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..-,.:--.^ ANNO XIII RIO DE JANEIRO, 14 DE MAIO DE igro NUM. 1.234 Varlotlicn humorístico Illustrado, Iil-.NCiimiinl RrjDACOÂo E |.',si:i:ll.roi:iu iX5~-Rüa da Alfândega —iX5 oontra a coqueluche c bronohitcw. Oura qualquer tosse em "21 horas. -4-í-VIDRO. O 12° ANNIVERSARIO/^J^^N -'iI \ /WY*ér* ¦ ^\iW r.-:.":y' ;>>/ //g i / / Tranquillo, feliz, ufanoEmquanto o Povo o ajudo,/ f A rir do tempo, que fogeCom seu amor, ... jornalfÊÊÊr\ O Rio entra hojeForte, alegre, jovialY J No dliodecimo anno.Goza perfeita saude.U \^j/ _ J ~~ * ——-—~— Vende-se em todas as Pharmacias e Drogarias do |.||aliMA.Uiirrir:o i( CIliMKXl JOÃO DA SILVA SILVEIRA Grande Depurativo do Sangue Único que cura a Syphilis Zi> Fabrica - PELOTAS - Rio Grande do Sul

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..-,.:--.^

ANNO XIII RIO DE JANEIRO, 14 DE MAIO DE igro NUM. 1.234

Varlotlicn humorísticoIllustrado, Iil-.NCiimiinl

RrjDACOÂo E |.',si:i:ll.roi:iu

iX5~-Rüa da Alfândega —iX5

oontra a coqueluche c bronohitcw. Oura qualquer tosse em "21 horas.

-4-í- VIDRO.

O 12° ANNIVERSARIO /^J^^N

#¦ -'i I \ /WY*ér* ¦

^\iW r.-:.":y ' ;>>/ //g i / /

Tranquillo, feliz, ufano Emquanto o Zé Povo o ajudo, / fA rir do tempo, que foge Com seu amor, ... jornal fÊÊÊr\O Rio Né entra hoje Forte, alegre, jovial Y JNo dliodecimo anno. Goza perfeita saude. U \^j/ _ J

~~ * ——-—~—Vende-se em todas as Pharmacias e Drogarias

do |.||aliMA.Uiirrir:o i( CIliMKXl JOÃO DA SILVA SILVEIRA

Grande Depurativo do Sangue — Único que cura a Syphilis

Zi> Fabrica - PELOTAS - Rio Grande do Sul

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O RIO NU—14 DE MAIO DE 1910

..&**:V«3á^ii2filHiâ:**!» f*™

EXPEDIENTEASSIOSAItBAS

Ami.... 1SS000 | | Semestre... 7S000

Exterior, anno 10Í00QNumero avulso, 100 réis

Nos Estados o no Interior, £00 reis

Os Agentes do Correio ou qualqurr pessoa que nosenviar S assignaturas com pagamento adeantado, podemdescontar

*líí°/o <1« c«mmti*sà«.

Toda a correspondência, seja dc que cspccic for, deveser dirigida ao gerente desta folha.

JYosso anniversarioA 13 de Maio de 1898, quando em lodo o Bra-

zil Sb festejava o décimo anniversario du Áurea Lei,surgia na capital da Republica O Rio Nu, um mo-desto jornalzinuo de quatro paginas destinado ufazer a abolição da... tristeza.

E o conseguiu desde logo, caindo no goto dopublico e esgotando as edições ; todas us terças esextas-feiras ns exemplares d'0 Rio Nu passavamdas mãos dos vendedores para as dos compradorescom rapidez maior do que a que emprega o diabopara se apossar da alma de um padreco.

E o jornalziuho cresceu, augmentou o numerode paginas, pussou a publicar gravuras, adquiriu ucollabornçao de humoristas de nome e de dese-nhistas aluda hoje nos piucnros da celebridade;augmeutava dia a dia os seus attrarjtivos para cor-responder a estima publica, e assim utiavessou olargo período de noze annos !

Pareceria a toda a gente de bom senso queesse jornal alegre, que tem escriptorio montado,que paga tributos ao erário publico, que tem, por-tanto, vida jurídica, estaria, emquanto nfto traus-gredisse a lei, acoberto de qualquer violência. Poisestaria enganado quem assim pensasse: no que apolicia de costumes nao viu nada que infringisse oCódigo, enxergou o catholiciaino intolerante e idiotaum attentado a moral, e dalii uma circular illega-lisMmn do boato director dos Correios prohibindo otransito d'0 Rio Nu pelas repartições postaes.

Pobre Republica ! Nao te bastava a chaga dosadhesistas traidores, que tanto te amarguraram osprimeiros annos de existência, e agora ameaça-te achaga aiuda mais infecta e mais pútrida do eleri-calisiuo corrido a chicote e a espada dos outrospontos do globo I

Mas temos fé que od Tostas uao se perpetuarãonos lugares de confiança quo o governo em mâ horalhes entregou: elles voltarão A sua insignificaucia,a ruminar orações, a desfiar rosários, a papar mis-sas e a ler os tópicos estimulantes da Bíblia nosmomentos críticos em que lhes faltar... o alento.

Emquanto isso, nOs continuaremos a confiarna Justiça, da terra, única para que podemos appel-lar com o fim de fazer retroceder a recua de hypo-critas que se puseram á nossa frente em nome deuma virtude que nao possuem.

O'Rio Nu tem continuado o continuará a suapublicação, mantendo a mesma linha de sempre eacerescentando ao seu programma o compromissode ajudar o saneamento da Republica, fazendoguerra á sotaina e aos seus adeptos.

O sr. Tosta e o* seus subordinados do Correio edo círculo vicioso que leiam mais uma vez isto:

«Certifico, em cumprimento do despachoretro, que o periódico denominado Rio Nutem livre circulação na Capital da Republica.E eu, Octavio de Albuquerque Lima, escriptu-rario o escrevi. Secretaria de Policia do Dis-tricto Federal, 18 de Abril de 1910.—Damasode Proettça Gomes, Secretario. (Estampilhasfederaes no valor de mil e cem réis, devida-mente inutilizadas).»

