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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DEPARTAMENTO DE PESQUISA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – PIBIC CNPq e PIBIC UFPA RELATÓRIO TÉCNICO - CIENTÍFICO Período : Agosto / 2014 a Julho / 2015 ( ) PARCIAL ( X ) FINAL IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO Título do Projeto de Pesquisa (ao qual está vinculado o Plano de Trabalho): Redes Sociais e Formação Docente em Ciências Sociais. Nome do Orientador: DRA. DENISE MACHADO Titulação do Orientador: Doutora Departamento: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Unidade: Faculdade de Ciências Sociais Laboratório: Laboratório de Antropologia Título do Plano de Trabalho: Uso das Tecnologias de Informação e Comunicação e Dinâmicas do Trabalho Docente em Ciências Sociais. Nome do Bolsista: TÁSSIO DE SOUZA DAMASCENO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁPRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

DEPARTAMENTO DE PESQUISA

PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – PIBIC CNPq e PIBIC UFPA

RELATÓRIO TÉCNICO - CIENTÍFICO

Período : Agosto / 2014 a Julho / 2015( ) PARCIAL( X ) FINAL

IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO

Título do Projeto de Pesquisa (ao qual está vinculado o Plano de Trabalho): Redes Sociais e Formação Docente em Ciências Sociais.

Nome do Orientador: DRA. DENISE MACHADO

Titulação do Orientador: Doutora

Departamento: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas

Unidade: Faculdade de Ciências Sociais

Laboratório: Laboratório de Antropologia

Título do Plano de Trabalho: Uso das Tecnologias de Informação e Comunicação e Dinâmicas do Trabalho Docente em Ciências Sociais.

Nome do Bolsista: TÁSSIO DE SOUZA DAMASCENO

Tipo de Bolsa : ( ) PIBIC/ CNPq ( ) PIBIC /CNPq- Cota do pesquisador ( ) PIBIC/UFPA ( ) PIBIC/ INTERIOR ( ) PIBIC/PARD

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Atenção : No relatório aborde diretamente os pontos essenciais, a partir dos quais será avaliado o desenvolvimento do projeto.

O relatório não deverá ultrapassar 10 MB ou conter mais de vinte (20) páginas.

RESUMO DO RELATÓRIO ANTERIOR (Alunos com bolsa renovada). Descrever até onde foi desenvolvido o relatório anterior.

Nos itens seguintes devem ser acrescentados o que efetivamente foi desenvolvido neste novo período. O Relatório Final deve envolver as atividades desenvolvidas nos 12 meses de bolsa.

INTRODUÇÃO

As transformações tecnológicas vividas pelos sujeitos na contemporaneidade representam não só a inserção de equipamentos e técnicas, mas, fundamentalmente, têm provocado mudanças de ordens sociais, culturais, econômicas, educacionais e, principalmente, no mundo do trabalho, uma vez que, no atual momento, torna-se imperativo que o trabalhador possua competência ao lidar com as novas tecnologias. Considerando que o processo educativo se relaciona intimamente com o contexto social, surge a necessidade da formação de um novo sujeito a ser constituído diante a essa realidade, forçando assim, uma reflexão acerca da atuação do (a) professor (a) e de sua formação de cientista social.

O projeto Redes Sociais e Formação Docente em Ciências Sociais tem como objetivo contribuir nesta problemática. Buscando identificar e fomentar as relações e a influência das tecnologias da comunicação e informação (TIC) no cotidiano dos docentes e discentes do curso de ciências sociais e sua importância na sua formação como profissional. E observar quais são as medidas que “o novo Projeto, Político e Pedagógico” do curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do Pará (UFPA) possibilita na inserção tanto do docente quanto do discente (que será o futuro profissional,) no sentido de virem a apresentar competências para lidar com as TIC, que são cada vez mais imprescindíveis na contemporaneidade.

JUSTIFICATIVA

Essa proposta de pesquisa é um subprojeto desenvolvido no seio do Projeto “Redes Sociais e Formação Docente em Ciências Sociais” da Universidade Federal do Pará e suas aprendizagens por meio das ferramentas de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC).

As TIC são basicamente todas as tecnologias que interferem e mediam as relações de informação e comunicação entre os seres humanos. Com o avanço da tecnologia, elas tornaram-se indispensáveis e fundamentais em diversos setores da nossa sociedade.

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Deste conjunto de descrição, se destaca com grande evidencia os estudos realizados por Manuel Castells (2007), apresentando em “A sociedade em rede” uma importante contribuição para o debate sobre a morfologia social das sociedades de tecnologia avançada neste início de novo século.

Com a popularização da internet e o ritmo acelerado das inovações tecnológicas, houve um crescimento exponencial do uso de TIC. Devido a esse crescimento, as tecnologias de informação e comunicação invadiram o ambiente educacional revolucionando a relação de ensino-aprendizagem. Trata-se de uma nova relação entre as tecnologias e a sociabilidade, configurando a cultura contemporânea (Lemos, 2002).

