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O- ¦ 1—1 B_ PREÇOS- Ho Rio $500 Nos Estado $600 ~^X^v wàm O Tico-Tico publica os retratos de loclos os seus leitores RIO DE JANEIRO. 20 QE JANEIRO OE 1932 Do jardim <f)ooloçúco _• ........ DEPOIS daquella brincadeira do realejo, Lamparina\ pX \ V1* / <5^W foi enviada para o Jardim Zoológico onde dcou em-Xf ____.V_._I. „.'/ -A\ exposição. Em torno de sua gaiola reuniu-se muita-X^XV, InuTr). rí^^Li _-r' V -~^S__ gente. Lamparina, que sentia crescer a sua indignação,i ""X^ Y\ ^WT^A VV^_y_^ Cr,1 ^Ç7 .-¦—r/^-'*-'__-' chorava e aífirmava que não era macaco. Entretanto/ ]v\X r__H__T^/^ \\V^^ "sm ¦,'—P?>X. fevX ^pL quanto mais ella se lastimava mais curiosidade provocavaX-^ C""!-. -___-^(_kA\ ^v. <\T\.i 4**kç\ /V9l\ e todos garantiam que era aquelle o único macaco que fa-X^\VÉW i^*J_!__ \\ x.jfVT •_. t\ .:__£ \ >^ <ava e qjje devia ser rarissimo./ vW\V j^(TW__i \\ \ y^ rX-^-^^^N Não havia então mais esperanças! Ella ia -assar D/ \^KA/ V / _8__. \^— \ / -"í^-"""" ^^""""n ! tJ_stencia toda en;aulada como bicho raro./ ÍàtW i /'^ ^^X X?VX~~— > X^ ~Vv x^^^^yK^^^^~^v í / - H^w? x 1 ._^v_ ^yK^yyy ° ~__\ ^^1 Fe_ entâo um e-íerço scbrehumano, quebrou taboas e grades, fugiu e foi abrir todas as jaulas dos bichos do Jardim 2oolo_ico. O pânico foi indescriptivel. Aquella bicharada toda, com sede de liberdade, sahiu a correr, des- ordenadamente c a multidão de''curioso, debandou _c. _ri:o-, emquanto Lamparina fugia.

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O-

¦ 1—1 _

PREÇOS-

Ho Rio $500Nos Estado $600

~^X^v

wàmO Tico-Tico publica os retratos de loclos os seus leitores

RIO DE JANEIRO. 20 QE JANEIRO OE 1932

Do jardim <f)ooloçúco_• ........

DEPOIS

daquella brincadeira do realejo, Lamparina \ pX \ V1* / <5^Wfoi enviada para o Jardim Zoológico onde dcou em -Xf ____.V_._I. „.'/ -A\exposição. Em torno de sua gaiola reuniu-se muita -X^XV, InuTr). rí^^Li _-r' V -~^S__gente. Lamparina, que sentia crescer a sua indignação, i ""X^

Y\ ^WT^A VV^_y_^ Cr,1 ^Ç7 .-¦—r/^-'*-'__-'chorava e aífirmava que não era macaco. Entretanto / ]v\X r__H__T^/^ \\V^^ "sm ¦,'—P?>X. fevX ^pLquanto mais ella se lastimava mais curiosidade provocava X-^ C""!-. -___-^(_kA\ ^v. <\T\.i

4**kç\ /V9l\e todos garantiam que era aquelle o único macaco que fa- X^\VÉW i^*J_!__ \\ x.jfVT •_. t\ .:__£ \ >^<ava e qjje devia ser rarissimo. / vW\V j^(TW__i \\ \ y^ rX-^-^^^NNão havia então mais esperanças! Ella ia -assar / \^KA/ V / _8__. \^— \ / -"í^-"""" ^^""""n !tJ_stencia toda en;aulada como bicho raro. / ÍàtW i /'^ ^^X

X?VX~~— >

X^ ~Vv

x^^^^yK^^^^~^ví / - H^w? x1 ._^v_ ^yK^yyy ° ~__\ ^^1

Fe_ entâo um e-íerço scbrehumano, quebrou taboas e grades, fugiu e foi abrir todas as jaulas dos bichos doJardim 2oolo_ico. O pânico foi indescriptivel. Aquella bicharada toda, com sede de liberdade, sahiu a correr, des-ordenadamente c a multidão de''curioso, debandou _c. _ri:o-, emquanto Lamparina fugia.

O TICO-TICO ? 211 .fiim-iro — 1!»."»2

Os sábios gregos e suas máximasDeu-se o nome cie "Sábios da Grc-

cia'' a sete gregos que inais se (lis*tinguiiam na profunda sabedoriaque tinham. São elles:

Thalcs de Milcto — Um dos sa-bios que mais consideração teveNatural de Mileto. Suas máximassão:

"Não pratiques aquillo que não

gostas de ver praticar aos outros"."Ama teus paes: se te causarem

alguns pequenos desgostos aprendea soffrel-os com paciência"..

"Para viver bem. é necessário atetermo-nos de Jfraticar tudo quantoachamos digno da censura dos ou-tros".

"A felicidade do corpo consiste rnsaúde, e a do espirito, no saber"

5o.'o;i — Nasceu em Athenás. Di-zia:

''Procura instruir-te emquanto vi-veres: não cuides eme a velhice trazcomsigo a razão".

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GRÁTIS. — PEDIDOS a JULIO N. DE SOUZA & CIA.AVENIDA PASSOS, 120 — Rio — Telephone: 4-4424.

trazem comsigo não pequenos pe-sares ".

"Ou não te chegues a__ Reis, oudize-lhes o que é do seu interesse eutilidade que-saibam".

Chilon — Floresceu em Esparta.Suas máximas:

"Vale mais perder do (pie fazercim ganho vergonhoso".

"Desconfia do homem apressara-do que procura sempre ingerir-senos negócios alheios".

Pitlaco — Teve por berço nata'a ilba de Lcsbos. Falava:

" Esgera de teus filhos, na tua vc-Ihice aquillo mesmo eme tiveres pra-ticado para com teu pae"."Gosto da casa onde nada vejoque seja supérfluo, c onde acho tu-do quanto é necessário".

"Antes ele governares os outros.«prende a governar-te a ti mesmo"

Bias — Suas máximas moraeseram:

"O mais infeliz dos homens éaquelle que não sabe supnortar aelesgrat*a".

"A boa consciência 6 a única1 cci-sa superior ao vicio".

"Ouve muito, e não fales senão atempo".

Crcóbulo — São bem pouco co-nhecidas as suas máximas:

"Enche de benefícios os teus ami-£_s para que te estimem aindamais: derrama-os pelos teus ininn-gos para que se tornem afinal teusamigos".

"Muitas palavras, e ainda mais

ignorância, eis o que se encontra namaior parte dos homens".

Periandro — Falava:"Os prazeres não duram um nio

ito; a virtude é imm.irtal"."Não te contentes em reprchciider os que commetteram erros; d:-tem áquelles que os vão co-muel.-ter".

"Queres reinar com segurança?Não te íaças cercar de satcllites ar-mados de ferm; não tenhas outraguarda senão o amor dc teus sub-ditos..

tose A. Matluas

20 — janeiro — 1932

TRAVESSURAS

O TICO-TI € O

U E NA PREJUDICA

I ¦ i^ )Yé>A Jrb»--.s^

Certa vez, ao passarem por um campo•le pastagem. Picolé e Rapadura viramuma' vacca, quo, pe!o aspecto do ubere,parecia dar muito leite. Nasceu-lheslogo o desejo de beberem. pois estiprecioso e alimentício liquido era o

irado" dos nossos dois amigos. Ra-padura, munido...

...de uma vasüha. dispoz-se a tiraro leite. Mas por mais esforço cruefizesse, não conseguia tirar uma gottasequer. A vacca já estava se aborreceu-do. Então Picolé teve uma idéa e par-tiu apressado para pôl-a logo emexecução. Foi buscar uma bomba. De-pois de tudo preparado...

...o suecessd foi grande. Em poucossegundos o leite cabia na vasilha e osdois peraltas puderam, assim, sabo-real-o. A vacca quiz zangar-se, umachando engenhosa a idéa- dos garo.ose conipiehendendo que o leite é o me-lhor alimento para as creanças, riu-se"a bandeiras desprezadas"

O GAMBÁ' E ZEBRANos longinquos tempos de outro-

ra em que os animaes falavam exi*:-tui um grande paiz cuja capital eraBichopolis. Era tão grande a famae a belleza de Bichopolis que os sa-',!' s a chamavam de: — A GràndoBichopolis,

Pois bem: existia em um dos rc-tantos de Bichopolis uma peque-"a : casa onde morava o casalCamba. Viviam os Gambás muitofelizes, até que um dia deram pela'falta do seu filhinho mais novo.Bi formados pelo compadre Cão, oiGambás souberam ser a Zebra a an-t°ra do furto e foram queixar-se aorcji: S. M. Leão V. O rei fez en-t:*o reunir toda a sua corte de jus-tiça. Lá estavam o Macaco, i° mi-lustro; o Elephanie, a Raposa, em-"-li os animaes mais espertos e in-telligentes do reino.

A corte de justiça do rei, S. M.l.eão V, deliberou então a prisão da£ebra. .Muito contentes ficaram osGambás, até que um dia souberamda fuga da Zebra que conseguira--scapar com a roupa da prisão queafé hoje conserva. 1

Amedrontados então foram no-Vãmente ao rei, que por conselho do*° ministro Macaco, mandou que se

entregasse aos Gambás unia boi--sa para carregarem os filhos ex-postos á Zebra.

Eis porque, caros leitores, a Ze-bra erra pelas florestas com o cor-po listado, que nada mais é do quea roupa da prisão da qual fugiu; eporque também os gambás têm umabolsa cm que carregam os filhos.

Solou Boirjcs

PÍLULAS

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TRES LIVROS MARA-VILHOSOS

Dia a dia, a industria do livro, en»nossa terra- adquire progressos que a

fazem rivalizar com as melhores damundo. Ainda agora, constatámos averdade do que acabamos de affirmar, aorecebermos uni lindo presente que nos

envia a Companhia Editora Nacional, deSão Paulo. O presente régio de tres li-

vros, nos quaes mão sahrèmos o que mais

admirar, se o critério do escriptor queos escreveu e adaptou, se a confecçãomaterial, excellente. primorosa. Tres li-vros que são verdadeiros thesouros paraa infância: — "As reinações de Nari-zinho" Alice no paiz das maravilhas"e "Robinson Crusoe". O primeiro desseslivros é original do festejado escriptorpatricio Monteiro Lobato e os outrosdois adaptações ainda dess'e literato.O nome de Monteiro Lobato- escriptorque se familiarizou com a alma da cri-iMiça, seria, por si só, uma garantiapara o êxito desses tres livros. Mas aCompanhia Editora Nacional, de SãoPaulo, que os editou, deu-lhes todo oesmero, na confecção material. Livrosde luxo, artisticamente {Ilustrados, pri-morosamente impressos a cores, os tretvolumes acima citados são bem a le.-tura necessária á criança. E, por assim

julgarmos, recommendamos aos nossosores adquiril-os, como leitura recrea-

tlva e, também, instruetiva.

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tUl voa. Paulo

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IJcdaitoi-tTiefc: Carlos Miinhãcs — Dírcclor-díorcnte A. <le Souza e SilvaAssignalura — lirasil: 1 anno 25JO00; 6 mezes, 13JO0O; — Estrangeiro: 1 anno, óOjUOO; 6 mezes. 35{flOO,

As assignaturas começam sempre no dia 1 do mez cm que forem tomadas e serão acecitas annual ou semestral-menti. TODA A COURESPONDliNCtA, como toda a remessa de dinheiro, (que pôde ser feita por vale postal oucarta com valor declarado), deve ser dirigida á Rua Sa chet. 34 — Rio. Telephone n. 8-C247.Succursal, cm São 1'aulo diiigida pelo Dr. Plínio Cavalcanti — Rua Senador Feijó, 27 8" andar, salas 85 e 87.

LtOQfàs\ *%.íÇSfeWcro

A N I M A E¦ Meus netinhos:

Talvez pelo habito de viverem na

atmosphera, no espaço, as aves são

dotadas da faculdade de prognosti*

c^r o tempo, tal como se fossem

preciosos instrumentos de meteoro-

logia.

Querem vocês saber se vae fazer

bom tempo? Querem, de antemão,

ptecisar se vae chover? Olhem pa-ra as aves, para os passarinhos, e

terão resposta prompta.A andorinha, que todos vocês co-

""tecem e que é considerada como a

Mensageira da Primavera, o é tam-bem da chuva. Quando vôa rastei-

,a« quasi tocando o chão, é porqueesta para chover. As gaivotas, essasIllidas aves do mar, voam á flor das

°"das quando o tempo e^tá para

. B, AROMETROS

mudar. Quaesquer passarinhos, ba- h gallinha indica-nos as variações

uhando-se na areia, piando de mo- atmosphericas escondendo a cabeça

do irrequieto, denunciam chuva sob a asa e ficando sobre um dos

próxima. pés. Os pombos também são excel-

Vejamos, agora, outras aves, mais lentes pr0griosticadores do tempo. Se

nossas conhecidas. Os gansos, quan- esv0açain ç procuram entrar ao,

do está para chover, parecem mais . ."••bandos nos pombaes e que a chuvadesorientados no seu banho, mergtt- :

não demorara duas horas a enchar-

car os campos. O gato, quando Iam-

be continuamente o pello e dornw

com a cauda pousada sobre as pata*

trazeiras, indica chuva próxima.

