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Workshop
Combustíveis: Características, Qualidade e
Consequências no Campo
Aurélio César Nogueira Amaral Diretor
Atribuições da ANP
Art. 8° da Lei 9.478/1997 (Lei do Petróleo) dispõe que a ANP terá como finalidade promover:
•
A regulação, a contratação e a fiscalização das atividades econômicas integrantes da indústria do petróleo, do gás natural e dos biocombustíveis;
A garantia do suprimento de derivados de petróleo, gás natural e seus derivados e de biocombustíveis em todo o território nacional;
A proteção dos interesses dos consumidores quanto a preço, qualidade e oferta de produtos;
2
A relevância do consumo de combustíveis de transporte no Brasil
3º maior
consumidor
de
combustíveis
de
transporte
Rússia
China
Índia
Brasil
EUA
EUA
Japão
ArábiaSaudita
579.153
232.527
88.245
71.609
63.437
57.328
41.658
Fonte: IEA Statistics. Inclui óleo diesel, gasolina, biocombustíveis e combustíveis de aviação. Consumo de combustíveis no setor de transportes em países selecionados (mil toneladas).
Dimensão da Cadeia de Abastecimento no Brasil
130.058 agentes regulados
Distribuidores Revendedores e Consumidores Fornecedores
18 Refinarias de Petróleo 384 Usinas de Etanol 424 Importadores e Exportadores de Petróleo e Derivados 197 Importadores de Lubrificantes 98 Produtores de Lubrificantes 12 Rerrefinadores de Lubrificantes 51 Produtores de Biodiesel
151 Distribuidores de Combustíveis Líquidos 18 Distribuidores de GLP 20 Distribuidores de Solventes 27 Distribuidores de Asfaltos 7 Distribuidores de Combustíveis de Aviação
42.039 Revendedores Varejistas de Combustíveis Líquidos 68.459 Revendedores de GLP 375 TRRs 21 TRR-NIs 274 Revendedores de Aviação 17.412 Pontos de Abastecimento 50 Consumidores Industriais de Solventes
Fonte: Boletim Abastecimento em Números, ANP, 2018.
Controle de Qualidade em Todos os Elos da Cadeia De Abastecimento
Vendas Internas de Combustíveis (Consumo aparente)
* Dados declaratórios informados pelos agentes à ANP pelo Sistema SIMP. | ** Fonte Dados de GNV: ABEGÁS
2013 2014 2015 2016 201717/16
%
Diesel B 58.571 60.032 57.211 54.279 54.772 0,91%
Diesel A 55.643 56.621 53.206 50.479 50.470 -0,02%
Biodiesel (B100) 2.929 3.410 4.005 3.799 4.302 13,22%
Gasolina C 41.428 44.364 41.137 43.019 44.150 2,63%
Gasolina A 31.679 33.273 30.204 31.404 32.229 2,63%
Etanol Anidro 9.686 11.091 10.934 11.615 11.920 2,63%
Etanol Hidratado 11.755 12.994 17.863 14.586 13.642 -6,47%
Etanol Total 21.441 24.085 28.796 26.201 25.562 -2,44%
Ciclo Otto Total 53.183 57.358 59.000 57.605 57.791 0,32%
GLP 13.276 13.410 13.249 13.398 13.389 -0,07%
Óleo Combustível 4.990 6.195 4.932 3.333 3.385 1,56%
QAV 7.225 7.470 7.355 6.765 6.637 -1,89%
GAV 77 76 64 57 51 -10,28%
TOTAL 137.323 144.541 141.811 135.436 136.025 0,44%
GNV (mil m³/dia) 5.125 4.960 4.820 4.962 5.395 8,73%
Variação do
Volume de
Venda
mil m3
Combustível
Matriz Veicular Nacional
2016
* Fonte: Sistema SIMP/ANP. Dados declaratórios informados pelos agentes à ANP. | ** Valores expressos em TEP (equivalência calorífica).
