lei 8112 comentada

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MÓDULO JURÍDICO PARA ANALISTA JUDICIÁRIO DE TRIBUNAIS Lei 8.112/90 Alexandre Medeiros 1 CONTÉM QUESTÕES DE CONCURSOS ATUALIZADA COM : Lei 12.527, de 18/11/11 (DOU 18/11/11). MPV 568, de 11/05/12 (DOU 14/05/12). LEI 8.112/90 Prof. Alexandre Medeiros

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  • MDULO JURDICO PARA ANALISTA JUDICIRIO DE TRIBUNAIS

    Lei 8.112/90 Alexandre Medeiros

    1

    CONTM QUESTES DE CONCURSOS

    ATUALIZADA COM:

    Lei 12.527, de 18/11/11 (DOU 18/11/11).

    MPV 568, de 11/05/12 (DOU 14/05/12).

    LEI 8.112/90 Prof. Alexandre Medeiros

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    Lei 8.112/90 Alexandre Medeiros

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    1. ESTATUTO DOS SERVIDORES PBLICOS FEDERAIS - LEI 8.112/90

    1.1 INTRODUO: O QUE MESMO REGIME JURDICO? O REGIME JURDICO DOS SERVIDORES PBLICOS

    FEDERAIS NICO?

    Regime jurdico dos servidores pblicos o conjunto de princpios

    e regras referentes a direitos, deveres e demais normas que regem a sua vida

    funcional. A lei que rene estas regras denominada de Estatuto e o regime jurdico passa a ser chamado de

    regime jurdico Estatutrio.

    Segundo o STF no h direito adquirido a regime jurdico, o que significa que as regras do

    regime ao qual est vinculado o servidor podem ser modificadas (resguardando-se, por bvio, os direitos

    adquiridos) unilateralmente pela Administrao Pblica, como ocorreu, p. ex., com a alterao promovida na

    Lei 8.112/90 pela Lei 9.527/97, retirando-se do Estatuto inmeros direitos dos servidores pblicos federais

    como a possibilidade de incorporao de anunios e os chamados quintos das gratificaes, licena prmio,

    venda de 1/3 das frias etc.

    O Regime Jurdico dos Servidores Federais nico?

    ATENO!!! MUITO IMPORTANTE!!! A VOLTA DO REGIME JURDICO NICO

    Dia 02/08/2007, aps sete anos da propositura da Ao Direta de Inconstitucionalidade n 2.135/2000, o Supremo Tribunal Federal suspendeu, em medida cautelar, atravs de oito votos a favor e trs contra,

    o caput do artigo 39 da Constituio, com a redao dada pela Emenda Constitucional 19/1998, restabelecendo o

    texto original previsto pelo Legislador Constituinte Originrio, que estabelecia regime jurdico nico para os

    servidores pblicos da Administrao Pblica direta, das Autarquias e das Fundaes Pblicas (RJU).

    de se notar que a deciso liminar, como de regra, foi concedida com efeitos meramente prospectivos, isto , ex nunc, o que traz como conseqncia que os efeitos advindos da EC 19/98 permanecero em

    vigor at a data da deciso cautelar, isto , 02/08/2007, e, a partir da publicao da deciso, no poder ser realizada

    contratao pelo regime de emprego para a Administrao Pblica direta, das Autarquias e das Fundaes Pblicas.

    Como efeito imediato, tem-se a inaplicabilidade da Lei n 9.962/2000, que disciplinou o regime de emprego pblico do pessoal da Administrao federal direta, autrquica e fundacional. Como agora s cabe um

    regime, nico, o estatutrio, no ser mais possvel a existncia de novos empregos pblicos no mbito da

    Administrao federal direta, autrquica e fundacional. Aqueles contratados sob esse regime antes da deciso do

    STF seguem em seus empregos, j que, como se disse, a deciso cautelar teve efeito ex nunc.

    Compare as duas redaes:

    Texto original da CF/88: Redao dada pela EC n 19, de 1998: Art. 39. A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os

    Municpios instituiro, no mbito de sua competncia, regime

    jurdico nico e planos de carreira para os servidores da

    administrao pblica direta, das autarquias e das fundaes

    pblicas.

    Art. 39. A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios

    instituiro conselho de poltica de administrao e remunerao de

    pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos

    Poderes.

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    QUESTES 2008 E 2009!!!

    1. (CESPE-ANALISTA JUD.-JUD.-TST-FEV-2008) O presidente da Repblica apresentou projeto de lei

    criando uma autarquia federal vinculada ao Ministrio do Meio Ambiente, tendo sido essa proposio

    legislativa aprovada por ambas as casas do Congresso Nacional. Considerando essa situao hipottica, julgue

    os itens subseqentes.

    62 compatvel com a CF determinao no sentido de que os agentes pblicos da referida autarquia sejam

    empregados pblicos regidos pelo regime trabalhista. 1

    2. (CESPE-TCNICO ADMINISTRATIVO-ANTAQ-MAIO-2009) Com relao ao regime de trabalho dos

    servidores e legislao aplicvel a eles, julgue os itens de 80 a 85.

    80 Os servidores civis das fundaes pblicas federais so regidos pelo regime jurdico nico.2

    3. (CESPE- AUDITOR INTERNO NVEL I, GRAU A-MG-FEV-2009-ADAPTADA) A respeito do que a Constituio Federal (CF) dispe acerca dos servidores pblicos:

    a) Os servidores pblicos da Unio, dos estados, do Distrito Federal (DF) e dos municpios esto sujeitos a

    regime jurdico nico que adota padres e planos de carreira prprios em cada esfera de governo.3

    4. (CESPE-AGENTE ADMINISTRATIVO-MMA-ABR-2009) Quanto s disposies acerca de servidores

    pblicos previstas na CF, julgue os seguintes itens.

    58 O fim do regime jurdico nico foi includo na CF por meio de EC.4

    5. (CESPE-TCNICO ADM.-TRE-GO-FEV-2009) 61. Tendo em vista o regime jurdico aplicvel aos

    servidores pblicos federais, assinale a opo correta.

    A) O regime estatutrio o regime jurdico aplicvel aos servidores da administrao direta, mas no aos das

    autarquias e fundaes pblicas, pois estas, como entidades que integram a administrao indireta, submetem-se

    ao regime celetista.

    1 O gabarito preliminar foi C (certo). Aps os recursos, o CESPE ANULOU o item sob o seguinte fundamento: ITEM 62

    anulado. Para responder o item, eram necessrios conhecimentos de processo legislativo, no exigidos no contedo programtico do

    edital. O comando apresenta uma situao hipottica em que se fala de um projeto legislativo presentemente aprovado pelo

    Congresso, restando silente sobre sua sano e promulgao. Se permanecesse vigente a redao dada ao caput do art. 39 pela EC

    19/98, o item seria correto e o seu julgamento independeria de conhecimentos de processo legislativo, que no fazem parte do

    programa. Porm, tendo em vista a suspenso desse texto STF, em deciso publicada em 14/8/2007, voltou a vigorar o texto anterior,

    que determina a necessidade de regime jurdico nico. 2 CESPE: ITEM 80 anulado. A utilizao do termo nico tornou a informao, contida no item, imprecisa, uma vez que,

    atualmente, no se usa mais tal denominao. 3 CESPE: QUESTO 17 anulada. H duas respostas corretas, uma vez que o STF deferiu medida cautelar suspendendo a vigncia do caput do art. 39, com redao dada pela EC 19/1998, de forma que a opo A tambm correta. 4 CESPE: ITEM 58 anulado. A redao do item d margem a mais de uma interpretao, dado que no foi dito que se tratava da

    redao em vigncia. De fato, uma emenda constitucional (EC) incluiu na CF/88 disposio acerca do fim do regime jurdico nico.

    Entretanto, por meio da ADIN 2135-4, o STF derrubou tal dispositivo, de modo que voltou a viger a redao anterior.

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    4

    B) Com a Emenda Constitucional n. 19/1998, no mais se exige, para os servidores da administrao direta,

    autrquica e fundacional, que seja observado unicamente o regime estatutrio, podendo esses servidores, alm

    do disposto nos estatutos, ter suas relaes laborais norteadas tambm pela CLT.

    C) Os rgos da administrao direta tm de observar unicamente o regime estatutrio, no qual constam todos

    os requisitos necessrios para investidura, remunerao, promoo, aplicao de sanes disciplinares, entre

    outros.

    D) A Lei n. 8.112/1990 aplicvel tanto aos servidores da administrao direta quanto aos empregados das

    empresas pblicas. Esto sujeitos ao regime geral das empresas privadas apenas os servidores das sociedades de

    economia mista, que tm a natureza de pessoa jurdica de direito privado.5

    6. (FCC-PROMOTOR-CE-JAN-2009) 19. Consoante a disciplina constitucional e jurisprudencial relativa aos

    servidores pblicos,

    (A) os servidores pblicos, organizados ou no em carreira, podero ser remunerados por subsdio.

    (B) os conflitos advindos das contrataes temporrias fundadas no art. 37, inciso IX, da Constituio so da

    competncia da Justia Trabalhista.

    (C) a falta de defesa tcnica por advogado no processo administrativo disciplinar ofende a Constituio.

    (D) viola a Constituio Federal a nomeao de cnjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por

    afinidade, at o quarto grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurdica

    investido em cargo de direo, chefia ou assessoramento, para o exerccio de cargo em comisso ou de

    confiana ou, ainda, de funo gratificada na administrao pblica direta e indireta em qualquer dos poderes da

    Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, compreendido o ajuste mediante designaes

    recprocas.

    (E) a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios instituiro, no mbito de sua competncia, regime

    jurdico nico e planos de carreira para os servidores da administrao pblica direta, das autarquias e das

    fundaes pblicas.

    7. (UNIVERSA-AGENTE DE POLCIA-DF-MAR-2009) 52 Quanto ao disciplinamento dos agentes

    pblicos, assinale a alternativa incorreta.

    (A) No s as carreiras explicitadas na Constituio Federal podem ser remuneradas via subsdio.

    (B) Aos servidores que tiverem seu primeiro vnculo estatutrio ao serem empossados nos seus cargos em

    decorrncia de aprovao no concurso que ora se realiza, no mais se aplica a possibilidade de se aposentarem

    voluntariamente com proventos integrais.

    (C) No bojo de medidas que visam implementar a Administrao Pblica gerencial, vige, por introduzido pela

    Emenda Constitucional n. 19, de 1998, a possibilidade de contratao de pessoal efetivo em entes de direito

    pblico via Consolidao das Leis do Trabalho. Na prtica, o fim do regime jurdico nico, o RJU.

    (D) No se pode afirmar que todos os cargos pblicos so ocupados exclusivamente aps concurso pblico.

    (E) Posto serem de direito pblico a natureza dos princpios aplicveis, os servidores pblicos no tm direito

    adquirido manuteno de direito previsto em estatuto.