Neste contexto de mudanças que atinge todos os setores da atividade humana, o mundo do trabalho vem sendo um dos mais afetados por tudo isso. Dessa forma o trabalhador precisa se reinventar, em especial, a figura do docente. É necessário que o profissional da educação esteja sempre atualizado em relação as novas tecnologias, se adapte e acompanhe o ritmo das inovações tecnológicas. Diversos estudos como os de KENSKI (1999) falam dessa necessidade de mudança no trabalho dos docentes que a era digital está impondo a eles.

Nesse sentido, tornou-se necessário refletir sobre a inserção das TIC na formação de docentes e futuro docentes da área de Ciências Sociais e sobre o que a UFPA tem feito para contribuir para formação técnica desses profissionais e futuros profissionais.

OBJETIVO

O plano de trabalho tem como objetivo principal desenvolver estudo sobre os saberes e práticas docentes no curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do Pará por meio das TIC.

No relatório final de Agosto de 2014, a proposta buscava analisar os usos explícitos e implícitos das TIC, por discentes e docentes, dos cursos de Licenciatura e Bacharelado em Ciências Sociais na UFPA. Mais precisamente, investigar de que modo às tecnologias de informação e comunicação estão presente no cotidiano acadêmico, os locais de acesso, como acioná-las e qual dinâmica proporcionam nas práticas docentes e discentes.

Após todos esses objetivos da pesquisa terem sido alcançados com êxito, os objetivos específicos do plano de trabalho se resumiram a:

- Analisar sob a perspectiva da sociologia do trabalho, as dinâmicas inerentes à incorporação das ferramentas de mídias sociais na docência.

- Identificar e analisar o que a Universidade Federal do Pará tem feito para capacitar seus servidores para utilizarem as novas ferramentas de informação e comunicação.

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MATERIAIS E MÉTODOS

O projeto foi dividido em 3 etapas principais: Atualização do levantamento bibliográfico, Netnografias (AMARAL, NATAL, VIANA; 2008) em ambientes virtuais de ensino e de aprendizagem e no trabalho de campo.

Nos meses de Agosto a Novembro de 2014, foi realizada uma revisão bibliográfica com o objetivo de atualizar a bibliografia da pesquisa a partir de fichamentos, artigos científicos e obras ligadas a área de educação, trabalho, cibercultura e tecnologias de informação e comunicação.

A segunda etapa (Netnografia) realizada de Dezembro de 2014 até Fevereiro de 2015 teve como objetivo identificar quais eram os ambientes virtuais de ensino e de aprendizagem promovidos pela instituição e qual a opinião dos professores em relação a eles.

A terceira etapa, que é o trabalho de campo, foi feita durante todo o período que compreende este relatório. Foram realizadas entrevistas presenciais com docentes para obter informações sobre a implantação do novo sistema da instituição e que reflexos essa mudança ocasionou no trabalho deles. Além disso, também foram feitas visitas a um projeto organizado pela UFPA para a formação técnica de servidores aposentados e dependentes de servidores da instituição que tiverem interesse em obter conhecimento básico acerca das ferramentas de informática. Através de instrumentos como roteiro de entrevistas semiestruturada, a observação direta e o registro em diário de campo, foi possível extrair informações importantes sobre essa iniciativa da instituição de tentar qualificar a comunidade acadêmica para lidar com as novas tecnologias.

RESULTADOS

No relatório final de agosto de 2014, foi possível observar alguns fatores que destacam o empenho da Universidade Federal do Pará para se adequar ao paradigma informacional adaptando suas estruturas, uma vez que não se limita em apenas fornecer salas equipadas com computadores, e sim, também o funcionamento da rede Wireless (sem fio) com livre acesso gratuito à internet em locais abertos da Universidade, com foco principal para as salas de aula, que para utilizar o serviço basta acessar de qualquer lugar de abrangência de cobertura da rede com Notebooks, tablets ou celulares e utilizar os e-mails @ufpa individuais, para ter acesso à internet, otimizando usos das TIC. E no que se refere ao PPP dos cursos em Licenciatura e Bacharel em Ciências Sociais, a própria natureza do curso possui objetos e métodos específicos que dão conta de analisar, no seu contexto, essa passagem para a dita sociedade informacional.

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Além disso, foi possível identificar as principais ferramentas de TIC utilizadas pelos docentes na sua atuação profissional; as principais ferramentas utilizadas por discentes na sala de aula; e analisar ações formais e não formais realizadas por docentes e estudantes de graduação referentes aos usos de TIC. Faltou apenas analisar de forma mais aprofundada, sob a perspectiva da sociologia do trabalho, as dinâmicas inerentes à incorporação das ferramentas de mídias sociais na docência. Além de identificar e analisar o que a Instituição tem feito para capacitar seus servidores para utilizarem as novas ferramentas tecnológicas. A partir daí, trago os resultados desta nova etapa da pesquisa neste relatório final.

Necessidade de mudanças no trabalho docente

As novas tecnologias de informação e comunicação invadiram as salas e aula revolucionando culturalmente e socialmente as formas de obter informação e conhecimento. Ao que tudo indica a maioria dos alunos acompanham essas mudanças de forma natural, ao contrário da maioria dos docentes que sentem certa dificuldade para lidar com essas mudanças. As TIC modificaram de forma revolucionária a maneiras de se obter informação e conhecimento, e devido a isso, aquele modelo de ensino aonde o professor transmite conhecimento e os alunos apenas absorvem, no atual estágio da nossa sociedade se mostra relativamente ultrapassado. Uma nova maneira de aprender vem se impondo na atualidade aonde todos trocam informações e conhecimentos em tempo real dentro e fora das salas de aula. Uma nova prática docente é necessária.