Como os animaes de que acima fa-

lou Vovô, outros ha que são excel-

lentes ba romeiros. Já agora, podem

vocês saber se a chuva virá, ou não,

atrapalhar um passeio que queiram

fazer em determinado dia.

VOVÓ

lhando constantemente, sacudindo as

asas, grasnando e alisando as pen-

nas com o bico.

Ok ^&^^'/

ikmmmmtBS^y

o rico-rico - Janeiro — 19.12

NASCIMENTOS n

$ '5' Nasceu a 3ilo iliez corrente o monino André, füho doSr. Aniaro de Aí- meida c de sua es-posa D. Evangelina Neves de Almeida.

—a- a .—. ——. - .~ãa .—a. II • • '. ã % t rá » T IfeStídOS CtlltOS J SÍK'Ía,O TICO-TICO" MUNDANO P" ser sympathica;

Maria, por acreditarem Papae Noel;Jorginho, por lazer

as vontades ás meni-nas; Annita, por ser

brincalhona; José, por ser pequeno; Arthur. por ser 1,111!'om "keeper"", e eu. por ser tagarella. — A. C.Ruy é o nome do lindo menino nascido a 1 do

torrente mez 'e

filho do casal Dr. Oswaldo Nogueira Mattos-D. At-minda Magalhães Mattos.

- Nasceu a 6 deste mez o menino Raul, filho doRr. Adaucto BUtencourc e de D. Moema de A. Bittencourt.

¦' " Chama-se Lúcia a linda menina que acaba de en-rquecer o te* do Sr. Estevão de Almeida e de sua esposaD.' Guilhermina de Andrade Almeida.

i '¦¦ Recebeu o nome de Mauro o gorducho menino,

primogênito do casal Dr. Leonel Buarque-D. Laura M.ÍTuarnue. -Mauro nasceu no dia 3 deste mez.

A N N 1 V E R S A R 1 O S

Ary Vieira da Costa,- Faz annos hoje o meninont -so leitor residente em Juiz de1 óra.

i '¦¦ .Maria da Penha, graciosafiihinha do Sr. Waldemar -Mo-reira, festeja hoje a passagem desua data nalalicia.

•-• •¦ Passou a 6 desce mez ailata <lo seu anniversario natalicio agrr.ciosa filhinha do Sr. ArnaldoVianna.

• Festejou sabbado ultimo adata do seu annivevsar o natalicio apossa gentil amiguinha Odette <ieFigueiredo.

^ <£ Passou a S deste mez oanniversario natalicio do es:ttdiosojoven Alberto Moreira da Luz..iosso leitor residente nesta capita1.

3> <5> Faz annos hoje o estudiosoA.varo, filho do Sr. Amadeu Gomesdo Amaral e nosso amiguinho de São Pauio.

<$ <*> Festejou hontem a passagem de seu anniversarionatalicio a graciosa Edith, filhinha do Dr. Daniel de Siqueira.

<£ A nessa genitl leitora Olga de Mello recebeurabbado ultimo, data de seu anniversario natalicio, muito.;címprimentos de suas amiguinhas.

¦^ <S> Lulu', o Luizinho dc Abreu, ficou ante-hontemrercado dos mais lindos brinquedos. E' que Lulu' completouIres annos de idade.

$ ^ Passou a 13 deste mez a data natalicia da graciosafcnnorinha Maria do Carmo de Abreu Conceição, nossa as-íiguaníe residente em São Paulo.

K A BER L I X D A . . .

* Estão na berlinda as meninas e meninos da KuaAlzira Brandão: Othelo, pnr ser apreciador de fott-ball; Ru-r.em, por ser vascaino; Zilda, por gostar de bonecas; Lúcia,r.-'r ter os cabellos lisos; Roberto, por gostar de fazer se-t-natas; Nylze; por ser engraçadinha; Walter, por ser es-tudioso; Alita, por ser dansariná; Mino, por ser loiro;luiza, por ser magra; Arthur, por ser alegre; Annita, por sersympathiea; Jayme, nor ser palhaço; Isabel, por ser delicada;Alexandre, por ser risonho; Jotinha, pnr ser uma b l cn'-legial; Jor-ge, por lera fala gros-Lucila, poiser gordi-nha; Pau'o,prrr ser ai-ti : fi« '

¦K «*^5tAi* ^J]^^^SSm^^^tí^^-^MÊIÈÊm'i=úi' ~

jfcS;d^SKmtgEgW ^?^l^^^^n9-_B->7H_i_M-t__HH_MS9_^a_H_8_>_]

E M LEILÃO,.,

^ ¦*> Estão em leilão os meninos seguintes do InstituiuLa-Fayette, Departamento Feminino, 2* classe: Quanto dãopelo tamanho de Paulina? pela belleza angélica de Léa? pelost 'lios de Celina? pelas notas de calculo do Raul? pela.-•nplicação de Maria Luiza? pela delicadeza de Ysér? pelascomposições de Yedda pela elegância de Gilda? e pela iiu-guia da leiloeira ou do leiloeiro /

' ' Estão em leilão os meninos e meninas de SãoChristovão: Quanto dão pelas graças do Lourival ? pelnl.eüeza da Annita? pela intelligencia do Osvaldo? pelo sor-riso iimavel da "daria

José? pelos olhos do Francisco?pelos lindos olhos negros da Mari-na? pela elegância do Floriam) ?pela bondade da Maria de Lour-des ? pelo porte do Gilberto ? pelasinceridade da Edith? pelo banigosto da Olinda? pelas aneedotas doFrancisco? pela graciosidade da Al-dina ? pela maneira de dansar doAltair? pelos dentes lindos da Glori-nha? pela "pose" do Carlos? epela voz meiga da Alzira?

SECÇÃO DA DOCE1RA...

? 3> Foi enviado ao Chiquinhoum delicioso bolo cuja receita éa seguinte: 400 grammas da graçada Esther; 100 grs. dos olhos doJosé? 300 grs. da linda côr morenada Jandyra; 800 grs. da voz do Pe-

-Irinho; 200 grs. das mãos bonitas da Adelia; 500 grs. dahoeca pequenina <!a Alice; 600 grs. das amabilidades doAugusto; 700 grs. do andar da Odette; 300 grs. da intel-ligencia da Ophelia, e 900 grs. da bondade do Joaquim.

N'0 CINEMA...

<? 3" Foram convidados paia tomar parle num film degrande suecesso os seguintes meninos e meninas: Paulo, oRamon Novarro; Alzira, a Ailen Pringle; Augusto, o JohnG'lbert; Honorina, a Marlene Dietrich; Raul, o Nils Aslher;Marina, a Greta Garbo; Carlos, o Ronald Colman; Gina. a"Pola

Negri; Álvaro, o Richard ELx; Nüda, a Mary Dun-can; Octavio. o Harold Lloyd; Déa, a Joan Crawford;Maneei, o Fairbanks Jr.; Therezinha. a Marion Daries;Geraldo, o Buster Keaton; Rosina, a Janet Gaynor; Luiz,o Charles Farrell; .Mariazinha. a Gloria Swanson; Aüpio.¦j Raul Roulien; Palmyra. a Lia Tora: José, o José Mojica;Ernesto, n Richard Barthèhness; Ildá. a Mona Maris.

N O J A R D I M . . .

v. * Fomm vistas no Meyer as seguintes flores: Ruth,rima rosa; Jair, um jasmin; liora. 'ia; Ítalo, uni

lyrio : E s -t h e r, uma'-osa c h á :Lico, uraresedá; Le'a,unia a n e -

Al-i erto, ui3iactus.

20 — Janeiro — 10:J2O í I C O - T I C O

df^^rr^-r. •tfw0ty?í

YJ'

\my Iam

O MENINO INSENSATOEsvoaçando na matta, alegres, descuidosos, dois lin-

dos bem-te-vis, nem de longe pensavam que, minutos de-pois, seriam prisioneiros, cáhiriam, como presa innocen-te, entre as grades traiçoeiras de um maldito alçapão.Fora um menino louro que escondera, entre os galhosde uma arvore bonita, a horrível prisão! Naquelle cora-ção, tão moço e delicado, não entrara, por certo, a cren-ca de que a ave, esvoaçando na matta, a cantar, venturosa,não deve ser captiva, porque longe, numa arvore, ha umninho onde ella mora, com a riqueza sem par de dois filhi-nhos. Mas o menino louro armou o alçapão que, fechan-do, traiçoeiro, uma porta velada, prendeu dois bem-te-vis ! Aquelles bem-te-vis que andavam, descuidosos, avoar pela matta ! E no dia seguinte o insensato meninonão sabia porque um só dos bem-te-vis saltava na gaiola,alegre, satisfeito, abrindo, quando a quando, o bico pe-quenino num canto de vadio ! Não sabia a razão, o in-sensato menino, porque, noutra gaiola, o outro bem-te-vi morria de tristeza ! E' que a pobre evezinha deixara,lá bem longe, num ninho que ella mesma construirá, compalhinhas macias e com pennas, o encanto adorado deuns filhinhos, nessa hora a chorar de frio e fome !

o»1

CARLOS MANHÃES

- -^—"r-^sf^ri'-'"''"7''

^&**>tg!H, . „-_^

^¦.%ri^miv ...

IN¦1

rlQUrinOS P&" I .>gg^tef LAMPEÃO — Fantasia para menino em setim verme-I Tg> -»^tV "10 as calças- Blusa branca com punhos e lenço

Ci Jl /^>*r em azul rei...arnaval Jkfafí

^^^^^^^^ ^^^^^^^^^^^^J ^^fc *3' JÊL PIRATA — Camisa com listas vermelhas, calças em/p\\T—'T^s^^'^ *zu'' 'enc0 e faixa vermelha, botas em oleado preto

x-""'*-v >(^£JzêK Í5kTvN.^4. eom f°rro vermelho.

^*fe»v /(O* Hfck ]¦ «ví) PASTORA KOLOCO — vestido em ''taffetás" florido,<——7* A / vr& B Lk«99 *» saia com "ta,'fe'ás" bstado

Va^ii-v. / -^v^_^H ¦T»i\ _^/^An^'ND10 — ^m setim cor de abóbora com enfeites em

/ v±Új I V ^VOVJ^NTINHO — ^m setim "Liberty" amarello pinto no-

J / f<>3 \\D\^Vr**\ V0, Pernai* oico de Jersev. Meias verde.

\\

"\ ^T^Y CAMPONEZA RUSSA ~

) II i(J [$h '

|~"-^i Jt. Saia em "taffetás" verde com / \/\ /^tLo\v lèA^A^^ \\* ***) 3 y. I applicações e m vermelho. / / //w^ \V â t&^p^SJ\-êr M a F- \ B'usa em elamine branco. / II A'if~~v^ li A w*\ iV^ ,f%A-^aL 3 P- \ Colletc em ve.Mudo preto, f I *-—m£W«*V i //

^^Zs l í UÍ

MANDARIM — Em setim / i] \ ^SLv^^vF' )l í luJwi/íazul com debruns em ama- j

^f\ — Jf Là j\ \ A^/rfó^yjL^'

rello. Sapatinhos de srtim >*_^ a"\ rllxTvO £w&^ ^À^$A^~\^A^

20 — Janeiro— 1932

A MASCAR— 9

DO TICO-TICO

CHIQ U I N H O

\l \ i \ f \__£_, / x _ v \

/ r W \I f A \ _ I \/ i \ v ^ *• J > \V 1

Collem o desenho em pepeUo e recortem as partes assag meadas, com uma cnu. Terão, desse modo, una lindaujascara-ventarO'1a para o Carnaval, :

O TICO-TICO — 10 — 20 — Janeiro — 19ÍÍ2

8 O TUBARÃO E A SARDINHAUm dia em que o

mar estava calmo,saiu o tubarão á pro-cura dc suas presas.

— Ah! Hoje nãoencontro nada, hojearrebento de fome,

dizia ele, enquanto nadava para umlado e para outro, e sua boca des-mesuradamente aberta mostrava suasinistra dentadura.

Atrás de um banco de coral eleescondeu-se, para surpreender ai-gum peixe que por ali passasse,quando percebeu não muito longeum murmúrio estranho e desusado.

!— Uhm! resmungou. Estou ven-do que aqui não me deixarão sur-preender nem um marisco.

Que estúpidos, disse baixinho. Por

que tanto barulho num mar tãocalmo?

Um continuo bater de nadadeirasouvia-se perto. O tubarão, impaci-ente, saiu do seu esconderijo, quan-do viu passar uma sardinha.

¦—Eh! gritou ele, que barulho cesse?

Assustada, ela quis fugir, poisbem sabia que os tubarões muitofacilmente as mandam... para a&guelas.

Oh! quem vejo? disse a sar-(linha,

Estava descançando um pou-co. Afãs... que algazarra é essa Tdisse o tubarão, arreganhanáo atoca.

São, disse a sardinha, tremeu-do, os linguados que devem ter, da-qui a pouco, uma grande reunião.

E eu... não posso assisti-la?A sardinha deu um salto e d_.se

entre dentes:-— O tubarão está louco... aí da

mim e deles se ele aparecer porlá.. tf

'— Não! é impossível. E' uma re-união reservada. Só podem tomar

parte peixes miúdos e médios, eademais... se apareces por lá...com o teu defeito de mostrares osdentes... porias a confusão numareunião tão importante. Não, nãopodes ir.

