xvibes magazine - nº 2 - outubro/2014
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XSpecial - Krystian Kymerson: o sonho capixaba no WCT (6 a 13); XInk - Downhill speed à flor da pele (16 e 17); XGraffs - Giu Dias: colorindo positividade à japonesa (18 a 21); XFights - Jacaré na fila do cinturão dos médios (24 a 29); XSoundz - Cinco Nós: o som apurado do amor despudorado (32 a 37); XFiles - Lucas Medeiros é o ES no mundo do SUP nas ondas (40 e 41)TRANSCRIPT
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ViTÓRiA-ES | OUTUBRO DE 2014 | Nº 2PUBLiCAÇÃO MENSAL
O sonho capixaba no WCtKrystian Kymerson de olhona elite mundial do surf 6 a 13
XSPECiAL
XFiGHTS
xvibesmagazine
Jacaré é o próximo para o cinturão 24 a 33
A arte de viver no extremoNovidade no bolso
@xvibesmagazine www.xvibes.com.br facebook.com/xvibesmagazine xvibesmagazine
A XVibes Magazine é a primeira revista genuinamente capixaba que traz os universos dos esportes de ação, das artes marciais e da cultura pop vivenciados no Espírito Santo, de forma gratuita, com uma leitura rápida e dinâmica e um visual gráfico de encher os olhos. Resistente e com formato adaptado para caber no bolso, a revista dá ao leitor a possibilidade de apreciá-la em qualquer lugar, a qualquer momento.
Periodicidade: MensalDistribuição: GratuitaCirculação: Grande Vitória
Sonhar é parte da vida. Sonhe alto. Mas sonhe enquanto estiver dormindo.
Pois quando estiver acordado é hora de pôr os pés no chão e trabalhar para realizar. Não
creia na sorte. Só está no lugar certo, quem anda para chegar até lá. Só chega na hora certa
quem se adianta e planeja. Vitória existe para quem a busca. E a busca com
constância, sabedoria e perseverança. Constância, pois quanto mais procurá-la, maior a chance de
encontrá-la. Sabedoria, para procurá-la nos locais certos.
E perseverança, para que a vontade de vencer seja maior
do que qualquer dificuldade.
Viva o extremo!
A arte de viver no extremoNovidade no bolso
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Periodicidade: MensalDistribuição: GratuitaCirculação: Grande Vitória
Sonhar é parte da vida. Sonhe alto. Mas sonhe enquanto estiver dormindo.
Pois quando estiver acordado é hora de pôr os pés no chão e trabalhar para realizar. Não
creia na sorte. Só está no lugar certo, quem anda para chegar até lá. Só chega na hora certa
quem se adianta e planeja. Vitória existe para quem a busca. E a busca com
constância, sabedoria e perseverança. Constância, pois quanto mais procurá-la, maior a chance de
encontrá-la. Sabedoria, para procurá-la nos locais certos.
E perseverança, para que a vontade de vencer seja maior
do que qualquer dificuldade.
Viva o extremo!
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tE Editor/Jornalista Responsável:
Gustavo Gouvêa (MTB 2672-ES)[email protected]: Dayane [email protected]: Thiago Reis/Rafael NickProjeto Gráfico/Diagramação: Placidino MárcioColaboradores: João Tarcísio Pereira, Jorge Pedrosa
Impressão: Gráfica Espírito SantoCirculação: Grande Vitória(73 pontos de distribuição)periodicidade: MensalEndereço: Rua Salvador Jantorno, 100, Apto 102, Fradinhos, Vitória-ESCep: 29042-280tel: (27) 9-9973-5220 (27) 3019-6773WWW.XVIBES.COM.BR
Ouço muita gente falando que quer mudança. Mas o que estamos presenciando em nosso país e em nosso Estado, com as eleições, defino com as palavras da maior banda de hardcore do Brasil: “não há mudança, é só al-ternância de poder” (Dead Fish).