Não é possível pensar na prática docente sem pensar, antecipadamente, na pessoa do docente que está em pauta e em sua formação que, [...] não se dá apenas durante o seu percurso nos cursos de formação de professores mas, permanentemente, durante todo o seu caminho profissional, dentro e fora da sala de aula. (KENSKI, 1999, pp. 49-50)

Ultimamente vem sendo imposta uma necessidade de mudanças no modo de trabalhar dos docentes e da forma deles lidar com as Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTIC). Aquela forma de ensinar aonde apenas o docente transmite conteúdo vai ficando no passado. Agora a nova chave para transmitir e adquirir conhecimento é através da interação. Diversos autores mostram que professores e alunos compartilhando informações, trocando experiências e trabalhando de forma conjunta vem rendendo frutos e se tornando o novo modelo de educação para essa nova era que invade a nossa sociedade. Mas para isso, uma mudança de postura é necessária do professor.

É preciso que o professor, antes de tudo, se posicione não mais como o detentor do monopólio do saber mas como um parceiro, um

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pedagogo, no sentido clássico do termo, que encaminhe e oriente o aluno diante das múltiplas possibilidades e formas de se alcançar o conhecimento e de se relacionar com ele. (KENSKI, 1999, p. 47)

Além dessa mudança de postura do docente, uma mudança na formação desses profissionais vendo sendo necessária. Na atualidade, é preciso que o docente saiba lidar com as novas tecnologias, manuseá-las, tenha conhecimento técnico. É preciso que o docente esteja sempre se atualizando de forma contínua para acompanhar o ritmo dessas mudanças tecnológicas que consequentemente acabam refletindo no mundo do trabalho.

Kenski (1999) alerta para a necessidade de formação tecnológica dos docentes para lidar com essas inovações. Não só para saber manusear essas tecnologias, mas principalmente, conhece-las para dessa forma ter uma postura crítica em relação ao uso ou não dessas novas ferramentas de ensino na sala de aula.

[...] é preciso que este profissional tenha tempo e oportunidades de familiarização com as novas tecnologias [...], suas possiblidades e limites para que, na prática, faça escolhas conscientes sobre o uso das formas mais adequadas ao ensino [...]. (KENSKI, 1999, p. 50)

Muitas vezes o professor deixa de usar essas ferramentas, deixa de explorar as suas potencialidades, porque, simplesmente, não sabe utilizá-las, pois em nenhum momento da sua formação como professor ele foi preparado para usá-las como ferramentas de ensino na aprendizagem.

“A diferença didática não está no uso ou não das tecnologias, mas na compreensão das suas possibilidades”. É preciso que o docente conheça essas tecnologias, conheças as suas diversas possibilidades e, principalmente, compreenda “a lógica que permeia a movimentação entre os saberes no atual estágio da sociedade tecnológica”.

A partir dessa nova era de mudanças tecnológicas na qual vivemos que acaba refletindo fortemente no mundo trabalho, surgiu na Universidade Federal do Pará a necessidade de implantar uma unidade institucional, responsável pela capacitação e desenvolvimento profissional dos servidores (docentes e técnico-administrativos) da Instituição. Dessa forma a UFPA criou uma unidade responsável pela formação de seus servidores, chamada de “CAPACIT”.

CAPACIT

A Coordenadoria de Capacitação e Desenvolvimento (CAPACIT), foi criada no dia 16 de outubro de 2000, vinculado à Diretoria de Desempenho e Desenvolvimento (DDD) da Pró-Reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoal (PROGEP). Ela é basicamente

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uma unidade institucional responsável pela formação e desenvolvimento permanente dos servidores da Universidade Federal do Pará.

Sintonizada ao Planejamento Estratégico da Universidade e ao Marco Legal: Port. nº 27, de 15/01/2014; Lei nº 12.772, de 28/12/2012; Lei nº 10.861, de 14/04/2004; Lei nº 11.091, de 12/01/2005 e Dec. Nº 5.707, de 23/01/2006 que regulamenta o Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação e Magistério Federal, o CAPACIT tem como meta fundamental realizar ações continuadas de treinamento, formação e aperfeiçoamento, visando à valorização do servidor e à melhoria dos serviços prestados por esta Instituição Federal de Ensino Superior (IFES). De modo geral, a missão do CAPACIT é promover, implementar e gerenciar políticas e ações de educação, treinamento e desenvolvimento do servidor púbico, alinhados aos objetivos estratégicos da UFPA.

Atualmente a Unidade encontra-se sob coordenação da Sra. Maria de Nazaré Barbosa Teixeira. Entre suas principais entregas está o Plano Anual de Capacitação (PAC), onde se encontram listados, de acordo com Competências: Organizacionais, Comportamentais e Específicas, todos os cursos e eventos de capacitação ofertados pelo CAPACIT. Para diagnosticar as necessidades de capacitação por competência na Universidade e assim subsidiar a elaboração do Plano, são realizadas oficinas com representantes de diversas Unidades da UFPA, seguida da aplicação de questionários junto aos servidores. Esses questionários são enviados via email @ufpa individuais.

