A Missão

Nunca um filme me impressionou tanto

por saber da proximidade das

cenas que eu sabia terem sido réplicas de cenas reais, como “A Missão”, através de

um elenco de primeira linha a

compô-lo.

A Missão retrata a guerra estabelecida por portugueses e espanhóis contra

jesuítas idealistas que catequizavam os

índios nos Sete Povos das Missões, na

América do Sul no

século XVIII.

De Niro faz um violento mercador de escravos indígenas,

que arrependido pelo assassinato de seu irmão, por auto-

penitência, acaba se convertendo em

missionário.

Ele ajuda o líder dos catequizadores,

Gabriel a criar um novo mundo em Sete Povos das Missões,

mas os portugueses e espanhóis têm outros planos para aquele

lugar.

Um filme empolgante, vencedor da Palma de

Ouro em Cannes e que se notabiliza

também pela trilha sonora épica de Ênio

Morricone. Destaque a Robert De Niro, Jeremy Iron e

Liam Neeson

Os missionários, enfrentam a cúpula da

igreja, fazendo seu papel de defesa dos

“indígenas”. Portugueses e

espanhóis usavam o escudo da igreja

católica para continuar a exploração.

Embora o filme já tenha sido rodado há anos, gosto de revê-lo em dvd, pois o áudio é

impecável, dando permissão que se ouça nitidamente os passos

sobre as folhas mortas no chão, os

bichos, etc.

E tudo isso acompanhado por um

belíssimo arranjo musical feito por Ênio Moricone, que dirige uma orquestra e coral

na interpretação da trilha e suas variações.

Trata-se de um filme muito forte, com

cenas que chocam pelas atrocidades, especialmente com relação a crianças

indígenas.É preciso respirar fundo para levar o filme até seu final.

Confesso que assisti ao filme rezando para

que não tenha acontecido tudo

aquilo que o filme mostra.

Após assisti-lo, passei a sentir uma considerável

alteração na minha escala de valores.

Sei que a igreja católica não pode se responsabilizar por todos aqueles que

falam em seu nome.Mas no caso do filme,

bem que sai do cinema um tanto

revoltado. Procuro hoje não misturar as

coisas.

O cenário (natural) do filme é lindíssimo e

mostra mesmo a beleza que se

apresenta como divisão de águas

(literalmente) entre os 3 países, dentre os

quais o Brasil.Claro que hoje já não

temos aquilo.

Vou ficar no comentário-opinião sobre o filme. Claro

que não entro em detalhes de algumas

cenas mais importantes. Apenas aproveito este espaço para recomendar que assistam-no. O filme é

marcante.

É um dos filmes que mais gosto de assistir. Vejo nele, política de

conquista, um cenário natural sem igual, interpretação de

excelentes artistas e músicas que encantam

aos ouvidos.

A música de fundo desta apresentação é

da trilha original (aqui por dois ótimos

tenores). No filme as músicas levam assinatura da

orquestra regida pelo grande maestro e compositor Ênio

Moricone.

Co mentário e apresentação po r Renato Cardo so

www.vivendo bauru.co m.br