    5 CESPE: QUESTO 61 alterada de B para C. A opo B est errada, pois o STF deferiu medida cautelar para o fim de suspender

    a vigncia do art. 39, caput, da Constituio, com redao dada pela EC 19/98, por considerar a existncia de aparentes indcios de

    inconstitucionalidade formal, tendo em vista erro de procedimento na tramitao daquela emenda. Isso rendeu ensejo ao retorno da

    redao anterior do dispositivo constitucional, pela qual havia sido institudo o regime jurdico nico. A opo C est certa na

    medida em que os rgos da Administrao direta tm de observar unicamente o regime estatutrio, exceo feita apenas s

    empresas pblicas e s sociedades de economia mista, que, nos termos do artigo 173, 1, da CF, sujeitam-se ao regime geral das

    empresas privadas o regime celetista. Observe-se que o enunciado da questo remete Administrao direta federal, na qual os servidores integralmente submetidos ao regime estatutrio da Lei n. 8.112/90.

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    8. (CESPE-AUDITOR FEDERAL DE C. EXTERNO-AUDITORIA DE OBRAS PBLICAS-TCU-JUL-

    2009) Acerca da administrao pblica, julgue os itens que se seguem.

    73 Atualmente, em razo de deciso do Supremo Tribunal Federal, a Unio, os estados, o Distrito Federal (DF)

    e os municpios devem instituir, no mbito de suas competncias, regime jurdico nico e planos de carreira

    para os servidores da administrao pblica direta, das autarquias e das fundaes pblicas.

    Vejamos a seguir o sumrio da Lei 8.112/90 e aps as disposies pertinentes para o concurso.

    1.2 SUMRIO DA LEI 8.112/90

    LEI 8.112/90

    TTULO I (arts. 1 a 4)

    CAPTULO NICO - DAS DISPOSIES PRELIMINARES (arts. 1 a 4)

    TTULO II - DO PROVIMENTO, VACNCIA, REMOO, REDISTRIBUIO E SUBSTITUIO (arts. 5 a 39)

    CAPTULO I - DO PROVIMENTO (arts. 5 a 32)

    Seo I - Disposies Gerais (arts. 5 a 8)

    Seo II - Da Nomeao (arts. 9 a 10)

    Seo III - Do Concurso Pblico (arts. 11 a 12)

    Seo IV - Da Posse e do Exerccio (arts. 13 a 20)

    Seo V - Da Estabilidade (arts. 21 a 22)

    Seo VI - Da Transferncia (art. 23)

    Seo VII - Da Readaptao (art. 24)

    Seo VIII - Da Reverso (arts. 25 a 27)

    Seo IX - Da Reintegrao (art. 28)

    Seo X - Da Reconduo (art. 29)

    Seo XI - Da Disponibilidade e do Aproveitamento (arts. 30 a 32)

    CAPTULO II - DA VACNCIA (arts. 33 a 35)

    CAPTULO III - DA REMOO E DA REDISTRIBUIO (arts. 36 a 37)

    Seo I - Da Remoo (art. 36)

    Seo II - Da Redistribuio (art. 37)

    CAPTULO IV - DA SUBSTITUIO (arts. 38 a 39)

    TTULO III - DOS DIREITOS E VANTAGENS (arts. 40 a 115)

    CAPTULO I - DO VENCIMENTO E DA REMUNERAO (arts. 40 a 48)

    CAPTULO II - DAS VANTAGENS (arts. 49 a 76-A)

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    Seo I - Das Indenizaes (arts. 51 a 60)

    Subseo I - Da Ajuda de Custo (arts. 53 a 57)

    Subseo II - Das Dirias (arts. 58 a 59)

    Subseo III - Da Indenizao de Transporte (art. 60)

    Subseo IV - Do Auxlio-moradia (arts. 60-A a 60-E)

    Seo II - Das Gratificaes e Adicionais (arts. 61 a 76-A )

    Subseo I - Da Retribuio pelo Exerccio de Funo de Direo, Chefia e Assessoramento (arts. 62 a 62-A)

    Subseo II - Da Gratificao Natalina (arts. 63 a 66)

    Subseo III - Do Adicional por Tempo de Servio (art. 67)

    Subseo IV - Dos Adicionais de Insalubridade, Periculosidade ou Atividades Penosas (arts. 68 a 72)

    Subseo V - Do Adicional por Servio Extraordinrio (arts. 73 a 74)

    Subseo VI - Do Adicional Noturno (art. 75)

    Subseo VII - Do Adicional de Frias (art. 76)

    Subseo VIII - Da Gratificao por Encargo de Curso ou Concurso (arts. 76-A)

    CAPTULO III - DAS FRIAS (arts. 77 a 80)

    CAPTULO IV - DAS LICENAS (arts. 81 a 92)

    Seo I - Disposies Gerais (arts. 81 a 82)

    Seo II - Da Licena por Motivo de Doena em Pessoa da Famlia (art. 83)

    Seo III - Da Licena por Motivo de Afastamento do Cnjuge (art. 84)

    Seo IV - Da Licena para o Servio Militar (art. 85)

    Seo V - Da Licena para Atividade Poltica (art. 86)

    Seo VI - Da Licena para Capacitao (arts. 87 a 90)

    Seo VII - Da Licena para Tratar de Interesses Particulares (art. 91)

    Seo VIII - Da Licena para o Desempenho de Mandato Classista (art. 92)

    CAPTULO V - DOS AFASTAMENTOS (arts. 93 a 96)

    Seo I - Do Afastamento para Servir a Outro rgo ou Entidade (art. 93)

    Seo II - Do Afastamento para Exerccio de Mandato Eletivo (art. 94)

    Seo III - Do Afastamento para Estudo ou Misso no Exterior (arts. 95 a 96)

    Seo IV - Do Afastamento para Participao em Programa de Ps-Graduao Stricto Sensu no Pas (art. 96-A)

    (LEI 11.907, de 02/02/2009)

    CAPTULO VI - DAS CONCESSES (arts. 97 a 99)

    CAPTULO VII - DO TEMPO DE SERVIO (arts. 100 a 103)

    CAPTULO VIII - DO DIREITO DE PETIO (arts. 104 a 115)

    TTULO IV - DO REGIME DISCIPLINAR (arts. 116 a 142)

    CAPTULO I - DOS DEVERES (art. 116)

    CAPTULO II - DAS PROIBIES (art. 117)

    CAPTULO III - DA ACUMULAO (arts. 118 a 120)

    CAPTULO IV - DAS RESPONSABILIDADES (arts. 121 a 126)

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    CAPTULO V - DAS PENALIDADES (arts. 127 a 142)

    TTULO V - DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR (arts. 143 a 182)

    CAPTULO I - DISPOSIES GERAIS (arts. 143 a 146)

    CAPTULO II - DO AFASTAMENTO PREVENTIVO (art. 147)

    CAPTULO III - DO PROCESSO DISCIPLINAR (arts. 148 a 182)

    Seo I - Do Inqurito (arts. 153 a 166)

    Seo II - Do Julgamento (arts. 167 a 173)

    Seo III - Da Reviso do Processo (arts. 174 a 182)

    TTULO VI - DA SEGURIDADE SOCIAL DO SERVIDOR (arts. 183 a 231)

    CAPTULO I - DISPOSIES GERAIS (arts. 183 a 185)

    CAPTULO II - DOS BENEFCIOS (arts. 186 a 229)

    Seo I - Da Aposentadoria (arts. 186 a 195)

    Seo II - Do Auxlio-Natalidade (art. 196)

    Seo III - Do Salrio-Famlia (arts. 197 a 201)

    Seo IV - Da Licena para Tratamento de Sade (arts. 202 a 206-A) (LEI 11.907, de 02/02/2009)

    Seo V - Da Licena Gestante, Adotante e da Licena-Paternidade (arts. 207 a 210)

    Seo VI - Da Licena por Acidente em Servio (arts. 211 a 214)

    Seo VII - Da Penso (arts. 215 a 225)

    Seo VIII - Do Auxlio-Funeral (arts. 226 a 228)

    Seo IX - Do Auxlio-Recluso (art. 229)

    CAPTULO III - DA ASSISTNCIA SADE (art. 230)

    CAPTULO IV - DO CUSTEIO (art. 231)

    TTULO VII

    CAPTULO NICO - DA CONTRATAO TEMPORRIA DE EXCEPCIONAL INTERESSE PBLICO (arts. 232 a 235)

    TTULO VIII (arts. 236 a 242)

    CAPTULO NICO - DAS DISPOSIES GERAIS (arts. 236 a 242)

    TTULO IX (arts. 243 a 253 )

    CAPTULO NICO - DAS DISPOSIES TRANSITRIAS E FINAIS (arts. 242 a 253)

    Segue abaixo o texto da Lei 8.112/90 pertinente.

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    1.3 DAS DISPOSIES PRELIMINARES (ARTS. 1. AO 4.)

    Ttulo I

    Captulo nico

    Das Disposies Preliminares

    Art. 1o Esta Lei institui o Regime Jurdico dos Servidores Pblicos Civis da Unio, das autarquias,

    inclusive as em regime especial, e das fundaes pblicas federais.

    Art. 2o Para os efeitos desta Lei, servidor a pessoa legalmente investida em cargo pblico.

    Art. 3o Cargo pblico o conjunto de atribuies e responsabilidades previstas na estrutura

    organizacional que devem ser cometidas a um servidor.

    Pargrafo nico. Os cargos pblicos, acessveis a todos os brasileiros, so criados por lei, com

    denominao prpria e vencimento pago pelos cofres pblicos, para provimento em carter efetivo ou em

    comisso.

    Art. 4o proibida a prestao de servios gratuitos, salvo os casos previstos em lei.

    1.4 DO PROVIMENTO

    Ttulo II

    Do Provimento, Vacncia, Remoo, Redistribuio e Substituio

    Captulo I

    Do Provimento

    Seo I

    Disposies Gerais

    Art. 5o So requisitos bsicos para investidura em cargo pblico:

    I - a nacionalidade brasileira;

    II - o gozo dos direitos polticos;

    III - a quitao com as obrigaes militares e eleitorais;

    IV - o nvel de escolaridade exigido para o exerccio do cargo;

    V - a idade mnima de dezoito anos;

    VI - aptido fsica e mental.

    1o As atribuies do cargo podem justificar a exigncia de outros requisitos estabelecidos em lei.

    ATENO!!!

    Sobre o momento da exigncia dos requisitos para a investidura no cargo, vale registrar o teor da Smula 266

    do STJ:

    O diploma ou habilitao legal para o exerccio do cargo deve ser exigido na posse e no na inscrio para o concurso pblico.

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    SMULAS E ENTENDIMENTOS DO STF:

    14 (de 1964) No admissvel, por ato administrativo, restringir, em razo da idade, inscrio em concurso para cargo pblico.

    683 (de 2003) O limite de idade para inscrio em concurso pblico s se legitima em face do art. 7., XXX, da Constituio, quando possa ser justificado pela natureza das atribuies do cargo a ser

    preenchido.

    686 (de 2003) S por lei se pode sujeitar a exame psicotcnico a habilitao de candidato a cargo pblico.

