrio. O objetivo deste trabalho avaliar a energia vibratria gerada em uma via com superfcie rugosa e com degrau por meio de medio do pico de velocidade da partculaso atendidos e se h correlao entre um modelo terico e resultados obtidos.faixas com pavimento irregular, fresada e recapeada fresagem. Os resultados obtidos ultrapassam os crA formulao utilizada apresentou resultados adequados apenas para a situao com degrau.

    ABSTRACT

    Road traffic is a major source of vibration in urban areas withpopulation and in some cases also structural damagemain mitigating factor of the vibration illegal occupation of tracks domaintransmission of vibratory energy depends on the sourcewaves of vibration and structure of the structural damage of buildings. The peak particle velocity related to the stresses generated in the building during the vibration process. The objective of this study is to evaluate the vibration energy generated in a lane with rough surface and step through measurement of peak particle velocity and verify if the standard criteria are met and that there is a correlation between a theoretical model and results. It was evaluated a three tracksanother one with a step. The results exceed the criteria but not the inconvenience of structural damage. The formulation used had adequate results only for the situation to step.

    Palavras chave: vibrao, trfego, meio ambiente.

    1 INTRODUO.

    As fontes de vibrao no meio urbano so diversas podendo esta ser responsvel pela incomodidade ao ser humano, danos estruturais ou prejudicar o funcionamento de equipamentos sensveis, como os hospitalares, por exemplo. As fontes de vibrao podem ser divididas entre as naturais, oriundas

    AVALIAO DO TRFEGO RODOVIRIO COMO FONTE DE VIBRAO E INCMODO NO MEIO URBANO

    BRITO, Luiz Antonio P. F. de (1); (1) Professor Doutor do Programa de Ps-Graduao em Desenvolvimento Regional da UNITAU, Rua Visconde do

    Rio Branco, 210, Centro, Taubat-SP Brasil, CEP: 12020-040, Tel.: (12) 3625

    [email protected]

    das principais fontes de vibrao no meio urbano com gerar incomodidade na populao e em alguns casos tambm danos estruturais. A distncia entre a fonte e o

    principal atenuante da energia vibratria, sendo que esta vem sendo sistematicamente reduzida pela ocupao irregular de faixas de domnio de rodovias e avenidas nas A forma de propagao da energia vibratria depende da fonte, do tipo de

    solo e da interao entre as ondas de vibrao e a estrutura da edificao. A normalizao incomodidade dos usurios e danos estruturais das edificaes. O parmetro de anlise da

    vibrao o pico de velocidade da partcula que ligada s tenses geradas na edificao durante o processo O objetivo deste trabalho avaliar a energia vibratria gerada em uma via com superfcie rugosa

    e com degrau por meio de medio do pico de velocidade da partcula, verificar se os critrios normalizados idos e se h correlao entre um modelo terico e resultados obtidos. Foi avaliada

    , fresada e recapeada; em outro trecho tambm foi avaliado um degrau deobtidos ultrapassam os critrios de incomodidade, mas no os de danos estruturais.

    A formulao utilizada apresentou resultados adequados apenas para a situao com degrau.

    ce of vibration in urban areas with high potential to create discomfortme cases also structural damage. The distance between the source and the receiver

    the vibration energy and this is systematically being reduced by the speculation and illegal occupation of tracks domain of highways and avenues especially in big cities

    ry energy depends on the source, the type of soil and the interaction between the waves of vibration and structure of the building. Normalization proposes criteria

    he peak particle velocity is the parameter analysis of vibration is which is related to the stresses generated in the building during the vibration process. The objective of this study is to

    ration energy generated in a lane with rough surface and step through measurement of peak the standard criteria are met and that there is a correlation between a theoretical

    was evaluated a three tracks road with uneven pavement, milled and resurface. The results exceed the criteria but not the inconvenience of structural damage. The

    formulation used had adequate results only for the situation to step.

    o, trfego, meio ambiente.

    As fontes de vibrao no meio urbano so diversas podendo esta ser responsvel pela incomodidade ao ser humano, danos estruturais ou prejudicar o funcionamento de equipamentos sensveis, como

    emplo. As fontes de vibrao podem ser divididas entre as naturais, oriundas

    FONTE DE MODO NO MEIO URBANO

    Regional da UNITAU, Rua Visconde do 040, Tel.: (12) 3625-4151.

    com elevado potencial para gerar incomodidade na populao e em alguns casos tambm danos estruturais. A distncia entre a fonte e o

    sendo que esta vem sendo sistematicamente reduzida ocupao irregular de faixas de domnio de rodovias e avenidas nas

    A forma de propagao da energia vibratria depende da fonte, do tipo de A normalizao apresenta critrios

    incomodidade dos usurios e danos estruturais das edificaes. O parmetro de anlise da edificao durante o processo

    O objetivo deste trabalho avaliar a energia vibratria gerada em uma via com superfcie rugosa verificar se os critrios normalizados

    Foi avaliada uma via de trs em outro trecho tambm foi avaliado um degrau devido

    no os de danos estruturais. A formulao utilizada apresentou resultados adequados apenas para a situao com degrau.

    high potential to create discomfort in the . The distance between the source and the receiver is the

    energy and this is systematically being reduced by the speculation and venues especially in big cities. The mode of

    , the type of soil and the interaction between the criteria for discomfort and

    arameter analysis of vibration is which is related to the stresses generated in the building during the vibration process. The objective of this study is to

    ration energy generated in a lane with rough surface and step through measurement of peak the standard criteria are met and that there is a correlation between a theoretical

    road with uneven pavement, milled and resurface, and . The results exceed the criteria but not the inconvenience of structural damage. The

