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Estudo-Vida de Daniel Estudo-Vida de Daniel Witness Lee

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Estudo Vida

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  • Estudo-Vida de DanielEstudo-Vida de DanielWitness Lee

  • Contedo:Mensagem Um: Uma Palavra Introdutria

    Mensagem Dois: A Vitria dos Jovens Vencedores dos Eleitos Degradados de Deus Sobre os Artifcios Adicionais de Satans (1) - Sobre a Dieta Demonaca

    Mensagem Trs: A Vitria dos Jovens Vencedores dos Eleitos Degradados de Deus Sobre os Artifcios Adicionais de Satans (2) - Sobre a Cegueira Maligna que Impede as Pessoas de Verem a Viso de Deus em Relao ao Governo Humano ao Longo da Histria Humana

    Mensagem Quatro: A Viso da Grande Imagem A Viso Governante no Livro de Daniel

    Mensagem Cinco: A Vitria dos Jovens Vencedores dos Eleitos Degradados de Deus Sobre os Artifcios Adicionais de Satans (3) Sobre a Seduo de Adorao de dolo

    Mensagem Seis: A Vitria dos Jovens Vencedores dos Eleitos Degradados de Deus Sobre os Artifcios Adicionais de Satans (4) Sobre o Vu Que Impede as Pessoas de Verem o Governo dos Cus Pelo Deus dos Cus

    Mensagem Sete: A Vitria dos Jovens Vencedores dos Eleitos Degradados de Deus Sobre os Artifcios Adicionais de Satans (5) Sobre a Ignorncia Relacionada ao Resultado da Devassido Diante de Deus e o Insulto a Sua Santidade

    Mensagem Oito: A Vitria dos Jovens Vencedores dos Eleitos Degradados de Deus Sobre os Artifcios Adicionais de Satans (6) Sobre a Sutileza que Proibiu a Fidelidade dos Vencedores na Adorao de Deus

    Mensagem Nove: As Vises do Daniel Vencedor (1) A Viso Relacionada s Quatro Bestas Fora do Mar Mediterrneo (1)

    Mensagem Dez: As Vises do Daniel Vencedor (1) A Viso Relacionada s Quatro Bestas Fora do Mar Mediterrneo (2)

    Mensagem Onze: As Vises do Daniel Vencedor (2) A Viso Relacionada a um Carneiro e um Bode com Seus Sucessores

    Mensagem Doze: A Economia de Deus no Livro de Daniel

    Mensagem Treze: Governo humano Lutando Contra Deus e sendo Esmagado por Cristo na Vinda dele com Sua noiva

    Mensagem Catorze: As Vises do Daniel Vencedor (3) A Viso Relacionada s Setenta Semanas

    Mensagem Quinze: As Vises do Daniel Vencedor (4) A Viso Relacionada ao Destino de Israel (1)

    Mensagem Dezesseis: As Vises do Daniel Vencedor (5) A Viso Relacionada ao Destino de Israel (2)

    Mensagem Dezessete: As Vises do Daniel Vencedor (6) A Viso Relacionada ao Destino de Israel (3)

    Este livro foi traduzido a partir do original em ingls ou digitalizado a partir de sua traduo em lngua portuguesa. Em Cristo esperamos que este livro lhe seja de grande valor e lhe d vida. Que o Senhor Jesus continue nos abenoando sempre!

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  • ESTUDO-VIDA DE DANIELMENSAGEM UM

    UMA PALAVRA INTRODUTRIA

    Leitura Bblica: Dn 1:1-2

    Entre os muitos livros dos profetas, quatro livros so misteriosos: Isaas, Ezequiel, Daniel e Zacarias. Agradecemos ao Senhor por ter aberto atravs dos anos estes livros a ns. Nesta mensagem introdutria para o estudo-vida de Daniel, consideraremos o objetivo, o contedo, o pensamento central e as sees do livro de Daniel.

    I. O OBJETIVO

    O objetivo do livro de Daniel mostrar o destino de Israel determinado por Deus, o contedo das setenta semanas (Dn 9:24-27). As setenta semanas so distribudas por Deus ao povo de Israel.

    Este livro no apenas abrange o destino de Israel, mas abrange tambm o governo Gentio e Cristo. A grande imagem humana em Daniel 2 significa todo o governo humano de Gnesis 10 at Apocalipse 19. Nossa compreenso da histria do povo Judeu e do governo Gentio seria inadequada sem este livro. O livro de Daniel nos mostra que Israel e o governo humano so para Cristo. Cristo a centralidade e a universalidade do mover de Deus, e este mover est intrinsecamente envolvido com Israel e o governo Gentio.

    O livro de Daniel revela cinco pontos particulares com relao Cristo. O primeiro ponto a morte de Cristo. Daniel 9:25 e 26 diz, "Desde a sada do decreto para restaurar e reconstruir Jerusalm at o tempo do Messias o Prncipe sero sete semanas e sessenta e duas semanas.... E depois de sessenta e duas semanas o Messias ser morto. Esta palavra sobre o Messias ser "morto" a palavra mais clara no Antigo Testamento com relao crucificao de Cristo. A crucificao de Cristo o marco das eras. o marco onde a velha criao foi terminada para a germinao da nova criao na ressurreio de Cristo.

