world learning · filomeno fortes, md, mph, ph.d. fern teodoro ... por dia útil de trabalho. isso...
TRANSCRIPT
MINISTERIO DA SAÚDEDIRECÇÃO NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA
PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLO DA MALÁRIA
Education Development Exchange
Oportunidades e Barreiras a um Funcionamento Eficiente do TIP-SP em Angola.A Percepção dos Prestadores de Serviços e das Utentes.
Projecto Eye Kutoloka Relatório sobre os resultados do estudo:
World Learning
Projecto Eye Kutoloka
Relatório sobre os resultados do estudo: Oportunidades e Barreiras a um Funcionamento Eficiente do TIP-SP em Angola. A Percepção dos Prestadores de Serviços e das Utentes.
2 3
AGRADECIMENTOS
O presente estudo resulta de trabalho árduo, pesquisa e dedicação. A World Learning e o Programa Nacional de Controlo da Malária não teriam realizado com sucesso este trabalho sem o apoio, empenho e colaboração de muitas organizações e indivíduos. A todos os contribuintes exprimimos os nossos sinceros agradecimentos.
A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) através da Iniciativa Presidencial para a Malária (PMI)1, prestou o apoio financeiro essencial para a realização do estudo. Agradecemos a esta instituição o valioso apoio que nos tem prestado.
Por sua vez, o empenho do Governo de Angola foi fundamental na implementação deste estudo, através do Ministério da Saúde, Direções Provinciais, Administradores Municipais e Chefes das Repartições Municipais de Saúde bem como Centros de Saúde nas províncias do Huambo, Huíla, Lunda Norte e Zaire. Aproveitamos a oportunidade para agradecer a hospitalidade que recebemos dos Directores Provinciais de Saúde, nomeadamente o Dr. Frederico Juliana, no Huambo; o Dr. Altino Matias, na Huíla; o Dr. Buagica L.A. Mambelo, na Lunda-Norte e o Dr. João Miguel Paulo, no Zaire. Agradecemos à Dra. Elisa Miguel, Supervisora do Programa Nacional de Controlo da Malária e Isabel Gomes, Supervisora Nacional do Departamento de Saúde Reprodutiva, Direcção Nacional de Saúde Pública, pelo seu apoio técnico na implementação do estudo.
Louvamos os entrevistadores pelo seu compromisso e bom trabalho realizado. O nosso agradecimento a Bento Cassinda, Dorina Zucrécia Ekuikui, e Ester Chilonga Martins, no Huambo; Marlene da Conceição Pacheco, Telma Leonor da Fonseca Chiman, Victória Maria Casimiro e Maria de Fátima Barros na Huíla; Dívia Cambinda, Ana Francisca Evalina, Maria Henriqueta Pessela, Teresa Ngueve e Ana Paula da Silva, na Lunda-Norte; Ana Liliana Mawete, Maria Nkuku Augusto, Tussamba Nguinamau e Rukaka Mugizi, no Zaire. Mais uma vez, agradecemos aos supervisores e entrevistadores pelos seus comentários às versões iniciais do presente estudo.
Finalmente, gostaríamos de exprimir os nossos sinceros agradecimentos aos técnicos de saúde que dedicaram o seu tempo e conhecimento para fazerem parte do estudo. Agradecimentos especiais às mulheres grávidas que, de forma graciosa, aceitaram participar na pesquisa e tornaram possível este trabalho.
Filomeno Fortes, MD, MPH, Ph.D. Fern TeodoroCoordenador do Programa Nacional de Controlo da Malária Chief of Party Direcção Nacional de Saúde Pública World Learning
1 » President’s Malaria Initiative, Programa de USAID
FICHA TÉCNICA
Miguel dos Santos de Oliveira, MD, Ph.D.Director Nacional de Saúde PúblicaDirecção Nacional de Saúde Pública
Filomeno Fortes, MD, MPH, Ph.D.Coordenador do Programa Nacional de
Controlo da MaláriaDirecção Nacional de Saúde Pública
Pedro Rafael DimbuBiólogico, MSc.
Coordenador Nacional Adjunto do Programa Nacional de Controlo da Malária
Direcção Nacional de Saúde Pública
Mary Daly, MD, MPHConsultora, World Learning
Antónia Castelo, MDConsultora, World Learning
Fern TeodoroChief of Party
World Learning
Projecto Eye Kutoloka
Relatório sobre os resultados do estudo: Oportunidades e Barreiras a um Funcionamento Eficiente do TIP-SP em Angola. A Percepção dos Prestadores de Serviços e das Utentes.
4 5
SUMÁRIO EXECUTIVO
O estudo sobre Oportunidades e Barreiras a um funcionamento eficiente do TIP-SP em Angola foi concebido no contexto das prioridades definidas pelo Plano Estratégico de Controlo de Malária em Angola 2016-2020, e executado com apoio da Iniciativa Presidencial para a Malária (PMI)2. As políticas e as diretrizes sobre o TIP-SP em Angola foram atualizadas de acordo as recomendações da OMS em 2014. Os objetivos do estudo foram os seguintes: a- Identificar os pontos fortes e fracos do sistema de saúde na prestação de cuidados pré-natais, com foco no uso do TIP-SP; b- Identificar obstáculos ao uso do TIP-SP pelas utentes; c- Avaliar a preparação e capacidade dos enfermeiros para oferecer atendimento pré-natal integrado e dirigido com foco no uso de TIP-SP.
Foi feita uma amostra representativa de unidades sanitárias que oferecem serviços de consulta pré- -natal em quatro províncias, nomeadamente Zaire e Huíla. Fazem atualmente parte do programa PMI. Huambo teve o apoio do PMI até Setembro de 2015, e a província de Lunda Norte nunca teve intervenção de PMI. A amostra contou com 178 unidades sanitárias, dos quais 25 hospitais/centro de saúde materno infantil, 87 centros de saúde e 66 postos de saúde. O plano do estudo é baseado na metodologia de Disponibilidade de Serviços e Avaliação da sua Prontidão, desenvolvido pela OMS como uma ferramenta de pesquisa sistemática para gerar informações para a planificação e gestão de serviços. Os inquiridores realizaram 178 auditorias, entrevistaram 343 utentes e 279 enfermeiros e observaram 342 consultas pré-natais. .
PONTOS FORTES E FRACOS DOS SERVIÇOS DE SAÚDE REPRODUTIVA
Disponibilidade de serviços clínicos básicos: há maior disponibilidade de serviços no Zaire, Huambo e Huíla comparativamente a Lunda Norte. Os cuidados com maior disponibilidade são os pré-natais, seguido do planeamento familiar. Poucas unidades de saúde distribuem mosquiteiros. As frequentes e prolongadas ruturas de stocks de consumíveis essenciais, como: SP, toxóide tetânico, testes de VIH e VDRL contribuem para um acompanhamento pouco eficaz.
Serviços de diagnóstico de malaria: onde os serviços de laboratório estavam disponíveis, também estavam a microscopia e testes rápidos de malária no dia do estudo. A maioria dos laboratórios não tinha como diagnosticar a anemia, sífilis ou proteína na urina.
Controlo de rotina de infecções: embora existam algumas unidades de saúde que apliquem práticas de controlo de infeção, as políticas, procedimentos e práticas de rotina não são adotadas em todas as unidades de saúde.
Formação de enfermeiros em saúde reprodutiva: menos de 10% dos enfermeiros de saúde reprodutiva (total 679) tem formação de parteira. Mais de metade dos técnicos entrevistados (279) participaram em cursos de curta duração sobre malária na Huíla e no Huambo e 86% na Província do Zaire. Mais de 50% disseram ter participado em formação sobre VIH no Huambo e Zaire. Nenhuma enfermeira participou em formações sobre cuidados pré-natais, cuidados neonatais e planeamento familiar.
Consumíveis e equipamentos essenciais: a maioria das unidades de saúde não tinha um stock de SP, ferro e ácido fólico para um mês. Mais de 30% das unidades de saúde no Zaire, Huambo e Huíla não tinham todo equipamento essencial a funcionar no dia do inquérito. Em mais de 60% das unidades de saúde em Lunda Norte faltavam equipamentos essenciais.
2 » President’s Malaria Initiative, programa de USAID
PREFÁCIO
Angola é um país orientado no domínio sanitário para os cuidados primários de saúde, com prioridade para a saúde da mãe e da criança. O Plano Nacional de Desenvolvimento Sanitário para o período 2012-2025, baseado na taxa de mortalidade materna e no fardo que a malária representa para a grávida e recém-nascido, destaca os Programas de Saúde Reprodutiva e de Controlo da Grávida como componentes estratégicas essenciais para a melhoria dos indicadores do país.
Na implementação das estratégias integradas, o Tratamento Intermitente e Preventivo (TIP) nas grávidas a partir da 13ª Semana com sulfadoxina+pirimetamina é uma das componentes fundamentais para a redução da morte materna por malária, morte fetal intra-uterina, parto prematuro, baixo peso à nascença e até malária do recém-nascido. Esta componente inserida na Consulta Pré-Natal foi introduzida em Angola em 2004, e avaliada no MICS de 2006 e no MICS de 2012. Em 2013 a OMS recomendou emendas na implementação do TIP que Angola começou a adotar em 2015. Era urgente proceder-se a uma avaliação mais concisa sobre a cobertura do TIP no país e identificar as dificuldades na sua implementação, de forma a contribuir para a actualização das políticas e estratégias definidas no Plano Estratégico da Malária para o período 2016-2020.
O presente estudo teve como objetivos identificar as oportunidades e as barreiras à implementação do TIP em Angola. A sua importância ultrapassou o objetivo inicial e tornou-se mais ampla em termos de abordagem, permitindo identificar algumas dificuldades na implementação de várias componentes estratégicas de controlo da malária na prestação de serviços de saúde reprodutiva.
Recomendamos que este documento sirva de instrumento de reflexão e suporte, para a actualização das estratégias da Saúde Reprodutiva e da Malária, em curso no país.
Os nossos agradecimentos a todos quantos contribuíram para a realização deste estudo e o nosso reconhecimento especial à Iniciativa Presidencial em Angola (PMI) em geral, e à World Learning em particular.
Luanda, aos 28 de Novembro de 2016O DIRECTOR NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA
Miguel dos Santos Oliveira (MD, Ph.D.)
Projecto Eye Kutoloka
Relatório sobre os resultados do estudo: Oportunidades e Barreiras a um Funcionamento Eficiente do TIP-SP em Angola. A Percepção dos Prestadores de Serviços e das Utentes.
6 7
Apenas 25% das primeiras consultas na Lunda Norte concluíram o TIP1.
Enfermeiros enquanto educadores de prevenção contra a malária: os enfermeiros têm confiança no seu conhecimento sobre a prevenção da malária. Nas províncias de Zaire e Huíla, somente 50% dos enfermeiros entrevistados citaram TIP-SP como estratégia de prevenção de malária na gravidez.
Tratamento da malária durante a gravidez: a maioria dos enfermeiros apresenta conhecimentos corretos sobre o uso de ACTs no segundo e terceiro trimestres de gravidez. No entanto, alguns tratam a malária incorrectamente no primeiro trimestre. Na Lunda Norte, 86% dos entrevistados citaram tratamentos incorrectos para o primeiro trimestre, e 69% para segundo e terceiro trimestre da gravidez.
Conduzir a consultas pré-natais: os enfermeiros fazem exames físicos completos às mulheres grávidas. Os exames podem ser incompletos quando o equipamento básico não funciona ou está indisponível. O rastreio de factores de risco com base na história clínica das gestações anteriores é fraco. Os enfermeiros solicitam exames de rotina, mas a maioria das unidades com laboratórios não têm equipamento ou testes para rastreio de anemia e sífilis, muitas tiveram rutura de stocks de testes de VIH.
Supervisão e directrizes: mais de 50% dos enfermeiros que foram entrevistados teve uma ou mais visitas de supervisão nos três meses anteriores. Este facto é muito positivo e apresenta oportunidades para reforçar a formação em serviço. Contudo, poucas unidades em todas as províncias tinham os protocolos de prevenção da malária e gestão de casos, os manuais sobre malária e orientações sobre a consulta pré-natal disponíveis para consulta dentro da unidade sanitária.
Produtividade dos enfermeiros: a produtividade média do enfermeiro situa-se em 2-5 contactos por dia com grávidas-utentes. É um valor baixo em número possível de contactos entre enfermeiro e utente por dia útil de trabalho. Isso não significa que o enfermeiro individualmente não veja mais pacientes quando trabalha mas aponta por um possível problema de gestão de recursos humanos disponíveis.
Registo de informações de saúde de rotina: a maioria das unidades de saúde no Zaire, Huambo e Lunda Norte fazem o registo de rotina do TIP-SP, mas os critérios utilizados para o registo de certos dados difere província para província. Menos de 50% de todas as unidades de saúde mantinham um registo de tratamento dos casos de malária na gravidez e os resultados dos testes diagnósticos.
OPORTUNIDADES E BARREIRAS – Perspectiva da Utente
Utilização dos serviços de cuidados pré-natais: as mulheres grávidas utilizam os serviços de cuidados pré-natais. A maioria das mulheres deste estudo iniciou as consultas pré-natal no primeiro e segundo trimestre de gravidez. Isto representa uma excelente oportunidade de prevenção e educação.
Cartões de Grávida: em todas as províncias todas as grávidas (343) tem cartão de grávida (CG) e todas enfermeiras observadas registaram informações no CG. Os cartões de grávida são ferramentas essenciais para acompanhar a evolução da gravidez. Angola tem uma norma implantada das grávidas terem cartões.
Razões para fazerem o TIP-SP: a maioria das mulheres não sabia porque estava a tomar o TIP-SP. Os enfermeiros não usavam o contacto um-para-um com as grávidas nas consultas pré-natais para explicar os perigos das infeções por malária para a mãe e bebé.
Aceitação e uso de MTILPs: parece haver uma aceitação e um pedido crescente de mosquiteiros. Com exceção da Huíla, onde não houve distribuição universal de MTILP na altura em que foi realizado o estudo. A maioria das mulheres grávidas tinha mosquiteiros e disse que os usava. Muitas compraram os mosquiteiros. No entanto, mesmo em províncias com distribuição universal menos de 50% das mulheres entrevistadas disse que recebeu mosquiteiro tratado com inseticida numa distribuição comunitária.
Despesas das utentes: mais de metade das grávidas na Huíla e Zaire e mais de 80% na Lunda Norte tinha despesas relativas à utilização dos serviços. Estas despesas podem ser um impedimento à utilização dos serviços. Se o suprimento de itens essenciais, tais como SP e ácido fólico-ferro for garantido, as despesas serão reduzidas.
Papel dos homens: um terço das mulheres na Huíla e no Huambo, disse que o seu cônjuge a tinha acompanhado pelo menos uma vez à consulta pré-natal. A organização de consultas pré-natal não deixa que os homens se sentem na consulta, o que representa uma oportunidade perdida para educar e dialogar com os pais.
CONHECIMENTO E COMPETÊNCIAS DOS ENFERMEIROS
Províncias apoiadas pelo PMI em comparação com a Luanda Norte: os enfermeiros em Lunda Norte demonstraram consistentemente conhecimento e práticas frágeis em comparação com os das províncias tradicionalmente apoiados pelo PMI.
Início do TIP-SP: a maioria dos enfermeiros atrasa a primeira dose de TIP-SP até às 20 semanas. Muitos continuam a ter dúvidas sobre a segurança do SP na gravidez e há enfermeiros que não sabem calcular o tempo de gestação com base na altura uterina, ambos fatores podem contribuir para o início tardio de TIP.
Uso do TIP-SP: nas províncias que tiveram o apoio do PMI, a percentagem de mulheres grávidas que fez a primeira consulta de CPN e completou o TIP1 variou, de 55% no Huambo para 44% no Zaire.
Projecto Eye Kutoloka
Relatório sobre os resultados do estudo: Oportunidades e Barreiras a um Funcionamento Eficiente do TIP-SP em Angola. A Percepção dos Prestadores de Serviços e das Utentes.
8 9
ACRÓNIMOS
ACT: Terapia de combinação baseada na artemisina
ARV: Anti-retrovirais
ATV: Aconselhamento e Testagem Voluntária
CCMI: Centro de Cuidados materno-infantis
CG: Cartão de Grávida (da utente)
CPN: Cuidados pré-natais
DOT: Observação direta do tratamento
DST: Doenças sexualmente transmissíveis
ESR: Enfermeiro de saúde reprodutiva
MnG: Malária na gravidez
MICS: Multiple Indicator Cluster Survey (malaria)
MTI: Mosquiteiro tratado com inseticida
MTILP: Mosquiteiro tratado com inseticida de longo prazo
PENCM: Plano Estratégico Nacional de Controlo da Malária em Angola 2016-2020
PMI: Iniciativa Presidencial da Malária
PMTCT: Prevenção da transmissão mãe-criança (refere-se ao VIH)
PNCM: Programa Nacional de Controlo da Malária
PTV: Prevenção da Transmissão Vertical (VIH)
TDR: Teste de Diagnóstico Rápido (malaria)
RBM: Roll Back Malaria
SP: Sulfadoxina-pirimetamina
TIP-SP: Tratamento Intermitente Preventivo com Sulfadoxina-pirimetamina
TT: Toxóide tetânico
US: Unidade de saúde
VDRL: Pesquisa laboratorial de doença venérea
VIH: Vírus de imunodeficiência humana
CONTEÚDO
1. INTRODUÇÃO 1.1 História das políticas de prevenção da malária durante a gravidez em Angola 2. METODOLOGIA 2.1 Área de estudo 2.2 Amostragem 2.3 Plano do estudo e instrumentos de recolha de dados 2.4 Formação e recolha de dados 2.5 Análise e verificação de dados 3. RESULTADOS – Unidades de Saúde 3.1 Descrição dos serviços integrados pré-natais3.2 Controlo de infeções, higiene e gestão de resíduos hospitalares 3.3 Formação de parteiras e formação contínua 3.4 Condições de trabalho no espaço de cuidados pré-natais 3.5 Registo de informação sobre a paciente3.6 Resumo dos pontos fortes e fracos das unidades de saúde4. RESULTADOS – Uso de serviços na perspectiva das utentes 4.1 Perfil das utentes4.2 Uso do TIPp-SP pelas utentes 4.3 Uso de MTILP4.4 Gestão da febre durante a gravidez4.5 Despesas com os serviços – respostas das utentes 4.6 Áreas de espera para as grávidas 4.7 Envolvimento dos parceiros 4.8 Privacidade na consulta pré-natal 4.9 Resumo das barreiras e potenciais oportunidades ao uso dos serviços pelas utentes 5. RESULTADOS – Conhecimento e práticas dos ESR 5.1 Conhecimento dos enfermeiros de saúde reprodutiva sobre o TIP-SP 5.2 Diagnóstico e tratamento da malária na gravidez 5.3 Condução da consulta pré-natal 5.4 Supervisão5.5 Produtividade dos ESR5.6 Resumo dos resultados sobre o conhecimento e práticas dos ESR6. DISCUSSÃO6.1 Política sobre tratamento preventivo intermitente da malária na gravidez6.2 Conhecimento do ESR sobre o TIP-SP e a gestão de casos de malária na gravidez6.3 Os enfermeiros de saúde reprodutiva enquanto educadores6.4 Práticas das utentes e cuidados pré-natais6.4.1 Cartão de Grávida6.4.2 Despesas incorridas6.4.3 Resposta das grávidas à febre6.4.4 Mulheres grávidas e uso de MITLPs
11 -13 -16 -17 -17 -18 -19 -20 -21 -22 -24 -25 -26 -27 -29 -30 -31 -33 -35 -36 -37 -38 -39 -39 -40 -41 -42 -44 -44 -48 -49 -50 -52 -53 -53 -54 -55 -55 -55 -56 -56 -
INTRODUÇÃO 11Relatório sobre os resultados do estudo: Oportunidades e Barreiras a um Funcionamento Eficiente do TIP-SP em Angola. A Percepção dos Prestadores de Serviços e das Utentes.
10
6.5 Barreiras do sistema de saúde ao aprovisionamento efectivo de TIP-SP 6.5.1 Disponibilidade e crescimento dos serviços pré-natais6.5.2 Produtividade dos enfermeiros de saúde reprodutiva6.5.3 Consumíveis essenciais6.5.4 Informação de saúde de rotina
7. CONCLUSÕES7.1 Pontos fortes e fracos dos serviços de saúde reprodutiva7.2 Oportunidades e barreiras para a prevenção da malária na gravidez – perspectiva da utente7.3 Conhecimento e competências dos ESR8. RECOMENDAÇÕES8.1 Desenvolvimento e divulgação de políticas8.2 Formação e supervisão dos ESR8.3 Oportunidades para melhorar a prevenção da malária com as utentes8.4 Reforço do sistema de saúde
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRAFIAS
APENDICES
56 -56 -57 -58 -58 -59 -60 -60 -
61 -63 -64 -64 -65 -65 -
66 -
67 -
68 -
1. INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO12 13Relatório sobre os resultados do estudo: Oportunidades e Barreiras a um Funcionamento Eficiente do TIP-SP em Angola. A Percepção dos Prestadores de Serviços e das Utentes.
O estudo foi concebido no quadro do Plano Nacional Estratégico de Controlo de Malária em Angola, 2016-2020 (PENCM). O plano pretende assegurar a prevenção da malária a todas as mulheres grávidas, através do uso de TIP com SP durante a CPN focalizadaa apoiando as seguintes intervenções operacionais:
• Adotar o “Manual de Malária na Gravidez” tendo em conta as recomendações da OMS e fazer a sua difusão nas unidades sanitárias.• Formar/Informar os profissionais de saúde a todos os níveis.• Motivar os profissionais de saúde para registar e notificar de maneira permanente e correcto o TIP-SP.• Promover a utilização dos serviços de consulta pré-natal.• Quantificar a aquisição, distribuição e gestão de stock de SP.
O PENCM também pretende que até o final de 2020, 100% dos casos suspeitos de malária se apresentem nas unidades sanitárias ou na comunidade, e serão testados e tratados conforme a política nacional.
A Iniciativa Presidencial para a Malária (PMI) opera em Angola desde 2005. O actual plano operacional para Angola3 tem como prioridade contribuir para melhorar o tratamento da malária na gravidez, incluindo a melhoria do uso do TIP-SP, promovendo o uso correcto dos mosquiteiros tratados com insecticida e o diagnóstico.
A OMS recomenda uma abordagem para a prevenção e tratamento da malária na gravidez: 1) tratamento intermitente com Sulfadoxone-Pirimatamina (TIP-SP); 2) dormir sob mosquiteiros 3) gestão atempada e adequada de casos de malária.
Em 2013, o Grupo de Trabalho Roll Back Malária (RBM) divulgou uma Declaração de Consenso4, convidando os interessados a renovar o seu compromisso de intensificar as intervenções de controlo da malária para as mulheres grávidas. As principais recomendações foram:a. harmonização das políticas a nível nacional e apoio aos serviços integrados de saúde reprodutiva;
b. focalização dos países no aumento da cobertura e igualdade de acesso para as mulheres grávidas, de modo a receberem informações sobre a malária durante a gravidez, através de cuidados pré-natais dirigidos;
c. suporte à monotorização e avaliação eficazes, que permitam rever e orientar a implementação do programa.
O documento de política da OMS sobre mosquiteiros tratados com inseticida, recomenda a cobertura universal através de uma combinação de ampla distribuição nas comunidades e a distribuição regular através de múltiplos canais. Com especial atenção nos serviços de cuidados pré-natais (CPN) e de imunização5. Os canais de distribuição regulares deveriam funcionar antes, durante e após a distribuição universal.
Com base nas prioridades do Plano Estratégico Nacional de Controlo de Malária, e no contexto da Declaração do Consenso do Grupo de Trabalho de Roll Back Malária, este estudo tem como objetivo descrever a prevenção e tratamento do paludismo na gravidez atualmente, com foco nos cuidados pré-natais em Angola.
Os objetivos do estudo são:a. identificar os pontos fortes e fracos do sistema de saúde na prestação de cuidados pré-natais, com foco no uso do TIP-SP, abordando lacunas de política, os desafios com a formação de ESR, a prestação dos serviços de cuidados pré-natais e a disponibilidade de produtos básicos (SP e MTILP);
b. identificar obstáculos ao uso do TIP-SP pelas utentes, em termos de comportamentos, conhecimentos
3 » Plano Operacional da Malária de Angola, AF2016. Iniciativa Presidencial da Malária (PMI) / 4 » http://www.rollbackmalaria.org/files/files/resources/MIP-consensus-statement-en.pdf Acesso em 25 Julho 2016 / 5 » http://www.who.int/malaria/publications/atoz/who_recommen-dations_universal_coverage_llins.pdf?ua=1 Acesso em 25 Julho 2016. / 6 » Baseado nas recomendações da OMS: http://www.who.int/malaria/iptp_sp_updated_policy_recommendation_en_102012.pdf / 7 » Plano Estratégico Nacional da Malária, 2016-2020.
6 » Baseado nas recomendações da OMS: http://www.who.int/malaria/iptp_sp_updated_policy_recommendation_en_102012.pdf7 » Plano Estratégico Nacional da Malária, 2016-2020
e factores de custos que poderão vir a impedir as mulheres grávidas de completarem um mínimo três doses de TIP-SP;
c. avaliar a preparação e capacidade dos ESR para oferecer atendimento pré-natal integrado e dirigido com foco no uso de TIP-SP.
1.1 História das políticas de prevenção da malária durante
a gravidez em Angola
A Tabela 1 resume a evolução dos indicadores de uso do TIP-SP com base em estudos da população nos últimos dez anos em Angola.
Tabela 1: Evolução dos indicadores de malária em Angola
INDICADOR MICS 2011
% mulheres que recebeu TIP-SP em visitas pré-natais
% mulheres que dormiram debaixo de um mosquiteiro
5.5% urbano2.9% rural
MICS 2006
14.2% urbano20.5% rural
47.7% urbano18.4% rural
28.1% urbano24.5% rural
O TIP-SP foi adoptado pela primeira vez em Angola em 2004, com uma meta definida de duas doses. A mais recente actualização da política de TIP-SP6 data de 2013 e é aplicável em todo o país7. O Manual sobre Malária durante a Gravidez foi actualizado em 2014 e aprovado em 2015.
Gráfico 1 demonstra a evolução de casos de malária para o período 2011 a 2015, com base em dados do PNCM.
Gráfico 1: Tendência de Casos de Malária entre 2011 a 2015
Total de Casos de Malária Caso de Malária em <5 anos Caso de Malária em Grávidas
4 000 000
3 500 000
2 500 000
1 500 000
500 000
2011 2012 2013 2014 2015
0
3 000 000
2 000 000
1 000 000
TEDÊNCIA DA MORTALIDADE POR MALÁRIA 2011 - 2015
Nº de Casosde Malária
Ano
Fonte: Programa Nacional de Controlo de Malaria
INTRODUÇÃO14 15Relatório sobre os resultados do estudo: Oportunidades e Barreiras a um Funcionamento Eficiente do TIP-SP em Angola. A Percepção dos Prestadores de Serviços e das Utentes.
Gráfico 2, também usando dados do PNCM, demonstra que a demanda em termos de primeira consulta pré-natal aumentou mas a tomada de TIP não corresponde ao aumento em número de primeiras consultas feitas.
Gráfico 2: Evolução na demanda por consulta pré-natal e o consumo de TIP1 e TIP2.
1ª Consulta 1ª dose so TIP 2ª dose so TIP
Nº DE MULHERES QUE QPARECEM NA 1ª CONSULTA PRÉ NATAL vs 2ª dose do TIP
Nº deMulheres
Ano
1 200 000
1 000 000
800 000
600 000
400 000
200 000
1 400 000
02011
774 709732 162
830 883
916 533
1 152 635
579 608544 464
397 095443 174433 227
306 212
397 120
276 960
402 437322 729
2012 2013 2014 2015
Fonte: Programa Nacional de Controlo de Malaria.
O número de unidades de saúde que oferecem cuidados pré-natais varia entre as províncias. A Tabela 2 reflecte o aumento da disponibilidade de serviços de cuidados pré-natais e de laboratórios nas três províncias que foram alvos de intervenção do PMI em Angola8 nno período entre 2012 e 2015. Os dados para a Lunda Norte são de 2016, correspondendo à data da planificação da recolha de dados para este estudo. Pode notar-se que em Huambo e Huila, o número de unidades sanitárias que oferecem consultas pré-natais aumentou consideravelmente com destaque para a Província de Huila. Na província de Zaire, a oferta de consulta pré-natal aumentou somente em 10 unidades sanitárias.
Tabela 2: Unidades de saúde que oferecem cuidados pré-natais por província
ProvínciaCenso
Populacional 2014
Huambo
Huíla
Zaire
L. Norte9
1.896.147
2.354.398
567.225
799.950
232
284
103
108
214
249
84
Total de Unidadesde Saúde (US)
2012 2015
200
166
57
27
115
33
47
Unidades de Saúdecom CPN
2012 2015
43
53
18
13
38
33
16
US comLaboratórios
2012 2015
O teste de VIH foi introduzido nos serviços de cuidados pré-natais de rotina em 2014, e adotou --se a política de tratamento com ARV para todas as mulheres grávidas que tivessem teste VIH positivo. No entanto, o cotrimoxazole já não faz parte do protocolo de tratamento regular para mulheres grávidas seropositivas, pelo que não deveria constar das novas orientações sobre o manuseamento de malária
8 » Reforço de ONG mediante assistência técnica ao funcionamento de serviços de saúde: Projecto Eye Kutoloka, 2011-2016. 9 » Os dados para a Lunda Norte são de 2016, à data do estud
na gravidez. Também as combinações de ferro-ácido fólico aprovadas para os cuidados pré-natais nas unidades de saúde em Angola, contemplam uma dose 0.4 mgs de ácido fólico.