A mudança vem - necessaria-mente - do novo. Elegemos um ex-governador, com o qual o Es-pírito Santo atingiu o pico da vio-lência nos últimos anos. Metade dos deputados estaduais e fede-rais foram reeleitos. Quem quer que leve para presidente - Dilma ou Aécio - já conhecemos como a banda toca em ambos os casos.
panela de barroAgora, um dado curioso: a
maioria da população brasileira tem idade entre 15 e 29 anos. O mesmo se repete no Espírito Santo. O que está acontecendo, então, que elegemos aqui apenas um, entre os 40 deputados fede-rais e estaduais que venceram o pleito, com menos de 30 anos?
Será que nós jovens não acre-ditamos no real poder de mudan-ça que temos? Será que deixamos nossas ideias serem corrompidas por pessoas que se dizem mais experientes? Ou será que somos preguiçosos demais para analisar-mos as propostas dos candidatos? É bom começarmos a refletir e principalmente a agir para mudar de verdade, pois a galera da pa-nela de barro continua no poder.
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XGraffs18 a 21Giu Dias colorindo positividade à japonesaXSoundz32 a 37Cinco Nós: o som apurado do amor despudoradoXFiles40 e 41Lucas Medeiros é o ES no mundo do SUP nas ondas
6 a 13 Krystian Kymerson
XSpecial
Cada vez mais perto do WCt
XInk16 e 17
Downhill speed à fl or da pele
XFights 24 a 29 Jacaré na fi la do cinturão dos médios
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KRYStIAnKYMERSOnO SOnHO CApIXABA nO WCt
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‘Avonts’ no quintal de casa
Manhã de sábado. Enquanto o Barrão já está crowdeado
desde as sete da manhã, ele che-ga por volta das 9h. Na maioria dos picos do Espírito Santo, isso signifi ca pegar um mar com ondu-lações já irregulares. Mas, como local que é, Krystian Kymerson conhece bem o humor das famo-sas ondas do Barrão. “A maré co-meçou a vazar às 8h30”, garante.
Ele cumprimenta os amigos, alonga e entra na água. Em menos de um minuto, Krystian dropa a sua primeira onda e já solta um varial, manobra adaptada do skate. É o início do burburinho da rapa-ziada: “o cara tem asas no pé”, “ele brinca em cima da prancha”... é o que se ouve na areia.
A ligação de Krystian com o lo-cal parece espiritual. O raio de uma
hora que esteve dentro d’água foi justa-mente o auge das ondas naquele sábado. Ele pegou as maiores e melhores das séries, dis-tribuiu rasgadas poderosas e, é claro, levantou vôo, mesmo recuperando-se de uma lesão no joelho, decorrente de uma aterrisagem no Mr. Price Pro Ballito, na África do Sul - evento em que conseguiu seu melhor resultado este ano.
Depois da session, KK falou com a XVibes sobre a evolução de seu surf e a expectativa de ter-minar a temporada com o passa-porte carimbado para competir no seleto grupo dos 36 melhores surfi stas do mundo, em 2015.
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A esperança de levantar voo
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Corren-do a di-
visão de acesso (WQS) do circuito mundial de surf des-de 2009, Krystian Kymerson vem me-lhorando seu ranking ano após ano, se aproximando a cada campeonato do seu objetivo.
Ele foi campeão mundial Pro Ju-nior, em 2011; ganhou uma etapa WQS 1 Star, na Bahia, em 2012; e em 2013 co-meçou a entrar na briga real para chegar ao WCT, competindo as etapas Prime da divisão de acesso, que são as mais dispu-tadas e as que valem mais pontos.
No ano passado, ele conseguiu duas nonas colocações em Primes e terminou a temporada em 56º colocado. Em 2014, Krystian está colocando o foco nessas etapas. Ele já tem um nono lugar e já ocupa a 44ª posição no ranking. Até o fim do ano, ele compete mais três Primes, sendo um em Maresias-SP e dois no Hawaii.