    As fontes de vibrao no meio urbano so diversas podendo esta ser responsvel pela incomodidade ao ser humano, danos estruturais ou prejudicar o funcionamento de equipamentos sensveis, como

    emplo. As fontes de vibrao podem ser divididas entre as naturais, oriundas

    10

  • 2

    de fenomenos da natureza como terremotos e o efeito de ventos em alguns tipos de estruturas como pontes e edifcios altos, ou artificiais geradas pelo ser humano. As fontes de vibrao artificiais podem ser separadas em grupos como as ligadas a atividade industrial, prensas e mquinas de grande porte, as ligadas construo civil, bate estacas, rolos compactadores, britadores, detonao de solo e rochas e as ligadas ao trfego, tanto rodovirio quanto ferrovirio. A energia vibratria artificial, oriunda das atividades urbanas, geram ondas na faixa de frequncia entre 1 e 150 Hz, j nas fontes naturais de vibrao a energia predomina entre 0,1 e 30 Hz, como os terremotos, e 0,1 a 2 Hz para o efeito da carga de vento em edifcios altos (ISO 4866, 1990).

    As fontes de vibrao ligadas indstria geram energia de forma contnua e peridica sendo que seu principal efeito se d nas fundaes e estrutura das edificaes e nos usurios. (ATHANASOPOULOS e PELEKIS, 2000). Em geral a abordagem de anlise ocupacional orientada pela legislao trabalhista j que esta uma situao caracterstica de prdios industriais. J as fontes de vibrao ligadas construo civil possuem uma grande diversidade de formas de ondas devido a tambm diversidade dos equipamentos envolvidos. A energia vibratria gerada pela detonao influenciada pela carga de explosivos utilizada, na cravao de estacas pela massa e altura de queda do martelo e o seu dimetro. A compactao do solo por mtodos vibratrios e os rompedores de concreto so influenciados pela energia cintica gerada pela operao do equipamento (BS 5228-9, 2009).

    A vibrao gerada pelo trfego rodovirio aleatria sendo influenciada pelo peso e velocidade dos veculos e condies do pavimento. A gerao de energia vibratria aumenta quando h irregularidades na via, que amplificam o impacto das suspenses dos veculos, principalmente nos solos de baixo amortecimento (BS 7385-1, 1990). O tipo de solo influencia a forma de propagao e atenuao da energia vibratria assim como a distncia entre a fonte e o receptor. As ondas que se formam no solo dependem da fonte, trfego ferrovirio ou bate estacas, por exemplo, mas em geral so ondas de compresso ou cisalhamento (como velocidade em apenas uma direo), quando prximas do ponto de gerao da vibrao, que se transformam em ondas tipo Rayleigh (com velocidade em duas direes) quando refletidas pela superfcie do solo. Nos solos mais rgidos, a propagao da energia vibratria ocorre em maiores velocidades, sendo que a tenso gerada nas fundaes, e consequentemente a vibrao induzida, so inversamente proporcionais a esta, tanto para ondas de compresso quanto para as de cisalhamento. A velocidade das ondas vibratrias no solo varia de acordo com sua composio devido principalmente a impedncia elstica (KIRZHNER, ROSENHOUSE E ZIMMELS, 2005).

    A reposta da estrutura frente vibrao induzida est ligada ao tipo de fundao e solo, qualidade e idade da edificao, ao estado de conservao do edifcio (BS 5828-2, 2009). As tenses devido a recalques ou falta de manuteno em uma edificao contribuem para que, mesmo em pequenas velocidades induzidas na estrutura, seja acelerado o processo de danos estruturais. Outra forma de dano estrutural a possibilidade de recalques diferenciais nas fundaes ocasionados pelo adensamento do solo, principalmente os arenosos. Os danos estruturais podem ser classificados como cosmticos, com o aparecimento de pequenas fissuras (da espessura de um fio de cabelo, por exemplo) no reboco ou acabamento em gesso das paredes; de pequena monta, com o aparecimento de trincas (ou evoluo de uma fissura para trinca) e queda de revestimentos, reboco ou gesso; e de grande monta com trincas estruturais em pilares, vigas e lajes (ISO 4866, 2010).

    A varivel utilizada para quantificao da vibrao em uma superfcie a velocidade, pois tem conotao de tenso, sendo esta relacionada com os principais danos estruturais. A acelerao est relacionada com a deformao sendo adotada por sismologistas em anlises de terremotos (ATTEWELL, SELBY, UROMEIHY 1989). O pico de velocidade da partcula (PVP) indica o

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  • 3

    mximo valor do movimento de uma partcula em um ponto da superfcie ou de uma estrutura. A PVP deve ser analisada pelo vetor resultante das medidas nos trs eixos ortogonais (X, Y, Z) em funo do tempo, mas haver situaes em anlises estruturais em que velocidades especficas devem ser monitoradas. (ATTEWELL, SELBY, ODONNELL, 1992).

    A norma DIN 4150-3 (1999) Vibration in buildings, effect in structures a referncia indicada que aborda os limites de PVP em uma edificao para que no haja danos estruturais sendo aceita por toda comunidade europia (BACCI et al, 2003). A norma DIN (4150-3 (1999) limita a PVP de acordo com a tipoligia das edificaes sendo a Categoria 1 as edificaes com estruturas de concreto armado e madeira em boas condies que possuem como criterio a PVP de 40 mm/s; a Categoria 2 que abrange edificaes em alvenaria em boas condies com o critrio de PVP de 15 mm/s; e a Categoria 3 que se refere a edificaes de alvenaria em ms condies de conservao, ou patrimnios histricos com o critrio de PVP de 8 mm/s. Karantoni e Bouckovalas (1997) avaliaram os efeitos da vibrao em casas de alvenaria e em edificios de concreto armado e concluiram que na primeira tipologia os danos so mais sistemticos e que a idade dos materiais, os prprios materiais em si e o nmero de andares tambm influenciam no processo.

