xiii seminÁrio sobre responsabilidade mÉdica a ......teoria do risco (favorece a socialização do...

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A RELAÇÃO PACIENTE-MÉDICO PARA ALÉM DA PERSPECTIVA CONSUMERISTA: O CONTRATO DE TRATAMENTO. Prof. Alessandro Timbó. XIII SEMINÁRIO SOBRE RESPONSABILIDADE MÉDICA

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Page 1: XIII SEMINÁRIO SOBRE RESPONSABILIDADE MÉDICA A ......Teoria do risco (favorece a socialização do dano) Objetificação da Responsabilidade civil (não se analisa a culpa/conduta)

A RELAÇÃO PACIENTE-MÉDICO PARA ALÉM DA PERSPECTIVA CONSUMERISTA:O CONTRATO DE TRATAMENTO.

Prof. Alessandro Timbó.

XIII SEMINÁRIO SOBRE RESPONSABILIDADE MÉDICA

Page 2: XIII SEMINÁRIO SOBRE RESPONSABILIDADE MÉDICA A ......Teoria do risco (favorece a socialização do dano) Objetificação da Responsabilidade civil (não se analisa a culpa/conduta)

1. A consumerização jurídica da relação paciente-médico1. A consumerização jurídica da relação paciente-médico

A Relação Paciente-Médico para além da perspectiva consumeristaA Relação Paciente-Médico para além da perspectiva consumerista

Introduziu a

Teoria do risco(favorece a socialização do dano)

Introduziu a

Teoria do risco(favorece a socialização do dano)

Objetificação da Responsabilidade civil

(não se analisa a culpa/conduta)

Objetificação da Responsabilidade civil

(não se analisa a culpa/conduta)

Art. 2º, art. 3º C/C

art. 14, §4º, da

Art. 2º, art. 3º C/C

art. 14, §4º, da

Lei 8.078/90Lei 8.078/90

Art. 5º, XXXII da CF/88Art. 5º, XXXII da CF/88

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1. A consumerização jurídica da relação paciente-médico1. A consumerização jurídica da relação paciente-médico

A Relação Paciente-Médico para além da perspectiva consumeristaA Relação Paciente-Médico para além da perspectiva consumerista

The Doctor, Luke Fildes (1891)The Doctor, Luke Fildes (1891)

“Esta é uma

relação de consumo!”

“Esta é uma

relação de consumo!”

Page 4: XIII SEMINÁRIO SOBRE RESPONSABILIDADE MÉDICA A ......Teoria do risco (favorece a socialização do dano) Objetificação da Responsabilidade civil (não se analisa a culpa/conduta)

1. A consumerização jurídica da relação paciente-médico1. A consumerização jurídica da relação paciente-médico

A Relação Paciente-Médico para além da perspectiva consumeristaA Relação Paciente-Médico para além da perspectiva consumerista

“Esta é uma

relação de consumo!”

“Esta é uma

relação de consumo!”

Page 5: XIII SEMINÁRIO SOBRE RESPONSABILIDADE MÉDICA A ......Teoria do risco (favorece a socialização do dano) Objetificação da Responsabilidade civil (não se analisa a culpa/conduta)

2. Objeções à consumerização jurídica da relação2. Objeções à consumerização jurídica da relação

A Relação Paciente-Médico para além da perspectiva consumeristaA Relação Paciente-Médico para além da perspectiva consumerista

Inaplicabilidade da Teoria do Risco na atividade médicaInaplicabilidade da Teoria do Risco na atividade médica

Risco CRIADORisco CRIADO

Risco PROVEITORisco PROVEITO

Page 6: XIII SEMINÁRIO SOBRE RESPONSABILIDADE MÉDICA A ......Teoria do risco (favorece a socialização do dano) Objetificação da Responsabilidade civil (não se analisa a culpa/conduta)

2. Objeções à consumerização jurídica da relação2. Objeções à consumerização jurídica da relação

A Relação Paciente-Médico para além da perspectiva consumeristaA Relação Paciente-Médico para além da perspectiva consumerista