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Alguns surfistas que competiram o Pro Junior comigo estão hoje na elite. Sei que eu tenho capacidade de chegar junto no WCT. É o sonho da minha família, dos meus amigos e o meu sonho”
Krystian KymersonSURFiSTA
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Quem conseguir dar uma ‘porrada’ num Prime, bota o pé direito dentro do WCT. essa é minha meta para terminar entre os 10 do WQS”
Krystian KymersonSURFiSTA
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pORRAdA nO pRIME
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A partir do dia 16 de outubro, Krystian entra na reta deci-
siva para terminar 2014 entre os 10 melhores da divisão de acesso e alcançar seu objetivo. É uma sé-rie de cinco etapas que decidirão quem sobe para o WCT em 2015.
A série começa com uma eta-pa seis estrelas, em Florianópolis; vai para a quatro estrelas, em ita-caré e depois são três etapas de Primes, sendo os dois últimos em Sunset e em Haleiwa, no Hawaii.
“É a minha sexta temporada ha-vaiana. Estou cada vez mais adapta-do ao surf de lá. Sunset é uma onda difícil, grande... tem que surfar com outros tipos de prancha. Ano passa-do fi z um resultado bom (17º). Este ano quero fazer melhor ainda”.
Krystian sabe que se der uma ‘porrada’, fi ca a um passo da eli-te mundial. “É um campeonato de 6.500 pontos. De 44º posso passar direto para 6º, se eu vencer”.
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AÉREO REGIStRAdO nO ‘t
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Sequência do
‘KK Fly’, manobra
inventada por
Krystian em 2011
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AÉREO REGIStRAdO nO ‘t
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A e x -
p r e s s ã o gringa tricktio-
nary faz referência ao dicionário das ma-
nobras (‘tricks’, em inglês). Krystian Kymerson é um dos
poucos atletas da nova geração do surf que tem uma manobra registrada
no tricktionary do esporte. O ‘KK Fly’ foi desferido pela primeira vez em 2011, quando,
após uma etapa de Panamericano, Krystian, junto com os amigos ian Gouveia e Gabriel Medina, fez um
fim de tarde com disputa de melhor manobra.“Eu achava que era um Kerrupt. Mas os gringos disseram que era diferente e
pediram para eu batizá-la”, lembra Krystian. Porém, foi só após ven-cer o mundial Pro Junior, na Austrália - mais tarde, naquele mesmo ano - que a manobra foi oficialmente batizada. “Eu mandei a manobra de novo em um outro campeonato, e novamente me pediram para dar o nome. Mas só batizei quando venci o Pro Junior, mandando a manobra. Pediram, e eu dei o nome: KK Fly”, relatou o surfista capixaba.
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Estamos desunidos do nosso propósito, esperando a ajuda
que deve partir de nossos corações... Precisamos ajudar o mundo.
Tome cuidado com os próximos passos a serem dados por você
MÚSICA: GlobalizandoAUtOR: WAGNER CiDREiRA
BAndA: HYPNOTziONÁLBUM: GLOBALizANDO (2012)
PALCoMP3.CoM/HYPNoTzioNreGGAeMUSiC
Xink
Comecei no freeride, mas depois que des-ci uma ladeira na velocidade e senti aquela adrenalina, nunca mais parei. Sempre quis tatuar algo relacionado ao downhill speed e a arte ficou irada”
Ana Luiza BisiSKATiSTA
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Velocidade no long à flor da pele
Reais amantes do skateboarding carregam uma paixão pelas qua-
tro rodinhas que é quase doentia. “Skate na veia”, “Skate é vida” e “Ande de skate ou mor-ra” são algumas das frases que expressam essa rela-ção extrema com o car-rinho, mostrando que, mais do que um esporte, o skate é um estilo de vida.
No Espírito Santo, uma das modalidades de skate que vem ganhando mais força é o downhill spe-ed, a descida de ladeiras buscando atingir a máxima velocidade possível. Foi justamente a adrenalina da mo-dalidade que viciou Ana Luiza Bisi no speed, há três anos.
Para eternizar essa paixão, Ana decidiu tatuar uma arte old school de um skateboard envolto pelos dizeres “skate fast everyday” (skate rápido todo dia). Nada mais justo.