    Os efeitos da vibrao tambm podem ser abordados pelo critrio de incomodidade. A partir de 0,3 mm/s a vibrao j perceptvel no ambiente residencial, e em 1 mm/s pode motivar reclamaes, mas pode ser tolerada se a causa da mesma for previamente avisada e em 10 mm/s a vibrao intolervel mesmo que seja por breve exposio (BS 5828-2, 2009). A norma ISO 2631-2 (2003) Mechanical vibration and shock -- Evaluation of human exposure to whole-body vibration -- Part 2: Vibration in buildings (1 Hz to 80 Hz), indica que a vibrao pode ser intolervel para os ocupantes de uma edificao devido sensao fsica de movimento que interfere em algumas atividades como o sono e conversao. Klaeboe et al (2003) relacionaram a velocidade de vibrao em edificaes e o potencial de percepo e reclamao dos receptores. Por exemplo, segundo os autores, a possibilidade de se notar a velocidade de vibrao de 0,10 mm/s de 0%, sendo esta velocidade exatamente o limite de incomodidade mais restritivo da norma ISO 2631-2 (1997). A verso de 2003 da ISO 2631-2 no apresenta os limites de incomodidade de corpo inteiro de maneira que se toma como referncia a verso de 1997. No caso de uma PVP de 0,30 mm/s, a possibilidade de se notar a vibrao de 45% mas a chance de reclamao inferior a 5%, sendo esta velocidade o limite de incomodidade mais restritivo da CETESB DD 215/2007/E (2007). No Brasil no h uma normalizao especfica para o assunto sendo que a que mais se aproxima a norma NBR 9653 (2005) - Guia para avaliao dos efeitos provocados pelo uso de explosivos nas mineraes em reas urbanas que no aborda o assunto de maneira satisfatria, no caso de vibrao induzida pelas fontes do meio urbano (BRITO, 2011) A Deciso de Diretoria n 215/2007/E (07/11/20007) da CETESB indica valores de PVP para uma residncia de 0,3 mm/s tanto para o perodo diurno quanto noturno, mas vlida apenas para o Estado de So Paulo.

    A vibrao transmitida atravs do solo pelo trfego de veculos geralmente perceptvel em situaes onde a superfcie da estrada irregular e os edifcios so prximos a esta. Desniveis e degraus podem ser uma fonte potencial deste tipo de vibrao (WATTS e KRILOV, 2000). Watts e Krilov (2000) propem a Equao 1 para o clculo da PPV (mm/s) gerada pela superfcie do pavimento. Sendo a a profundidade do desnvel em mm, g o Fator de Solo, v a velocidade em km/h, r a distncia do leito da via em metros, p o fator que indica se apenas um lado ou os dois so afetados pelo desnvel e x o coeficiente de atenuao de potncia que depende do tipo de solo, argiloso ou arenoso, por exemplo, que podem ser obtidos em Watts e Krilov (2000). A rugosidade da estrada desempenha um papel importante na gerao de vibrao no pneu. A diferena entre a profundidade das irregularidades, e no apenas a profundidade propriamente dita, e seu espaamento so importantes parmetros que regem a vibrao (FUGIKAWA, 2005).

    12

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    xrv

    pgaPVP

    =6

    *48

    ****028,0 1

    O objetivo deste trabalho avaliar a energia vibratria gerada em uma via com superfcie rugosa e com degrau por meio de medio do pico de velocidade da partcula, verificar se os critrios normalizados so atendidos e se h correlao entre um modelo terico e resultados obtidos.

    2 MTODO

    A fonte de vibrao considerada o trfego rodovirio em uma via de 3 faixas de rolamento. As medidas foram realizadas no ponto central de um trecho de aproximadamente 40 metros que foi fresado para recapeamento, sendo que neste o pavimento ficou rugoso com uma profundidade mdia de 10 mm (P1). Outro trecho tambm foi avaliado, sendo este no final da fresagem, com um degrau de 50 mm (P2).

    Os equipamentos utilizados para a medio foram medidor de vibrao HVM100, marca Larson Davis, um acelermetro triaxial (capaz de fazer a leitura nos 3 eixos simultaneamente) DITRAM modelo 3233AT e o software BLAZE para tratamento dos dados, todos calibrados por laboratrio pertencentes Rede Brasileira de Calibrao do INMETRO. Para coleta de dados o acelermetro foi acoplado em um POD metlico por meio de um parafuso de modo que este transmitisse os deslocamentos ao equipamento. Os dados foram obtidos nos eixos X (perpendicular fonte), Y (paralelo fonte) e Z (perpendicular ao plano formado pelos eixos X e Y) e calculado o vetor resultante final pelo software, sempre considerando o valor de pico. O tempo de coleta de dados foi de 10 minutos para cada uma das situaes descritas, totalizando 600 valores instantneos.

    Os critrios considerados so os da norma ISO 2631-2 (1997) para a incomodidade, com PVP de 0,4 mm/s para residncias, e os da norma DIN 4150-3 (1999) para danos estruturais, PVP de 8 mm/s para edificaes em alvenaria sem uma estrutura formal, caso mais restritivo previsto na norma. Foi considerada na anlise a possvel percepo da vibrao e motivao para reclamao segundo Klaeboe et al (2003). As medidas foram executadas de acordo com as condies descritas na Tabela 1. A Figura 1 ilustra o posicionamento do equipamento de medio no P2. As Figuras 2 e 3 ilustram as condies do pavimento com a pista fresada no P1 e P2 respectivamente. A Figura 4 ilustra o P2 na M6 aps o recapeamento do pavimento. possvel notar que ainda h um pequeno desnvel entre o trecho recapeado e o antigo. Foi calculado por meio da Equao 1 a PVP terica para que fosse possvel averiguar sua preciso nas M2 e M5. A PVP terica foi calculada considerando a velocidade dos veculos como a limite da via, 80 km/h, e o solo arenoso.