Risco CRIADORisco CRIADO

O fornecedor acrescenta um

risco à saúde do sujeito/paciente

O fornecedor acrescenta um

risco à saúde do sujeito/paciente

Inaplicabilidade da Teoria do Risco na atividade médicaInaplicabilidade da Teoria do Risco na atividade médica

Page 7: XIII SEMINÁRIO SOBRE RESPONSABILIDADE MÉDICA A ......Teoria do risco (favorece a socialização do dano) Objetificação da Responsabilidade civil (não se analisa a culpa/conduta)

2. Objeções à consumerização jurídica da relação2. Objeções à consumerização jurídica da relação

A Relação Paciente-Médico para além da perspectiva consumeristaA Relação Paciente-Médico para além da perspectiva consumerista

Risco CRIADORisco CRIADO

O risco de agravo à saúde do

sujeito/paciente está instalado previamente

O risco de agravo à saúde do

sujeito/paciente está instalado previamente

Inaplicabilidade da Teoria do Risco na atividade médicaInaplicabilidade da Teoria do Risco na atividade médica

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2. Objeções à consumerização jurídica da relação2. Objeções à consumerização jurídica da relação

A Relação Paciente-Médico para além da perspectiva consumeristaA Relação Paciente-Médico para além da perspectiva consumerista

Risco PROVEITORisco PROVEITO

Inaplicabilidade da Teoria do Risco na atividade médicaInaplicabilidade da Teoria do Risco na atividade médica

Page 9: XIII SEMINÁRIO SOBRE RESPONSABILIDADE MÉDICA A ......Teoria do risco (favorece a socialização do dano) Objetificação da Responsabilidade civil (não se analisa a culpa/conduta)

2. Objeções ao mito da consumerização (ANTINOMIAS)2. Objeções ao mito da consumerização (ANTINOMIAS)

A Relação Paciente-Médico para além da perspectiva consumeristaA Relação Paciente-Médico para além da perspectiva consumerista

Em seu art. 51, I, o CDC declara a completa nulidade de cláusulas contratuais que excluam ou mesmo atenuem o dever de indenizar em caso de dano

Em seu art. 51, I, o CDC declara a completa nulidade de cláusulas contratuais que excluam ou mesmo atenuem o dever de indenizar em caso de dano

Prática abusiva “executar serviços sem a prévia elaboração de orçamento e autorização expressa do consumidor” (art. 39, VI, do CDC)

Prática abusiva “executar serviços sem a prévia elaboração de orçamento e autorização expressa do consumidor” (art. 39, VI, do CDC)

Prática abusiva “deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua obrigação ou deixar a fixação de seu termo inicial a seu exclusivo critério” (art. 39, XII, do CDC).

Prática abusiva “deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua obrigação ou deixar a fixação de seu termo inicial a seu exclusivo critério” (art. 39, XII, do CDC).

Prática abusiva “permitir o ingresso em estabelecimentos comerciais ou de serviços de um número maior de consumidores que o fixado pela autoridade administrativa como máximo” (art. 39, XIV, do CDC).

Prática abusiva “permitir o ingresso em estabelecimentos comerciais ou de serviços de um número maior de consumidores que o fixado pela autoridade administrativa como máximo” (art. 39, XIV, do CDC).

Page 10: XIII SEMINÁRIO SOBRE RESPONSABILIDADE MÉDICA A ......Teoria do risco (favorece a socialização do dano) Objetificação da Responsabilidade civil (não se analisa a culpa/conduta)

2. Objeções à consumerização jurídica da relação2. Objeções à consumerização jurídica da relação

A Relação Paciente-Médico para além da perspectiva consumeristaA Relação Paciente-Médico para além da perspectiva consumerista

Page 11: XIII SEMINÁRIO SOBRE RESPONSABILIDADE MÉDICA A ......Teoria do risco (favorece a socialização do dano) Objetificação da Responsabilidade civil (não se analisa a culpa/conduta)

2. Objeções à consumerização jurídica da relação2. Objeções à consumerização jurídica da relação

A Relação Paciente-Médico para além da perspectiva consumeristaA Relação Paciente-Médico para além da perspectiva consumerista

”Uma vez aprovada lei semelhante [8.906/94], o status jurídico se modifica, devolvendo à medicina um regramento próprio”.