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Tattoo na Lama
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A cultura straight edge teve o seu ‘boom’ no Espírito Santo
no início do novo milênio com um movimento de jovens bandas de hardcore, artistas e ativistas que compartilhavam de ideais antica-pitalistas e sustentáveis a partir de um estilo de vida vegano e da abstinência do uso de drogas líci-tas e ilícitas. O objetivo era lutar por um mundo melhor.
Com o crescimento da rapa-ziada, a maioria foi cedendo às pressões da sociedade capitalista e deixando de lado o ‘caminho reto’. Giu Dias, não. Um dos
GIUDiASCOLORiNDO A ViDA NO ‘CAMiNHO RETO’
poucos remanescentes do movi-mento no Estado, Giu busca fazer referências aos ideais da cultura por meio de sua arte altamente colorida e alegre, que tem o ob-jetivo de “ser uma infl uência posi-tiva para as pessoas”.
jetivo de “ser uma infl uência posi-infl uência posi-tiva para as pessoas”.
infl uência posi-tiva para as pessoas”.
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19Giu diasARTiSTA
A essência do meu trabalho é o meu sentimento, o que eu
acredito, o veganismo, o straigh edge... No graffi ti, que as pessoas que passem por aquele local, tenham a vida transformada de forma positiva”
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A arte de Giu é fortemente infl uenciada pela cultura japone-sa encontrada nos mangás – histó-rias em quadrinho – e nos desenhos animados, que o artista desenha de uma maneira mais descontraída e até infantilizada, com formas que enfa-tizam determinada característica – como a cabeça arredondada maior do que o corpo, nos bonecos.
Os desenhos japoneses têm ta-manha infl uência na vida de Giu, que ele é baixista de duas bandas que tocam músicas de anime: o Superha-wks e a Aka Band. O artista também já tocou em diversas bandas da cena punk/hardcore capixaba.
XGraffs
A infl uência da cultura japonesa
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Os sonhos que acontecem no CRJ
Foi em 2007, quando conheceu o Centro de Referência da Juventude (CRJ) – localizado em Jucutuquara – que Giu viu sua arte desabrochar. Até então, seus desenhos, a maioria nos cadernos de rascunho, eram baseados em outros desenhos e apenas enca-rados como hobbie. A convivência no CRJ foi determinante para a formação de sua identidade artística e para a am-pliação da visão comercial.
A partir de então, Giu – hoje com 28 anos – lançou a marca “Sonhos Acontecem”, na qual são personaliza-dos e comercializados todo o tipo de material com a sua arte. Dentre os produtos estão camisetas, bottons, canecas, adesivos, cadernos, e até pin-turas em paredes, quadros, portões e muros com a sua identidade artística.
o CrJ me deu a oportunidade de co-nhecer todo tipo de pessoa e manifesta-ção artística, como desenho, pintura, o teatro, o graffi ti, a música...foi o meu start para pensar em um trabalho original, que tivesse a minha cara”
Giu diasARTiSTA
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Facebook: Facebook.com/GiuDiasFlickr: Flickr.com/true_till_deathSite: Sonhosacontecem.loja2.com.br
OndE EnCOntRAR:
Giu personaliza camisas e outros produtos
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A arte de viver no extremo
@xvibesmagazine www.xvibes.com.br facebook.com/xvibesmagazine xvibesmagazine
Vivemos no extremo o tempo todo. Nos tempos de hoje, nossa mente funciona para
que tenhamos o melhor aproveitamento possível em tudo o que fazemos, desde nossos estudos e
trabalhos até nossos momentos de descanso e diversão. Para isto, é necessário equilíbrio.
Muitas vezes precisamos travar uma guerra contra nosso próprio ímpeto para que não
extrapolemos ou não façamos de menos. Não nascemos equilibrados. O equilíbrio é algo que se consegue
após muita perseverança. Somente depois que
atingimos o equilíbrio é que podemos tirar o
melhor proveito das nossas
experiências. Equilibre-se.
Viva o extremo!
