xvi seminario nacional de grandes barragens da vida util do... · a nossa contribuigao consistiu em...
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XVI SEMINARIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS
BELO HORIZONTE
NOVEMBRO 1985
AVAL]ACAO DA VIDA GTIL DO RESERVATORIO
DA BARRAGEM NO RIO MANSO NO
ESTADO DE MATO GROSSO
TEMA II
Newton de Oliveira Carvalho
Engenheiro Civil
DNOS-Departamento Nacional de Obras de
Saneamento - Rio de Janeiro-RJ
Wellington Coimbra Lou
Engenheiro do Dept. de Hidrotecnica
ENGEVIX S.A. -Professor Adjunto da
UFRRJ-RJ
349
- XVI SEMINARIO NACIONAL DE CRANDES BARRAGENS -
AVALIAcAO DA VIDA OTIL DO RESERVATORIO DA BARRAGEM
NO RIO MANSO NO ESTADO DE MATO GROSSO
N.O.Carvalho (1) , W.C.Lou (2)
1. CONSIDERAcOES PRELIMINARES
Os diversos fatores que afetam o assoreamento de um reservat6
rio sao complexos. As tecnicas de medicoes sao, da mesma forma,
complexas e dispendiosas. Sao bem conhecidos, porem, os efeitos
da sedimentarao continua de reservatorios que mais cedo ou
mais tarde, fatalmente, ficarao assoreados.
A retengao do sedimento nos reservatorios de aproveitamento hi
dreletrico, normalmente, garante a limpeza das aguas que passam
pelas turbinas, implicando na diminuirao da abrasao das pas e
minorando futuros problemas de manutenrao dos equipamentos. Da
mesma forma, em reservatorios do captagao para servigos de abas
tecimento d'agua,a deposicao do sedimento reduzira a possibili
dade de ocorrencia de efeitos indesejaveis nas estacoes de bom
beamento e refletira na incidencia de menores cu:,tos de trata
Mento.
Entretanto,a sedimentacao constante provocara gradativamonte
uma redurao significativa da capacidade de retengao e algum tem
po depois as particulas ja passarao pelos condutos, prejudican
do as equipamentos. Muito antes disto acontecer, as comportas
de fundo para retirada de sedimento ja poderao estar emperradas
e danificadas. 0 volume de agua do reservatorio sera aos poucos
substituido por sedimento. A medida que isto ocorre os proble
mas vao evidenciando a necessidade do rr.aiores cuidados na opera
qao e manutencao do aproveitarn,ento.
A formagao do delta vai, aos poucos, provocando problemas de
inundacao a montante com reflexos nas populacoes ribeirinhas e
na agricultura das margens. 11 atualmente uma constatagao, com
provada atraves de estudos e pesquisas efetuadas em inumeros
reservatorios, que grande percentagem do volume do scdimentos
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deposita-se na regiao deltaica, provocando, em consequencia, a
diminuigao do volume disponivel Para regularizagao ou geragao
de energia. Um reservatorio assoreado so tem possibilidades de
ser aproveitado a fio d'agua; no tendo capacidade de armazena
mento e consequentemente regularizagao, turbinara aqua nas mes
mas condigoes que o rio transporta..Caso tipico e recente ocor
re na barragem de Mascarenhas no rio Doce; o reservat6rio plane
jado para regularizar 600 m3/s e gerar 120 MW, com tr&s turbi
nas, so tem disponivel na maior parte do tempo uma vazao de
400 m3/s, as vezes baixando.a 190 m3/s em anos secos. A bacia
hidrografica tem uma grande produgao de sedimento e assoreou o
reservat6rio em curto prazo, exigindo limpezas peri6dicas de al
to Gusto.
Na bacia do rio Doce existem outros reservatorios com diferen
tes usos de aqua com os mesmos problemas de assoreamento. A pro
dugao de sedimento por area de drenagem e geralmente maior numa
pequena,que numa grande bacia. Alguns investigadores concluiram
que a produgao varia exponencialmente com o tamanho da area de
drenagem (Bib.2). Nesse caso um grande reservat6rio estara mais
protegido tanto pelo seu tamanho e capacidade de armazenamento
quanto pela menor produgao especifica de sedimento da bacia.