Alguns cursos ofertados pelo CAPACIT

O CAPACIT possui algumas páginas na internet em sites como o Facebook e o no site oficial da UFPA. Além disso, diversos outros orgãos da intituição que possuem perfis em redes sociais, divulgam eventos do CAPACIT para seus seguidores. Esses perfis e páginas, divulgam e informam sobre que cursos de qualificação estão sendo ofertados pelo CAPACIT e qual seu público alvo. E também disponibilizam fotos dos eventos, como uma forma de mostrar para o público, o que a instituição vem fazendo para capacitar cada vez mais seus servidores.

O CAPACIT oferta uma gama variada de cursos, debates, oficinas e palestras visualizando o treinamento e a capacitação dos profissionais da instituição, que vão desde cursos de língua estrangeira, debates sobre direitos das pessoas com deficiência, até a cursos de informática básica. E são esses cursos da área da informática que irei falar um pouco mais sobre eles neste relatório. Foram feitas visitas a alguns cursos de informática durante o período que compreende este relatório com o objetivo de analisar de que forma a UFPA vem tentando qualificar seus servidores para atender as necessidades desta era informacional.

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A ação "Construindo o Saber Digital": “A ação “Construindo o Saber Digital” é realizada pela Pró-Reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoal (PROGEP), por meio da Coordenadoria de Qualidade de Vida e Responsabilidade Social (CQVRS) da Diretoria de Saúde e Qualidade de Vida (DSQV), em parceria com o Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. As vagas se destinam aos dependentes dos servidores da UFPA (cônjuge, pais, filhos e netos) que tiverem interesse em obter conhecimento acerca das ferramentas básicas de informática avançada.

No ano de 2014, as aulas aconteceram todas as terças, quartas e quintas-feiras no período de 23 de setembro a 11 de dezembro, no horário de 15h às 17h, no laboratório de informática do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Para se inscrever, os interessados deveriam entregar um formulário de inscrição preenchido na sala da CQVRS da DSQV, localizada no 1º andar do Prédio da Reitoria, juntamente com documentos que atestavam sua condição de dependente.

Projeto Qualidade de Vida: Esse projeto é uma ramificação da Ação Construindo o Saber Digital, realizado pela Pró-Reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoal (PROGEP) em parceria com a Associação dos Servidores Aposentados da UFPA. O Projeto é destinado para atender exclusivamente servidores aposentados da instituição. As aulas ocorreram no período de 23 de Setembro a 11 de Dezembro de 2014, no horário de 9h a 12h, no laboratório de Informática do IFCH. O conteúdo programático foi dividido em seis módulos: Introdução ao Windows XP, Word, Excel, Power point e Navegador de Internet.

Em entrevista com o presidente da Associação dos Servidores Aposentados da UFPA, foi revelado que foram realizadas diversas reuniões e inclusive uma pesquisa para descobrir se existia uma necessidade e um desejo por parte dos associados de aprender a lidar com as atuais ferramentas digitais. A partir daí o sindicato solicitou junto a Pró-Reitoria o destinamento de 20 vagas para servidores aposentados da Instituição.

Em conversas informais com os aposentados atendidos pelo projeto, foi possível constatar a importância que essa iniciativa da Associação e da Universidade tem para eles. Esse projeto estimula a inclusão digital e traz mais qualidade de vida para esses aposentados.

Curso Sistema SIGAA – Graduação: Durante o mês de maio de 2015, o CAPACIT ofertou o curso “Sistema SIGAA – Gradução” com o objetivo de atender os servidores técnico administrativos e docentes que utilizam o sistema SIGAA. O curso foi ofertado de 14h às 18h, durante o período de 25 à 29 de maio de 2015. O foco dessa iniciativa é capacitar os servidores para que eles possam utilizar as ferramentas do módulo Graduação do sistema SIGAA. O período de inscrição ocorreu entre os dias 05 e 14 de maio e as inscrições eram feitas via email.

Dentre os requisitos básicos para participar deste curso era necessário:

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- pertencer ao quadro de servidores do UFPA- estar no efetivo exercício do cargo- estar inserido no público alvo para o evento de aprendizagem- ter relação com as atividades desenvolvidas na unidade acadêmica ou administrativas em que desempenhe suas atividades laborais

O conteúdo didático ministrado no curso tinha o objetivo de fazer com que o profissional conheça as ferramentas disponíveis no sistema, suas opções e principalmente compreenda seu total funcionamento.

Nas aula você aprende desde as regras para realizar a matrícula online, como funciona o trancamento de matrícula e de período, como é o portal do docente externo, e do discente, como utilizar as salas de aulas virtuais, entre outras funções desse novo sistema da instituição.

O “SIGAA”

No dia 14 de maio de 2014, o Sistema de Informações para Ensino (SIE), ferramenta online utilizada na Universidade Federal do Pará (UFPA) desde 2006, saiu do ar para a entrada do módulo de graduação do SIGAA (Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas).