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A arte de viver no extremo
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Vivemos no extremo o tempo todo. Nos tempos de hoje, nossa mente funciona para
que tenhamos o melhor aproveitamento possível em tudo o que fazemos, desde nossos estudos e
trabalhos até nossos momentos de descanso e diversão. Para isto, é necessário equilíbrio.
Muitas vezes precisamos travar uma guerra contra nosso próprio ímpeto para que não
extrapolemos ou não façamos de menos. Não nascemos equilibrados. O equilíbrio é algo que se consegue
após muita perseverança. Somente depois que
atingimos o equilíbrio é que podemos tirar o
melhor proveito das nossas
experiências. Equilibre-se.
Viva o extremo!
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XinkXFights
ROnALdOJACARÉA ARtE dE FInALIZAR dIFICULdAdES
Jacaré comemora nocaute
sobre Yushin Okami
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ROnALdOJACARÉ
papando asoportunidades
Foi para tirar o fi lho do mal caminho que vivia no bairro itanhenga, em Cariacica,
que a mãe do então garoto-problema Ro-naldo Souza, hoje conhecido como ‘Jacaré’, o mandou para Manaus. No dia 7 de dezem-bro de 1995, o atual número 2 dos pesos--médios do UFC começava uma nova vida na capital amazonense.
Ele e o irmão Reginaldo se mudaram para perto da academia do mestre Henrique Ma-chado. Seu irmão começou a praticar jiu-jitsu e, um dia, quando ele se machucou, Jacaré pegou o quimono ‘emprestado’ e foi treinar no lugar do irmão. Foi o início na arte suave. Jacaré conta que apanhou muito no primeiro treino, mas voltou no dia seguinte.
“O jiu-jitsu me conquistou. Não queria sa-ber de mais nada. Lavava o quimono da galera pra tirar um dinheiro e me manter no esporte”.
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O InESQUECÍVEL ARMLOCKDe lá para cá, Jacaré faturou
cinco títulos mundiais de jiu--jitsu. Mas o ouro absoluto de 2004 foi épico.
Foi uma guerra contra Roger Gracie, na fi nal. Após Jacaré ter aberto 4 a 0, Roger encaixou um armlock que pegou em cheio. O capixaba resistiu e não bateu.
O resultado foi o rompimento do ligamento em plena luta. Jaca-
Nunca fui de impor limites para o que eu faço. Aquilo que aconteceu, não sei se aguentaria de novo. Hoje, eu não quero chegar em casa com o braço esfacelado. Quero conseguir abraçar meus fi lhos”
Ronaldo JacaréLUTADOR
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ré prendeu o braço esgarçado na faixa e continuou o combate. Ele recebeu punição de dois pontos por recuar, mas venceu a luta - que está no hall das mais espeta-culares do esporte - por 4 a 2.
Na época, o lutador não se arrependeu do ato de coragem. Hoje, entretanto, a realidade é diferente. “Depois que virei pai, fi quei medroso”, brinca Jacaré.
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Jacaré encaixa
um mata leão em
Francis Carmont
no UFC Fight
Night 38
Arte suave bem adaptada ao MMA
No início de sua carreira no MMA, Jacaré vinha recente das competições de quimono e teve difi culdades em moldar o seu jiu--jitsu às artes marciais mistas.
Hoje, a arte suave já está tão bem adaptada, que das 21 vitórias que tem, 15 são por fi nalização. Além disso, Jacaré aperfeiçoou seu wrestling e seu boxe, tornan-do-se perigoso também em pé.
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Próximo da fila a disputar o cinturão
Em sua última luta, que acon-teceu no evento principal do UFC Fight Night 50, Jacaré provou que está mesmo pronto para disputar o cinturão dos pesos médios.
Ele atropelou o armênio Ge-gard Mousasi, dominando todos os rounds da luta e finalizando com uma guilhotina aos 4m30s da terceira etapa.
Ao derrotar o sétimo coloca-do no ranking da categoria, Jacaré chegou à sétima vitória consecuti-va e ocupa atualmente o segundo lugar entre os médios do UFC. Ele deixou claro que é o desafian-te número 1 ao título que será disputado por Chris Weidman e Vitor Belfort, em luta prevista para fevereiro do ano que vem.