EVOHE!Para cantar-lhe o pulchro anniversario,Nao posso produzir verso ordinário.Ajuda-me, portanto, ó Musa minha,E como aquelle heroe da Morgadinha,Distende ao estro teu todo o cordel,Para que chegue ao fim deste papelO verso que a epopéa natalieia

Vem canlar sem maldade o sem malícia..,Nasceu este rapaz, como Ó notório,Com guizos pundurad.ia... O auditório,Ao ver aquelle appundiet! exquisito.Chamou*o de engraçado c do bonito,O que a Tartufo mctlell logo ferro...E a infte quo o... dou ít luz uno deu um borro,Tao larga estava a porta... du anciedadeCom que esperava o povo a novidade.O pequeno brejeiro, inda em fruldiiiliiis,Era adorado ale" pelas niociuhas(Juo & lar. du lamparina o devoravam,Emquanto os velhos sonsos resonuvam,Depois de o terem Jfi lido c relidoEntre um beijo chupado e mu .. sustenidolTornou-se o fedelhito um rapazolaE das calcinhas curtas a cartolaUm salto prodigioso logo deuQue a própria niae (1(1 delle surprehondeu !O publico o acclainavu quando o via ;A rapaziada se o prõgao ouvia,Em chiliques ficava; o vendedor,Entre uni vem cá e um psiu enaurdedor,Andava em rodopio, quasi tonto !Chegou deste peliz a fama no pontoDe nao haver um padre, uma noviça,Que o nao quizesse ver. . umes da missa 1Por ultimo o talento extraordinárioDo mais postal e egrégio íunecionurioDo rapazola o circulo dilataNuma estupenda o barulhenta rata .'E hoje C|lie o brejciiote, gordo e artelro,A Iroça vae levando, mui hntipeiro,Aos- pontos mais remotos do paiz;Hoje, que elle celebra o seu felizE alegre aiiuiversurio, povo, exulta!E a quem a magna acaso lenha oceulta,Fermiüam-nie que deixe este conselho:Astuta íís traves.-unis do fedelho,— Estupendo elixir que levariaDemoorito a gozar toda a alegriaDo cynico Alcazar do vicio leioE Heraelito a chorar, de gozo cheio !

Pancho Toreeo.

Um motornelro da Llght foi tomar banho domar com um companheiro u quando estavam ma-

C cm m en fartosPóST-MA das questões discutidas pelos jornaes' ' a das ruiiuis do lii-tituto de Musica.IcJCji' Dizem que o edifício está a cahir de

qj^s>c^P velho.Homem, o quo admira 0 que um Instituto...

de musica sinta falta de conceitos. Parece men-tira! Uma cns*a que tem nmis de seificeiitus altim-nas, todns mnçus de doze a vinte timios!

Porque o£\o realizam ellas os concertos? Moçasnessaidu.de o sonda mais. do Instituto de Musica,devem estar iicos-tumndus a tocar.

Em geral ellas tocam tanto que andam todnsmagrinhaw u pallid--^.

Aquillo é ds tanto locar.

Queixam-se porém de que n5o ha dinheiropara esses cimeertnH de que o edifício necessita,

Oii eco?. ! Ah pr.ipria.-i alumnas podem reunirbons cobres. Sao todas moças solteiras, uao devemnadar em dinheiro, mas mesmo que cada urna dôapenas os viutciw que poat-ftd, as seiscentas juntaspodem arranjar pelo menos... ora vejamos ( 600vezes 8 silo 1800; 1800 vezes 20 róis, 38S000) podemarranjar Sl3$000.

Que diabo ! Tara começar já é alguma cousa.

Também tem sido muito censuradas ao go-verno as exnggeradas despezas feitas eom a saddepublica.

De facto, tem-se posto fora muito dinheiro sópara cuidar de febre amarella, varíola, etc.

Francamente a saúde publica nao depende ape-nas d'es8ss moléstias, ha outras que ameaçam aintegridade da gente e o governo nada faz paracombatei-as.

Nao basta matar mosquitos e distribuir vae-ema. Acho que o governo devia também dar caçaa certos focos de infecçüo que chamam pudica-mente «parasytus das rótulas», e distribuir, alémda vacciua, frascos de Sanlal Midi, Permaganatode potássio e injecçOes de mercúrio.

bon despidos no quarto, o outro roubou-lho noventamil réis.

Pois olhem que o motornelro queixoso aindateve multa sorte.

O outro podia ter-lhe tirado mais alguma cousa.Quando uma creatura estíí despida num quartocom mu homem resoluto uao sabe o que esta arris-cada a perder.

Atinai parece que ntto temos guerra na Ame-rica do Sul.

E' verdade que n Equador, armado como ho-mem, chegou n invadir a Republica do Pertl; masagora declara-se disposto a dar reparação do atten-tado.

Vao ver que o caso acaba em uma Pretória.Pelo menos 6 assim que acontece sempre que umapessoa invade outra o quer dar reparação do malque fez.

ZB FIDHI.IS

GONOL ÊINFALLIVEl MA CURA RAPinAoasCONOR-rhéas-a'gudas E CHROiNICAS as mais re-a EIDE S. tuta mhkhs agoi/mtevjm cdmhiçoçoií.

ConsultórioA grande aflluencia que temos tido de consultas

sobre diversos ramos de conhecimentos humanos,e especialmente sobre cartomancia, esoterismo,symbolismo, piiulheisnío, mucioteixeiriomo, her-misiuo, ruysmo, caradurisuin, curandeirismo, medi-cinismo, cutholicismo e charlatanismo, obriga-nos acrear o a manter uma seecíto permanente pararesponder a todos os quo pretendam conhecer ofuturo, o presente e o passado, adquirir meios defortuna, ser feliz em amores, evitar asiufldelidadesconjugaes, etc.

Do interesse da nova secçtto poderão julgar osleitores pelos respostas que hoje damos a váriosconsuleutes:

Sr. Anselmo Pamonha—-Você está justificando apropriedade do seu appellido. Então se sua mulheresta grávida e você confessa que ha doía annos naodeita uma gotta de azeito na lamparina, como podeadmittir a hypotbese de ser seu o filho ? Diz vocêque e spirita. e que aquillo pode ser obra de umespirito devasso, lias por onde so metteu o espiritonu corpo da sua cara metade ? Diz o nosso médium,que é um admirável rival de Eusapia, aquellaprodiginsa napoliifina que assombrou Lombroso:—« EtiUei, up.d|ieí D enconlrei uuj pe jueno volumeque pela conformação e pelos appendices deve serum vitello.» O sr. Pamonha ha de desculpar-nos,mas se o nosso mcdtum aflírmar que o produeto doventre de sua senhora e um vitello, então vncflenganou-nos: é .seu filho, bem seu filho...

Sr. Paulino Pnâca — Olhe que o amigo arranjouum nome que deve parecer-se com o senhor seuavô I Quer enlau saber que vem a ser umas cousasduras que lhe nasceram na cabeça? Ahi vae odiagnostico do nosso soiiinamhulo:—«Cancro durocom hydrocelle nos miolos.O paciente esta prestes acnsur-be com uma moça loira e hysterica. Ao fimde uni mez de casado, apparecer-lhe-hao na fonteduas saliências corneas: o paciente nao deve preoc-cupar-se com esse enfeite, que lhe abrirá todas asportas,., inclusive a do curral da avó.

Sr. Carvalho Teso — Um carvalho teso a quei-xar-se de absoluta frouxidao viril I E' a maior duscontradicções, nao acha ? Você jâ experimentou ascantbarídas? Já comeu pé de moleque feito pormao de bahiana? Jâ viu Bua prima Delphinabanhar-se em trajes paradisíacos? Aiuda nao. Jb*oistente estes recursos, que uao sao mitos, e volte.