    O Supremo Tribunal Federal fixou jurisprudncia no sentido de que o exame psicotcnico pode ser estabelecido para concurso pblico desde que por lei, tendo por base critrios objetivos de reconhecido

    carter cientfico, devendo existir, inclusive, a possibilidade de reexame. Precedentes. (STF, RE-AgR 473719 / DF, 2 T, Rel. Min. Eros Grau, j. 17/06/2008, DJ 01/08/2008)

    STJ EXAME PSICOTCNICO Ainda em relao exigncia do exame psicotcnico, o STJ fixou, no AgRg no Ag 1291819/DF,

    julgado em 08/06/2010, os trs pressupostos necessrios para sua legalidade:

    1. PREVISO LEGAL;

    2. CIENTIFICIDADE; e

    3. OBJETIVIDADE DOS CRITRIOS ADOTADOS.

    Veja abaixo a ementa da deciso:

    ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL CONCURSO PBLICO EXAME PSICOTCNICO AUSNCIA DE OBJETIVIDADE ANULAO NECESSIDADE DE NOVO EXAME. 1. A legalidade do exame psicotcnico em provas de concurso pblico est condicionada observncia de trs

    pressupostos necessrios: previso legal, cientificidade e objetividade dos critrios adotados, e possibilidade

    de reviso do resultado obtido pelo candidato. 2. Declarada a nulidade do teste psicotcnico, em razo da falta

    de objetividade, deve o candidato submeter-se a novo exame. Agravo regimental parcialmente provido. (AgRg no Ag 1291819/DF, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 08/06/2010,

    DJe 21/06/2010) (destacamos)

    ESAF 2007 !!!

    (ESAF-PROCURADOR DO MINISTRIO PBLICO NO TCE/GO-NOV-2007) 30- No que tange a

    exigncias estabelecidas para o provimento originrio e efetivo exerccio de cargo pblico, assinale a opo que

    constitui entendimento hoje sedimentado no Supremo Tribunal Federal.

    a) aceitvel, excepcionalmente, o estabelecimento de idade mnima do pretendente ao cargo pblico, mas

    apenas como exigncia para a nomeao no referido cargo.

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    Lei 8.112/90 Alexandre Medeiros

    10

    b) O limite de idade para a inscrio em concurso pblico legtimo, quando tal limite possa ser justifi cado

    pela natureza das atribuies do cargo a ser preenchido.

    c) aceitvel, em determinada hiptese, o estabelecimento de idade mnima do pretendente ao cargo pblico,

    mas apenas como exigncia para a posse no referido cargo.

    d) aceitvel, em determinada hiptese, o estabelecimento de idade mnima do pretendente ao cargo pblico,

    mas apenas como exigncia para a efetiva entrada em exerccio no referido cargo.

    e) inaceitvel a exigncia de idade mnima do pretendente a cargo pblico, que seja provido por concurso

    pblico, se esse comprovadamente detm capacidade plena para o exerccio de direitos, e assuno de

    obrigaes, nas esferas civil e penal.

    CESPE 2008!!!

    (CESPE-OAB-SP-SET-2008) Assinale a opo correta com relao aos princpios que regem a administrao

    pblica.

    A) No ofende o princpio da moralidade administrativa a nomeao de servidora pblica do Poder Executivo

    para cargo em comisso em tribunal de justia no qual o vice-presidente seja parente da nomeada.

    B) A administrao pblica pode, sob a invocao do princpio da isonomia, estender benefcio ilegalmente

    concedido a um grupo de servidores a outro grupo que esteja em situao idntica.

    C) Ato administrativo no pode restringir, em razo da idade do candidato, inscrio em concurso para cargo

    pblico.

    D) O Poder Judicirio pode dispensar a realizao de exame psicotcnico em concurso para investidura em

    cargo pblico, por ofensa ao princpio da razoabilidade, ainda quando tal exigncia esteja prevista em lei.

    2o s pessoas portadoras de deficincia assegurado o direito de se inscrever em concurso pblico

    para provimento de cargo cujas atribuies sejam compatveis com a deficincia de que so portadoras; para

    tais pessoas sero reservadas at 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso.

    SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA - SMULA 377 (DJ 05/05/2009)

    STJ/377: O portador de viso monocular tem direito de concorrer, em concurso pblico, s vagas reservadas aos deficientes (editada pelo STJ em 27/04/09)

    STJ - 16/05/2011 Servidor concursado com viso monocular ser indenizado por demora na posse

    Um servidor pblico de Pernambuco ser indenizado em danos materiais porque foi nomeado com atraso depois de passar em concurso. Ele havia sido impedido de tomar posse aps a percia mdica do certame entender que a viso

    monocular do candidato no era suficiente para sua classificao nas vagas destinadas aos portadores de deficincia

    fsica. Por fora de uma deciso do Superior Tribunal de Justia (STJ), em 2008, o servidor pblico finalmente

    assumiu o cargo de tcnico judicirio em rgo do estado.

    (...)

    Com a deciso, os ministros reconheceram o direito do servidor pblico a receber o pagamento das verbas

    remuneratrias que deveriam ter sido conferidas a ele caso tivesse tomado posse na data correta. O valor da

    compensao por danos materiais havia sido estabelecido na sentena de primeira instncia e confirmado no acrdo

    do TJPE.

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    11

    Benedito Gonalves destacou que no se trata de determinar o pagamento de remunerao retroativa quele que no trabalhou, mas de fixao de um montante que reflita o dano patrimonial que o autor da ao experimentou por no

    ter tomado posse na poca certa.

    O ministro lembrou que a jurisprudncia tem entendido que o valor a ttulo de indenizao por danos materiais, em

    casos assim, deve considerar os vencimentos e vantagens que o servidor pblico deixou de receber no perodo em

    que lhe era legtima a nomeao. REsp 1213075; RMS 26105)

    STJ 2011 SURDEZ UNILATERAL VAGA DE DEFICIENTE

    1. Nos termos dos arts. 3., inciso I, e 4. do Decreto n. 3.298/99, que regulamentou a Lei n. 7.893/89, e do art. 5. da Lei n. 8.112/90, assegurada, no certame pblico, a reserva de vagas destinadas aos portadores de

    deficincia auditiva unilateral. (AgRg no REsp 1150154/DF, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 21/06/2011, DJe

    28/06/2011)

    3o As universidades e instituies de pesquisa cientfica e tecnolgica federais podero prover seus

    cargos com professores, tcnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta

    Lei. (Includo pela Lei n 9.515, de 20.11.97)

    Art. 6o O provimento dos cargos pblicos far-se- mediante ato da autoridade competente de cada Poder.

    Art. 7o A investidura em cargo pblico ocorrer com a posse.

    Art. 8o So formas de provimento de cargo pblico:

    I - nomeao;

    II - promoo;

    Lembre-se que, de acordo com o art. 37, 2., da CF, A Unio, os Estados e o Distrito Federal mantero escolas de governo para a formao e o aperfeioamento dos servidores pblicos, constituindo-se a

    participao nos cursos um dos requisitos para a promoo na carreira, facultada, para isso, a celebrao de

    convnios ou contratos entre os entes federados.

    III - (Revogado pela Lei n 9.527, de 10.12.97)

    IV - (Revogado pela Lei n 9.527, de 10.12.97)

    V - readaptao;

    VI - reverso;

    VII - aproveitamento;

    VIII - reintegrao;

    IX - reconduo.

    ATENO

    As antigas formas de provimento ascenso e transferncia, previstas respectivamente no inc. III e IV, art. 8., da Lei 8.112/90, foram revogadas e, antes mesmo, consideradas inconstitucionais pelo Supremo

    Tribunal Federal.

    A nomeao (ato administrativo pelo qual se atribui um cargo a algum-Odete Medauar) a nica forma de provimento originrio, enquanto todas as demais so derivadas:

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    12

    NOMEAO provimento originrio PROMOO

    READAPTAO

    REVERSO provimentos derivados

    APROVEITAMENTO

    REINTEGRAO

    RECONDUO.

    ATENO!!!

    A REMOO E A REDISTRIBUIO NO SO FORMAS NEM DE PROVIMENTO NEM DE

    VACNCIA.

    QUESTES ESAF 2008 E 2009!!!

    1. (ESAF - ANALISTA DE FINANAS E CONTROLE-CGU-MAR-2008) 23- So formas de provimento

    de cargo pblico, exceto:

    a) aproveitamento.

    b) transferncia.

    c) reconduo.

    d) promoo.

    e) reverso.

    2. (ESAF-ANALISTA-ANA-MAR-2009) 31- De acordo com a Lei n. 8.112/1990, so formas de provimento

    de cargo pblico, exceto:

    a) Nomeao.

    b) Promoo.

    c) Readaptao.

    d) Reconduo.

    e) Remoo.

    Seo II

    Da Nomeao

    Art. 9o A nomeao far-se-:

    I - em carter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou de carreira;

    II - em comisso, inclusive na condio de interino, para cargos de confiana vagos. (Redao dada pela

    Lei n 9.527, de 10.12.97)

    Pargrafo nico. O servidor ocupante de cargo em comisso ou de natureza especial poder ser nomeado

    para ter exerccio, interinamente, em outro cargo de confiana, sem prejuzo das atribuies do que atualmente

    ocupa, hiptese em que dever optar pela remunerao de um deles durante o perodo da interinidade. (Redao

    dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97)

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    CESPE 2011 (CESPE-TC-TRE-ES-JAN-2011)113 Ainda que interinamente, vedado ao servidor pblico exercer mais

    de um cargo em comisso.

    Art. 10. A nomeao para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo depende de prvia

    habilitao em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos, obedecidos a ordem de classificao e o

    prazo de sua validade.

    Pargrafo nico. Os demais requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do servidor na carreira,

    mediante promoo, sero estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes do sistema de carreira na Administrao

    Pblica Federal e seus regulamentos. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97)

    DIREITO NOMEAO: STF E STJ

    DENTRO DO PRAZO DE VALIDADE DO CONCURSO, O CANDIDATO APROVADO TEM O DIREITO NOMEAO, QUANDO O CARGO FOR PREENCHIDO SEM OBSERVNCIA DA CLASSIFICAO. (Smula 15 do STF, de 1964)

    ADMINISTRATIVO. CONCURSO PBLICO. CANDIDATOS APROVADOS DENTRO DO NMERO DE VAGAS ORIGINARIAMENTE PREVISTAS. DIREITO SUBJETIVO NOMEAO. 1. Esta Corte firmou

    compreenso de que, se aprovado dentro do nmero de vagas previstas no edital, o candidato deixa de ter mera

    expectativa de direito para adquirir direito subjetivo nomeao para o cargo a que concorreu e foi habilitado. 2.