Esta implantação representou um marco na implantação e consolidação do sistema SIG (Sistema Integrado de Gestão, convênio com a UFRN), que vem sendo implantado desde 2011. O SIGAA para a Pós-Graduação Stricto Sensu foi implantado em abril de 2012. A demora da implantação do módulo da graduação foi por conta de ajustes necessários para atender ao formato da graduação da UFPA, com requisitos que não existiam no SIGAA da UFRN, tais como, mais de dois períodos anuais, sobreposição de calendários, dentre outros.

O SIGAA é centrado numa base de dados integrada, onde todos os sistemas compartilham uma base de dados comum, evitando replicação de dados, a redundância e a inconsistência na informação. Isso otimiza a coleta de dados para a tomada de decisões estratégicas pela Administração Superior.

Para o aluno: o SIG é fundamentado em tecnologias Web. A primeira grande vantagem é que o sistema pode ser acessado de qualquer lugar. O SIGAA traz novas funcionalidades, o aluno pode realizar, online, matrícula e trancamento desta, como também pode obter histórico e outros documentos.

Para o Curso: As informações alimentadas pela Coordenação do curso compõem, automaticamente, a página do curso. É o portal com informações para a sociedade em

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si, que dá acesso à página principal de cada curso, com diversas informações, como disciplinas, professores, ementas, alunos matriculados, entre outros.

Além de atender as necessidades burocráticas da instituição, o SIGAA traz outras possibilidades: ele pode ser utilizado por alunos e professores como um ambiente virtual de ensino e aprendizado. Um local aonde alunos e professores interagem por meio de fóruns de discussão onde eles trocam informações, tiram dúvidas e compartilham experiências.

[...] criar fóruns de discussão, propor a criação de textos coletivos ou incentivar discussões por meio de chats são algumas das possibilidades que a internet proporciona por meio destes ambientes virtuais de aprendizagem. Nesses espaços, com propostas pedagógicas pensadas para cada realidade, é possível utilizar a internet para a criação e reconstrução de conhecimentos. (MACHADO, 2013, p. 9).

Esses ambientes dinamizam o trabalho do docente. De forma interativa, o professor ensina e aprende. Eles assumem um papel de mediador nesses fóruns de discussão, incentivando e propondo leituras para os alunos.

Ambiente Virtual de Ensino e de Aprendizagem

Ambientes virtuais de ensino e de aprendizagem são basicamente espaços de interação, normalmente páginas em sites da internet, aonde docentes e discentes podem trocar informações, compartilhar experiências e proporcionar uma grande difusão de conhecimento.

Segundo Machado (2013), esses ambientes estão sendo utilizados cada vez mais nos processos educativos por professores e alunos. É um local aonde os educadores podem postar diversos tipos de materiais e proporcionar ricas discussões e construções – individuais e coletivas.

Resumindo, esses ambientes virtuais são locais aonde os professores podem:- produzir e compartilhar sugestões de aula;- acessar diversas informações sobre a prática educacional;- acessar e baixar coleções de recursos multimídias;- acessar materiais de estudo;- interagir e colaborar com alunos e outros professores.

No SIGAA existe um ambiente que assemelha-se a um ambiente virtual de ensino e aprendizagem, que é a “Turma Virtual”. Ela é uma funcionalidade muito interessante dentro do novo sistema, pois se parece com sistemas virtuais de aprendizagem, como o Moodle e TelEduc, mas já é integrada com o SIGAA. São ambientes nos quais o

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docente e os discentes da turma podem realizar diversas atividades e armazenar e visualizar informações importantes. O docente pode cadastrar o plano de curso, o cronograma de aulas, as avaliações, referências bibliográficas, conteúdo programático, criar fórum e chat para a turma, lançar a frequência dos discentes, gerenciar grupos, imprimir diário de turma e lista de presença, cadastrar materiais para disponibilizar para os discentes, cadastrar atividades e questionários, visualizar estatísticas de notas, alunos e acessos etc. Além dessas e de outras funcionalidades, o docente também pode, na Turma Virtual, efetuar o lançamento de conceito e fechar a turma.

Entrevistas com docentes

Durante o mês de junho de 2015 foram entrevistado 8 docentes do curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do Pará (UFPA). As entrevistas foram realizadas com o objetivo de descobrir qual é a opinião desses profissionais em relação ao sistema SIGAA (Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas) e como a implantação desse novo sistema interferiu na rotina de trabalho desses docentes.

As entrevistas foram organizadas de forma semiestruturada e realizadas no “bloco A” do curso de Ciências Sociais da UFPA e também no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Alguns docentes mostraram-se disponíveis para responder as perguntas e interessados na pesquisa. Já outros docentes não tiveram a mesma receptividade e não quiseram ser entrevistados.

Foi perguntado aos entrevistados qual é a opinião deles sobre o novo sistema (o SIGAA).

63%

38%

Gráfico 1 - Opinião dos docentes sobre o SIGAA

BoaRuim

Fonte: Entrevistas realizadas com professores durante o mês de Junho de 2015, no campus básico da UFPA, Belém, PA.