    Tabela 1 Localizao dos pontos de medio e das condies do pavimento

    Ponto de medio Medio Distncia entre fonte e o receptor

    (m) Condio do pavimento

    1 M1 6,0 Pista com irregularidades, antes da fresagem

    1 M2 6,0 Pista fresada

    1 M3 6,0 Pista recapeada

    2 M4 3,5 Pista com irregularidades, antes da fresagem

    2 M5 3,5 Pista com degrau

    2 M6 3,5 Pista recapeada

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  • 5

    Figura 1 Vista do equipamento de medio

    posicionado no P2 Figura 2 Vista do pavimento fresado

    Figura 3 Vista do degrau gerado pela fresagem do pavimento

    Figura 4 Vista do pavimento aps o recapeamento no trecho de degrau

    3 ANLISE DOS RESULTADOS

    A Tabela 2 apresenta os resultados obtidos nas medies em todas as situaes analisadas, a PVP terica por meio da Equao 1 na M2 e M5 e o potencial de percepo e motivao para reclamao segundo Klaeboe et al. (2003). As Figuras 5 e 6 ilustram o pico de velocidade da partcula em mm/s, PVP, no perodo de medio de 10 minutos nos P1 e P2 respectivamente, o limite de incomodidade adotado e a PVP terica por meio da Equao 1.

    No P1 o pico de velocidade aconteceu na M2 (pista fresada) com PVP de 0,546 mm/s. Praticamente no houve diferena nos resultados na M1, antes da fresagem (PVP = 0,349 mm/s) e na M3, pista recapeada, (PVP = 0,395 mm/s) sendo que esta diferena pode ser atribuda variao de velocidade ou carga de um veculo pesado, por exemplo. O critrio para danos estruturais na condio mais restritiva dada pela DIN 4150-3 (1999) de 8 mm/s, muito superior a PVP obtida. O critrio de incomodidade da norma ISO 2637-2 (1997) de 0,4 mm/s de maneira que foi superado apenas na condio de pista fresada (M2), sendo atendida antes da fresagem e aps o recapeamento. Na medio M2 houve um acrscimo de cerca de 10% na estimativa de percepo da velocidade de vibrao em relao a M1 e M3, mas a expectativa de reclamao no se alterou.

    No P2 o pico de velocidade aconteceu na M5 (pista com degrau) com PVP de 2,030 mm/s. Na M4 (antes da fresagem) a PVP foi de 0,411 mm/s e na M6 (aps o recapeamento) a PVP foi de 0,668

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    mm/s. Esta diferena pode ser justificada devido imperfeio que ficou na pista na emenda do recapeamento com a pista antiga, gerando um pequeno degrau, mas suficiente para elevar o nvel de vibrao. Esta situao ilustrada na Figura 4. A PVP na M4 pode ser considerada limtrofe ao critrio de incomodidade e similar a PVP obtida nas M1 e M3, sendo estas com valores menores, mas justificado pela maior distncia entre a fonte e o ponto de medio. A PVP nas M5 e M6 superou este critrio o que indica que mesmo pequenos desnveis no pavimento so suficientes para elevar o nvel de vibrao gerando incomodidade aos moradores lindeiros. O critrio de danos estruturais no foi superado. A estimativa de percepo na M4 igual a M1 e M3, cerca de 45%, sendo que na M5 aumentou para 80% permanecendo em 60% na M6 devido falha no recapeamento. A expectativa de reclamao aumentou de 10% para 20% na presena do degrau e permaneceu em 15%, ou seja, mesmo um pequeno desnvel eleva a estimativa de percepo da vibrao, bem como a expectativa de reclamao. Deve-se ressaltar que as porcentagens dadas na Tabela 2 baseadas nos estudos de Klaeboe et al (2003) se baseiam em uma realidade do norte da Europa, Noruega, onde as vias e as edificaes possuem caractersticas diferentes das encontradas no Brasil, bem como as expectativas de conforto da populao tambm so diferentes.

    A PVP terica calculada pela Equao 1 no P1 foi de 0,271 mm/s e na realidade o valor obtido foi de 0,546 mm/s. Observa-se ainda na Figura 5 que a PVP terica foi superada em apenas cinco leituras (de um total de 600), sendo que uma delas pode ser considerada limtrofe (PVP = 0,301 mm/s). Nota-se tambm que na M1 e M3 a PVP obtida tambm superou a PVP terica, mesmo com o pavimento sem rugosidade, indicando que os picos podem ser causados por ondulaes no trecho no considerados na formulao. Desta forma, como o que se busca o pico do evento, pode-se entender que a Equao 1 no representou bem a situao analisada, pista rugosa.

    No P2 a PVP terica foi de 2,017 mm/s sendo o valor obtido de 2,030 mm/s havendo desta forma uma perfeita correlao do resultado terico com o obtido, sendo que apenas uma das leituras superou a PVP terica, e mesmo assim por apenas 0,013 mm/s. Por meio da Equao 1, considerando a mesma velocidade, possvel verificar que o degrau avaliado (50 mm) gera uma vibrao perceptvel a cerca de 30 m de distncia. Esta uma situao que pode ser recorrente em vias com edificaes prximas onde veculos passam em alta velocidade por buracos existentes.