A Tabela 3 resume as actuais políticas e diretrizes disponíveis sobre o TIP-SP e a distribuição de MTILP em Angola. Os principais documentos foram atualizados de acordo com as orientações da OMS. No entanto, não existe um formato padrão para dar a conhecer o protocolo de trabalho. Documentos separados enfatizam aspectos diferentes das mensagens-chave e há alguma discrepância na dose correta para a combinação de ácido fólico e ferro na gravidez e sobre o protocolo correto para a prevenção da malária em mulheres grávidas seropositivas. As diretrizes sobre a distribuição de mosquiteiros tratados com inseticida mediante a estratégia de distribuição universal combinada com a distribuição de manutenção contínua através de canais selecionados não foram ainda atualizadas e amplamente distribuídas.
Tabela 310: Estado actual das políticas e orientações sobre TIP-SP e MTI em Angola
10 » Formato de tabela adoptado do Relatório de Revisão dos Documentos sobre Malária durante a Gravidez a nível nacional, em 19 países PMI, Jhpiego, 2014. http://www.mchip.net/sites/default/files/mchipfiles/19%20Country%20Review%20of%20MIP.pdf/ 11 » O Ministério da Saúde tinha um site na net com uma plata-forma para manuais e outros recursos. Este site não encontrava se disponível a quando de escrever este relatório. / 12 » http://saudeangola.gv.ao/publicacoes/protocolos/ baixado em 21/07/2016. / 13 » Formação escolar antes de iniciar a carreira profissional./ 14 » A actual gestão do protocolo para as mulheres grávidas seropositivas refere que o tratamento com ARV deve ter início independentemente da contagem CD4; o cotrimoxazole já não é recomendado na gravidez.
PARÂMETRO ESTADO ACTUAL – JUNHO DE 2016
Política e orientações
Formação e supervisão
Início de TIP-SP, intervalo das doses e número de doses.
DOT, Ácido Fólico
Propósito do TIP-SP Todos os manuais e orientações mencionam a prevenção da malária nas mulheres grávidas. Nenhum se refere especificamente à prevenção da infecção da placenta com malária.
Distribuição universal e contínua de
manutenção de MTILP
Falta elaborar e actualizar as directrizes e o protocolo sobre a distribuição universal de MTILP e a distribuição contínua de manutenção a partir das unidades de saúde e outros canais.
a. Plano Estratégico Nacional para o Controlo da Malária (PENCM) revisto e actualizado para 2016-2020. Não está disponível no website do MINSA. b. Manual actualizado sobre Malária na Gravidez, 2014. Não está amplamente disponível em cópia física ou digital e não está disponível no website do MINSA.c. Manual actualizado de Diagnóstico e Tratamento da Malária 2014. Não foi distribuído em cópia física ou digital ou não esta disponível no site MINSA11. d. Lista aprovada de Medicamentos Essenciais especifica o uso de SP no TIP-SP apenas e uma dose de 0.4 mgs de ácido fólico na gravidez12.
a. Um pacote padrão de formação para enfermeiros sobre malária simples foi elaborado com apoio do PMI para o uso em programas de formação continua. b. Não há pacote de formação contínua para malária severa.c. Não há material curricular padronizado para a formação profissional de enfermeiros e médicos13. d. Há um guia oficial de supervisão integrada para a malaria.
PENCM: Iniciar às 13 semanas de gestação; 3 ou mais doses; intervalo de 4 semanas entre doses. Manual de Malária 2014: Iniciar às 13 semanas de gestação. Especifica dosagem regular a intervalos de um mês, que podem continuar até ao parto.Manual de Malária na Gravidez 2014: Iniciar às 13 semanas de gestação. Especifica intervalos regulares de um mês, que podem continuar até ao parto.
PENCM: 3 comprimidos especificados. DOT não mencionado. Especifica dose de 0.4 mgs na combinação de ferro-ácido fólico.Manual de Malária 2014: Não especifica o número de comprimidos. Não faz menção a DOT. Refere que não se deve administrar 5 mgs de ácido fólico, mas não diz qual a dose indicada.Manual de Malária na Gravidez 2014: Não especifica o número de comprimidos. Não faz menção a DOT. Refere que não se deve administrar 5 mgs de ácido fólico e que se deve atrasar o TIP-SP por 2 semanas após dar 5 mgs de ácido fólico. Não menciona a dose de 0.4 mgs de ácido fólico. Menciona que não se deve administrar SP às pacientes seropositivas que tomam cotrimoxazole14.
17METODOLOGIA
2. METODOLOGIA
2.1 Área de estudo
O estudo elaborou uma amostra transversal de unidades sanitárias em quatro províncias, duas das quais fazem atualmente parte do programa PMI em Angola (Zaire e Huíla); Huambo teve o apoio do PMI até Setembro de 2015 e Lunda Norte nunca teve intervenção de PMI. Quanto ao padrão de transmissão da malária as províncias podem ser classificadas da seguinte forma:
a. O Zaire tem um padrão híper endémico de transmissão e demonstrou um aumento significativo do uso de TIP-SP, que passou de uma cobertura de 44% com TIP2 em 2013 para 70% de cobertura em 2015. No Zaire, 55% das 103 unidades de saúde ofereciam cuidados pré-natais no fim de 2015.
b. O Huambo é uma zona de transmissão meso-endémica estável de malária; 86% das 232 unidades de saúde ofereciam cuidados pré-natais. O Huambo registou 48% de cobertura de TIP2 em 2015, uma baixa relativamente aos 53% de 2014. O apoio do PMI ao Huambo encerrou em Setembro de 2015.
c. A Huíla é uma zona meso-endémica instável: 58% das 284 unidades de saúde ofereciam cuidados pré-natais. A Huíla registou uma cobertura em baixa de 39% de TIP2 em 2015, após 44% em 2014.
d. A Lunda Norte tem um padrão híper endémico de transmissão da malária. Possui 108 unidades de saúde, dos quais 25% oferecem cuidados pré-natais em 2016.
2.2 Amostragem
O estudo baseia-se numa amostra representativa de unidades de saúde de cada uma das quatro províncias. Para se determinar a amostra a nível da província foram, primeiro identificadas todas as unidades sanitárias de cada província, por município e posteriormente seleccionadas somente aquelas unidades que oferecem cuidados pré-natais. O método de amostragem utilizado foi o probabilístico aleatório, com nível de confiança de 95% e erro de amostragem de 10%. Depois de determinado o tamanho da amostra de cada província, a selecção das unidades sanitárias foi feita aleatoriamente através do programa SPSS, versão 22.
Por conveniência foram selecionados por unidade sanitária dois ESR que prestam CPN para as entrevistas. Do mesmo modo foram selecionadas duas utentes, ou seja, mulheres grávidas, independentemente do tempo de gestação, mas em consulta de retorno15. Para avaliar as boas práticas definidas e aceites para a condução da CPN pelos ESR, cada Inquiridor observou duas consultas pré-natais.
A Tabela 4 mostra o número total de unidades de saúde por província, o número das que oferecem cuidados pré-natais (CPN) em Janeiro 2016 e o número da amostra para cada província.
Tabela 4: Número de unidades de saúde selecionadas por província
Província
Zaire
Huambo
Huíla
Lunda Norte
Total
98
211
293
108
710
58
145
182
27
412
36
58
63
21
178
Total de Unidadesde Saúde (US)
Unidades de Saúdecom CPN Amostra
15 » A maior parte dos dados recolhidos não seriam possíveis em uma primeira consulta.
Relatório sobre os resultados do estudo: Oportunidades e Barreiras a um Funcionamento Eficiente do TIP-SP em Angola. A Percepção dos Prestadores de Serviços e das Utentes.
18 19METODOLOGIA
A Tabela 5 indica as unidades de saúde incluídas na amostra por categoria. O desenho do estudo previu eliminar hospitais da amostra, mas o número de unidades de saúde disponíveis que oferecem cuidados pré-natais era relativamente pequeno no Zaire e na Lunda Norte, facto que explica a inclusão de um número limitado de hospitais para se conseguir o número necessário de unidades de saúde e salvaguardar a representatividade da amostra nessas províncias.
Tabela 5: Categoria de unidades de saúde na amostra
Província
Zaire
Huambo
Huíla
Lunda Norte
Total
5
9
5
6
25
24
18
34
11
87
7
31
24
4
66
Hospital/CCMI
Categoria de US
Centro Saúde Posto Saúde
36
58
63
21
178
Amostra
2.3 Plano do estudo e instrumentos de recolha de dados
O plano do estudo é baseado na metodologia de Disponibilidade de Serviços e Avaliação da sua Prontidão16 desenvolvido pela OMS como uma ferramenta de pesquisa sistemática para gerar informações para a planificação e gestão de serviços. Os instrumentos específicos de recolha de dados foram adaptados do Estudo de Avaliação sobre a Provisão de Serviços do Uganda de 200717. Quatro instrumentos de recolha de dados foram elaborados em português, nomeadamente:• Questionário de Auditoria ao Serviço: dirigido à qualidade da infraestrutura, à disponibilidade de serviços essenciais e consumíveis, à formação dos ESR e ao registo das informações de saúde de rotina. Para o preenchimento deste questionário foi entrevistada a pessoa responsável pela unidade de saúde.
• Entrevista ao Enfermeiro de Saúde Reprodutiva: abordou as qualificações do ESR, a experiência individual de supervisão e treino em serviço, o conhecimento sobre a prevenção e tratamento da malária na gravidez e a implementação de atividades de educação sanitária. Foram entrevistados os enfermeiros que apenas trabalham na área da saúde reprodutiva. Em determinadas unidades, os ESR trabalham exclusivamente em saúde reprodutiva; em outras havia apenas um enfermeiro que atendia todos os pacientes.
• Protocolo de Observação de Consulta Pré-natal: serviu para avaliar as boas práticas definidas e aceites para a condução da CPN. Em cada observação, o inquiridor seguia a interação entre a mulher grávida e o enfermeiro, desde o início até o fim da consulta pré-natal.
• Entrevista Final: dirigida à utente, visava buscar a sua compreensão relativamente à consulta e o exame realizado, a interiorização das instruções dadas pelo ESR sobre o tratamento e prevenção da malária, bem como a verificação das informações anotadas no cartão de grávida.
Os instrumentos de recolha de dados foram pré-testados num hospital municipal em Luanda e num centro materno-infantil no Kuito. Com base no tempo necessário para aplicar os instrumentos de recolha de dados, foi elaborado um protocolo de recolha de dados, estabelecendo que cada inquiridor iria trabalhar numa unidade de saúde por dia, aplicando a auditoria à instituição de saúde,
16 » http://www.who.int/healthinfo/systems/sara_introduction/en/ Baixado em 08/08/2016. / 17 » As secções sobre malária e saúde reprodutiva neste estudo foram adaptadas do Estudo de Avaliação sobre a Provisão de Serviços do Uganda de 2007.
entrevistando dois ESR quando disponíveis para entrevista, entrevistar duas pacientes e observar duas consultas pré-natais completas. Sempre que possível as pacientes em consultas de retorno foram seleccionadas para entrevista, a fim de melhorar a recolha de informações sobre o TIP-SP. As utentes entrevistadas (nas entrevistas finais) não foram sempre as mesmas observadas durante as consultas. Os inquiridores foram instruídos para entrevistar as grávidas antes de fazer quaisquer outras entrevistas, para que os enfermeiros não fossem induzidos a melhorar as suas práticas de rotina.
A Tabela 6 abaixo apresenta o número de auditorias e entrevistas efetuadas. No Huambo faltou uma “observação de consulta”, porque a paciente começou a sentir-se mal durante a consulta e o processo de consulta regular não foi concluído. Foram entrevistados menos ESR comparativamente ao estabelecido no protocolo, porque um número significativo de postos de saúde e alguns centros de saúde têm apenas um único enfermeiro a trabalhar e, em outros casos, havia somente um enfermeiro presente no dia do inquérito.
Tabela 6: Número de entrevistas efetuadas
Província
Zaire
Huambo
Huíla
Lunda Norte
Total
72
108
121
42
343
72
107
121
42
342
63
92
95
29
279
Entrevistas finais (utentes)
Consultasobservadas
ESRentrevistados
Autorização ética: a autorização foi obtida junto do Ministério da Saúde, Direcção Nacional de Saúde Pública. Também foi obtido consentimento informado junto dos respetivos Departamentos Provinciais de Saúde. Ao nível da unidade de saúde, foi obtido consentimento informado junto dos enfermeiros e utentes para a observação da consulta e para as entrevistas.
2.4 Formação e recolha de dados
As Direcções Provinciais de Saúde foram convidadas a apresentar potenciais candidatos a inquiridores para formação. Nas províncias do Huambo e Zaire todos os inquiridores foram profissionais de enfermagem com formação profissional de nível médio concluído, e com experiência anterior de trabalho em saúde reprodutiva. Na Huíla, os inquiridores foram enfermeiros licenciados mas com experiência clínica limitada. Na Lunda Norte, a recolha de dados foi feita por uma médica que trabalhou com enfermeiras que falavam as línguas locais.
A formação dos inquiridores incluiu quatro dias em sala de aula, para apreensão dos conceitos- -chave. Foi feita a simulação das técnicas de entrevista. A formação teórica foi consolidada com a prática, ou seja, cada inquiridor teve a oportunidade de testar todos os instrumentos de recolha de dados numa unidade de saúde, observada pelos colegas. No fim de cada dia de trabalho houve uma sessão de feedback entre pares.
Foram desenvolvidos planos específicos de trabalho com a indicação da unidade de saúde e o dia
Relatório sobre os resultados do estudo: Oportunidades e Barreiras a um Funcionamento Eficiente do TIP-SP em Angola. A Percepção dos Prestadores de Serviços e das Utentes.
20
previsto para a recolha de dados. Estes planos foram comunicados antes do início da recolha a todas as administrações municipais e Direcções Municipais de Saúde. O líder de cada equipa recebeu uma lista com os números de telefone do Director Municipal de Saúde e da pessoa responsável por cada unidade de saúde. Os líderes de equipa foram instruídos para:
a. contatarem os Directores Municipais de Saúde e os responsáveis pelas unidades de saúde na semana anterior à recolha de dados;
b. efetuaram a revisão dos questionários no final de cada dia de trabalho. Os questionários preenchidos semanalmente foram enviados de autocarro para a World Learning, em Luanda. Cada questionário foi verificado novamente por um dos dois pesquisadores seniores e as discrepâncias revistas e corrigidas com as equipas de campo.
Os dados foram recolhidos durante os meses de Fevereiro e Março nas províncias do Huambo, Huíla e Zaire e durante o mês de Abril na Lunda Norte.
2.5 Análise e verificação de dados
Os dados foram processados no programa SPSS, versão 22. Como os dados foram recolhidos, usando instrumentos diferentes na mesma unidade de saúde, foi possível verificar a concordância dos dados obtidos a partir desses diferentes instrumentos. E finalmente foi realizado uma sessão de verificação de dados que contou com a participação de duas pessoas que participarem na recolha de dados por cada província e uma assessora de Programa Nacional de Programa de Malaria e outra de Programa Nacional de Saúde Reprodutiva.
3. RESULTADOS – Unidades de Saúde
Os resultados são descritos em três capítulos. O Capítulo 3 aborda o estado atual das unidades de saúde e os serviços auxiliares de apoio aos cuidados pré-natais integrados, destacando os seus pontos fortes e fracos. O Capítulo 4 centra-se no uso pelas utentes do TIP-SP e procura identificar potencialidades e oportunidades perdidas. O Capítulo 5 descreve o conhecimento dos enfermeiros e as práticas relativas à prevenção e gestão de casos de malária e de prestação de cuidados pré-natais.
Relatório sobre os resultados do estudo: Oportunidades e Barreiras a um Funcionamento Eficiente do TIP-SP em Angola. A Percepção dos Prestadores de Serviços e das Utentes.
2322 RESULTADOS – Unidades de Saúde
3.1 Descrição dos serviços integrados pré-natais
Esta secção descreve os serviços disponíveis à data em que o estudo foi realizado em cada unidade de saúde. Quando não existiam consumíveis essenciais, tais como contraceptivos, testes de VIH, ARVs e antibióticos para tratar doenças sexualmente transmissíveis, o serviço foi considerado “não disponível”.
Das quatro províncias incluídas no estudo, a Huíla tem o maior número de unidades de saúde que oferecem CPN, seguida do Huambo e Zaire. Na Lunda Norte o acesso à CPN é mais limitado. (ver Tabela 4: Metodologia).
Exames pós-parto: os ESR assistem puérperas no período pós-parto se elas se apresentarem no serviço de saúde. Isto ocorreu mais frequentemente na província da Huíla e na categoria hospitais/centros materno-infantis (CCMI). No entanto, não existe uma abordagem estruturada e as diretrizes aprovadas para o exame pós-natal para a mãe e o bebé não são implementadas. Isto constituía uma fraqueza no contexto da integração dos serviços de VIH nos serviços de saúde reprodutiva e a necessidade imperiosa de acompanhamento dos bebés de mulheres grávidas seropositivas, além da importância da consulta pós natal com oportunidade para iniciar o aconselhamento sobre o planeamento familiar.
Partos: mais de 60% das unidades de saúde em todas as províncias fazem partos. À exceção do Zaire, a assistência ao parto está mais disponível em hospitais e centros de saúde. No Zaire, 5 dos 7 postos de saúde incluídos na amostra, realizam partos.
Redes mosquiteiras: entre 20% (Huíla) e 3% (Zaire) das unidades de saúde tinham mosquiteiros para distribuição às mulheres grávidas. A distribuição de manutenção de redes mosquiteiras pelas unidades de saúde foi em grande parte interrompida em províncias onde houve distribuição universal de redes mosquiteiras tratadas com insecticida (MTILP). Poucos ESR usam a oportunidade do contacto “um-para-um” com a utente para recomendar o uso de redes mosquiteiras. Veja-se na Tabela 7 que, na Lunda Norte, nenhuma mulher grávida observada nos cuidados pré-natais foi aconselhada a usar uma rede mosquiteira. Os ESR no Huambo foram os que mais recomendaram o uso de redes mosquiteiras no decorrer da consulta.
Tabela 7: Enfermeiros de saúde reprodutiva que recomendam o uso de mosquiteiros
Observação da consulta
% ESR que recomenda o uso
de mosquiteiro durante a consulta35% 44% 11% 0%
Zaire(72)
Huambo(107)
Huíla(121)
Lunda Norte(42)
Planeamento Familiar: 70% e 57% das unidades de saúde na Huíla e Huambo respectivamente, e menos de 50% das unidades de saúde do Zaire e Lunda Norte oferecem serviços de planeamento familiar. Os serviços de planeamento familiar estão mais disponibilizados em hospitais e centros de saúde do que em postos de saúde em todas as províncias. Poucos ESR nas províncias estudadas falaram às utentes das opções e indicações para o planeamento familiar durante a consulta pré-natal.
Tabela 8: Enfermeiros de saúde reprodutiva que educam as utentes sobre planeamento familiar
Observação da consulta
% ESR que explicam o planeamento
familiar às utentes no decorrer da CPN7% 8% 3% 0%
Zaire(72)
Huambo(107)
Huíla(121)
Lunda Norte(42)
Tratamento de doenças sexualmente transmissíveis e serviços de VIH: mais de 60% das unidades de saúde na Huíla, Zaire e Lunda Norte foram capazes de tratar doenças sexualmente transmissíveis e tinham antibióticos em stock no dia da recolha de dados. No Huambo, esta percentagem caiu para 50%. Em todas as províncias, o serviço estava disponível sobretudo em hospitais e centros de saúde. O rastreio da sífilis variou de 40% em todas as unidades na Huíla para 16% em todas as unidades do Huambo. O rastreio de VDRL estava sobretudo disponível em hospitais e CCMI comparativamente a centros e postos de saúde.
Cerca de 94% das unidades de saúde no Zaire e 83% no Huambo oferecem o teste de VIH. Na Huíla e Lunda Norte, o teste de VIH estava disponível em 67% e 57% das unidades respetivamente. Na generalidade menos unidades de saúde ofereciam o Programa de Prevenção da Transmissão Vertical (PTV) e Anti-retrovirais (ARV), à exceção da Lunda Norte, onde 70% das unidades tinham ARVs em stock, comparativamente a apenas 57% das mesmas unidades com os testes de VIH em stock. Pode ver-se que é comum as unidades de saúde testarem o VIH e não terem material para o rastreio da sífilis.
Tabela 9: Serviços de VIH e rastreio da sífilis
Província
Zaire (n=36)
Huambo (n=58)
Huíla (n=63)
Lunda Norte (n=21)
94%
83%
67%
57%
53%
33%
32%
71%
56%
38%
25%
71%
ATV
Percentagem US com serviços de VIH e rastreio do VDRL
PCT ARV
25%
16%
40%
24%
VDRL
Serviços laboratoriais: todos os hospitais tinham serviços de laboratório, à exceção de um na Lunda Norte. Um certo número de CCMI referenciou mulheres grávidas para o laboratório de um hospital próximo. Com exceção da Huíla (56%), menos de 50% dos centros de saúde noutras províncias prestou serviços de laboratório. Na Lunda Norte, 3 em cada 4 postos de saúde tinham um laboratório, mas esses ofereciam apenas TDRs e um tinha tiras reativas para pesquisa de glucose para urina. No Huambo e na Huíla haviam alguns postos de saúde com laboratório e nenhum posto de saúde no Zaire oferecia esse serviço.
A maioria dos laboratórios, independentemente da categoria, oferecia TDRs18. Na Huíla e Zaire respectivamente, 100% e 80% dos Hospitais/CCMI ofereciam microscopia. Cerca de 48% dos centros de saúde em todas as províncias estavam a realizar microscopia no dia do estudo. Três postos de saúde, de um total de 66 (localizadas no Huambo e Huíla), realizava microscopia. Poucas unidades podiam rastrear anemia usando hemoglobina e/ou hematócrito. A Huíla teve o melhor desempenho, com 100% de unidades na categoria de Hospital/CCMI e 40% de todas as unidades a realizarem testes de hemoglobina e hematócrito relativamente ao Zaire, onde apenas 19% de todas as unidades podia fazer testes de hemoglobina ou hematócrito. Menos de um quarto do total de unidades de saúde faziam rastreio de proteína na urina e um terço fazia microscopia da urina.
18 » As percentagens de unidades de saúde com TDR no dia no inquérito variam entre 78% no Zaire, 86% no Huambo, 97% na Huíla e 95% na Lunda Norte.
Relatório sobre os resultados do estudo: Oportunidades e Barreiras a um Funcionamento Eficiente do TIP-SP em Angola. A Percepção dos Prestadores de Serviços e das Utentes.
2524 RESULTADOS – Unidades de Saúde
Toxóide tetânico: a maioria das unidades do Huambo e Zaire não tinha toxóide tetânico. Houve rutura de stock na província de Huambo e faltava gás para a cadeia de frio na província de Zaire. Prolongadas ruturas do stock de vacinas essenciais contribuirão para uma queda significativa da imunidade colectiva.
Tabela 10: Unidades de saúde com toxóide tetânico em stock
Percentagem de unidades de saúde com toxóide tetânico
25% 40% 86% 86%
Zaire Huambo Huíla Lunda Norte
A maioria das mulheres entrevistadas declarou ter recebido doses de toxóide tetânico durante outras gestações, consultas anteriores ou durante campanhas de vacinação. O número de doses declaradas varia de uma média de 4 no Huambo a 6 no Zaire e na Lunda Norte.
Tabela 11: Número total de doses de toxóide tetânico
Província
Zaire
Huambo
Huíla
Lunda Norte
415
320
605
262
Número totalde doses declaradas
Nº de utentes
Média de dosespor utente
69
81
114
41
6
4
5
6
3.2 Controlo de infeções, higiene e gestão de resíduos
hospitalares
Políticas de controlo de infecções: cinco, de um total de 178 unidades de saúde tinham uma política escrita sobre controlo de infeções, com uma pessoa indicada para promover e supervisionar o controlo destas.
Condições de higiene geral em unidades de saúde: As condições de higiene básica eram globalmente fracas. Apenas no Huambo, mais de um quarto das unidades apresenta “boas” condições de higiene. As condições mínimas essenciais de higiene foram definidas como espaços de trabalho limpos e água para os ESR lavarem as mãos. “Moderadamente boas” incluem as condições mínimas e um wc de trabalho, latrina ou outro. “Boas condições” referem-se às condições de higiene moderadas e disponibilidade de produtos de desinfecção para limpeza. Frequentemente a falta de pessoal de limpeza19 e, menos frequentemente, a ausência de água eram as razões para uma higiene pobre. No entanto, com exceção da província do Zaire, mais de 90% das unidades de saúde tinham uma fonte de água, mas poucas tinham água canalizada dentro da unidade de saúde. Na Lunda Norte, a higiene foi classificado como sendo “pobre” em 71% de todas as unidades de saúde, incluindo os hospitais municipais. O Huambo teve o melhor desempenho, com 70% das unidades de saúde a demonstrar higiene moderada ou boa.
19 » A função de limpeza foi largamente subcontratada em anos precedentes. Com os severos cortes orçamentais, muitas unidades de saúde não têm agora dinheiro para pagar pessoal de limpeza.
Tabela 12: Condições de higiene nas unidades de saúde
Província
Zaire
Huambo
Huíla
Lunda Norte
78%
93%
94%
90%
44%
22%
46%
71%
Fonte de água verificada
Classificação das condições de higiene nas US
Pobre BoaMínimo essencial
Moderadamente boa
14%
7%
19%
19%
28%
41%
27%
10%
14%
29%
8%
10%
Gestão de resíduos hospitalares: A maioria das unidades de saúde enterra o lixo, uma média de 71% nas quatro províncias. No entanto, 20% das unidades de saúde no Zaire, 10% na Lunda Norte e 5% na Huíla e Huambo despejam os resíduos hospitalares em pontos de lixo comunitário, sem qualquer diferenciação entre o lixo hospitalar e outros resíduos.
3.3 Formação de parteiras e formação contínua
Por muitos anos, Luanda foi a única província que oferecia um curso de formação especializada de parteiras com duração de 18 meses. O requisito de entrada é ter uma formação profissional de nível médio concluída em enfermagem geral20. As informações na Tabela 13 descrevem o número total de ESR que trabalham em saúde reprodutiva no universo das unidades de saúde incluídos no estudo e o número que teve treino formal de parteira. O número de parteiras formalmente treinadas é globalmente baixo em todas as províncias, mas o Zaire é particularmente mal servido. 94% de enfermeiros entrevistados que trabalham na área da saúde reprodutiva fizeram formação em serviço e não possuíam formação especializada de parteira.
Tabela 13: Formação de parteiras
Província
Zaire
Huambo
Huíla
Lunda Norte
74
330
214
61
Total de enfermeiros na categoria de saúde reprodutiva
Número/percentagem de ESR com formação especializado de parteira
021
14 (4%)
17 (8%)
3 (5%)
Formação Contínua: A Tabela 14 reflecte a percentagem de ESR entrevistados que participaram em formações por tema, nos últimos dois anos (2014 e 2015). Alguns terão participado em mais de uma formação. A província de Lunda Norte é a que tem mais fraco desempenho, onde 45% dos ESR não participou em qualquer formação contínua. Cerca de um quarto dos ESR na Lunda Norte participaram de workshops sobre a malária e VIH/IST. Nas províncias com apoio do PMI mais de 50% dos ESR foram capacitados sobre malária (no Zaire, 86% participaram de workshops sobre malária). 62% e 53% dos ESR foram treinados em VIH/IST no Zaire e Huambo, respetivamente. O Huambo também teve uma percentagem elevada de profissionais treinados em outras subespecialidades clínicas. Na categoria “Outras”, grande parte das formações foram em Doenças Tropicais Negligenciadas (Zaire e Huambo), Nutrição (Huíla e Huambo) e Imunização (Huambo e Huíla). Um ESR no Huambo referiu ter
20 » Formação de profissionais de nível médio (técnico médio) é o equivalente académico ao nível secundário completo. 21 » Há duas parteiras especializadas no Zaire que não constaram na recolha de dados.
Relatório sobre os resultados do estudo: Oportunidades e Barreiras a um Funcionamento Eficiente do TIP-SP em Angola. A Percepção dos Prestadores de Serviços e das Utentes.
2726 RESULTADOS – Unidades de Saúde
participado na formação sobre gestão do trabalho de parto. Nenhum enfermeiro se referiu à formação em cuidados pré-natais ou planeamento familiar.
Tabela 14: Participação em formação contínua
Província (N)
Zaire (74)
Huambo (330)
Huíla (214)
Lunda Norte (61)
9%
6%
24%
45%
86%
64%
58%
24%
Percentagem de ESR que participaram em workshops
Nenhumworkshop OutrasMalária VIH/DST
62%
53%
22%
27%
23%
57%
20%
3%
3.4 Condições de trabalho no espaço de cuidados pré-natais
Equipamento essencial: o estudo definiu seis itens como essenciais para conduzir uma consulta pré-natal: um esfigmomanómetro, um estetoscópio auricular, um estetoscópio de Pinard, uma balança para adultos, uma fita métrica e uma mesa para exame clínico. Os itens foram considerados “disponíveis e em uso” apenas se funcionavam correctamente e atribuídos aos cuidados pré-natais. A Tabela 15 mostra a percentagem de unidades onde os serviços de cuidados pré-natais tiveram todos os itens em bom estado de funcionamento.
Tabela 15: Unidades com equipamento essencial
Província (N: unidades de saúde)
Zaire (36)
Huambo (58)
Huíla (63)
Lunda Norte (21)
Seis equipamentos essenciais disponíveis
67%
67%
63%
38%
Todas as unidades de saúde, em todas as províncias, tinham cama para exames, embora em alguns casos não fossem marquesas para CPN. De facto, eram camas de exame feitas por um carpinteiro local. Todas as unidades de saúde da Huíla e Lunda Norte tinham uma fita métrica; no Huambo e Zaire os valores registados foram de 98% e 97%, respectivamente. No Zaire e Huambo todas as unidades de saúde tinham um estetoscópio de Pinard enquanto na Huíla foi encontrado em 98% e na Lunda Norte em 86% das unidades de saúde.