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Como podemos observar no gráfico acima, 63% dos entrevistados tem uma boa opinião referente ao SIGAA. Segundo eles, o sistema é bom, pois possui várias utilidades além das burocráticas. Esse sistema apresenta-se como uma plataforma dinâmica, com diversos recursos. Segundo o relato de um dos docentes durante a entrevista, o SIGAA “É uma plataforma dinâmica, interessante; mas falta a cultura do uso” (informação verbal)¹. Essa “cultura do uso”, é o que falta para o docente. Utilizar mais o sistema para realizar não só suas atividades burocráticas, como também explorar as suas outras possibilidades, como por exemplo: a opção de qualquer aluno ou professor criar um fórum, no qual pode ser debatido algum tema ou esclarecer qualquer dúvida dos alunos, neste ambiente virtual.

O professores que possuem uma boa opinião em relação ao SIGAA, basicamente defendem sua postura ressaltando essa variedade de utilidades do sistema para outros fins, além dos burocráticos.

Já os docentes que possuem uma opinião ruim em relação ao novo sistema, em sua maioria concordam que o SIGAA possui muitas utilidades, mas apontam para outros fatores que impede que ele seja utilizado em toda sua potencialidade. Esses fatores apontados por eles vão desde problemas técnicos do sistema até a falta de treinamento dos professores para aprender a usar o sistema.

Assim, foi perguntado aos professores de que forma a implantação do SIGAA impactou na rotina de trabalho deles.

50%

50%

Gráfico 2 - Impacto do SIGAA na rotina de trabalho dos docentes

PositivaNegativa

Fonte: Entrevistas realizadas com professores durante o mês de Junho de 2015, no campus básico da UFPA, Belém, PA.

Como é possível observar, as respostas foram extremamente dividas. Metade dos entrevistados disseram que a implantação do SIGAA impactou positivamente no seu trabalho. Já a outra metade relatou que o SIGAA modificou sua rotina de trabalho de forma negativa.

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Alguns confessaram que no momento em que foram comunicados sobre a implantação de um novo sistema na instituição no qual o próprio professor poderia lançar os conceitos, justificar as faltas, criar salas de aulas virtuais, entre outras facilidade, houve otimismo por parte desses profissionais que seriam beneficiados com essas mudanças. Além disso, o sistema é web, ou seja: pode ser acessado de qualquer computador que possua acesso à Internet e um navegador, em qualquer lugar. Não sendo mais necessário estar na UFPA para usar o sistema. Para os professores isso significa mais facilidade em relação a algumas burocracias da instituição. Isso significa poder realizar esse trabalho a partir do conforto de casa ou de qualquer outra lugar fora do ambiente de trabalho.

Já para outros docentes, esse aumento de tarefas burocráticas, modificou a rotina deles para pior. Na opinião deles, o aumento de tarefas burocráticas como as que apenas o docente pode lançar o conceito dos alunos, fechar turmas ás quais eles estão vinculados, entre outros; é uma falsa autonomia dada ao professor. Isso seria uma forma de atribuir ainda mais trabalho para a rotina desses trabalhadores, jogar a responsabilidade de tarefas que eram exclusivas da instituição para as “costas” desses profissionais.

O fato do sistema ser web, ou seja: poder ser acessado de qualquer lugar ou aparelho que possua internet, representa um alargamento na rotina de trabalho desse profissional. A carga horária de trabalho do professor cresce, rompe as fronteiras do seu ambiente de trabalho e invade o seu momento de lazer, o seu descanso, sua casa. Em suma, é mais trabalho para o professor, que agora realiza algumas atividades em casa aonde teoricamente seria o seu local e horário de descanso e lazer após um dia todo trabalhando em sala de aula.

Além desses problemas, outro ponto para o qual os professores apontaram, foi a falta de treinamento. Segundo muitos deles, a UFPA não qualificou seus docentes para utilizarem o novo sistema.

A partir daí, foi perguntado aos professores se eles possuíam conhecimento acerca de algum curso que a instituição tenha ofertado para qualificar seus profissionais para utilizarem o SIGAA. As respostas foram as seguintes:

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25%

75%

Gráfico 3 - Docentes que sabem da existência de cursos de treinamento ofer-tados pela instituição para utilizar o SIGAA

SabemNão Sabem

Fonte: Entrevistas realizadas com professores durante o mês de Junho de 2015, no campus básico da UFPA, Belém, PA.

Cerca de 25% dos entrevistados afirmou que a UFPA ofertava curso para a qualificação dos profissionais para utilizar o novo sistema. Mas segundo a maioria desses entrevistados, os cursos ofertados em sua maioria é para a qualificação dos técnicos administrativos, e em menor número para docentes que atuam na área administrativa.

Já os outros 75% dos entrevistados disseram que não sabem da existência de nenhum curso de qualificação de profissionais para utilizar o SIGAA. Segundo eles, faltou comunicação entre a instituição e os profissionais em relação a implantação do novo sistema. Faltou treinamento básico não só para quem atua na área administrativa, mas também para os docentes que lecionam nas salas de aula, e que com essas mudanças de sistema da instituição, ganharam tarefas administrativas para sua rotina de trabalho.

Durante a entrevista foi perguntado aos professores se a UFPA havia comunicado eles sobre a implantação de um novo sistema. As respostas foram as seguintes:

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75%

25%

Gráfico 4 - Docentes que foram informados pela instituição que ocorreria uma mudança de sistema

InformouNão informou

Fonte: Entrevistas realizadas com professores durante o mês de Junho de 2015, no campus básico da UFPA, Belém, PA.