Sr, Máogalho — Monte a cavallo no próprionome, pouba os vizinhos na garupa e vâ a todo ogalope: sua mulher esti dando á luz na Hospedariado Sol, e o pae da criança nao tem leite para darao filho.

POSTAES-SONETOS(Ao Frei Posta)

Queira acceitar, õ nosso irmão e amigo,\ Embora sendo um chrouico adversário)Um simples rpjatozinho do mastigoEm nussa festa, em nosso Anniversario.-

Franqueza franca, 6 caro irmão, vos digoQue a cruz, a levaremos ao Calvário.Emquanto ao resto... ao resto... eu nao prosigo,Pois, toda a gente cumpre o seu fadario.

Venha, Frei Posta, hoje avançar comnoscoNo grude, embora um tanto escasso e tosco...No qual hao ha «faisões», nao ha «perus»...

Mas, seja como fòr, ou como fosse,Ha de comer â farta, comer doce...De calda, se trouxer alguns cus-cás...

FbSi Caneco.

¦'"W- *^* t&f>'-i-y,i4<è,*tji<ihyHttfr-;

Ò RIO NU—14 DE MAIO DE 1910

Çambiarras

fPk&JVAis

um horrível assassinato acaba do ser

IYtI praticado no theatro Carlos Goines.sendoíCjWiJL vlctlma desta vez uma mimosa «üeisha»(cí>üC__3 por nome Bau.

Apezar disso, a Indigitada criminosa, uzeira ovezeira em crimes dessa natureza, continua impune!

Nao nos dirá o actor Gonios quando pretendeperder a munia que tem de estar sempre a açularcaes, em scena ?

¦SE-

Esta provado que o Cboby ( oi! actor doApollo.

ü 1° em «banhas, e jautares, entenda-se.

„¦

No Carlos Gomes:Então, a Maria Amélia lem agora quem lhe'

defenda ,Qual! a menina arranjou um advogado

mus... quem tem quem lhe dêfemla 6 elle,..

Maia uma vez o Pinto Eamos mostrou quantoé hábil a puxar o carrinho de Miss Molly, na«Geisbu».

E' uma verdadeira cieuçRo do rapaz I

3_Caso seja aqui oíteiecida alguma ceia ao actor

Pinheiro, pelos seus collegas, o certo que o Heu-rique Alves uao arma em ereado desta vez.

Pelo menos, ê essa a .-ua intenção.3&

Síibe-se quebreve agnicittdaArmas-Longas».'Bom

proveito lhe faça I...m

Disse-nos o iinsso amigo Raphael Fakir Mar-

que» quo muilo bem se tem dado Mlle. Jusette como uso que tem feilo ria A Saúde da Mulher.

Era de et-perur isto mesmo.

Qual serS a prenda promottlda a Bertha peloArmuudiuho, paru quo a menina lhe vil coutar oque so passa entre os demais artistas?

O Pinto Ramos sempre tinha a curiosidade desaber isso.

O ESCARAVELHO

a sra. Zulmira Eamos vae ser emcom o titulo de «Condessa das

i&Por iuformaçCes que possuímos, o a/lista pi-

zinhos vae deixar o iLeutio para se fazer pregadorde cartazes.

Ora até que o Grijó atinou com a vocação 1

_?-Poderão os senhores informar-nos o que é feito

da actriz Laura Quelqlle Chote, que para ca veiuha tempos? ... , . T «

luteressamo-nos por isso,a pedido do actor JoãoSilva, que fuz grande empenho em descobril-a parauma tepriíC.

mAo voltar a Lisboa o Lopo Pimentei deita-se

com certeza a afogar num... lagar de vinho, tal éa saudade que tem do bom verdasco.

O Henrique Alves que o dissuada desse in-tento 1

__•.

O admirável cômico Bertlnl foi assistir ao«Vendedor de Pássaros» pela grrrande companhiaGalhardo.

Gostou tanto, ficou tao enthusiasmado que aolim do espectaculo dormia a somno solto I

O' sâr Carlos Vianna, estará vossemecô a pra-ticar também paru cocheiro de .trem»?

Que diabo fazia então sobre a bolea?

2_-

Ora ahi esta I Tanto audou o gajo a avelludaras meninas do batalhão do general, que acaboutambém por fazer uso do EUxir de Nogueira, dochimico Silveira.

Quem o mandou ser tno mettediço ?...•se

Ai, que rico vestido (du tempo dos Aflousiuhos)trazia a Bina por oceusiao du um dus últimosensaios! ,,

Aquella preciosidade esta mesmo a pedirMubcu !

3_Saberli a Marialina quo o Olympio foi aprender

a cantar com uma .bailarina descalça»?Pois, se nfto sabia rica sabendo.

Aluiu üu respostas

Chaby — Temos para breve um excelleutejantar. Nao nos esqueceremos do amigo.

Kapliael Matques — Bem sabemos que ostãugoru urtistu, mas que diabo! somos os mesmos dotempo em que o nao era.

Auzenda — Faz muito bem; a outia nao 6melhor em cousa alguma...

Maestro Gomes — Então, so de camarotes paraa Cândida foram 3Ut> bagarotes, hein I

fosé Rica, do — Mal comparando o amigo até

parece um gallo no terreiro I...

O Fura.

Scenas de jÇ/cova 22

(HISTORIA DE UMA CASA DE "RENDEZ-VOUS"

BomancB realista — por D. VILLAFLOR

Faz annos amanha o nosso Escaravelho. Co-nhocem-uo? Pois o Escaravelho 6 o camarada maia

plio ( nao dizemos páo aVagua para uao o arreliar )que temos cá por casa.

Pois 6 verdade, o pândego faz annos amanhae como ande meio curto de arames resolveu trans-ferir o banquete que pretendia realizar na sede doCirculo Catholico, ollerecetldo apenas aos amigosum copo d'agua... ardente, ali na capetltnha daesquina.

O Escaravelho, a quem abraçamos antecipada-mente, devo andar pula casa dos 16 bem puxados,mas temos f<5 que ainda o veremos fazer 09, e saoestes os nossos votos sinceros.

Ilcst-oliortaK e sui'i> rezas

(Continuação )

As oulras mulheres levantaram a cabeça. Umasriam. outras i-eii.-nruvam, com gestos inequívocos,aquella scena. O homem em questão mordia otugode, visado.

Esther, com voz estridente, continuava:— Que eu hfl" preciso. Nao pense que digo isso

paru me agarrar a viujê. Se tumbem e.-t« embeiçadonela Clunsse, vi com ella, nao me importo. Mast\. Marianna é que nao devia fazer e&sa canalhada.Quanto a você. pode ir com uquella wemght. Só oune lhe digo é que os homens quaudo andam aprocurar ea-ua cousas «3 poique ja es tfto sentindofalia de . .