2017 Óleo Diesel A44,8%
Biodiesel3,3%
Etanol Anidro8,2%
Etanol Hidratado
9,8%
GNV2,1%
Gasolina A31,8%
Etanol Total18,0%
Óleo Diesel A44,5%
Biodiesel3,7%
Etanol Anidro8,3%
Etanol Hidratado
9,1%
GNV2,0%
Gasolina A32,4%
Etanol Total17,4%
Combustível Variação %
Óleo Diesel A (0,36)
Biodiesel 0,41
Etanol Anidro 0,15
Etanol Hidratado (0,70)
GNV (0,08)
Gasolina A 0,58
Redução da participação dos biocombustíveis em detrimento de
derivados, com destaque para ampliação da gasolina A e do biodiesel
Histórico do PMQC
O Programa teve início em outubro de 1998, com o Estado de Santa Catarina. O primeiro laboratório da rede foi o da Fundação Universidade Regional de Blumenau – FURB.
1998
1999
2002
2010
2013
2014
2015
2018
FURB
Em 2002, é publicado o primeiro Boletim de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis, apontando os seguintes índices de não conformidade: 7,3 % para Gasolina; 5,9% para Óleo Diesel; 12,6% para Etanol.
Nesse ano, 17 laboratórios, mais o CPT, já realizavam o monitoramento, coletando 133.592 amostras por ano, a um custo anual de cerca de R$ 17,5 milhões. FURB Unicamp
IPT Unesp Ufscar
UFRJ
Unifacs
CPT (“CEPAT”)
UFMA UFPI
UFC UFRN
PUC-RJ
UFPE
UFPR
UFRGS
1998
1999
2002
2010
2013
2014
2015
2018
Histórico do PMQC
Em 2010, o PMQC alcança abrangência nacional, e os índices de não conformidade já são sensivelmente inferiores aos do começo do programa : 1,3 % para Gasolina; 3,6% para Óleo Diesel; 2,2% para Etanol. Nesse ano, 23 laboratórios, mais o CPT, realizaram o monitoramento coletando 265.046 amostras, a um custo de cerca de R$ 52,5 milhões.
FURB Unicamp IPT Unesp Ufscar
UFRJ
Unifacs
CPT
UFC UFRN
PUC-RJ
UFPE
UFPR
UFRGS
UFMA UFPI
UFMS
UFPA Ufam
Unir
UFMT
1998
1999
2002
2010
2013
2014
2015
2018
UFMG
Histórico do PMQC
Em 2015, os contratos alcançaram 30 meses de vigência, com exceção de UFG, IPT e Senai, não podendo ser renovados sem nova licitação. A maioria dos contratos venceu em maio/2015. Em dezembro, só restaram 4 UF’s monitoradas.
Contratos do PMQC em 2015
IPT
UFG
1998
1999
2002
2010
2013
2014
2015
2018
Senai
2018(a partir da 2ª quinzena de junho)
Slide 11 de 20
1998
1999
2002
2010
2013
2014
2015
2018
Novas licitações serão encaminhadas no segundo semestre para os lotes remanescentes (PI, MT, AM+RR, AC+RO). Valor total estimado: 2016 (retomada “plena” em julho): R$ 30,5 milhões. 2017 (sem lotes remanescentes): R$ 42,4 milhões. Amostras por ano (sem os lotes remanescentes): Cerca de 145.000
80
85
90
95
100
87,54
98,5 93,34
95,9
92,75 97,9
Qualidade de Combustíveis 2000/2018* Índice de Conformidades (%)
Gasolina Óleo Diesel Etanol *1ºquadrimestre – até abril/17
2012 2013 2014 2015 2016 2017
NT NC NT NC NT NC NT NC NT NC NT NC
87.045 1.622 93.977 1.245 90.144 1.070 47.223 897 20.853 380 35.420 603
83.496 2.266 89.636 2.556 83.823 2.085 43.104 1.341 18.725 547 32.485 1.100
42.843 902 46.204 746 44.589 703 24.070 355 13.996 290 27.050 503
213.384 4.790 229.817 4.547 218.556 3.858 114.397 2.593 53.574 1.217 94.955 2.206
Monitoramento da qualidade de etanol, gasolina e diesel na maior parte do país. Principal vetor de inteligência para a Fiscalização. Informações para o consumidor, mercado e, de resto, para a sociedade. Mitigação de assimetrias de informação. Capacitação de robusta rede de laboratórios credenciados pela ANP (vistoriados pela SBQ/CPT) para análises de combustíveis. Comparado com outros países, o PMQC só perde em porte para o do Japão.