Cerca de 75% dos docentes responderam que a UFPA informou para os seus funcionários que haveria uma mudança no sistema da instituição. Alguns disseram que foram avisados através de reunião de departamento. Já outros afirmaram que simplesmente foram avisados através do email da instituição.

Os outros 25% entrevistados, revelaram que em nenhum momento foram comunicados pela instituição de forma oficial sobre a implantação de um novo sistema, no qual modificaria fortemente a suas rotinas de trabalho. Muitos revelaram que ficaram sabendo das referidas mudanças de forma informal pelos corredores da instituição.

Em ambos os casos, os docentes relataram que não foram consultados sobre a implantação do novo sistema. Isso vela um processo de imposição da UFPA, uma violência simbólica em relação aos seus trabalhadores pois a mudança foi feita de cima para baixo, e em nenhum momento esses profissionais, que no caso são os mais afetados ou beneficiados pela mudança, foram consultados.

PUBLICAÇÕES

Neste período, dois trabalhos provenientes do projeto de pesquisa foram aceitos para publicação em anais e apresentação oral em eventos. Um evento nacional e outro internacional. O primeiro em formato de artigo e apresentação oral, intitulado “Using Cellphones as a Teaching Tool”, para o “Twenty-second International Conference on Learning”, que acontece no período de 09 a 11 de julho de 2015, em Madri na Espanha. É autor desse trabalho, Tássio de Souza Damasceno (que apresenta esse relatório).

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O segundo trabalho foi aceito para comunicação oral no “X Encontro Científico e de Iniciação Científica Anhembi Morumbi”, com o título de “Usos das Tecnologias de Informação e Comunicação e Dinâmicas do Trabalho Docente em Ciências Sociais”, de autoria de Tássio de Souza Damasceno. O evento é nacional e aconteceu no dia 06 de Dezembro de 2014. Além disso, participei como palestrante da mesa redonda “O olhar da Sociologia Sobre a Educação”, no dia 16 de Dezembro de 2014.

Além dos eventos com apresentação de trabalho e publicação de artigo, participei também do “II Encontro Temático do Projeto Tela Crítica – O Mundo do Trabalho Através do Cinema”, no período de 04 a 05 de Setembro de 2014, com carga horária de 10 horas; do “Curso de Escrita Científica” realizado no dia 09 de Outubro de 2014, com carga horária de 6 horas, ministrado pelo Prof. Dr. Valtencir Zucolotto (Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo – IFSC/USP); e do “Seminário de Políticas Públicas de Inclusão e Cultura Digital”, com carga horária de 8 horas, realizado no período de 25 a 26 de Novembro de 2014, promovido pela Rede Paraense de Tecnologias Sociais – RTS/PA.

CONCLUSÃO

É possível constatar no presente estudo diversos avanços em relação ao último relatório de pesquisa apresentado em janeiro de 2015. Ao analisar mais profundamente, percebemos que a UFPA tem feito diversas tentativas de acompanhar o ritmo das mudanças tecnológicas: site oficial, implantação de wifi no campus, implantação de um novo sistema (o SIGAA) para atender as necessidades da instituição, a existência de um departamento da instituição (CAPACIT) especializado para ofertar cursos de capacitação de servidores, entre outras mudanças.

A implantação do SIGAA foi um marco para a instituição, pois além de atender as necessidades burocráticas da universidade, esse sistema trouxe um leque de possibilidades e consequências que mudaram a rotina de trabalho do docente. Com ele, além do docente poder lançar conceitos, notas e criar turmas virtuais; e os alunos realizarem matrículas e o cancelamento desta, obterem histórico, entre outros documentos; o sistema pode ser utilizado como um ambiente virtual de ensino e aprendizagem, aonde por meio de fóruns de discussão, professores e alunos trocam informações, compartilham conhecimento e interagem, tudo isso de forma online. Este novo sistema trouxe mudanças, novas possibilidades, mas também trouxe consequências negativas para o docente, como por exemplo, o aumento de tarefas administrativas para esses profissionais que agora realizam tarefas que eram de obrigação da administração dos cursos.

Além disso, o fato do SIGAA ser web, ou seja: pode ser acessado de qualquer computador e lugar com acesso a internet, trouxe algumas consequências. A vantagem

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disso é que essa nova novidade dinamiza o trabalho do docente, pois agora ele não precisa está na UFPA para lançar conceitos ou abrir e fechar turmas. Ele pode fazer essas tarefas administrativas do conforto de sua casa. O lado ruim disso é que agora o docente não tem mais um horário fixo para trabalhar, ouve um alargamento da sua rotina de trabalho. A carga horária de trabalho do professor cresce, rompe as fronteiras do seu ambiente de trabalho e invade o seu momento de lazer, o seu descanso, a sua casa. Dessa forma, é mais trabalho para esse docente, que agora pode realizar as suas atividades laborais em casa aonde teoricamente seria o seu local e horário de descanso e lazer após um dia todo trabalhando em sala de aula.