No Huambo, 24% não tinha um esfigmomanómetro funcional e, em alguns casos, os estetoscópios auriculares pertenciam aos ESR. Em 20% dos serviços de cuidados pré-natais na Huíla não havia esfigmomanómetro nem estetoscópio auricular. A Lunda Norte estava particularmente mal servida. Mais de 40% dos serviços não tinham esfigmomanómetro ou estetoscópio auricular. A inoperacionalidade do equipamento básico compromete significativamente a qualidade do serviço prestado à utente.
Controlo de infeções: seis itens foram seleccionados como indicativos de um controlo básico de infeções numa sala de consulta pré-natal. São eles: um lavatório com drenagem (muitas unidades de
saúde têm lavatórios instalados, mas que não estão ligados a qualquer sistema de drenagem, uma fonte de água incluindo um balde ou bacia com água, sabão, recipiente para objectos cortantes, recipiente fechado com tampo para o lixo e luvas descartáveis. A Tabela 16 mostra o número e a categoria da unidade de saúde que tinha todos os seis itens definidos. Menos de um quarto das instalações em todas as províncias tinha um lavabo com drenagem. Mais de 50% das instalações em todas as províncias tinha um balde ou bacia com água, exceto na Lunda Norte, onde menos de 20% das salas tinha água para os ESR lavarem as mãos. À exceção da Lunda Norte, mais de 50% das unidades de saúde tinham recipientes de eliminação de objetos cortantes e perfurantes. Mais de 60% das unidades do Huambo e Zaire tinha luvas descartáveis. As luvas descartáveis estavam disponíveis em 52% das unidades na Huíla e em 48% na Lunda Norte. Não ter condições básicas para o controlo rigoroso de infecções correntes representa um risco acrescido de transmissão de infeção.
Tabela 16: Condições de controlo de infeções nas salas de cuidados pré-natais
Província (n= unidades de saúde)
Zaire (36)
Huambo (58)
Huíla (63)
Lunda Norte (21)
Número de unidades com todos os itens necessários ao controlo básico de infecções
2 Centros de Saúde
2 CCMI e 1 Centro de Saúde
1 CCMI e 1 Centro de Saúde
Nenhum
3.5 Registo de informação sobre a paciente
Esta secção descreve como os ESR registam os dados das consultas de cuidados pré-natais necessários para monitorar a prevenção e tratamento da malária na gravidez.
Registo dos dados da paciente: 90% das unidades de saúde no Zaire e no Huambo usavam o livro de registo de cuidados pré-natais aprovado pelo Ministério da Saúde. A maioria das unidades da Huíla22 (98%) fazia uso de formas mais antigas ou de outro tipo de registo da utente. 62% das unidades da Lunda Norte usava o registo CPN correto, mas quase um quarto usava papéis soltos ou cadernos para registar actos de assistência à utente.
Primeira consulta na gravidez: mais de 90% das unidades do Huambo e da Lunda Norte registavam correctamente o trimestre de gravidez, na primeira consulta. Esta percentagem baixou para 81% no Zaire e 35% na Huíla.
Registo de rotina do TIP-SP: há discrepâncias significativas sobre como e quando os ESR procedem ao registo do TIP. Alguns só registam o TIP-SP quando os três comprimidos são administrados por observação directa (DOT). Outros registam quando dão os comprimidos à mulher, e alguns registam o TIP-SP como dado quando escrevem a receita. Na prática, os dados sobre o TIP-SP não são registados de forma padronizada. A Tabela 17 mostra a percentagem de unidades com registos do TIP-SP, independentemente dos critérios utilizados para definir TIP como dado.
Tabela 17: Unidades de saúde que registam o TIP-SP no livro de consulta
Item auditado
71%86% 71% 33%Percentagem de US que regista o TIP-SP
Zaire(36)
Huambo(58)
Huíla23
(63)Lunda Norte
(21)
22 » Huila recebeu o livro de registo aprovado em 2015 e as Direções Municipais de Saúde tinham um stock de livros imprimidos com o formato antigo. Comparativamente, o livro antigo tem somente duas colunas para o registo de TIP e a versão actualizada tem 4 colunas. / 23 » A província de Huila vive uma rotura de sulfadoxine-primetamine faz mais que dois anos.
Relatório sobre os resultados do estudo: Oportunidades e Barreiras a um Funcionamento Eficiente do TIP-SP em Angola. A Percepção dos Prestadores de Serviços e das Utentes.
2928 RESULTADOS – Unidades de Saúde
Dados de rotina sobre gestão de casos de malária na gravidez: Os casos de malária em crianças e adultos são sempre registados num livro próprio para esse efeito, introduzido na década de 90, no contexto do Programa de Medicamentos Essenciais. O ESR deve registar no espaço designado, a suspeita de diagnóstico, os resultados do teste de malária e o tratamento. Quando há suspeitas de malária na gravidez, os ESR devem registar a informação numa coluna para “comentários” no livro de registo pré-natal. Algumas unidades têm um livro de registo adicional ou um caderno para registar casos de doenças em mulheres grávidas. Em certos municípios, as mulheres grávidas com malária confirmada são enviadas para um hospital de nível municipal, onde são atendidas no Banco de Urgências. No livro de registos de gestão de casos na sala de urgências pode ou não constar que a paciente se encontra grávida, o que torna difícil supervisionar a gestão de casos de malária na grávida.
A Tabela 18 descreve o registo da gestão de casos de malária na gravidez nas unidades de saúde na amostra deste estudo. No geral, menos de 50% das unidades de saúde regista a confirmação do diagnóstico e gestão de casos de malária na gravidez de forma a facilitar a supervisão e acompanhamento da gestão de casos. Também não há um formato padrão para registo de casos de malária na gravidez quando encaminhados para outros serviços dentro da mesma unidade de saúde ou quando transferidos para unidades de saúde de referência. A Tabela 18 reflete o registo dos testes de malária e o registo do tratamento da malária, completo ou incompleto.
Tabela 18: Registo dos dados da paciente sobre gestão de casos de malária na gravidez
Registos da paciente
52%47% 47% 43%Registo do teste de malária e seus resultados
24%42% 38% 43%Registo do tratamentoda malária
Zaire(36)
Huambo(58)
Huíla(63)
Lunda Norte(21)
UNIDADES SANITÁRIAS
CATEGORIA PONTOS FORTES PONTOS FRACOS
Muitas unidades na Huíla e Lunda Norte não possuem o livro de registo CPN actualizado.
2 em 3 unidades na Huíla não registavam corretamente a primeira consulta pré-natal.
Os critérios para o registo TIP-SP diferem entre províncias, tendo assim implicações para a interpretação dos dados de rotina sobre TIP-SP
A maioria das US não regista testes ou tratamento de malária na gravidez. A supervisão para gestão de casos de Malária na Grávida é difícil quando não há um registo completo de manuseio dos casos.
Mais de 90% das unidades do Huambo e Zaire usavam o registo correcto de cuidados pré-natais.Na maioria das unidades no Zaire, Huambo e Huíla, o registo para a primeira consulta pré-natal foi correc-tamente feito.À excepção da Huíla, muitas unida-des de saúde procuram fazer o registo de TIP-SP no livro de registo CPN.
REGISTODE DADOSDE ROTINA
Poucas unidades têm políticas de controlo de infecções; Padrões de higiene básica nas unidades de saúde são
frágeis; Muitas salas de cuidados pré-natais não têm as condi-
ções básicas para assegurar um controlo permanente das infecções.
CONTROLODE
INFECÇÕES
Um terço das unidades de saúde no Zaire, Huambo e Huíla e dois terços das unidades na Lunda Norte não tinham o equipamento essencial para fazer uma avaliação clinica completa da utente.
EQUIPAMENTOESSENCIAL
Muitos hospitais e CCMI e 40% dos centros de saúde tinham um serviço de laboratório operacional que efectuava microscopia para a malária. A maioria dos laboratórios tem TDRs.
SERVIÇOS DE
LABORATÓRIO
SERVIÇOSCLÍNICOS
Acessibilidade aos serviços de saúde reprodutiva é limitada na Lunda Norte.Falta actualizar as directrizes e os procedimentos para a distribuição contínua de MTILP nas unidades de saúde.Roturas frequentes de estoques de consumíveis essenciais como toxóide tetânico, testes de VIH e VDRL.Não há tradição de exames pós-parto para a mãe e o bebé. Isto é relevante para monitorar os bebés de mães seropositivas e para iniciar o aconselhamento sobre planeamento familiar.
Serviços básicos estão disponíveis no Zaire, Huambo e Huíla.
20% das unidades na Huíla distribuía MTILP às mulheres grávidas.
Em todas as províncias, menos de 10% do pessoal de saúde reprodutiva tem formação de parteira profissional.As actividades de formação contínua para os cuidados pré-natais, gestão de partos e do recém-nascido e planea-mento familiar são limitadas.
Um número significativo de ESR participou em actividades de forma-ção contínua sobre malária e VIH.
FORMAÇÃO
A maioria dos laboratórios não podia fazer o rastreio da anemia, sífilis ou proteína na urina.
3.6 Resumo dos pontos fortes e fracos das unidades de saúde A Tabela 19 resume as conclusões sobre o estado actual das unidades que fornecem cuidados pré-natais (CPN).
Tabela 19: Resumo dos pontos fortes e fracos das unidades de saúde
31RESULTADOS – Uso de serviços na perspectiva das utentes
4. RESULTADOS – Uso de serviços
na perspectiva das utentes
Esta seção descreve o perfil das utentes e a sua perspectiva sobre a experiência de cuidados pré-natais incluindo o tratamento intermitente para prevenção de malária com TIP-SP. Procura identificar potenciais obstáculos ao uso regular do TIP-SP e de mosquiteiros com inseticida pelas utentes e as oportunidades para melhorar a prevenção da malária na gravidez.
Uso de Cartões de Grávida: todas as mulheres grávidas que foram entrevistadas possuíam um “Cartão de Grávida”24 (CG) em todas as províncias, sem exceção. Na maioria dos casos, o cartão consistia numa página, frente e verso, da versão antiga do cartão, ou uma fotocópia das duas páginas mais importantes do actual Caderno de Seguimento da Consulta Pré-natal. As fotocópias são mais baratas que a reprodução integral dos referidos cartões ou cadernos. Na Lunda Norte, a versão original do cartão de saúde continuou a ser fotocopiada, mas já não era legível. Um quarto das unidades de saúde em todas as províncias tinha Cartões de Seguimento da Grávida em estoque. O pagamento dos cartões de saúde é discutido na Secção 4.5.
4.1 Perfil das utentes
Idade da utente: a maioria das utentes no Zaire, Huíla25 e Huambo encontrava-se nas faixas etárias 20-29 anos ou 30 anos e ou mais. Na Lunda Norte, uma maior proporção de utentes estava entre os 14 e 19 anos e 98% de todas as utentes na Lunda Norte eram casadas ou viviam em união civil de facto comparativamente a uma média de 72% para as outras províncias. A idade mínima foi de 14 anos no Huambo e Lunda Norte, e 15 anos na Huíla e Zaire. A idade máxima foi de 50 anos no Huambo e de 36 anos na Lunda Norte. Os dados sugerem que os casamentos e gravidezes precoces são mais comuns na Lunda Norte em comparação com as outras províncias da amostra, mas as gravidezes precoces ocorrem em todas as províncias.
Número de gestações: este estudo é dirigido às unidades de saúde e não se propõe medir as taxas de fecundidade26. A Tabela 20 reflecte o número de gestações declarado por grupos de idade. Mais de metade das mulheres teve quatro ou mais gestações no Zaire e Huambo, 41% na Huíla comparativamente a apenas 36% na Lunda Norte. Não temos nenhuma razão plausível para a diferença observada na Lunda Norte, porque aqui as mulheres parecem começar a ter filhos mais cedo e têm menos acesso ao planeamento familiar quando comparado com as outras províncias. Em todas as províncias, um número significativo de mulheres entre os 14 e os 19 anos teve mais de uma gravidez, reforçando uma vez mais a impressão de uma tendência marcada de gravidezes precoces entre as adolescentes.
24 » Usou-se o termo “Cartão de Grávida” porque na maioria dos casos, as mulheres grávidas não apresentaram um caderno mas uma fotocópia de algumas páginas do caderno. / 25 » Na Huíla, um terço dos inquiridos não sabia a sua idade e nas outras províncias os valores foram menores sendo de 11% no Zaire, 15% no Huambo e 7% na Lunda Norte. A diferença pode ser explicada pelo facto de os inquiridores na Huíla terem registado apenas datas de nascimento precisas, enquanto os inquiridores nas outras províncias trabalharam com estimativas plausíveis normalmente utilizadas em estudos populacionais. / 26 » A taxa de fecundidade em Angola, de acordo com o Censo Nacional de 2014, é de 5,7 filhos por mulher.
Relatório sobre os resultados do estudo: Oportunidades e Barreiras a um Funcionamento Eficiente do TIP-SP em Angola. A Percepção dos Prestadores de Serviços e das Utentes.
3332 RESULTADOS – Uso de serviços na perspectiva das utentes
Tabela 20: Gestações por grupos de idade
Zaire
Huambo
Huíla
Lunda
Norte
1ª gestação
2ª - 3ª gestações
≥ 4ª gestações
Sub total
1ª gestação
2ª - 3ª gestações
≥ 4ª gestações
Sub total
1ª gestação
2ª - 3ª gestações
≥ 4ª gestações
Sub total
1ª gestação
2ª - 3ª gestações
≥ 4ª gestações
Sub total
11.1
26.4
62.5
100.0
16.7
29.6
53.7
100.0
28.9
30.6
40.5
100.0
31.0
33.3
35.7
100.0
Província Nº. de Gestações
5
8
0
13
15
5
1
21
18
7
0
25
13
5
0
18
14-19
1
9
15
25
2
21
25
48
8
20
13
41
7
7
14
20-29
Idade em anos
1
0
25
26
0
1
22
23
14
14
7
7
30+
1
2
5
8
1
5
10
16
9
10
22
41
2
1
3
Não sabe
8
19
45
72
18
32
58
108
35
37
49
121
13
14
15
42
Total Utentes
% Utentes
Nível de alfabetização das utentes: a Tabela 21 revela o grau de alfabetização das utentes por província. Pelo menos metade de todas as utentes não sabe ler e escrever27 e 81% não são alfabetizados na Lunda Norte.
Tabela 21: Taxa de literacia das utentes por província
Escolaridade
Não sabe ler nem escrever
Lê, mas não escreve
Sabe ler e escrever
49%
4%
47%
49%
7%
44%
50%
9%
40%
81%
0%
19%
Zaire(n=72)
Huambo(n=108)
Huíla(n=121)
Lunda Norte(n=42)
No entanto, quando olhamos para o nível de escolaridade das mulheres não alfabetizadas, emerge um padrão perturbador. Pelo menos metade das mulheres grávidas não alfabetizadas no Zaire e no Huambo e mais de dois terços na Lunda Norte tinham frequentado o nível primário.
27 » A taxa de literacia das mulheres angolanas maiores de 15 anos é de 53%. Censo Nacional 2014.
Tabela 22: Comparação entre utentes não alfabetizadas escolarizadas e não escolarizadas
Escolaridade
Nunca frequentou a escola
Primário ou outronível de escolaridade
18
17
27
26
43
18
4
30
Zaire(n=72)
Huambo(n=108)
Huíla(n=121)
Lunda Norte(n=42)
4.2 Uso do TIP-SP pelas utentes
Primeira consulta pré-natal: uma das razões citadas para o pouco uso do TIP-SP é que as mulheres grávidas procuram os cuidados pré-natais muito tarde, ou seja, a maioria aparece no último trimestre de gravidez. Este estudo sugere que isso não seja verdade em Angola. Na Huíla e na Lunda Norte, 38% das mulheres grávidas entrevistadas iniciou as consultas pré-natais no primeiro trimestre de gravidez. A grande maioria das mulheres grávidas faz a primeira consulta até o final do segundo trimestre. A Lunda Norte foi a única província onde um número significativo de grávidas (21%) atrasou a primeira consulta pré-natal até ao terceiro trimestre.
Tabela 23: Trimestre da primeira consulta pré-natal (entrevistas com mulheres grávidas)
TrimestrePercentagem da primeira consulta pré-natal
Trimestre I
Trimestre II
Trimestre III
Não sabe
24%
70%
3%
3%
15%
67%
6%
12%
38%
58%
2%
2%
38%
40%
22%
0%
Zaire(n=72)
Huambo(n=108)
Huíla(n=121)
Lunda Norte(n=42)
Consulta de seguimento pré-natal: a Tabela 24 indica que 95% ou mais das grávidas tiveram consultas de seguimento marcadas no cartão de grávida nos casos do Zaire, Huambo e Huíla. A observação das consultas também confirmou que os ESR em geral anotam a data para a próxima consulta no cartão de grávida.
Tabela 24: Utentes com a próxima consulta marcada no cartão de saúde
Província
Zaire (n=70)
Huambo (n=105)
Huíla (n=115)
Lunda Norte (n=36)
% grávidas com visita de seguimentomarcada no cartão de saúde
97.2%
97.2%
95.0%
85.7%
Relatório sobre os resultados do estudo: Oportunidades e Barreiras a um Funcionamento Eficiente do TIP-SP em Angola. A Percepção dos Prestadores de Serviços e das Utentes.
3534 RESULTADOS – Uso de serviços na perspectiva das utentes
Experiência das utentes com o TIP-SP: a Tabela 25 compara como as grávidas responderam à pergunta sobre “se” e “como” haviam tomado o TIP-SP. O Zaire foi a única província onde um número significativo de grávidas afirmou ter tomado SP na frente do ESR. À maioria das grávidas no Huambo e na Huíla foram dadas receitas para SP, e 64% das grávidas na Lunda Norte não recebeu nem comprimidos, nem receita médica. Num pequeno número de casos, as grávidas podem não ter recebido comprimidos ou receita, porque o ESR julgou a gestação como sendo inferior a 20 semanas ou superior a 36 semanas, ambas situações em que muitos ESR não davam o TIP-SP. A percentagem de grávidas em que tinham registo do TIP no Cartão de Grávida foi significativamente maior do que o número das que declararam ter recebido o tratamento DOT em todas as províncias. Algumas diferenças poderiam ser explicadas pelo facto das mulheres terem tomado o TIP-SP numa consulta pré-natal anterior, registada no Cartão de Grávida. Parece que a maioria dos profissionais de saúde regista o TIP-SP no Cartão de Gravida como dado quando fazem uma prescrição, ou quando observam a grávida a tomar os comprimidos, com a finalidade de monitorar as doses de TIP-SP através do registo feito no cartão da grávida. No entanto, a tendência é registar o TIP-SP no livro de registo da consulta pré-natal apenas quando podem observar a grávidas a tomar os comprimidos . A percentagem de grávidas que refere tomar o TIP-SP sob observação direta do enfermeiro é semelhante à percentagem de unidades com stock para um mês de SP.
Tabela 25: Experiência da utente com o TIP-SP por província
Experiência da grávida com o TIP-SP
DOT (observação da consulta)
Percentagem de utentes com TIP-SPregistado no cartão de saúde
Prescrição
Sem comprimidos e sem prescrição
Não sabe
% US com 1 mês de estoque de SP
Zaire(n=72)
Huambo(n=108)
Huíla(n=121)
Lunda Norte(n=42)
40%
69%
18%
38%
4%
44%
17%
82%
67%
17%
0%
14%
16%
60%
58%
26%
0%
19%
2%
60%
33%
64%
0%
5%
Itens necessários para efectuar o TIP por DOT: a auditoria verificou se no espaço de trabalho onde a consulta pré-natal tem lugar havia água potável, um copo e comprimidos de SP disponíveis para efectuar o TIP-SP observado pelo ESR (DOT). Na prática, a esmagadora maioria das unidades no Huambo e na Lunda Norte não tem água potável ou SP. Muitas delas na Huíla tinham água potável, mas a maioria não tinha SP. Na realidade, quando não há abastecimento de SP, não há razão para ter água potável ou uma caneca. O Zaire foi a única província onde um número significativo de unidades de saúde tinha stock para um mês de SP.
Tabela 26: Unidades de saúde com condições essenciais para efectuar o TIP-SP
Auditoria
% áreas de trabalho com componentes chave para o TIP-SP
% US com stock de 1 mês de SP
Zaire(36)
Huambo(58)
Huíla(63)
Lunda Norte(21)
33%
44%
3%
14%
17%
19%
0%
5%
28 » Os dados do relatório mensal sobre a malária são lançados com base no registo das utentes.
Conhecimento das utentes sobre o TIP-SP: foi perguntado às grávidas se sabiam porque é que estavam a tomar SP. As mulheres grávidas no Huambo sabiam dizer de alguma forma que era para proteção contra a malária. No entanto, 40% das mulheres no Zaire, 54% na Huíla e 88% na Lunda Norte não tinha ideia da razão porque estava a tomar SP. As grávidas sabiam melhor relacionar o ferro com “fortalecer o sangue” do que relacionar o SP com a prevenção da malária.
Tabela 27: Conhecimento das utentes sobre a razão para se tomar SP
Entrevista final – mulher grávidaque declara as razões de tomar SP
Percentagem de respondentes
Proteger a mãe e o bebé da malária
Proteger a mãe da malária
Proteger o bebé da malária
Não sabe
17%
21%
18%
44%
29%
31%
25%
15%
17%
17%
12%
54%
2%
8%
2%
88%
Zaire(n=72)
Huambo(n=108)
Huíla(n=121)
Lunda Norte(n=42)
A percentagem de utentes que sabe dizer uma ou mais razões corretas para tomar SP pode estar associada aos ESR que durante a consulta pré-natal explicam porque o devem tomar (SP).A Tabela
28 compara a percentagem de mulheres que descreveram pelo menos uma razão correta para fazer o TIP-SP, com a percentagem de utentes que afirmava que os ESR lhes explicaram porque deviam tomar o TIP-SP durante a consulta pré-natal.
Tabela 28: Conhecimento da grávida comparado com a educação um-para-um pelo ESR em CPN
Província
Entrevista final às utentes
Zaire
Huambo
Huíla
Lunda Norte
% grávidas que declara que o ESRexplicou porque devem tomar SP
54%
82%
39%
17%
% grávidas que mencionauma ou mais razões para tomar SP
56%
85%
46%
12%
4.3 Uso de MTILP
Angola pretende actualmente proceder à distribuição universal de redes mosquiteiras nas comunidades. Com o apoio de vários doadores, houve uma distribuição universal de mosquiteiros nas províncias de Lunda Norte, Lunda Sul, Namibe, Bengo e Cabinda e em 4 municípios da Huíla no decorrer dos anos 2014 e 2015. A distribuição para os restantes municípios de Huila decorre atualmente (2016). As Tabelas 29 e 30 mostram a percentagem de grávidas que possuíam um mosquiteiro, e a percentagem daquelas que possuíam mosquiteiros e declararam ter dormido debaixo da rede na noite anterior. Com a exceção da Huíla, onde houve uma distribuição incompleta de MTILP antes do estudo, mais de 50% das mulheres grávidas entrevistadas nas outras províncias tinha redes próprias e uma grande maioria disse que dormia debaixo dela. O melhor resultado vem do Huambo, onde 72% das mulheres grávidas era proprietária de uma rede mosquiteira e 91% tinha-a usado na noite anterior. No entanto, mesmo ali onde a distribuição universal ocorreu, menos de 50% das grávidas declarou ter recebido uma rede na
Relatório sobre os resultados do estudo: Oportunidades e Barreiras a um Funcionamento Eficiente do TIP-SP em Angola. A Percepção dos Prestadores de Serviços e das Utentes.
3736 RESULTADOS – Uso de serviços na perspectiva das utentes
comunidade. As grávidas que possuíam MTILP podiam dar respostas múltiplas à questão relacionada com a fonte de obtenção da rede mosquiteira.
Algumas unidades de saúde parecem ter continuado com a distribuição de MTI no Zaire, Huíla e Lunda Norte. Curiosamente, mais de 50% das mulheres no Huambo e Huíla declararam ter comprado um MTI e um terço dos inquiridos no Zaire e Lunda Norte também disse que comprara redes. Não houve associação aparente entre possuir uma rede mosquiteira e o nível de escolaridade da entrevistada.
Tabela 29: Grávidas que possuem MTI e usam
Uso de MTI
Possui MTI
Dormiu debaixo da rede(proprietários de MTI apenas)
Zaire(n=72)
Huambo(n=108)
Huíla(n=121)
Lunda Norte(n=42)
58%
91%
72%
91%
29%
86%
55%
70%
Tabela 30: Fonte de obtenção de rede mosquiteira29
Fonte de obtenção de MTI
Comunidade
Unidade de Saúde
Comprada
Zaire(n=72)
Huambo(n=108)
Huíla(n=121)
Lunda Norte(n=42)
36%
31%
33%
45%
3%
56%
14%
29%
51%
46%
39%
36%
A Tabela 31 reflecte a percentagem de ESR que durante o contacto com a grávida a informa sobre o uso da rede mosquiteira. Essa percentagem vária de 44% dos enfermeiros no Huambo, que aproveitam a oportunidade para aconselhamento sobre o uso de redes mosquiteiras, à situação na Lunda Norte, onde nenhum enfermeiro aconselhou a utente a usar uma rede mosquiteira.
Tabela 31: ESR que educam individualmente as grávidas sobre o uso do MTILP
Observação do ESRProvíncia
% de ESR que aconselhasobre o uso da rede mosquiteira
durante a consulta pré-natal
Zaire(n=72)
Huambo(n=107)
Huíla(n=121)
Lunda Norte(n=42)
35% 44% 11% 0%
4.4 Gestão da febre durante a gravidez
Foi perguntado às grávidas se tinham tido um episódio de febre durante a gravidez e, em caso afirmativo, que medidas tinham tomado. A Tabela 32 mostra que a percentagem de mulheres grávidas, nas zonas híper endémicas como Zaire e Lunda Norte, que referiram ter tido um episódio de febre e maior. No entanto, em números absolutos, o número total de mulheres com febre foi maior no Huambo e na Huíla.
29 » A questão permitia respostas múltiplas e algumas utentes declaram mais do que uma fonte de obtenção de MTI.
Tabela 32: Percentagem de grávidas que declarou um episódio de febre durante a gravidez
Episódio de febredurante a gravidez
Província
Um ou mais episódios de febre
Nenhum episódio de febre
66.7%
33.3%
37.0%
63.0%
42.1%
57.9%
54.8%
45.2%
Zaire(n=72)
Huambo(n=108)
Huíla(n=121)
Lunda Norte(n=42)
A Tabela 33 descreve a resposta das grávidas à febre. Eram aceites respostas múltiplas. Com a exceção da Huíla, a maioria das mulheres grávidas disse que foi a uma unidade de saúde pública local. Um número significativo comprou medicamentos numa farmácia; muitas das que compraram medicamentos na farmácia, também usaram o serviço de saúde público. A categoria de “outros” foi, na maioria das vezes, o tratamento em casa, a utilização de um serviço privado e na Huila, recorrer a tratamento tradicional. É provável que um número significativo de mulheres grávidas com episódios de febre procure um serviço de saúde público e uma farmácia ou recorra somente uma farmácia.
Tabela 33: Respostas à febre durante a gravidez
Acções de resposta à febre
Província
Nenhuma acção
Unidade de saúde pública
Compra medicamentos na farmácia
Outra
6%
65%
19%
8%
13%
58%
25%
10%
24%
39%
22%
31%
13%
74%
52%
13%
Zaire(n=45)
Huambo(n=42)
Huíla(n=65)
Lunda Norte(n=35)
4.5 Despesas com os serviços – respostas das utentes
O pagamento de serviços é considerado um bloqueio potencial à utilização dos serviços de saúde. A Tabela 34 descreve os serviços que foram pagos pelas utentes no dia da entrevista. O número de grávidas que pagou através dos seus próprios recursos variou de 14% no Huambo a 86% na Lunda Norte. Em todas as províncias, as grávidas pagam pelos cartões de grávida quando a unidade de saúde não os tem para dar gratuitamente. Os ESR não consideram que isto seja um pagamento pelo serviço, mas apenas uma contribuição para fotocopiar o cartão de saúde. No entanto, é uma despesa para as utentes. O facto de todas as utentes terem cartões de grávida indica que tanto os ESR, como as utentes dão importância ao cartão e encontram uma solução quando não há cartões em stock. Em todas as províncias algumas utentes pagaram pelos exames laboratoriais. Na maioria dos casos, as “contribuições” das utentes são usadas para comprar reagentes de laboratório. Só duas grávidas (Huíla) disseram ter pago pelos medicamentos na unidade de saúde.
Relatório sobre os resultados do estudo: Oportunidades e Barreiras a um Funcionamento Eficiente do TIP-SP em Angola. A Percepção dos Prestadores de Serviços e das Utentes.
3938 RESULTADOS – Uso de serviços na perspectiva das utentes
Tabela 34: Despesas com os serviços nas unidades de saúde
Serviço
Registo
Cartão de saúde
Testes de laboratório
Medicamentos na US
Ecografia
Total de utentes que pagou
% total de utentes com despesas
Zaire(n=72)
Huambo(n=108)
Huíla(n=121)
Lunda Norte(n=42)
1
8
9
0
0
17
24%
0
10
5
0
0
15
14%
2
21
15
2
1
39
32%
1
27
9
0
0
36
86%
Para além disso, muitas grávidas pagaram por medicamentos prescritos pelos ESR numa farmácia privada fora da unidade de saúde. Mais de 60% das grávidas na Lunda Norte e Huíla compraram medicamentos fora da unidade de saúde, 50% no Zaire e apenas 15% no Huambo. Embora apenas 14% das unidades no Huambo tivesse stock para um mês de SP, não está claro porque é que menos mulheres no Huambo iriam comprar medicamentos fora da unidade de saúde. No entanto, está claro que quando se combinam despesas feitas na unidade de saúde e as despesas pela compra de medicamentos numa farmácia privada, mais de metade das grávidas no Zaire e na Huíla e a grande maioria das grávidas na Lunda Norte tiveram despesas para usar os serviços de cuidados pré-natais.
