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AO FINAL DESTA AULA SERÁ IMPORTANTE
ENTENDER:
Porque a Inglaterra foi pioneira nesta Revolução;
A função da agricultura, da indústria têxtil e da metalurgia;
Como as novas tecnologias aceleraram o processo produtivo;
As condições sociais geradas pela Revolução Industrial;
A nova relação de trabalho gerada pela Revolução.
Revolução Industrial
Passagem de um sistema de produção
agrário e artesanal para outro sistema
marcadamente industrial dominado pela
fábrica e pela máquina
O que significa dizer que o
trabalho deixou de ser somente
manual e passou a ser também
mecanizado.
Fiandeira mecânica, criada em 1764
Este processo revolucionário para o mundo do trabalho iniciou-se
na Inglaterra no século XVIII. A Inglaterra passara por um eficiente
processo de acumulação primitiva do capital nos séculos anteriores
(XVI-XVII). Criando neste país as condições necessárias ao
capitalismo industrial e sua nova forma de conceber o trabalho (fabril
e assalariado) e a produção de manufaturados (em massa).
Foi o processo de acumulação de
riquezas pela burguesia desde a fase do
capitalismo mercantil até a fase industrial.
Este processo permitiu que a riqueza
acumulada fosse investida na produção
manufatureira,
CONDIÇÕES POLÍTICAS
O processo de industrialização inglês foi viabilizado pela parceria de diferentes
grupos da sociedade:
Nobreza rural com a criação de ovelhas e a mineração de ferro e carvão,
fornecedoras portanto, de importantes matérias-primas.
Empresários do comércio e da indústria (membros da burguesia) que estavam
representados no parlamento e eram responsáveis pelas questões tributárias.
Neste caso foi possível acumular capital tendo em vista que a cobrança de
impostos para esta categoria foi amenizada.
Monarquia parlamentar, que protegeu as indústrias da concorrência estrangeira
com taxas aduaneiras e fortaleceu as ligações com as colônias americanas
fornecedoras de matérias-primas.
O crescimento da indústria foi viabilizado pelo desenvolvimento de
tecnologias que serviram para acelerar o processo produtivo:
Máquinas modernas
O vapor como fonte de energia
Utilização de novas matérias-primas
A tecnologia acelerou o processo produtivo.
AGRICULTURA
O cercamento dos campos diminuiu a área cultivada para a subsistência e
aumentou os campos de pastagem de ovelhas para obtenção de lã utilizada como
matéria-prima nas manufaturas de tecido.
Nas áreas de cultivo os grandes proprietários começavam a investir em novos
métodos de plantio, introduzindo melhorias técnicas que levaram à substituição do
trabalho manual pelo mecânico.
O cercamento dos campos e as melhorias técnicas ocasionaram a migração de
muitos trabalhadores para a cidade, onde se sujeitaram a baixos salários e a
condições de vida sub-humanas.
INDÚSTRIA TÊXTIL
A produção de tecido antes da Revolução Industrial era um
processo longo e tinha caráter complementar à agricultura. No
entanto, o negócio dos tecidos de lã propiciou grandes lucros
aos comerciantes que aos poucos passaram a investir em
instalações e equipamentos.
Estes investimentos possibilitaram a
especialização do trabalho, ou seja, cada
trabalhador passou a realizar apenas uma
etapa na elaboração do produto e não
mais todo o processo que ia da lã,
matéria-prima, ao tecido, produto final. A
especialização do trabalho acelerou a
produção e ampliou o sistema produtivo.
A mecanização do processo produtivo resultou numa
especialização do trabalho. Em que medida esta
mecanização alterou a dinâmica do trabalho?
A mecanização do processo produtivo transformou a relação do
homem com o trabalho em dois aspectos: primeiro antes da Revolução
Industrial o homem trabalhava somente pela subsistência após a
Revolução trabalha também para atender a lógica do consumo. Segundo
aspecto, a mecanização especializou o trabalho na medida em que cada
trabalhador ficou responsável por uma etapa da produção diferente do
que acontecia antes, quando cada trabalhador era responsável por todo
o processo produtivo.
O ALGODÃO SUBSTITUI A LÃ
A produção também foi acelerada pela substituição da lã pelo algodão. Com o Ato
de Navegação de 1651 a Inglaterra garantiu a nova matéria prima e novas áreas
para comercializar seus produtos manufaturados. A Índia e as colônias de
exploração na América se tornaram grandes produtores de algodão e consumidores
dos tecidos fabricados na Inglaterra.