Mas... sardinha! Eu prorn.-to, que ficarei quieto, e não abrireia boca.

Juras?— Juro!

Bem, vamos. E nadando nafrente, bem longe do tubarão, commedo de cair na sua boca, lá se fo-ram os dois.

Oh! pensava o tubarão..,;Quantos estarão lá?..., Se foremgordos... num salto... engulo-os.

Tubarão, esconde-te aqui, dis-se a sardinha, apontando umas ai-gas marinhas. Não te moves, nemfaças asneiras.

Fica tranqüila. Juramento detubarão, jamais foi quebrado.

Uma grande multidão de Iingua-dos já se achava reunida; as con-chás e peixes-rcis chegavam de to-dos os lados.

Quando o local regorgitava, nu-ma confusão extraordinária, umameraguaia deu o sinal de silencio.

Todos calaram-se; um lambarí co-meçou a falar.

O tubarão tudo ouvia, mas..cnada entendia.

E afastando um pouco as algas,olhou para os peixes.,

Que delicia... sentiu um fremi-to na boca... uma cominhão noestômago... e pum... deu umsalto.

O tubarão caiu no meio da re-união. .. gritos..., desmaios...saltos.... confusão... e uma de-bandada louca.

Naquelle dia o tuba-rão almoçou por umano.

LEOPOLDO COSTA

INIMIGOS

7- __.S==

Estava um dia um rato,

Um pobre animalejo

Procurando um ensejo

De passar por um gato.

Arriscava-se a tal,

Porque ouvira falar,

Que, á sala de jantar,

Quasi no seu final,

Um grande queijo havia.

E, saindo apressado,

Atrás do queijo ansiado,

Em suas pernas fia.

Logo que sái o rato

Não teve feliz sorte,

Pois logo encontra a morte

Entre os dentes do gato.

Por isso não devemos

Fiar em inimigos

Porque mesmo os amigos

Como inimigos temos.

Filguibcrto Carvalho

-___> '_ __7_RH *

'""»¦¦' ¦' -~ -¦—¦—-¦

20 — Janeiro — 1932

rO 4 EUS

Quem nunca disse adeus, não po-dera certamente avaliar toda a si-significado mysticá dessa palavri-nha.

Adeus! Grito de dor que se escapalá do fundo da nossa alma, envoltano veu sublime da doçura e do mys-terio! Adeus! Toda a amisade sin-cera, Ioda a affeiçâo profunda, toda¦a saudade pungente tu encerras!

Dizer adeus é partir, fibra a fi- !bra, o nosso coração! Dizer adeus Ic exprimir, numa palavra a dôr pro-funda do nosso coração 1

Os cabellos brancos de uma ve-Ihinha são o adeus da vida — adeusá mocidade feliz, á infância ven-turosa que passou! O badalar plan-gente dos sinos, o cantar dolentedos pássaros na hora sublime daAve-Maria são o adeus do dia.Adeus á Pátria é o cantar rythmadodos soldados na hora da partida paraa guerra. Adeus dos marinheiros áterra que lhes deu pousada é o silvoagudo dos navios. Adeus da mãe aofilho querido que lá se vae paralonge, é o beijo puro, o beijo casto,o único verdadeiro, r—. o beijo santode mãe !

Adeus! Despedida saudosa na horada partida.

Adeus! Cruel despedaçar de co--rações.

Adeus ! Mágico traduzir de sau-dade infinda.

Adeus' Eu te bemdigoi

DENIZE

— 11 O TICO-TICO

IOS DE PASSARINHOSf •— ©- ( \ \ 7T\^ 1

Zézé e Lili foram ao campo, a Apanharam logo o pássaro, trata-passeio, e encontraram cabido no ram de um ferimento que a avczi-chão, a gemer, um lindo sabiá. nha tinha num dos pés, e...

.'•'¦t.»ro,.iW.. .___ _^ ^^ ' **¦ Jj

...resolveram fazer o pobre vivente alado companheiro de um "pie-

nic" na chácara de Dédé, uma bondosa menna que sempre que pôde faz:bem aos animaes.

AS HABILIDADES MACAQUINHffi=r- 1

:'''ciquinlio queria fazer do car-ro dos seus amiguinhos um tr>cyc'e.

E com a ajuda do Ursinlio ada-ptou a pedra de amolar á frente docarrinho qtre....

W/A èA M* £ «tf©

ú.©^.jv.u^w_....se transformou num be'lo tri-

cycle, guiado por Macaquiinho.

O Ti^o-TICO — 12 - 20 — Janeiro 1932

OS AMIGUINHOS D"*-** O =T li "O C a _¦ _. <u

¦ III -

Regina, Lecy, Maria e Celina,filhos do Dr. Pio Ottoni —

FribUrqo.

Alumnos do Externais Santa lgn.es,de

Ribeirão Preto.

Alumnos do s° anno do Grupo Es-\olar de

Tres Pontas.

A coellvnha era afilhada tia onça.Então foi passar ums dias com a ma-drinha. A onça ficou muito contente,fazendo logo tenção de comel-a. Quan-do foi de noite, fez a cama delia jun-to da sua; nvis a coelhinha, sabidaque só ella mesma, assim que a ma-drinha pegou no somno, levantou-se efoi deitar-se acima do abano, ao péfogo. Lá para tarde da noite, a onçaacordou, foi direitinho ao logar ondehavia agasalhado a afilhada e fez— "nhaco"... — com unhas c dentes,encontrando, porém, a cama vaz a, Afilha da onça perguntou:

r- Pegou, mamãe?•— Não, minha filh.3. Ella é mais

sabida do que nós.,De manhã perguntou a onça á bi-

chinha:Onde tu dormiste essa noite?Eu dormi em c'ma do abano.

A' noite, a onça fez a cama da coe-Ihinha sobre o abano. Mal, porém, amadrinha e a .filha ronenado, levantou-foi deitar-se em cima da arca. Quequando, mais tarde, a onça veiu de lina pontinha dos pés e fez — "nha-

co"... — achou outra vez a cama va-zi|a. A filha da onça tomou a per-guntar:

Pegou, mamãe?Não, minha filha. Ella é mais sa-

bida do que nós.Pela manhã a onça, como no dia an-

terior, perguntou:i— Onde tu dormiste essa notie?

Eu dormi em cima da arca.E assim, todas as noites, a onça fa-

zia cama para a afilhada num logar cella ia dormir em outro. Até que umanoite, a coelhinha, logo que ouviu amadrinha e a filha roncando, levantou-jse, pegou na oncinha e botou-a na suacama, indo deitar-se na delia. Lu parafcs tantas, a onça foi devagarinho e*._ "nhaco"... — Pegou a filha,m..tcti.' pensando que era a afilhada.

A ONÇA E ICOELH1NH-

A coelha perguntou de lá da cama daoncinha:

Pegou, mamãe?Peguei, minha filha. Amanhã nós

temos "de comer".

Logo que o dia clareou a coelhametteu o pé no mundo. Quando a onçaacordou, que viu a filha morta e daafilhada nem sombra, ficou para a vidanão ter. Sahiu no rastro delia, até quedeu com o buraco, pondo-se a cavar,em termo de estourar de raiva. Vendo,porém, que só cem as unhas não adean-tava nada, chamou o gavião, que es-tava sentado num pé de pau, e disse:

Vem cá, amigo gavião. Fica áporta deste buraco, esp:ando uma coe-Ihinha que está ahi dentro, emquantoeu vou em casa buscar tuna en::ada.Não me a deixes escapulir.

O gavião ficou bem na porta do bu-raco. Gritou a coelha de lá de dentro:

Gavião, arregala bem os olhos,senão eu vou me embora...

O gavião metteu ai cabeça na boceado buraco, arregalando os olhos omais que poude. Ahi, a coelhinha pe-gou um punhado de terra e atirou-lhena cara. O gavião ficou tonto, comos olhos cheios de terra. A coelhin.ha,'— J;l, — ganhou o inatto. Quando aonça voltou com a enxada, que soubedo acontecido, ficou fumpndo c poz-sea escogitar um meio de pegar a afi-lhada para se vingar.

Houve uma grande secca no mundo.Então a onça a juntou todos os bichose fez uma fonte deante da porta desua casa, ficando á espera de que acoelhinha fosse beber, afim de- pegal-a.Deixa que a coelhinha está procuran-do um meio de ir á fonte sem ser

reconhecida pela madrinha. Vinha pas-sando na estrada uma cavallaria demel. A bichinha correu e deitou-se nomeio do caminho, com o papo para oar. Quando os tangedores da cavalla-ria passaram fizeram aquelle "es-

panto":Olhe um cOelho morto...

Apanharam-na e puzeram-na nome:o de uma cangalha com a tençãode, em chegando á casa lhe tiraremo couro. A coelhinha, ahi, cahiu numaborracha de mel, roeu, roeu, depoislambüzou-se toda de mel, púicu nochão e foi esfregar-se nas folhas sec-cas, ficando cobertinha dellas.

Sahiu a coelha por ali a fora, di-zendo:

Ah! agora eu vou beber água!Todos os que não sabiam que ani-

mal era aquelle, diziam:Bom dia, amigo "folhagem"!

Chegando á fonte, na porta daonça, disse:

Amiga onça, você dá licençapara eu beber um boceado d'agua?

Pois não, amigo "folhagem"!

Então a coelhinha começou a beber,a beber, sem levantar a cabeça. Per-guntou a onça:

Oh! amigo "folhagem", de ondevem você, com tanta sede?

Ai, amiga onça, venho de muitolonge. Ha mais de se:_ mezes que nãobebo um pingo d'agua.

Quando acabou, despediu-se da onçae chegando um pouco adeante, sa-cudiu-se toda, até as folhas cahirem.Voltou-se para ella e gritou:

Adeus, minha madrinha. Atéoutra vista.

A onça, reconhecendo a afilhada,quz correr atraz delia para pegá'.-a.Mas já era tarde. A coelha empur-rou-se pelo matto a dentro, que himeamais a pnça a viu.

L>0 — «Janeiro - 13Í.2 — 13 — 0 TICO-TICO

OSSOS GRACIOSOS AMIGUINHOS

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11.^ M J__H__IH_.4 ;f*.

1 Regina c Maria, filhas doDr. Pio Ottoni — Ni-

ctheroy

il/<7^«.a Adelaide, fi-lha do sr. LourençoCavalcanti e Silva

Judith e Miguel, filhosdo sr. José Pedro —

Rio

Carlos Soriano, filho dosr. Lourenço Covalcanti

e Silva

Um homem tinha tres filhos, epossuía de fortuna apenas a casaem que morava.

Todos os tres desejavam herdar acasa quando o pae morresse, e elle,que os estimava egualmente, nãosabia o que havia de fazer para nãomostrar preferencia por nenhum.

Podia vendel-a e repartir o dinhei-ro, mas não queria fazer isso porqueera a casa dos seus paes e avós eetistava-lhe muito desfazer-se delia.

Tanto pensou que um dia achouum meio de resolver a questão.Chamou os filhos e disse-lhes:

—¦ "Ide correr mundo, aprendeicada qual seu officio, e o que fizer,a melhor obra de arte esse será oherdeiro da casa.

Os rapazes ficaram satisfeitos ecada um escolheu um officio. Oniais velho queria ser ferrador, osegundo barbeiro, e o terceiro mes-tre de esgrima.

Combinaram o dia em que se de-Viam reunir de novo e partiram.

Encontraram bons mestres que osensinavam a fundo e por isso embreve se tornaram muito babeis nossei*s respectivos officios. O ferra-clor, como estava encarregado deerrar os cavallos do rei, pensava:'Com certeza meus irmãosa° sabem tanto. Para mira é queSCrá a casa.

, , harheiro, como barbeava os fi-

éo& <-éÊL^^/z

dalg°s, pensava tambem:

Os tres ¦Irmãos(CONTO DE GRIMM)"Para mim é que ha de ser a

casa.O mestre de esgrima apanhava

bastantes cutiladas, mas mordia ostbeiços e não desanimava, pensando:

"E' preciso ser valente paraganhar a casa.

Quando chegou o tempo marcadopara se reunirem, voltaram todospara junto do pae, mas não sabiamcomo mostrar as suas habilidades.Estavam todos juntos a combina-rem o que deviam fazer, quando vi-ram uma lebre a correr pelo campo.

"Ah! — disse o barbeiro —aquella vem mesmo a propósito.

Pegou na bacia e no sabão, fe*.espuma emquanto ella se approxi-mava,. depois, emquanto corria abom correr, fez-lhe a barba com talmestria que nem a feriu nem a es-pautou."Muito bem — disse o pae —estás um optimo artista! Se os teusirmãos não forem mais hábeis se-rás tu o dono da casa.

Nisto passa um senhor na suacarruagem a toda ajjrida, dizendologo o ferrador:

"Agora vae o pae ver o queeu sei na minha arte.

Correti atraz do carro, tirou asquatro ferraduras ao cavallo, queia sempre a golope, e tornou-lhe apregar outras novas.

"Tu tens geito, rapaz — dis-se-lhe o pae — sabes do teu officiocomo o teu irmão do seu, não seiqual merece mais a casa.

Disse o mais novo:"Pae, deixe-me tambem mos-

trar a minha habilidade.E como começava a chover desem-

bainhou a espada e fez sobre a ca-beca um tal sarilho com ella quenem uma gotta de agua lhe cahiu emcima, apesar de chover como se adeitassem a cântaros/

Quando o pae o viu com o fatotão enxuto como se tivesse estadoabrigado, admirou-se e disse-lhe:

"A maior habilidade é a tua,para ti será a casa.