Entretanto, para que não espe-re tanto para disputar o cinturão, Jacaré está aberto a enfrentar um outro adversário “contanto que
tenha prioridade no caso de uma possível substituição, caso Belfort não possa lutar”. Esse adversário sairia provavelmente do vencedor da luta entre Luke Rockhold (5º) e Michael Bisping (9º).
ROnALdO SOUZAApelido: Jacaré
Idade: 34 anos
peso: 84 kg (médio)
Ranking: 2º colocado
Vitórias: 21
derrotas: 3
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Cirurgia no cotoveloNeste mês, Jacaré passou pela
segunda cirurgia no cotovelo em sete meses. Ele foi diagnosticado com neuropatia ulnar, o que cau-sou dormência, formigamento e dores no cotovelo. A cirurgia foi bem sucedida e Jacaré estará pronto para lutar em janeiro.
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na última luta,
Jacaré finalizou
Mousasi com
uma guilhotina
Peguei um dos caras mais duros da divisão. Lyoto lutou cinco rounds contra ele e eu finalizei no ter-ceiro. Tive sorte, mas o campeão precisa de sorte. Sou o próximo a disputar o cinturão, sem dúvidas”
Ronaldo JacaréLUTADOR
os motivos que temos pra melhorar, são maiores
que toda a maldade que no mundo há... Tendo a vontade de fazer o bem,
não existe medo que possa te bloquear...
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MÚSICA: Homem de pazAUtOR: ALEXANDRE ARAÚJO
BAndA: Di BANDEJAHÁLBUM: ALÉM DA MENSAGEM (2013)SoUNDCLoUD.CoM/DibANDeJAH
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O FInO dA EXpERIÊnCIA MUSICAL
“A união de diversas qua-lidades de música”. Esta explicação do
termo “Musiqualidade” – nome do primeiro álbum da banda ca-pixaba Cinco Nós, lançado em 2010 – já teve que ser dada em diversas entrevistas, esclarecen-do que não se trata de algo pre-tensioso. Só que, modéstias e pretensões à parte, a expressão transmite, de fato, o que a ban-da representa, mesmo quatro anos após este batismo.
Mesclando o fi no da musica-lidade mundial – com infl uên-cias que vão de Dave Matthews Band a Thelonious Monk, pas-sando por Lenine – ao supras-sumo da poesia brasileira, de nomes como Chico Buarque e Vinícius de Moraes – e mais atuais, como Moska – o Cinco Nós transborda uma experiên-cia sonora tão difícil de ser defi -nida, que “Musiqualidade” acaba caindo como uma luva para re-solver este dilema.
Verve da “Musiqualidade”
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despudorando o novo amor
Rock, pop, jazz, funk, MPB, baladas. O caldeirão musical do Cinco Nós é composto pela mistura destes ingredientes, ex-pressados na guitarra de Renato Furtado, no groove de Vitor Ri-goni, na bateria de Tarcísio Lou-zada e no saxofone de Pedro Costa, que acompanham a voz e o violão de Nano Vianna – prin-cipal compositor da banda.
O ‘amor’ é o tema central nas letras. Porém, se no primei-ro disco o sentimento foi abor-dado de uma forma mais doce, em “Três por quatro”, nome do novo EP – que será lançado entre o fim deste ano e o iní-cio de 2015 – o amor é tratado de maneira despudorada, o que reflete também na atual pegada instrumental, que mostra um Cinco Nós mais encorpado, vi-brante e mais maduro.
A
banda
já ganhou
vários prêmios
em festivais de mú-
sica pelo Brasil; no alto,
gravação do clipe de ‘Faquir’
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Neologismosà la Vianna
Kanabiais, Consumantes e Yansã são nomes de músicas da banda. São palavras que não existem no dicionário. Ao menos nos ‘Aurélios’ da vida. Porque na mente de Nano, existem. E até podem fazer sentido. “Amantes que se consomem são ‘Consuman-tes’”, define o compositor, sobre a faixa 8 do primeiro álbum.