    Recurso provido. (STJ, RMS 15.420/PR, Rel. Ministro PAULO GALLOTTI, 6 T, j. 17.04.2008, DJ 19.05.2008, p. 1)

    CONCURSO PBLICO. NOMEAO. ATO VINCULADO. Servidor pblico. Concurso para o cargo de oficial de justia do Estado de So Paulo. Candidato aprovado dentro do nmero de vagas previstas em edital. Direito

    lquido e certo nomeao. 1. O concurso representa uma promessa do Estado, mas promessa que o obriga o Estado se obriga ao aproveitamento de acordo com o nmero de vagas. 2. O candidato aprovado em concurso

    pblico, dentro do nmero de vagas previstas em edital, como na hiptese, possui no simples expectativa, e sim

    direito mesmo e completo, a saber, direito nomeao. 3. Precedentes: RMS-15.034, RMS-15.420, RMS-15.945 e

    RMS-20.718. (RMS 19478/SP, Rel. Ministro NILSON NAVES, 6 T, j. 06.05.2008, DJ 25.08.2008)

    RECURSO ORDINRIO EM MANDADO DE SEGURANA. ADMINISTRATIVO. CONCURSO PBLICO. CANDIDATO. NOMEAO. NMERO CERTO DE VAGAS. PREVISO. EDITAL. NECESSIDADE DE

    PREENCHIMENTO. DIREITO LQUIDO E CERTO. CARACTERIZAO. RECURSO PROVIDO.

    1. Em conformidade com a jurisprudncia que vem se firmando na 3 Seo do STJ, o candidato aprovado em

    concurso pblico, dentro do nmero de vagas previstas em edital, possui direito lquido e certo nomeao, e, no

    mera expectativa de direito.

    2. Consoante precedentes da 5 e 6 Turmas do STJ, a partir da veiculao, pelo instrumento convocatrio, da

    necessidade de a Administrao prover determinado nmero de vagas, a nomeao e posse, que seriam, a princpio,

    atos discricionrios, de acordo com a necessidade do servio pblico, tornam-se vinculados, gerando, em

    contrapartida, direito subjetivo para o candidato aprovado dentro do nmero de vagas previstas em edital.

    4. Recurso ordinrio conhecido e provido, para conceder a ordem apenas para determinar ao Estado de Minas Gerais

    que preencha o nmero de vagas previstas no Edital. (STJ, RMS 22597/MG, Rel. Ministra JANE SILVA -DESEMBARGADORA CONVOCADA DO TJ/MG -, 6

    T, j. 12.06.2008, DJe 25.08.2008)

    Notcia veiculada no site do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL em 16/09/2008:

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    1 Turma: concurso pblico gera direito de nomeao para aprovados dentro do nmero de vagas A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal negou pedido do Ministrio Pblico Federal (MPF) contra dois

    candidatos no concurso para o cargo de oficial de justia avaliador do estado do Rio de Janeiro que pretendiam

    garantir sua nomeao. Eles foram aprovados dentro do nmero de vagas.

    A discusso, na retomada do julgamento do Recurso Extraordinrio (RE) 227480, girou em torno de se saber se,

    aberto um concurso pblico pelo Estado, passa a existir direito adquirido nomeao ou mera expectativa de

    direito, por parte dos candidatos aprovados dentro do nmero de vagas. No incio do julgamento, em junho, j

    haviam votado contra os dois candidatos os ministros Carlos Alberto Menezes Direito (relator) e Ricardo

    Lewandowski. Eles deram provimento ao recurso do MPF, afirmando que podem existir casos em que no haja

    condio de nomeao dos aprovados, seja por outras formas de provimento determinadas por atos normativos,

    seja mesmo por falta de condio oramentria.

    A ministra Crmen Lcia Antunes Rocha, contudo divergiu da posio do relator, sendo acompanhada pelo

    ministro Marco Aurlio. Na ocasio, o ministro lembrou de precedente da Corte em que a ordem foi concedida,

    com o entendimento de que se o Estado anuncia no edital que o concurso para preenchimento de um nmero

    determinado de vagas, uma vez aprovados os candidatos, o Estado passa a ter obrigao de preencher essas

    vagas.

    Ao desempatar o julgamento, o ministro Carlos Ayres Britto disse que acredita haver direito nomeao, mas

    que o Estado pode deixar de chamar os aprovados, desde que justifique essa atitude. No caso concreto, o

    ministro negou provimento ao recurso.

    Assim, Ayres Britto seguiu os votos dos ministros Marco Aurlio e Crmen Lcia, no sentido de que quando o

    estado anuncia a existncia de vagas, cria no concursando aprovado direito nomeao. Para Ayres Britto,

    no entanto, o Estado pode vir a deixar de nomear eventuais aprovados, desde que deixe claro, de forma

    razovel, o porqu de no fazer a contratao.

    10 DE AGOSTO DE 2011

    APROVADO EM CONCURSO DENTRO DAS VAGAS TEM DIREITO NOMEAO

    O Supremo Tribunal Federal (STF) negou provimento a um Recurso Extraordinrio (RE) 598099 em que o Estado do Mato Grosso do

    Sul questiona a obrigao da administrao pblica em nomear candidatos aprovados dentro no nmero de vagas oferecidas no edital

    do concurso pblico. A deciso ocorreu por unanimidade dos votos.

    O tema teve repercusso geral reconhecida tendo em vista que a relevncia jurdica e econmica da matria est relacionada ao

    aumento da despesa pblica. No RE se discute se o candidato aprovado em concurso pblico possui direito subjetivo nomeao ou

    apenas expectativa de direito.

    O estado sustentava violao aos artigos 5, inciso LXIX, e 37, caput e inciso IV, da Constituio Federal, por entender que no h

    qualquer direito lquido e certo nomeao dos aprovados, devido a uma equivocada interpretao sistemtica constitucional. Alegava

    que tais normas tm o objetivo de preservar a autonomia da administrao pblica, conferindolhe margem de discricionariedade para aferir a real necessidade de nomeao de candidatos aprovados em concurso pblico.

    Boa-f da administrao

    O relator, ministro Gilmar Mendes, considerou que a administrao pblica est vinculada ao nmero de vagas previstas no edital.

    Entendo que o dever de boa-f da administrao pblica exige o respeito incondicional s regras do edital, inclusive quanto previso das vagas no concurso pblico, disse o ministro, ao ressaltar que tal fato decorre do necessrio e incondicional respeito segurana jurdica. O STF, conforme o relator, tem afirmado em vrios casos que o tema da segurana jurdica pedra angular do Estado de Direito, sob a forma da proteo confiana.

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    O ministro relator afirmou que, quando a administrao torna pblico um edital de concurso convocando todos os cidados a

    participarem da seleo para o preenchimento de determinadas vagas no servio pblico, ela, impreterivelmente, gera uma expectativa quanto ao seu comportamento segundo as regras previstas nesse edital. Aqueles cidados que decidem se inscrever e participar do certame pblico depositam sua confiana no Estado-administrador, que deve atuar de forma responsvel quanto s

    normas do edital e observar o princpio da segurana jurdica como guia de comportamento, avaliou.

    Dessa forma, segundo Mendes, o comportamento da administrao no decorrer do concurso pblico deve ser pautar pela boa-f,

    tanto no sentido objetivo quanto no aspecto subjetivo de respeito confiana nela depositada por todos os cidados.

    Direito do aprovado x dever do poder pblico

    De acordo com relator, a administrao poder escolher, dentro do prazo de validade do concurso, o momento no qual se realizar a

    nomeao, mas no poder dispor sobre a prpria nomeao, a qual, de acordo com o edital, passa a constituir um direito do concursando aprovado e, dessa forma, um dever imposto ao poder pblico.

    Condies ao direito de nomeao

    O ministro Gilmar Mendes salientou que o direito nomeao surge quando se realizam as condies fticas e jurdicas. So elas:

    previso em edital de nmero especfico de vagas a serem preenchidas pelos candidatos aprovados no concurso; realizao do certame

    conforme as regras do edital; homologao do concurso; e proclamao dos aprovados dentro do nmero de vagas previstos no edital

    em ordem de classificao por ato inequvoco e pblico da autoridade administrativa competente.

    Conforme Mendes, a acessibilidade aos cargos pblicos constitui um direito fundamental e expressivo da cidadania. Ele destacou tambm que a existncia de um direito nomeao limita a discricionariedade do poder pblico quanto realizao e gesto dos

    concursos pblicos. Respeitada a ordem de classificao, a discricionariedade da administrao se resume ao momento da nomeao nos limites do prazo de validade do concurso, disse.

    Situaes excepcionais

    No entanto, o ministro Gilmar Mendes entendeu que devem ser levadas em conta "situaes excepcionalssimas" que justifiquem

    solues diferenciadas devidamente motivadas de acordo com o interesse pblico. No se pode ignorar que determinadas situaes excepcionais podem exigir a recusa da administrao de nomear novos servidores, salientou o relator.

    Segundo ele, tais situaes devem apresentar as seguintes caractersticas: Supervenincia - eventuais fatos ensejadores de uma

    situao excepcional devem ser necessariamente posteriores publicao de edital do certame pblico; Imprevisibilidade - a situao

    deve ser determinada por circunstncias extraordinrias poca da publicao do edital; Gravidade os acontecimentos extraordinrios e imprevisveis devem ser extremamente graves, implicando onerosidade excessiva, dificuldade ou mesmo

    impossibilidade de cumprimento efetivo das regras do edital; Crises econmicas de grandes propores; Guerras; Fenmenos naturais

    que causem calamidade pblica ou comoo interna; Necessidade a administrao somente pode adotar tal medida quando no existirem outros meios menos gravosos para lidar com a situao excepcional e imprevisvel.

    O relator avaliou a importncia de que essa recusa de nomear candidato aprovado dentro do nmero de vagas seja devidamente

    motivada e, dessa forma, seja passvel de controle por parte do Poder Judicirio. Mendes tambm salientou que as vagas previstas em edital j pressupem a existncia de cargos e a previso de lei oramentria, razo pela qual a simples alegao de indisponibilidade financeira desacompanhada de elementos concretos tampouco retira a obrigao da administrao de nomear os

    candidatos.

    Ministros

    Segundo o ministro Celso de Mello, o julgamento de hoje a expresso deste itinerrio jurisprudencial, que refora, densifica e confere relevo necessrio ao postulado constitucional do concurso pblico. Por sua vez, a ministra Carmen Lcia Antunes Rocha afirmou no acreditar numa democracia que no viva do princpio da confiana do cidado na administrao.

    Para o ministro Marco Aurlio, o Estado no pode brincar com cidado. O concurso pblico no o responsvel pelas mazelas do Brasil, ao contrrio, busca-se com o concurso pblico a lisura, o afastamento do apadrinhamento, do benefcio, considerado o

    engajamento deste ou daquele cidado e o enfoque igualitrio, dando-se as mesmas condies queles que se disponham a disputar um

    cargo. Feito o concurso, a administrao pblica no pode cruzar os braos e tripudiar o cidado, completou.

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    QUESTES CESPE 2007 E 2008 !!!!!6

    1. (JUIZ-TO-CESPE-JUN-2007) Maria, Snia, Joo e Paulo foram aprovados em concurso pblico para

    provimento de 7 vagas de analista judicirio no tribunal de justia de determinado estado da Federao, cujo

    edital, com base em lei estadual, previa que 20% das vagas seriam destinadas aos deficientes fsicos. Maria foi

    classificada em 6. lugar e Snia, em 1. lugar, entre os aprovados s vagas destinadas aos no-deficientes. Joo

    e Paulo classificaram-se em 1. e 2. lugar, respectivamente, entre as vagas destinadas aos deficientes. A

    respeito da situao hipottica apresentada, assinale a opo correta com base no tratamento constitucional

    destinado aos servidores pblicos.