Os outros dois ficaram contentescom a decisão, como tinham com-binado; depois como eram muitoiamigos ficaram a viver todos jun-tos, trabalhando cada um no offi-cio que tão bem tinha aprendido.Ganharam muito dinheiro e vive*ram até serem velhinhos sempre fe-lizes. Mas quando um adoeceu emorreu os outros affligiram-se tati-to que tambem adoeceram e morre-ram, ficando todos depositados^ n9mesma sepultura...

O TICO-TICO — 14 — 20 — Janeiro — 1932

Boa noite, "sen" Malaquias T —

Ouvimos falar em sacis, e por isso¦viemos hoje aqui para o senhor nos

conlar a'guma historia delles.Mas do qual, creançada ?... Do

ssci pereré ou do saci violãofEscolha o senhor mesmo IEntão fiquem caladinhos.

"Era unia vez um rapaz um poucomedroso, porém, queria passar porcorajoso e sempre contava que tinha;

~_1ÊéLjÉk*. _^É_if _____ " Élb

OS SACIS

escapado da corrente, entrara no ce-miterio e ali ficou, e o medroso, vendo-o,

disparou gritando, pensando que era

um saci.

Os rapazes, depois, rolavam de darrisadas, e o valentão f cou tão des-apontado, que sahiu novamente de car-reira, sem se despedir, foi vaiado e

passou mais de quinze dias sem mostraia cara na v'lla.

Por isso, creançada, não acreditevisto muitos sacis quando voltava peor ficar sozinho! Chgearam á cerca quando vos contarem que os sJJcisnoite da villa e os atropelava, pois com do cemitério, e com effeito lá estava trançam a crina e a cola dos cavallos,elle, saci não fazia graça. o vultinho, e o rapaz ficou um tanto e que na quaresma andam em roda da

"Certa noite, quando passava pelo enthusiasmado por poder provar aquillo casa, ou dansando na frente da gentecemitério, que apenas era fechado com que disse e perguntou-lhes:cerca de paus a pique amarrados com — Estão satisfeitos? E' eu não é umcipós, olhando para dentro viu entre saci? Quando eu contava que os via,as sepulturas um vultinho preto que muita gente ria-se de mim! Agora vo-tinha uma perna só e pareceu-lhe que cês não poderão mais d'zer que é umavinha pulando para o seu lado. mentira 1

"Sem saber do que se tratava, deu Unia risada gostosa soiteu um dos t5-° mentirosas, para enganarem os inum formidável grito de medo, e fincou irapazes da troça, e depois de dar um .enuos..."o pé na estrada numa carreira des- .assobio, gritou:esperada, que não reparou que logo — Venha, "Simao"!

adeante vinham algumas pessoas em Immediatamcnte veiu o "Simão", pu-sentido contrario, e deu um encontrão lando com um pé só, po's não era maistão forte com uma dellas, que ambas e nem menos do que um macaco alei-cahiram com o choque. jado, que pertencia a um delles, isto é,

"Levantaram-se assustadas; e uma do que tinha assobiado, e que havia

na estrada, ou fazendo remoinhos noscampos, levantando folhas seccas dochã_> e levando pelos ares, nem tão-

pouco acreditem que com um rosáriose pôde laçal-o. Tudo isso é tolice einvenção de pessoas ignorantes ou en-

— E até amanhã, creançada !

LÉO PARDO

SÃO BRAZ

delia que fazia parte do grupo,perguntou:

Que é isso, rapaz ? Quete aconteceu ? Onde ias com tanta

pressa?

Com muito custo e a tremer,respondeu:

E' um saci...;Mas onde?No... no... cemitério,

MJas você viu mesmo? —Então vamos até lá !

Deus me livrei Vão vocês!Eu abusava, e agora chegou area de eu ver com meus própriosolhos,

Tens de ir ou hcas só-

zinho.

O rapaz não teve remédio se-

não ac ipanhal-os-; pois era

0§ ursos dos tempos daidade da pedra

_ _ _______ _'Si % i _K-.. % t__i_____F^.. ¦ !a/.?_- J. .......

Os ursos castanhos do Alaska são os maiorescarnívoros que se conhecem. Os scientistasdizem que constituem sobreviveucias dos gran-des ursos que existiam no tempo da idade dapedra. Os açtuaes ursos castanhos do Alaska' chegam a pesar 700 a 800 kilos.

Durante as crudelissimas perse-guições que soffreram os christãos

durante o reinado de Licinio,em princípios do IV século,S. Braz, que era arcebispo deSebata, foi feito prisioneiro,submettido a innumeras torturase, finalmente, decapitado. Muitoantes disso, a fama das suas vir-tudes e do seu poder milagroso iáse havia propagado considerável-mente.

Estando elle na prisão, umapobre mulher, louca de dôr, cor-reu a elle, trazendo nos braçj.uma filhinha de poucos annosque parecia asphyxiada por umaespinha de peixe que se lhe :ra-vessara na garganta. A ínterces-sã_i do santo ancião salvcu-lho avida. Donde o ser consideradocomo padroeiro das moléstias degarganta.

No dia de sua festa costuma aigreja accender velas em cruz.As pessoas que procuram o seáauxílio especial, prostram-se de-ante da cruz dos cirios, emquantoinvocam a lembrança do milagre.

20 — Janeiro — 1932 — 15 O TICO-TICO

moMumê, ywsmí^-*ESTAMOS AS VOLTAS

COM A& FESTAíõ 6ATE* AGORA NAOCtANHEI PRESENTE,

LEVA ESTA .CAIXADE PRESUNTOS &QUEIJO AO CORONEKAtflMBCAX/N. E' O

DOUTOR

h [pEREnrojESTA CONCUJ1DO O MEUESTUDO--ESTES OSSOS, SAODE KACrWRR.OPTER.U-eMtRAlATOSAURuS E DATAMDE HA 4- Ml L ANNOS.. .VOU

RESTlTUIl-QS AOMuseu

v—- /*~\ doutor ! 'v**->

La Íi?m\ f^5?

LEVE ESTES 05S0S PARA ~~| I OLrl SF.U &ENE.DICT0 -•-- ¦" <L> = —* -\ —! o^miseuDA ou. nta .c^ /

C0MÒ VA, Sei^ • ____—-

y-^Oyoí» c^"^™yX?risJ F'LH0 -j£ *^~~- y^-r- y seu tatu eis, e

/'T^S ;Tj—T tW^^Ê BENdAMIIM;^^^> ^ jjTi C.UMO VAO SUAS

a^llfc r HW^vi fFfi x£l ^^^rT 7^/ l viremos

:» frY kL_uL__...^..P- r_,.c \ [ VOU ACABARj ~) A . *"N _^-»\ ATE' LOCrO .CU \

ERAM PRESENTES M aj^w'l «>< TUTUCA, « , \|l|Dr lt»«Mf3«íNQUE NAO ACABAVAM \^ HO^-l W«W

£u . I f^ \CJ \Jn ^^

^ni n\ -sfe^\ Np2' 7/7 \ l J^^A Vl >• J^-tV ^Cf— /ir ft |k (/>. ÍQUEM SWâcT>

h=4 1=4 \-^íM--^^^v? ^*~f p> jY si ncno era|—- *fn L-•" /-i PARC OuoSSO

I "l QUE E' ISSO? OSSOÇ> CARCOMIDOS. RCACH0RR0 ? /**-* \S I )[ PR- SABETUDO ...TU ME VACtAS I QUE f ^V ,—-y

__.i_J L_>!-

OS "TEAMS" DOS GRANDES GIJJ - BANGU ATHLETÍCO CLUB

JSÍw/vV^ \ ~~ j --1 í===^ f~~ \ j___________^______y-b- ,,.Vv-\\\^vgJK-w-^

^-^_^J !' L^ IL r-^:^

íCo.Ilem as fígigras em cartolina antes de recortar. (Ard próximo numero -¦ Andarahy ... Club)

O TICO-TICO — 18 — 20 — Janeiro — 1932

A ingratidão da FormigaQuando a Cigarra, em companhia do

Besouro no seu carro dourado atrelado

por duas borboletas azues, voltou do

passeio pelo bosque ao seu opulento pa-

iacio, num. galho de uma arvore (segun-do contou Viriato Corrêa), o sol já ha-

via desapparecido com o seu clarão ver-

melho atraz das collinas.

O Besouro que havia muito a procura-•va por querer-lhe muito, encontrou-a des-

maiada, estendida na neve quando dei-

xátá a casa da Formiga e caminhava

pelo bosque coberto de neve.

Era o Besouro o mais rico fidalgo-

ao tempo, do Condado dos Voadores.

N'io havia quem o igualasse na fortuna

que possuía.Imaginem como a Cigarra ficou ale-

gre com s?u maridinho tão rico e ale-

gre que lhe adivinhava os caprichos e

os gostos pelas festas, offertando-lhe

passeios, bailes, banquetes, musicas...

A Formiga é que não gostou. . .

Caminhando a resmungar, a maldizer

a sorte da festejada cantora lá ia a

mesquinha Formiga, levando um novo

thesouro que lhe dera a Cigarra quandoella veio bater-llie á porta pedir esmola— um sacco cheio de provisões, cheio de

jóias. E a ingrata Formiga a destestal-acada vez mais.. .

— Vagabunda! exclamava a almatibscura e mofina da Formiga.

A vida da Cigarra corria ás maravt-lhas.

Mas um dia houve uma tentativa....Eslava ella, sentada num sofá de vel-ludo e ouro, quando sentiu que umaíorte dor cardíaca surgiu repentinament

O Besouro. condoído, mandou cha-

mar vários médicos do Condado dos

Voadores, mais famosos.

Entre esses médicos estava a Formi-

ga que se dizia medica famosa e que,apresentando-se ao Besouro, affirmou

que salvaria a Cigarra mas com a cou-

dição de ficar a sós com ella, pois a do-

ença exigia certos cuidados especiaes.

O Besouro não quiz acceital-a, reco-

nhecendo nella a Formiga que offendera

a sua mulher chamando-lhe: — "Va-

gabunda!" mas, depois de tantas pro-messas embusteiras, cedeu o pobre doBesoura

Trancou-se no quarto da doente e pe-dindo-lhe desculpas pelo mal que fizeramostrou-lhe a sua intenção de salvar as-ja amiga.

A formiga acolheu-a com um sorrisonielancholico- . . De nada desconfiara.

A Formiga começou a agir. Tomoude um vidro cujo conteúdo era chloro-formio e deu-o para que a Cigarra to-masse. la-lhe dar o veneno, mas ouviu os

passos do Besouro e fugiu pela janella.No caminho, quando andava apres-

sada, foi intoxicada pela formicida dasbombas que os homens andavam botan-do nos buracos do formigueiro.

Quando se descobriu o ardil, a Cigar-ra dormia um somno lento provocadopelo chloroformio.

O Besouro não quiz contar o oceorri-do á companheira para evitar nova af-ílicção

A tentativa da Formiga fora frustra-da mas, além disto, pagou, como justocastigo da sua maldade, ser mortapela formicida.

* * *

A justiça nunca é tardia....

CANTARES(De D. Henriqueta Gomes da Cosia)

Não são eguaes para todosAs horas de cada dia:Para uns marcam tristezas,Para outros alegria.

Palavras de amor são fumoQue se dissipa no ar;São como a espuma na areia,Que a onda torna a levar,

Ha em certos sentimentosEstranha contradicção;Não quero ver-fe e. comtudoNão me sahes do coração!

Faltou-me a luz dos teus olhosE fiquei immersa em trevas.O bem que tive no mundo,Tu m'o deste e tu o levas 1

O trevo de quatro folhasDá ventura a quem o tem.Mas tanto custa encontral-o,Como achar o nosso bem.

Qual de nós mais ama o outro,Se o não sabes, sei-o eu;Vê como é grande a distanciaQue da terra yae ao céo!

Ninguém julgue a felicidadeTer no mundo por segura;Perto vem o soffrimento,Quando começa a ventura.

São LuizGonzaga

Nasceu no Castello de Castiglione,em 9 de Março de 1568. Ao comple-tar doze annos foi posto sob a tuteüaespiritual de São Carlos Borromru,de cujas mãos recebeu a ln Coiumu-nhão

Em 1581 seu pae levou-o á Hespa-nha, onde, juntamente com seu ir-mão, fez-se pagem de honra de Jay-me, filho de Philippe II. A 25 de No-vembro de 1585, ingressou na ordemde Santo Ignacio. No claustro sali-entou-se tanto pelas suas excelsasvirtudes, como pela sua intelligenciaextraordinária. Quando estudava oquarto anno de theologia, a Itáliaviu-se assolada por uma epidemia de-vastadora. Embora de saude muitodébil, o virtuoso joven consagrou-secom ardente dedicação ao cuidado

enfermos, contraliiudo, porém, adoença que poz fim á sua preciosavida. Foi beatificado por GregorioXV em 1629 e canonisado por Ben?-dicto XIII em 1726.

CINEARTE AO PUBLICOi

Torna-se desnecessário dizer o quefrepresenta CINEARTE para os "fans"¦do Cinema, e mesmo para os leitores emgeral, que encontram erri nossa revistauma leitura amena e agradável, porque oassumpto em que nos especializamosinteressa a toda gente.