E soltiiu um palavrão torpe.O liomemziiiho recuava, appioxiniavu-se pra-

denteineuU' du poria secriUi.

Au Bijou de Ia Mo de— £w!ilf_p£dos. p.r atauarlo e « varejo. Calçado nacional e es-trang-e.ro pira hmneus, senhoras e crianças. Pecc-jsbEiratUsimoa. rua da. Uarioca u. tiO.

Peitoral de Angico PeiotenseRemédio infallivel para a cura da tysica,

bronohites rebeldes, anginas do peito e para exter-minar por completo a tosse, por mais tenaz queella seja—taes sao as prodigiosas virtudes deste

preparado que todos os doentes devem experi-meutar. .

Depositários: Eduardo C. Sesueira, PelotasDrogaria P» checo, Rio de Janeiro — Bardei,

& C, Sfto Paulo e Drogaria Colombo, Santos.

DecepçãoO baile ia animado

Ninguém uuquellii casa estava triste,A nfto ser a sopelra, um mulutao,

Que o pi fio namoradoNfto vira em todo o dia...

Nfto resisteA' ausência de um sO dia o coração 1

.0 Heitor, apaixonadoPor um fandanguassti cidadenova,Onde affectados ss sfio freqüentes,

Havia ja p-e liadoUma assanhada loira que uma covaFazia a rir, mostrando uns belios dantes.

E a loira raparigaNao ora indiflerente ao petulanteOlhar que lhe deitava o bello Heitor.

Por isso ilida ha quem digaQue numa valsa alegre e estimulanteDois beijos se trocaram com ardor...

Depois a loira fadaNos braços abalou de oulro valsista,Emquanto o bello Heitor inspecoionava...

E foi feliz, pois uudaNotou que lhe pudesse dar ua vistaEntre a loira e o rival com quem dansava.

Em mu dos mil volteiosNolou, porGtn, Heitor, muito intrigado,Que uma coisa cahirá A loira ardente,

— nTalvez fosse dos seios...Talvez fosse um lencinho perfumadoDisse comsigo Heitor, avidamente.

Como ura ladrão vulgar,Ergueu-se da cadeira, e sorrutoiroOs passos seus dirige, de mansinho,

Para dado logar ;Mas quaudo o objecto apanha, mui lampeiro,Viu que era um pauno... um pauuo bem sujinho!

Panciio Tokebo.

Paraizo Cíix-ioca — Inaugurou-se quar -ta-feira ultima, no Largo ila Carioca u. 13, estebem montado estaoeleciniento de fruotas e bebidas,de propriedade do sr. José J. Ribeiro, que se podegabar de que nfto teme competidor.

Mil prosperidades sao os nossos votos.

D. Marianna iutervtiu.Entfto, doutor, o senhor vae-se embora por

causa d'essa tolice ? Nao faça isto. Essa boba naosabe o que diz.

Mas jit a Esther espetava o chapéo na cabeça,espumando de raiva e dizendo que nao ficava maisalli... Alli nao havia lealdade e ella queria umacasa séria.

E' bom mesmo, ê melhor que você va-seembora. Eu nao quero escândalos aqui.

Antônio era todo olhos, todo ouvidos, paraapreciar o caso; mas, de repente, tocou uma cam-painha na sala de jantar e, olhando para um qua-dro numerado, que havia na parede, d. Mariannadisse-lhe:

Eapaz. Estão chamando no numero o.O criado apressou-se. Disparou pelo corredor e

jâ encontrou a porta do quarto entreaberta. Tocou-ade leve e logo lhe appareceu a mocinha; appareceude lado, meio ooculta, deixaudo ver apenas a oa-beca e um hombro— mas esse hombro, franzino edelicado, estava descoberto.

Toalha ! — disse a mocinha com ar abor-recido. __, ,

Esqueceram-se da toalha. E' jS a segundavez que d. Marianna me faz essa pilhéria. Vá de-

pressa. Falle com a preta.Antônio galopou de novo pelo corredor. Na

cozinha interpellou a preta que correu afflicta,deu-lhe uma toa! . i de felpo, dizendo:

— Corre ! Chi I... À patroa vae ficar dam uada.O rapaz voltou num pulo. Masja a mocinha se

afastara da porta e Antônio viu-a correr do fundo ¦

do quarto, tendo sobre o corpo «penas a camisaque aindu lhe pendia cora cuidado em torno doaquadris. Approximou-se assim, andando oom geito,separando muito os pés.

, .Recebeu a toalha e fechou a porta bruscamente,mas Antônio ainda teve tempo de ver o leito esobre elle o velho, estendido, apopletico, tao ver-melho, eom o rosto tfto transtornado, que pareciaarquejar, com os cabellos collados íi testa por umsuor abundante.

Essa visão deixou o criado tfto vibrante, queaté esqueceu a scena de ciúmes de que nunca soubeo resto. Quando elle voltou & Bala de jantar, jí aEsther alli uao estava nem o doutor. Teriam sa-hido ? Teriam ido fazer as pazea em algum quarto ?

Antônio ignorou para sempre. Também nfto aepreoecupou mais com isso. Tinha tanto que ver !

Até as cinco horas a oasa esteve em reboliçoconstante. Vieram ao todo, durante o dia, nove«moças». Homens vieram mais de quinze e, nomelo da actividade do serviço, que o reclamava,ora a um ora a outro quarto, o criado nao tiuhaum momento de calma... Todo o seu ser vibravana admiração, na curiosidade do gozo de observaraquellas scenas. \

( Continua.)

O RIO NU - 14 DE MAIO DE 1910

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á vuii.l,, .,'o;;„500 réis nada exemplar, m,,

.•cio SOO róis.

.Vai

—Ah, rillni!de calca verde dá

Nao levantes as saias assim ! Quando to vejome vontade de ser um burro.

'"¦*^«rai(<-"ViBi-\tl^

Será uma nymplia uma fada íAlgum gênio da Üoresta ?Alguma deusa encantada 1Ou feiticeira modesta ?

p»-»r~-~-—~.RAZÃO SIMPIsES

SílSsif «le Turubi Comiiohi.0 «Pm- indicaçãomedica, principiei a tomar o Elixir de Turubi Composto, formulado sr. phantiaceutico Benjamim dos Reis (Depositário EduardoO. Sequeira, Pelotas) Tendo obtido logo melhoras, resolvi conti-nuar a Fazer uso deste remédio depurativo, com o qual, depois dealgum tempo, tive a satisfação dc ficar radicalmente curado, Sãopassados dois aunos que obtive esto resultado e ató esta datanada mais senti, nem mesmo dores rhoumaticas em qualquer partedo corpo, achando-mc forte e gozando de melhor saúde.—Bio

Divina, p'ra dar ventura... Grande, 1 de Outubro de 11)00.—Joaquim Baptista de Oliveira..Toda a mulher tem feitiço. Encontra-se ií venda em todas as pharmacias e drogarias-

V;.-^-.--.-. Deposito : em Pelotas—Eduardo' C. Sequeira. Rio—Drogaria Pa-checo, iiua dos Andradas n. 95,

Com certeza é tudoNão precisa ser croatur

y^W^t!

y^P>2C^cs.fina*" QiémiWíS, r~

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Iflil jjy\X>ví!