(DANTAS, Eduardo e COLTRI, Marcos. Comentários ao Código de Ética Médica. Rio de Janeiro: GZ, 2012. p. 35).

”Uma vez aprovada lei semelhante [8.906/94], o status jurídico se modifica, devolvendo à medicina um regramento próprio”.

(DANTAS, Eduardo e COLTRI, Marcos. Comentários ao Código de Ética Médica. Rio de Janeiro: GZ, 2012. p. 35).

Page 12: XIII SEMINÁRIO SOBRE RESPONSABILIDADE MÉDICA A ......Teoria do risco (favorece a socialização do dano) Objetificação da Responsabilidade civil (não se analisa a culpa/conduta)

2. Objeções ao mito da consumerização jurídica da relação2. Objeções ao mito da consumerização jurídica da relação

A Relação Paciente-Médico para além da perspectiva consumeristaA Relação Paciente-Médico para além da perspectiva consumerista

O beija-flor não voa porque lhe foi dado

o direito de voar mas sim porque

possui asas e esta é uma característica

da sua própria natureza.

O beija-flor não voa porque lhe foi dado

o direito de voar mas sim porque

possui asas e esta é uma característica

da sua própria natureza.

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2. Objeções ao mito da consumerização jurídica da relação2. Objeções ao mito da consumerização jurídica da relação

A Relação Paciente-Médico para além da perspectiva consumeristaA Relação Paciente-Médico para além da perspectiva consumerista

Arts. 15, 951, 949, 950 do CCLei 12.842/2013 – Lei do Ato Médico

Art. 373, §1º CPC

Arts. 15, 951, 949, 950 do CCLei 12.842/2013 – Lei do Ato Médico

Art. 373, §1º CPC

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2. Objeções ao mito da consumerização jurídica da relação2. Objeções ao mito da consumerização jurídica da relação

A Relação Paciente-Médico para além da perspectiva consumeristaA Relação Paciente-Médico para além da perspectiva consumerista

Miguel Kfouri NetoMiguel Kfouri Neto

”De lege data, por conseguinte, os médicos, enquanto

profissionais liberais, não se sujeitam às normas do Código de Defesa do Consumidor, em relação aos

atos terapêuticos” [e diagnósticos]. (p. 236)

”De lege data, por conseguinte, os médicos, enquanto

profissionais liberais, não se sujeitam às normas do Código de Defesa do Consumidor, em relação aos

atos terapêuticos” [e diagnósticos]. (p. 236)

KFOURI NETO, Miguel. Responsabilidade Civil dos Médicos. – 8. ed. – São Paulo: Revista dos Tribunais, 2013.

KFOURI NETO, Miguel. Responsabilidade Civil dos Médicos. – 8. ed. – São Paulo: Revista dos Tribunais, 2013.

”De lege ferenda, afigura-se-nos de boa técnica a inserção de dispositivos relacionados à responsabilidade

médica em seção própria do Código Civil, não como

dispõe o Código atual, que trata da matéria em artigos esparsos, sem unidade temática”. (p. 326)

”De lege ferenda, afigura-se-nos de boa técnica a inserção de dispositivos relacionados à responsabilidade

médica em seção própria do Código Civil, não como

dispõe o Código atual, que trata da matéria em artigos esparsos, sem unidade temática”. (p. 326)

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3. O contrato de tratamento no ordenamento jurídico brasileiro3. O contrato de tratamento no ordenamento jurídico brasileiro

A Relação Paciente-Médico para além da perspectiva consumeristaA Relação Paciente-Médico para além da perspectiva consumerista

Page 16: XIII SEMINÁRIO SOBRE RESPONSABILIDADE MÉDICA A ......Teoria do risco (favorece a socialização do dano) Objetificação da Responsabilidade civil (não se analisa a culpa/conduta)

4. Em linha de arremate:4. Em linha de arremate:

A Relação Paciente-Médico para além da perspectiva consumeristaA Relação Paciente-Médico para além da perspectiva consumerista

O direito possui uma necessária dimensão contra fática (dever-ser)O direito possui uma necessária dimensão contra fática (dever-ser)