Tabela 35: Compra de medicamentos em farmácias privadas
Pagamento fora da US
Compra de medicamentosem farmácia privada
% total de utentes
Zaire(n=72)
Huambo(n=108)
Huíla(n=121)
Lunda Norte(n=42)
36
50%
16
15%
77
64%
28
67%
4.6 Áreas de espera para as grávidas
A auditoria verificou se a unidade de saúde tinha um espaço de espera coberto com assentos para as pacientes. Cerca de 81% e 56% das zonas de espera eram adequadas no Huambo e no Zaire, respetivamente. A maioria das unidades da Huíla e Lunda Norte tinha condições de espera deficientes.
Tabela 36: Condições das áreas de espera para grávidas
Área de espera para utentes
Número total de US
% de áreas de esperaadequadas para as grávidas
36
56%
58
81%
63
25%
21
6%
Zaire Huambo Huíla Lunda Norte
4.7 Envolvimento dos parceiros
Foi perguntado às grávidas se os parceiros alguma vez as tinham acompanhado às consultas de cuidados pré-natais durante a gravidez. Em todas as províncias alguns parceiros acompanham o seu cônjuge. No entanto, os parceiros parecem menos propensos a acompanhar as mulheres aos cuidados pré-natais no Zaire e na Lunda Norte quando comparado com o Huambo e Huíla. A maioria dos parceiros que não acompanha a consulta pré-natal pergunta o que aconteceu durante a consulta.
Tabela 37: Parceiro que acompanha a esposa à consulta pré-natal
Atitude do parceiro face à CPNZaire(n=72)
Huambo(n=108)
Huíla(n=121)
Lunda Norte(n=42)
11%
73%
51%
78%
41%
83%
24%
88%
Parceiro acompanha a consulta
Parceiro que não acompanha a consultamas pergunta o que aconteceu na consulta
4.8 Privacidade na consulta pré-natal
É pressuposto que as mulheres grávidas partilhem mais as suas preocupações com o ESR e se envolvam em conversas sobre o VIH e o planeamento familiar em condições de privacidade. A privacidade visual foi definida como a existência de um biombo ao redor da mesa de exame clínico para proporcionar privacidade durante o exame físico. Privacidade auditiva foi definida como o atendimento individual da utente no espaço de consulta. Cerca de 75% ou mais das unidades oferecia privacidade visual às utentes no Zaire e Huambo. Cerca de 69% de todas as unidades oferecia privacidade auditiva. Dois ou mais enfermeiros atenderam simultaneamente utentes diferentes no mesmo espaço de trabalho em mais de um quarto das unidades no Zaire, Huíla e Lunda Norte e em 40% das unidades no Huambo.
Tabela 38: Condições de privacidade para grávidas dos serviços pré-natais
Condições de privacidadeno espaço de trabalho
Zaire(n=36)
Huambo(n=58)
Huíla(n=63)
Lunda Norte(n=21)
Privacidade visual
Privacidade auditiva
Dois ou mais enfermeiros atendemgrávidas no mesmo espaço
75%
67%
28%
62%
67%
27%
62%
67%
29%
83%
76%
40%
Relatório sobre os resultados do estudo: Oportunidades e Barreiras a um Funcionamento Eficiente do TIP-SP em Angola. A Percepção dos Prestadores de Serviços e das Utentes.
40
4.9 Resumo das barreiras e potenciais oportunidades ao
uso dos serviços pelas utentes
A Tabela 39 descreve as barreiras identificadas que podem impedir a adesão das utentes e as potenciais oportunidades para melhorar a sua adesão aos serviços de prevenção da malária.
Tabela 39: Barreiras e potenciais oportunidades ao uso dos serviços de prevenção da malária
POSSÍVEL BARREIRA OPORTUNIDADE POTENCIAL
Baixo nível de literacia das utentes.
A maioria das mulheres não sabe porque faz TIP.
Muitas mulheres iniciam a consulta pré-natal no 1o e 2o trimestre de gravidez, o que possibilita atingir a meta de 4 doses de TIP.
Todas as utentes têm Cartão de Grávida. Isto facilita muito o acompanhamento da paciente.
As consultas de seguimento são planificadas e regista-das no Cartão de Grávida. Há uma forte cultura estabe-lecida de usar os serviços pré-natais.
Mais de metade das mulheres grávidas no Zaire, Huambo e Lunda Norte possuía mosquiteiro e a maioria das que o possuíam declarou que o havia usado na noite anterior. Mais de metade das mulheres no Huambo e Huíla comprou mosquiteiros.
O contacto um-para-um na CPN é uma oportunidade excelente para educar as grávidas.
Os ESR não usam o contacto um-para-um para realizar acções educativas com as mulheres grávidas.
Mesmo nas províncias onde houve distribuição universal de MTI, menos de 50% das grávidas receberam um mosquiteiro na distribuição feita a nível comunitário.
A maioria das mulheres grávidas que tiveram episódios de febre foram a uma unidade de saúde pública e/ou uma farmácia.
Mais de metade das grávidas da Huíla e Zaire e mais de 80% da Lunda Norte fizeram despesas associadas aos cuidados pré-natais.
Muitas unidades não têm áreas de espera adequadas, com cobertura e assentos
Um terço dos cônjuges acompanhou as suas parceiras a CPN no Huambo e na Huíla.
Em muitos casos, não é garantida privacidade auditiva às grávidas para discutir questões com o enfermeiro de serviço.
5. RESULTADOS – Conhecimento e
práticas dos enfermeiros de saúde reprodutiva.
Esta secção aborda o conhecimento e as competências demonstradas pelos ESR em termos de prevenção e tratamento da malária na gravidez e a qualidade do serviço pré-natal, que é o principal veículo de prestação de serviços eficazes de prevenção e tratamento da malária em mulheres grávidas. Os dados foram extraídos das entrevistas a um total de 279 ESR e 342 observações de ESR quando faziam uma consulta pré-natal completa.
Relatório sobre os resultados do estudo: Oportunidades e Barreiras a um Funcionamento Eficiente do TIP-SP em Angola. A Percepção dos Prestadores de Serviços e das Utentes.
4342 RESULTADOS – Conhecimento e práticas dos enfermeiros de saúde reprodutiva
5.1 Conhecimento dos enfermeiros de saúde reprodutiva
sobre o TIP-SP
TIP-SP durante a gravidez: 80% ou mais dos ESR dizem iniciar o tratamento preventivo intermitente às 20 semanas de gestação no Huambo e Zaire. A Huíla é a única província onde um número significativo (47%) afirmou corretamente que iniciava o TIP-SP às 13 semanas de gestação. Na Lunda Norte, a maioria das respostas não correspondia nem ao antigo protocolo (20 semanas), nem ao novo protocolo (13 semanas). A categoria de “outra” inclui todas as outras semanas de gestação, com exceção de 13 e 20 semanas. A provável razão para os erros de conhecimento demonstrado pelos enfermeiros é que, embora a política tenha sido actualizada a nível nacional, a divulgação não foi amplamente feita nas províncias. É possível que haja enfermeiros que não sabem calcular o tempo de gestação com base na altura uterina e iniciam o TIP somente quando a grávida refere ter movimentos fetais, e outros enfermeiros continuam a pensar que o uso de SP no principio de gravidez traz riscos para a mãe e para o bebé.
Tabela 40: Semana de gestação em que o ESR inicia o TIP-SP
Gestação (semanas)em que o TIP-SP é iniciado
Percentagem de enfermeiros de saúde reprodutiva (ESR)
13 semanas
20 semanas
Outra
0
89%
11%
2%
80%
18%
47%
19%
34%
0%
41%
59%
Zaire(n=63)
Huambo(n=92)
Huíla(n=95)
Lunda Norte(n=29)
Cerca de 95% ou mais dos ESR no Zaire e Huambo respondeu corretamente à pergunta sobre o intervalo recomendado entre as doses (30 dias ou um mês). A taxa de resposta correta foi de 89% na Huíla e 69% na Lunda Norte.
A Tabela 41 reflete o conhecimento dos ESR sobre as contra-indicações ao uso de TIP-SP durante a gravidez. Uma média de 84% dos ESR em todas as províncias sabe que o SP não deve ser administrado durante o primeiro trimestre de gravidez. Quase metade deles no Zaire e Huambo sabe que o TIP-SP não deve ser dado quando uma mulher está doente com malária, mas esse número é muito menor na Huíla e Lunda Norte. Menos de um terço dos ESR em todas as províncias referiu a alergia a sulfonamidas como uma contra-indicação.
Tabela 41: Conhecimento do ESR sobre contra-indicações ao uso do TIP-SP
Contra-indicaçõesao uso do TIP com SP
Percentagem de enfermeiros de saúde reprodutiva (ESR)
1º trimestre de gestação
Doente com malária
Alergia a sulfonamidas
Não sabe
95%
49%
27%
2%
83%
48%
32%
13%
78%
21%
18%
12%
79%
10%
0%
0%
Zaire(n=63)
Huambo(n=92)
Huíla(n=95)
Lunda Norte(n=29)
Oportunidades perdidas de efectuar o TIP-SP: a Tabela 42 apresenta dados sobre o TIP-SP com base nos registos feitos pelos enfermeiros no livro de consulta30. É importante ter presente que nem todos os ESR usam os mesmos critérios para preencher o livro de registo CPN. Os números de registo da consulta pré-natal podem subestimar o TIP-SP se as grávidas com prescrições tomaram os comprimidos de SP e os ESR não anotaram isso no livro de registo, pelo facto dos ESR não terem observado as utentes a tomá-los. Noutros casos, o verdadeiro TIP-SP pode ser superestimado, porque, em alguns casos, as grávidas recebem a receita de SP mas não compram SP por diversas razões, mas o ESR anota no livro de registo como TIP concluído. Se considerarmos que a maioria das mulheres fez a primeira consulta pré-natal no primeiro e no segundo trimestre de gravidez, muitas das primeiras consultas pré-natais são suscetíveis de satisfazer os critérios do TIP1. Além disso, a maioria dos ESR adia a primeira dose de TIP até às 20 semanas de gestação. Os dados abaixo sugerem perdas de oportunidade de até 50% de efectuar o TIP1 no Zaire, Huambo e Huíla e até 75% na Lunda Norte, com base no número de primeiras consultas pré-natais realizadas. A Lunda Norte é a única província onde existe um número significativo de mulheres (21%) a atrasar a primeira consulta pré-natal até ao terceiro trimestre. Os números para o TIP-SP do estudo são semelhantes ao 47% relatado pelo Programa Nacional da Malária em 2015.
Tabela 42: Grávidas com TIP1 e TIP3
Província
Dados dos 20 dias úteis de trabalho anteriores em cada US
Zaire
Huambo
Huíla
Lunda Norte
1.069
2.157
1.980
821
44
51
55
25
433
1.108
928
225
18
26
26
7
TIP 1
N % N %
TIP 3
2.440
4.244
3.604
3.244
1ª consultaCPN
Os ESR foram convidados a nomear as mensagens importantes de prevenção da malária destinadas às mulheres grávidas. A Tabela 43 indica que a maioria dos ESR em todas as províncias reconhece a importância das mulheres grávidas dormirem debaixo do mosquiteiro; no entanto, muito menos de 50% desses profissionais aconselhou as mulheres a usar uma rede durante a consulta pré-natal (ver Tabela 31). No Zaire e na Huíla, mais de 50% dos ESR mencionou o tratamento preventivo intermitente regular com SP comparativamente a 41% na Lunda Norte e apenas 24% no Huambo. Em geral, poucos profissionais reconhecem que o tratamento atempado da malária contribui para a prevenção de malaria.
Conhecimento sobre o uso do mosquiteiro segue-se, em frequência, as mensagens sobre saneamento básico voltadas para a redução das oportunidades de procriação de mosquitos nas proximidades das habitações.
Tabela 43: Mensagens sobre prevenção da malária na gravidez citadas pelos ESR
Conhecimento do ESRsobre prevenção da malária
Percentagem de enfermeiros de saúde reprodutiva (ESR)
TIP-SP
Dormir debaixo do mosquiteiro
Ir a uma US se tiver febre
Melhorar o saneamento
59%
89%
11%
43%
24%
99%
15%
67%
51%
95%
9%
86%
41%
93%
0
69%
Zaire(n=63)
Huambo(n=92)
Huíla(n=95)
Lunda Norte(n=29)
30 » Todos os cálculos se referem ao número de consultas feitas nos últimos 20 dias úteis de trabalho e constantes no livro de registo de grávidas.
Relatório sobre os resultados do estudo: Oportunidades e Barreiras a um Funcionamento Eficiente do TIP-SP em Angola. A Percepção dos Prestadores de Serviços e das Utentes.
4544 RESULTADOS – Conhecimento e práticas dos enfermeiros de saúde reprodutiva
5.2 Diagnóstico e tratamento da malária na gravidez
Os ESR foram convidados a indicar o medicamento, a dose e a duração do tratamento para a malária simples no primeiro trimestre assim como no segundo e terceiro trimestres de gravidez. As respostas foram então codificadas para tratamento correto e incorreto, com base nas orientações do Protocolo Nacional de Tratamento. Os ESR no Huambo obtiveram melhor desempenho do que as outras províncias; 83% deles tratou a malária correctamente no primeiro trimestre e 96% no segundo e terceiro trimestres. Quase metade deles no Zaire citou um tratamento incorreto para o primeiro trimestre e a maioria dos ESR na Lunda Norte fizeram o tratamento da malária de forma incorreta durante a gravidez.
Tabela 44: Tratamento efectuados pelos ESR em casos de malária simples na gravidez
Classificação do tratamento
Percentagem de enfermeiros de saúde reprodutiva (ESR)
Tratamento correcto
Tratamento incorrecto
Não sabe
54%
43%
3%
84%
14%
2%
83%
14%
3%
96%
2%
2%
71%
27%
2%
65%
34%
1%
3%
86%
10%
21%
69%
10%
Zaire(n=63)
T1 T2,3 T1 T2,3 T1 T2,3 T1 T2,3
Huambo(n=92)
Huíla(n=95)
Lunda Norte(n=29)
Os tratamentos incorretos no primeiro trimestre incluíram a dose errada de quinino (300 mgs de quinino por dose, em vez de 600 mgs), prescrição de quinina duas vezes ao dia e uma duração incorreta de tratamento. Todos esses erros podem produzir maus resultados e contribuir para a crescente resistência ao quinino. Quando os ESR o mencionaram, muitas pareciam considerar que o primeiro trimestre terminava às 20 semanas de gestação. Esta interpretação contribua ao início retardado do TIP-SP, bem como no atraso do uso do ACT como primeira linha de tratamento da malária. Muitos ESR afirmaram que só usaram ACT quando a gravidez estava nas 20 semanas de gestação. Um número reduzido de ESR disse que usava Fansidar para o tratamento da malária. Alguns enfermeiros também usaram Arteméter no tratamento de malária simples no segundo e terceiro trimestres da gravidez.
Um maior número de enfermeiros tendiam a tratar a malária corretamente no segundo e terceiro trimestres em todas as províncias. No entanto, na Lunda Norte, 69% dos profissionais referiu tratamentos incorretos para a malária no segundo e no terceiro trimestres. Os erros mais frequentes foram o uso de quinino e/ou Arteméter para tratar a malária simples. A preferência para o uso de Arteméter e por ser um medicamento injetável e por ser barato e disponível nas farmácias privadas. No geral, quando foi utilizado Arteméter injetável, os esquemas de dosagem eram arbitrários e não foram calculados com base no peso.
5.3 Condução da consulta pré-natal
Esta secção aborda a prática da assistência pré-natal por ESR como observado durante as consultas pré-natais. Todas as utentes que participaram do estudo possuíam Cartão de Grávida e a esmagadora maioria dos ESR registou informações no cartão. É importante notar que o Ministério da Saúde, a nível central ou provincial, não distribui Cadernos de Seguimento da Consulta Pré-natal. A responsabilidade para impressão dos cadernos é da Direcção Municipal de Saúde, usando o orçamento para os
cuidados primários de saúde. Se falhar o abastecimento de Caderno de Seguimento da Consulta Pré-natal, os enfermeiros fotocopiam uma parte do caderno. As utentes de cuidados pré-natais pagam o custo das fotocópias e os ESR tentam reduzir estes custos fotocopiando as duas páginas do caderno, que lhes permite monitorizar e registar as informações chave.
Existem duas versões do Cartão de Grávida em circulação. Uma versão datada dos anos 80, tamanho A5 com 4 páginas das quais duas são frequentemente fotocopiadas. O actual Caderno de Seguimento da Consulta Pré-natal é do mesmo tamanho mas com 8 páginas. O mais recente Caderno de Saúde Materno-Infantil tem 32 páginas, tamanho A5, e foi testado em oito unidades de saúde de Luanda em 2014, masainda não foi implementado31 ao nível nacional.
Tabela 45: Registo de informação pelos ESR no Cartão de Grávida
Cartão de Grávida
Percentagem de ESR que registam informação no CG
ESR regista informação no CG 88% 98% 96% 100%
Zaire(n=63)
Huambo(n=92)
Huíla(n=95)
Lunda Norte(n=29)
Rastreio e avaliação de riscos: a Tabela 46 descreve as práticas de rastreio observadas durante as consultas pré-natais. A triagem positiva foi definida como a verificação pelo ESR da informação registada no Cartão de Grávida na consulta pré-natal anterior e/ou o registo da informação no decorrer da consulta observada. Mais de 70% dos ESR registou 8/10 itens no Zaire, 4/10 no Huambo, 3/10 na Huíla e 2/10 na Lunda Norte. A maioria dos ESR rastreia a idade, gestações anteriores e ainda os partos anteriores. No Zaire e no Huambo, a maioria dos enfermeiros também verifica a data da última menstruaçã.
Tabela 46: ESR que rastreiam a história da saúde reprodutiva
História reprodutiva;items verificados pelo ESR
Percentagem de ESR que verificam itens
Idade da utente
Toma de medicação
Data da última menstruação
Nº de gestações anteriores
Partos anteriores
Morte de crianças até 1 semana/1 mês32
Sangramento anterior ao partoou pós-parto
Cesarianas, uso de forceps,extracção por vácuo
Abortos espontâneos
Abortos induzidos
92%
31%
93%
93%
91%
78%
76%
69%
85%
76%
98%
7%
93%
91%
76%
34%
46%
40%
50%
17%
91%
62%
64%
90%
74%
65%
49%
48%
43%
40%
95%
12%
26%
88%
66%
41%
12%
17%
68%
7%
Zaire(n=63)
Huambo(n=92)
Huíla(n=95)
Lunda Norte(n=29)
31 » À data do teste, uma empresa cobrava 25 Kz por caderno, se o pedido fosse superior a 1 milhão de cópias. Comunicação pessoal de Marina Coelho, FNUAP, 06/08/201./ 32 » Alguns Cartões de Grávida registam a morte de crianças na primeira semana de vida e outras registam morte no primeiro mês de vida.
Relatório sobre os resultados do estudo: Oportunidades e Barreiras a um Funcionamento Eficiente do TIP-SP em Angola. A Percepção dos Prestadores de Serviços e das Utentes.
4746 RESULTADOS – Conhecimento e práticas dos enfermeiros de saúde reprodutiva
A Tabela 47 apresenta a percentagem de ESR que efetuou um rastreio clínico básico. O desempenho relativo à triagem clínica foi melhor quando comparado ao rastreio da história reprodutiva anterior. Mais de 80% dos ESR concluiu 5/8 tarefas de triagem clínica de rotina no Zaire, 7/8 tarefas no Huambo, 5/8 na Huíla e 2/8 na Lunda Norte. Quando não se faz o teste de VIH e sífilis, deve-se principalmente à rutura de stock. O número de mulheres grávidas que não fizeram o teste de VIH e sífilis é elevado na Huíla e Lunda Norte.
As informações clínicas simples são realizadas com frequência. A maioria dos enfermeiros mediu a altura uterina, verificou o batimento cardíaco fetal e verificou e registou a informação no cartão de grávida. Com exceção do Huambo, muitos não verificaram a existência de edema. A maioria registou a tensão arterial e o peso, e quando não o fizeram foi principalmente devido à falta de equipamento.
Tabela 47: Rastreio clínico efetuado pelos ESR
Acções clínicas
Percentagem de ESR que efectuam acções clínicas
Medir/registar BP
Pesagem das pacientes
Altura uterina
Batimentos cardíacos do feto
Verificação de edemas
Pedir ou verificar teste de VIH
Pedir ou verificar teste de sífilis
Registar e verificar o cartão da paciente
90%
92%
97%
99%
56%
83%
32%
76%
83%
93%
99%
95%
98%
81%
47%
85%
83%
84%
96%
96%
58%
64%
54%
89%
62%
100%
100%
74%
31%
40%
31%
79%
Zaire(n=63)
Huambo(n=92)
Huíla(n=95)
Lunda Norte(n=29)
Educação das grávidas durante as consultas pré-natais: O exercício de observação verificou se os ESR falavam com as utentes sobre os sinais de alerta durante a gravidez. A Tabela 48 mostra que, à exceção dos ESR do Huambo, estes geralmente não utilizam a oportunidade do contacto um-para-um para educar as utentes sobre sinais de perigo durante a gestação. Na Lunda Norte, alguns profissionais falaram sobre movimentos fetais, um falou sobre febre e nenhum falou sobre qualquer outro sinal de perigo potencial.
Tabela 48: ESR que educam as grávidas sobre sinais de alerta no decorrer da consulta observada
Educação sobre sinais de alerta e o que fazer
Percentagem de ESR que mencionaram sinais de alerta
Hemorragia
Febre
Dor de cabeça, visão turva
Movimentos fetais
24%
32%
10%
45%
51%
56%
57%
65%
3%
26%
13%
62%
0%
2%
0%
43%
Zaire(n=63)
Huambo(n=92)
Huíla(n=95)
Lunda Norte(n=29)
Os dados das entrevistas finais com as grávidas mostram um conhecimento muito pobre sobre potenciais sinais de alerta durante a gravidez. Na Huíla e Lunda Norte, 10% ou menos das grávidas conseguiu indicar um sinal específico de alerta.
Tabela 49: Conhecimento das grávidas sobre sinais de alerta durante a gravidez
Conhecimento das utentessobre sinais de alerta
Percentagem de utentes que refere sinais de alerta
Sangramento
Febre
Dor de cabeça, visão turva
Se o bebé pára de se mover
31%
25%
26%
17%
42%
7%
26%
40%
5%
10%
6%
3%
10%
2%
2%
2%
Zaire(n=72)
Huambo(n=107)
Huíla(n=121)
Lunda Norte(n=42)
Preparação para o parto: mensagens chave de educação estão incluídas no Caderno de Seguimento da Consulta Pré-natal. No entanto, o cartão mais antigo de uma página que é o mais usado não contém mensagens educativas. Poucos ESR usam a oportunidade da consulta pré- natal para educar as mães sobre a importância das vacinas, aleitamento materno exclusivo e introduzir a ideia do planeamento familiar cujos serviços estão disponíveis nas unidades de saúde. Segundo os resultados do estudo, a maioria das unidades de saúde na Huíla (70%) e no Huambo (57%) oferece serviços de planeamento familiar, comparativamente a menos de 50% das unidades do Zaire e da Lunda Norte.
Tabela 50: ESR e preparação das mães para o parto e o bebé no decorrer da consulta observada
ESR falam sobre questões depreparação do parto e pós-parto
Percentagem de ESR que referem a preparação para o parto
Zaire(n=63)
Huambo(n=92)
Huíla(n=95)
Lunda Norte(n=29)
Importância de assistênciaqualificada ao parto
Guardar dinheiro para uma emergênciaou transporte de emergência
Imunizações do bebé
Amamentação exclusiva
Planeamento familiar
11%
8%
14%
11%
7%
20%
3%
18%
7%
8%
10%
2%
7%
2%
3%
21%
5%
7%
0%
0%
Material de educação para a saúde: num universo de 342 consultas observadas, apenas quatro ESR, dois no Huambo e dois na Huíla, usaram um suporte visual para explicar algo a uma grávida. A prática de realizar palestras sobre saúde antes da consulta começar está bem implantada na cultura do sistema de saúde. Com exceção da Lunda Norte, mais de 90% dos ESR em todas as províncias deram uma palestra sobre saúde no último mês, e a maioria tinha-a realizado dentro de cinco dias antes da entrevista. Comparativamente menos palestras são promovidas na comunidade, mas o número ainda é significativo. Quase metade dos ESR no Huambo e mais de um quarto no Zaire e Huíla deu uma palestra sobre saúde na comunidade no mês anterior. Se as palestras sobre saúde se traduzem na sua maioria em conhecimento, seria de esperar uma melhor base de conhecimento por parte das grávidas. No entanto, cada palestra sobre saúde centra-se num tema específico e há uma probabilidade limitada da mulher grávida ouvir todas as mensagens importantes durante a gravidez. Além disso, os ESR não aproveitam a oportunidade para informar as mulheres durante a consulta
Relatório sobre os resultados do estudo: Oportunidades e Barreiras a um Funcionamento Eficiente do TIP-SP em Angola. A Percepção dos Prestadores de Serviços e das Utentes.
4948 RESULTADOS – Conhecimento e práticas dos enfermeiros de saúde reprodutiva
pré-natal porque consideram que as palestras de saúde são o veículo apropriado para a educação da grávida.
Tabela 51: Percentagem de ESR que dão palestras educativas
Palestras sobre saúdea grupos de pessoas
Percentagem de ESR que faz palestras sobre saúde
Deu palestra no último mês na US
Deu palestra no último mêsna comunidade
95%
29%
93%
44%
92%
27%
73%
17%
Zaire(n=63)
Huambo(n=92)
Huíla(n=95)
Lunda Norte(n=29)
Uso de cartazes, manuais e orientações pelos ESR: a auditoria verificou a limitada disponibilidade de recursos materiais relevantes nas unidades de saúde. Orientações sobre cuidados básicos e protocolos de tratamento não estão disponíveis na maioria das unidades de saúde, incluindo a versão mais antiga do Manual sobre Malária na Gravidez. Poucas unidades na Lunda Norte tinham recursos materiais comparativamente a províncias que anteriormente eram apoiadas pelo PMI. A elevada disponibilidade de protocolos TIP-SP e Cartões de Grávida na Lunda Norte está realmente associada com uma ação da equipa do estudo. Durante a preparação e treino da equipa de estudo na Lunda Norte, era evidente que o Cartão de Grávida, que foi fotocopiado pelas unidades de saúde, já não era legível e não havia protocolos sobre a prevenção e gestão de casos de malária. Um pacote de protocolos foi impresso para distribuição às equipas de saúde municipais, já que o estudo foi efetuado nos municípios. Na prática, o material chegou a algumas unidades de saúde antes que a equipa completasse o estudo.
Tabela 52: Manuais e orientações nas unidades de saúde
Manuais e protocolosPercentagem de US com manuais e orientações
Poster visível sobre TDR
Orientações sobre cuidados pré-natais
Manual de Malária na Gravidez
Protocolo de gestão de casosde malária na gravidez
Protocolo do TIP
Cartão de Grávida
Zaire Huambo Huíla Lunda Norte
27%
11%
20%
22%
21%
22%
28%
12%
19%
26%
18%
21%
22%
9%
12%
24%
21%
37%
2%
1%
1%
4%
21%
21%
5.4 Supervisão
Foi perguntado aos ESR se eles tinham recebido uma ou mais visitas de supervisão nos três meses anteriores de um supervisor do Ministério da Saúde, da equipa de saúde municipal ou provincial. Eles foram especificamente convidados a contabilizar apenas as visitas em que o supervisor se sentou e conversou com eles, lhes ensinou algo novo ou reforçou o conhecimento existente, e para não
contarem visitas onde o supervisor apenas disse “Olá” e falou apenas à pessoa responsável pelo centro de saúde. O Zaire e a Huíla continuavam a ter apoio dos programas do PMI durante o período do estudo, e pressupõe-se que as equipas PMI-ONGs efetuavam atividades de supervisão. O apoio do PMI no Huambo foi encerrado em Setembro de 2015 e a Lunda Norte não tinha apoio do PMI. Vale ressaltar que, em todas as províncias, mais de 50% dos ESR tinha tido uma visita supervisão nos três meses anteriores. No Zaire a percentagem de ESR que referiu ter tido supervisão é relativamente elevada comparativamente à Huíla (que também tem o apoio do PMI), o que está provavelmente relacionado com o menor tamanho da província do Zaire, com 103 unidades de saúde face à Huíla, que é muito maior e tem um total de 284 unidades de saúde.
Tabela 53: Visitas de supervisão com formação
Visitas de supervisãodos supervisores
municipal ou provincial
Percentagem de ESR que tiveram supervisão nos últimos 3 meses
Tiveram uma ou maisvisitas de supervisão
Sem supervisão
89%
11%
75%
25%
77%
23%
55%
45%
Zaire(n=63)
Huambo(n=92)
Huíla(n=95)
Lunda Norte(n=29)
A Tabela 54 mostra o percentual de unidades de saúde que tinha em arquivo uma cópia do relatório mensal completo do mês anterior sobre malária e saúde reprodutiva. Cerca de 90% das unidades de saúde no Zaire, Huambo e Huíla tinha um relatório mensal de malária em arquivo. O valor para a Lunda Norte, que não beneficia de apoio do PMI, mostra um percentual menor. No Huambo e na Huíla o desempenho é melhor no que toca aos relatórios de saúde reprodutiva em arquivo, enquanto mais de um terço das unidades no Zaire e na Lunda Norte não tem o último relatório mensal sobre saúde reprodutiva em arquivo.