Nunca poupámos esforços para apre-sentar o que de mais interessante revelao Cinema, e não têm sido poucas as no-ticias, as reportagens e as photographiaspublicadas exclusivamente por esta revis-ta. CINEARTE, além disso, tem sido a'tiais completa revista cinematographicak pode-se dizer, que em todo mundo éa melhor publicação semanal no gênerofí a ÚNICA QUE POSSUE UM RE-PRESENTANTE EM HOLLYWOOD,EXCLUSIVAMENTE MANTIDO PE-LA REVISTA.

Todos os ângulos e factores do Cine-ma, já foram abordados pela nossa revista,

|e muitos dos quaes em primeira mão. Cl-;NEARTE foi a primeira revista que in-roduziu uma secção de verdadeira critica

cir»ematographica, analysando o valor dollm> technica e artisticamente, sem dei-

.-¦ar de orientar ao publico e aos exhibi-'«>res, que por tocj0 este Brasil afora lêem

pom attenção, e delia fazem uso em seajs'Pro.grammas e annuncios, porque tambem

a única que se mantém criteriosaabsolutamente imparcial. Foi a pri-neira revista a empregar todos os termosechrncos do Cinema, a tratar da sua ver-3- eira linguagem e pontuação e ainda0 seu aspecto puramente artístico. "O

pequeno Cinema", o scenario, a direcçâo,

r^rythmo, ° cérebro e a musica do film,trlf"^'

Cntre muitos casos, assumptosARTE5

^ Primdra mão PO^ CINE-rj r-

^Ue tamDen> nunca se esqueceuIn a

! /^3 F !ucativo, escolar, instmcti-r°. do Cinema de Amadores, da 1: '

Cinema, dostiof^n.cos,T?encias

artistas, -lirecto^-s, te-studios", casab exhibidoras,e agentes, representantes, por-Z

* °Peradores de cabine, «ushers",P]°rat,0n • ^lame, apparelhos, tudo

emfim que se relacione com Cinema, noseu menor detalhe.

Seria longo, e desnecessário tambem,recordar as nossas grandes campanhas, amaioria das quaes victoriosas, as nossasgrandes reportagens, e os nossos sensa-cionaes furos jornalísticos. CINEARTEé uma revista que honra a imprensa bra-sileira, já tambem pela sua confecção epaginação, sempre originaes e artísticas.

Entretanto, o nosso programma aindaé maior e o que nos tem impedido cum-pril-o é a crise que nos vem assoberban-do já ha mais de um anno. Todo o mate-rial utilizado pela imprensa soffreu majo-rações formidáveis em seus preços e amatéria paga está angustiosa. Dos Cine-matographistas, CINEARTE nunca so-licitou, não solicita, nem solicitará an-núncios. A' maioria que aliás nunca com-prehendeu o desassombro das nossasopiniões que afinal só tem sido de bene-ficio, ao Cinema em geral, não é compa-tivel a nossa orientação franca, sincerae absolutamente independente.

Nossa revista que sempre dependeudos leitores, que tem vivido e progredidoexclusivamente pela sua venda avulsa,só pode para esses appellar. Assim, donumero do dia \l de Janeiro em diante,CINEARTE custará mais 500 réis.

Na esperança de que essa crise seriapassageira, mantivemos, durante muitotempo, o mesmo preço, em attenção ánossa clientela. Mas não podemos esta-cionar. CINEARTE sempre evoluiu edeseja iniciar o novo anno com uma novaphase. Vamos augmentar oito paginas empapel "couché", todas coloridas, rivali-zando com as paginas do mesmo gro, ultimamente introduzidas nas modernas revistas americanas.

Os nossos fieis amigo;- saberão com-prehender os motivos que nc- levam atomar ess? deliberação, só agora adop a-da, depois de nos convencermos da im-possibilidade de proceder por outra forma,sob pena de ficarmos estacionados, oumesmo fazer periclitar a própria existen-cia de CINEARTE.

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20 — Janeiro — 1932 — 19 — O TICO-TICO

AESTRELLA(A' pequenina Berenice Santos)

De minha vida no futuroJá resolvi todo o problema:Seguindo minha vocaçãoVou ser estrella... de cinema.

Irei fazer films faladosQue causem grande sensação*Pois, pra falar estou sozinha,,Sou, mesmo mestra em falação.

Hei de tazer falar bem alto,Levando pelo mundo inteiro,A fama e o gosto do UniversoPelo cinema brasileiro.

O Sérgio, — o meu gordo amiguinho,Me achou com geito pra arte scenica,Mas o Gonzaga e o Pedro LimaMe acharam muito photogenica.

Pelo successo dos meus filmsGrandes esforços eu farei,Indo egualar, em meu trabalho,A Nita Naldi e a Nita Ney.

Farei também imitações,No transformar a minha cara,Pondo o nariz de Gloria SwansonOu os olhos bons de Theda Bara.

Vou confessar todo o meu sonho;Se é presumpção ninguém condemne:Mas hei de ser maior artistaQue Gary Cooper ou Marlene.

Hei de fazer ainda um diaUm film cômico e bonitoQue deixe longe os films todcsFeitos na vida por Carlito.

Hei de compor um typo exótico,Mixto de esperto e crctiiioide,Muito melhor que Buster Keaton,E superior a Haroldo Lloyd.

No desempenho dos papeisHei de ostentar immenso garboComo a elegante Marion Davie3,Ou a insuperável Greta Garbo.

MimYarte, assim, sinchronizadaDeve sc'r única, esquisita,Pois, desde muito pequeninaSempre eu gostei de "fazer fita".

Guardem, portanto, na memória,Todas as coisas que eu lhes disse.E vão, depois, ver os meus filmsPara applaudir a Berenice.

E. WANDERLEY

Curiosidades do mundo animal

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\m aWmYkw lá*'*./ ifrwfS"1

PEQUENO, MAS FORTEO pony Shetland é realmente uma miniatu-

ra de burro trabalhador, e nas Ilhas Shetland úempregado como besta de carga. Esse pequenoanimal pode supportar a mesmissima fadigaphysica que qualquer outro burro ou cavallo. E'pequeno, mas é resistente..

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O', ^k« ^Sfe?¦•^-~>>àF* » ^9?_^vs&&\ \ A**ÊÊ,aWêL 'J_íit^

"*i* vl&^ furas-» ^^1

A ELEGÂNCIA DO VESTUÁRIO DE U:MPÁSSARO

Durante a primavera, o macho da espéciedo passaro-sineiro apparece com uma plumagempreta e branca e com grande.- enfeites collocadossobre a cabeça. E' nessa época que elle conseguecantar melhor, emittindó sons agudos e volumo-sos, imitando sino, que se ouvem a kilometros dedistancia.

O TICO-TICO m 2. _ Janeiro — lUl

O. DENTISTA(MONÓLOGO)

Eu sou perito dentista!...Num instante arranco um dente..-Mas eu só trabalho á vistaDo dinheiro, minha gente.

Se querem ver com eu seiTrabalhar com perfeição,Eu lhe jpostro o que arranqueiDa bocea do Mauecão

(Tira do bolso um dente enormemostrando-o a todos).

Deu-me um enorme trabalhoPara arrancar o danado- . .Levei um tombo no soalhuQuando elle foi arrancado!

Ergui-me meio aturdidoE procurei meu cliente...Mas elle tinha fugidoP'ra não tirar outro dente.

(Mostrando o dinheiro).

Porém, como recebi.Adiantado, o dinheiro,E' claro que não perdiO meu tempo por inteiro.

Mas se minha cliente fôrUma bonita menina,

| Tiro-lhe o dente sem dor,Como a cirurgia ensina.

Adiantado não receboDinheiro p'ra começar,Se por acaso perceboQue a cliente vae chorar.

E depois não cobro nada,Nem que ella queira pagar. . .Olho-lhe a face rosadaE os olhos côr de nacar.

Mas se alguma velha vem,Com a bocea desdentada,Paga adiantado tambemAntes de se pôr sentada.

E paga ali no tamanco!...

(Pois a mim ninguém ofusca)Pelo dente que lhe arrancoCobro o preço c cobro a busca.

Se alguém aos que aqui estãoUm dente quer extrahirPrimeiro passe o cincãoPara o dente ver sahir.fSuzano, 18 de Novembro de 193!.

Horacio de Souza Coutinho,

CURIOSÍIDAOeS DO MUNDO ANIIM/.

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RIVAES DE MATHUSALEM

As tartarugas, segundo pensam os scientistas, são os animaes de maiorlongevidade. Acredita-se que uma tartaruga gigante, do'typo das do Amazonaseu de Gallapagos, pôde viver 350 annos. O crocodilho, e os grandes lagartosvêm em segundo logar, vivendo cerca de 300 annos. Quanto mais velha setornar a tartaruga, mais espesso c duro se tornará a sua carapaça.

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UMA BALEIA QUE NÃO TEM As baleias, mamíferos marinhos,DENTES apresentam varias espécies, que variam

em tamanho e em peso. Mas ha outrasdilferenças interessantes. Assim, ha baleias que apresentam dentes na mandi-oula inferior, emquanto que na superior ha apenas indicios rudimentares de den-tes. No cmtanto, ha baleias que não apresentam dentes de espécie alguma. *maior dc Jodas as baleias pôde ter cir ca de 25 metros de comprimento.

et-__«-___j. __.i_.9_.Brtil_H»ll___«_ /ioo/so$'*rt\ta\U —__L__?W ¦¦¦ ¦_»¦-— *-_i*3_____-——

___O MAIOR CAMPO DE CAÇADAS DO MUNDO

U maior campo de caçadas do mundo, sem duvida alguma, é a AfriciEquatorial. Ahi existem antílopes dc todr. a sorte, bem como outros animae.,.O que é curioso notar é que, entre os antílopes, nessa região da África, sò-mente niio existem gamos e veados.

20 — dnnriro — 1932 O TICO-TICO

OS GR AC I O S 0$ LEITORES D'"0 TICO-TICO/'

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Christiano e Pio, filhosdo Dr. Pio Ottoni --

Friburgo

Na festa de anniversario da gracio-sa Sylvia, filha do Dr. Ivo Lindei-

berg — Monte Azul

ffe,

1 g n a c inh o, filho doD r. Pio O t to n i —

Friburgo

A Dona Carochinha vivia lá noseu canto, modesta e socegada, todavestida de preto, como a SenhoraViuva, quando lhe foram dizer queia haver um grande baile offereci-do pelo Senhor Escaravelho, qua«ra um vistoso bezouro de carapa-ça bronzeada e muito orgulhoso"do seu ronco, cujo zumbido se ou-via a muitos passos de distancia.Era o baile, uma soirêe azul, comose diz hoje, e na qual os convidadosdeviam apresentar essa côr nos seustrajos. Todos os sanhaços do bre-jo estavam "assanhados", sacudindosua pennugem azulada para irem aobaile. Um bando de araras de lon-gas .caudas azues estava também

Se preparando, assim como variasborboletas daquellas do Sylvestre.tijuca e Paineiras, que têm lindasasas de um forte azul metálico, tata-lavam ao sol, dispostas a não per-der a festa do Senhor Escaravelhode Bronze.

Uma das borboletas azues, vendoa tristeza da Dona Carochinha, porsó ter aquelle fúnebre vestido pretofiue Deus lhe dera, perguntou-lhe seella não desejava ir ao baile azul doMestre Bezouro.

— Quem me ckra poder ir tam-1jc"i! suspirou a Dona Carochinha,encolhendo-se toda. Infelizmente"ao posso, por não ter vestido azul,como a senhora. Bem quizera serborboleta azul!. . .

' Isso é o menos, porque eu

mlWmé^==^a?£TYOHi'sioi*ia ciaCaroch i nha

pesso lhe emprestar um feito comas asas de uma companheira nossaque foi morta pelas formigas quan-do já andava muito adoentada, eda qual nós guardamos as asasazues como lembrança.

— Pois eu acceito, declarou, con-ttnte, a Dona Carochinha, sahindoda sua toca em companhia da bor-boleta azul que lhe ia arranjar ovestido ás pressas, pois o baile eranaquella noite mesmo, estando overde salão da matta todo illumi-nado a lâmpadas azues-phosphores-centes dos pyrilampos da campina.

Deu trabalho á borboleta arran-jar, com as frágeis asas da compa-nheira defunta, um ve.sti<lo capaz

de oceultar o camisolão preto e du-ro da Dona Carochinha. Finalmen-te, com muito boa vontade, e o au-auxilio de uns pequenos espinhosservindo de alfinetes, ficou o ves-tido mais ou menos pregado sobreo trajo negro usual da Dona Caro-chi nha.

Quando ella chegou ao baile afesta já ia em meio e, como fossemuito pequenina, não foi notada co-mo suppunha e desejava. Xinguemse lembrou de dansar com ella. Porfim, o Sr. Escaravelho, que eramuito bem educado, apesar de fan-farrão e estouvado, reparou na-

quella convidada ali tão esquecida echamou-a para dansar com elle umamazurka executada pela "jazz-

band" dos grillos, dos sapos e dascigarras, Antes não o tivesse feito.Com o enthusiasmo da dansa o sr.Escaravelbo rasgou o finíssimovestido de seda azul da Dona Ca-rochinha, deixando-a em meio dosalão apenas com a sua feia cami-sola preta, envergonhadíssima echorosa.

Voltou logo para sua toca e ali seconvenceu a Dona Carochinha deque cada qual deve ficar satisfeitocom aquillo que Deus lhe deu, enão querer parecer nunca aquilloque não é, usando de artificies edisfarces.