Sao conhecidos e registrados no pails, pore m, casos de grandes
barragens com problemas de assoreamento evidente de seus reser
vatorios, tais como o aproveitamento de Tres Marias no rio Sao
Francisco, o de Xavantes no rio Paranapanema, de Paraibuna - Pa
raitinga no rio Paraiba do Sul e de muitos outros com evidente
processo de assoreamento e ja exigindo protegao de suas bacias
hidrograficas.
Recentemente, a Companhia Hidroeletrica do Sao Francisco pediu
ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e a Empresa Brasi
leira de Pesquisas Agropecuarias copias dos estudos realizados
com ajuda de satelites, indicando a redugao da vida util do re
servatorio de Sobradinho devido ao assoreamento acelerado. Se
gundo as empresas, o lago de Sobradinho estara totalmente asso
reado daqui a 80 anos, sendo quea CHESF havia calculado que num
prazo de 100 anos deveria ocorrer um assoreamento de apenas 5%
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de sua capacidade. Esta informagao necessita ser adequadamente
investigada, porque Sobradinho e um reservatorio de baixas pro
fundidades em uma grande parte de sua area, podendo mascarar es
tudo feito por meio de fotos aereas.
A agao humana pode provocar mudangas drasticas na produgao de
sedimento, acelerando o processo. 0 descobrimento do solo, quer
pela construcao de estradas, obras em geral e mesmo agricultura,
pela necessidade de desenvolvimento regional, provoca maior ero
sao e major sedimentacao.
A necessidade de verificagao do tempo de assoreamento e calculo
da vida util vlos reservatorios ja faz parte, rotineiramente, do
projeto da barragem. Sao calculos imprescindiveis para se dimen
sionar, adequadamente, o volume morto e consequentemente a altu
ra da barragem e tomada d'agua. Eventualmente podera ser verifi
cada ate mesmo a inviabilidade do projeto naquele local se a pro
dugao de sedimento for grande.
Por falta de pesquisa adequada os metodos de calculo ate ha you
co existentes no levavam em conta a distribuicao do sedimento
nos reservatorios, o que conduzia a resultados imprecisos da vi
da util.
Recentes pesquisas (Bib.2), bem como outros trabalhos, ja permi
tem um calculo mais realista e preciso. 0 metodo apresentado
por Strand e simples e ester bem desenvolvido no seu trabalho .
A nossa contribuigao consistiu em fazer uma aplicacao no siste
ma metrico para o qual transformamos as constantes e graficos
dependentes de unidades de medida.
Foi escolhido para aplicagao o calculo do assoreamento da barra
gem do rio Manso, no Estado do Mato Grosso. Este e um empreen
dimento de usos multiplos para controle de cheias em Cuiaba, e
outras cidades a jusante da barragem, aproveitamento hidroele
trico e melhoria da navegagao. 0 projeto feito primordialmente
pelo DNOS, Departamento Nacional de Obras de Saneamento, que
ora usamos, ester sendo reformulado pela ELETRONORTE, para ampli
353
i
ar a capacidade de aproveitamento hidroenergetico.
2. DESCARGA SOLIDA AFLUENTE
A medigao da descarga s6lida em posto fluviometrico no local
da futura barragem ou, quando esta existe, em posto de entrada
do reservatorio e necessaria para o conhecimento do volume de
sedimento e do tempo do assoreamento. Nem todo o sedimento ero
dido na bacia hidrografica e transportado para a calha do rio.
Parte fica retido em barreiras naturais ou artificiais e parte
e depositado em areas planas, razoes da necessidade de que a
medigao da carga solida seja feita na area de influencia da bar
ragem.
A descarga solida e determinada por amostragem numa segao trans
versal , analises laboratoriais do sedimento e calculo por pro
cesso compativel das condigoes de escoamento e de material. Ten
do-se os dados das diversas medicoes efetuadas , tram- se a cur
va-chave de sedimentos que traduz a relacao entre descarga so
lida e descarga liquida. Na plotagem dos pontos , em papel log-
-log, deve-se verificar os periodos chuvosos e de estiagem para
tragado de curvas distintas, se for possivel. As equagoes deri
vadas terao a forma do tipo QS t = KQn, sendo Qst a descarga soli3
da (t/dia) em abscissa, Q a descarga liquida (m /s) em ordenada,
K e n constantes.