Tabela 54: Relatórios de actividades mensais sobre malária e saúde reprodutiva
Relatório mensal completoarquivado do mês anterior
Percentagem de US
Relatório sobre malária
Relatório sobre saúde reprodutiva
92%
64%
91%
81%
86%
90%
57%
62%
Zaire(n=36)
Huambo(n=58)
Huíla(n=63)
Lunda Norte(n=21)
5.5 Produtividade dos ESR
A auditoria registou o número total de ESR que trabalham em saúde reprodutiva na unidade de saúde, incluindo os que não estavam de serviço no dia da auditoria33. O número total de contatos entre ESR e utentes também foi contabilizado nos 20 dias úteis anteriores ao estudo. O Huambo tem o maior número de ESR disponíveis por unidade de saúde. O Huambo e a Huíla têm mais unidades com mais de 5 trabalhadores relativamente ao Zaire e Lunda Norte. No entanto, todas as províncias incluíram Centros Materno-Infantis na amostra. Este nível de unidades é suscetível de ter pessoal dedicado a uma sala de partos, e esses funcionários não terem contactos com utentes nos cuidados pré-natais, diminuindo assim o valor médio real de contactos com as pacientes. A produtividade em termos do número de contactos por enfermeiro/dia podem ser comparados em condições semelhantes
33 » O estudo registou o número de ESR a trabalhar e não o número dos que possam constar da folha de salários.
Relatório sobre os resultados do estudo: Oportunidades e Barreiras a um Funcionamento Eficiente do TIP-SP em Angola. A Percepção dos Prestadores de Serviços e das Utentes.
5150 RESULTADOS – Conhecimento e práticas dos enfermeiros de saúde reprodutiva
nas quatro províncias e verificou-se serem menores no Huambo e Huíla comparativamente à Lunda Norte e Zaire. A produtividade global é semelhante ao descrito nos Mapas Sanitários34 realizados nas 18 províncias entre 2008 e 2013, onde os pesquisadores alertaram para o fenómeno da baixa produtividade, que sugeriram estar relacionada com os padrões de gestão de recursos humanos. A implicação é que há um potencial significativo de ESR subutilizado que pode melhorar a qualidade e o número de contactos com utentes sem recorrer a custos adicionais para o orçamento nacional.
Tabela 55: Contactos entre ESR e utentes
Província
Zaire
Huambo
Huíla
Lunda Norte
36
58
63
21
Número de unidades de
saúde (US)
Nº total de ESR,Saúde reprodutiva(média de ESR/US)
Nº totalde contactos
CPN em 20 dias
Média de contactoscom pacientes
por ESR/por dia
74 (2)
330 (6)
214 (3)
61 (3)
8.127
10.397
9.120
6.354
5
2
2
5
5.6 Resumo dos resultados sobre o conhecimento e
práticas dos ESR
A Tabela 56 resume os resultados sobre conhecimento e práticas dos ESR.
34 » Mapa Sanitário. A metodologia, desenvolvida com o apoio da União Europeia e do Ministério da Saúde de Angola, elaborou mapas para as 18 províncias. 35 » A validade desta informação é condicionada pela falta de critérios padrão para o registo do TIP-SP e no contexto da mais recente ruptura generalizada dos estoques de SP.36 » Contudo, os medicamentos mais amplamente disponíveis têm a formulação correcta.
Iniciar o TIP-SP
A maioria dos ESR segue o antigo protocolo de TIP-SP e inicia às 20 semanas de gestação. As prováveis razões para isto são: a. O protocolo actualizado não foi encontrado nas US. / b. Muitos enfermeiros têm reservas sobre a segurança do SP na gravidez e atrasam o início da dosagem até 20 semanas de gestação. / c. Há enfer-meiros que não sabem calcular o tempo de gestação com base na altura uterina e iniciam o TIP somente quando a grávida refere ter sentido movimentos fetais.
Rastreio clínicoO rastreio clínico, peso, tensão arterial, edema, altura uterina é genericamente bem feito e quando não é feito, o factor limitante é a ausência ou inoperância do equipamento.
Educação das utentes
Há oportunidades perdidas nas consultas CPN para educar as grávidas nos sinais de alerta, preparação para o parto, vacinação do bebé, planeamento familiar e amamen-tação exclusiva.
Informação de rotinasobre saúde
A maioria das US tinha os últimos relatórios mensais sobre malária completos. Cerca 1/3 das unidades no Zaire e Lunda Norte não tinha relatórios mensais completos de saúde reprodutiva.
Posters e directrizesAs orientações essenciais, os protocolos sobre prevenção e tratamento não estão amplamente disponíveis nas US.
SupervisãoA supervisão tem sido realizada e parece ser formativa na sua natureza. A qualidade da supervisão pode ser limitada pelo conhecimento dos supervisores.
Produtividade do ESR
A produtividade em termos do número de utentes observadas por ESR por dia é baixo, situando-se nos 2 a 5 contactos por ESR/dia. Uma melhor gestão do tempo do ESR e do espaço de trabalho podem constituir uma oportunidade para melhorar a qualidade do serviço CPN.
Contra-indicaçõesdo uso de SP
Potencial paracompletar
4 doses de TIPp
As mulheres geralmente começam a consulta pré-natal no 1o ou 2o trimestre. Em teoria deveria ser possível melhorar grandemente a cobertura do TIP-SP. A única barreira absoluta é a frequente falta de estoques de SP.
Educação pelosESR das utentes
Os ESR consideram que as palestras sobre saúde são o veículo apropriado para educar a utente. Mesmo que as palestras sejam bem-feitas, a probabilidade de que a maioria das mulheres grávidas esteja exposta a todas mensagens chaves é baixa.
Os ESR não usam o contacto um-para-um durante as consultas CPN para educar as utentes.
Tratamento da malária simples
A maioria dos ESR usa ACTs correctamente no 2o e 3o trimestre de gravidez nas províncias de Zaire, Huila e Huambo.
Conhecimento incorrecta sobre o tratamento da malária no 1o trimestre de e mais frequente em todas províncias.
A maioria dos ESR na Lunda Norte trata a malária incorrectamente durante a gravidez.
Consulta CPN- rastreio de riscos O rastreio de indicações de risco na história de saúde reprodutiva é fraco.
CONHECIMENTO OU COMPETÊNCIA RESULTADOS
A maioria dos ESR sabe que o SP não e administrado no 1o trimestre de gravidez, mas muitos interpretam o 1o trimestre como sendo até 20 semanas de gestação.
Há confusão sobre o uso de SP e do cotrimoxazole em grávidas seropositivas. O actual protocolo sobre o tratamento de mulheres grávidas seropositivas orienta o início do tratamento com ARVs e o cotrimoxazol já não é usado. O uso de TIP-SP na mulher grávida sero positivo é igual a qualquer outra grávida.
Os ESR não estão a par das recomendações sobre o uso da combinação de ferro/ácido fólico, com 0.4 mgs de ácido fólico36.
Uso do TIP-SP35
O uso do TIP-SP pode ou não ter melhorado desde 2011 quando o MICS relatou que 33% da população não recebia TIP-SP. Este estudo é um estudo dirigido às US e o TIP1 variou de 55% na Huíla a apenas 25% na Lunda Norte.
Tabela 56: Conhecimento e práticas dos ESR
53DISCUSSÃO
6. DISCUSSÃO Com base nos dados do Censo Nacional (2014), Angola terá um número estimado de 1.389.84837 gestantes por ano. Tendo em conta os episódios notificados de febre neste estudo, cerca de metade das mulheres grávidas são suscetíveis de ter febre em algum momento durante a gravidez. A prevalência de malária nos grupos de menores de 5 anos, com base no Inquérito de Indicadores Múltiplos sobre Malaria (2011) variou de 15,8% nas zonas hiper endémicas (como Zaire e Lunda Norte neste estudo) para 9,7% em zonas instáveis meso-endémicas (Huíla neste estudo). A mortalidade materna é estimada em 460/100.000 nados vivos (OMS 2013). Não existem estimativas fiáveis da percentagem de morte na gravidez, associadas, direta ou indiretamente, à malária. Também não há estudos em Angola sobre a prevalência da parasitémia da placenta à nascença. Angola tem uma política de notificação obrigatória e de auditoria de mortes maternas, mas não é amplamente disseminada ou implementada. Este estudo determinou que mais de 50% das unidades de saúde não regista o resultado do teste diagnóstico para malária e o tratamento de caso de malária na gravidez, o que poderá resultar numa subnotificação do número de casos de malária na gravidez.
37 » A população total é de 24.383.301 e a taxa de fecundidade é de 5,7 filhos por mulher.
6.1 Política sobre tratamento preventivo intermitente da
malária na gravidez
O PMI apoiou a análise em vários países dos documentos nacionais sobre malária em 2014 (JhPiego 2014). Angola, comparativamente a alguns outros países, tem todos os documentos importantes. As suas políticas correspondem, na generalidade, às orientações atualizadas da OMS. No entanto, há um problema com a padronização e integração das políticas nos diferentes programas de cuidados primários de saúde. As políticas nem sempre são articuladas com mensagens claras e simples e não há uma cultura de produzir, de maneira rotineira, protocolos “prontos para uso” destinados aos ESR da linha de frente. Chico, M. R. et al, 2015, refere-se à necessidade de padronizar as políticas e desenvolver mensagens claras para os ESR e Thiam et al, 2013, numa revisão sistemática de vários países da África Subsaariana, também enfatiza a importância de políticas harmonizadas nos programas relevantes. Em Angola, a mensagem do PNCM é não dar SP quando uma mulher grávida seropositiva está a tomar cotrimoxazole, enquanto o protocolo actual sobre VIH na gravidez determina a introdução imediata de ARVs na fase de diagnóstico e as mulheres grávidas seropositivas não devem normalmente tomar cotrimoxazole. A informação sobre a dose correta de ácido fólico na combinação de ácido fólico e ferro é confusa. Há consenso e mensagens claras sobre a dose e o intervalo entre as doses de TIP-SP, mas nem todos os documentos deixam claro que o TIP-SP deve continuar até ao parto. Nem todos os documentos mencionam como proceder à terapia diretamente observada (DOT).
Tradicionalmente em Angola as novas políticas na área da saúde são divulgadas através da publicação de manuais e incluem uma etapa de formação. Os manuais e a formação são muitas vezes financiados por parceiros internacionais. O uso de plataformas digitais é incipiente e de modo geral a divulgação regular de manuais, actualizações de políticas e protocolos de tratamento não é feito através do uso de um website dedicado ao assunto. Os manuais atualizados recentemente sobre Diagnóstico e Tratamento da Malária na Gravidez e a nova versão de Caderno de Saúde Materno Infantil foram aprovados para uso desde 2014, mas não são divulgados porque não há orçamento atribuído para a sua impressão.
6.2 Conhecimento do ESR sobre o TIP-SP e a gestão de
casos de malária na gravidez
Onoka et al, 2012, ao referir-se à deficiente prestação de TIP-SP na Nigéria, descreve lacunas significativas no conhecimento dos provedores. Os profissionais da saúde conhecem a dose correta e o intervalo entre doses, mas não o número de doses que devem ser dadas durante a gravidez e eles não estavam cientes de que a terapia directamente observada (DOT) fosse uma política nacional. Yoder et al, 2015 ao descrever as perspectivas dos prestadores de serviços no Malawi, referiu que os ESR mostram um conhecimento consistente do TIP-SP. Mubyazi e Bloch, 2014, revelaram os pontos de vista dos provedores sobre o TIP-SP em dois distritos na Tanzânia. Neste último estudo, os fornecedores mostraram fazer confusão significativa sobre o número de doses a ser administrada e a dose correta de ácido fólico quando está a ser administrado o TIP-SP. No presente estudo, o conhecimento do provedor variou significativamente sobre quando iniciar o TIP-SP e as contra-indicações ao seu uso. Na Huíla, quase metade dos enfermeiros entrevistados disseram ter iniciado o TIP-SP corretamente às 13 semanas, enquanto mais de 80% deles no Zaire e Huambo se manteve a dar início ao TIP-SP às 20 semanas. E possível que os enfermeiros no Zaire e Huambo simplesmente não acreditem que o SP seja seguro quando usado antes das 20 semanas. Há também enfermeiros que não sabem calcular o tempo de gestação com base na altura uterina e preferem dar início ao TIP somente quando a grávida refere ter sentido movimentos fetais. É também possível que o protocolo antigo foi usado
Relatório sobre os resultados do estudo: Oportunidades e Barreiras a um Funcionamento Eficiente do TIP-SP em Angola. A Percepção dos Prestadores de Serviços e das Utentes.
5554 DISCUSSÃO
nas formações realizadas em 2015. Contudo, os enfermeiros das três províncias participaram em formações contínuas dirigidas à educação sobre a malária. Na Lunda Norte, uma província que não tem o apoio de parceiros externos para o programa da malária, a maioria das respostas eram inconsistentes e erradas, provavelmente devido a falta de qualquer formação na matéria. No entanto, o obstáculo importante à administração do TIP-SP em geral e, especificamente, o TIP-SP por DOT foram as persistentes e frequentes ruturas de stocks de SP.
Há pouca literatura sobre gestão de casos de malária na gravidez. Rowe, A. K. et al, 2009, num estudo sobre a qualidade da gestão de casos de malária em ambulatório em Angola, diz que 51% dos casos observados foram tratados incorretamente. Este último estudo abordou a gestão de casos e o uso correto de ACTs para malária simples em adultos e crianças. No presente estudo, os ESR foram convidados a indicar como tratavam a malária, nomeando o medicamento, a dose e a duração do tratamento. Uma percentagem muito maior de ESR aparentam saber usar ACTs corretamente no segundo e terceiro trimestres de gravidez. Uma média de 82% descreveu o uso correto de ACTs nas três províncias apoiadas pelo PMI. A maioria dos ESR na Lunda Norte (onde não houve apoio do PMI e tiveram formação limitada) não sabem como tratar a malária de forma correta no primeiro ou nos demais trimestres de gravidez.
Nos sistemas de saúde modernos, os protocolos de informação e práticas evoluem com os novos conhecimentos. É da responsabilidade do Ministério da Saúde manter os ESR informados sobre as políticas e práticas aprovadas. Os manuais de malária (versões antigas ou atualizadas) e os protocolos de prevenção e tratamento foram encontrados em menos de 25% das unidades de saúde que constituíram a amostra deste estudo.
A qualidade da formação nos cursos profissionais e a formação em serviço pode influenciar o conhecimento e as práticas dos ESR. Este estudo mostra que menos de 10% dos ESR entrevistados tinha formação de parteira. Não há currículo padrão de saúde reprodutiva nos cursos de enfermagem geral em Angola. Nas três províncias que tiveram apoio do PMI, mais de 50% dos ESR participou em formação contínua sobre malária. Em duas províncias, mais de 50% dos enfermeiros participou de workshops sobre o VIH/IST. Apenas um ESR disse ter tido a oportunidade de participar num curso de curta duração sobre a gestão do trabalho de parto. Nenhum ESR participou em atividades de formação contínua sobre cuidados pré-natais ou planeamento familiar.
6.3 Os enfermeiros de saúde reprodutiva enquanto
educadores
Neste estudo, os ESR foram convidados a nomear intervenções importantes para prevenir a malária durante a gravidez. Mais de 80% deles, em todas as províncias, citaram dormir sob um mosquiteiro. Entre 59% e 51% no Zaire e Huíla respetivamente, falou sobre o TIP-SP e o número nas restantes províncias foi menor. Alguns ESR de qualquer das províncias reconhecem que o tratamento imediato da malária é uma intervenção importante para reduzir a transmissão da malária. No entanto, mesmo quando os ESR demonstram conhecimento, não usam a consulta pré-natal para educar as utentes sobre o que devem fazer quando têm febre. Do total de ESR observados nas quatro províncias, apenas quatro foram vistos a utilizar recursos visuais para explicar algo a uma utente durante a consulta. Em Angola, as palestras sobre saúde para grupos de utentes nas unidades de saúde é uma prática institucionalizada estabelecida e é considerado o veículo preferido de educação sanitária. No entanto, a informação das entrevistas finais realizadas com as grávidas não mostra a transformação das mensagens das palestras sobre saúde em conhecimento. A maioria das grávidas não tinha ideia da razão porque tomava TIP-SP e esse valor era de mais de 88% na Lunda Norte. O número de utentes que poderam apontar pelo menos uma razão para tomar o TIP-SP é semelhante ao número de grávidas que disseram que o ESR lhes explicou porque precisavam tomar o TIP-SP, no decorrer
da consulta pré-natal. As palestras sobre saúde concentram-se num tema por palestra e é muito improvável que cada mulher grávida tenha a oportunidade de ouvir todas as mensagens importantes e relevantes durante a gravidez.
Mais de um terço das grávidas no Huambo e Huíla disse que o parceiro a tinha acompanhado pelo menos a uma consulta pré-natal. A organização dos cuidados pré-natais, onde mais de um enfermeiro e mais de uma grávida são, muitas vezes, vistos no mesmo espaço de trabalho em simultâneo, não facilita que um parceiro do sexo masculino se sente na consulta. Mais de 70% das grávidas, cujos parceiros não acompanharam à consulta, disse que este lhe perguntava o que tinha acontecido durante a mesma. Encontrar formas de proporcionar aos parceiros do sexo masculino mais informações sobre os cuidados pré-natais pode ser uma forma viável de melhorar o uso dos serviços e, possivelmente, aumentar a pressão sobre as estruturas locais do governo para assegurar, de modo mais consistente, o abastecimento regular de meios essenciais às unidades de cuidados de saúde primários básicos.
6.4 Práticas das utentes e cuidados pré-natais
Achang-Kimbi et al, 2014, nos Camarões, referiram uma associação entre a iniciação tardia do atendimento pré-natal no terceiro trimestre e a probabilidade de se tomar apenas uma dose de TIP-SP, resultando um aumento do risco de parasitémia da placenta no momento do parto. Mpogoro et al, 2014, na Tanzânia declararam que a toma de três ou mais doses de TIP-SP estava associada a riscos reduzidos de malária na placenta no momento do parto. Este estudo sugere que a maioria das mulheres em Angola inicia a consulta pré-natal no primeiro e no segundo trimestre de gravidez, o que aponta para a probabilidade de que as barreiras mais significativas ao uso do TIP-SP sejam factores relacionados com a rutura de SP na unidade de saúde e os conhecimentos errados dos ESR sobre o protocolo correto do seu uso.
6.4.1 Cartão de Grávida
Turner, K.E e Fuller, S. 2011, numa revisão da literatura sobre a posse dos processos médicos pelas utentes, referem que essa está associada a melhores resultados para as utentes e uma melhor compreensão das medidas preventivas, mas não há informação sobre as razões dessa associação. Em Angola, a prática das mulheres grávidas terem em sua posse o Cartão de Grávida existe há mais de 20 anos. Aliás, este estudo encontrou diferentes versões do cartão ou caderno em posse das grávidas. Todas as grávidas tinham um cartão de grávida e os ESR observados consultaram o cartão bem como as informações nele registadas. Muitas utentes pagaram pela fotocópia do cartão (64% na Lunda Norte, 17% na Huíla, 11% no Zaire e 9% no Huambo). Na Lunda Norte, um ESR fez cartões à mão usando um caderno que tinha comprado com o seu próprio dinheiro. Isto sugere que as grávidas estão comprometidas com o serviço pré-natal e seguem as orientações dos ESR se fizer sentido e os enfermeiros parecem estar a investir tempo e energia para seguir o protocolo de fornecer e usar o cartão de grávida. No entanto, é importante notar que os CG são geralmente projetados não só, para ajudar o ESR a acompanhar e monitorizar as gravidezes, mas também para servir como um aide memoire para o enfermeiro educar as grávidas. No caso de Angola, o CG é utilizado apenas para facilitar o rastreio e monitorização clínica da gravidez e não para apoiar a educação da grávida.
6.4.2 Despesas incorridas
Grande parte da literatura refere-se a despesas feitas pelas utentes como um possível impedimento à utilização dos serviços de cuidados primários. Este estudo entrevistou grávidas após terem concluído
Relatório sobre os resultados do estudo: Oportunidades e Barreiras a um Funcionamento Eficiente do TIP-SP em Angola. A Percepção dos Prestadores de Serviços e das Utentes.
5756 DISCUSSÃO
as consultas na unidade sanitária, pelo que não é possível opinar sobre como as referidas despesas servem de meio de dissuasão para aquelas que não usam o serviço. No entanto, a simples garantia de um fornecimento constante de medicamentos essenciais, tais como SP e ácido fólico-ferro, eliminaria o componente mais caro das despesas atualmente incorridas pelas grávidas ao recorrerem aos cuidados pré-natais em Angola.
6.4.3 Resposta das grávidas à febre
Mais da metade das grávidas referiram um episódio de febre durante a gravidez. Com a exceção da Huíla, a maioria disse que tinha ido a uma unidade de saúde pública, e muitas das que foram a estas unidades também compraram medicamentos numa farmácia. A relevância é que a maioria das grávidas parece usar unidades de saúde públicas como primeira opção. No entanto, as frequentes ruturas de stocks de medicamentos essenciais em unidades públicas empurra-as para farmácias privadas.
6.4.4 Mulheres grávidas e uso de MITLPs
Theiss-Nyland et al, 2016 numa análise de 48 países refere-se à distribuição de rotina de MTILPs através dos serviços de cuidados pré-natais e do programa de imunização expandido (EPI). Trinta e três dos países incluídos na revisão haviam adotado uma política de distribuição de redes mosquiteiras através dos cuidados pré-natais e isso representava 9% da distribuição total de redes. Theiss-Nyland 2016 opina que os canais de rotina são muito pouco utilizados para a distribuição de MTILP. Neste estudo, mais de 50% das mulheres possuía uma rede mosquiteira, nas províncias onde ocorreu a distribuição universal comparativamente à média nacional de 27,5% de posse pelas famílias de pelo menos, uma rede segundo o Inquérito de Indicadores de Malária de 2011. No entanto, as fontes de MTILPs variam. No Zaire e Lunda Norte, duas províncias onde um número significativo de unidades fez stocks de redes, percentagens semelhantes de mulheres obtiveram mosquiteiros através da distribuição comunitária, na unidade de saúde e compraram. No Huambo, onde ocorreu uma distribuição comunitária de redes antes de 2014, mais de 50% das mulheres que tinham redes, compraram-nas. Na Huila, foram poucas grávidas que tinham uma rede, mas 50% das mulheres que as tem são as próprias que as compram. É possível que a disponibilidade de mosquiteiros por distribuição comunitária e nas unidades de saúde atue como um estímulo educacional e motivacional para as famílias comprarem redes adicionais.
6.5 Barreiras do sistema de saúde ao aprovisionamento
efetivo de TIP-SP
6.5.1 Disponibilidade e crescimento dos serviços pré-natais
A Tabela 2 na Introdução mostra uma variação significativa no número e no percentual de unidades de saúde que oferecem cuidados pré-natais. Tabela 57 a seguir mostra o aumento percentual de unidades de saúde que ofereceram assistência pré-natal entre 2012 e 2015 em três das províncias selecionadas para este estudo. A Huíla e o Huambo mostram significativos aumentos no número de unidades que oferecem cuidados pré-natais durante o período de três anos. Esse aumento deve ser acompanhado por intervenções de educação e de supervisão contínuas do pessoal de saúde reprodutiva para apoiar a comunicação e compreensão das políticas e para supervisionar as práticas. Maheu-Giroux e Castro, 2014, numa análise sobre o tratamento preventivo intermitente da malária na gravidez em cinco países referem-se a fatores modificáveis que afetam o desempenho dos profissionais de saúde e enfatizam a importância de reconhecer o TIP-SP como parte de uma rotina incorporada em serviços pré-natais de boa qualidade. Por exemplo, em Angola, a falta de conhecimento sobre como calcular o tempo de
gestação com base na altura uterina poderá estar a contribuir ao início tardio de TIP.
Tabela 57: Crescimento das unidades sanitárias que oferecem cuidados pré-natais, 2012-2015
Província
Huambo
Huíla
Zaire
74% (85)
40% (133)
21% (10)
% de aumento de USque oferecem CPN (N)
% total de US que ofereciamCPN em 2015
68%
34%
55%
Sabemos, com base nos dados deste estudo, que não houve formação contínua sobre conhecimentos e práticas de saúde reprodutiva nas províncias seleccionadas, no entanto, mais de 50% dos ESR nas províncias apoiadas pelo PMI participou num workshop sobre malária. Dado que os ESR têm uma formação profissional geral em saúde reprodutiva, formações somente sobre a malária e o TIP-SP podem não ser suficientes para incentivar as boas práticas. É provável que seja necessário reforçar a formação contínua sobre como conduzir a consulta pré-natal de qualidade para que ela sirva como uma plataforma de oferta eficaz de TIP-SP. Também é importante notar que os serviços de VIH para mulheres grávidas foram recentemente integrados nos cuidados pré-natais em Angola, em conformidade com as recomendações da OMS. Isso significa que o ESR que faz pré-natal de rotina deve ser competente no rastreio do risco em mulheres grávidas, na condução de um diagnóstico diferencial correto de febre e gestão da malária simples, teste de VIH e acompanhamento de gestantes em tratamento ARV e educar a gestante no contexto específico da sua gravidez. Os ESR não poderão estar preparados para todas estas tarefas sem que haja um programa integrado de formação e supervisão continua para apoiar a aprendizagem e a prática de novos conhecimentos e novas competências clinicas.
A supervisão é feita com regularidade. Mais de 75% dos ESR entrevistados nas províncias apoiadas pelo PMI recebeu pelo menos uma visita de supervisão no mês anterior, mas pode ser que os supervisores não estejam melhor informados do que os seus pares e, portanto, não contribuam de forma significativa para a melhoria das práticas dos ESR.
6.5.2 Produtividade dos enfermeiros de saúde reprodutiva
Thiam et al., 2013, numa revisão das barreiras dos sistemas de saúde ao uso de TIP-SP sugerem que níveis inadequados de pessoal constituem uma barreira significativa ao aumento da cobertura e do uso do TIP-SP. Este estudo fez uma avaliação rápida da produtividade dos ESR. É importante notar que os dados deste estudo não podem ser extrapolados para hospitais onde as tarefas dos ESR não são as mesmas que as dos enfermeiros na rede periférica de saúde. A abordagem utilizada é aplicável apenas à rede de cuidados primários de saúde, onde a “produtividade” do enfermeiro é uma função do número de contatos com utentes. O número médio de contatos com pacientes por dia de trabalho é baixo. Em alguns postos de saúde rurais dirigidos por um enfermeiro isso explica-se pelo baixo número de mulheres grávidas que utilizam a unidade de saúde por dia. No entanto, a maioria das unidades estudadas eram centros de saúde que serviam uma população maior.
Os ESR dizem que não promovem a educação da grávida durante o contato um-para-um na consulta pré-natal, porque não têm tempo e porque a educação da grávida é realizada durante as palestras de saúde que acontecem todas as manhãs antes das consultas. Os dados sobre o conhecimento da grávida neste estudo sugerem que a informação das palestras sobre saúde não é convertida em conhecimento por parte das grávidas. Os dados sobre a produtividade sugerem que existem ESR suficientes no sistema para permitir uma melhor qualidade do serviço pré-natal destinado às mulheres grávidas e o desafio é melhorar a gestão dos recursos humanos existentes.
Relatório sobre os resultados do estudo: Oportunidades e Barreiras a um Funcionamento Eficiente do TIP-SP em Angola. A Percepção dos Prestadores de Serviços e das Utentes.
58
6.5.3 Consumíveis essenciais
Grande parte da literatura faz referências à falta de oferta consistente de consumíveis essenciais para o TIP-SP por observação directa. Neste estudo, apenas 18% de todas as unidades tinha todas as condições necessárias para efectuar o TIP-SP na área de cuidado pré-natal e 21% tinha um estoque de SP para um mês. Tais condições são uma barreira absoluta para melhorar o uso do TIP-SP.
6.5.4 Informação de saúde de rotina
Thiam et al., 2013, numa revisão sistemática das barreiras dos sistemas de saúde opinam que os países que têm melhor desempenho no uso do TIP-SP têm melhores sistemas de prestação de contas, com sistemas fortes de recolha de informações de saúde de rotina. Este estudo mostra que o registo de dados de rotina de cuidados pré-natais é feito, mas os critérios para o registo do TIP-SP diferem entre os ESR dentro da mesma província, sugerindo que o protocolo que existe para o preenchimento do livro de registo pré-natal não e amplamente divulgado. Além disso, mais de 50% das unidades de saúde não regista o diagnóstico e tratamento da malária na gravidez de modo a facilitar o acompanhamento e supervisão da gestão da grávida.
7. CONCLUSÕES
Relatório sobre os resultados do estudo: Oportunidades e Barreiras a um Funcionamento Eficiente do TIP-SP em Angola. A Percepção dos Prestadores de Serviços e das Utentes.
60 61CONCLUSÕES
7.1 Pontos fortes e fracos dos serviços de saúde reprodutiva
a. Disponibilidade de serviços clínicos básicos: os serviços estão mais amplamente disponíveis no Zaire, Huambo e Huíla comparativamente à Lunda Norte. Os cuidados pré-natais são o serviço mais comummente disponível, seguido do planeamento familiar. Poucas unidades de saúde distribuem mosquiteiros. As frequentes e prolongadas rupturas de stocks de consumíveis chaves, como SP, toxóide tetânico, testes de VIH e VDRL constituem a barreira mais significativa para a prestação sustentável de um bom serviço de qualidade.
b. Serviços de laboratório: onde os serviços de laboratório estão disponíveis, também estavam disponíveis a microscopia e testes rápidos de malária no dia do estudo. A maioria dos laboratórios não é capaz de rastrear anemia, sífilis ou proteína na urina.
c. Controlo de infecções: Embora existam algumas unidades de saúde que apliquem práticas de controlo de infeção, as políticas, procedimentos e as práticas de rotina não são normalizados de maneira a serem adoptados em todas as unidades de saúde.
d. Formação de enfermeiros em saúde reprodutiva: menos de 10% dos ESR (total 679) tem formação de parteira. Há um pacote padronizado de material de formação contínua para os enfermeiros sobre malária. E mais de metade dos técnicos entrevistados (279) participaram em cursos de curta duração sobre malária na Huíla e na Huambo e 86% na Província de Zaire. Mais que 50% disseram ter participado em formações sobre VIH em Huambo e Zaire. Nenhuma enfermeira participou em formações sobre cuidados pré-natais, cuidados neonatais e planeamento familiar.
e. Consumíveis e equipamentos essenciais: a maioria das unidades de saúde não tem um stock de SP, ferro e ácido fólico para um mês. Mais que 30% das unidades no Zaire, Huambo e Huila não tinha equipamentos essenciais, como estetoscópio (auricular e de Pinard) e esfigmomanómetro funcional, no dia do inquérito, e faltava equipamento essencial em mais que 60% das unidades na Lunda Norte.
f. Registo de informações de saúde de rotina: dados de rotina sobre saúde reprodutiva, incluindo do TIP-SP não são sempre corretamente registados e os critérios utilizados para o registo de dados difere entre províncias. A maioria das unidades não tem registos de pacientes relativos ao diagnóstico e gestão de casos de malária na gravidez, o que torna difícil dar seguimento à gestão de casos durante a supervisão.
