workshop “gestão de dragagens” – paulo silva

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IMPORTÂNCIA DA AGITAÇÃO MARÍTIMA NA DINÂMICA SEDIMENTAR DA EMBOCADURA DO MONDEGO Paulo A. SILVA ; Angela FONTAN BOUZAS ; Caroline FERREIRA; Carlos COELHO; Paulo R. BAPTISTA; Daniela GONÇALVES; Luís M. PINHEIRO CESAM Centre for Environmental and Marine Studies www.cesam.ua.pt

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Page 1: Workshop “Gestão de Dragagens” – Paulo Silva

IMPORTÂNCIA DA AGITAÇÃO MARÍTIMA NA DINÂMICA SEDIMENTAR DA EMBOCADURA DO MONDEGO

Paulo A. SILVA ; Angela FONTAN BOUZAS ; Caroline FERREIRA; Carlos COELHO; Paulo R. BAPTISTA; Daniela GONÇALVES; Luís M. PINHEIRO

CESAM

Centre for Environmental and Marine Studies

www.cesam.ua.pt

Page 2: Workshop “Gestão de Dragagens” – Paulo Silva

Canal de acesso a um porto –

navegabilidade

The Delfland Sand Engine

Alimentação artificial de praias - reposição

da deriva litoral

Evolução da dragagem

Estimar tempo de vida da dragagem

Dragagens

Page 3: Workshop “Gestão de Dragagens” – Paulo Silva

Quais os processos físicos e parâmetros envolvidos na evolução da dragagem?

Monitorização batimétrica (quantificação e planeamento)

Modelação numérica (quantificação e planeamento)

Page 4: Workshop “Gestão de Dragagens” – Paulo Silva

Transporte sedimentar

Transporte total sob a ação combinada de ondas e correntes (Soulsby –van Rijn, 1997)

correntes de maré

correntes induzidas pelo vento

Ue

amplitude da velocidade orbital

Page 5: Workshop “Gestão de Dragagens” – Paulo Silva

Transporte sedimentar

Fórmula do CERC- transporte longitudinal – deriva litoral

Q= 0.233 𝐾 𝐻𝑠𝑏5/2 sin(2 𝑏)

b

Page 6: Workshop “Gestão de Dragagens” – Paulo Silva

Transporte sedimentar

Outro processos:

forma da onda

distribuição granulométrica (mistura de sedimentos)

Interação do escoamento com as formas de fundo

Onda com assimetria

horizontal e vertical

Onda com assimetria

horizontalOnda Sinusoidal

Page 7: Workshop “Gestão de Dragagens” – Paulo Silva

Morfodinâmica

Casos esquemáticos

A escavação tende a

encher e migra no sentido

da corrente média

(assimetria da corrente

maré: vazante e enchente)

* Há que considerar a ação da

ondulação para mobilizar

sedimentos do fundo.

Enchimento escavação

diminuição do declive - escala de tempo de recuperação

/vida útil

Page 8: Workshop “Gestão de Dragagens” – Paulo Silva

Vale do Lobo

Goncalves et al. (2014)

Dragagem 370 000 m3

Mancha de empréstimo

3.5 km offshore Vale do Lobo,

batimétricas 16 - 18 m

900 m 150 m 5 m

Maio 2006

Alimentação artificial da praia

Março 2006 Maio 2006

Nov 2008 Maio 2010

Page 9: Workshop “Gestão de Dragagens” – Paulo Silva

Balanço sedimentar:

Maio 2006 - Nov 2008 (2,5 anos): 38 000 m3

Nov 2008 - Maio 2010 (1, 5 anos): 32 000 m3

O aumento da taxa de sedimentação pode ser

explicada pelo número de eventos /dias de

temporal.

~ 38 anos

Page 10: Workshop “Gestão de Dragagens” – Paulo Silva

Mar Báltico: GM1; WU; TW1 (cascalho)

TW0 (areia)

Nova Zelândia: PAK

Mar do Norte (ilha Sylt) WL

Exemplo de dragagens na plataforma Diesing et al. (2004)

Tempo de recuperação das

escavações

Page 11: Workshop “Gestão de Dragagens” – Paulo Silva

Embocadura Figueira da Foz

Zona de acreção na parte exterior da embocadura associada à barra submersa;

APFF realiza dragagens na barra e anteporto

12 março 2014

Dez 2012 (100 000 m3) Jul 2013 (165 000 m3) Set 2014 (110 000 m3)

Page 12: Workshop “Gestão de Dragagens” – Paulo Silva

11-19 Dez 2012 : Vacre = 114 717 m3

Dragagem Dez 2012 : 100 000 m3

8 Jan-28 Fev 2013 : Vacre = 114 589 m3

2012 2013

Hs(

m)

Hs > 4 m

Dez 2012 (100 000 m3)

Tempo vida útil < 2 meses 11Dez 12 28Fev 13

Page 13: Workshop “Gestão de Dragagens” – Paulo Silva

12 março 2014

Jul 2013 (165 000 m3)

Tempo vida útil < 6 meses

30 Jun 13

12Mar 14

Page 14: Workshop “Gestão de Dragagens” – Paulo Silva

Set 2014 (110 000 m3)

Tempo vida útil > 4 meses

12Set 14 19Dez 14

v

Page 15: Workshop “Gestão de Dragagens” – Paulo Silva

Tempo de permanência das dragagens (vida útil) é determinada pelos eventos de temporal e sua potência

Carácter sazonal Dragagens efetuadas no inicio do

VM têm uma evolução lenta Dragagens efetuadas no IM podem

evoluir muito rapidamente

v

Page 16: Workshop “Gestão de Dragagens” – Paulo Silva

Batimetria

Transporte

sedimentos

Evolução do

fundo

Hidrodinâmica:

ondas + correntes

O desenvolvimento de métodos computacionais para a simulação da

evolução da batimetria constitui um tema de investigação.

Os modelos numéricos de morfodinâmica:

na definição de estratégias de dragagens (onde, quanto e quando ?)

e dos seus impactos

Page 17: Workshop “Gestão de Dragagens” – Paulo Silva

Simulação numérica DELFT3D - Deltares

D1

D2

Figueira da Foz

hidrodinâmica – maré

propagação da agitação marítima

morfodinâmica

Page 18: Workshop “Gestão de Dragagens” – Paulo Silva

Batimetria simulada 2 dias para diferentes ondas – regime equivalente

inicial Hs = 6.25m, 15 s, 315

Verifica-se um aumento da largura da barra submersa e a sua acreção;

na zona adjacente a norte do molhe norte verifica-se também acreção.

Os resultados numéricos indicam que o transporte sedimentar que se processa através do molhe norte de norte para sul: tem origem nos sedimentos que provêm da deriva litoral na praia

da Figueira da Foz que se processa sempre de N para S; é em suspensão (185 000m3/ano); tem uma contribuição significativa dos eventos de temporal (70%)

Page 19: Workshop “Gestão de Dragagens” – Paulo Silva

Agradecimentos:

APA - ARH Algarve