    Tabela 2 Pico de Velocidade da Partcula (PVP) obtidas em cada uma das medies, a PVP terica, os critrios de incomodidade adotados, a estimativa de percepo e a expectativa de reclamao segundo Klaeboe et al (2003).

    Ponto de medio

    Medio PPV

    (mm/s)

    PVP

    Prevista

    (mm/s)

    NCA

    (mm/s)

    Estimativa de percepo

    (%)

    Expectativa de reclamao

    (%)

    1 M1 0,349 XX 0,4 45 10

    1 M2 0,546 0,271 0,4 55 10

    1 M3 0,395 XX 0,4 45 10

    2 M4 0,411 XX 0,4 45 10

    2 M5 2,030 2,017 0,4 80 20

    2 M6 0,668 XX 0,4 60 15

    15

  • 7

    Figura 5 - Pico de velocidade da partcula (PVP) em funo do tempo obtido nas medidas M1, M2 e M3, o

    critrio adotado (NCA) e a PVP terica na M2.

    Figura 6 - Pico de velocidade da partcula (PVP) em funo do tempo obtido nas medidas M4, M5 e M6,

    critrio adotado (NCA) e a PVP terica na M5.

    4. CONCLUSES

    O pico de velocidade da partcula obtido devido ao trfego rodovirio em uma pista rugosa supera o limite de incomodidade adotados, mas fica abaixo do critrio de danos estruturais. A estimativa de percepo dos receptores tem uma pequena elevao com a pista rugosa, mas a expectativa de reclamao permanece a mesma.

    O pico de velocidade da partcula obtido devido ao trfego rodovirio em uma pista com degrau de 50 mm supera o limite de incomodidade adotado, mas fica abaixo do critrio de danos estruturais. A estimativa de percepo e a expectativa de reclamao praticamente dobram demonstrando o potencial do incmodo, que pode chegar a cerca de 30 m de distncia.

    A formulao apresentada para previso de PVP em trfego rodovirio no atendeu de maneira satisfatria a condio de pista rugosa, apenas na condio de pista com degrau.

    A situao avaliada pode ser extrapolada para outras recorrentes no meio urbano como pista com buracos, desnveis em tampas de bueiros, marcao de solo em avenidas de forma que demonstra seu o potencial de incomodidade.

    0,00

    0,10

    0,20

    0,30

    0,40

    0,50

    0,60

    1 51 101 151 201 251 301 351 401 451 501 551Pic

    o d

    e V

    elo

    cid

    ad

    e d

    a P

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    cu

    la

    (mm

    /s)

    PVP M1 PVP M2 PVP M3 NCA PREVISTO

    0,00

    0,40

    0,80

    1,20

    1,60

    2,00

    2,40

    1 51 101 151 201 251 301 351 401 451 501 551Pic

    o d

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    elo

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    ad

    e d

    a P

    art

    cu

    la

    (mm

    /s)

    PVP M4 PVP M5 PVP M6 NCA PREVISTO

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  • 8

    A falta de normas nacionais adaptadas as realidades construtivas e ao tipo de pavimento utilizado no Brasil dificulta a avaliao da real incomodidade dos efeitos da vibrao na populao.

    REFERNCIAS

    ABNT ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 9653 - Guia para avaliao dos efeitos provocados pelo uso de explosivos nas mineraes em reas urbanas, 2005.

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    _____ BS 5228-2. Code of practice for noise and vibration control on construction and open sites Vibration. 2009

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    17

  • ANLISE DO EFEITO DO RUDO AERONUTICO SOBRE O PREO DE

    IMVEIS RESIDENCIAIS: ESTUDO DE CASO DO AEROPORTO

    INTERNACIONAL DE BRASLIA

    CARVALHO JR, Edson Bencio1; GARAVELLI, Srgio Luiz2; DE BARROS, Alex de Barros3; ARAUJO, Rebecca Bugarin4; MAROJA, Armando de Mendona5; SHIMOISHI, Jos Matsuo6

    (1) Laboratrio de Fsica Aplicada ao Meio Ambiente - Universidade Catlica de Braslia, Programa de Ps-graduao

    em Transportes - Universidade de Braslia (2) Laboratrio de Fsica Aplicada ao Meio Ambiente - Universidade Catlica de Braslia, Mestrado em Planejamento e Gesto Ambiental - Universidade Catlica de Braslia (3)

    Departamento de Engenharia Civil University of Calgary (4) Curso de Engenharia Ambiental - Universidade Catlica de Braslia (5) Curso de Cincias Naturais - Universidade de Braslia campus Planaltina (6) Programa de Ps-graduao

    em Transportes - Universidade de Braslia

    RESUMO

    O presente trabalho possui por objetivo principal avaliar o efeito do rudo aeronutico sobre o preo de imveis residenciais em reas no entorno do Aeroporto Internacional de Braslia. Essa avaliao foi determinada por meio do Mtodo de Preos Hednicos (HPM). Com uso do HPM foi determinado o ndice de Depreciao por Sensibilidade ao Rudo (NSDI). Esse ndice indica as mudanas nos preos dos imveis, devido exposio ao rudo aeronutico, para a regio objeto de anlise. Para a realizao desse estudo, admitiu-se a existncia de atributos relacionados ao preo do imvel, caractersticas do imvel, da cidade e ambientais. O banco de dados composto por um total de 130 imveis. Com base nos resultados da regresso realizada determinou-se uma reduo de 1,30% per dB. Esse resultado expressivo e alerta para os impactos negativos causados pelo rudo aeronutico.