O CDC não tem qualquer regra material sobre o contrato de tratamentoO CDC não tem qualquer regra material sobre o contrato de tratamento

O CDC traz claras antinomias em face da deontologia e prática médicaO CDC traz claras antinomias em face da deontologia e prática médica

O §4º do art. 14 deve ser utilizado APENAS para regramento da Resp. civil Hospitais/Clínicas/Operadoras, não dos profissionais médicos

O §4º do art. 14 deve ser utilizado APENAS para regramento da Resp. civil Hospitais/Clínicas/Operadoras, não dos profissionais médicos

O ideal é que seja positivado o contrato de tratamento em nossoordenamento jurídico. Enquanto isso não ocorre, devem ser utilizadas asNormas Específicas do Código Civil, da Lei do Ato Médico (12.842/13) e,sobretudo, as Normas Deontológicas (deveres dos médicos) quedisciplinam adequadamente a relação paciente-médico.

O ideal é que seja positivado o contrato de tratamento em nossoordenamento jurídico. Enquanto isso não ocorre, devem ser utilizadas asNormas Específicas do Código Civil, da Lei do Ato Médico (12.842/13) e,sobretudo, as Normas Deontológicas (deveres dos médicos) quedisciplinam adequadamente a relação paciente-médico.

A vulnerabilidade do paciente não se confunde com a do consumidorA vulnerabilidade do paciente não se confunde com a do consumidor

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A Relação Paciente-Médico para além da perspectiva consumeristaA Relação Paciente-Médico para além da perspectiva consumerista

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OBRIGADO!OBRIGADO!@alessandrotimbo@alessandrotimbo

A Relação Paciente-Médico para além da perspectiva consumeristaA Relação Paciente-Médico para além da perspectiva consumerista

A RELAÇÃO PACIENTE-MÉDICO PARA ALÉM DA PERSPECTIVA CONSUMERISTA:O CONTRATO DE TRATAMENTO.

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A Relação Paciente-Médico para além da perspectiva consumeristaA Relação Paciente-Médico para além da perspectiva consumerista

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Cour de Cassation Relação

contratual + Obrigação de meio.

Autonomia das partes e posição de paridade. Início do Direito Médico

Moderno

Slater x Baker – 1ª sentença inglesa

relativa ao direito de

informação e de

consentimento

Pratt x Davis(Illinois)

Consentimento presumido se limita aos

casos de urgência por risco de vida

1936

1906

1767

”Nenhum médico, por mais competente que seja, pode assumir uma obrigação de curar o doente ou de salvá-lo, mormente quando em

estado grave ou terminal. A ciência médica, apesar de todo seu desenvolvimento, tem

inúmeras limitações, que só poderes divinos irão

suprir. A obrigação que o médico assume, à toda evidência, é a de proporcionar ao

paciente todos os cuidados conscienciosos e atentos, de acordo com as aquisições da

ciência (...)”(CAVALIERI FILHO, Sérgio. Programa de Responsabilidade Civil. São Paulo: Atlas,

2014. p. 431)

”Nenhum médico, por mais competente que seja, pode assumir uma obrigação de curar o doente ou de salvá-lo, mormente quando em

estado grave ou terminal. A ciência médica, apesar de todo seu desenvolvimento, tem

inúmeras limitações, que só poderes divinos irão

suprir. A obrigação que o médico assume, à toda evidência, é a de proporcionar ao

paciente todos os cuidados conscienciosos e atentos, de acordo com as aquisições da

ciência (...)”(CAVALIERI FILHO, Sérgio. Programa de Responsabilidade Civil. São Paulo: Atlas,

2014. p. 431)

2. Objeções ao mito da consumerização jurídica da relação2. Objeções ao mito da consumerização jurídica da relação

A Relação Paciente-Médico para além da perspectiva consumeristaA Relação Paciente-Médico para além da perspectiva consumerista

Page 21: XIII SEMINÁRIO SOBRE RESPONSABILIDADE MÉDICA A ......Teoria do risco (favorece a socialização do dano) Objetificação da Responsabilidade civil (não se analisa a culpa/conduta)

Cour de Cassation Relação

contratual + Obrigação de meio.