    A) Conforme entendimento do STF, Maria no ter direito sua nomeao, j que devem ser duas as vagas

    destinadas aos deficientes fsicos e somente cinco destinadas aos no-deficientes.

    B) A deficincia fsica de Joo e Paulo pode ser comprovada com atestado mdico particular, o qual no poder

    ser impugnado aps a posse.

    C) Conforme entendimento do STJ, Joo deve ser nomeado somente depois de nomeados os candidatos

    aprovados para as vagas destinadas aos no-deficientes.

    D) Conforme entendimento do STJ, sendo o ato de nomeao um ato discricionrio, Snia no teria direito

    subjetivo nomeao, mas mera expectativa de direito, caso a administrao resolvesse no contratar nenhum

    dos candidatos aprovados.

    2. (CESPE - AGENTE DE APOIO FUNO: AGENTE ADMINISTRATIVO - MPE-AM - JAN/2008) A respeito dos servidores pblicos, julgue os seguintes itens.

    44 O candidato aprovado em concurso pblico dentro do nmero de vagas previsto no edital possui o direito

    subjetivo nomeao, segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal.

    3. (CESPE-ADVOGADO-SECRETARIA DA GESTO ADM.-ACRE-FEV-2008) Considere que a

    Secretaria de Estado da Gesto Administrativa (SGA) do Acre tenha publicado edital tornando pblica a

    realizao de um concurso pblico voltado ao provimento de 25 cargos efetivos de administrador na

    administrao estadual, determinando que a validade do concurso fosse de dois anos, prorrogvel por igual

    perodo. Considere, ainda, que o concurso tenha sido realizado e tenham sido aprovados 50 candidatos.

    Acerca dessa situao, julgue os itens a seguir.

    67 Os 25 primeiros classificados no concurso tm direito subjetivo a serem nomeados durante o prazo de dois

    anos, contados da homologao do resultado do certame.

    68 Ato administrativo que venha a determinar a prorrogao da validade do referido concurso configurar

    exerccio de poder administrativo vinculado, uma vez que a possibilidade de prorrogao foi prevista no prprio

    edital.

    4. (CESPE-ANALISTA JUDICIRIO-TJRJ-ABR-2008) Tnia, que professora em uma escola secundria

    do municpio do Rio de Janeiro, foi aprovada, na 29. colocao, em concurso pblico para o provimento de

    cargo de analista judicirio do TJRJ, cujo edital no prev qualquer formao especfica, mas apenas formao

    em nvel superior, com 30 vagas, sendo 5% para os portadores de deficincia fsica. Pedro foi aprovado em

    segundo lugar nas vagas para deficientes fsicos.

    6 O gabarito ser fornecido em sala.

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    Com referncia situao acima apresentada e acerca dos servidores pblicos e dos precedentes dos tribunais

    superiores, assinale a opo correta.

    A) Sendo nomeado, Pedro far jus a ser empossado na segunda vaga para os deficientes fsicos.

    B) Tnia, sendo servidora municipal, poder acumular o seu cargo efetivo com o cargo efetivo de analista

    judicirio, indiscriminadamente, uma vez que este considerado cargo tcnico cientfico, mesmo no exigindo

    qualquer formao especfica de conhecimento.

    C) pacfica a jurisprudncia do STF de que o candidato aprovado em concurso pblico, dentro do nmero de

    vagas, far jus a ser provido no respectivo cargo.

    D) Caber ao governador do estado do Rio de Janeiro empossar Tnia ou Pedro.

    E) A remunerao do cargo de analista judicirio, mesmo sendo este organizado em carreira, no poder ser

    fixada em subsdio.

    5. (CESPE-AGENTE FISCAL DE TRIBUTOS MUNICIPAIS-TERESINA-PI-MAIO-2008) Paulo prestou

    concurso pblico para auditor fiscal. Por equvoco, sua classificao foi alterada de modo a prejudic-lo. Assim,

    Paulo, que deveria aparecer como primeiro colocado, ficou classificado em quinto lugar. Inconformado, Paulo

    recorreu ao Poder Judicirio, que reconheceu o desacerto de sua classificao, determinando administrao

    que o classificasse em primeiro lugar. A administrao pblica, julgando que no houve prejuzo a Paulo, visto

    que o candidato, apesar do quinto lugar, conseguira ficar classificado dentro do nmero de vagas oferecidas no

    concurso, realizou a sua nomeao e posse aps a nomeao e posse dos quatro candidatos anteriores.

    Acerca dessa situao hipottica, julgue os itens de 57 a 62.

    57 A tardia nomeao de Paulo no gera direito indenizao contra a administrao pblica, pois o candidato

    logrou conseguir uma vaga e, alm disso, a ao da administrao pblica foi motivada por equvoco,

    inexistindo m-f.

    59 Vencido o concurso, o primeiro colocado adquire direito subjetivo nomeao com preferncia sobre

    qualquer outro, desde que a administrao se disponha a prover o cargo ou o emprego pblico, mas a

    convenincia e oportunidade do provimento ficam inteira discrio do poder pblico.7

    60 A investidura de Paulo s ocorrer com a nomeao.

    61 A nomeao de Paulo configura hiptese de provimento de cargo pblico.

    62 de quinze dias, contados da data da posse, o prazo para o servidor empossado em cargo pblico entrar em

    exerccio.

    6. (CESPE-ACE-TCU-AGO-2008) Julgue os itens a seguir, de acordo com a Lei n. 8.112/1990 e suas

    alteraes.

    209 O Superior Tribunal de Justia tem entendimento no sentido de que o candidato aprovado em concurso

    pblico dentro das vagas previstas em edital tem direito nomeao, e no mera expectativa de direito.

    7 CESPE: ITEM 59 (comum a todos os cadernos) anulado, pois o trecho Vencido o concurso, apresentado no item, permite

    duas leituras: Realizado o concurso ou Vencido o prazo de validade do concurso, o que impossibilitou julgar objetivamente a

    assertiva.

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    7. (CESPE-NVEL SUPERIOR-ANATEL-MAR-2009) Claiton obteve aprovao em concurso pblico para

    o cargo de especialista em regulao de servios pblicos de telecomunicaes, rea engenharia, da

    ANATEL em 12. lugar, cargo para o qual eram previstas no edital apenas 10 vagas, conforme homologao em

    novembro de 2006. O prazo de validade do concurso era de um ano e foi prorrogado por igual perodo. Em

    janeiro de 2009, Claiton encaminhou um e-mail para a Ouvidoria da ANATEL, exigindo a sua nomeao, pois

    fora aprovado no concurso e acreditava ter direito nomeao.

    Considerando a situao hipottica apresentada, a Lei n. 8.112/1990 e a doutrina do direito administrativo

    brasileiro, julgue o item abaixo.

    39 Claiton no tem direito nomeao, uma vez que os aprovados em concursos pblicos, fora do nmero de

    vagas previsto no edital, possuem mera expectativa de direito quanto nomeao.8

    8. (CESPE-TCNICO JUD.-ADM.-TRT 17R-ABR-2009) Julgue os seguintes itens de acordo com a Lei n.

    8.112/1990 e suas posteriores alteraes.

    68 O Superior Tribunal de Justia entende que o candidato aprovado em concurso pblico dentro do limite das

    vagas previstas em edital tem direito nomeao.

    9. (CESPE-TCNICO FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO-TCU-JUL-2009) Acerca dos agentes

    pblicos e da Lei n. 8.112/1990, julgue os itens de 76 a 80.

    78 Em conformidade com a jurisprudncia do STF, a simples aprovao em concurso pblico, ainda que fora do

    nmero de vagas, gera, para o habilitado, direito adquirido nomeao.

    Seo III

    Do Concurso Pblico

    Art. 11. O concurso ser de provas ou de provas e ttulos, podendo ser realizado em duas etapas, conforme

    dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de carreira, condicionada a inscrio do candidato ao

    pagamento do valor fixado no edital, quando indispensvel ao seu custeio, e ressalvadas as hipteses de iseno

    nele expressamente previstas.

    STJ 2011

    Servidor que aceita ocupar cargo em local diverso do escolhido na inscrio perde preferncia.

    27/05/2011

    Servidor que aceita tomar posse em cargo pblico fora da cidade escolhida no ato da inscrio no concurso no tem direito a ocupar posto que venha a surgir no local inicialmente selecionado. (MS 9356; MS 9171)

    Art. 12. O concurso pblico ter validade de at 2 (dois ) anos, podendo ser prorrogado uma nica vez, por

    igual perodo.

    1o O prazo de validade do concurso e as condies de sua realizao sero fixados em edital, que ser

    publicado no Dirio Oficial da Unio e em jornal dirio de grande circulao.

    8 O gabarito preliminar foi C. Aps os recursos, o CESPE anulou o item sob o seguinte fundamento: ITEM 39 anulado. O

    comando do item no leva em considerao a jurisprudncia do STJ aplicvel ao caso.

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    Lei 8.112/90 Alexandre Medeiros

    19

    STF !!! MUDANA DAS REGRAS DO EDITAL

    EMENTA: CONSTITUCIONAL. CONCURSO PBLICO. CURSO DE FORMAO DE SOLDADOS DA

    POLCIA MILITAR DO ESTADO DE MINAS GERAIS. LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL N 50/98,

    QUE, APS A CONCLUSO DA PRIMEIRA ETAPA, PASSOU A EXIGIR ESCOLARIDADE DE NVEL

    SECUNDRIO. CONSTITUIO FEDERAL, ART. 5, INCISO XXXVI. DIREITO ADQUIRIDO

    INEXISTENTE. Em face do princpio da legalidade, pode a Administrao Pblica, enquanto no concludo e

    homologado o concurso pblico, alterar as condies do certame constantes do respectivo edital, para adapt-las

    nova legislao aplicvel espcie, visto que, antes do provimento do cargo, o candidato tem mera

    expectativa de direito nomeao ou, se for o caso, participao na segunda etapa do processo seletivo. (RE 290346, Relator(a): Min. ILMAR GALVO, Primeira Turma, julgado em 29/06/2001, DJ 29-06-2001 PP-

    00058 EMENT VOL-02037-08 PP-01637)

    2o No se abrir novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de

    validade no expirado.

    CONSTITUIO FEDERAL

    Art. 37............................. IV - durante o prazo improrrogvel previsto no edital de convocao, aquele aprovado em concurso pblico de

    provas ou de provas e ttulos ser convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou

    emprego, na carreira;

    SMULAS DO STF:

    15 (de 1964) Dentro do prazo de validade do concurso, o candidato aprovado em concurso tem o direito nomeao, quando o cargo for preenchido sem observncia da classificao.

    684 (de 2003) inconstitucional o veto no motivado participao de candidato a concurso pblico.

    685 (de 2003) inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prvia aprovao em concurso pblico destinado ao seu provimento, em cargo que no integra a

    carreira na qual anteriormente investido.

    ATENO:

    NO H DIREITO ADQUIRIDO REALIZAO DO CONCURSO!!!!