Em seu processo criativo não há lugar para clichês. Tanto as melodias, quanto as letras – de palavras e frases pouco usuais –
e até os compassos das músicas fogem do lugar comum. “Primeiro faço a melodia, depois a harmonia no violão e no fim encaixo as fra-ses”, explica. Na junção com os demais instrumentos, o resul-tado é uma sonoridade que ca-minha na linha da própria Dave Matthews Band, influência máxi-ma, segundo Nano.
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Gosto de criar palavras. Por quê? Não se pergunta para o filho por que o nome dele é José! São neologismos”
nano Vianna VOCALiSTA E ViOLONiSTA
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Cinco em “três por quatro”
Os números são muitos, mas não se confunda. Os cinco músi-cos estão prestes a lançar o se-gundo disco. É justamente entre o “2” e o “5” que se encontra a ideia de “Três por Quatro”. “Além disso, o andamento de algu-mas músicas é 3 x 4... A capa do disco terá fotos nossas em 3 x 4 de quando éramos crianças e a contra-capa terá este mesmo tipo de foto, já adultos”, conta o vocalista, que também pretende envolver os
fãs nesta brincadeira, para que eles façam parte, tanto da arte do álbum quanto das apresenta-ções ao vivo.
Faquir foi a música escolhi-da para o primeiro videoclipe da banda, lançado no fim de 2012, e é uma das faixas que estará em “Três por Quatro”. A ideia do clipe, que se passa dentro de um bar em Vitória, foi justa-mente chamar a atenção para a nova fase da banda. “Mostramos as pessoas dançando para retratar as nossas músicas, que estão mais agitadas”, diz Nano.
PEDRO COSTASAxofoNe
NANO ViANNAvoz e vioLão
TARCíSiO LOUzADAbATeriA
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Para abrilhantar o clipe, a per-former Júlia Gabriela, da banda BlackSete, protagonizou uma morena fatal que faz referência à letra da música. “Fala sobre amor, mas um amor mais selvagem, mais cachorro”, explica o vocalista.
A música Roma já possui um
webclipe e também comporá o novo álbum. A pegada é levada para o rock e bebe na fonte de The Police, Coldplay e até U2. A letra é uma referência à des-pudorada Roma do imperador Calígula. “Lá rolavam orgias e a sacanagem toda. Não deixa de ser amor, mas um amor próprio, de sa-tisfazer a si mesmo. Não um amor ao próximo”, conta Nano.
Na conta do Cinco Nós no YouTube, ainda é possível confe-rir webclipes de outras canções que estarão no EP “Três por Quatro”, como Yansã e Vivo.
RENATO FURTADOGUiTArrA
ViTOR RiGONibAixo
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Facebook: facebook.com/CincoNósYou tube: youtube.com/BandaCincoNósSite: http://www.cinconos.com
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(27) 3026-5202 / (27) 9-9906-8655
FELIPE GAMA http://www.facebook.com/GamaSoundz
NA SALA DECONTROLENA SALA DE
CONTROLE
é produtor musical e engenheiro de som. Já trabalhou com artistas como Bruna Tatiana (Angola), Alexandre Lima e Rádio Experienza, Turi Collura, Baobab Trio, Fulldrive, Wanderson Lopez, Dudu Rossi e vários outros.
