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Workshop da FAEL aborda direitos humanos e papel do educador Workshop da FAEL aborda direitos humanos e papel do educador No 15° workshop da Faculdade Educacional da Lapa - FAEL, os acadêmicos do curso de pedagogia tiveram a oportunidade de aprender e praticar os princípios da Declaração dos Diretos da Criança, um tema de extrema importância social. Maria Cristina Stival, professora do curso, explica que a Declaração foi proclamada no dia 20 de novembro de 1959, pela Resolução da Assembleia Geral 1386 (XIV), tendo como base e fundamento os seguintes direitos da criança: À igualdade, sem distinção de raça, religião ou nacionalidade; À especial proteção para o desenvolvimento físico, mental e social; A um nome e a uma nacionalidade; À alimentação, moradia e assistência médica adequadas para a criança e a mãe; À educação e a cuidados especiais para a criança física ou mentalmente deficiente; Ao amor e à compreensão por parte dos pais e da sociedade; À educação gratuita e ao lazer infantil; A ser socorrida em primeiro lugar, em caso de catástrofes; A ser protegida contra o abandono e a exploração no trabalho; A crescer dentro de um espírito de solidariedade, compreensão, amizade e justiça entre os povos. Pensando na formação de nossos futuros educadores, a docente faz um breve resumo do contexto social em que estão inseridos os direitos humanos. Veja a seguir: A ideia de direito surge por conta das diversas situações de desigualdade social e discriminação que vivemos mundialmente. Temos também o retrato das guerras e atrocidades como bombas atômicas, no século XX, como reflexo de mortes e crueldades com adultos e crianças considerados inocentes. Com a repercussão dos fatos, em 1945 surge a Organização das Nações Unidas (ONU). Formada por países que se reuniram voluntariamente para trabalhar pela paz e desenvolvimento mundial, a ONU tem como um de seus objetivos, o atendimento a pessoas que apresentam os seus direitos violados na sociedade. Em 10 de dezembro de 1948, surge a Declaração Universal dos Direitos Humanos, apresentada na Assembleia Geral das Nações Unidas. Nela, podemos verificar o direito à educação. Neste contexto, ressaltamos o importante papel da EAD, que possibilita o fácil acesso ao ensino de qualidade.

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Workshop da FAELaborda direitos humanose papel do educador

Workshop da FAELaborda direitos humanose papel do educador

No 15° workshop da Faculdade Educacional da Lapa - FAEL, os acadêmicos do curso de pedagogia tiveram a oportunidade de aprender e praticar os princípios da Declaração dos Diretos da Criança, um tema de extrema importância social.

Maria Cristina Stival, professora do curso, explica que a Declaração foi proclamada no dia 20 de novembro de 1959, pela Resolução da Assembleia Geral 1386 (XIV), tendo como base e fundamento os seguintes direitos da criança:

• À igualdade, sem distinção de raça, religião ou nacionalidade;

• À especial proteção para o desenvolvimento físico, mental e social;

• A um nome e a uma nacionalidade;

• À alimentação, moradia e assistência médica adequadas para a criança e a mãe;

• À educação e a cuidados especiais para a criança física ou mentalmente deficiente;

• Ao amor e à compreensão por parte dos pais e da sociedade;

• À educação gratuita e ao lazer infantil;

• A ser socorrida em primeiro lugar, em caso de catástrofes;

• A ser protegida contra o abandono e a exploração no trabalho;

• A crescer dentro de um espírito de solidariedade, compreensão, amizade e • justiça entre os povos.

Pensando na formação de nossos futuros educadores, a docente faz um breve resumo do contexto social em que estão inseridos os direitos humanos. Veja a seguir:

• A ideia de direito surge por conta das diversas situações de desigualdade social e discriminação que vivemos mundialmente. Temos também o retrato das guerras e atrocidades como bombas atômicas, no século XX, como reflexo de mortes e crueldades com adultos e crianças considerados inocentes. Com a repercussão dos fatos, em 1945 surge a Organização das Nações Unidas (ONU).