O tecido de algodão era mais leve e mais barato fazendo os empresários
investirem mais na indústria de algodão do que na de lã. Estes tecidos eram mais
aceitos em regiões tropicais e podiam ser utilizados como pagamento na compra de
escravos.
Como o mercado consumidor para este novo produto era grande os empresários
passaram a investir ainda mais em tecnologia para acelerar a produção.
METALURGIA
A EXTRAÇÃO DE FERRO E CARVÃO E O PROCESSO DE FUNDIÇÃO de
ferro foram setores da economia que também auxiliaram a Revolução Industrial.
No século XVIII surgiu a tentativa de obter ferro fundido em grande escala e com
menos impurezas, aperfeiçoando o método até chegar ao aço. Este processo
auxiliou a construção de pontes, transportes e equipamentos para a industria
têxtil.
Primeira locomotiva
Até agora vimos que a Revolução Industrial para acontecer
usou de novas matérias-primas (o carvão e o ferro fundido),
substituiu o trabalho manual pelo mecânico e efetuou a
especialização do trabalho.
Qual o principal efeito destas transformações?
O desenvolvimento de novas tecnologias e técnicas de
produção permitiu a aceleração da produção de
manufaturados.
A INDÚSTRIA
A TRANSIÇÃO DO USO DE FERRAMENTAS E ENERGIA HUMANA, para o uso
das máquinas e da energia mecânica consolidou a indústria como nova unidade
produtiva em detrimento das oficinas artesanais. A mecanização:
Agilizou o processo produtivo.
Barateou o custo.
Substituiu a atividade global pela atividade especializada.
Tear mecânico, criado
em 1785, movido a
vapor permitia o fabrico
automático dos tecidos.
Descaroçador
mecânico, criado
em 1792, separava
o caroço da fibra de
algodão.
Navio a vapor,
criado em 1807,
propiciou maior
integração dos
mercados
A Revolução Industrial gerou
condições miseráveis nas
cidades. Com a lógica do lucro
os empresários pagavam baixos
salários a seus funcionários e
exigiam uma longa jornada de
trabalho. As moradias dos
operários também eram mal
conservadas e ofereciam
péssimas condições de higiene.
CONDIÇÕES SOCIAIS
Como forma de reação à degradação de suas condições de
vida e de trabalho, os operários iniciaram um movimento cujo
objetivo era destruir o maior número possível de máquinas.
Esta reação ficou conhecida como Movimento Ludita.
O desenvolvimento de novas tecnologias e o aumento dos
lucros favoreceram o crescimento econômico da Burguesia.
E para os trabalhadores, qual foi o maior impacto destas
transformações?
Os operários, como ficaram conhecidos os
trabalhadores das fábricas, ganhavam mal pelo trabalho
prestado e acabou imerso em condições sub humanas de
vida.
O LEGADO DA REVOLUÇÃO
A Revolução Industrial foi a integração internacional de capital, matérias-primas,
recursos naturais e mão-de-obra. Deixando uma nova articulação econômica entre
países industrializados e regiões menos desenvolvidas. Estes forneciam produtos
primários para as industrias ao mesmo tempo que se tornavam consumidores dos
produtos industrializados.
Nos países onde a revolução se deu de forma mais efetiva o capital ficou
concentrado nas mãos da burguesia gerando miséria e pobreza entre a população. É
neste período que se sistematiza a diferença crescente entre ricos e pobres.
A Revolução Industrial mudou as relações de trabalho a partir das transformações
técnicas e da produção em larga escala. Separa-se o trabalho do capital, ou seja, o
trabalhador tem apenas a força de trabalho como meio de sobrevivência e o
proprietário os meios de produção.
Questão 01: A respeito da Revolução Industrial Inglesa, assinale a alternativa
incorreta.
A) O processo da Revolução Industrial provocou profundas transformações
econômicas e sociais na sociedade inglesa.
B) A Inglaterra foi a primeira nação a se industrializar.
C) Um magnífico aumento da produtividade de cada trabalhador foi uma das
principais características da Revolução Industrial Inglesa.
D) A chamada Revolução Industrial Inglesa ocorreu na Idade Média e, por isso, é
também conhecida como A Revolução Industrial da Idade Média.