    Como registra MARCELO ALEXANDRINO e VICENTE PAULO, Conforme nossa jurisprudncia, os candidatos inscritos em concurso publico no tm direito adquirido sua realizao, ou seja, a Administrao pode

    publicar edital prevendo a realizao de concurso, inclusive marcando a data, e deixar de realiz-lo, ou cancel-

    lo, mesmo que no haja verificado qualquer irregularidade. Basta que exista fato superveniente que tenha

    tornado inoportuna, inconveniente ou desnecessria a realizao do concurso. Os candidatos inscritos tm

    apenas expectativa de direito.

    Evidentemente, se houverem pagado taxa de inscrio e o concurso no vier a ser realizado, tero direito a

    pleitear a restituio da quantia paga.

    No mesmo sentido, DIOGO DE FIGUEIREDO MOREIRA NETO: Os candidatos, entretanto, no adquirem direito realizao do concurso pelo mero fato da publicao do edital (...).

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    20

    QUESTO ESAF 2009!!!

    (ESAF-ANALISTA-ANA-MAR-2009) 33- Sabendo-se que a prvia habilitao em concurso pblico

    condio necessria nomeao para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo, e considerando

    o que dispe a Lei n. 8.112/1990, correto afirmar sobre tal instituto que:

    a) poder ser aberto novo concurso ainda que haja candidato aprovado em concurso anterior com prazo de

    validade j expirado.

    b) ser de provas, de ttulos ou de provas e ttulos.

    c) poder ter validade de um ano e ser prorrogado uma nica vez, por mais dois anos.

    d) ter seu prazo de validade e condies de realizao fixados em Decreto Presidencial.

    e) poder ter validade de seis meses e ser prorrogado vrias vezes, por mais seis meses em cada prorrogao, at

    o limite de quatro anos.

    QUESTES CESPE 2008!!!9

    1. (CESPE-OAB-SP-MAIO-2008) Acerca do regime legal dos concursos pblicos, assinale a opo correta.

    A) Os concursos pblicos sero de provas ou de provas e ttulos, podendo ser realizados em duas etapas,

    conforme dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de carreira, condicionada a inscrio do

    candidato ao pagamento do valor fixado no edital e impossibilitada a hiptese de iseno dessa taxa.

    B) O concurso pblico ter validade de at dois anos, podendo ser prorrogado uma nica vez, por igual perodo.

    C) O prazo de validade do concurso e as condies de sua realizao sero fixados em edital, que ser

    publicado no Dirio Oficial da Unio ou em jornal dirio de grande circulao.

    D) Ainda que existam, em uma instituio pblica, candidatos aprovados em concurso anterior com prazo de

    validade no expirado, permitida a abertura de novo concurso pblico, nessa mesma instituio, para o mesmo

    cargo, em prejuzo do candidato aprovado no concurso anterior.

    2. (CESPE-OAB-SP-SETEMBRO-2008) Acerca dos atos administrativos relacionados a concursos pblicos,

    assinale a opo correta.

    A) O candidato aprovado em concurso pblico no tem direito garantido nomeao, ainda que dentro do prazo

    de validade do certame, quando o cargo for preenchido sem observncia da classificao.

    B) A nomeao de candidato aprovado em concurso pblico no implica direito posse no cargo a ser

    preenchido.

    C) legtimo o veto no-motivado participao de candidato em concurso pblico, tal como o respaldado em

    prvia investigao da vida pregressa do candidato.

    D) inconstitucional o provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prvia aprovao em concurso

    pblico, em cargo que no integre a carreira na qual fora anteriormente investido.

    3. (CESPE- TC. JUD.-STM-NOV/2004) O STM realizou concurso pblico de provas e ttulos para o cargo

    de tcnico judicirio em novembro de 2003. O concurso foi homologado em janeiro de 2004, registrando-se a

    aprovao de 30 candidatos. O edital do concurso estabeleceu um prazo de validade de 8 meses.

    9 O gabarito ser fornecido em sala.

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    21

    Considerando a situao hipottica acima, julgue os itens subseqentes luz da Lei n. 8.112/1990.

    91 Considerando-se as disposies da referida lei, o edital apresenta-se eivado de vcio, o que acarreta sua

    nulidade, pois os concursos pblicos devem ter validade por dois anos.

    92 Considere, por hiptese, que Geraldo tenha sido aprovado em terceiro lugar no referido concurso. Nessa

    situao, caso Geraldo no seja convocado oficialmente a tomar posse no prazo de validade estabelecido no

    edital, poder o tribunal preparar novo edital, que prorrogue o prazo do concurso por um perodo de 2 anos.

    93 Considerando-se que o candidato aprovado em 16. lugar no referido certame, at julho de 2004, no tivesse

    sido convocado oficialmente a tomar posse no cargo, no poderia ter sido realizado outro concurso para o

    mesmo cargo naquele ms.

    Seo IV

    Da Posse e do Exerccio

    Art. 13. A posse dar-se- pela assinatura do respectivo termo, no qual devero constar as atribuies, os

    deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que no podero ser alterados

    unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofcio previstos em lei.

    1o A posse ocorrer no prazo de trinta dias contados da publicao do ato de provimento.

    2o Em se tratando de servidor, que esteja na data de publicao do ato de provimento, em licena

    prevista nos incisos I, III e V do art. 81, ou afastado nas hipteses dos incisos I, IV, VI, VIII, alneas "a", "b",

    "d", "e" e "f", IX e X do art. 102, o prazo ser contado do trmino do impedimento.

    CESPE 2011

    ATENO!!!

    IMPEDIMENTOS LEGAIS QUE AUTORIZAM QUE O

    INCIO DO PRAZO ENTRE A NOMEAO E A POSSE FIQUE OBSTADO (art. 13, 2)

    Licenas: art. 81

    I- por motivo de doena em pessoa da famlia

    III- para o servio militar

    V- para capacitao

    Afastamentos: art. 102

    I- frias

    IV- participao em programa de treinamento regularmente institudo ou em programa de ps-graduao stricto

    sensu no Pas, conforme dispuser o regulamento; (ATENO: REDAO DADA PELA LEI N 11.907,

    DE 02/02/2009)

    VI- jri e outros servios obrigatrios por lei

    VIII- licena:

    "a" gestante, adotante e paternidade

    "b" para tratamento da prpria sade, at o limite de vinte e quatro meses, cumulativo ao longo do tempo de

    servio pblico prestado Unio, em cargo de provimento efetivo

    "d" por motivo de acidente em servio ou doena profissional

    "e" para capacitao, conforme dispuser o regulamento

    "f" por convocao para o servio militar

    IX- deslocamento para a nova sede em razo de ter sido removido, redistribudo, requisitado, cedido ou posto em

    exerccio provisrio

    X participao em competio desportiva nacional ou convocao para integrar representao desportiva nacional,

    no Pas ou no exterior, conforme disposto em lei especfica

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    Lei 8.112/90 Alexandre Medeiros

    22

    (CESPE-TC-TRE-ES-JAN-2011)115 Se determinado servidor, na data de publicao do ato de provimento

    de certo cargo pblico, estiver em gozo de licena por motivo de doena em pessoa da famlia, o prazo para a

    posse ser contado do trmino do respectivo impedimento.

    QUESTO ESAF 2008!!!

    (ESAF-PROC. SELET. INTERNO-MINISTRIO DA FAZENDA-AGO-2008) 24- Determinado candidato

    aprovado em concurso pblico para o provimento de cargo no Ministrio da Fazenda foi nomeado, com

    publicao do ato respectivo em 1 de janeiro. De imediato, o referido candidato informou que encontrava-se de

    frias, por 30 dias e justamente a partir do dia 1 de janeiro, em razo de outro cargo que ento ocupava, no

    Ministrio da Justia. Em vista de tais fatos, correto afirmar que tal candidato:

    a) a despeito de estar de frias, ter que tomar posse no novo cargo, se no quiser perder tal direito, em 30 dias a

    contar da referida publicao de nomeao.

    b) a despeito de estar de frias, ter que tomar posse no novo cargo, se no quiser perder tal direito, em 15 dias a

    contar da referida publicao de nomeao.

    c) ainda que, em tese, devesse tomar posse em 30 dias a partir da publicao do ato, poder pedir a prorrogao

    do prazo para posse, por mais 15 dias, para que ocorra at meados de fevereiro.

    d) tem direito a que o prazo para sua posse seja contado somente a partir do trmino de suas frias.

    e) tem direito a que seja feita nova publicao do ato de nomeao, aps o trmino de suas frias.

    3o A posse poder dar-se mediante procurao especfica.

    4o S haver posse nos casos de provimento de cargo por nomeao.

    5o No ato da posse, o servidor apresentar declarao de bens e valores que constituem seu patrimnio e

    declarao quanto ao exerccio ou no de outro cargo, emprego ou funo pblica.

    6o Ser tornado sem efeito o ato de provimento se a posse no ocorrer no prazo previsto no 1

    o deste

    artigo.

    Art. 14. A posse em cargo pblico depender de prvia inspeo mdica oficial.

    Pargrafo nico. S poder ser empossado aquele que for julgado apto fsica e mentalmente para o

    exerccio do cargo.

    ATENO: SMULA 16 DO STF

    Smula 16-STF: FUNCIONRIO NOMEADO POR CONCURSO TEM DIREITO POSSE.

    Art. 15. Exerccio o efetivo desempenho das atribuies do cargo pblico ou da funo de confiana.

    1o de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo pblico entrar em exerccio, contados

    da data da posse.

    2o O servidor ser exonerado do cargo ou ser tornado sem efeito o ato de sua designao para funo de

    confiana, se no entrar em exerccio nos prazos previstos neste artigo, observado o disposto no art. 18.

    Posse Nomeao Exerccio 30

    dias

    15

    dias

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    Lei 8.112/90 Alexandre Medeiros

    23

    3o autoridade competente do rgo ou entidade para onde for nomeado ou designado o servidor

    compete dar-lhe exerccio.

    4o O incio do exerccio de funo de confiana coincidir com a data de publicao do ato de

    designao, salvo quando o servidor estiver em licena ou afastado por qualquer outro motivo legal, hiptese

    em que recair no primeiro dia til aps o trmino do impedimento, que no poder exceder a trinta dias da

    publicao.

    QUESTES ESAF 2008!!!

    1. (ESAF - ANA. FIN. E CONT.-DESENV. INSTIT.-CGU-MAR-2008) 57- Servidor pblico federal, em

    gozo de licena para tratamento da prpria sade, designado para o exerccio de funo de confiana.

    Acerca do tema, assinale a opo correta.

    a) O servidor no poderia ter sido designado em gozo de licena.

    b) O servidor ter quinze dias, contados do ato de designao, para entrar em exerccio.

    c) A designao para o exerccio da funo dever ser tornada sem efeito caso o servidor no entre em exerccio

    imediatamente.

    d) A licena da qual goza o servidor no poder exceder a 30 (trinta) dias, contados da data da publicao da

    designao do servidor para a funo, sob pena de esta ltima ser tornada sem efeito.

    e) O servidor poder entrar em exerccio na funo to logo haja o trmino do impedimento, independentemente

    de prazo, haja vista tratar-se de licena sade.