Autonomia das partes e posição de paridade. Início do Direito Médico

Moderno

Slater x Baker – 1ª sentença inglesa

relativa ao direito de

informação e de

consentimento

Pratt x Davis(Illinois)

Consentimento presumido se limita aos

casos de urgência por risco de vida

1936

1906

1767

2. Objeções ao mito da consumerização jurídica da relação2. Objeções ao mito da consumerização jurídica da relação

A Relação Paciente-Médico para além da perspectiva consumeristaA Relação Paciente-Médico para além da perspectiva consumerista

”pode acontecer que algum cirurgião plástico ou muitos

assegurem a obtenção de um

certo resultado, mas isso não define a natureza da

obrigação, não altera a sua categoria jurídica, que

continua sendo sempre obrigação de prestar um

serviço que traz consigo o risco” (2000, p. 150)

(AGUIAR JÚNIOR, Ruy Rosado de. Responsabilidade civil do médico. In: TEIXEIRA, Sálvio de F. (Coord.).

Direito & Medicina: aspectos jurídicos da medicina. Belo Horizonte: Del Rey, 2000, p. 133-180 )

”pode acontecer que algum cirurgião plástico ou muitos

assegurem a obtenção de um

certo resultado, mas isso não define a natureza da

obrigação, não altera a sua categoria jurídica, que

continua sendo sempre obrigação de prestar um

serviço que traz consigo o risco” (2000, p. 150)

(AGUIAR JÚNIOR, Ruy Rosado de. Responsabilidade civil do médico. In: TEIXEIRA, Sálvio de F. (Coord.).

Direito & Medicina: aspectos jurídicos da medicina. Belo Horizonte: Del Rey, 2000, p. 133-180 )

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Código Civil Alemão tipifica o

”contrato de tratamento”

em um microssistem

jurídico específico

2013Tribunal Constitucional Federal Alemão: o consentim

ento é exigência

ética ejurídica

Cour de Cassation Relação

contratual + Obrigação de meio.

Autonomia das partes e posição de paridade. Início do Direito Médico

Moderno

Slater x Baker – 1ª sentença inglesa

relativa ao direito de

informação e de

consentimento

Pratt x Davis(Illinois)

Consentimento presumido se limita aos

casos de urgência por risco de vida

Código de Nuremberg, 1º texto de

proclamação dos direitos

dos pacientes: direito à

autodeterminação do paciente

(dignidade da pessoa humana)

Salgo x. Leland

Stanford Jr. University Board of Trustees: surge a

expressão informed consent

Código Civil Holandês tipifica o

”contrato de serviços médicos”

1995

1979

1957

1947

1936

1906

1767

Há um consenso na doutrina e jurisprudência mundial de que relação paciente médico é contratual e com obrigação de meio (subjetiva, com culpa provada)Há um consenso na doutrina e jurisprudência mundial de que relação paciente médico é contratual e com obrigação de meio (subjetiva, com culpa provada)

2. Objeções ao mito da consumerização jurídica da relação2. Objeções ao mito da consumerização jurídica da relação

A Relação Paciente-Médico para além da perspectiva consumeristaA Relação Paciente-Médico para além da perspectiva consumerista

Page 23: XIII SEMINÁRIO SOBRE RESPONSABILIDADE MÉDICA A ......Teoria do risco (favorece a socialização do dano) Objetificação da Responsabilidade civil (não se analisa a culpa/conduta)

1. A revolução cognitiva e a importância do mito1. A revolução cognitiva e a importância do mito

A Relação Paciente-Médico para além da perspectiva consumeristaA Relação Paciente-Médico para além da perspectiva consumerista

Crânio de homo sapiens neanderthalensis

Crânio de homo sapiens neanderthalensis

Crânio de homo sapiens sapiensCrânio de homo sapiens sapiens

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1. A revolução cognitiva e a importância do mito1. A revolução cognitiva e a importância do mito

A Relação Paciente-Médico para além da perspectiva consumeristaA Relação Paciente-Médico para além da perspectiva consumerista

Crânio de homo sapiens sapiensCrânio de homo sapiens sapiens