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Pois sim ! Agora todos adniranminha pelle rosada, Mas antes ile ornaio Elixir de Nogueira, eu não tinlif nadnd'Í8S0. i ;T- ,-::ii_-;r.j_-,,.i.»

ESTRÉA DIFFICIL,

W&M Ia . I Jcííí 0 .

tev>-

—Ae meias posso tirar, mas a camisa não... Pois o sr. nãosaije que o Circo Üatholico ii tão quadrado que não adroitte a es-th ética '}

— OIi, Júlio : nao me beijas assim; jíi me tiraste o pd do arroz duascs. . .

E ho duvida», tiro-te tres.

Que é isso rapaz, vocü r.fto so resolve.'—Olhe, moça ! Não vô que ó a primara v

nho numa ema assim. Ho a senhora ao monodasse a entrai*... no nssumpto

Ah, isso não posso fítsaerú que tem de ent-rar...

; Posso animal-

O RIO NU - i.( DE MAIO DE 1910 5__ ..-. |f

iWoaqu.il Garantimos a legitimidade das nossas navalhas ftlllctte» -t—?\. fttV ^-V 'C^.^ ."e3sas. e orientamos aos nossos amigos e freguezes que só ^^WJR^y) f¦ ^-."'¦¦ 1'':''-fl. f|V/ /7«apwes. existe uma qualidade de lâminas para as mesmas, va- ^ãíívSül^v^^ v ^9 /yA;**I-^*- riando unicamente de acondicionamento. /}Cr^^3¦ *£" • ''¦¦'¦'• ~^^"Sf*\

mhm áplC^M^ii \ Pelo Correia - - - - 4SOO0 (^/V ¦ 1 V /WO .\\

£j 60ELH0 BASTOS & Q. I 0\ j^^^^^w/ MM 43 e 44 Rua dos Ourives 42 e44 m \ ff^^MM Vil/ em

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O Jíío JV-tó, colhendo mais uma flor no jardim de sua preciosa existência. íí' o duo-décimo anuiversario. Mas por íbso não se diga quo é um anniversario das dúzias.

resolve'.'irimelra vez quo ve-

ao menos me aju*1

so animai-o mas vocú

-Oh, homem 1 Pois você fica abi a dormir na cadeira oir.

dc vir pura a cama ?!, —Naturalmente. Eu aqui posso dormir sncegado. Ao passo quo

se fôr para a cama... vocô nao me deixa dormir em paz.

TÔNICO JAPONEZ—Para perfumar o1 cabelloe destruir os parasitas, evi-tando com o seu uso diárioiodas as enfermidades dacr;bei;a, não ha como o To-nico Japonez.—Rua doaÀndradas 95.

T irrvr Tihains De granado & o. é oLdlAM llIJdlHd depuratívo mais efiioaa erecommendado—Rua Primeiro do Março n. 14.

Üma Ceia eiegpe ííHSífeottdo. Acha-se à venda n'0 llio Nu—500 réis, cadaexemplar, pelo correio 800 réis» ,y ¦

- -1"- ,- •

O RIO NU—14 UE MAIO DE 1910

«.IQDEI admiradisslmo quando, íl 1 hora damadrugada, descendo vagarosamente paraver so ainda encontrava um camarada eevitava assim a estupidez de ir para rasatao cedo, vi o Raul que atravessava a ma,

do outro lado, com ar melaucholico.Olll... Tu por aqui ainda ! Mas nao mo dis-

seste, ha um mez, quo ias partir para Manâos?.,.Que tinhas arranjado uma apresentação valiosapara um seringueiro millionurio... um tal J3or-dallo ?

Nao era Bordallo, era Bordilo.Mas o tal plano de que mo fallaste, o pro-

jecto grandioso de ir trabalhar nos seringaes dovelho, bem recommemlado e fazer fortuna einpouco tempo... Aquillo tudo era lorota, heiu ?...

Qual lorota! Era um negocio feito, garan-tido, seguro... para me enriquecer em poucotempo... Maa falhou do modo mais estúpido d'estemundo.

Por causa de uma mulher. E' a eterna bis-toria do rabo de saia estragando a vida da gente.

Mas como foi isso? Conta, homem.Ora, nunca serás capaz de imaginar cousa

semelhante. Era um negocio soberbo. Eu eucou-trava a minha disposição um logar de futuro, apossibilidade de mostrar iniciativa, actividade. OBordilo eslava â procura dc um rapaz sério e dis-posto a trabalhar, que fallasse inglez e quisesse irtomar conla de suas enormes plantações de borra-cha. Eu iu-lhe ser apresentado, naquelle dia, emcasa do commendador Tavares e, assim recommen-dado, desde que me atirasse ao trabalho, teria empouco tempo interesse na plantação, ao fim dealguns annos seria soeio e talvez genro d'aquellehomem que conta os coutos de réis tos milhares...

Mas como foi que?., .—insisti eu, impa-ciente.

Tudo porque eu tive preguiça de vir a peda Prainha ao Pavilhão Monroo e tomei o Auto-Avenida.

Ora essa!E' como te digo. O destiuo de um homem

pôde depender da circumstancia maia insignifi-cante... principalmente se o raio de uma saia semette no meio. Ora, imagina que eu titiha de serapresentado ao Bordilo, em casa do Tavares, as 8horas da noite. Ja lhe tinham fallado em mim,elogiando minhas qualidades de iutelligeneia einiciativa, meu amor ao trabalho... em summa,indicandu-me como o rapaz que lhe couviliba, e ohomem já tinha resolvido levar-me. A apresentaçãoera apenas uma formalidade para que conversas-semos. No fim de oito dias eu poderia partir para onorte, para o seringal formoso, o Eldorado.

Eu até jâ andava fazendo compras.Eram 4 horas da tarde e havia nesse dia nao

sei que diabo da festa. A Avenida estava cheia degente, de batalhões e bandas de musica.

Você" bem sabe o horror que eu tenho â mui-tidao e as feBtas de rua. Eu estava alli perto daCaixa de Conversão e precisava ir á Lapa.

Que fazer? Atravessar a Avenida inteira a põ,no meio de todos aquelles giupos, sendo obrigadotalvez a parar nas esquinas paru esperar que osbatalhões passassem? Ir A rua Direita tomar umb.onde da Lapa ? Pílulas I Teria que andar muito eeu nao estava disposto a isso.