Em resumo, a implantação desse novo sistema trouxe muitas mudanças para a rotina de trabalho dos docentes da Universidade Federal do Pará. Algumas mudanças boas e outras nem tanto. O sistema possui qualidades, mas também possui defeitos, como problemas técnicos. Além disso, muitos docentes revelaram nas entrevistas, que faltou treinamento ofertado pela instituição para eles utilizarem devidamente o sistema explorando todas as suas possibilidades. Dessa forma, investigamos se a UFPA disponibilizava o treinamento necessário para qualificar esses servidores e de que forma isso era feito.

Descobrimos que a universidade vem, através do CAPACIT, tentando de forma sistemática qualificar seus servidores através de cursos de qualificação para que dessa forma eles estejam aptos para atender as novas necessidades da era digital. Através da disponibilização de questionários via e-mail, a todos servidores técnicos administrativos e docentes, ela faz um levantamento das necessidades de capacitação individual de cada servidor. Para a partir daí obter informações mais precisas acerca das demandas necessárias da Universidade no tocante à capacitação e treinamento.

Foi constatado que o CAPACIT oferta uma gama variada de cursos para a qualificação de seus servidores. São ofertados cursos, palestras, debates e oficinas, tudo com o intuito de capacitar esses profissionais para melhorar o atendimento ao público e a qualidade do trabalho desses servidores. Já em relação aos docentes, foi constatado o oferecimento de cursos para a qualificação técnica desses profissionais da educação. Mas os cursos oferecidos são destinados em sua maioria para docentes que trabalham na área administrativa. Na atualidade a formação técnica para que professores aprendam a utilizar as ferramentas digitais é imprescindível. É preciso que o docente tenha familiaridade com essas novas tecnologias para usa-las em todas as suas potencialidades para a facilitação da aprendizagem na educação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMARAL, Adriana; NATAL, Geórgia; VIANA, Lucina. Netnografia como aporte metodológico da pesquisa em comunicação digital. In: Sessões do imaginário,

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Cinema, Cibercultura, Tecnologias da Imagem. Porto Alegre, número 20, dezembro de 2008, Famecos – PUCRS.

BARROS, Daniela Melaré Vieira; NEVES, Claúdia; SEABRA, Filipa; MOREIRA, José António; HENRIQUES, Susana. Educação e tecnologias: Reflexão, inovação e práticas. Lisboa, 2011.

CANCLINI, Néstor García. Leitores, espectadores e internautas. Tradução Ana Goldberg. São Paulo: Iluminuras, 2008.

CASTELLS, Manuel. A era da informação: sociedade em redes. vol.1. Rio de janeiro: Jorge Zahar, 10 ed., 2007.

KENSKI, Vani Moreira. Educação e tecnologias: O novo ritmo da informação. Campinas, SP: Papirus, 2007.

KENSKI, Vani Moreira. Novas tecnologias, o redimensionamento do espaço e do tempo e os impactos no trabalho docente. Informática Educativa, vol 12, 1999.

LEMOS, André. Cibercultura. Tecnologia e Vida Social na Cultura Contemporânea. Porto Alegre, Sulina, 2002 segunda edição, 2004

MACHADO, Monike Caroline Zirke. As tecnologias de informação e comunicação e os impactos na formação docente. Revista do Difere, v3, n.5, jun/2013.

DIFICULDADES

Não houve dificuldades significativas nesta etapa da pesquisa.

PARECER DO ORIENTADOR (A): Aprovado. O aluno obteve êxito na realização da pesquisa e apresentou proatividade e bom desempenho na elaboração de artigos e trabalhos acadêmicos e participação em grupos de estudos.

DATA: 12 de agosto de 2015

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ASSINATURA DO ORIENTADOR

Tássio de Souza Damasceno

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ASSINATURA DO ALUNO

INFORMAÇÕES ADICIONAIS: O aluno concluirá a graduação em dezembro deste ano e participará da seleção de mestrado do Programa de Pós Graduação em Sociologia e Antropologia – UFPA.

FICHA DE AVALIAÇÃO DE RELATÓRIO DE BOLSA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

O AVALIADOR DEVE COMENTAR, DE FORMA RESUMIDA, OS SEGUINTES ASPECTOS DO RELATÓRIO :

1. O projeto vem se desenvolvendo segundo a proposta aprovada? Se ocorreram mudanças significativas, elas foram justificadas?

1. A metodologia está de acordo com o Plano de Trabalho ?

1. Os resultados obtidos até o presente são relevantes e estão de acordo com os objetivos propostos?

1. O plano de atividades originou publicações com a participação do bolsista? Comentar sobre a qualidade e a quantidade da publicação. Caso não tenha sido gerada nenhuma, os resultados obtidos são recomendados para publicação? Em que tipo de veículo?

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1. Comente outros aspectos que considera relevantes no relatório

1. Parecer Final:

Aprovado ( )

Aprovado com restrições ( ) (especificar se são mandatórias ou recomendações)

Reprovado ( )

1. Qualidade do relatório apresentado: (nota 0 a 5) _____________

Atribuir conceito ao relatório do bolsista considerando a proposta de plano, o desenvolvimento das atividades, os resultados obtidos e a apresentação do relatório.

Data : _____/____/_____.

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Assinatura do(a) Avaliador(a)