MAURÍCIO MAIA

COSTURA BORDADO

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Descrevamos, cm primeirologar, o grupo de meninasque principia a gosar asférias, e, pelo que nos mos-tra a gravura, está nocampo.

Para a alegria dos tem-pos em que os livros de es-tudo ficam de lado, nadacomo vestidos tambem ale-gres. Assim, temos:

Fig. 1 — Vestido de "voi-le" azul pallido com borda-dinlios rosa;

Fig. 2 — Vestidinho de"tobralco" branco estampadode amarello laranja e ama-rello enxofre; saia em pre-ga. largas, gola e viez dasmangas dc tecido branco;

Fig. 3 — Vestido de crepede seda listrado, lavavel;

Fig. 4 — Vestido de "vi-chy" quadriculado azul eamarello, guarnecido d ecambraia branca;

Fig. 5 — Vestido de cre-tone amarello estampado de"marron" pala, cinto, gra-vata e barra da saia detecido amarello.

Nas férias, calor. For isso devemos vestir as meninas — e a nós, gentegrauda — de tecido que se possa lavar com facilidade, e arranjar 'mc-elos sim-pies, facilitando tambem a passagem a ferro.

Vejamos, pois, o outro grupo cujos vestidos são bem o que acima se quer:Fig. 1 — Vestido de "toile de soie" rosa vivo e babadinhos de cambraia

m\ AÉV Èt mim' __S^f^t^ilí' rSP"^! '¦ ¦' ]jj effe to e ligeiro.

i'fi^-»^ir^^9£^bratica; Fig. 2 -Vestido de J§f ¦ --aHÍT ; ,. - *l_i*3ir A V m * / ¦ *¥_1| V \ vil 'D

/ ¦¦ *|'cambraia de linho branca estain- íf •.'"'•• _

'• i Bis ,_**' -..-'. ti»'*7 ..-.•<„'?_ 'il/_-' «'' ¦ ' o I f '"¦¦¦-.'''_\*\j 1 •*.-¦_•'' ¦ V

pada de varias cores; botões de Is. ••..._'*•_ fl_V*..¦'.•/ 'H! ^i»'^.^ £] * ¦-•«-?*>*.| .V« ,*;uma das tonalidades da estain- f«h^Í£JI^^pana, gola e viezes das ma-.-gas è *B^"_-_ « |» "b, ¦ ""*•!._ r_T„ MVí )IV' _ I W""*- ?íl-.» í*'.'""3ide cambraia branca; f "^íÍ".* 'i . ]|I '%^

\\% " «i' VA&Jí**V. IFig. 5-Vestido de crí/v de j \V/> j IjV'. ' '

ji_ **fc U €^ £§_ ¦ ' ¦<•/-* i| i*\"v '

-soie" branca guarnecido de ner- | gi. AAj _': ' ,/g | r» ^ *2rlff\-\ $Y?nÍt_J*» _ | * U

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' _*¦!vuras; • S «iíit»:».^» à_u-_- *> SjJ-ffTp!IM P il-ir^^****'»*»-13 | ¦*•¦ ¦-•¦*>'«i!#."

Fig. 4 - Vestido de "ío:le de CB»^^r w-, ,aB| ;U,K - U J • •.;M]^P^«pf "__* ¦so;e • verme'ha com posponlos e X*Z*'- TB Blí" •**_•*tI .A..„ Jí liuTZ""' '"Ü I »> -;:_«S

Fig. 5 - Vestido de or/v de ISV-* ' If'/ ,*f í ¦ - - B, [f* A" i_ A/$• Jaz^ailcolistradodedo;A-cni |^L--¦** |^5^^*^ivr : t|]IV^gg|^^«ij

•GRUPO DE PRAIA : - F g. l^^fFfWrfBfíí ^ "'¦* 1 ? *i * TOilHBíjS*"*!?~ Costume de jersey vermelho iffl_-".í-í ,| w'^**11 -%^*"*'->>- VrV

"li, V-.,_i

listras de jersey branco; ii'€¦¦"' â ;4«^aJa a a tffc "' -m fl_L!L-^¦¦ I P ""-*ArFig. 2 — "Culotte" e stispen- íAÍ*i: í s

™ • VV! " '»« «P T*

" JS^f^ fe ^_S'|

sorio da flanelia- branca (para L^E-*|| -^11 *>M<>+ \ ***<? &-£££banho de sol); íiWV "' '^'* J _ "/ *

É \ í < I % V WEjIMJFig.'3- Vestidinho de "vi- f«^r_iflj -: j * ; T ' ?\ * T^^'-'»chy" rosa; C^^^_J i'''

'* ife-i-.-*1Fig. 4 - Roupão de banho de f;V"^«"Í"««| (___»_ -mm - • | _^^TTesponja branca qt.adrj,cuhda de i tr -¦*¦_*P PrograaMHHMw.^».«.-¦ t^m^m^JI | ^""ie .ij

«ui-vivo: f ¦.¦;^7_| VTVÍ; : .• if-j.- "Ç .Fig. 5 — Ccslume de banho ' "'.,'* --V"-i|«* >',-* \\^

çalçis de jersey marinho, blusa *___-llB T*. tf|_ l-.'.".. ía__^lbranca com bordidi vernic'.no; i^ypirri.wnr-M. ,.i>iiiiiagag=^J^^^!bt-^jj&^.^^^rMlgfJr... ..^

«^^S^f-^^^-T-^Y*!^^^^\* \7TTJr *^" ¦; I -: '¦';"* ^¦**^inrr

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AS AVENTURAS DO GATO FELIX(Desenho ãe Pat SuUivan — Exclusividade do "O TICO-TICO" para o Brasil)

_

GJ \# (^ fe^âi-

Venha, mmha deu- — Muito bem, m2s — E' verdade — excla- .. .vou arranja!-os. Es- .. andam na ima-sa, patinar commigo! onde estão seus pa- mou Gato Felix — não ses pontos de inter- ginacão podem ser-

falou Gato Felix. tins? — disse a joven. tenho patins, mas... rogação que me... vir. £ servem...

^jÈj^iL.±am '~i' q -—-^

~^sí^]\y^M

.. .mesmo a calhar' Eis uns maravilhosos patins! Como é maravilhoso patinar ao lado de

.uma joven bella e intelligente! — Gostei muito da sua companhia, senhori-ta. Agora, antes de me ir embora, quero mostrar-lhe como sou capaz de fazer

varias cabriólas sobre os patins. E, assim falando, Gato Felix viu...

Ti IJ^fiil-lllllh, in ^ h^iMMrtiif11™--^-^ ^^A,~~ *** '*—¦ ¦— — —rrrJ ' "~~^~*-^"' _ágBy

...que um gato ao lado, soltava formi- '

...patinador. E' que aquelle gato ga- ...indignado, retirou-se jurandodavel gargalhada nndo-se d a pouca lhofeiro era um hábil professor de dan- nunca mais se metter a sabido comohabilidade de Gato Felix como... sas sobre patins. Gato Felix,... patinador, ao lado de uma joven...

tão linda Mas pouco adiante ...fosse uma rainha no seu throno ...é linda, como é maravilhosamente

Gato Felix parou e viu, ao longe magnífico. Gato Felix approximou-se bella!

o vulto de uma elegante senhorita e falou: — Senhorita, não pode ima-

sentada num monte, qual .. ginar como... (.Continua).

Janeiro — 19*52 o t m; o - t a c o

Collaboraçâo de Luiz Sá c Cal vão (ieQuclroa neto. exclusivamente para

O TICO-TICO

Na «espera do Anno Novo Ki-ro-Kéco. liolio -izeiíona. combinaram lazer um grande

"morteiro' para=ommemorar a passagem do dia Combinaram que seria

solto á meia noite cm pomo. quando os sinos e us ipitn.filtrassem na brincadeira E puzeram mãos a obra

Enterraram no quínra' um grande cino Com o dinrteiro qui haviam rcci-biJ» di lestas, eompraiam umaauantidadi cnurmi a* pwhora a jual lui sucaJa denrr»'Ju mesm'- Estava prç-mpro " ntorrutru Dcpíus ctihri*-¦£m«no rara qui. nmiíiitrn u í'i»*.. •** dirigiram-*** paia..

...casa afim de ninguém desconfiar, a ancicdíidtdominava os três lueorregiveis amigos As horas pareci*im sçculos. Azeitona andava de um lado para o outroRéco-Réco não tirava o* i.lhos dn relógio t líolào porandar sempre com preguiça nrava uma "soneca nu -*of*~ r~rw* | pwg^

As dez horas da noite a mamãe mandou-os dormirP°*s tinham que accordar cedo. para irem passa' c dian-> fazenda do Vovô. Os nossos amiguinhos fingindo mui-T° somno. dirigiram-se para o quarto de dormir As onzee meia. quando perceberam..

...J,ue rod-is estavam dormindo dirigiram-se pejnn- pé para n quintal Ao soar a primeira badalada dameia noire Reco Reco. accendeu o estopim, c foi abrigar.se por detrás do gallinheiro. onde sc encontrou comllolào e Azeitona

•Kéco-Réco ficou indignado ao percebe, que o esfopim não estava pegando fogo. e encubiu Azeitona deaccendel-o novamente. Este não esperou segunda onJcpi.c munido dos phosphoros. para Ia se dirigiu muito' sativl*lto

*• < - ~7L 1

u~£— ) ií _i2s i in ~-« > \ rr ^\_Masj o estopim n,io estavi apaga"«¦quando Azeitona n sc apron•ando deu-se o estouro Ouw-""P'do Icrrtvtl ¦ , fumaça envtilv«u tudo.

laeitana foi «tirado pelos«,?s Quasi meia hora. vagou pelofirmfBtepM comi *e fosse um novo

Depois cahiu dentro do galii-nfiei.-o e para cumulo da infelicidade,um gallo deu-lhe uma; bicaradas no'cocurutu

Réco-Réco e Bolão ficaram aparvalhados No diaseguinte, a mamãe os poz de castigo junto a cama deAzeitona, que estava todo envolvido tm gases, JeviJo aqueimaduras recebida»

foi um castiço bem merecido...

O TICO-TIC O 26 20 _ Janeiro — vm

Consultório da CriançaÍA*»^^^M^^%^^«***«*VNA/sA^/VWAA/VWsA^^Wv^

"EDUCAÇÃO DA CRIANÇA"

O Dr. Octavio da Veiga fez hadias, pelo radio, a seguinte palestrasobre o th ema acima:

''Estamos em pleno século da cri-anca. E numa época em que mui-tas realezas se desmoronam, mui-tos poderosos se desarvoram, vemosa magestade da criança crescer e sefortalecer cada dia mais. Tudo pa-rece cooperar a seu favor. Em to-das as nações civilizadas, congres-sos em prol da infância se reali-zam, leis que a protegem são ela-boradas, escolas são fundadas, me-thodos novos do ensino da pueri-cultura são disseminados, escolas demãezinhas, creches, hospitaes, pro-paganda intelligente e efficaz debons costumes, etc, são actualmeu-te outras preoecupações dos gover-nos. Assim, em uma palavra, pro-cura-se em toda a parte proteger acriança, de modo que possamos com-bater com proveito a mortalidadeinfantil, ao mesmo tempo que pre-paramos para o futuro uma raçaforte eu vigorosa.

Em Dezembro de 1928, ha ti esannos portanto, fiz na Sociedadede Medicina e Cirurgia uma com-municação sobre o serviço que che-fiava de Hygiene Infantil no Cen-tro de Saude de Innhauma.

Nessa occasião, comparando a si-tuação da mortalidade infantil en-tre nós com a de diversas cidadesnorte-americanas, eu lia a seguintetstatisrica: em 1905, no Rio de Ja-Beiro, em cada mil nascimento mor-riam dentro do primeiro anno devida 185 crianças, emquanto queem Nova York na mesmo occasiãoe nas mesmas condições morriam157. Pois bem, vinte annos depois,em 1925, emquanto em Nova Yorko numero de óbitos baixava de 157para 64, tendo havido portanto umareducção de 6o°|°; no Rio de Janei-ro, na mesma época, a percentagemdas mortes cahia de 185 para 184,

que significa praticamente que asituação não soffreu alteração.

Actualmente esse coefficiente bai-Kou para 172. Felizmente vamos ca-minhando para melhores dias. Em

nosso meio, ao lado da iniciativaparticular representada por estabele-cimentos do valor da Casa dos Ex-postos, da Polyclinica de Criança,do Hospital de S. João Baptista,instituições essas mantidas pela San-ta Casa da Misericórdia, do Institu-to Moncorvo, da Polyclinica Rota-fogo, etc, onde encontramos á fren-te dos respectivos serviços collegascompetentes e dedicados; a SaudePublica em suas diversas secções,especialmente a Directoria do Sa-neamento Rural e a Inspeciona deHygiene Infantil muito têm con-corrido para aquella melhoria pro-curando proteger a infância emseus consultórios, creches e no Hos-pitai Arthur Bernardes, fazendopropaganda e difundindo os conhe-mentos em prol da criança.

Nitzsche já dizia: "E' misterolhar para o berço e não para o tu-mulo".