7.2 Oportunidades e barreiras para a prevenção da malária
na gravidez – perspectiva da utente
a. Utilização dos serviços de cuidados pré-natais: como descrito para outros países de África, um número significativo de mulheres grávidas utiliza os serviços de cuidados pré-natais e a maioria das mulheres neste estudo iniciou as consultas pré-natal no primeiro e no segundo trimestre de gravidez. Isto representa uma excelente oportunidade de prevenção e educação. Além disso, a maioria das mulheres usa as unidades de saúde pública e uma farmácia quando têm febre, novamente oferecendo oportunidades para o tratamento imediato da malária.
b. Cartões de Grávida: todas as utentes (343) em todas as províncias têm CG e todos os ESR observados registaram informações no CG. Os cartões de grávida são ferramentas essenciais para acompanhar a evolução da gravidez. Angola tem uma cultura fortemente estabelecida das utentes
terem cartões. Muitas unidades de saúde não tinham o cartão de saúde em stock e as utentes pagam para fotocopiar o cartão. Para reduzir os custos da utente, os ESR usam uma versão A4 para imprimir um folheto que tem 4 páginas de tamanho A5.
c. Razões para fazerem o TIP-SP: a maioria das mulheres não sabia porque estava a tomar o TIP-SP e os ESR não usavam o contacto um-para-um com as grávidas nas consultas pré-natais para explicar os perigos das infeções por malária para a mãe e bebé.
d. Aceitação e uso de MTILPs: parece haver uma aceitação e uma demanda crescente por mosquiteiros. Com excepção da Huíla, onde não houve distribuição universal de MTILP na altura que foi realizado o estudo, a maioria das mulheres grávidas tinha mosquiteiros e disse que os usava. Muitas delas compraram esses mosquiteiros. No entanto, mesmo em províncias com distribuição universal recente de MTI, menos de 50% das mulheres que possuam mosquiteiros disse que recebeu mosquiteiros tratados com insecticida numa distribuição comunitária.
e. Despesas das utentes: mais da metade das grávidas na Huíla e Zaire e mais de 80% na Lunda Norte tinha incorrido em despesas na utilização dos serviços. Ter gastos pode ser um impedimento à utilização dos serviços. Se o suprimento de itens essenciais, tais como SP e ácido fólico-ferro for garantido, as despesas seriam reduzidas.
f. Papel dos homens: um terço das mulheres na Huíla e no Huambo disse que o seu cônjuge a tinha acompanhado, pelo menos uma vez, à consulta pré-natal. A organização de consultas pré-natal não facilita que os homens se sentem na consulta, mas esta pode ser uma oportunidade perdida para falar com os pais.
7.3 Conhecimento e competências – enfermeiros
a. Províncias apoiadas pelo PMI em comparação com a Lunda Norte: os ESR na Lunda Norte demonstraram consistentemente um conhecimento e práticas frágeis em comparação com os das províncias tradicionalmente apoiados pelo PMI.
b. Início do TIP-SP: a maioria dos ESR atrasa a primeira dose de TIP-SP até às 20 semanas. O Manual de Malária durante a Gravidez foi atualizado no final de 2014, mas não amplamente distribuído. O PNCM aprovou protocolos “pronto para uso” de prevenção e tratamento da malária no início de 2016, mas estes não estavam amplamente disponíveis no momento da recolha de dados, que aconteceu entre Fevereiro e Abril de 2016. Muitos ESR continuam a ter dúvidas sobre a segurança do SP na gravidez e há enfermeiros que não sabem calcular o tempo de gestação com base na altura uterina, ambos factores poderão contribuir para o início tardio de TIP.
c. Uso do TIP-SP: nas províncias que tiveram o apoio do PMI, a percentagem de mulheres grávidas que fez a primeira consulta de CPN e completou o TIP1 variou de 55% no Huambo para 44% no Zaire. Apenas 25% das primeiras consultas na Lunda Norte concluíram o TIP1.
d. ESR enquanto educadores de prevenção contra a malária: os ESR não estão confiantes do seu conhecimento sobre a prevenção da malária. Eles usam as palestras de saúde em grupo como veículo preferencial de disseminação de informação e não utilizam o contato de um-para-um durante a consulta pré-natal para educar as grávidas. Não está claro que as palestras em grupo sejam um meio eficaz de transmitir informação abrangente e relevante a cada utente.
Relatório sobre os resultados do estudo: Oportunidades e Barreiras a um Funcionamento Eficiente do TIP-SP em Angola. A Percepção dos Prestadores de Serviços e das Utentes.
62
e. Tratamento da malária durante a gravidez: a maioria dos ESR usa ACTs corretamente no segundo e terceiro trimestres de gravidez. No entanto, muitos tratam a malária incorretamente no primeiro trimestre. Na Lunda Norte, 86% dos entrevistados citarem tratamentos incorretos para o primeiro trimestre e 69% para segundo e terceiro trimestre da gravidez.
f. Realização de consultas pré-natais: os ESR fazem exames físicos completos às mulheres grávidas. Os exames podem ser incompletos quando o equipamento básico está inoperante ou indisponível. O rastreio de fatores de risco com base na história clinica das gestações anteriores é fraco. Os ESR solicitam exames de rotina e seguem o protocolo sobre teste de VIH durante a gravidez. No entanto, a maioria das unidades com laboratórios não tem equipamento ou testes para rastreio de anemia e sífilis e muitas tiveram rutura de stocks de testes de VIH.
g. Supervisão e directrizes: mais de 50% dos ESR que foram entrevistados teve uma ou mais visitas de supervisão nos três meses anteriores. Este facto é muito positivo e apresenta oportunidades para reforçar a formação em serviço.
h. Produtividade dos ESR: a produtividade média do ESR situa-se em 2-5 contactos com grávidas, que é baixa em termos do número possível de contactos entre ESR e grávidas por dia útil de trabalho. Isso não significa que o enfermeiro individualmente não veja mais pacientes quando trabalha, mas existem oportunidades para uma gestão mais eficiente dos recursos humanos disponíveis. O Huambo mostrou o maior número de ESR disponíveis por unidade (6), mas o número médio de contactos de ESR-utente por dia no Huambo é 2. Isto sugere que, à medida que mais profissionais são atribuídos a uma unidade, cada enfermeiro individualmente contribui com um menor número de horas de trabalho produtivo.
8. RECOMENDAÇÕESAs recomendações estão organizadas em quatro subsecções: desenvolvimento e divulgação de políticas, formação e supervisão de ESR, melhoria da prevenção da malária junto das utentes e apoio ao desenvolvimento dos sistemas de saúde. As recomendações são dirigidas principalmente ao Ministério da Saúde, à Direcção Nacional de Saúde Pública e aos Programas de Malária e Saúde Reprodutiva, seguidos dos vários parceiros que trabalham para apoiar o Ministério da Saúde a reduzir a mortalidade materna e infantil em Angola.
Relatório sobre os resultados do estudo: Oportunidades e Barreiras a um Funcionamento Eficiente do TIP-SP em Angola. A Percepção dos Prestadores de Serviços e das Utentes.
6564 RECOMENDAÇÕES
8.1 Desenvolvimento e divulgação de políticas
a. TIP-SP e mosquiteiros tratados com inseticida: formalmente há uma política atualizada sobre o TIP-SP para Angola, que segue as diretrizes da OMS. (ver Tabela 3: Introdução). No entanto, os componentes da política são incorporados em manuais que não são amplamente divulgados. Protocolos simples “prontos para uso” devem ser amplamente divulgados a todos os Departamentos Provinciais de Saúde com instruções claras sobre a sua divulgação junto de todas as unidades de saúde. Os protocolos devem conter todas as informações relevantes, como o propósito do TIP-SP, quando iniciar o SP, número de comprimidos, frequência das doses e perfil de segurança do SP durante a gravidez. O protocolo também deve actualizar a informação sobre programas transversais, como o TIP-SP em gestantes seropositivas e a combinação adequada da dose de ácido fólico e ferro.
b. MTILPs e canais de distribuição de rotina: a política sobre o uso e as modalidades de distribuição de redes mosquiteiras deve ser claramente definida e amplamente divulgada. Não manter a distribuição regular de redes mosquiteiras nas unidades de saúde é uma oportunidade perdida de reforçar a importância do uso de mosquiteiros tratados com insecticida e de educar os ESR e utentes sobre MTILPs.
c. Gestão de casos: da mesma forma, protocolos sobre tratamento da malária simples e grave durante a gravidez devem ser amplamente divulgados, pelos programas nacionais num formato “pronto para uso” às Direcções Provinciais de Saúde que, por sua vez, devem distribui-los a todas as unidades de saúde.
d. Consumíveis essenciais: no atual contexto de restrições orçamentais graves, deve considerar-se a revisão dos procedimentos para a aquisição de medicamentos essenciais, (vacinas, testes de rastreio) e pequenos equipamentos (estetoscópios e esfigmomanómetros) para obter economias de escala nas compras e reduzir a frequência das ruturas de stock e avarias do equipamento. As unidades de cuidados primários que não funcionam devido às falhas de stock de medicamentos e consumíveis essenciais e da inoperância dos pequenos equipamentos, resulta numa pressão indevida sobre os recursos dos hospitais e dificulta as actividades rotineiras de prevenção.
8.2 Formação e supervisão dos ESR
a. Potencializando o ESR: os ESR parecem estar a trabalhar no limite dos seus conhecimentos e dos recursos disponíveis. Os ESR nas províncias tradicionalmente apoiadas pelo PMI são comparativamente mais bem informados em relação aos ESR da Lunda Norte. Há três opções possíveis para melhorar as competências dos profissionais da saúde:
• Preparar um currículo padrão e material de formação essencial para a formação profissional de enfermeiros nas escolas e institutos de formação sobre a prevenção e gestão de casos de malária.
• Incentivar uma cultura de formação contínua para ESR e incentivar programas nacionais a desenvolver e disseminar, de maneira contínua, materiais educativos para serem utilizados em formações. Pode não haver orçamentos para publicações em papel, mas o material pode ser desenvolvido e divulgado em formato digital. Manuais e materiais de formação sobre a malária para os profissionais de enfermagem já estão disponíveis e atualizados.
• Desenvolver uma plataforma no site do Ministério da Saúde para compartilhar manuais, diretrizes e protocolos de gestão.
• Promover uma cultura de atualizar as orientações e protocolos em formato padrão estabelecido. Actualmente pode ser difícil os ESR determinarem a data e a fonte de informação recebido.
b. Saúde Reprodutiva: desenvolver programas de educação estruturados e protocolos padrão para a saúde reprodutiva. O material de formação visando os ESR deve ser desenvolvido em módulos específicos independentes, que podem ser passados em cursos de curta duração (um dia) no local de trabalho. Workshops de uma semana não são uma estratégia acessível face ao número de pessoas que necessitam de formação. Os protocolos de prevenção e tratamento devem ser acessíveis, práticos, “prontos para uso” e estar disponíveis e visíveis em todas as salas de consulta. O material de formação e os protocolos devem ser amplamente disponibilizados às equipas de saúde das províncias. Se não é atribuída verba para impressão de cópias, as orientações devem ser divulgadas em formato digital.
c. Potenciando a supervisão de ESR: no atual contexto de orçamentos reduzidos, mais de 50% dos ESR teve visitas de supervisão nos últimos três meses. Investir no conhecimento e nas habilidades de supervisores que são selecionadas com base nas respectivas competências é uma maneira acessível de reforçar a formação contínua em serviço.
8.3 Oportunidades para melhorar a prevenção da malária
com as utentes
a. Cartões de Grávida: a decisão sobre o tipo de Cartão de Grávida a utilizar deve ser tomada com base nos recursos disponíveis. Se o Ministério da Saúde não financiar, de maneira contínua, o fornecimento contínuo dos cartões, o formato escolhido deve ser fácil de fotocopiar e financeiramente acessível às mães.
b. Cuidados pré-natais e educação um-para-um: as mulheres grávidas usam cuidados pré--natais e a maioria delas começa as consultas no primeiro e segundo trimestre. A consulta constitui uma oportunidade de ter contatos um-para-um e deverá ser ativamente usada para educar as mulheres grávidas sobre prevenção da malária, sinais de alerta na gravidez e de preparação para o parto e cuidados com o recém-nascido.
c. Reduzir as despesas das utentes: assegurar o fornecimento de itens essenciais como SP, ferro e ácido fólico reduziria significativamente as despesas a incorrer pelas utentes quando utilizam os serviços de cuidados pré-natais.
d. Manutenção da distribuição de mosquiteiros tratados com insecticida (MTILP): reativar a distribuição de rotina de mosquiteiros tratados com inseticida através das unidades de saúde para grupos vulneráveis como suporte à distribuição de manutenção enquanto estratégia de educação das grávidas.
8.4 Reforço do sistema de saúde
a. Produtividade do enfermeiro de saúde reprodutiva: os ESR constituem um custo fixo para o orçamento nacional. Faz sentido económico explorar opções para melhorar a sua produtividade.
b. Informações de rotina sobre Malária na Grávida: analisar e atualizar o protocolo padrão para o registo de informações sobre saúde reprodutiva. O registo de casos de mulheres grávidas doentes deve incluir o tempo de gestação, os resultados dos testes, o diagnóstico presumido e o tratamento.
c. Controle de infeções: implementar políticas e procedimentos de controlo de infeções para todos os níveis do serviço de saúde.
Projecto Eye Kutoloka
Relatório sobre os resultados do estudo: Oportunidades e Barreiras a um Funcionamento Eficiente do TIP-SP em Angola. A Percepção dos Prestadores de Serviços e das Utentes.
66 67
REFERÊNCIAS
Anchang-Kimbi et al., 2014. Antenatal care visit attendance, intermittent preventive treatment during pregnancy and parasitemia at delivery. Malaria Journal 13:162 http://www.malariajournal.com/content/13/1/162
Chico, M.R. et al., 2015. Global call to action: maximize the public health impact of intermittent preventive treatment of malaria in pregnancy in sub-Saharan Africa. Malaria Journal 2015, 14:207. doi:10.1186/s12936-015-0728-x
Dellicour et al. 2016. Effectiveness of the delivery of interventions to prevent malaria in pregnancy in Kenya. Malaria Journal 15:221 DOI 10.1186/s12936-016-1261-2
Diala et al., 2013. Perceptions of Intermittent Preventive Treatment of Malaria in Pregnancy (IPTp) and barriers to adherence in Nasarawa and Cross River States in Nigeria. Malaria Journal 12:343. http://www.malariajournal.
com/content/12/1/342 . (Accessed 6th January 2016)
JhPiego 2014, Review of National-Level Malaria in Pregnancy Documents in 19 PMI Focus Countries. http://www.mchip.net/sites/default/files/mchipfiles/MIP%20in%20Five%20African%20Countries.pdf. Accessed
09/07/2016
Maheu-Giroux and Castro, 2014. Factors affecting provider delivery of intermittent preventive treatment for malaria in pregnancy; a five country analysis of national service provision assessment survey. Malaria Journal
2014, 13:440 http://www.malariajournal.com/content/13/1/440 (Accessed 5th January 2016)
Mpogoro et al., 2014. Uptake of intermittent preventive treatment with sulfadoxine-pyrimethamine for malaria during pregnancy and pregnancy outcomes: a cross-sectional study in Geita District, North Western Tanzania.
Malaria Journal 13:455. http://www.malariajournal.com/content/13/1/455 (Accessed 10th January 2016)
Mubyazi and Bloch, 2014, Psychosocial, behavioural and health systems barriers to delivery and uptake of intermittent preventive treatment of malaria in pregnancy in Tanzania – viewpoints of service providers in Mkuranga and Mufindi districts. BMC Health Services Research 2014, 14:15 http://www.biomedcentral.
com/1472-6963/14/15 (Accessed 4th February 2016)
Onoka et al., 2012. Sub-optimal delivery of intermittent preventive treatment for malaria in http://www.malariajournal.com/content/11/1/317 (accessed 4th February 2016)
Plano Estratégico Nacional de Controlo de Malaria em Angola 2016-2020 (Versão Abril 2015). Direcção Nacional de Saúde Pública, Ministério de Saúde.
Rowe, A.K. et al., 2009. Quality of malaria case management in out patient facilities in Angola. Malaria Journal 2009, 8:275. Doi:10.1186/1475-2875-8-275
Simkhada, B. et al, 2008: Factors affecting the utilization of antenatal care in developing countries: systematic review of the literature. Journal of Advanced Nursing. DOI: 10.1111/j.1365-2648.2007.04532.x
Theiss-Nyland et al. 2016. Assessing the availability of LLINs for continuous distribution through routine antenatal care and the Expanded Programme on Immunizations in sub-Saharan Africa. Malaria Journal 15:255
DOI 10.1186/s12936-016-1309-3
Thiam et al., 2013. Why are IPTp coverage targets so elusive in Sub Saharan Africa: a systematic review of health system barriers. Malaria Journal 12:353 http://www.malariajournal.com/content/12/1/353 (Accessed 4th
February 2016)
Turner, K.E and Fuller, S. 2011. Patient-Held Maternal and/or Child Health Records: Meeting the Information Needs of Patients and Healthcare Providers in Developing Countries. Online J Public Health Informatics. doi:
10.5210/ojphi.v3i2.3631
Yoder et al., 2015. Perspectives of health care providers on the provision of intermittent preventive treatment in pregnancy in health facilities in Malawi. BMC Health Services Research 15:354 DOI 10.1186/s12913-015-0986-x
BIBLIOGRAFIA
Manual de Malaria na Gravidez, 2014. Direcção Nacional de Saúde Pública, Ministério de Saúde, Angola.
Manual de Diagnostico e Tratamento de Malaria, 2014. Direcção Nacional de Saúde Pública, Ministério de Saúde, Angola.
Plano Estratégico Nacional de Reposta as ITS-VIH/SIDA e Hepatites Virais, 2015-2018, Instituto Nacional de Luta contra a SIDA, Ministério de Saúde, Angola.
Relatório de Progresso da Resposta Global à SIDA (GARPR, 2014), Instituto Nacional de Luta contra a SIDA, República de Angola.
ESTU
DO
PR
ESTA
ÇÃO
SER
VIÇ
O C
ON
SULT
A P
RÉ-
NAT
AL
– AU
DIT
OR
IA À
UN
IDAD
E SA
NIT
ÁRIA
ESTU
DO
PR
ESTA
ÇÃO
SER
VIÇ
O C
ON
SULT
A P
RÉ-
NAT
AL
– AU
DIT
OR
IA À
UN
IDAD
E SA
NIT
ÁRIA
Núm
ero
do Q
uest
ioná
rio: |
__|_
_|__
|
Inqu
érito
diri
gido
ao
Res
pons
ável
da
Uni
dade
San
itária
, coa
djuv
ado
pela
res
pons
ável
da
Saú
de R
epro
dutiv
a ou
out
ros
técn
icos
.
Núm
ero
do Q
uest
ioná
rio: |
___|
___|
___|
Inqu
érito
diri
gido
ao
Res
pons
ável
da
Uni
dade
San
itária
, coa
djuv
ado
pela
res
pons
ável
da
Saú
de R
epro
dutiv
a ou
out
ros
técn
icos
.
APENDICES
G1: D
ADOS
DO
INQU
ÉRIT
O
G1.1
In
quiri
dor:
____
____
____
____
__
G1.5
Pr
ovín
cia:
Códi
go:|_
_|__
| G1
.9
1º E
ntre
vista
do, F
unçã
o: _
____
____
____
____
2º E
ntre
vista
do, F
unçã
o: _
____
____
____
____
3º E
ntre
vista
do, F
unçã
o: _
____
____
____
____
G1.2
Da
ta: |
__|_
_|.|
__|_
_|. |
__|_
_|
G1.6
M
unicí
pio:
Có
digo
: |__
|__|
__|_
_|
G1.3
Ho
ra d
e in
ício:
|__|
__|:|
__|_
_|
G1.7
Un
idad
e Sa
nitá
ria:
Có
digo
: |__|
__|_
_|__
|__|
__|_
_|
G1.1
0 G1
.4
Hora
do
fim: |
__|_
_|:|_
_|__
| G1
.8
Cate
goria
U.
Sani
tária
__
____
____
____
____
____
____
____
____
ESTU
DO
PR
ESTA
ÇÃO
SER
VIÇ
O C
ON
SULT
A P
RÉ-
NAT
AL
– AU
DIT
OR
IA À
UN
IDAD
E SA
NIT
ÁRIA
ESTU
DO
PR
ESTA
ÇÃO
SER
VIÇ
O C
ON
SULT
A P
RÉ-
NAT
AL
– AU
DIT
OR
IA À
UN
IDAD
E SA
NIT
ÁRIA
G3
.3 -
In
form
ação
so
bre
tra
balh
ad
ore
s d
a u
nid
ad
e s
an
itári
a q
ue t
rab
alh
am
em
Saú
de R
ep
rod
utiva e
pre
sen
tes n
o m
om
en
to d
o In
qéri
to
G2: S
ERVI
ÇOS D
ISPO
NÍVE
IS N
A UN
IDAD
E SAN
ITÁR
IA
G2.1
G2
.2
G2.3
G2
.4
G2.5
G2
.6
G2.7
G2
.8
A un
idad
e sa
nitá
ria t
em c
ondi
ções
pa
ra
pres
tar
os
segu
inte
s se
rviço
s ho
je?
Pode
hav
er m
ais d
e um
a re
spos
ta
Que
test
es d
e la
bora
tório
são
real
izado
s ne
sta
unid
ade
sani
tária
? Po
de h
aver
mai
s de
uma
resp
osta
Verifi
que
se e
xiste
cad
eia
de
frio
para
vacin
as.
Verifi
que
se e
xiste
a v
acin
a to
xóid
e te
tâni
co.
Adm
ite m
ais d
e um
a res
post
a
Que
serv
iços d
e VI
H /IT
S est
ão
disp
oníve
is ne
sta
unid
ade
sani
tária
? Po
de h
aver
mai
s de
uma
resp
osta
Cons
ulta
Pe
diat
ria
Apen
as
uma
resp
osta
Cons
ulta
de
Adul
to
(Med
icina
) Ap
enas
um
a re
spos
ta
Núm
ero
de
cam
as
exist
ente
s Ap
enas
um
a re
spos
ta
Qual
o h
orár
io d
e tra
balh
o ne
sta
unid
ade
sani
tária
?
[1] C
onsu
lta P
ré-n
atal
|__|
[2] C
onsu
lta P
ós-n
atal
|
__|
[3]P
lane
amen
to Fa
milia
r |_
_|
[4] T
rata
men
to IT
S
|__|
[5] A
ssist
ência
ao
Parto
|_
_|
[6]
Dist
ribui
ção
de
|__|
mos
quite
iro
[1] S
/ser
viço
de la
bora
tório
|__|
[2] T
DR M
alár
ia
|__
|
[3] M
icros
copi
a-m
alár
ia
|__
|
[4] H
emog
lobi
na/H
emat
ócrit
o |
__|
[5] V
DRL
|__|
[6] G
rupo
sang
uíne
o
|__|
[7] G
licém
ia
|
__|
[8] P
rote
ína
na u
rina
|__
|
(9) U
rina !
po II
|
__|
[1]
S/se
rviço
|__|
[2] P
osto
fixo
|
__|
[3] P
osto
móv
el
|
__|
[4] T
oxói
de te
tâni
co |
__|
[1] S
/ser
viço
|__|
[2] A
TV
|_
_|
[3] P
TV
|
__|
[4] A
RV
|
__|
(5) I
TS
|
__|
[1]S
im
[2] N
ão
|__|
[1] S
im
[2] N
ão
|__|
[1] N
enhu
ma
[2] 1
-9
[3] 1
0-19
[4] 2
0-50
[5] M
ais d
e 50
|__|
Ho
ra d
e in
ício:
|_
_|__
|:|_
_|__
|
Hora
do
fim:
|__|
__|:
|__|
__|
24 h
oras
: |__
|
G3 IN
FORM
AÇÃO
SOBR
E TRA
BALH
ADOR
ES D
A UN
IDAD
E SAN
ITÁR
IA Q
UE TR
ABAL
HAM
EM SA
ÚDE R
EPRO
DUTI
VA (S
ALA
DE P
ARTO
, PF E
CPN
) G3
.1
G3.2
Quan
tos t
écni
cos d
e en
ferm
agem
trab
alha
m n
o se
rviço
de
saúd
e re
prod
u!va
? De
stes
, qua
ntos
são
parte
iras e
spec
ializ
adas
?
__
____
____
____
___
__
____
____
____
____
___
(1) –
Pla
neam
ento
Fam
iliar
Nº
Sexo
Fo
rmaç
ão p
rofis
siona
l
Form
ação
pro
fissio
nal e
m se
rviço
em
201
4 e
2015
M
F
Nenh
uma
Mal
ária
VIH
/ITS
Cond
uzir
Cons
ulta
pr
é-na
tal
Cond
uzir
Cons
ulta
pó
s-nat
al
PF(1
) Cu
idad
os
Obst
étric
os e
Ne
onat
logia
de
Urg
ência
(C
ONU)
Cuid
ados
ao
recé
m
nasc
ido
Outra
form
ação
, esp
ecifi
que:
ESTU
DO
PR
ESTA
ÇÃO
SER
VIÇ
O C
ON
SULT
A P
RÉ-
NAT
AL
– AU
DIT
OR
IA À
UN
IDAD
E SA
NIT
ÁRIA
ESTU
DO
PR
ESTA
ÇÃO
SER
VIÇ
O C
ON
SULT
A P
RÉ-
NAT
AL
– AU
DIT
OR
IA À
UN
IDAD
E SA
NIT
ÁRIA
G4. C
ONDI
ÇÕES
DE T
RABA
LHO
NA U
NIDA
DE SA
NITÁ
RIA
G4.1
G4.2
G4
.3
G4.4
G4
.5
Polí!
ca d
e co
ntro
lo d
e In
fecç
ão n
a un
idad
e sa
nitá
ria
Apen
as u
ma
resp
osta
par
a ca
da q
uest
ão
Quai
s as f
onte
s de
ener
gia?
Pode
hav
er m
ais d
e um
a re
spos
ta
Quai
s as f
onte
s de
abas
tecim
ento
de
água
?
Pode
hav
er m
ais d
e um
a re
spos
ta
Cond
ição
da a
mbu
lância
Co
loca
r o n
úmer
o de
ambu
lânc
ias
para
as o
pçõe
s 2 e
3.
Nest
a un
idad
e sa
nitá
ria a
ut
ente
dá
algum
a co
ntrib
uiçã
o em
din
heiro
pe
la u!
lizaç
ão d
os se
rviço
s pr
imár
ios d
e sa
úde?
Po
de h
aver
mai
s de
uma
resp
osta
1.Sim
2
. Não
[1
] Exis
tem
nor
mas
es
crita
s de
cont
rolo
|
__|
de in
fecç
ão n
a US
? [2
] Há
um re
spon
sáve
l n
omea
do p
ara
o co
ntro
lo |
__|
d
a in
fecç
ão n
a US
?
[1] N
enhu
ma
|_
_|
[2] G
erad
or a
func
iona
r
|_
_|
[3] G
erad
or av
ariad
o ou
|__
|
sem
com
bus"
vel
[4] E
nerg
ia d
a re
de p
úblic
a
|__|
[5] E
nerg
ia so
lar, f
uncio
na
|__
|
[6] E
nerg
ia so
lar, a
varia
da
|__
|
[99]
Out
ro, e
spec
ifica
r
____
____
____
____
____
____
____
_
[1] N
enhu
ma
|__|
[2
] Can
aliza
do d
entro
da
unid
ade
|_
_|
[3] T
orne
ira n
o qu
inta
l
|__|
[4
] Fur
o
|_
_|
[5] C
acim
ba p
rote
gida
|
__|
[6] C
acim
ba s/
prot
ecçã
o
|__|
[7
] Cam
ião
ciste
rna
|_
_|
[99]
Out
ra, e
spec
ifica
r
|__
| _
____
____
____
____
____
____
____
____
___
[1] N
ão te
m
|
__|
[2] A
func
iona
r
|
__|
[3] A
varia
da o
u Pa
rada
|
__|
Porq
ue m
o!vo
est
á pa
rada
? __
____
____
____
____
____
____
____
__
[1] N
enhu
ma
|__
|
[2] C
artã
o gr
ávid
a |
__|
[3] C
artã
o in
fan!
l |_
_|
[4] L
abor
atór
io
|_
_|
[5] P
arto
|_
_|
[99]
Out
ro, e
spec
ifica
r
____
____
____
____
____
____
G4. C
ONDI
ÇÕES
DE T
RABA
LHO
NA U
NIDA
DE SA
NITÁ
RIA,
CON
TINU
AÇÃO
G4
.6
G4.7
G4
.8
G4.9
Há
sala
de e
sper
a co
m b
anco
s su
ficie
ntes
e p
rote
gidos
do
sol e
da
chuv
a par
a as u
tent
es?