O mais simples era tomar o Auto-Avenida.Com aquella multidão é claro que o auto levariaum tempo enorme para atravessar a Avenida, deponta a ponta, mas sempre andaria mais depressado que eu a pê. De mais, eu iria sentadinho, muitofiocegado.

Fui até o largo da Prainha e sentei Ja bem nofundo, .

Mas, ao que parece,, muita gente tivera idéiaigual a minha, porque o Auto-Avenida encheu-serapidamente. Os dois bancos de um lado e de outroforam completamente occupados e até na pequenaplataforma que o auto tem por traz amontoaram-sevarias pessoas.

Estava que nem um ovo o automóvel. Eu, en-colhido no meu canto, tinha a meu lado um velhogordo e pançudo e diante de mim uma velhota ma-gr a, de nariz pontudo, óculos e capotado séculopssaado.

kit

Por que diabo aquillo uao seguia? Ja estavacheio, podia seguir..,

Olhando para a porta, vi que a plataformaestava upinliuda; havia até uma mulher, alli, depé. Nao lhe podia ver o rosto, mas via-lbe a saiaescura.

Nao dei importância ao incidente. Nos dias defesta jft 6 tao coniiuuin ver senhoras alé nas plata-formas dos bondei-... Demais, eu lia muito tempodeixei (festas delicadezas com mulheres desconhe-cidus. Em geral sao umas mal educadas. Um rapazlevanta-se, sao da ponta do banco para que ellas'entrem sem incommodo e ellas tepiuipam-se, semum agradecimento. l?so quaudo nfto mandam omarido sentar também a-seu lado e deixam o rupazque qui/, ?er auiuvel pendurado no estribo...

Eu lenho por systema uao me ralar quandouma mulher se approxhua de um bonde cheio,para Ver se algum bobo lhe cede o logiir, uii quandoellas oe plantam nas plataformas. Do mi do quenao me iuconniiodei. O que eslava me aborrecendo6 que o ladiao do auto.novel nao se mexia... Porrim andou um pouco e parou a esquina da rua Actepara deixar que um batalhão passasse.

Volteinie irritado e vi que u velliote a meulado IHuva-mu também com ar fmioso.

Era um velhote pauhola, de ciulete branco en-gommado, grossa corrente de relógio, um brilhanteenorme no dedo, chapéo de Chile alvisaimo, bigode

g\Ã "

li

d£iz§kJÊ? 4\X\fFé E \x\f

Meia hora dtpoif Uoe o prazer de vd-a em seu quarto.

branco mas frisado. Eu, attiibuludo o seu olharfuribundo a indignação igual a minha, pea de-mora do auto, sacudi a cabeça, murmurando:

Que poucii vergonha, essa demora ! Parecementira!

O velho teve um movimento de recuo, comose eu tivesse dito uma enormidade. Depois, eu com-prehendi que elle se escandalizara oom tueu cynir*-mo, dirigiudo-lhe a palavra, e que a indignação deseu olhar era provocada por meu procedimento.

O velhote nfto mais me oceultou soa impressão.Franziu o sobrolho e disse em voz alta:

Maior pouca vergonha é a fyltu de educaçãodos rapazes de hoje, que, vendo uma senhora depé, nfto se incommodam. Ja que o senhor, que émoço, nfto offerece o seu logar, cede eu o meu !

Ergueu-se. ^ Nesse momento o Auto-Avenidarecomeçou a andar; o velhote cambaleou, quasicahiu em .cima da velha pariguda; mas, aindaassim, aos trancos, dirigiu-se até íi poria estreita eahi, offerecendo galantemente a mão â senhoraque estava de pé, fazendo-a entrar para o interiordo auto e passando, elle próprio, com grande diffi-culdade, a barriga para a plataforma, saudou-aainda com um gesto muito atrapalhado pelo ba-lanço do vehiculo.

A creatura que fora causa da indignação dovelho e merecera tanta atteuçao de sua parte,

atravessou a estreita passagem entre os dois ban-cos e veiu sèntar-se no logar que o velho lhe cedera,iato é: a meu lado.

Isto 6, eu digo que ella se sentou... a verdadeé que, com o sacoiejfto do auto, ella, pura melhordizer, cahiu a meu lado.

E eu, que, meio vexudo com o que o velhofizera, abaixara a cabeça, resolvido a nem olharpara a causadora do incidente, voltei-me e, coinmovimento instinetivo, umparei-a.

Vi então que nao era uma senhora, era umarapariga e, por signal, bem bonita... Isto é, uaoera um lypo de belleza, mas era muito moça aindae encantador», excitante, d'fcs.->as que bolem comos nervos da gente. Una uarizinho atrevido,, olhosvivos e riwouhos... sim... d:e3ses olhos que riem'bocca fresca e vermelha, nelle muito branca. . e o>corpo todo mignon, mas tfto bem acolchoadiuho..,

Demais, a rapariga linha assim um geito espe-ciai... nflo parecia cocotte, mas também nfto tiuliaares de ser um drngíU) de virtude. Era um d'essestypos de modista, independente e que acceita umaaventura, nao por interesse, mas por.., amor aarte...

Quando a ampurei, ella riu. Biu do lombo queia levando e do susto. E tflo bonita, a meu lado.,.e estávamos alli, tfto apertados, no banco... Nftome conlive. Disse-lhe, a meia voz:

Viu a vergonha por que pa-sei ? O que ouvid'aquelle velhote, por sua causa ?...

Vergonha, nflo — protestou ella.Vergonha, rira. Mas nflo me importo ¦—

disse eu — sujeitei-me a tudo, mas consegui o quequeria. Que era? — perguntou ella.

E seus olhos com expressfto de espanto, aindaeram mais seduetores.

Ficar sentado a seu lado...Ora! —exclamou ella num muchocho.

E confesse que embrulhei o velho. Ellequiz mostrar-se gentil e eu é que ganhei a venturade ficar aqui, sentiudo-a tflo peno de mim e depoder diaer que é a mais liuda creatura d'estemundo.

ILUa riu, (Tinha dentes de maravilhosa belleza.1B disse: ,

O senhor tem graça. Ora se eu vou acre-ditar...

Porque nflo acredita? Eu fallo-lhe sincera-mente. P«ra que havia de mentir? Nao u conheço,sei que nada po.-so esperar da senhoru. Sei que...se eu a convidasse para ir d'aqui dar um passeio...para eu poder gozar de sua presença, alguns ius-tatites, a senhora rtuusaria.

Ellame-fUou com um risinho malicioso, mi-rou-me da cabeça nos pés, com o olhar inquisidore rapúln tias mulheres, que tudo observam etn meiominuto... Ficou quieta, de cabeça baixa, umpouco; depois respondeu:

_ como 6 que o senhor pode affirmar queeu recusaria ?...