Pois bem, a boa educação consti-tue após a saude o elemento maisindispensável á vida da criança.Uma é complemento da outra. Sau-de sem educação e educação semsaude são factores discordantes,incompatíveis para bem viver. Aeducação deve começar com a vi-da. Nos primeiros dias ella já temsua razão de ser. No inicio, a edu-cação tem maior influencia no re-

gimen alimentar. Aos poucos porvolta dos seis mezes, quando a cri-ancinha já com seus olhinhos vi-vos excitam a alegria dos pães,quando com os bracinhos abertosjá procura abraçar a mamãe queridada, mostrando com seus gestos jáalguma coisa de bondade e meigui-ce. nessa occasião devemos iniciar aeducação moral. Com alegria, comcarinho, com brandura, correspon-demos aquelles signaes, mas nãodevemos nos sujeitar aos caprichos

MODA E fIB0RDAD0

A' VENDA O NUMERO CE \JANEIRO n

I0E20E 30E30C

que neste momento apparecem.Lembremos sempre do papel conta-gioso do exemplo. O exemplo éuma fôrma de suggestão,

A criança é uma cera, é uma pia-ca sensível que registra todas asimpressões. Dahi vem a sabedoriado ditado popular que diz: "E" depequenino que se torce o pepino".

Devemos dar-lhe unia educaçãoideal, isto é, urna educação inte-gral. As crianças precisam se ada-ptar ao mesmo tempo physicamen-te, socialmente, intellectualmente e.moralmente ás condições sempresempre novas do mundo que evoluesem cessar. Uma educação que fa-ça mais tarde um cidadão apto aagir socialmente, que seja capaz dearcar com toda a responsabilidadede seus actos, que adquira uma per-sonalidade própria e independente.

E' a educação exercida sobre aesphera moral, o auto controle, asuppressão da sensibilidade affecta-da e da emotividade, o desenvolvi-mento da caridade, da philantropia,o controle dos reflexos que man-têm o equilíbrio da felicidade.

E assim, com brandura e serem-dade, damos aos nossos filhos as ar-mas indispensáveis ás pelejas davida futura. E os pães que leguemaos filhos sentimentos de familia— amor, obediência, respeito e sen-timentos sociaes — altruísmo, jus-tiça e interesse pela collectividade,ao lado duma educação ideal, sãohomens superiores que devemoshonrar e venerar porque, assim pro-cedendo, elles nos dão brilhantesexemplos a seguir e concorrem paraa gloria da humanidade".

AVISO — As consultas sobre regi-Biens alimentares e doenças das crianças

.podem ser dirigidas ou para o cônsul-torio ou para a residência do

DR. OCTAVIO ÂNGELO DA VEIGADirector do Instituto Pasteur do Rio deJan?h-o. Dos Consultórios de HygieneInfantil (D. N. S. P.) Medico da Cré-elio da Casa dos Expostos. Espcciall-dade: Doenças das Crianças — Res!-mens alimentares. Residência: RuaJardim Botânico, 174 — Telephonefi-0 327 — Consultório: Rua Assem-bléa, 87 — Telephone 2-2C04 2.a3,

<as e Cas — De 4 As 6 horas.

20 «Taneii-o — í!W_ — 27 — O TICO-TICO

COTISM: II _J|| /V^-l

—~~~~—*<gA}wt, fàyhijt

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A PATRULHA DO "TICO-TICO"

XII — Resumo — Xa praia das Pai-"tiras lindo arrabalde balneário a umaliora da Capital, á margem esquerda do'¦o Claro, uni grupo de meninos or-?2niza uma patrulha de escoteiros. Octa-l'o (16 annos) que teve a iniciativa,<iirige-os emquanto não têm chefe. Es-^ão realizando a 2" reunião.

OS ENCARGOS DA PA-TRLTJ1A

•N*o dia seguinte, quando o trem•--m que Octavio, diariamente, re-gressava do trabalho chegou, Pau-Io, Raul e Oswaldo, esperavam-nona estação. Só João não fora; aofficina prendia-o justamente atéaquella hora — 6 horas.

Octavio, quando os viu, sorriucr>m satisfação. A turma estavamesmo animada. . . Mal saltou, de-pois de se cumprimentarem, mos-

trou dois pequenos livros que traziae com os quaes se absorvera du-rante a viagem: eram o "Manual dòNoviço" e o "Caderno do Esco-teiro". Entregando um a Paulo ¦?

I outro a Raul suggeriu que se re-

| unissem após o jantar, de 7 ás* 8.30, pois antes não daria tempo,

3 iria complicar com o regimen detodos.

Um pouco antes da hora estavamtodos em casa de Octavio, inclusi-ve João. Como da primeira vez, areunião foi na sala, onde havia, dium lado a mesa e estante, de Octa-vio e do outro um grupo de um so-fá e quatro cadeiras de vhne Tudosimples, sóbrio, mas confortável.

Sentaram-se todos do grupo eOctavio deu inicio á reunião:

— Precisamos hoje completar aorganização da nossa patrulha, cs-colhendo o pessoal para os differen-tes encargos. A patrulha deve terum Monitor, que é o guia, ao qual,depois do chefe, todos devem at-tender; deve ter um Escriba, en-carregado de escrever no "Livro daPatrulha" toda a vida desta, emlinguagem simples, engraçada, en-tremeada de boas piadas, desenhos,caricaturas c photographia?, e re-gistrar, em folha especial as pro-vas realizadas pelos escoteiros; de-ve ter um Guarda

'dos thesouros,

incumbido de receber e guardar asquotas mensaes dos escoteiros, e

todas as rendas da patrulha, ira-zendo tudo muito bem escriptum-do; um Guarda do Material, res-ponsavel pela conservação de tudoquanto pertencer á patrulha; e ii-nalmente um Unfermciro, uieariv-gado da ambulância c soecorros.Vamos nos distribuir por esses ser-viços: Monitor, quem será o níoni-tor?

Octavio! responderam todosao mesmo tempo

Octavio, com simplicidade, semfalsa modéstia, respondeu, natural-mente:

Pois seja, eu sou o mais ve-lho, devo ser o mais ajuizado...

Deve ser não, é! acerescentouRaul, sob um sorriso de approvaçãode todos os outros.

O escriba: quem será o escn-ba?

A não ser que seja você mes-mo Octavio, acerescentou Paulo,parece-me que de nós quem te-nmais geito é Raul. Elle faz sem-pre as melhores descripções naclasse, tem geito para desenho e ?engraçado.

Todos concordaram. Raul fingiudar um soeco de protesto em Paul)mas ficou como escriba.

O guarda do material deveser João, é o mais habilidoso, en-tende de officio e assim o materialque precisar concerto já está nassuas mãos, propoz Octavio.

E o guarda dos thesouros»

Uniformes e Equipamentos para Escoteiros — "Paraíso das Creanças'Rua 7 de Setembro 134, — RIO

O TICO-TICO — 28 20 — Janeiro — 1952

Paulo que ainda não tem en-cargo, observou João.

Está certo, ficará Paulo, con-firmou Octavio.

Mas Paulo deve ser o entermeiro, elle vae estudar medicina ejá sabe, um pouco, curar, disse(Raul.

Não faz mal, pode accumularas duas íuneções, desde que elleconcorde.

E Oswaldo? observou Paulo,percebendo que o mais petiz doscompanheiros, estava com um ardesconsolado, por ver quc não terianenhuma responsabilidade nos en-cargos.

Octavio comprehendeu, de prom-pto, e accrcscentou: — Oswaldo se-rá o ambulância, ficará encarregadada caixa dos medicamentos e au-xiliará, nos curativos, o enfermeiro.

Essa solução satisfez a Oswaldo.Também teria a sua responsabili-dade e o trabalho de carregar a am-bulancia nas excursões.

Attenção, Raul. Vá já rabis-cando as suas notas para escreveressas resoluções tomadas neste nos-so primeiro

"Conselho da Patru-lha"..

' ESCOTEIRO NOVIÇO

Vamos agora ver as provas a

que nos devemos submetter parapodermos ser escoteiros e termos Odireito de usar o distinetivô th"flor de lys" e o uniforme esco-teiro. Raul, empreste-me o livroque lbe dei boje á tarde.' Raul passou o livro pedido. Era o"Guia do Noviço", onde vinhamdesenvolvidas convenientemente to-das as provas para a primeira eta-pa dos escoteiros.

Octavio leu em voz alta, e a tur-ma ouviu com a máxima attenção:

Para ser Escoteiro Noviço é

SmmmW '

hü i iiiiH^BMw»llBM^^BWfflHffHBIHWiWBWMBMhMiM --..^MiáaddSaSBBBBi

necessário satisfazer as seguintesprovas:

i — Conhecer a Promessa e aLei Escoteira, explicando-as. satis-fatoriamente.

— Saber desenhar a bandeiranacional; conhecer o seu symbolis-mo; saber içal-a a um mastro e sa-ber as honras que lhe são devidas.

— Conhecer as saudações, asinsígnias, distinetivos e graduaçõesescoteiras.

— Fazer seis nós differentes,conhecendo os seus nomes e appli-cações.

— Conhecer dez signaes de pis-ta ou de entrada usados pelos esco-teiros.

Mam/l^SnmmHr í».'» m

— Saber o Hymno Nacional, oda Bandeira e o dos Escoteiros doBrasil (Alerta).

— Conhecer os cuidados prin-cipaes de hygienc individual.

Mas isso tudo é muito diffi-cil, objectou João, synthetisaudo o

pensamento de tedos.Não é tanto, respondeu Octa

vio, e esses conhecimentos vão sendo adquiridos lentamente, de ummodo pratico c agradável... Vocêsverão.

ALIMENTAÇÃO ESAUDÉ

dos Prof*?. Mc Collum o Simmonds(Traducção do Dr. Arnaldo de

Moraes)Como se alimentar para ter saúde,bons dentes, regimens para em-magrecer. engordar, '•menus" sei-

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LIVRARIA PIMENTA UE MELLO34 — RUA SACHET — Rio

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fl$8' 'PRWkssORÂS -, PARA • rAS FESTAS ESCOLARES í

Na organização dos programmas para as festas escolares lutam as senhoras professoras !jcom a falta de monólogos, cançonetas, duetos, coros, poesias e diálogos próprios ijí.ra as 5creanças. E' que não é grande o números de livros escriptos sobre o assumpto. Ha, no em- ítanto, um repertório de tudo o que é necessário para organização dos programmas de festas íescolares. E' o Theatro d'0 Tico-Tico, de Eustorgio Wanderlev, o apreciado escriptor e \>poela que todo o Brasil conhece.

No Theatro d'0 Tico-Tico, que a Livraria Pimenta de Mello & C, Rua Saclie; 34 — í"Rio, vende pelo preço de 6$000. (Pelo Correio,, registrado, 6$000), ha a mais completa col- !•lecção de CANÇONETAS, DUETOS, COROS, COMÉDIAS, FARÇAS, SAINETES SCE- >.NAS CÔMICAS, DIÁLOGOS, POESIAS, MONÓLOGOS, etc. A's senhoras professoras fcrecommendamos tão ufrl e interessante collectanea de theatro infantil '•í¦J«fl/uvwvwwvwrtWAí,wwjvA,vvv\fl^^ '^^»'^JV,,•',^J-•-w•"J^.-^J^.-.-^J-«-.-«'u-J-.-.--^.¦lJV,.

2tr— 15K:2 29 O TICO-TICO

•RESULTADO DO CONCURSO X. 3.600

- ^w-¦í solução exacta do concurso

Solucionistas: Alba ¦'. ¦ 'ivanio. Cario. Maria do Carmo, Bríanca Aguiar,

-Jugo Barroso Mangueira, Nise Santos,Hermenegildo Carvalho. Antcnio Carlos-f- Junqueira, José Geraldo B. des San-»s, Yvan Sá Boris, Ricardo Taveira Pin-

'.'• Carlos. Rubem Dias Leal, Maria•Uuiza- & Sá, Natalina P. Brandão, Yed-oa Tinoco Azevedo. Yvone Godinho A.

Aldyr Wolíf. Maria José Cavai-Manoel Marchteu. Lúcia Guima-

. osé de Araújo Pinheiro, AugustoJcnv Cony. Carlos- Humberto

ra, Talilha I. Fonseca, Paulo Mel-'-• Maria Barreira. Antônio Calil,Oliveira da Silva. Maria Nazareth,

;• Paulo Ney Ribeiro, Roberto Ro-[eliton Motta Haydt, Lygia Arr.a:,-

c»°' Djalpia Assumpção, José . Machado,£"g£miro José Machado. Hamleto Polli,

"i Braccinin. Ghislair.e Martini. Ma-Heé, Joaquim dos Santos, Antônio

iacicllo Eilho, Jorce Lion, Billy Avonca,'nerezinha de Tesu-. Harold c CarvalhoKocha, Waldyr Villela Xu-.-.es. Erahy

Barcellos. Clemente Holff. Luiz Air-Carvalho, Edmundo SodrU.luo Vital. Helcio Acquare

àré da R. Acquarone. Natali

nos, Nilza Fialho, Maria da Gloriaro. Antonia Flores. Maria Thçreza

.**««, Yvo Pereira Braga, IldelineA M.