    ABSTRACT

    This study evaluated the effect of aircraft noise on the price of residential properties in areas surrounding the Braslia International Airport. This evaluation was determined using the Hedonic Price Method (HPM) and the Noise Sensitivity Depreciation Index (NSDI) was calculated. To conduct this study, admitted the existence of related to the price of the property, Property Features, city and environmental attributes. The database consists of 130 properties. Based on the results of the regression carried out is determined a reduction of 1.30% per dB. This result is expressive and alert to the negative impacts caused by aircraft noise.

    Palavras-chave: Rudo aeronutico, Mtodo de Preos Hednicos, Mapas de rudo

    1. INTRODUO

    A expanso das regies urbanas, e a crescente demanda por viagens areas, resultaram em um aumento do nmero de pessoas que vivem no entorno dos aeroportos sendo expostas ao rudo aeronutico (GOLDSCHAGG, 2013). O rudo aeronutico afeta negativamente a percepo de bem-estar e satisfao das pessoas em residir em determinada rea (KROESEN et al., 2010) e contribui para o desenvolvimento de doenas como hipertenso, problemas cardacos, psicolgicos,

    18

  • emocionais, estresse e males associados a distrbios no sono (BABISCH, 2002; BABISCH et al., 2009).

    O rudo aeronutico tambm est diretamente relacionado ao desenvolvimento de conflitos entre stakeholders envolvidos em reas de aeroportos (DE BARROS, 2013). Esses conflitos se devem principalmente ao incmodo sonoro induzido pelo rudo aeronutico (FABUREL, 2005; CARVALHO JR et al., 2012). Muitos estudos comprovam que o rudo aerovirio afeta o valor de propriedades nas vizinhanas de um aeroporto tornando-se, assim, um problema de ordem social e econmica (FEITELSON et al., 1996; MORRELL e LU, 2000; NAVRUD, 2002; NELSON, 2004; BROOKER, 2006; DEKKERS e STRAATEN, 2009; PUCHELL e EVANGELINOS, 2012; MATOS et al., 2013).

    Poucas pesquisas so desenvolvidas no Brasil com foco na avaliao dos efeitos do rudo, proveniente de fontes de transporte, no valor de imveis. Estudos mostram que o rudo aeronutico possui um maior impacto no preo das habitaes seguido pelo rudo do trfego ferrovirio e trfego rodovirio (DEKKERS e STRAATEN, 2009; PUSCHEL e EVANGELINOS, 2012). Desse modo, nesse trabalho avaliou-se o efeito do rudo aeronutico sobre o preo de imveis residenciais em reas no entorno do Aeroporto Internacional de Braslia. Essa avaliao foi determinada por meio do Mtodo de Preos Hednicos (HPM).

    O HPM assume que os preos refletem o efeito combinado de diferentes variveis, tais como: tamanho da propriedade, nmero de quartos, localizao, acesso a instalaes comerciais, acesso reas verdes, parques e problemas ambientais (por exemplo: rudo a que cada propriedade est exposta, saneamento ambiental etc.). Os preos reais pagos para a habitao so relacionados com diferentes variveis ambientais, e outras de interesse, e por meio de tcnicas de regresso mltipla identifica-se os coeficientes para cada varivel (BLANCO e FLINDELL, 2011). Destaca-se que o HPM baseado no comportamento do mercado de habitao, tem sido o mais utilizado na literatura para a valorao do rudo aeroporturio (FEITELSON et al., 1996; BROOKER, 2006). Carballo-Cruz (2009) ainda ressalta que o HPM especialmente apropriado para determinar a relao existente entre nveis de rudo e os preos observados no mercado de habitao, dado que o comportamento dos indivduos nesse mercado acaba por revelar a sua disposio a pagar por suportar/no suportar determinados nveis de rudo.

    2. METODOLOGIA

    Nesse estudo foi considerado o Aeroporto Internacional de Braslia, cuja sigla ICAO (International Civil Aviation Organization) SBBR, o terceiro em movimentao de aeronaves e de passageiros no Brasil. A crescente demanda por operaes nesse aeroporto e sua proximidade com reas residenciais apontam para uma situao de comprometimento do ambiente sonoro de seu entorno com significativo potencial de incmodo (CARVALHO Jr et al., 2012).

    2.1 Mtodo de Preos Hednicos (HPM).

    Segundo Morrell e Lu (2000) o HPM pode ser expresso pela seguinte funo: = (, , ). Essa uma funo simplificada onde P o vetor de preo da habitao, S denota o vetor caractersticas da localizao, N caractersticas da vizinhana e Q caractersticas ambientais, como o rudo. O / o coeficiente HP para a varivel nvel de rudo e descreve o preo marginal implcito do custo social do rudo (MORRELL e LU, 2000; BLANCO e FLINDELL, 2011). O output fundamental dos estudos baseados no HPM o denominado ndice de Depreciao por Sensibilidade ao Rudo (NSDI Noise Sensitivity Depreciation Index), que indica a mudana em termos percentuais nos preos dos imveis, em resultado de uma variao de um decibel no nvel de rudo (CARBALLO-CRUZ, 2009). Segundo Blanco e Flindell (2011) o NSDI pode ser definido como:

    19

  • NSDI =D

    valor da propriedade 100

    [Eq. 01]

    Onde D a quantidade absoluta da depreciao da propriedade por decibel e expresso por (Nelson, 2004):

    = diferena no total da reduo do rudo

    diferena no nvel de exposio sonora em dB

    [Eq. 02]

    2.2 Mapa de rudo

    Para a elaborao do mapa de rudo adotou-se a metodologia descrita no Regulamento Brasileiro da Aviao Civil n. 161 de 2013, que indica o uso da mtrica acstica DNL (nvel equivalente de presso sonora dia-noite) e estabelece a necessidade da elaborao de cinco curvas de rudo para um aeroporto com a capacidade operacional do SBBR. Para a simulao das curvas de rudo foi considerado um total de 200.000 movimentos de pousos e decolagens e utilizou-se o software de modelagem INM 7.0d (Integrated Noise Model).