    2. (ESAF - ANA. FIN. E CONT.-DESENV. INSTIT.-CGU-MAR-2008) 58- Determinado concurso pblico,

    destinado a selecionar candidatos a cargos pblicos na Administrao Federal, teve seu edital publicado em

    02/01/2006, com prazo de validade de um ano, prorrogvel por igual perodo. O concurso foi homologado em

    03/03/2006. No houve prorrogao. Determinado candidato aprovado foi nomeado em 01/03/2007, respeitada

    a ordem de sua classificao. A posse deu-se 30 (trinta) dias depois da nomeao. O exerccio ocorreu 15

    (quinze) dias depois da posse. Baseado nos fatos acima narrados, assinale a nica opo correta.

    a) A nomeao vlida.

    b) A nomeao nula, vez que realizada fora do prazo de validade do concurso.

    c) A posse nula, vez que ocorrida fora do prazo de validade do concurso.

    d) A nomeao somente seria vlida at 02/01/2007.

    e) A investidura no vlida, pois dois de seus atos ocorreram aps o encerramento da validade do concurso.

    Art. 16. O incio, a suspenso, a interrupo e o reincio do exerccio sero registrados no assentamento

    individual do servidor.

    Pargrafo nico. Ao entrar em exerccio, o servidor apresentar ao rgo competente os elementos

    necessrios ao seu assentamento individual.

    Art. 17. A promoo no interrompe o tempo de exerccio, que contado no novo posicionamento na

    carreira a partir da data de publicao do ato que promover o servidor.

    Art. 18. O servidor que deva ter exerccio em outro municpio em razo de ter sido removido,

    redistribudo, requisitado, cedido ou posto em exerccio provisrio ter, no mnimo, dez e, no mximo, trinta

    dias de prazo, contados da publicao do ato, para a retomada do efetivo desempenho das atribuies do cargo,

    includo nesse prazo o tempo necessrio para o deslocamento para a nova sede.

    1o Na hiptese de o servidor encontrar-se em licena ou afastado legalmente, o prazo a que se refere este

    artigo ser contado a partir do trmino do impedimento.

    2o facultado ao servidor declinar dos prazos estabelecidos no caput.

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    Lei 8.112/90 Alexandre Medeiros

    24

    Art. 19. Os servidores cumpriro jornada de trabalho fixada em razo das atribuies pertinentes aos

    respectivos cargos, respeitada a durao mxima do trabalho semanal de quarenta horas e observados os limites

    mnimo e mximo de seis horas e oito horas dirias, respectivamente.

    1o O ocupante de cargo em comisso ou funo de confiana submete-se a regime de integral dedicao

    ao servio, observado o disposto no art. 120, podendo ser convocado sempre que houver interesse da

    Administrao.

    2o O disposto neste artigo no se aplica a durao de trabalho estabelecida em leis especiais.

    Art. 20. Ao entrar em exerccio, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficar sujeito a

    ESTGIO PROBATRIO por perodo de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua aptido e capacidade sero objeto de avaliao para o desempenho do cargo, observados os seguinte fatores

    I - assiduidade;

    II - disciplina;

    III - capacidade de iniciativa;

    IV - produtividade;

    V- responsabilidade.

    1o Quatro meses antes de findo o perodo do estgio probatrio, ser submetida homologao da

    autoridade competente a avaliao do desempenho do servidor, realizada de acordo com o que dispuser a lei ou

    o regulamento do sistema de carreira, sem prejuzo da continuidade de apurao dos fatores enumerados nos

    incisos I a V deste artigo.

    1o Quatro meses antes de findo o perodo do estgio probatrio, ser submetida homologao da

    autoridade competente a avaliao do desempenho do servidor, realizada por comisso constituda para essa

    finalidade, de acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento da respectiva carreira ou cargo, sem prejuzo da

    continuidade de apurao dos fatores enumerados nos incisos I a V deste artigo. (ATENO: REDAO

    DADA PELA LEI 11.784, DE 22/09/2008)

    2o O servidor no aprovado no estgio probatrio ser exonerado ou, se estvel, reconduzido ao cargo

    anteriormente ocupado, observado o disposto no pargrafo nico do art. 29.

    3o O servidor em estgio probatrio poder exercer quaisquer cargos de provimento em comisso ou

    funes de direo, chefia ou assessoramento no rgo ou entidade de lotao, e somente poder ser cedido a

    outro rgo ou entidade para ocupar cargos de Natureza Especial, cargos de provimento em comisso do

    Grupo-Direo e Assessoramento Superiores - DAS, de nveis 6, 5 e 4, ou equivalentes.

    4o Ao servidor em estgio probatrio somente podero ser concedidas as licenas e os afastamentos

    previstos nos arts. 81, incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim afastamento para participar de curso de formao

    decorrente de aprovao em concurso para outro cargo na Administrao Pblica Federal.

    ATENO!!! Ao servidor em estgio probatrio somente podero ser concedidas:

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    Lei 8.112/90 Alexandre Medeiros

    25

    As Licenas: art. 81:

    I - por motivo de doena em pessoa da famlia II - por motivo de afastamento do cnjuge ou companheiro III - para o servio militar IV - para atividade poltica

    Os Afastamentos:

    art. 94: para exerccio de mandato eletivo art. 95: para estudo ou misso no exterior art. 96: para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere para participar de curso de formao decorrente de aprovao em concurso para outro cargo na Administrao Pblica Federal

    QUESTO ESAF 2008!!!

    (ESAF-PROC. SELET. INTERNO-MINISTRIO DA FAZENDA-AGO-2008) 25- Considere as seguintes

    licenas e afastamentos:

    I. licena por motivo de afastamento do cnjuge ou companheiro;

    II. licena por motivo de doena em pessoa da famlia;

    III. afastamento para exerccio de mandato eletivo;

    IV. afastamento para estudo ou misso no exterior.

    O servidor em estgio probatrio

    a) poder gozar de todas as licenas e afastamentos descritos.

    b) no poder gozar quaisquer de tais licenas ou afastamentos.

    c) poder gozar apenas as licenas acima descritas, mas no os afastamentos.

    d) poder gozar apenas a licena prevista no item II.

    e) poder gozar ambas as licenas descritas, e apenas o afastamento descrito no item III.

    5o O estgio probatrio ficar suspenso durante as licenas e os afastamentos previstos nos arts. 83, 84,

    1o, 86 e 96, bem assim na hiptese de participao em curso de formao, e ser retomado a partir do trmino

    do impedimento.

    ATENO!!! SUSPENSO DO ESTGIO

    De acordo com o 5, da Lei 8.112/90, as situaes que podem suspender o prazo prescricional so:

    1) Licena por Motivo de Doena em Pessoa da Famlia (Art. 83)

    2) Licena por Motivo de Afastamento do Cnjuge (Art. 84, 1.)

    3) Licena para Atividade Poltica (Art. 86)

    4) O afastamento de servidor para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual

    coopere dar-se- com perda total da remunerao. (Art. 96)

    5) Participao em curso de formao (Art. 20, 5)

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    Lei 8.112/90 Alexandre Medeiros

    26

    ATENO: ESTABILIDADE X ESTGIO PROBATRIO verdade que existe uma certa polmica atualmente sobre o prazo do estgio probatrio. Todavia, uma coisa certa: estabilidade e estgio probatrio so institutos diferentes:

    A estabilidade o direito de permanncia no servio pblico; O estgio probatrio o perodo no qual vai ser apurada a aptido do servidor para o cargo.

    Alm do mais, utilizando, em essncia, o quadro elaborado pelo Prof. FELIPE VIEIRA, podemos

    visualizar outras diferenas:

    ESTABILIDADE ESTGIO PROBATRIO.

    Regime jurdico constitucional. Regime jurdico administrativo.

    Fruto do Poder Constituinte. Fruto do Poder Legislativo.

    Direito. Dever.

    Natureza jurdica de direito de garantia. Natureza jurdica de ordem administrativa.

    Carter objetivo (ou subjetivo por nomeao). Carter subjetivo (ou subjetivo por prerrogativas do

    cargo).

    Opera-se no servio pblico. Opera-se ante o cargo.

    Princpio da continuidade. Princpio da eficincia.

    Atualmente, para fins de concurso, temos as seguintes posies acerca do tema:

    PRAZO DO ESTGIO PROBATRIO PARA CONCURSOS FEDERAIS:

    FAZENDO refe-

    rncia expressa

    Lei 8.112/90

    ESAF CESPE FCC FGV FEC FJPF

    24 MESES (Min.

    da Sade-2008)

    ANULADO

    ATENO: O item foi

    anulado no gabarito

    definitivo.

    24 MESES

    (TRE-AP-2011)

    ANULADO

    ATENO: A

    questo foi anulada

    no gabarito defini-

    tivo.

    24 MESES

    (FIOCRUZ

    2010)

    SEM FAZER re-

    ferncia expressa

    Lei 8.112/90

    3 ANOS

    (MPU-

    2004.2)

    3 ANOS, fazendo

    referncia ex-

    pressa ao STJ

    (TRF-5R-2009;

    TCU-2009;

    IBRAM-2009)

    3 ANOS

    (TRT-20R-2006

    e TRT-6R-

    2006)

    3 ANOS

    (Min. Da

    Pesca -

    2010)

    3 ANOS

    (TRT-1R-

    2004)

  • MDULO JURDICO PARA ANALISTA JUDICIRIO DE TRIBUNAIS

    Lei 8.112/90 Alexandre Medeiros

    27

    ESTGIO PROBATRIO 2009 PRAZO CESPE !!!!!

    1 (CESPE-JUIZ FEDERAL-TRF5-JUN-2009) Com relao administrao pblica e aos servidores

    pblicos, assinale a opo correta.

    ( ) Conforme recente entendimento do STJ, o prazo do estgio probatrio de 24 meses, no tendo sido

    modificado ante a alterao constitucional que fixou o prazo de 3 anos como requisito objetivo para a obteno

    da estabilidade.

    2 (CESPE-AUDITOR FEDERAL DE C. EXTERNO-TECNOLOGIA-TCU-JUL-2009) Quanto

    organizao do Estado brasileiro, julgue os itens seguintes.

    70 Conforme recente entendimento do STJ, o prazo do estgio probatrio dos servidores pblicos de 24

    meses, visto que tal prazo no foi alterado pela Emenda Constitucional n. 19/1998, que trata apenas da

    estabilidade dos referidos servidores.

    3 (CESPE-ESPECIALISTA-ANAC-JUL-2009) A respeito de direito constitucional e administrativo, julgue o

    item.

    ( ) De acordo com a Lei n. 8.112/1990, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo fica sujeito a

    estgio probatrio por um perodo de vinte e quatro meses, aps o que, caso aprovado, adquire estabilidade no

    servio pblico.

    4 (CESPE-ADVOGADO-IBRAM-JUL-2009) Para manifestar a sua vontade, o Estado se utiliza de agentes

    pblicos, em sentido amplo. Quanto a esses agentes pblicos, julgue os itens a seguir.

    69 O atual entendimento do STJ no sentido de que o estgio probatrio compreende o perodo entre o incio

    do exerccio do cargo e a aquisio de estabilidade no servio pblico, que, desde o advento da Emenda

    Constitucional (EC) n. 19/1998, tem a durao de trs anos.