Ora—cuneluiu o Raul, apertundo-me o braço¦- vocô conhece bastante este pe»?oal, pura que medispense de te contar o resto da scena. Basta quete diga que a velha nariguda mostri>u-se eacandaíi-sada e que, ao descer do Auto-Avenida, acompa-nhei a raputiga... seguimos juntos pela calçada eeu, vollaudo-me, aiuda pude gozar a cara de aasom-bro do velho, que me quizéra dar uma lição degalauteria.Mas que tem tudo isso com o fracasso doteu negocio du seringal?—Ah! jâ imagino, vocêperdeu tanto tempo cora a rapariga, que chegoutarde em casa do TavaresQual! dist-.e o Raul, com ar sombrio. —O diabo da rapariga morava perto; meia horadepois tive o prazer de vel-a uo seu quarto, em

, uma pen*ao da rua du Riachuelo. A'n oito horasem ponto entrei na casa do oomtnendador. Esta-vam varia.-t pessoas uo salão. O Tavares, ao ver-me,exclamou logo:

Olha, Bordilo. Cá esta o nosso homem.Ia upresentar-me ., Maa estaquei, gelado.

Imagina que o Bordilo, o homem de Mauáos, omilliouario que devia fazer miuha fortuna, era ovelho do Auto-Avenida.

D. VlMAFWM.,

LUCTA ROMANAA empreza F. Serrador iniciou na terça-feira

ultima o campeonato de lueta romana, disputadopor nove mulheres de conta, peso e medida.

O S. Pedro eucheu-se a abarrotar, mas a faltade luz electrica prejudicou a marcha regular doespectaculo.

Nas torrinha*, a rapaziada piutou o sete Infor-mam-nos que um conhecido beato postal lâ seachava e, quando viu o theatro aa escuras, iuiciouuma ladainha que os espectadores ei«u pem acom-panhavam com um ora pro nobis unisono; quizassim o fradeco remir o feio peccado de ter cornpa-recido aquella casa de espectaculo, cujo attractivoprincipal eram as fôrmas opulentas das iuctadoras

em plena evidencia. ( Que Deus nao nos castiguepor tamanha heret-ia.)

O Circulo Catholion, consta, vae reunir-se elevando a frente o seu mais proeminente membro,o sr. Tosta, pedira à pulicia a proliibiçAo da luetapor... iminoral.

O Dr. íjeoiii Ramos, com seu incomparuvelbom senso, muudata bugiar a tropilha.

F:F

O RIO NU—14 DE MAIO DE 1910

Jías zonas...'evtdo ás conversas nocturuas com o «ostü-

daute», nos botequins da Lapa, a Li naChora ua Cama, da «Bancada Mineira»,W

ir^cvíO chegou ao pouto de só ler dois «bate-•enxuga». ,, ,

Provavelmente, quando a giga soltar o «balôo»na Maloral, esta abrirá ainda mais a bocea !

Vendo que o offluio de penteadeira leva-va-lhe a banca fi gloria, a Rosinha Pivete moderni-sou-se... iustallando-se nu zona Mangue.

E o moço, consentiu ?Diz a Lourença Cabeça de Morcego que a

Nalr dos Tamancos, apezar de se ter feito trotleweâs pressas, precisa abaixar a «proa- e lembrar-se dotempo em que «chapava* aos pés da cama.

Estragou-lhe o capitulo, hein, dona aquella!Com a abarraoayao do Manduca, a Isabel

Goitosa chora o seu «iniuitillio», emquanto a DalilaPisca-Pisca banha-se na «gruta» que aclualmentepertence a Eosa.

Nfto vfto estourar o nô /...Afunilam que o Macaco Pbotngrapho met-

teu se com a Diana Folhuda o a Emilia Bexigosa,só para dizer que linha duas amantes.

Mus, jík Macaco, como 6 que você se arranjacom duas si i.ao pode com uma?...

Para fazer figa a Saruh Bull-Dog, o Dr.Sciencia faz as suas variações no «suspiro» daMarietta Passo Curto, do «Centro das Gallinhagens».

' Cuidado que ao puxar a ficha nao suje o pannoverde !...

Consta que a Rosalina Bedelho, depois deconceder a um primo as primicias de uma bancamoderna... deu paru vender passagens paru aOrópu ao Avelino

Diz a Adelaide Ciiupeta que a velhuscil estaprecisando entrar outra vez em uso da A Sonde daMulher. ,„,,„.

jíoi grande o desespero do Carvalho IJrote-gido, ao dar de cara com a Cabocla no chateou doHoracío, Por um triz o camarada fazia uma «tragi-cura» dos diabos !

JE' de crer que, por essa falsidade, o Horacíosej.f desafiado paru um (lucilo a espeto!

_ Toda cheia de massada, foi a LudoviuaLigthaos penates do Zê Taquarussrt, saber sc o camaradaandava mesmo trataudo do «passarinho» da Syl-vana. , , ,

Querem ver que a gaja esta com vontade dearrumar o jockey outra vez na Ordem !

Ao que parece, a Santa «jâ começa» a abor-recer de novo as «suas coisas», fazendo o «üorista»cahir na rua

Está vingado o Lemos BocO lFoi medonho o desespero da Ottilia Macaca

Chimpuuzê, ao ver que o seu plano para o policial«engaiolar., o Chico Praça nao surtiu o desejadoerfeito, o que o resultado disso foi levar umasvalentes chulipas aiuda por cima.

Bem dizíamos nos que o «feitiço virava contraa Macaca! ...

Diz a Maria «500 reis» que, si o MaurícioEstudante quizesse bancal-u, ella jogaria a «uava-lhinha» pela janella afora.

O bonito vae ser quando a Albina BarataDescascada souber disso !

Afflrma a Maioial Tres Gostos que a bolsade prata que a Pequenina Cegonha quer rifar por«200 fachos» nao valu nem meia pataea.

Diz o Gallo de Briga que, si empatar com oresto dos bilhetes, é forçado a deixar a C otildeBeiço de Porco no «ora veja» por alguns dias l

Decididamente o Chopp da Qatinha Preta, dazona Senador Pompeu 41, precisa ser em brevemuito augmentado para poder comportar a rapa-ziada que lâ se accumula todas as noites.

St? mesmo assim dará vazão 6s enchentes.Todo enciumado com a Olga Nao se Lava,

o Dirceu jurou cortar o Octavinho a navalha.Ora ahi eBta no que dao as gallinhagens da

ccionari 0 Arthur, que mata dez e esfola vinte,

ee a sua (?) Lúcia, da zona Presidencial, sahiralguma vez nesta eecçao.

Agora, seu aquelle, e ficar manso ; ou então tireas calças pela cabeça.

Vendo que toda a sua paixa pela CecemaCantora de nada lhe valia, o Heitor Linotypistaamarrou uma tremenda «guta» e acabou abarra-cando com uma musicista da zona Senado.