3. ASSOREAMENTO E DISTRIBUIgAO DO SEDIMENTO NO RESERVATORIO
A correlagao obtida permitira o calculo da descarga solida me
dia anual afluente, que sera necessaria ao conhecimento do va
for da sedimentagao gradual do reservatorio. Para uma determi
nagao mais precisa deverao tambem ser considerados no projeto
da barragem a eficiencia de retengao do sedimento, o peso espe
cifico final do sedimento depositado e a distribuigao do sedi
mento no reservatorio.
354
3.1 Eficiencia de Retengao
Expressa -se a eficiencia de retengao de sedimento num reserva
torio, pela razao entre a quantidade total de sedimento deposi
tado e a quantidade de sedimento afluente.
A estimativa da eficiencia e baseada em trabalhos empiricos rea
lizados a partir de observacoes de depositos de sedimentos em
varios reservatorios . Os estudos mais conhecidos sao os de G.
Brune e de M.A. Churchill (Bib.2 ). Brune apresenta uma serie de
curvas envolventes (figura 1), tendo em ordenadas as percenta
gens de sedimentos retidos (defluvio solido retido em relacao
ao defluvio solido afluente) e em abscissas a capacidade de aflu
encia (volume do reservatorio em relacao ao volume afluente anu
al). Quando for necessario estudar reservatorios em que foram
feitas retiradas de sedimento por algum processo , usa-se a cur
va desenvolvida por Churchill.
A eficiencia de retencao de sedimentos a analisada por periodos
incrementais de tempo.
3.2 Peso Especifico Aparente
O dep6sito de sedimento no reservat6rio e calculado em peso por
tempo (t/dia), devendo ser convertido em volume. Isto e feito
pelo conhecimento de peso especifico aparente do sedimento depo
sitado.
Diversos fatores influenciam o valor do peso especifico poden
do-se destacar a maneira como o reservatorio esta sendo opera
do, a textura e granulometria do sedimento, a compactacao ou va
for da consolidacao, a agao de correntes de densidade, a decli-
vidade do talvegue e o efeito da vegetagao da bacia. A operagao
do reservatorio e a granulometria sao os fatores de maior in
fluencia.
355
r
As pesquisas desenvolvidas por Lara e Pemberton (Bib.2) resulta
ram na seguinte classificagao:
Tipo Operagao do Reservatorio
1 Sedimentos sernnre ou quase sempre submersos
2 Deplegao do reservatorio: de pequena a media
3 Reservatorio normalmente vazio
4 Sedimentos do leito do rio
0 calculo do peso especifico aparente e feito pelas equay6es
abaixo:
Yi = WC PC + Wm PC + Ws PS
Yt = yi + K log T
ou
sendo,
Yt = yi + 0, 4343 K{- ;_1 (LT) -1 }
Yi = peso especifico aparente inicial (t/m3);
Wc,Wm,Ws = coeficientes de compactacao da argila, silte
e areia obtidos segundo o tipo do operasao do
reservatorio (tabela abaixo);
Pc'Pm'Ps = percentagens de argila, silte e areia do sedi
Yt
T
mento afluente;
= peso especifico medio (t/m3
= tempo de comractagao (anos)
K = constante quo depende da granulometria do se
dimento e obtida com base no tipo de operagao
do reservatorio (tabela abaixo) com calculo
semelhante ao valor de Yi
L = logaritmo neperiano
356
Tipo de Operacao Argila Silte Areiade Reservat6rio W K W K W K
c in s
1 0,416 0,2563 1,121 0,0913 1,554 0,0
2 0,561 0,1346 1,137 0,0288 1,554 0,0
3 0,641 0,0 1,153 0,0 1,554 0,0
4 0,961 0,0 1,169 0,0 1,554 0,0
3.3 Distribuicao de Sedimento no Reservatorio
0 sedimento que se deposita num reservatorio tem sua distribui-
qao irregular. 2 fungao de varios fatores interrelacionados en-
tre os quais se destacam diametro e forma das particulas, rela-
coes entre descarga afluente e a efluente, tamanho e forma do re
servatorio e o procedimento de sua operagao.
Para calcular o volume de sedimento depositado cm certo tempo
e sua distribuigao, foram feitas pesquisas em diversos reserva-
torios que resultaram em metodos adequados a um conhecimento
mais realista. Um doles, denominado "Metodo Empirico de Reducao
de Area", desenvolvido por Borland e Miller (Bib.2), a apresenta
do neste trabalho usando o sistema metrico.