<A Carvalho, Ji A Mauriciò Cardoso Bot-to, Maria Thereza P. Alves, Milton Bar-roso, Fausto Camargo, Syivio Lima, Jay-me C. Vianna, Lila Marques, OswaldoCândido de Souza, Inalda Guimarães daFonte, Gecrgette de Vasconcellos, JubaReis, João C. Lopes. Iracema Alves, IdaFcscolo França, Htel Franslatti, ArthurZclante Netto,' Gilberto Pa.sler, Lev.node Souza, Cecilia Joshida, Wagner Boné-

smm sonsas[i *3l3fAlV3*lfdStf3,soiiaqea sop ep?nb;BJ}uo'áoam radnsiaaaNvxâiviüiil

cker, Epitario Alexandre, Olayr' Sá dosSantos. Decio Monteiro Santos, Mariaji -é F. Laranja, Isaura Marra, Mariad; Lourdeí, Alfredo Naruz, Luiz FreitasBastos, Francisco Xavier, Carlos Antunes,Gccrgina Correia Rodrigues, VenizellosDialítagni, Thrrezinha Correia Leonel, EÜ-sa Esther, Maria Esmeralda Diniz, Os-Waldo Lemos dos Santos, J. B. de Cas-rro. Marina Vaz Lima. Moacyr Castro

. Milvio Mareio Piacesi. BenedictoDini "Garcia', Htlio José S. de Oliveira.Edy Migueis, Renato Marques da Cunha,Helena Penna, Nilza Nunes Alves, Eury-(i'0e Monteiro. Alzira Mendes. AntcnioPimentel. Sarah Farelli, José Luiz BayulNeuza X. de Moraes, José Glaccio deMcraes, Ondina San Juan, Margaret Kan-sen, Diva Murano, Tupy Correia Porto,

ACABA DE AP PARECER

CANTIGAS DE QUANDO EU ERA PEQUENINAde

CEIÇÃO «ie BARROS BARRETOem todas as boas livrarias

Raymundo Gcsfa, Joel Fernandes Amo-rim, Nelzia Carneiro Leal, Anathalia Mal-ta, Eliete de Carvalho, Fernando Veiga Rr-beiro, José Marinho, Ceciüa Cordeiro,João Mauriciò Cardoso, José NatalicioSpareS, Ivan Barcellos Martins, Carlos deCarvalho Martins, Hilda Wanderley Bra-ga, Adewaldo Cardoso Bot*o Barros, JoséMaria da Costa Fernandes, Adhelmo Mau-ricio Cardoso, Francisco Prigtialoco, Odi-Io Quirino da Silva. Wanyldo CavalcantiMartini, Jcsé P. de Andrade. Antcnio Ma-chado, Oswaldo Luiz de Almeida, Bcne-dicto Denico, Leo Pires Pinto, RubemAguiar Bittencourt, Adamo Sehocair, Can«dido Golíart Netto', D.ylson Baptista Drurtwmènd, Irerrc de C. Borges, Geraldo FonJseca, Ze-lia Souza Peixoto, Maria Tavaresdos Santos. Júlio de Padua Guimarães, Ja«dyr Riis de .Andrade, Frio de Castro^Ak»tair Pereira. Decio Pereira, Léa Ter.-dier. Hercilia de Souza, Sebastião d'Ange-Io Castanheiro, Ary Martins Amaral,Herlhia Mendes Weibek, Herly BaciUlnPinheiro. João Carlos G. Filho, Lúcia SáRego.

Foi premiada, com um lindo livro d;histi rias infantis, a concurrente

ALBA DE ARAÚJO

t? 11 atinos de idade e residente á ruaMarquez do HervaT n. 116, em Taubaté,Estado dc São Paulo.

RESULTADO DO CONCURSO X. 3.612*Respostas certas:V — Sapato.2a — Horas.3a — Cadete (K. D. T.;.4:' — Sofia.5 — Cravo.

Solucionistas: Marina Lopes de Amorim,Luiza S. Barros, Adalberto de Andrade,Alda Pinheiro, Alcyr Wolff," Dylson B.,Drummond, João Mauriciò Cardoso Botto,Maria Cândida, Dina Maria das NevesAyrton Sá dos Santos* Odorico Pires Pin-to, Wanda Cavalcanti Martini, JurandyeCoelho, Maria Thereza Castanheiro, Mu-sa dAngelo Castar.heiro, Vinicio dAnge-li Castanheiro, Nilza Fialho, Ildelindo M.<!c Carvalho, Yvonne Ramos, OswaldoCândido dc Souza, José Antcnio Mathias,Hélio C. Wendheusen, René da Silva,Speneer Qtrintanilho, João Nogueira deMiranda. Ary de Almeida, Oriette Francode Sá, Margarida Vieira, Carmen Teixei-ra da Costa, João Luiz Ferreira, ÁlvaroPereira, Kepler Santos, Mauriciò da CruzGuimarães, Juvenal de Mello Garcia, Car-los Vcntu~a Primo e Maria da GloriaGuimarães.

Foi premiado, com um rico livro de his-torias infantis, o concurrente

KEPLER SANTOS

: r. de idade e residente á rua Ta-diiha n. 54, casa IV, nesta capital.

O TICO- T I c o 30 — 20 — Janeiro — 19P,__»

CONCURSO N. 3.62*

Para os leitorea desta Cqpits* c <os Es.lados próximo.»

Perguníai-:

t" — Qual o animal feroz qu? é so-orcuoir.e?

{J .^yllabasi Judith Leão.

2- — Entre pedras e pcdrinbas,Está uma dama repimpada;Quer chova ou faça solSempre a dama está molhada.

Que é?

(3 syllabas) Lia Rosa de Almeida.

4* — Qual a parte do corpo formadapela preposição e pela coutracção?

(2 syllabas) Alfredo Vieira.

•1" — Ella é de floresElle é medida

Que é?

( 2 syllabas"* Américo Silva.

5* — Qual o mez que com uma letraé nome de homem?

(2 syllabas) Mario Bastos.

As soluções devem ser enviadas áredacção d'0 TICO-TICO. devidamen-te assignadas, separadas das dc outrosquaesquer concursos e ainda acompanha-das do vale que vae publicado a se-guir e tem o n. 3.624.

Para este concurso, que será encer-rado no dia 15 de Fevereiro vindouro,ciaremos como prêmio, por sorte, entreas soluções certas, um livro de historiasinfantis.

?*\?J-

C_/ c_» i^T 3.624

«K

0 Gastigo de GarlosEra uma vez dois meninos que se

chamavam Pedro e Carlos. Umdia, em que elles estavam sentadosá porta de casa, vem uma velhinhaquc lhes pedia esmola. Pedro, queera bom, tirou do bolso um tostão edeu á velha. Carlos, como era mau,disse:

— Eu só tenho um tostão e nãodou porque vou comprar balas.

A»'AMÉACÁVOSSOS..FILHOS

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CONCURSO N. 3.623

Para os leitores desta Capital e dos Estados

Um enigma fácil, um conselho em be-neficio da saúde dos meninos.

Deciírcm-no e enviem as soluções áredacção d'0 TICO-TICO, separadas dasde outros quaesquer concursos e acom-punhadas, não só do vale quc vae pu-itlicado a seguir c tem o n. 3.623 comoUmbem da assignatura, declaração det<Jade c residência do concurrente.

Para este concurso, que será encer-r»do no dia 16 de Fevereiro, daremostomo uremio, por sorte, entre as soht-

rües certas,infantis.

rico livro de historias

^-j-tA' o ik

TENDES FERIDAS. ESPI-NHAS. MANCHAS, ULCE-RAS. ECZEMAS, emfim qual-quer moléstia de origem SY-

PHILITICA?.ji sae o poderoso

Elixir de Nogueira

do Pharmco. *W8a\ Chimico

J o 5 o da If-*®veira

GRANDEDEPURATIVO DO SANGUE

Vinho CreosotadoDo Pharra. Chim.

João da Silva SilveiraPODEROSO FORTI-FICANTE PARA OSANÊMICOS E DE-PAUPERADOS.

Empregado com sue-cesso nas Tosses.Bronchites e Fraqueza

GeraL2

ÍÍ! 3.623

Não faltava mais nada dar o nieitdinheiro a esta velha.

Passado muito tempo a mãe deCarlos morreu, então Pedro, comogostava muito da mãe de Carlos,chorou bastante. Mas, Carlos,nem uma lagrima sequer derramou,pensando que teria mais liberdade.

Um dia, em que Pedro estava naescola, Carlos foi tomar banho numrio que ficava perto de sua casa.Quando Carlos estava nadando, ca-hiu uma chuva de pedras. O ventoera tão forte que carregou o pobre,menino e assim, quando elle ia se-gurar numa pedra, o vento levou-opara um rochedo. Então Carlos foicaliir em cima de uma pedra e quebrou a cabeça. Virando-se, viu qucalguém o amparava com carinho,fazendo-o voltar a si, atando o seuferimento com um lenço, pensou:— Quem seria aquella velhinhaque tão carinhosa cuidava delle? Eraa velhinha a quem elle não quizêrádar a esmola pedida para matar afome. Desse dia em diante Carlos secorrigiu, tornando-se muito delicadoe caridoso para os poi ires.

Vera Maria Bastos

(Alumna da Escola '-Republica id'do

Peru" — 7 annos)..

20 Janeiro li.;;: — _t -- o T i í; o - t i c o

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Õ policia secretaPersonagens:

(SKETC II )

Sr. Fuktaik. — José' (criado)O Secreta — O Gatuno

— O Investigador

lhe fi. um enterro de ultima

foi ella a Criminosa. Deve ter

Sccuano: — Um gabinete qualquer cem uma secretária commum. aber a

Furtado {entrando com o investigador) — O crime foi praticado aqui.Felizmente não levaram tudo.

Investigador — Muito bem. O senhor tem secretária?Furtado (indicando o movei) — Tenho esta.Investigador — Não. pergunto se tem secretária dc carne e osso.Furtado — Já tive nua que era mais osso do que carne e tão migra

que morreu secca de tanto escrever.Investigador — Então não foi e'la...Furtado — Foi ella, sim, senhor. Até

classe, coitada !Investigador — Quero dizer que não

sido algum criado...Furtado — O José ?Investigador — José, ou Antônio, o nome pouco imprta. Chame-o.Furtado (chamando) — José ! O' José !

José' (entrando pouco depois) — Prompto!Investigador (segurando-o) — Está preso !

José' — Eu?! Por que?!Investicador — Por crime de furto na secretária do Sr. Furtado.]ose' — A secretária já morreu na miséria.Furtado — Nã. é ella, é esta. (Indica o movei).Investigador — Acompanhe-me! (Sahe com José).Furtado (acompanhando-os) — Quem havia de dizei? Um criado de

tanta confiança !... (Sahe)Secreta (entrando maltrapilho c cauteloso com un.a lente na mão, bigodes

postiços, examina com cila a secretária) — Muito bem..-Furtado (entrando; grita) — Ladrão ! Soccorro!...Investigador (enfiando c segurando o secreta) — Está preso! Roubou

uma lente '

Secreta (sorrindo c tirando os bigodes) — Está me estranhando, collega....Investigador (sorrindo) — Que "mancada" que cu dei !... (Apresen-,

lando-o) E' o meu collega da Policia Secrea...Furtado — Ah! C ladrão já está preso, sabe?Secreta — Não sabia.Investigador — Vamos. (Sahe com o investigador e 1-ii.rlado).Gatuno (Entrando pouco depois, cauteloso, vae até a secretária, de onde

retira dinheiro c joiu, que guarda vos bolsos c uma. lente) — Esta lemedeve servir para alguma coisa.

Furtado (entrando e -vendo a lente na nulo do gatuno) — E' inútil oro-curar mais...

Gatuno (querendo fugir) — Ah !Furtado (poudo-lhe o braço por cima dos hombros) — Já sei que o

amigo é também policia-secreta. Reconhcci-o pe"a lente que tem na mão. O

gatuno já está preso.Gatuno — Já ? !Furtado — E' o meu criadoIotestigadob e Secreta (entrando) — O gatuno fugiu!...Gatuno — Fugiu?! Não se incommo-.lcm que cu vou peg;i!-o. (Sahe

corre-:Investigador — Quem é aquelle ? !FusTAno — Pois não conhecem? E' una poücia-secreta.Secreta — Não é possivel.José' (entrando, com o gatuno preso) — Eis o verdadeiro gatuno !Investigado:. — "Pé de cabra"!... (Tini-lhe o bigode posiiço)Furtado — Não é o policia-secreta ? !...Secreta — Não! E' o mais hábil dos gatunos . ttevistu-lhe ...Investigador — Que "mancada" bonita tantos dando agora !Secreta (ao José) —¦ Está nomeado investigador pericial.' — Muito obrigado. Prefiro ser'Chefe de Policia para

ambos voeçs.

. .. jueuut. r £

F I MM. MAIA,

**/S^_J%^-V-V^'--,-_%r -.

AS AVENTURAS DO CHIQUINHO

l\ **mr~\ hU -\áHí,W —

O looping the loops

2.Chiquinlio estava em véspera de exame e andava

transnoitado. Tomou os livros para estudar e .-. lerrouno somno. Sonhou que o ssu cavallinho de pau crescem...

...muito e, se transformara num "cavallo tle verclaue'.Chiquinho e Benjamim montaram no animal para daremum passeio O logar era mais ou menes montanhoso.

Num morro Irorueiro ao que estavam, pastavam outrosanim ies < ,, , avallinho quiz juniar-se a elles. Para issoyartiu em disparada c num formidável . .

""¦ . «-i

i^. __ ^xa*=^. rrz ^ -j^5^Win ;

. . .salto tentou alcançar o outro mono U resultado loirodarem cavallo t cavalheiro nurn desastrado "lon ii.-loppings" a ársnde altura e. ..

. . . cahirem na grota que separava os elois morros. Coma queda Chiquinho accordou c viu que havia c?hido dacadeira, e arrastado o panno da mesa. os livros e. _,

...O tinteiro para o chão. No dia seguinte cahiu-ihepara exanie a descnpção do 'Loo the loppings" e Chi-auinho pcícu uma boa nota