O melhor é que, ao sahir, com a resáca do diaseguinte, lá deixou o guarda-chuva 1

Pelo facto do Roso se divertir oom a MaloralCarioca, a Carmem Botijocó faz cara de ursoquando o gajo passa pela «Gruta dos Morcegos», daZ°nasfoa

camarada se lembra de lhe ir ao tacho, abicha suicida-se I

W^ll^ÊÊmf^m8M Jíiü

Multo so tem discutido o so discutirá sobro o modo de umhomem so apresentar decentemonto na sociedade.

Nós também temos discutido e, como «águias» que somos,resolvemos o probloma.

Aqui vao um conselho para dar um tiro nessa eternadiscussão. Comprem roupas na Alfaiataria Guana-bara, a única casa para sanar osso mal.

nriAiiCA rrí;istjíad\

Enviam-se iustrucçOes e aceitam-se pedidos do interior,,dando-Be agencia.

Garantiu a Macaca Cliimpanze que a Muioraldos «Ciysanthenios. nao tinha roupa, esquecen-do-se entretanto, de que o vestido encarnado quesurrou no Chopp da Soledade, o celebre casacopreto e a mautilha verde lhe foram emprestadospela Maioral.

Qual I macaca quando se coca...Tao inchada ficou a Juannita Lalane com o

«cordão de ouro» quó lhe deu o Dr., que até pareciauma sapa!

Nem por isso a gaja mudou o repertório comque injecta o pessoal tod-ts as noites !

Disse-uos o Olympio Patraozinho, da zonaArcos 050, que, se nao fosse ter entrado logo em usodo Ehxir de Nogueira, dn chlmico Silveira, aindahoje estaria vendo estrellas ao meio dia, com acarga que a Estephani.i Dentuça lho arranjou.

Que camarada má lingua, safa!P.rque seria que o maestro Neira tomou

mais um pilêque um destes dias? Seria por causada Odette ?

Se o menino da Ligth sabe disso I...Diz a Olinda Gula Russa, que arribou com o

seu J Kicisque da «Clioupalla.. da Gávea, porque aClotilde Beiço de Porco e o Leitão Cliaufluur naoentravam com um vintém, nem para o grude nempara o aluguel.

Então, como se entende esse negocio ?Língua nis PraT:a.

Os tulco condo chega na hora de intrfl nas lojamançona custa da n pulinho de siri-boecta que aolde manda dS. Mais pió 6 a hora de tapíi osoio:tulco, que non drome p'ru pode logra os freguêls,condo tem de venda os (do berra que nem bezerrodesmamadn i pega de fala umas trapaiada queninguém non entende. Nesse logfi ja tem trintaElia, 50 Jolge, 100 Mlgud, 200 Felipe, 300 Assad,600 Halib, dois mi Abab-Bib, Abib-Abab, Abod-Bub i Abub-Abod !

Vil ti Bod p'ro infelno, praga mardita! Asmuié tulca daqui fede que nem gambá de brejopodre. A ròpa de riba inda ta ansim ansim ; maisas carça tâ pOdre de xugeru, as meia tom cliulõ quetriaauda ! Tao dizendo que numa camisa que umatulca dexô uma noite lá p'ras banda da ponte dasGalça, se topô-se mais de dois mi earrapato branco,d'aquelles pequitito que iute pare piòio, i a tulcap'ra dormi tem de loniít banho, i como íuIch nontoma banho, non drome nem nada.

Tao dizendo que tem um tulco aqui que tápassando nota farsa ; seu Anglo Matto sabe disso itá calado... Que é quo uoce acha hein, cumpade?Seu Cando Balta non ta mais aqui: foi mora no Kioco' a cunhada delle que ê moça chibante, ando co'Abe" Parente i tem quindim de babiuna no remelexodas toalete di justança !

O Cando robô aqui os pobre diabo que d.ivo aelle relojo p'ra conceba, comeu ptto i laranja maisde dois anno, i odespois foi pn Ri., comprn moradiade casa, vive oo' a cunhadn í und.i xtij-t que nciiivagabuudo chrouo.

Muis talde ieu he de cuntíi a uoce a historadesse safadao i da cunhada, i do muno 1 da rumia.delia.

Seu cumpade,Zeoa Gome.

Fornada geccatira de São La->aro — A única que cura toda e qualquer feridasem prejudicar o sangue ; allivm qualquer dor comoa erysipela e o rheumatisnío. Conhecida em lodo ouniverso. Rua dos Andradas 95.

Entre rapuRes: ¦Tive hontem o maior prazer de minha vida!

Tiraste a sorte grande ?Nao... Ganhei uin beijo da mimosa bocea

de Mariquiuhas...Pois eu uao ganhei tanto, mas recebi uma

mimosa carteira de cigarros Ponte Limpa que vemaoompanhada de uma delicada piteiriuha.

Ajrvi» Japoneia Nao ha outra quetorne a pe"0 mai9 mai'la- Dá ao cabello a côr quese deseja. E' tônico, faz crescer o cabello e extirpaa caspa. Rua dos Andradas n. 95.

,||uj....I..JmI

Cartas da RoçaDE ENTRE RIOS

Cumpade Fagunde:Aqui no Entre Rio já non tem quaji cum quem

a gente fala, que os tulco pegaro a xugêradellesaqui, que ninguém non pôde para de fedo Osdemònho tomaro conta desse loca, que intê jâ taomettido nas loja mançona que seu Ângelo Bahianoimpurrô elles tudo p'ra dento. .

üocê sae da estaçon, travessa a lmha de trais1 topa co' seu Lope. Seu Lope é aabidao veio deeuerra, mais seu Anglo Mattos é maiB cabra: umchamo os tulco p'ra li, p'ra lugâ casa p ra ellesi vende as bugiganga que elle topa nas ôtas banda ,mais o 6to pega nos tulco i ruma cuelles namançonaria 1

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O RIO NU - i4 DE MAIO DK 1910

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OPINIÃO DE QUEM TEM PRATICA__*<T*'^v I

—Náo achas bonito este chapóo < .—Muito bonito, mhnYama... 86 me parece um pouco grande.E tem outro defeito. Nao consigo ennal-o bem na cabeça.PudlSr» 1 Isso é sabido. As cousas.quando sito muito grandes, so se enfiam com esforço.

URA fSOA AHOROSA ACHA-SE A' VENDA, em nosso escriptorio,este sensacional romance, recheiado dasmais escandalosas scenas amorosas quo fo-mos obriscados a alterar o a supprimir,

O volume ora publicado, vem illustrirfn ™m „mnnl„„„i=. „..„„,„ ¦• quando publicado era folhetim n'0 Rio Nú.ardores amorosos. "lustrado com empolgantes gravuras de um realismo suggestivo o capaz de despertar os mais rebeldes

Vrc^0 n»0» - Pelo correio , s$iim

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