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Wronskiano
Na matemática, Wronskiano é uma função aplicada especialmente no estudo de equações
diferenciais. O nome dessa função é uma homenagem ao matemático polonês Josef Wronski.
Dado um conjunto de funções f1, f2, ... fn, define-se o Wronskiano de acordo com o determinante:
.
Este determinante é construído pondo as funções na primeira linha, as primeiras derivadas de
cada função na segunda linha, assim procedendo até a derivada de ordem (n-1), formando
assim um arranjo quadrado denominado matriz fundamental.
Índice
. 1 Wronskiano e independência linear
2 Exemplos
3 Ver também
4 Ligações externas
Wronskiano e independência linear[editar]
O Wronskiano é utilizado para determinar se um conjunto de funções diferenciáveis são
linearmente dependentes ou independentes, em um dado intervalo. Caso o Wronskiano seja
diferente de zero em algum ponto do intervalo, as funções são linearmente independentes.
Este conceito é muito útil em diversas situações, por exemplo na verificação se duas funções
que são soluções de uma EDO de segunda ordem são linearmente dependentes ou
independentes. Um erro muito comum é falar que as funções são linearmente dependentes
quando W=0. Giuseppe Peano foi um dos primeiros a apontar a inconsistência desse fato ao
mostrar que as funções f(x) = x² e g(x) = x|x|, que são linearmente independentes, tem o W=0.
Algum tempo depois, Maxime Bôcher mostrou que existem infinitas funções que possuem essa
mesma propriedade. Uma mostra de tal é dada no exemplo 3.
Exemplos[editar]
Considere as funções e definido para o conjunto dos números reais. O
Wronskiano correspondente é:
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Pode-se notar que W é diferente de zero para qualquer número real. Portanto, essas
funções certamente são linearmente independentes.
Considere as funções , e . Existe uma clara dependência linar
entre essas funções, já que Logo, o
Wronskiano associado deve ser igual a zero:
Como foi dito acima, W=0 não quer dizer que as funções são linearmente
dependentes. Considere as funções e (valor absoluto de ), que
pode ser escrita como:
Pode-se perceber que essas funções são linearmente independentes, pois não existem
constantes 'a' e 'b' tais que a. + b. = 0 para qualquer valor de x. Entretanto, seu
Wronnskiano é zero:
Equação diferencial ordinária
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Em matemática e em particular na análise, uma equação diferencial ordinária (ou EDO) é uma equação que envolve as derivadas de uma
função desconhecida de uma variável. Um exemplo simples de uma equação diferencial ordinária é
onde é uma função desconhecida, e a sua derivada.
Índice
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[esconder]
1 Definição
2 Exemplos práticos
3 Equações diferenciais específicas
o 3.1 Equações diferenciais lineares
o 3.2 Outros casos
4 Solução de uma Equação Diferencial Ordinária
5 Métodos para resolução de EDO
6 Referências
7 Ver também
8 Ligações externas
Definição[editar]
Seja y uma função de x e que
denote as suas derivadas
.
Uma equação diferencial ordinária (EDO) é uma equação que envolve
.
A ordem de uma equação diferencial é a ordem da maior derivada na equação.
Uma solução de uma EDO é uma função y(x) cujas derivadas satisfazem a equação. Não está garantido que tal função
exista, e caso exista, normalmente ela não é única.
Quanto à linearidade de uma equação diferencial ordinária de ordem n pode ser vista como uma função
, dizemos que a equação diferencial é linear se for linear
em . 1
Ao que se refere aos coeficientes, uma equação diferencial pode ter coeficientes constantes ou funções da
variável independente.
Quando uma equação diferencial de ordem n tem a forma
é designada equação diferencial implícita, enquanto que a forma
é designada equação diferencial explícita.
Uma equação diferencial é autônoma se não depender de x, e homogênea se todos os termos da
equação diferencial dependem exclusivamente de x.
Exemplos práticos[editar]
Equações diferenciais são usadas muito frequentemente para descrever processos nos quais a
mudança de uma medida ou dimensão é causada pelo próprio processo.
Historicamente, as primeiras equações diferenciais foram as relativas à aceleração igual ou
desigual, que Galileo Galilei pôde medir, ainda que com métodos geométricos.
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Isaac Newton e Gottfried Leibniz introduziram o cálculo diferencial e, este último, as equações
diferenciais como as conhecemos hoje.
Por exemplo na Física, a lei da vida média prevê que o número de átomos que se decompõem por
unidade de tempo numa massa de átomos instáveis dependem do total N dos átomos existentes
(aqui é necessário considerar-se que, por ser N um número muito grande, pode-se considerar sua
variação contínua e determinística; no caso de N ser um número pequeno deve-se considerar sua
variação discreta e estocástica, e o método mais adequado é outro).
Desta forma, a diminuição do número de átomos é proporcional ao total de átomos:
Pelo cálculo da função nesta equação diferencial, torna-se possível determinar o
número total de átomos a cada momento no tempo.
Um outro exemplo simples é o oscilador inalterado harmónico com a equação diferencial
A função procurada aqui é a função , cuja segunda derivada em relação ao
tempo advém das leis do movimento.
Equações diferenciais específicas[editar]
Equações diferenciais lineares[editar]
Ver artigo principal: Equação diferencial linear
Uma EDO é linear quando os termos envolvendo a função a ser determinada
aparecem apenas de forma linear, ou seja, podemos escrever a EDO como
Esta equação é de grau n quando a função fn(x) não é identicamente nula.
Outros casos[editar]
Equação diferencial de Bernoulli
Equação de Clairaut
Equação diferencial de d'Alembert
Equação diferencial de Euler
Equação de Riccati
Solução de uma Equação Diferencial
Ordinária[editar]
Uma solução para uma equação diferencial é uma função que satisfaz a
identidade da equação. A solução mais geral possível que admite uma equação
diferencial é denominada solução geral enquanto que outra solução é chamada
uma solução particular.2
Exemplo
Solução particular:
Solução geral: (C constante)
As soluções se classificam em:
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Solução geral - apresenta n constantes independentes entre si (n=ordem
da EDO). Essas constantes, de acordo com a conveniência, podem ser
escritas
Solução particular - obtida da geral, mediante condições dadas
(chamadas condições iniciais ou condições de contorno.3
Métodos para resolução de EDO[editar]
A habilidade em encontrar soluções exatas em geral depende da habilidade em
reconhecer certos tipos de equações diferenciais e da aplicação de um método
específico. Em outras palavras, o que funciona para um tipo de equações
diferenciais não necessariamente se aplica a outro tipo.4 Os métodos mais
conhecidos são:
Método do Fator Integrante
Equações Separáveis
Método da variação de parâmetros
Equação diferencial exata
Redução de Ordem
Coeficientes a determinar
Referências
1. ↑ E. BOYCE, William; Diprima, Richard C.. Equações Diferenciais
Elementares e Problemas de Valores de Contorno (em português).
oitava ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006. ISBN 978-85-216-1499-9
2. ↑ Equações Diferenciais Ordinárias (em português). Página visitada em
09 de outubro de 2012.
3. ↑ Equações Diferenciais (em português). Página visitada em 26 de
outubro de 2012.
4. ↑ Equações Diferenciais de Variáveis Separáveis (em português).
Página visitada em 06 de novembro de 2012.
Ver também[editar]
Equação diferencial
Métodos numéricos/Equações diferenciais ordinárias (wikilivro)
Ligações externas[editar]
CEFET/RJ matéria de E.D.O.
EDO