“O Cinco Nós retrata o amor de uma forma mais poética, sem soar clichê... Isto, aliado à presença do sax nos momentos e aos compassos quebrados em determinadas partes são fatores diferenciais da identidade da banda”
“Fiz um esquema legal, que não tinha feito antes. Somei um amplificador Orange com um Engl, fazendo uma referência às guitarras das bandas de Seattle, nas faixas mais pesadas. As guitarras soaram grandes. Isto pode ser visto na faixa 'Vivo'”
“No primeiro disco o sax toca praticamente constante. Agora estamos criando um momentopara cadainstrumento, individualmente, para que se possacriar uma dinâmica na música. Não gravamos o sax como naipe, mas como uminstrumento solista, fazendo-o passear JUNTO COM A VOZ”“Foi difícil conquistá-los. Eles têm um
CIÚME DAS MÚSICAS muito grande. Um produtor não pode ficar só apertando o 'rec'. Fizemos a primeira música 'YANSÃ'e depois 'Faquir'. Dentre mudanças e adaptações discutimos muito, mas chegamos a um denominador comum. Aí ganhei eles, tanto que estão gravando o EP todo”
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(27) 3026-5202 / (27) 9-9906-8655
FELIPE GAMA http://www.facebook.com/GamaSoundz
NA SALA DECONTROLENA SALA DE
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é produtor musical e engenheiro de som. Já trabalhou com artistas como Bruna Tatiana (Angola), Alexandre Lima e Rádio Experienza, Turi Collura, Baobab Trio, Fulldrive, Wanderson Lopez, Dudu Rossi e vários outros.
“O Cinco Nós retrata o amor de uma forma mais poética, sem soar clichê... Isto, aliado à presença do sax nos momentos e aos compassos quebrados em determinadas partes são fatores diferenciais da identidade da banda”
“Fiz um esquema legal, que não tinha feito antes. Somei um amplificador Orange com um Engl, fazendo uma referência às guitarras das bandas de Seattle, nas faixas mais pesadas. As guitarras soaram grandes. Isto pode ser visto na faixa 'Vivo'”
“No primeiro disco o sax toca praticamente constante. Agora estamos criando um momentopara cadainstrumento, individualmente, para que se possacriar uma dinâmica na música. Não gravamos o sax como naipe, mas como uminstrumento solista, fazendo-o passear JUNTO COM A VOZ”“Foi difícil conquistá-los. Eles têm um
CIÚME DAS MÚSICAS muito grande. Um produtor não pode ficar só apertando o 'rec'. Fizemos a primeira música 'YANSÃ'e depois 'Faquir'. Dentre mudanças e adaptações discutimos muito, mas chegamos a um denominador comum. Aí ganhei eles, tanto que estão gravando o EP todo”
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XFiles
LUCASMEDEiROSDO SOLEMAR PARA CONQUiSTAR O MUNDO
Há dois anos, ele era apenas mais uma das dezenas de
cabeças no pico do Solemar, em Jacaraípe. Ele nunca imaginaria que em tão pouco tempo esta-ria rodando o planeta em busca das ondas mais desejadas e ain-da competindo com o status de um atleta de elite, entre os 20 melhores da terra.
Hoje, o serrano Lucas Me-deiros representa o Brasil na Waterman League - a principal organização do Stand Up Pa-ddle no mundo. Em 2013, após partir das triagens em sua pri-meira competição internacio-nal, nas ondas de La Torche, na
França, ele desbancou favoritos e alcançou um inesquecível 5º lugar. Com a surpreendente perfor-mance, a liga se rendeu ao talento do capixaba e enviou-lhe convite formal para participar de todas as etapas da atual temporada.
Este ano, o circuito mundial já passou pelo Hawaii, pelo Rio de Janeiro, pelos Emirados Árabes Unidos e pela Califórnia. Lucas teve um 9º lugar, na segunda eta-pa, no Rio, como melhor resulta-do, e é o atual 19º colocado do ranking mundial. Além disso, o capixaba deu muito orgulho para o Brasil ao trazer o inédito bron-ze no i.S.A. Games 2014.
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Lucas MedeirosEsporte: Stand Up Paddle Wave
Idade: 19 anos
peso: 75kg
Altura: 1,75m
título: Bronze i.S.A. Games
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Nunca pensei que representaria meu país viajando e surfando. É um ano de sonhos realizados”Lucas Medeiros SURFiSTA
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XTrips
XGRAFFSXX
Graffi ti baseado na cultura japonesa 18 a 21
XTrips
xvibesmagazine
ViTÓRiA-ES | OUTUBRO DE 2014 | Nº 2PUBLiCAÇÃO MENSAL
CINCO NÓSMúsica e
poesia em fi na harmonia
XSOUNDz
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