Formada por países que se reuniram voluntariamente para trabalhar pela paz e desenvolvimento mundial, a ONU tem como um de seus objetivos, o atendimento a pessoas que apresentam os seus direitos violados na sociedade.

• Em 10 de dezembro de 1948, surge a Declaração Universal dos Direitos Humanos, apresentada na Assembleia Geral das Nações Unidas. Nela, podemos verificar o direito à educação. Neste contexto, ressaltamos o importante papel da EAD, que possibilita o fácil acesso ao ensino de qualidade.

"O workshop "Direitos Humanos" foi considerado um dos melhores pelos acadêmicos. Eles refletiram sobre a música "Direitos e deveres das crianças (autor: Toquinho); conversaram sobre os princípios, finalidades e a sua intenções, de acordo com a realidade atual das crianças; promoveram uma roda de debate sobre a importância do assunto em uma sociedade em que ainda há muita injustiça e discriminação; dramatizaram situações de desrespeito aos direitos das crianças; compartilharam vivências reais do dia a dia em salas de aula e elaboraram frases reflexivas, como:

"O workshop sobre os Direitos Humanos foi muito proveitoso. Nos aprofundamos nos direitos da criança, que atualmente, estão sendo isolados".

"A criança está sendo escrava de trabalhos pesados, quando deveriam estar nas escolas aprendendo a ler, escrever e assim, se tornarem cidadãos."

"A falta de amor, carinho e proteção, principalmente dos pais, fazem com que a criança se torne agressiva e sem controle. Por isso, a atenção especial dos familiares é muito importante para o desenvolvimento dos pequenos".

Daniele, Maria Lucilania, Maria Fabiana, Vandilma e Aline, alunas do curso de pedagogia do polo de Caruaru (PE)

Todas essas abordagens sobre o tema “Direitos Humanos”, citadas acima, devem servir como base de pesquisas para a formação acadêmica e profissional de nossos futuros pedagogos.

Papel do Educador

Segundo Maria Cristina, os educadores devem descobrir o potencial de crescimento e criatividade de seus alunos, criando contextos significativos e trabalhando com temas de interesse, que desafiam as crianças a lidarem com a diversidade social.

Para a professora, o tema “direitos humanos” não deve ser apenas apresentado como uma introdução a alguns conhecimentos nas diferentes práticas educativas. “É importante que explicitemos as dimensões que pretendemos trabalhar, estabelecendo relações com as demais disciplinas do curso de pedagogia”, esclarece Maria.

“A educação em direitos humanos afirma uma nova perspectiva de construção social, política e educacional. Por isso, deve ser uma prática que proporcione prazer, alegria e emoção”, finaliza a docente.

Depoimentos

• Com a Constituição Federal de 1988, criou-se um marco jurídico para a elaboração de propostas educacionais pautadas nos Direitos Humanos, como a licença maternidade, as leis trabalhistas, entre outras.

• Em 1990, foi instituído o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que é um conjunto de normas que, entre outros objetivos, garantem a proteção integral no âmbito escolar, ao atrelar à escola a função de instruir, formar e garantir os direitos das crianças e dos adolescentes.

• No ano de 1997 é criada a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI), que implementa políticas educacionais nas áreas de alfabetização e educação de jovens e adultos, educação ambiental, educação em direitos humanos, educação especial, do campo, escolar indígena, quilombola e educação para as relações étnico-raciais.

Ficou bastante claro para todos os acadêmicos que é muito importante estarmos atentos a estas situações e que devemos conscientizar as crianças para que elas não tenham atitudes preconceituosas com os seus colegas ou com o próximo, pois todos nós temos limitações e habilidades, portanto, devemos ser solidários e compreensivos."

Ana Cláudia da Silva, assistente acadêmica do polo de Caruaru (PE)

"O workshop foi realizado com o objetivo de mobilizar os acadêmicos acerca dos direitos da criança e do adolescente. Houve interação entre os estudantes com o debate do assunto, onde constatou-se que os menores têm amparo legal das leis (Constituição e ECA), porém, muitas vezes, essas normas são desrespeitadas e os direitos violados.