Apen
as u
ma
resp
osta
Quan
tos t
écni
cos d
e en
ferm
agem
re
aliza
m co
nsul
ta n
a m
esm
a sa
la a
o m
esm
o te
mpo
? Ap
enas
um
a re
spos
ta
Verifi
que
os se
guin
tes a
spec
tos d
e hi
giene
da u
nida
de
sani
tária
. Po
de h
aver
mai
s de
uma
resp
osta
Qual
o m
étod
o de
elim
inaç
ão d
e re
síduo
s hos
pita
lare
s?
Pode
hav
er m
ais d
e um
a re
spos
ta
[1] S
im
|__|
[2
] Não
|_
_|
[1] U
m En
ferm
eiro
|__|
[2] D
ois a
4 E
nefe
rmei
ros
|__
|
[3] M
ais d
e qu
atro
enf
erm
eiro
s |_
_|
[1] C
hão
está
limpo
|
__|
[2] P
ared
es e
stão
limpa
s
|
__|
[3] T
ecto
inta
cto
|__
|
[4] M
esas
de
traba
lho
limpa
s
|
__|
[5] D
esin
fect
ante
disp
oníve
l par
a
par
edes
e m
esas
de
traba
lho
|
__|
[6] B
acia
/lava
bo p
ara
o pe
ssoa
l lava
r as m
ãos
|_
_|
[7] C
asa d
e ba
nho/
latri
na f
uncio
nal e
limpa
|__
|
[1] N
enhu
m
|__
|
[2] I
ncin
erad
or
|_
_|
[3] E
nter
rar e
m p
oço
prof
undo
|_
_|
[4] P
oço
sép!
co ci
men
tado
|__
|
(5) C
onte
ntor
es n
a rua
|__
|
[6] A
o ar
livre
|__
|
ESTU
DO
PR
ESTA
ÇÃO
SER
VIÇ
O C
ON
SULT
A P
RÉ-
NAT
AL
– AU
DIT
OR
IA À
UN
IDAD
E SA
NIT
ÁRIA
ESTU
DO
PR
ESTA
ÇÃO
SER
VIÇ
O C
ON
SULT
A P
RÉ-
NAT
AL
– AU
DIT
OR
IA À
UN
IDAD
E SA
NIT
ÁRIA
G5. C
ONDI
ÇÕES
DE T
RABA
LHO
NA SA
LA D
E CON
SULT
A PR
É-NA
TAL
G5.1
G5
.2
G5.3
G5
.4
Verifi
que
a pr
esen
ça d
os se
guin
tes P
roto
colo
s de
trab
alho
na
sala
de
cons
ulta
: Ve
rifiqu
e a
pres
ença
e fu
ncio
nalid
ade
dos
segu
inte
s equ
ipam
ento
s na
sala
de
cons
ulta
: Ve
rifiqu
e qu
e a
sala
de
cons
ulta
de
CPN
poss
ui o
s se
guin
tes m
ater
iais
de h
igien
e:
Verifi
que
que
a sa
la de
cons
ulta
pré
na
tal p
ossu
i os s
egui
ntes
mat
eria
is pa
ra a
ute
nte
tom
ar T
IP:
1. Si
m 2
. Não
[1
] Man
ual d
e Pr
oced
imen
tos
|__|
|_
_|
s
obre
CPN
[2
] Man
ual M
alár
ia n
a
|__
| |
__|
G
ravid
ez
[3] P
oste
r sob
re T
DR vi
sível
|
__|
|__
|
[4] P
roto
colo
de
trata
men
to
d
a mal
ária
na
grav
idez
|__|
|
__|
v
isíve
l [5
] Cad
erno
/car
tão
de se
guim
ento
|__|
|__
|
da c
onsu
lta p
ré-n
atal
[6
] Pro
toco
lo d
e TIP
|__|
|_
_|
1.
Sim
2. N
ão
[1
] Esfi
gnom
anóm
etro
func
iona
l |
__|
|__
|
[2] E
stet
oscó
pio
auric
ular
|__|
|_
_|
f
uncio
nal
[3] B
alan
ça d
e adu
lto fu
ncio
nal
|
__|
|__
|
[4] F
ita m
étric
a ob
stét
rica
|__|
|_
_|
[5] E
stet
oscó
pio
PINA
RD
|__|
|_
_|
[6] M
arqu
esa
para
cons
ulta
pré
-
|__|
|_
_|
n
atal
[7] P
rivac
idad
e vis
ual (
uso
de
|__|
|_
_|
b
iom
bo)
[8] P
rivac
idad
e au
di!v
a
|__|
|_
_|
1
. Sim
2. N
ão
[1] L
avab
o co
m d
rena
gem
|__
| |
__|
[2] B
acia
ou
bald
e co
m á
gua
|_
_|
|__|
[3] S
abão
ou
sabo
nete
|__|
|_
_|
[4] R
ecip
ient
e em
uso
par
a
agu
lhas
/obj
ecto
s cor
tant
es
|
__|
|__
|
[5] R
ecip
ient
e pr
óprio
c/ta
mpa
|__|
|_
_|
p
ara
lixo
[6] L
uvas
des
cartá
veis
|__|
|_
_|
[7] F
oi o
bser
vado
lixo
hosp
italar
for
a de
recip
ient
e pr
óprio
|_
_|
|__|
1. S
im 2
. Não
[1
] Águ
a po
táve
l
|
__|
|_
_|
[2] S
P (F
ansid
ar)
|_
_|
|__
|
[3] C
opo/
recip
ient
e
|__
|
|__|
G6: E
XIST
ÊNCI
A E A
BAST
ECIM
ENTO
DE M
EDIC
AMEN
TOS E
TEST
E RÁP
IDO
PARA
MAL
ÁRIA
G6
.1
Há o
s seg
uint
es m
edica
men
tos e
test
es rá
pido
s em
stoc
k par
a um
mês
?
1. Si
m 2
. Não
Dat
a úl
!mo
abas
tecim
ento
(mês
e an
o)
[1] S
P (F
ansid
ar)
|_
_|
|__|
_
____
___/
____
____
[2
] Fer
ro/Á
cido
Fólic
o
|__|
|_
_|
___
____
_/__
____
__
[3
] ACT
prim
eira
linha
|_
_|
|__|
_
____
___/
____
____
[4
] Alb
enda
zol/M
eben
dazo
l
|__
| |
__|
_
____
___/
____
____
[5
] Am
picil
ina o
u ou
tro a
n!bi
ó!co
de
largo
esp
ectro
|
__|
|__
|
____
____
/___
____
_ [6
] Qui
nina
, com
prim
idos
300
mgs
.
|
__|
|__
|
____
____
/___
____
_ [7
] Tes
tes d
e di
agnó
s!co
rápi
do p
ara m
alár
ia (T
DR)
|
__|
|__
|
___
____
_/__
____
__
[8] Q
uini
na, c
ompr
imid
os, o
utra
s pos
olog
ias a
lém
de
300m
gs, e
spec
ifiqu
e
____
____
____
____
____
____
____
____
____
____
____
____
____
____
____
____
____
____
____
__
ESTU
DO
PR
ESTA
ÇÃO
SER
VIÇ
O C
ON
SULT
A P
RÉ-
NAT
AL
– AU
DIT
OR
IA À
UN
IDAD
E SA
NIT
ÁRIA
ESTU
DO
PR
ESTA
ÇÃO
SER
VIÇ
O C
ON
SULT
A P
RÉ-
NAT
AL
– AU
DIT
OR
IA À
UN
IDAD
E SA
NIT
ÁRIA
G7. D
ADOS
DE R
OTIN
A E S
UPER
VISÃ
O (1
) - V
ERIF
ICA
O LIV
RO D
E REG
ISTO
PAR
A O
ÚLTI
MO
MÊS
DE T
RABA
LHO
E OS R
ELAT
ÓRIO
S MEN
SAIS
G7
.1 Li
vro
de re
gisto
em
uso
G7
.2 P
reen
chim
ento
do
regis
to
G7.3
Rel
atór
io m
ensa
l G7
.4 V
isita
s de
supe
rvisã
o Ve
rifiqu
e o
livro
de
cons
ulta
pré
-nat
al e
an
ote:
Ap
enas
um
a re
spos
ta
Verifi
que
que
exist
em re
gist
os d
e ro
!na
de co
nsul
tas p
ré n
atal
pa
ra o
úl!
mo
mês
: Ve
rifiqu
e a
exist
ência
de
cópi
as d
e re
lató
rios m
ensa
is do
úl!
mo
mês
: Ve
rifiqu
e a
exist
ência
de
reco
men
daçõ
es
escr
itas
feita
s no
dec
orre
r de
visi
tas
de
supe
rvisã
o du
rant
e o
ano
de 2
015
[1] L
ivro
de re
gisto
cons
ulta
|
__|
p
ré-n
atal
, ver
são
act
ualiz
ada
[2
] Qua
lque
r out
ra ve
rsão
|__|
Ofic
ial d
o liv
ro d
e re
gisto
de
cons
ulta
pré
-nat
al
[3] C
ader
no a
dapt
ado
para
|
__|
reg
isto
de co
nsul
tas
1
. Sim
2. N
ão
[1] F
oram
regis
tada
s con
sulta
s
|
__|
|__
|
nos
úl!
mos
5 d
ias ú
teis
de
traba
lho?
[2
] O re
gisto
da
prim
eira
cons
ulta
|
__|
|__
|
est
á cor
rect
amen
te in
serid
o na
col
una c
orre
spon
dent
e ao
trim
estre
de
grav
idez
? [3
] Há
regis
to d
e TI
P?
|__|
|_
_|
[4] H
á re
gisto
de
test
es rá
pido
s
|_
_|
|__|
fei
tos e
resp
ec!v
os re
sulta
dos?
[5
] Há
regis
to d
e an
!-pa
lúdi
cos r
ecei
tado
s |_
_|
|__|
1. S
im 2
. Não
[1
] Nen
hum
rela
tório
|
__| |
__|
m
ensa
l arq
uiva
do
[2] R
elat
ório
s arq
uiva
dos |
__| |
__|
d
a malá
ria
[3] R
elat
ório
s arq
uiva
dos |
__| |
__|
d
a Sa
úde
Repr
odu!
va
1. S
im 2
. Não
[1
]Nen
hum
as
|__
| |
__|
[2] R
ecom
enda
ções
de
ixada
s pel
o su
perv
isor
|__|
|_
_|
da m
alária
[3
] Rec
omen
daçõ
es
deixa
das p
elo
supe
rviso
r |_
_|
|__|
d
e sa
úde
repr
odu!
va
[4] R
ecom
enda
ções
dei
xada
s
por
supe
rviso
res d
e ou
tros
p
rogr
amas
, esp
ecifi
car
____
____
____
____
____
____
____
_
G7. D
ADOS
DE R
OTIN
A E S
UPER
VISÃ
O (2
): VE
RIFIQ
UE O
LIVR
O DE
REG
ISTO
E VE
JA O
S REG
ISTO
S FEI
TOS N
OS Ú
LTIM
OS 2
0 DI
AS Ú
TEIS
DE T
RABA
LHO
DO A
NO 2
015
G7.5
G7
.6
G7.7
G7
.8
G7.9
Anot
e as
segu
inte
s inf
orm
açõe
s so
bre
o nú
mer
o de
cons
ulta
s pr
é-na
tais
reali
zada
s
Anot
e o
núm
ero
de d
oses
de
TIP
adm
inist
rada
s por
cate
goria
. Há
regi
sto
de
gráv
idas
ate
ndid
as
com
susp
eita
de
mal
ária
?
Se si
m, v
erifi
ca o
núm
ero
de
gráv
idas
ate
ndid
as co
m su
spei
ta
de m
alár
ia e
ano
te a
s seg
uint
es
info
rmaç
ões.
Trat
amen
to co
m a
n! p
alúd
icos:
anot
e o
núm
ero
de
trata
men
tos e
fect
uado
s:
[1] N
úmer
o to
tal d
e co
nsul
tas
p
ré n
atal
___
____
__
[2] N
úmer
o to
tal d
e pr
imei
ras
c
onsu
ltas _
____
____
_ [3
] Núm
ero
tota
l de
reto
rnos
__
____
___
(4) S
em re
gisto
___
____
__
[1] N
umer
o to
tal d
e TI
P 1
____
____
[2
] Num
ero
tota
l de
TIP
2 __
____
__
[3] N
umer
o to
tal d
e TI
P 3
____
____
[4
] Num
ero
tota
l de
TIP
4
ou
mais
___
____
____
___
1. Si
m |
__|
2. N
ão |_
_|
[1] N
úmer
o to
tal d
e gr
ávid
as
aten
dida
s com
susp
eita
de
mal
ária
_
____
__
[2] N
úmer
o to
tal d
e ca
sos
confi
rmad
os co
m TD
R ou
m
icros
copi
a
_
____
___
[3] N
úmer
o de
gráv
idas
ev
acua
das p
or su
spei
ta d
e m
alár
ia gr
ave
_
____
____
[1] N
úmer
o to
tal d
e ca
sos t
rata
do co
m q
uini
na
C
ompr
imid
os
_
____
____
__
[2] N
úmer
o to
tal d
e ca
sos t
rata
do co
m A
CT d
e
p
rimei
ra lin
ha
_
____
____
__
[3] N
úmer
o to
tal d
e ca
sos t
rata
do co
m q
uini
na
i
njec
táve
l
___
____
____
[4
] Núm
ero
tota
l de
caso
s tra
tado
com
arte
met
er
I
njec
táve
l
__
____
____
_ [9
9] O
utro
trat
amen
to, e
spec
ifica
r __
____
____
____
____
____
____
____
____
____
_
ESTU
DO
PR
ESTA
ÇÃO
SER
VIÇ
O C
ON
SULT
A P
RÉ-
NAT
AL
– AU
DIT
OR
IA À
UN
IDAD
E SA
NIT
ÁRIA
Nú
mero
do
Qu
estio
nári
o:
|___|___|___|
ESTU
DO
PR
ESTAÇ
ÃO
SER
VIÇ
O C
ON
SU
LTA P
RÉ-N
ATAL
– I
NQ
UÉR
ITO
AO
TÉC
NIC
O D
E S
AÚ
DE R
EP
RO
DU
TIV
A
Ver
ifica
ção
do in
quér
ito p
elo S
uper
viso
r
[
1] S
im
[2]
Não
Ver
ific
ou s
e o
ques
tioná
rio
está
num
erad
o?
|_
_|
Ver
ific
ou s
e to
das
as
per
gunt
as e
stão
cor
rect
amen
te r
esp
ond
idas
? |_
_|
Ver
ific
ou s
e os
códig
os d
a P
roví
nci
a e
do
Munic
ípio
e d
a U
S e
stão
cor
rect
os?
|__
|
Ver
ifiq
ue
que
os n
úm
eros
dos
inq
uér
itos
est
ão e
m s
into
nia
com
os
códig
os d
os
mu
nic
ípio
s e
unid
ades
san
itár
ias?
|_
_|
Ver
ific
ou q
ue
o nú
mer
o de
inquér
itos
est
á co
mp
leto
por
un
idad
e sa
nit
ária
? |_
_|
Ver
ific
ou s
e o
inquér
ito
tem
dat
a, h
ora
de
iníc
io e
fim
da
entr
evis
ta?
|__
|
Alg
um
a ob
serv
ação
per
tine
te a
faz
er:
G1: D
ADOS
DO
INQU
ÉRIT
O AO
TÉCN
ICO
DE SA
ÚDE R
EPRO
DUTI
VA
G1.1
In
quiri
dor:
____
____
____
____
__
G1.5
Pr
ovín
cia:
Códi
go:|
__|_
_|
G1.9
Fo
rmaç
ão P
rofis
siona
l com
o Pa
rteira
G1.2
Da
ta: |
__|_
_|.|
__|_
_|. |
__|_
_|
G1.6
M
unicí
pio:
Có
digo
: |__
|__|
__|_
_|
G1.9
.1
Espe
cializ
ação
G1.3
Ho
ra d
e in
ício:
|__|
__|:
|__|
__|
G1.7
Un
idad
e Sa
nitá
ria:
Códi
go: |
__|_
_|__
|__|
__||
__|_
_|
G1.9
.2
Em se
rviço
G1.4
Ho
ra d
o fim
: |__
|__|
:|__
|__|
G1
.8
Cate
goria
U.
Sani
tária
G1.1
0 An
os d
e tra
balh
o em
Sa
úde
Repr
odu!
va
ESTU
DO
PR
ESTAÇ
ÃO
SER
VIÇ
O C
ON
SU
LTA P
RÉ-N
ATAL
– I
NQ
UÉR
ITO
AO
TÉC
NIC
O D
E S
AÚ
DE R
EP
RO
DU
TIV
A
ESTU
DO
PR
ESTAÇ
ÃO
SER
VIÇ
O C
ON
SU
LTA P
RÉ-N
ATAL
– I
NQ
UÉR
ITO
AO
TÉC
NIC
O D
E S
AÚ
DE R
EP
RO
DU
TIV
A
G2: F
ORM
AÇÃO
EM SE
RVIÇ
O, SU
PERV
ISÃO
E ED
UCAÇ
ÃO P
ARA
SAÚD
E G2
.1
G2.2
G2
.3
Quan
tas v
ezes
rece
beu
supe
rvisã
o fo
rma!
va d
o ní
vel m
unici
pal o
u pr
ovin
cial
em 2
015?
Ap
enas
um
a re
spos
ta
Quan
do fo
i que
real
izou
a úl
!ma
pale
stra
par
a as
gráv
idas
ou
outro
s ute
ntes
den
tro d
a uni
dade
sa
nitá
ria?
Apen
as u
ma
resp
osta
Quan
do fo
i a ú
l!m
a vez
que
real
izou
uma
pale
stra
so
bre
saúd
e na
com
unid
ade?
Ap
enas
um
a re
spos
ta
[1] N
enhu
ma
|__
|
[2] U
ma
vez
|_
_|
[3] D
uas v
ezes
|__
|
[4] U
ma
vez p
or tr
imes
tre
|__
|
[98]
Não
sabe
|__
|
[1] N
unca
real
izei p
ales
tra
|_
_|
[2] N
os ú
l!m
os 5
dia
s ute
is de
trab
alho
|__|
[3] N
o m
ês p
assa
do
|
__|
[99]
Out
ra ve
z, a
espe
cifica
r, __
____
____
____
____
___
[1] N
unca
real
izei p
ales
tra
|__|
[2] N
os ú
l!m
os 5
dia
s úte
is de
trab
alho
|
__|
[3] N
o m
ês p
assa
do
|_
_|
[99]
Out
ra v
ez, e
spec
ifiqu
e___
____
____
____
____
___
G3 TR
IAGE
M: Q
UAND
O RE
ALIZ
A CO
NSUL
TA À
S GRA
VIDA
S, EX
PLIC
A PO
R FA
VOR,
COM
QUE
FREQ
UÊNC
IA R
EALIZ
A AS
SEGU
INTE
S ACT
IVID
ADES
? AC
TIVI
DADE
S To
das a
s co
nsul
tas
Por
veze
s/1ª
co
nsul
ta
Nunc
a Eq
uipa
men
to
avar
iado
Nã
o po
ssue
m
esse
eq
uipa
men
to
Rotu
ra d
e st
ock d
e m
ater
ial ga
stáv
el
Pesa
r a u
tent
e
Med
ir a
tens
ão a
rteria
l
Verifi
car s
e te
m va
cina
cont
ra o
téta
no (r
o!na
)
Test
ar p
ara p
esqu
isar g
licos
e ou
pro
teín
a na
urin
a
U!liz
ar, d
uran
te a
cons
ulta
, o te
ste
rápi
do (T
DR) p
ara
pesq
uisa
de
pla
smód
io e
m ca
so d
e su
spei
ta d
e m
alár
ia n
a gr
ávid
a?
Enca
min
har p
ara
faze
r o T
DR m
alár
ia ou
micr
osco
pia
(ro!n
a)
Te
star
par
a pes
quisa
de
anem
ia (r
o!na
)
Test
ar p
ara p
esqu
isa d
e an
emia
falci
form
e (ro
!na)
Test
ar p
ara p
esqu
isa d
e VI
H (ro
!na)
Test
ar p
ara p
esqu
isa d
e sífi
lis –
VDR
L (ro
!na)
G4 C
ONHE
CIM
ENTO
SOBR
E TIP
(AP
ENAS
UM
A RE
SPOS
TA EM
CAD
A PE
RGUN
TA)
G4.1
G4
.2
G4.3
G4
.4
Qual
o n
úmer
o de
co
nsul
tas r
ecom
enda
das
por g
ravid
ez?
Qual
o n
úmer
o de
dos
es d
e TI
P qu
e sã
o ac
tual
men
te
reco
men
dada
s por
grav
idez
?
Quan
do d
eve
ser a
dmin
istra
da a
pr
imei
ra d
ose
de T
IP d
uran
te a
gr
avid
ez?
Qual
o in
terv
alo
reco
men
dado
ent
re as
do
ses d
e TI
P?
Nº d
e co
nsul
tas:
____
____
[9
8] N
ão sa
be |
__|
Nº d
e do
ses:
____
____
[9
8] N
ão sa
be |
__|
Prim
eira
dos
e TI
P: _
____
____
__
[98]
Não
sabe
|__
|
Inte
rval
o re
com
enda
do: _
____
____
__
[98]
Não
sabe
|__
|
ESTU
DO
PR
ESTAÇ
ÃO
SER
VIÇ
O C
ON
SU
LTA P
RÉ-N
ATAL
– I
NQ
UÉR
ITO
AO
TÉC
NIC
O D
E S
AÚ
DE R
EP
RO
DU
TIV
A
ESTU
DO
PR
ESTAÇ
ÃO
SER
VIÇ
O C
ON
SU
LTA P
RÉ-N
ATAL
– I
NQ
UÉR
ITO
AO
TÉC
NIC
O D
E S
AÚ
DE R
EP
RO
DU
TIV
A
G5: C
ONHE
CIM
ENTO
S DO
TRAB
ALHA
DOR
SOBR
E TIP
: NÃO
LEIA
M A
S OPÇ
ÕES P
ARA
O TR
ABAL
HADO
R. O
TRAB
ALHA
DOR
TEM
QUE
RE
SPON
DER
A PE
RGUN
TA SE
M SE
R IN
DUZI
DO P
ELA
LISTA
DE O
PÇÕE
S.
G5.1
G5
.2
G5.3
Qu
ais a
s con
tra-in
dica
ções
do
TIP?
Po
de h
aver
mai
s que
um
a re
spos
ta.
No d
ecor
rer d
os ú
l!m
os tr
ês m
eses
de
traba
lho,
co
mo
que
o Fa
nsid
ar/T
IP fo
i adm
inist
rado
nes
ta
unid
ade
sani
tária
?
Pode
hav
er m
ais q
ue u
ma
resp
osta
.
Qual
o ef
eito
da i
nfec
ção
por m
alár
ia p
ara
a m
ãe e
o
feto
? Po
de h
aver
mai
s que
um
a re
spos
ta.
[1] P
rimei
ro tr
imes
tre
de
|
__|
G
ravid
ez
[2] E
star
doe
nte
com
mal
ária
|__
| [3
] Hist
ória
de
aler
gia
a Su
lfam
idas
|__|
[4
] Não
sabe
r dize
r ou
dize
r não
|
__|
h
aver
cont
ra-in
dica
ções
. [9
9] O
utra
s, es
pecifi
car
____
____
____
____
____
____
____
____
[1] P
or o
bser
vaçã
o di
reita
(DOT
)
|__|
[2] O
s com
prim
idos
são
entre
gues
a
u
tent
e pa
ra e
la to
mar
em
casa
|__
|
[3
] Os c
ompr
imid
os sã
o re
ceita
dos p
ara
a
ute
nte
com
prar
for
a
|__
|
[9
9] O
utro
, esp
ecifi
car
____
____
____
____
____
____
_
[1] A
borto
|
__|
[2] B
aixo
pes
o à
nasc
ença
|__
|
[3] A
traso
de
cres
cimen
to fe
tal
|
__|
[4] P
arto
pre
mat
uro
|_
_|
[5] N
ado
mor
to
|__|
[6] I
nfec
ção
cong
énita
|__
|
[7] A
nem
ia
|__|
[99]
Out
ro, e
spec
ifica
r
____
____
____
____
____
____
____
G6: C
ONHE
CIM
ENTO
S SOB
RE O
TRAT
AMEN
TO D
A M
ALÁR
IA N
A GR
ÁVID
A G6
.1 Tr
atam
ento
da m
alár
ia si
mpl
es
Qual
o tr
atam
ento
reco
men
dado
par
a a
malá
ria si
mpl
es n
a grá
vida
? O té
cnico
de
saúd
e de
verá
esp
ecifi
car o
med
icam
ento
, a d
ose,
o n
úmer
o de
veze
s dev
e to
mar
por
dia
e o
núm
ero
de d
ias d
e tra
tam
ento
. Se
men
ciona
r Coa
rtem
, sab
er q
uand
o se
pod
e us
ar e
sse
med
icam
ento
em te
rmos
de
sem
anas
de
gest
ação
. I
– TR
IMES
TRE
II e
III –
TRIM
ESTR
E
G7 -
CONH
ECIM
ENTO
S SOB
RE P
REVE
NÇÃO
DA
MAL
ÁRIA
G7
.1 Q
uais
os m
étod
os d
e pr
even
ção
da m
alár
ia q
ue sã
o re
com
enda
dos p
ara
uma
mul
her g
rávid
a?
Pode
hav
er m
ais d
e um
a re
spos
ta
[1] T
omar
regu
larm
ente
o T
IP
|
__|
[2] D
orm
ir de
baixo
de
mos
quite
iro tr
atad
o
|
__|
[3] R
ecor
rer a
o po
sto
de sa
úde
se !
ver f
ebre
par
a po
der t
rata
r a m
alár
ia
|__
|
[99]
Out
ro, e
spec
ifica
r
____
____
____
____
____
____
____
____
____
____
____
____
____
____
____
____
____
____
____
____
_
[98]
Não
sabe
|__
|
ESTU
DO
DE P
RESTAÇ
ÃO
DE S
ER
VIÇ
O C
ON
SU
LTA P
RÉ-N
ATAL:
INQ
UÉR
ITO
À U
TEN
TE
ESTU
DO
PR
ESTAÇ
ÃO
SER
VIÇ
O C
ON
SU
LTA P
RÉ-N
ATAL
– I
NQ
UÉR
ITO
AO
TÉC
NIC
O D
E S
AÚ
DE R
EP
RO
DU
TIV
A
Verif
icaç
ão d
o in
quér
ito p
elo S
uper
viso
r
[1] S
im
[2]
Não
Ver
ific
ou s
e o
que
stio
nár
io e
stá
num
erad
o?
|_
_|
Ver
ific
ou s
e to
das
as
per
gu
nta
s es
tão
co
rrec
tam
ente
res
po
nd
idas
? |_
_|
Ver
ific
ou s
e o
s có
dig
os
da
Pro
vínci
a e
do
Munic
ípio
e d
a U
S e
stão
co
rrec
tos?
|_
_|
Vei
rfic
ou q
ue
os
nú
mer
os
dos
inq
uér
ito
s es
tão
em
sin
tonia
co
m o
s có
dig
os
dos
munic
ípio
s e
unid
ades
san
itár
ias?
|_
_|
Ver
ific
ou q
ue
o n
úm
ero
de
inq
uér
ito
s es
tá c
om
ple
to p
or
unid
ade
san
itár
ia?
|__
|
Ver
ific
ou s
e o
inq
uér
ito
tem
dat
a, h
ora
de
iníc
io e
fim
da
entr
evis
ta?
|__
|
Alg
um
a o
bse
rvaç
ão p
erti
net
e a
faze
r:
Nú
mero
do
Qu
estio
nári
o:
|___|___|___|
IINQ.
IDEN
TIFI
CAÇÃ
O DO
INQU
ÉRIT
O
IINQ
1.1
Inqu
irido
r __
____
____
____
____
IIN
Q 1.
5 Pr
ovín
cia:
Códi
go:|
__|_
_|
IINQ
1.2
Data
: |__
|__|
.|__
|__|
. |__
|__|
IIN
Q 1.
6 M
unicí
pio:
Có
digo
: |__
|__|
__|_
_|
IINQ
1.3
Hora
de
iníci
o: |_
_|__
|:|_
_|__
| IIN
Q 1.
7 Un
idad
e Sa
nitá
ria:
Códi
go:|
__|_
_|__
| __|
__|_
_|__
|
IINQ
1.4
Hora
do
fim: |
__|_
_|:|
__|_
_|
ESTU
DO
DE P
RESTAÇ
ÃO
DE S
ER
VIÇ
O C
ON
SU
LTA P
RÉ-N
ATAL:
INQ
UÉR
ITO
À U
TEN
TE
ESTU
DO
DE P
RESTAÇ
ÃO
DE S
ER
VIÇ
O C
ON
SU
LTA P
RÉ-N
ATAL:
INQ
UÉR
ITO
À U
TEN
TE
Regis
to d
e au
toriz
ação
pel
a ut
ente
Text
o di
rigid
o a u
tent
e: C
ham
o-m
e, (n
ome
de e
ntre
vista
dor)
____
____
____
____
____
____
____
Fa
ço p
arte
de
uma
equi
pa e
ncar
rega
da d
e re
aliza
r um
est
udo
sobr
e a
Cons
ulta
Pré
-nat
al co
m o
pro
pósit
o de
apr
ende
r liç
ões q
ue se
rvirã
o pa
ra m
elho
rar a
qua
lidad
e do
serv
iço n
o fu
turo
. O e
stud
o se
rá re
aliza
do n
as p
rovín
cias d
e Hu
ambo
, Hu
ila, Z
aire
e Lu
nda
Norte
. A in
form
ação
reco
lhid
a no
dec
orre
r de
estu
do é
con
fiden
cial e
os n
omes
dos
par
!cip
ante
s nã
o sã
o re
gista
dos.