    ESTGIO PROBATRIO 2010 PRAZO FEC e FGV !!!!!

    (FEC-AGENTE ADM.-MIN. PESCA-JUN-2010) 26. Ferdinando, servidor nomeado para cargo de

    provimento efetivo, ao entrar em exerccio ficar sujeito a estgio probatrio por perodo de:

    A) 12 (doze) meses.

    B) 24 (vinte e quatro) meses.

    C) 6 (seis) meses.

    D) 36 (trinta e seis) meses.

    E) 18 (dezoito) meses.

    (FGV-ANALISTA-GESTO_SADE-OUT-2010) De acordo com a Lei n. 8.112 de 11 de dezembro de

    1990, assinale a opo incorreta:

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    Lei 8.112/90 Alexandre Medeiros

    28

    (A) a posse do servidor ocorrer no prazo de 30 dias contados da publicao do ato de provimento.

    (B) o prazo para o servidor empossado em cargo pblico entrar em exerccio de 30 dias, contados da data da

    posse.

    (C) ao entrar em exerccio, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficar sujeito a estgio

    probatrio por perodo de 24 meses.

    (D) o servidor estvel s perder o cargo em virtude de sentena judicial transitada em julgado ou de processo

    administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.

    (E) exonerao, aposentadoria e falecimento so formas de vacncia de cargo pblico.

    ESTGIO PROBATRIO PRAZO 2011 - FCC !!!!!

    (FCC-TCNICO-TRE-AP-JUN-2011) 52. Segundo a Lei no 8.112/90, ao entrar em exerccio, o servidor

    nomeado para cargo de provimento efetivo

    (A) no ficar sujeito a estgio probatrio tendo em vista que o estgio probatrio s necessrio para o

    exerccio de cargo em comisso.

    (B) ficar sujeito a estgio probatrio por perodo de 24 meses.

    (C) ficar sujeito a estgio probatrio por perodo nico de 12 meses.

    (D) ficar sujeito a estgio probatrio por perodo de 30 meses.

    (E) ficar sujeito a estgio probatrio por perodo de 36 meses.

    IMPORTANTE: SMULAS 21 e 22 DO STF

    Smula 21, do STF: FUNCIONRIO EM ESTGIO PROBATRIO NO PODE SER EXONERADO NEM DEMITIDO SEM INQURITO OU SEM AS FORMALIDADES LEGAIS DE APURAO DE

    SUA CAPACIDADE.

    Smula 22, do STF: O ESTGIO PROBATRIO NO PROTEGE O FUNCIONRIO CONTRA A EXTINO DO CARGO.

    ATENO : STF GREVE EM ESTGIO PROBATRIO

    04/02/2010 - Segundo o STF, norma alagoana que pune servidor em estgio probatrio envolvido em greve

    inconstitucional (ADI 3235). Gilmar Mendes votou pela procedncia da ao. Segundo o presidente da Corte,

    no existe, na Constituio Federal, base para que se faa esse distinguishing (distino) entre servidores e servidores em estgio probatrio em funo de movimentos grevistas. O ministro citou ainda as decises da Corte em diversos mandados de injuno em que o Plenrio analisou o direito de greve dos servidores pblicos.

    QUESTO CESPE 2010!!!

    (CESPE-PROCURADOR-AGU-MAR-2010) No que concerne aos agentes pblicos, julgue os itens

    subsequentes.

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    Lei 8.112/90 Alexandre Medeiros

    29

    26 constitucional o decreto editado por chefe do Poder Executivo de unidade da Federao que determine a

    exonerao imediata de servidor pblico em estgio probatrio, caso fique comprovada a participao deste na

    paralisao do servio, a ttulo de greve.

    Seo V

    Da Estabilidade

    Art. 21. O servidor habilitado em concurso pblico e empossado em cargo de provimento efetivo adquirir

    estabilidade no servio pblico ao completar 2 (dois) anos de efetivo exerccio.

    ATENO: O prazo da ESTABILIDADE, conforme o art. 41, da CF, de 3 (TRS) ANOS. Veja:

    Art. 41. So estveis aps TRS ANOS de efetivo exerccio os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso pblico.

    Vale lembrar, tambm, que, de acordo com o art. 41, 4., da CF, como condio para aquisio da estabilidade obrigatria a avaliao especial de desempenho por comisso instituda para essa finalidade.

    Art. 22. O servidor estvel s perder o cargo em virtude de sentena judicial transitada em julgado ou de

    processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.

    QUESTO ESAF: ESTABILIDADE

    Sobre a estabilidade, vale conferir a seguinte questo elaborada pela ESAF para o concurso de Procurador da

    Fazenda Nacional/2004:

    (ESAF/PFN/2004) Em vista dos preceitos constitucionais que tratam da estabilidade do servidor pblico, assinale a opo correta.

    a) Na atualidade, existem apenas duas formas de perda do cargo pelo servidor pblico estvel: em virtude de

    sentena judicial transitada em julgado, ou mediante processo administrativo disciplinar em que lhe seja

    assegurada ampla defesa.

    b) Com a reforma administrativa promovida por meio da Emenda Constitucional n 19/98, restou afastada a

    necessidade de instituio de comisso para que se d a avaliao de desempenho do servidor, durante seu

    estgio probatrio.

    c) Se restar declarada a desnecessidade do cargo, o servidor, mesmo que ainda no seja estvel, poder ficar em

    disponibilidade.

    d) Invalidada por sentena judicial a demisso do servidor estvel, ser ele reintegrado, e o eventual ocupante

    da vaga, se estvel, reconduzido ao cargo de origem. Em tal hiptese, ambos os servidores (o reintegrado e o

    reconduzido) tero direito indenizao, em vista da falha cometida pela Administrao Pblica.

    e) Na sistemtica da Constituio Federal, est claro que h distino entre estabilidade e efetividade.10

    Seo VI

    Da Transferncia Art. 23. (Revogado pela Lei n 9.527, de 10.12.97)

    10

    Gabarito: E

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    30

    Seo VII

    Da Readaptao

    Art. 24. Readaptao a investidura do servidor em cargo de atribuies e responsabilidades

    compatveis com a limitao que tenha sofrido em sua capacidade fsica ou mental verificada em inspeo

    mdica.

    1o Se julgado incapaz para o servio pblico, o readaptando ser aposentado.

    2o A readaptao ser efetivada em cargo de atribuies afins, respeitada a habilitao exigida, nvel de

    escolaridade e equivalncia de vencimentos e, na hiptese de inexistncia de cargo vago, o servidor exercer

    suas atribuies como excedente, at a ocorrncia de vaga.(Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97)

    LEANDRO CADENAS fornece, entre outros, o seguinte exemplo: motorista que, perdendo as pernas em acidente,

    readaptado para o cargo de agente administrativo ou ascensorista.

    Seo VIII

    Da Reverso

    Art. 25. Reverso o retorno atividade de servidor aposentado: (redao dada pela Medida Provisria

    n 2.225-45, de 4.9.2001)

    I - por invalidez, quando junta mdica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria; ou

    II - no interesse da administrao, desde que:

    a) tenha solicitado a reverso;

    b) a aposentadoria tenha sido voluntria;

    c) estvel quando na atividade;

    d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores solicitao;

    e) haja cargo vago.

    1o A reverso far-se- no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformao.

    2o O tempo em que o servidor estiver em exerccio ser considerado para concesso da aposentadoria.

    3o No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo, o servidor exercer suas atribuies como

    excedente, at a ocorrncia de vaga.

    4o O servidor que retornar atividade por interesse da administrao perceber, em substituio aos

    proventos da aposentadoria, a remunerao do cargo que voltar a exercer, inclusive com as vantagens de

    natureza pessoal que percebia anteriormente aposentadoria.

    5o O servidor de que trata o inciso II somente ter os proventos calculados com base nas regras atuais se

    permanecer pelo menos cinco anos no cargo.

    6o O Poder Executivo regulamentar o disposto neste artigo.

    Art. 26. (revogado pela Medida Provisria n 2.225-45, de 4.9.2001)

    Art. 27. No poder reverter o aposentado que j tiver completado 70 (setenta) anos de idade.

    Seo IX

    Da Reintegrao

    Importante lembrar a regra do art. 41, 2., da Constituio Federal, a respeito da reintegrao, reconduo,

    aproveitamento e disponibilidade:

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    31

    Art. 41: 2 Invalidada por sentena judicial a demisso do servidor estvel, ser ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estvel, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenizao,

    aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remunerao proporcional ao tempo de

    servio.

    Art. 28. A reintegrao a reinvestidura do servidor estvel no cargo anteriormente ocupado, ou no

    cargo resultante de sua transformao, quando invalidada a sua demisso por deciso administrativa ou judicial,

    com ressarcimento de todas as vantagens.

    1o Na hiptese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficar em disponibilidade, observado o disposto

    nos arts. 30 e 31.

    2o Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante ser reconduzido ao cargo de origem, sem

    direito indenizao ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade.

    QUESTO ESAF 2008!!!

    (ESAF-ESPECIAL. POLT. PB. E GESTO GOV.-MPOG-JUN-2008) 45- Assinale a opo incorreta,

    nos termos da Constituio Federal de 1988, o que ocorre caso seja invalidada, por sentena judicial, a demisso

    de servidor estvel.

    a) Ser ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estvel, reconduzido ao cargo de origem.

    b) O servidor estvel, quando posto em disponibilidade em virtude de extino do cargo, aps ser reintegrado,

    perceber remunerao at seu adequado aproveitamento em outro cargo.

    c) Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor estvel ficar em disponibilidade.

    d) O eventual ocupante da vaga, ao ser reconduzido ao cargo de origem, faz jus indenizao, visto que no

    agiu de m-f.

    e) A aquisio da estabilidade exige lapso temporal de efetivo exerccio e avaliao especial de desempenho de

    forma obrigatria.

    STJ 2011 REINTEGRAO PESSOAL, MAS ANULAO DA DEMISSO TEM REFLEXO PARA HERDEIROS

    PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. SERVIDOR. FALECIMENTO NO CURSO DO PROCESSO. NULIDADE DE SINDICNCIA. INTERESSE DOS HERDEIROS.

    1. Determina o art. 43 do CPC que ocorrendo a morte de qualquer das partes, dar-se- a substituio pelo seu esplio ou pelos seus sucessores. 2. Proposta pelo servidor pblico ao que busca a nulidade de sua demisso e ocorrendo o falecimento do

    requerente, os herdeiros podem prosseguir no feito pois, no obstante a reintegrao no cargo pblico ser ato

    personalssimo, os efeitos jurdicos da nulidade da demisso refletem na esfera jurdica de seus dependentes,

    por exemplo, com relao obteno do benefcio de penso por morte.

    3. A viva do servidor tem legitimidade para apelar da sentena que extinguiu o feito sem julgamento do

    mrito, em razo da morte do servidor pblico, na qualidade de terceira interessada, ainda que os demais

    herdeiros no tenham recorrido, pois h nexo de interdependncia entre o seu interesse de intervir e a relao

    jurdica submetida apreciao judic