    A Tabela 1 indica os limites das curvas de rudo geradas para a mtrica acstica DNL, que uma medida cumulativa da energia total do som, geralmente compilada em uma base anual, e representa uma mdia logartmica dos nveis sonoros no local durante um perodo de 24 horas, com uma penalizao de 10 dB adicionado a todos os sons que ocorram durante o horrio noturno (das 22h as 7h).

    Tabela 1: Limites das curvas de rudo simuladas na mtrica DNL

    Curvas de rudo dB(A) Limite

    DNL 55 55 < DNL 60

    DNL 60 60 < DNL 65

    DNL 65 65 < DNL 70

    DNL 70 70 < DNL 75

    DNL 75 75 < DNL 80

    DNL 80 80 < DNL 85

    DNL 85 DNL > 85

    2.3 Banco de dados

    Os imveis pesquisados foram identificados em sites das principais imobilirias de Braslia (Wiimoveis.com.br e Lopes.com.br) no perodo de Agosto a Novembro de 2013. O banco de dados foi composto por um total de 130 imveis, dispersos na regio indicada na Figura 1.

    2.4 Limites DNL avaliados

    No Brasil, o Regulamento Brasileiro da Aviao Civil n. 161 de 2013 (RBAC 161, 2013) estabelece que o zoneamento sonoro de um aeroporto, com a operao anual do SBBR, deve ser estabelecido para o limite 65 < DNL 85, ou seja, inicia-se na DNL 65 (Carvalho Jr et al., 2013). No entanto, neste estudo optou-se por analisar propriedades inseridas no limite 55 < DNL 70 j que no existem

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  • residncias no interior das curvas DNL 75, 80 e 85. Justifica-se essa escolha devido ao rudo aeronutico ser o que apresenta o maior potencial de incmodo em comparao com outros modais de transportes (rodovirio e ferrovirio) (MIEDEMA e OUDSHOORN, 2001; JONES, 2009). Tambm corrobora a escolha desse limite os resultados obtidos por Carvalho Jr et al. (2012) onde 60% dos entrevistados, em regies no interior das curvas DNLs 55, 60 e 65, mostraram-se incomodados com o rudo aeronutico proveniente do SBBR. Destes, 44% sentiam-se incomodados das 19 s 23h e 32% das 23 s 6h, ou seja, consideraram-se mais incomodados no perodo do entardecer e noite, horrios em que esto em casa e querem descansar. 2.5 Variveis

    Para a realizao desse estudo, admitiu-se a existncia de atributos relacionados ao preo do imvel e caractersticas do imvel e da cidade. Tambm foi includo um atributo de externalidade ambiental, ou seja, o nvel de intensidade sonora expresso na mtrica DNL. As variveis so mostradas na Tabela 3 e em caractersticas da cidade, a varivel infraestrutura urbana representa: sistema virio, transporte coletivo, coleta de resduos slidos, gua potvel, energia eltrica, telefone, redes de cabeamento para transmisso de dados, comunicao e televiso, esgotamento sanitrio e guas pluviais. A varivel equipamentos comunitrios representa: segurana, educao, sade, cultura e lazer. Os dados relacionados s caractersticas das cidades foram obtidos da pesquisa censitria por domiclio (IBGE, 2010; PDAD/DF (2011).

    Tabela 2: Variveis includas no estudo Atributo Varivel

    Preo do imvel Valor do imvel Valor unitrio (R$/m2)

    Caractersticas do imvel

    rea total do terreno (m2) rea efetivamente construda (m2) Nmero de quartos Nmero de banheiros Nmero de sutes Nmero de vagas de garagem **Piscina (0 = no / 1 = sim)

    Caractersticas da cidade

    **Comrcio e servios (0 = no / 1 = sim) * Distncia ao terminal aeroporturio (m) **Infraestrutura urbana (0 = completa / 1 = no completa **Equipamentos comunitrios (0 = possui / 1 = no possui **Acesso ao Lago (0 = quadra com sada para o Lago / 1 = quadra sem sada para o Lago **Parques (0 = no / 1 = sim)

    Atributo ambiental

    Nvel de intensidade sonora (DNL)

    * Distncia relativa ao aeroporto foi obtido com uso de software de Sistema de Informao Geogrfica (SIG) / ** Varivel do tipo dummy

    2.6 O modelo

    Foi adotado nesse trabalho o HPM para analisar os dados onde os coeficientes obtidos para uma equao de regresso padro refletem o impacto relativo sobre a varivel dependente (logaritmo natural do preo do imvel) causado pelas variveis independentes separadamente. O modelo de regresso padro utilizado descrito por Uyeno et al (1993), Nelson (2004) e Blanco e Flindell (2011) e expresso por:

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  • ln() = + +

    =1

    ln + [Eq. 03]

    Onde ln (P) o logartmo natural para o valor do imvel (varivel dependente), a constante, o coeficiente para o rudo na mtrica DNL, o ith coeficiente no associado ao rudo, o ith que pertence a todas as outras variveis e o termo de erro. O uso desse modelo de regresso permitiu uma melhor comparao com resultados obtidos em outros estudos. O NSDI foi calculado de acordo com as equaes 1, 2 e 3, sendo que o coeficiente multiplicado por 100 indica a variao percentual do logaritmo natural do preo da propriedade associada a uma mudana, em decibels, no DNL.