Solic
ito q
ue d
ispon
ibiliz
e al
gum
tem
po p
ara
resp
onde
r ao
pres
ente
inqu
érito
Se !
ver d
úvid
as o
u pe
rgun
tas,
favo
r pod
e co
locà
-las p
ara s
erem
esc
lare
cidas
. O
entre
vista
dor a
ssin
a a se
guir
para
indi
car q
ue a
ute
nte
acei
tou
resp
onde
r ao
inqu
érito
. __
____
____
____
____
____
____
____
____
____
Assin
atur
a
IINQ1
.8
Regis
to d
e au
toriz
ação
ass
inad
o pe
lo in
quiri
dor.
[1] S
im |
__|
[2] N
ão |_
_|
IU -
IDEN
TIFI
CAÇÃ
O DA
UTE
NTE
IU1
IU2
IU3
IU4
IU5
Quan
tos a
nos t
em?
Sa
be le
r e e
scre
ver?
Ap
enas
um
a re
spos
ta
Qual
o ní
vel d
e in
stru
ção
que
já
frequ
ento
u?
Apen
as u
ma
resp
osta
Qual
a si
tuaç
ão co
njug
al?
Apen
as u
ma
resp
osta
Quan
tas G
ravid
ezes
, Pa
rtos e
Abo
rtos j
á te
ve?
E qu
anto
s filh
os vi
vos t
em
actu
alm
ente
?
Data
de
nasc
imen
to
|__|
__|.
|__|
__|.
|__|
__|
Idad
e em
ano
s com
plet
os |
__|_
_|
[98]
Não
sabe
|__
|
[1] N
ão sa
be le
r nem
esc
reve
r
|_
_|
[2] S
abe
ler m
as n
ão sa
be e
scre
ver
|__|
[3] S
abe
ler e
esc
reve
r
|__
|
[1] N
unca
freq
uent
ou a
esc
ola
|__|
[2] F
ez a
esc
ola
de a
lfabe
!zaç
ão
|__
|
[3] E
nsin
o Pr
imár
io
|__
|
[4] E
nsin
o Se
cund
ário
|__|
[5] E
nsin
o m
édio
|__
|
[6] E
nsin
o su
perio
r
|__|
[98]
Não
sabe
|__
|
[1] M
ãe so
lteira
|__
|
[2] C
asad
a/un
ião
de fa
cto
|__|
[3] S
epar
ada/
divo
rcia
da
|__|
[4] V
iúva
|_
_|
Nº d
e gr
avid
ezes
: __
____
[9
8] N
ão sa
be
|__
|
Nº d
e pa
rtos:
____
____
[9
8] N
ão sa
be
|__
|
Nº d
e ab
orto
s: __
____
[9
8] N
ão sa
be
|__
| Nº
de
filho
s vivo
s: __
____
[9
8] N
ão sa
be
|__
|
ESTU
DO
DE P
RESTAÇ
ÃO
DE S
ER
VIÇ
O C
ON
SU
LTA P
RÉ-N
ATAL:
INQ
UÉR
ITO
À U
TEN
TE
ESTU
DO
DE P
RESTAÇ
ÃO
DE S
ER
VIÇ
O C
ON
SU
LTA P
RÉ-N
ATAL:
INQ
UÉR
ITO
À U
TEN
TE
ECPN
- EX
PERI
ÊNCI
A DA
UTE
NTE N
A CO
NSUL
TA P
RÉ-N
ATAL
EC
PN1
ECPN
2 EC
PN3
ECPN
4 EC
PN5
ECPN
6 Po
ssui
um
cartã
o de
grá
vida?
Se
Não
!ve
r car
tão
em m
ão, p
assa
pa
ra a
per
gunt
a EC
PN5.
Há r
egist
o da
vac
ina
an!
tetâ
nica
no
ca
rtão
da
gráv
ida
(TT)
? Ap
enas
uma r
espo
sta
Quan
tas s
eman
as d
e ge
staç
ão e
stão
re
gista
das n
o ca
rtão
de
gráv
ida?
Há re
gisto
de
TIP
no
cartã
o de
grá
vida?
NO
TA: R
egist
ar o
valo
r m
ais a
lto a
nota
do n
o ca
rtão.
Na su
a opi
nião
, voc
ê es
tá g
rávid
a de
quan
tas s
eman
as? S
e a
resp
osta
for e
m m
eses
co
nta 4
sem
anas
por
m
ês.
Com
qua
ntas
sem
anas
fe
z a p
rimei
ra co
nsul
ta
nest
a ac
tual
grav
idez
? Se
a re
spos
ta fo
r em
m
eses
, con
ta 4
se
man
as p
or m
ês.
[1] S
im. V
erifi
cado
pel
o in
quiri
dor
|
__|
[2] S
im, o
cartã
o fic
a na
sala
de co
nsul
ta
|__|
[3] N
ão te
nho
cartã
o po
rque
nun
ca re
cebi
|__
|
[4] R
eceb
i car
tão
mas
já o
per
di
|__|
[1] U
ma
dose
|_
_|
[2] D
uas d
oses
|__
|
[3] 3
- 5
dose
s |
__|
[5] S
em re
gisto
|__
|
No. S
eman
as |
__|_
_|
[5] S
em re
gisto
|__
|
[1] T
IP 1
|__
|
[2] T
IP 2
|__
|
[3] T
IP 3
|__
|
[4] T
IP 4
ou
mais
|__
|
[5] S
em re
gisto
|
__|
No. S
eman
as |
__|_
_|
[98]
Não
sabe
|
__|
Nº Se
man
as |
__|_
_|
(98)
Não
sabe
|__
|
ECPN
- EX
PERI
ÊNCI
A DA
UTE
NTE N
A CO
NSUL
TA P
RÉ-N
ATAL
, CON
TINU
AÇÃO
ECPN
7 EC
PN8
ECPN
9 EC
PN10
Du
rant
e es
ta co
nsul
ta re
cebe
u co
mpr
imid
os d
e Fe
rro e
Ácid
o Fó
lico?
NO
TA: V
erifi
car o
s com
prim
idos
ou
a re
ceita
.
No d
ecor
rer d
esta
cons
ulta
ou
num
a co
nsul
ta a
nter
ior,
o en
ferm
eiro
ex
plico
u co
mo
tom
ar e
por
quê
deve
to
mar
os c
ompr
imid
os d
e fe
rro?
Pode
hav
er m
ais d
e u
ma
resp
osta
A Se
nhor
a sa
be e
xplic
ar
com
o to
mar
ferro
e
porq
ue d
eve
tom
ar o
fe
rro?
Apen
as u
ma
resp
osta
No d
ecor
rer d
esta
cons
ulta
ou
num
a co
nsul
ta an
terio
r, o
enfe
rmei
ro e
xplic
ou p
ossív
eis e
feito
s sec
undá
rios d
o fe
rro?
Pode
hav
er m
ais d
e um
a re
spos
ta
[1] C
ompr
imid
os re
cebi
dos f
oram
verifi
cado
s |__
|
[2] R
ecei
ta re
cebi
da fo
i ver
ifica
da
|__
|
[3
] Não
rece
beu
com
prim
idos
/rec
eita
.
|
__|
[1] S
im n
esta
cons
ulta
|__
|
[2] S
im, n
uma c
onsu
lta a
nter
ior
|__|
[3] N
unca
exp
licou
|__|
[98]
Não
sabe
|__
|
[1] S
im
|__|
[2] N
ão
|__|
[1] S
im, n
esta
cons
ulta
|_
_|
[2] S
im, n
uma c
onsu
lta a
nter
ior
|__
| [3
] Nun
ca e
xplic
ou
|__|
[98]
Não
sabe
|_
_|
ECPN
- EX
PERI
ÊNCI
A DA
UTE
NTE N
A CO
NSUL
TA P
RÉ-N
ATAL
, CON
TINU
AÇÃO
EC
PN11
EC
PN12
EC
PN13
EC
PN14
EC
PN15
A
Senh
ora
pode
, por
favo
r, ex
plica
r os
poss
íveis
efei
tos
secu
ndár
ios
do f
erro
qu
e já
ouv
iu fa
lar?
Po
de h
aver
mai
s de
uma
resp
osta
Dura
nte
esta
con
sulta
rec
ebeu
com
prim
idos
par
a pr
even
ir a m
alár
ia/pa
ludi
smo?
NO
TA: V
erifi
car
a re
ceita
.
No d
ecor
rer d
esta
cons
ulta
ou
num
a con
sulta
ant
erio
r, o
enfe
rmei
ro e
xplic
ou p
orqu
e se
dev
e to
mar
os
med
icam
ento
s par
a pr
even
ir a m
alária
/pal
udism
o?
A Se
nhor
a po
de,
por
favo
r, ex
plica
r as
raz
ões
porq
ue u
ma
mul
her
gráv
ida
deve
tom
ar o
s co
mpr
imid
os d
e SP
(Fan
sidar
)?
Pode
ha
ver
mai
s qu
e um
a re
spos
ta
A Se
nhor
a to
mou
os
med
icam
ento
s par
a pr
even
ir a m
alár
ia em
fren
te d
a en
ferm
eira
? Ap
enas
um
a re
spos
ta
[1] E
njoo
s
|_
_|
[2] F
ezes
esc
uras
, pre
tas
|
__|
[3] P
risão
de
vent
re
|
__|
[98]
Não
sabe
|__
|
[1] R
eceb
eu/t
omou
3 co
mpr
imid
os
de
Fans
idar
|__|
[2] N
ão re
cebe
u co
mpr
imid
os m
as re
cebe
u
u
ma r
ecei
ta p
ara
com
prar
SP/F
ansid
ar
|__
|
(Ver
ifica
r rec
eita
)
[3] N
ão re
cebe
u co
mpr
imid
os o
u re
ceita
|
__|
[98]
Não
sabe
/não
se le
mbr
a
|_
_|
[1] S
im n
esta
cons
ulta
|_
_|
[2] S
im n
uma
cons
ulta
ant
erio
r
|__|
[3
] Nun
ca e
xplic
ou
|__|
[98]
Não
sabe
|
__|_
_|
[1] P
ara p
reve
nir a
mãe
cont
ra
a
malá
ria
|__|
[2
] Par
a pre
veni
r o b
ébé
na
b
arrig
a con
tra a
mal
aria
|__
| [9
9] O
utra
s raz
ões,
espe
cifica
r __
____
____
____
____
____
__
[98]
Não
sabe
|__|
[1] S
im
|__|
[2] N
ão
|__
|
ESTU
DO
DE P
RESTAÇ
ÃO
DE S
ER
VIÇ
O C
ON
SU
LTA P
RÉ-N
ATAL:
INQ
UÉR
ITO
À U
TEN
TE
ECPN
- EX
PERI
ÊNCI
A DA
UTE
NTE N
A CO
NSUL
TA P
RÉ-N
ATAL
, CON
TINU
AÇÃO
EC
PN16
EC
PN17
EC
PN18
EC
PN19
EC
PN20
Po
ssui
um
m
osqu
iteiro
tra
tado
par
a se
pr
oteg
er co
ntra
os
mos
quito
s?
Dorm
iu o
ntem
de
baixo
de
um
mos
quite
iro?
Rece
beu
um m
osqu
iteiro
gra
tuito
no
deco
rrer
do ú
l!m
o an
o?
Pode
hav
er m
ais q
ue u
ma
resp
osta
Com
prou
mos
quite
iro n
o de
corre
r do
úl!
mo
ano?
Já r
eceb
eu v
acin
a an
! te
tâni
ca (
TT)
hoje
ou
no
de
corre
r de
co
nsul
tas
ante
riore
s?
Pode
hav
er m
ais d
e um
a re
spos
ta
[1] S
im
|_
_|
[2]
Não
|_
_|
[1] S
im
|_
_|
[2]
Não
|_
_|
[1] N
unca
rece
beu
|
__|
[2] R
eceb
eu n
uma d
istrib
uiçã
o qu
e fo
i
fei
ta n
a com
unid
ade
|_
_|
[3] R
eceb
eu n
a un
idad
e sa
nitá
ria q
uand
o
f
ez co
nsul
ta p
re-n
atal
|__
| [4
] Rec
ebeu
na
unid
ade
sani
tária
qua
ndo
levo
u a c
rianç
a á
vacin
ação
|__|
[1] S
im
|_
_|
[2]
Não
|_
_|
[1] N
unca
rece
beu
|__
| [2
] Rec
ebeu
hoj
e
|__
| [3
] Rec
ebeu
num
a co
nsul
ta a
nter
ior
à
est
a gra
videz
|_
_|
[4] R
eceb
eu n
o de
corre
r de
outra
s
gra
videz
es
|__|
[9
8] N
ão sa
be
|__|
ECPN
- EX
PERI
ÊNCI
A DA
UTE
NTE N
A CO
NSUL
TA P
RÉ-N
ATAL
EC
PN21
EC
PN22
EC
PN23
EC
PN24
EC
PN25
Qu
anta
s vez
es n
a vid
a já
rece
beu
a va
cina c
ontra
o
téta
no?
Apen
as u
ma
resp
osta
Dura
nte
esta
gr
avid
ez já
teve
fe
bre?
Se
não
, pas
sar
para
a EC
PN24
Se si
m, o
que
fez p
ara
trata
r a fe
bre?
Po
de h
aver
mai
s de
uma
resp
osta
No d
ecor
rer d
esta
cons
ulta
ou
num
a con
sulta
ant
erio
r, a
enfe
rmei
ra fa
lou
cons
igo so
bre
os p
repa
ra!v
os n
eces
sário
s pa
ra o
par
to?
Onde
pre
tend
e re
aliza
r est
e pa
rto?
Ap
enas
um
a re
spos
ta
No. d
e ve
zes
|__
|__|
[1
] Nun
ca re
cebe
u |
__|
[98]
Não
sabe
|__
|
[1] S
im
|_
_|
[2]
Não
|_
_|
[1] N
ão fe
z nad
a
|_
_|
[2] T
omou
rem
édio
case
iro
|__
| [3
] Rec
orre
u a t
rata
men
to tr
adici
onal
|_
_|
[4] C
ompr
ou m
edica
men
tos n
a far
mác
ia
|__
| [5
] Rec
orre
u a
um e
nfer
mei
ro n
o ba
irro/
Post
o
P
rivad
a
|
__|
[6] R
ecor
reu
a um
a uni
dade
sani
tária
do
Esta
do |
__|
[99]
Out
ro, e
spec
ifica
r ___
____
____
____
____
____
__
[1] S
im
|__
| [2
] Nã
o
|__|
[1] E
m ca
sa p
rópr
ia co
m u
ma
pes
soa d
e fa
mília
|__|
[2
] Em
casa
pró
pria
com
par
teira
tra
dicio
nal
|__
| [3
] No
hosp
ital o
u em
out
ra
unid
ade
sani
tária
|__|
[4
] Out
ro lu
gar,
espe
cifica
r
__
____
____
____
____
____
____
____
___
[98]
Ain
da n
ão sa
be
|__|
ESTU
DO
DE P
RESTAÇ
ÃO
DE S
ER
VIÇ
O C
ON
SU
LTA P
RÉ-N
ATAL:
INQ
UÉR
ITO
À U
TEN
TE
ECPN
- EX
PERI
ÊNCI
A DA
UTE
NTE N
A CO
NSUL
TA P
RÉ-N
ATAL
EC
PN26
EC
PN27
EC
PN28
Qu
ais o
s pre
para
!vos
que
já fe
z par
a o
parto
? Po
de h
aver
mai
s de
uma
resp
osta
No d
ecor
rer d
esta
ou
de o
utra
cons
ulta
an
terio
r, a
enfe
rmei
ra fa
lou
sobr
e sin
ais d
e al
erta
/per
igo q
ue p
oder
ão in
dica
r pr
oble
mas
cons
igo o
u co
m o
beb
e?
A Se
nhor
a po
de, p
or fa
vor,
dize
r os s
inais
de
aler
ta/p
erigo
dur
ante
a g
ravid
ez
e pa
rto q
ue co
nhec
e?
Pode
hav
er m
ais d
e um
a re
spos
ta
[1] T
em d
inhe
iro gu
arda
do p
ara q
ualq
uer
|__|
em
ergê
ncia
[2
] Há
mei
o tra
nspo
rte p
revis
to (c
arro
pró
prio
ou
de
outra
pes
soa)
, se
for p
recis
o
|_
_|
[3] C
ompr
ou m
ater
ial p
ara o
par
to, e
spec
ifica
r, __
___
____
____
____
____
____
____
____
____
____
___
[4] N
ão fe
z nen
hum
pre
para
!vo
|__
|
[1] S
im, n
esta
cons
ulta
|_
_|
[2] S
im, n
uma c
onsu
lta a
nter
ior
|__
|
[3] N
ão n
unca
|_
_|
[98]
Não
sabe
|_
_|
[1] S
angr
amen
to va
ginal
|__|
[2] F
ebre
alta
|
__|
[3] I
ncha
ço d
as m
ãos o
u da
cara
|_
_|
[4] F
adig
a exa
gera
da
|_
_|
[5] F
alta
de
ar
|__|
[6] D
ores
forte
s de
cabe
ça
|__
|
[7] V
isão
turv
a
|__
| [8
] Con
vulsõ
es
|__
| [9
] O b
ébé
para
de
mex
er
n
a ba
rriga
|__|
[9
9] O
utro
, esp
ecifi
car _
____
___
____
____
____
____
____
____
[9
8] N
ão sa
be
|
__|
ESTU
DO
DE P
RESTAÇ
ÃO
DE S
ER
VIÇ
O C
ON
SU
LTA P
RÉ-N
ATAL:
INQ
UÉR
ITO
À U
TEN
TE
ECPN
- EX
PERI
ÊNCI
A DA
UTE
NTE N
A CO
NSUL
TA P
RÉ-N
ATAL
EC
PN29
EC
PN30
EC
PN31
EC
PN32
Pa
gou
algu
m
serv
iço
hoje
?
No c
aso
de t
er p
ago
algu
m s
erviç
o ho
je o
u no
dec
orre
r de
co
nsul
tas a
nter
iore
s, po
r fav
or e
spec
ifica
r os s
erviç
os p
agos
. Po
de h
aver
mai
s de
uma
resp
osta
.
Esta
uni
dade
sa
nitá
ria é
a un
idad
e m
ais
perto
de
sua
casa
?
Se n
ão, p
orqu
e nã
o fo
i hoj
e a
unid
ade
mai
s per
to d
e su
a ca
sa?
Po
de h
aver
mai
s de
uma
resp
osta
.
[1
] Sim
|_
_|
[2
] Não
|__|
[1] P
agou
o re
gisto
par
a a
cons
ulta
|_
_|
[2] P
agou
o ca
rtão
de gr
ávid
a
|
__|
[3] P
agou
test
es n
o lab
orat
ório
|__
| [4
] Pag
ou o
s med
icam
ento
s den
tro d
a un
idad
e sa
nitá
ria
|__|
[5
] Vai
paga
r os m
edica
men
tos n
a fa
rmác
ia d
e fo
ra
|__
| [9
8] N
ão sa
be
|_
_|
[99]
Pag
ou o
utro
serv
iço, e
spec
ifica
r ___
____
____
____
____
_ __
____
____
____
____
____
____
____
____
____
____
____
___
[1] S
im
|__|
[2
] Não
|__
|
[1] N
ão h
á co
nsul
ta p
ré-n
atal
na u
nida
de
p
erto
de
min
ha ca
sa
|_
_|
[2] F
oi re
fere
nciad
a pa
ra e
sta
unid
ade
s
anitá
ria
|__|
[3] N
ão te
m e
nfer
mei
ras m
ulhe
res
|_
_|
[4] O
s enf
erm
eiro
s não
trat
am b
em
o
s doe
ntes
|__|
[5] O
s enf
erm
eiro
s aus
enta
m-se
m
uito
|
__|
[6] N
ão te
m m
edica
men
to |
__|
[7] N
ão te
m la
bora
tório
|
__|
[98]
Não
sabe
|__|
[99]
Out
ra ra
zão,
esp
ecifi
car
ECPN
- Ex
periê
ncia
da u
tent
e na
cons
ulta
pré
-nat
al, c
on!n
uaçã
o EC
PN33
EC
PN34
EC
PN35
EC
PN36
A
Senh
ora
tem
dat
a m
arca
da p
ara
a pr
óxim
a co
nsul
ta?
Porq
ue é
que
a Se
nhor
a fa
z con
sulta
pré
nat
al?
Algu
ma
vez o
seu
mar
ido/
com
panh
eiro
a
acom
panh
ou a
cons
ulta
du
rant
e es
ta gr
avid
ez?
Se n
unca
a ac
ompa
nhou
, o
seu
mar
ido/
com
panh
eiro
pe
rgun
ta so
bre
o es
tado
da
grav
idez
qua
ndo
a Se
nhor
a re
gres
sa á
casa
dep
ois d
a co
nsul
ta?
[1] S
im
|__|
[2
] Não
|__
|
[1] S
im
|__|
[2
] Não
|__
|
[1] S
im
|__|
[2
] Não
|__
|
ESTU
DO
DE P
RESTAÇ
ÃO
DE S
ER
VIÇ
O C
ON
SU
LTA P
RÉ-N
ATAL:
INQ
UÉR
ITO
À U
TEN
TE
Verifi
caçã
o do
inqu
érito
pel
o Su
perv
isor
[
1] Si
m
[2] N
ão
Verifi
cou
se o
que
s!on
ário
está
num
erad
o?
|__|
Verifi
cou
se to
das a
s per
gunt
as e
stão
corre
ctam
ente
resp
ondi
das?
|_
_|
Verifi
cou
se o
s cód
igos d
a Pro
víncia
e d
o M
unicí
pio
e da
US e
stão
corre
ctos
? |_
_|
Veirfi
cou
se o
s núm
eros
dos
inqu
érito
s est
ão e
m si
nton
ia co
m o
s cód
igos d
os
mun
icípi
os e
uni
dade
s san
itária
s?
|__|
Verifi
cou
se o
núm
ero
de in
quér
itos e
stá
com
plet
o po
r uni
dade
sani
tária
? |_
_|
Verifi
cou
se o
inqu
érito
tem
dat
a, h
ora
de in
ício
e fim
da
entre
vista
? |_
_|
Algu
ma
obse
rvaç
ão p
er!n
ete
a fa
zer:
Número do Questionário: |__|__|__|
ESTUDO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO CONSULTA PRÉ-NATAL:
OBSERVAÇÃO DA CONSULTA
IC. Iden!ficação da Consulta
IC1.1 Observador __________________ IC1.3 Província: Código:|__|__|
IC1.4 Município: Código: |__|__|__|__|
IC1.2 Data: |__|__|.|__|__|. |__|__| IC1.5 Unidade Sanitária: Código:|__|__|__| __|__|__|__|
IC1.6 Formação profissional da parteira
Registo de autorização – Provedor de serviço.
Texto de solicitação de autorização para o enfermeiro/trabalhador de saúde.
Solicitar a autorização para observar a consulta: Antes de iniciar a observação da consulta é obrigatório obter a autorização do enfermeiro e da utente a ser atendida pelo enfermeiro. Texto a ser lido para o enfermeiro: Chamo me, (nome de observador)_______________________ Faço parte de uma equipa encarregada de realizar um estudo sobre a Consulta Pré-natal com o propósito de aprender lições que servirão para melhorar o serviço no futuro. O estudo será realizado nas províncias de Huambo, Huila, Zaire e Lunda Norte. A informação recolhida no decorrer de estudo é confidencial. Os nomes dos enfermeiros e dos utentes entrevistados ou observados não são registados e as unidades sanitárias serão codificadas de maneira a não permi!r que as mesmas sejam iden!ficadas no relatório final. Solicito a sua permissão para estar presente e observar o decorrer da consulta. Tem alguma pergunta para mim? O Observador assina a seguir para indicar que o enfermeiro autorizou a observação da consulta. ______________________________________________ Assinatura
IC1.7 Registo de autorização assinado pelo Observador [1] Sim |__|
[2] Não |__|
ESTUDO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO CONSULTA PRÉ-NATAL:
OBSERVAÇÃO DA CONSULTA
Registo de autorização pelo utente
Texto dirigido a utente: Chamo me, (nome de observador) ____________________________ Faço parte de uma equipa encarregada de realizar um estudo sobre a Consulta Pré-natal com o propósito de aprender lições que servirão para melhorar a qualidade do serviço no futuro. O estudo será realizado nas províncias de Huambo, Huila, Zaire e Lunda Norte. A informação recolhida no decorrer do estudo é confidencial, pelo que, os nomes dos par!cipantes não são registados. Solicito a sua autorização para estar presente e observar a consulta enquanto a senhora está sendo atendida pela enfermeira. Se !ver dúvidas ou perguntas, por favor pode colocà-las para serem esclarecidas. O Observador assina a seguir para indicar que a utente autorizou a observação da consulta.
______________________________________
Assinatura
IC1.8 Registo de autorização assinado pelo observador. [1] Sim |__|
[2] Não |__|
IC1.9 Registo da hora de início de observação da consulta |__|__|:|__|__|
IC1.10 Registo da hora de fim da observação da consulta |__|__|:|__|__|
ESTUDO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO CONSULTA PRÉ-NATAL:
OBSERVAÇÃO DA CONSULTA
IG1 Informação sobre a grávida 1. Sim 2. Não 3. Não notou
IG1.1 Regista se o enfermeiro ou a utente falaram sobre os seguintes factos:
(1) Idade da utente
(2) Medicamentos que a utente está a tomar
(3) Data da úl!ma menstruação
(4) Número de gravidezes anteriores
IG1.2 Regista se o enfermeiro ou a utente falaram sobre os seguintes aspectos de gravidezes anteriores:
(1) Nados mortos
(2) Bébé que morreu na primeira semana de vida
(3) Hemorragia no decorrer do parto ou a seguir ao parto
(4) Cesariana anterior ou outra intervenção como parto com ventosa ou fórceps.
(5) Aborto espontâneo anterior
(6) Aborto induzido anterior (aborto provocado)
IG1.3 Regista se o enfermeiro completou os seguintes actos médicos:
(1) Mediu a tensão arterial?
(2) Pesou ou verificou o peso da utente?
(3) Verificou a altura uterina?
(4) Auscultou o ba!mento cardíaco fetal?
(5) Verificou se a utente tem edemas?
(6) Verificou o resultado ou encaminhou a utente para fazer o teste de hemoglobina/hematócrito?
(7) Verificou o resultado ou encaminhou a utente para fazer o teste de urina?
(8) Verificou o resultado ou encaminhou a utente para fazer o teste de sífilis?
(9) Verificou o resultado ou encaminhou a utente para fazer o teste de VIH?
(10) Verificou a informação anteriormente registada no cartão de grávida?
(11) Verificou e discu!u com a utente sobre o toxóide tetânico?
IG1.4 Regista se o enfermeiro deu os seguintes conselhos ou tratamentos:
(1) Receitou ou deu comprimidos de Ferro e Ácido Fólico?
(2) Explicou a importância de tomar e como deve tomar o Ferro e Ácido Fólico?
ESTUDO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO CONSULTA PRÉ-NATAL:
OBSERVAÇÃO DA CONSULTA
IG1.7 Regista se o enfermeiro aconselhou a utente sobre sinais de alerta pelos quais ela deverá regressar á unidade sanitária
1. Sim 2. Não 3. Não notou
(1) Hemorragia
(2) Febre
(3) Dores de cabeça ou visão turva
(4) Inchaço do rosto ou das mãos
(5) Fadiga ou falta de ar
(6) Perguntou sobre os movimentos fetais
(7) Qualquer outro sintoma que poderá ser associado à gravidez
IG1.8 O Enfermeiro informou a utente sobre o estado da gravidez?
IG1.9 O Enfermeiro falou sobre os seguintes aspectos de preparação para o parto?
(1) Perguntou onde a utente pretende realizar o parto?
(2) Deu conselhos sobre a importância de ter assistência qualificada durante o parto?
(3) Perguntou se a grávida guardou dinheiro ou tem outro plano para o transporte, se houver uma urgência?
IG1.10 O Enfermeiro aconselhou a grávida sobre assistência á mãe e ao bébé apos o parto?
(1) Falou sobre a importância de vacinas para o bebe?
(2) Falou sobre aleitamento materno exclusivo?
(3) Falou sobre planeamento familiar?
IG1.11 O Enfermeiro perguntou à utente se !nha dúvidas ou perguntas a colocar?
IG1.12 Enfermeiro u!lizou algum recurso visual para ajudar a dar explicações a utente?
IG1.13 Regista se o enfermeiro preencheu o cartão de grávida?
IG1.14 Regista se o enfermeiro marcou a data da próxima consulta
IG1.15 Pergunta ao enfermeiro qual o tempo de gestação da utente em número de semanas
No. de Semanas |__|__|
[98] Não sabe |__|__|
IG1.16 Regista como foi o desfecho da consulta (Poderá haver mais de uma resposta)
(1) Utente vai para casa |__| (2) Utente encaminhada ao laboratório |__|
Projecto Eye Kutoloka 99ESTUDO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO CONSULTA PRÉ-NATAL:
OBSERVAÇÃO DA CONSULTA
Verificação do inquérito pelo Supervisor [1] Sim [2] Não
Verificou se o ques!onário está numerado? |__|
Verificou se todas as perguntas estão correctamente respondidas? |__|
Verificou se os códigos da Província e do Município e da US estão correctos? |__|
Veirficou que os números dos inquéritos estão em sintonia com os códigos dos municípios e unidades sanitárias? |__|
Verificou que o número de inquéritos está completo por unidade sanitária? |__|
Verificou se o inquérito tem data, hora de início e fim da entrevista? |__|
Alguma observação per!nete a fazer:
Relatório sobre os resultados do estudo: Oportunidades e Barreiras a um Funcionamento Eficiente do TIP-SP em Angola. A Percepção dos Prestadores de Serviços e das Utentes.
100
CONTACTOS:
World Learning
1015 15th Street NW, 9th Floor
Washington, DC 20005
United States
https://www.worldlearning.org
202.464.6643