Os dados obtidos nos estudos norte-americanos indicaram que exis
to uma relagao entre a forma do reservatorio e a porcetagem de
sedimento depositado ao longo do leito. Resultaram, entao, qua-
tro tipos de reservatorios de acordo com certas caracteristicas
geometricas como segue:
Tipo de Reservatorio Ill Classificagao
I 3,5 a 4,5 De zonas planas
II 2,5 a 3,5 De zonas de inundagao a colinas
III 1,5 a 2,5 Montanhoso
IV 1,0 a 1,5 De gargantas profundas
357
0 valor de m e calculado a partir da curva profundidade x capaci-
dade, em papel log-log, conforme demonstra o grafico tracado para
o exemplo (Figura 2). 0 calculo da correlagao mostrou que o re-
servatorio e do Tipo III, classificagao de "montanhoso" que coin-
cide com a topografia regional. Os valores das coordenadas foram
obtidas da curva de areas x volumes x cotas (Figura 3).
Os estudos nos diversos reservatorios ainda levaram a outras cur-
vas caracteristicas de reservatorios usando diversas relagoes cu-
jas grandezas sao adimensionais: curva de acumulagao em reserva-
t6rio (Figura 4), curva de determinagao da profundidade de sedi-
mento na barragem (Figura 5) e curva de area de reservatorios (Fi
aura 6).
Calcula-se por tentativas o sedimento depositado e sua altura
no pe da barragem, trabalhando-se com os graficos 4, 5 e 6. Tem-
-se para cada etapa de iteragao do processo a distribuigao do se-
dimento no reservatorio e, portanto, a nova cota do fundo do lago
depois da distribuigao.
4. EXEMPLO DE CALCULO DO M TODD EMPIRICO DE REDUcAO DE AREA
0 projeto de construgao da barragem do rio Manso apresenta as se-
guintes dados adicionais necessarios ao presente trabalho:
Volume total = 4,35x109m3
Descarga media afluente = 161 m3/s
Volume afluente medio anual = 5,08x109 m3/s
Cota de coroamento da barragem = 281,70 m
Cota da soleita do vertedor do emergencia = 277,0 m
Cota de volume nulo = 240 m
Cota da soleira do vertedor de servigo = 273 m
A descarga s6lida media anual pode ser obtida a partir de equagao
da curva-chave de sedimento,cuja expressao para o rio Manso resul
tou em QSt = 0,0118 x Q2'35. Calculando-se, temos o valor de
1811 t/dia ou 661.015 t/ano. 0 sedimento retido no reservat6rio
e 97% que resulta em 641.184 t/ano, valor obtido do use da curva
de eficiencia de retengao.
358
A granulometria das amostras de sedimento em suspensao e de arras
to, verificadas em funrao das quantidades da descarga solida cor-
.respondente, resultou numa composigao media de argila igual a
18,5%, silte 30,9% e areia 50,6%. A aplicagao da formula de y pa
ra o tipo I de operacao de rescrvatorio da o valor de peso especi
fico aparente inicial 1,210 t/m3, sendo K igual a 0,076.
0 calculo de yt sera feito a partir da segunda formula que leva
a resultados um pouco inferiores a primeira.
A bacia do rio Manso tem uma boa cobertura vegetal e muitas ro-
chas no alto curso, o que resulta numa pequena producao de sedi-
mento e uma vida util longa para o reservatorio.
Calculemos a altura de deposito de sedimento no pe da barragem
para a altura do vertedor de servigo num tempo de 6 000 anos, con
siderando H = 37 m, valor em relagao ao vertedor de emergencia,
usando o Quadro I.
0 peso especifico aparente para esse tempo e 1,46 t/m3 e volume
de sedimento S = 2,64 x 109m3. Dntao:
QUADRO I
1 2 3 4 5 6Altitude h
p = Ah V S-V H x A h'
( m) H (m3)
265 0,68 1,16 x 109 1,48 x 109 4,35 x 109 0,34
270 0,81 1, 89 x 109 0, 75 x 109 6, 18 x 109 0,12
274 0,92 2, 50 x 109 0, 14 x 109 7, 77 x 109 0,018
359
Os valores de V e A sao obtidos da curva cota-area-volume. Plo-
ta-se as grandezas das colunas 2 e 6 no grafico da Figura 5; 0
ponto de intersegao com a curva tipo III correspondente a P 0
= 0,87, entao o sedimento depositado chega a y0 = 0,87 x 37
= 32,2 m, sendo a altitude 272,2 m.