    3. RESULTADOS E DISCUSSES

    A Figura 1 mostra o local do stio aeroporturio do SBBR e a localizao da regio escolhida para o estudo. Essa regio possui populao total estimada em 29.667 mil habitantes e se destaca como regio de elevado perfil econmico com imveis muito valorizados. No identificou-se residncias no interior das curvas DNL 75, 80 e 85 e a Tabela 3 mostra o nmero de casas pesquisadas inseridas no interior das diferentes curvas de rudo.

    Tabela 3: Distribuio das residncias pesquisadas por curvas de rudo aeronutico

    Curva de rudo dB(A) Nmero de residncias

    DNL 55 13

    DNL 60 92

    DNL 65 21

    DNL 70 04

    Figura 1: Mapa de rudo do SBBR e localizao da regio pesquisada

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  • Inicialmente especificou-se a funo hednica para as formas linear e logartmica. A anlise realizada pela funo linear apresentou R2 = 0,48 (R2 ajustado = 0,45) e para a funo logartmica o R2 foi igual a 0,64 (R2 ajustado = 0,63). Sendo assim, foi escolhido utilizar o modelo log-linear para o preo do imvel, pois 64% do total da varincia da varivel dependente explicada pelas variveis independentes. Realizou-se o teste de multicolinearidade e observado o parmetro de significncia das variveis, os resultados levaram a retirada de algumas variveis permanecendo no modelo as que esto indicadas na Tabela 4. Essa tabela mostra os resultados obtidos para o modelo de regresso log-linear e pode-se fazer algumas consideraes:

    a varivel rea efetivamente construda (rea de uso privativo) apresentou sinal positivo, o

    que era esperado j que existe uma relao direta entre o valor do imvel e o tamanho das reas privativas;

    a varivel nmero de vagas na garagem tambm apresentou sinal positivo, j esperado, indicando que quanto mais vagas disponveis maior ser o preo do imvel;

    a varivel distncia ao terminal aeroporturio possui sinal negativo, como esperado, indicando uma valorizao no valor do imvel a cada metro que se distancia do stio aeroporturio;

    a varivel piscina adotou sinal positivo, ou seja, se uma residncia possui piscina o valor desse imvel se valoriza em relao ao imvel que no possui;

    a varivel nvel de intensidade sonora (DNL), como esperado, adotou sinal negativo. Isto significa que o aumento do nvel de rudo implica em uma reduo no valor do imvel, desde que as demais variveis se mantenham constantes.

    Tabela 4: Resultados do modelo HPM Varivel Coeficiente Erro padro Estatstica t

    Constante*** 11.175 0.716 15.616 rea efetivamente construda (m2)*** 0.688 0.058 11.799 Nmero de vagas de garagem *** 0.279 0.063 4.398 Distncia ao terminal aeroporturio (m)** -0.054 0.022 -2.421 Piscina* 0.002 0.001 1.749 Nvel de intensidade sonora (DNL)* -0.013 0.008 -1.573 R2 = 0.64 / R2 ajustado = 0.63

    * nvel de significncia 90% / ** nvel de significncia 95% / *** nvel de significncia 99%

    De acordo com a Tabela 4, o valor determinado para o NSDI (queda do valor imobilirio quando o ambiente apresenta um aumento de um decibel advindo do rudo aeronutico) foi de 1,3. Esse valor de 1,3% por dB encontra-se dentro do limite esperado, se comparado com os resultados de outros estudos (Tabela 5), e acima da mdia obtida por Nelson (2008). Esse resultado expressivo e alerta para os impactos negativos causados pelo rudo aeronutico.

    A variao nos valores do NSDI indicados na Tabela 5, entre 0,56 e 3,30, pode ser causada por diferenas metodolgicas entre os estudos ou pode ter refletido diferenas genunas entre as preferncias das diferentes populaes (MORRELL e LU, 2000; BLANCO e FLINDELL, 2011).

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  • Tabela 5. Valores de NSDI obtidos em outros estudos Estudo NSDI Study location

    Levesque (1994) 1.30* Aeroporto de Winnipeg - Canada Espey and Lopez (2000) 2.40 Aeroporto de Reno Tahoe USA Carballo-Cruz (2009) 0.56*** Aeroporto de Portela - Portugal Dekkers and Straaten (2009) 0.77* Aeroporto de Amsterdan - Holanda Puschel and Evangelinos (2012) 1.04** Aeroporto de Dusseldorf - Alemanha Matos et al. (2013) 3.30* 7 aeroportos na Inglaterra Esse estudo (2014) 1.30* Aeroporto de Braslia Brasil

    * Mtodo estatstico: regresso mltipla com modelo log-linear / ** Mtodo estatstico: regresso mltipla com modelo semilog-linear / *** Mtodo estatstico: meta anlise

    4. CONCLUSO

    Este artigo examinou os efeitos do rudo aeronutico no valor de imveis em uma rea no entorno do Aeroporto Intencional de Braslia. Com base nos resultados da regresso realizada foi determinado uma reduo de 1,30% per dB. Esse resultado condizente com os valores obtidos em outros estudos com base na metodologia de preos hednicos. A regio afetada pelo rudo aeronutico, no entorno do Aeroporto de Braslia, bem maior do que a rea analisada nesse estudo. Como trabalhos futuros sugere-se a avaliao do impacto do rudo aeronutico em todas as regies no interior das curvas de rudo no limite 55 < DNL 70, com uma incluso maior do nmero de propriedades no HPM, especialmente na regio no lado leste do aeroporto. Tambm recomenda-se um estudo onde seja includo, no modelo, dados combinados dos nveis de rudo provenientes de mltiplas fontes de transportes em uma nica anlise. 5. REFERNCIAS

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