Resultados PMQC
Resultados do PMQC Natureza das não conformidades - 2017
47,8
34,6
9,2 8,3
Teor de etanol Destilação Aspecto Outros
NC = 1,7%
53,3
21,2
8,1 6,4
13,0
Teor Biodiesel Ponto fulgor
Enxofre Destilação
Outros
NC = 3,4 %
GASOLINA DIESEL
49,5
27,4
15,0
8,2
M.esp./TA Condutividade pH Outros
NC = 1,9%
ETANOL
03
04
05
06
07
05 Onerous Transfer of Rights Negotiation 02
Melhorias Regulatórias
Revisão da especificação e controle da qualidade do gás natural – discussão sobre a qualidade do gás oriundo do pré-sal que tem teor elevado de etano.
Revisão da especificação e controle da qualidade do GLP – discussão sobre a massa específica e mistura propano/butano, e estudo sobre o fornecimento de GLP inverno.
Finalização da análise da ANP sobre a aditivação compulsória de gasolina que será apresentada no segundo semestre de 2018.
Revisão da especificação do óleo diesel de referência com foco no atendimento às futuras fases Proconve L-7 e P-8.
Grupo técnico coordenado pelo CPT estudando a estabilidade à oxidação no diesel BX e teor de água no biodiesel.
01 Revisão das especificações dos querosenes de aviação fóssil e alternativo.
Revisão das regras de registro de lubrificantes, regras do credenciamento de firmas
inspetoras e aprimoramento das regras de aprovação da qualidade do biometano.
Comissões Técnicas AEA
A AEA possui relevante participação no processo de especificação dos combustíveis,
agregando importantes contribuições técnicas.
As Comissões Técnicas discutem novas tecnologias, soluções para questões atuais, alternativas
inovadoras para a engenharia automotiva e elaboração de normas técnicas, regulamentos,
pareceres e estudos especiais.
Tais comissões são compostas por representantes de montadoras, governo, universidades e
instituições de pesquisa e, dessa forma, compõem ambiente misto e imparcial, o que garante a
neutralidade das discussões.
A ANP participa das Comissões gasolina/etanol e diesel/biodiesel, já tendo sido abordados os
seguintes temas:
i) etanol com baixo teor de água;
ii) gasolina de alta octanagem;
iii) acompanhamento dos testes conduzidos pelo MME para misturas Bx.
O Brasil é o 3º maior consumidor global de derivados de transportes, o que reforça a relevância de estudos e acompanhamento da especificação dos combustíveis observando tendências e desenvolvimento tecnológico
de outros países.
Participação da ANP em grupos técnicos nacionais e internacionais para estudar a influência das misturas nas especificações e no desempenho
dos veículos sempre com diálogo aberto com toda a sociedade.
Considerações Finais
Aperfeiçoamento constante da regulamentação, ajustes simplificadores, preservados os parâmetros essenciais.
Institucionalização de Políticas Públicas
Programa RenovaBio
Diversificação da oferta interna de derivados Expansão da infraestrutura para garantia do abastecimento
Desenvolver competitividade entre agentes.
Diversificação dos modais de escoamento
Expansão dos biocombustíveis na matriz energética
Cumprimento do Acordo de Paris (COP 21)
Previsibilidade no fornecimento
Eficiência energética
Menores emissões de GEE
Iniciativa Combustível Brasil
Criação de políticas públicas para o segmento de derivados e de biocombustíveis tornou-se fator primordial para institucionalizar a diretriz de longo prazo para viabilizar o
aproveitamento de oportunidades de investimentos no setor
Derivados Biocombustíveis
Potencial de Investimentos na Produção
2019 2018 2017
0%
5%
10%
15%
8% 10% 11%
15% Mistura obrigatória do biodiesel:
Metas do Acordo de Paris: biocombustíveis devem representar 24%
do consumo do setor de transportes em 2030.
Seria possível com:
• Oferta de etanol de 54 bilhões de litros (atualmente 28.5 billion litros);
• Aumento da mistura do biodiesel no diesel.
Produtor
Comércio de CBio
via Bolsa
Distribuidor Revendedor Consumidor
Biocombustível
físico
Combustível
físico Combustível
físico
Mercado físico Emissão de Cbio
1 Cbio = redução 1 t CO2eq
Aquisição
Meta individual gCO2eq/MJ convertida em número de Cbios a serem
adquiridos
Meta de
descarbonização
do Brasil
(gCO2eq/MJ)
Outros
agentes
Distribuidoras
com combustível
fóssil
Audiência Pública nº 10/2018
Objeto
CertificaçãoCalculadora