E) A indústria têxtil foi o ramo da produção em que a modernização ocorreu de
forma mais explícita
RESOLUÇÃO:
A) O processo da Revolução Industrial provocou profundas transformações
econômicas e sociais na sociedade inglesa.
B) A Inglaterra foi a primeira nação a se industrializar.
C) Um magnífico aumento da produtividade de cada trabalhador foi uma das
principais características da Revolução Industrial Inglesa.
D) A chamada Revolução Industrial Inglesa ocorreu na Idade Média e, por isso,
é também conhecida como A Revolução Industrial da Idade Média.
E) A indústria têxtil foi o ramo da produção em que a modernização ocorreu de
forma mais explícita
Questão 02: A Revolução Industrial ocorrida no final do século XVIII transformou as relações do homem com o trabalho. As máquinas mudaram as formas de trabalhar, e as fábricas concentraram-se em regiões próximas às matérias-primas e grandes portos, originando vastas concentrações humanas. Muitos dos operários vinham da área rural e cumpriam jornadas de trabalho de 12 a 14 horas, na maioria das vezes em condições adversas. A legislação trabalhista surgiu muito lentamente ao longo do século XIX e a diminuição da jornada de trabalho para oito horas diárias concretizou-se no início do século XX.
Pode-se afirmar que as conquistas no início deste século, decorrentes da legislação trabalhista, estão relacionadas com:
(A) A expansão do capitalismo e a consolidação dos regimes monárquicos constitucionais.(B) A expressiva diminuição da oferta de mão-de-obra, devido à demanda por trabalhadores especializados.(C) A capacidade de mobilização dos trabalhadores em defesa dos seus interesses.(D) O crescimento do Estado ao mesmo tempo que diminuía a representação operária nos parlamentos.(E) A vitória dos partidos comunistas nas eleições das principais capitais européias.
RESOLUÇÃO:
(A) a expansão do capitalismo e a consolidação dos regimes monárquicos constitucionais.(B) a expressiva diminuição da oferta de mão-de-obra, devido à demanda por trabalhadores especializados.(C) a capacidade de mobilização dos trabalhadores em defesa dos seus interesses.(D) o crescimento do Estado ao mesmo tempo que diminuía a representação operária nos parlamentos.(E) a vitória dos partidos comunistas nas eleições das principais capitais européias.
Questão 03: “Coketown era uma cidade de tijolos vermelhos, ou melhor, de tijolos
que seriam vermelhos se a fumaça e as cinzas permitissem, cidade de máquinas e
de altas chaminés. Apresentava muitas ruas largas, todas iguais, e muitas
ruazinhas ainda mais iguais, cheias de pessoas também muito iguais, pois todas
saíam e entravam nas mesmas horas, andando com passo igual na mesma
calçada, para fazer o mesmo trabalho, e para elas cada dia era parecido com o da
véspera e com o dia seguinte.”
CHARLES DICKENS In: ENDERS, Armelle e outros. História em Curso. Rio de Janeiro: FGV, 2008.
A Revolução Industrial provocou grandes mudanças em algumas cidades inglesas
a partir de finais do século XVIII. O fragmento do romance Tempos difíceis,
publicado em 1854, apresenta sinais dessas transformações.
Apresente uma mudança causada pelo processo de industrialização nas cidades
inglesas e uma de suas consequências para as condições de vida do operariado.
Mudanças:
• Expansão, diversificação e maior complexidade da paisagem urbana;
• Alteração do espaço natural decorrente da concentração industrial em áreas
urbanas, causadora de efeitos poluentes e de degradação ambiental, associados
tanto à aplicação dos progressos tecnológicos na mecanização da produção quanto
aos processos de expansão e de concentração demográfica;
• Crescimento populacional decorrente da ampliação da demanda por mão de obra
e alimentado por feixes migratórios originários das áreas rurais.
Consequências:
• Crescente divisão do trabalho;
• Padronização dos ritmos de vida;
• Exploração da mão de obra infantil e feminina.
RESOLUÇÃO:
BIBLIOGRAFIA
PAZZINATO, Alceu L.; SENISE, Maria Helena V. Tempo de Chaminés. In.
“História Moderna e Contemporânea”. 14ª ed. Editora Ática, São Paulo:
2006.