Após a videoaula, os alunos conversaram sobre a importância do assunto e demonstraram conhecimento e vivência com várias realidades, firmando que é fundamental as parcerias entre escola, aluno e família para que possamos superar injustiças e discriminações. Ao final do encontro houve o momento de reflexão da temática, alertando todos os acadêmicos sobre a importância de conhecer o Estatuto da Criança e do Adolescente (leis e direitos de proteção integral a criança), já que os futuros pedagogos trabalharão com estes públicos."

Sônia Maria da Silva, assistente acadêmica do polo de Gurupi (TO)

"O 15º workshop foi realizado em um clima muito agradável, e com muita animação durante a análise da música 'Direitos e Deveres das Crianças' (Toquinho) e realização da atividade de debate sobre os princípios da Declaração dos Direitos das Crianças.

A videoaula permitiu a compreensão e fixou ainda mais o conhecimento que os acadêmicos já haviam adquirido em outros encontros. Com isso, eles puderam desenvolver a dramatização sobre importantes temas como a identidade e a liberdade na sociedade atual."

Cristiane da Silva, assistente acadêmica do polo de Magé (RJ)

"O Workshop 'Direitos Humanos' foi um dos mais aplaudidos pelos alunos, que iniciaram o encontro demonstrando bastante curiosidade em relação ao que iríamos trabalhar dentro do tema.

Durante as atividades propostas, notei que o interesse e a apreensão do conteúdo que estava sendo trabalhado foram obtidos com êxito.

Após a apresentação da videoaula, fizemos uma reflexão de o que já havíamos falado na sala e o quanto esses assuntos seriam importantes para o crescimento profissional e pessoal dos acadêmicos.

Tivemos algumas colocações, como:

“Esses encontros são muito favoráveis para a nossa formação, pois vivenciamos o cotidiano de um professor e isso nos move a buscar cada vez mais essa prática para nos aprimorarmos como profissionais e como pessoas inseridas em uma sociedade."

“Essa aula me levou a refletir sobre as coisas que sabemos, conhecemos, mas na maioria das vezes não colocamos em prática e que devemos respeitar nosso aluno em qualquer circunstância.”

"Como futuros educadores, esse tema foi de suma importância, pois nos mostrou como deve ser nossa postura diante de nossos alunos e ainda, como auxiliar para que seus direitos possam ser assegurados, já que fazemos parte de uma mesma sociedade e muitas vezes esses direitos não são preservados como deveriam”.

Os alunos demonstraram muita descontração e entusiasmo nas apresentações das tarefas propostas.

Dalva Ramos, assistente acadêmica do polo de Valparaíso de Goiás (GO)

"No início do workshop, conversamos sobre a música "Direitos e Deveres" de Toquinho e analisamos os princípios da Declaração dos Direitos da Criança.

Após a exposição da videoaula, comentamos sobre determinados assuntos tidos como proibidos em salas de aula, destacando a existência de uma sociedade injusta e discriminatória.

Promovemos a reflexão do assunto com um debate sobre o respeito às diferenças, sejam elas físicas, religiosas, políticas, entre outras. Este momento foi muito produtivo.

Ao final do encontro, destacamos a necessidade dos professores respeitarem os direitos das crianças, em prol da melhoria da educação."

Juliane da Silveira, assistente acadêmica do polo da Lapa (PR)

"A apresentação da música de Toquinho, que trata dos direitos das crianças, foi muito proveitosa e veio de encontro com o dia da consciência negra, data que também foi muito comentada.

Os acadêmicos conversaram sobre os princípios da Declaração dos Direitos da Criança e confeccionaram cartazes com frases e desenhos ilustrando o assunto.

Após este momento, promovemos um debate muito produtivo, onde todos participaram e manifestaram opiniões."

Lilia Cardoso, assistente acadêmica do polo da Lapa (PR)

Matéria: Jaqueline Damasio MoreiraArte: Ricardo Metzker