A soleira do vertedor esta na altitude de 273 m, mostrando que a
evolugao do assoreamento nas atuais condicoes de producao de se-
dimento resultara um pouco superior a 6 000 anos.
A distribuirao do sedimento no reservatorio e feita com o use
do Quadro II que foi preenchido segundo a orientacao da biblio-
grafia 2.
Nova curva cota-area-volume do reservatorio pode scr desenhada a
partir dos dados da coluna 9 e 10.
6. CONCLUSOES E RECOMENDAc0ES
Os resultados, ora encontrados, sao advindos de uma amostragem
pequena de descarga solidade que devera ser melhorada com futu-
ras medigoes. Sabe-se, ainda, quo incrementos de desmatamento
na bacia de drenagem resultara em mudangas nos presentes resul-
tados. Diante de tal quadro recomenda-se um maior monitoramento
da bacia pelos orgaos competentes evitando ou minimizando ativi-
dades que causem desequilibrio hidrossedimentologico na bacia.
7. BIBLIOGRAFIA
1 - CARO/MADEIRA/LOU, Leonardo Caro G., Eduardo F. Madeira C
Wellington C. Lou. Aplication de Modelo Matem5tico de
Deposicion de Sedimentos al calculo do la Vida Gtil de
um Embalse, 1984. Brasilia, DF. Brasil (a publican).
2 - STRAND, Robert I. Sedimentation. Design of Small Dams,
Appendix Ii. Bureau of Reclamation. 1974. Washington,
DC.USA.
360
3 - SONDOTECNICA, Engenharia de Solos S.A. Projeto Executivo da
Barragem do rio Manso. Trabalho contratado pelo DNOS, De
partamento Nacional de Obras de Saneamento. Janeiro de
1976. Rio de Janeiro, RJ. Brasil.
RESUMO
0 presente estudo visa avaliar a vida util do reservatorio da bar
ragem implantada no rio Manso no Estado do Mato Groso com finali-
dades de contecao de cheias, geragao de enorgia e aumento de ti-
rante d'agua para navegacao. Dentro da abordagem metodologica e
considerada a distribuigao de sedimentos ao longo do reservatorio
permitindo, ao contrario dos metodos classicos, avaliar um tempo
de assoreamento mais realista para a vida util do aproveitamento.
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362
RELAcAO "CAPACIDADE/VAZAO AFLUENTE ANUAL" (hm3 de CAPACIDADE/hm3x FLUXO AN UAL)
FIG. 1 - CURVAS DE EFICIENCIA DE RETENcAO ( Bibl.2)
I I i I^_.._SARR AGE M DO RIO MANSO
32,5 mm
70,5 mm
10m 70,5_
32,5
RESERVATORIO TIPO
• ! I
I I I i I i l l `
100x106 1000x106
VOLUME (m3)
FIG. 2 - PROFUNDIDADE x CAPACIDADE
m
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10000.106
363
100
3 4 5 6 7 8 9VOLUMES ( 109m3)
10 Il 12 13 14 15
600 500 400 300 200 100 0I I 1 1 1 1 1 1 I I 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 I I I I I 1 1 1 1
AREAS(km2)
FIG, 3 - CURVAS DE AREAS E VOLUMES x COLAS ( BibI.3
0
10
0
2
10 20 30 40 50 60
PERCENTAGEM DOSEDIMENTO DEPOSITADO
FIG. 4 - CURVAS DE PERCENTAGEM DE PROFUNDIDADE x
PERCENTAGEM DE VOLUME DE SEDIMENTO ( Bibl. 2)
364
PROFUNDIDADE RELATIVA p0'0.87
FIG. 5 - CURVAS PARA DETERMINAR A PROFUNDIDADE DE
DEPOSITO DE SEDIMENTO NA BARRAGEM ( Bibl.2 )
2,2
2,0
1,8
1,6
1,2
1,0
0,6
0,
0,2
P R O F U N D I D A D E RE LATIVA ( P)
FIG. 6 - CURVAS DE PROFUNDIDADE RELATIVA x AREA RELATIVA