    Cristo morreu uma morte todo-inclusiva. Quando Ele morreu, ns e toda a velha criao morremos com Ele. Portanto, Sua morte foi uma terminao todo-inclusiva. A morte conclusiva de Cristo introduziu a ressurreio, e na ressurreio a germinao da nova criao de Deus comeou.

    O segundo ponto a apario vindoura de Cristo (2:34-35, 45). Ele surgir como uma pedra cortada sem auxilio de mos para golpear a grande imagem (vs. 31-45) em seus ps de ferro e barro. A imagem toda, a qual representa todo o governo humano ser esmagada, no da cabea para os dedos dos ps, mas dos dedos dos ps para cima para a cabea. Este esmagar da imagem dos dedos dos ps para a cabea acontecer na vinda de Cristo, e isto algo que somente o prprio Senhor pode fazer. Na vinda de Cristo, todo o governo humano, de Ninrode em Gnesis 10 at o Anticristo, o ultimo Csar do Imprio Romano, em Apocalipse 19, ser esmagado como a palha na eira do estio levada pelo vento (Dn 2:35). A vinda de Cristo tambm ser a abertura do reino eterno de Deus. Consequentemente, a vinda de Cristo ser o marco que encerra o governo humano e introduz o reino eterno de Deus.

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  • O terceiro ponto Cristo como o Filho do Homem que vem para o trono de Deus para receber domnio e um reino (7:13-14). Em Lucas 19 Cristo retratado como um certo homem de nobre nascimento que foi para um pas distante para receber um reino e ento voltar (v. 12). A vinda de Cristo para o trono de Deus para receber o reino de Deus dos cus acontece em Daniel 7. Depois que Cristo receber o reino, Ele voltar.

    O quarto ponto a excelncia de Cristo em Daniel 10. Antes de Daniel falar nos captulos dez doze sobre o destino de Israel, ele recebeu uma revelao de Cristo em Sua excelncia. Cada parte de Cristo excelente e preciosa (vs. 5-6). Precisamos ver e conhecer este Cristo excelente antes de podermos saber do destino do povo de Deus.

    O ltimo ponto Cristo como o companheiro de sofrimento das testemunhas de Deus. No captulo trs, Nabucodonosor atirou os trs amigos de Daniel, Ananias, Misael e Azarias no meio de uma fornalha de fogo ardente porque no se curvaram e adoraram a imagem de ouro a qual Nabucodonosor havia levantado (vs. 13-23). Trs foram lanados na fornalha, mas para sua surpresa, Nabucodonosor viu outra pessoa dentro da fornalha. A quarta pessoa era "como um filho dos deuses" (v. 25). Esta Pessoa o Cristo excelente que passa pelo mesmo tipo de fogo ardente nos sofrimentos dos Seus vencedores. Sempre que formos testemunhas para Deus, testificando algo para Deus, poderemos sofrer. Contudo, em nosso sofrimento, Cristo como o Filho do Homem Aquele que est qualificado e capaz de sentir conosco tudo o que sentimos vem para ser nosso companheiro.

    II. O CONTEDO

    O contedo do livro de Daniel so as setenta semanas divididas em partes por Deus a Israel (9:24-27). Uma semana equivale a sete anos. Usamos a palavra "distribuda em partes" para indicar que Deus distribui as eras em partes.

    A. As Primeiras Sete Semanas de Quarenta e nove Anos

    Estas setenta semanas so divididas em trs partes. A primeira parte so sete semanas de quarenta e nove anos, da emisso do decreto para reconstruir Jerusalm concluso da reconstruo.

    B. As Sessenta e duas Semanas de Quatrocentos e Trinta e quatro Anos

    A segunda parte so as sessenta e duas semanas de quatrocentos e trinta e quatro anos, da concluso da reconstruo de Jerusalm at o cortar do Messias (a crucificao de Cristo).

    C. A ltima Semana de Sete Anos

    A terceira parte ser a ltima semana de sete anos, o tempo da aliana do Anticristo com Israel, os ltimos sete anos da presente era da graa, divididos em duas metades. A primeira metade no ser a crucial, mas a ltima metade, de trs anos e meio, ser muito importante, pois ser o tempo da grande tribulao (Mt 24:21).

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  • D. A Insero da Histria de Israel entre as Primeiras Sessenta e nove Semanase a ltima Semana

    H uma insero da histria de Israel entre as primeiras sessenta e nove semanas e a ltima semana, na era da igreja. Esta insero pode ser chamada de "a era de mistrio", "a era da graa", ou "a era da igreja". Esta era inclui muitas coisas misteriosas, como a ressurreio de Cristo, regenerao, Cristo que vive em ns e o Esprito que d vida. A histria de Israel fsica, sem nada de natureza misteriosa, mas a histria da igreja completamente misteriosa.

    A primeira parte de sete semanas e a segunda parte de sessenta e duas semanas j foi cumprida. Um decreto foi dado para reconstruir Jerusalm (Dn 9:25), e Jerusalm foi reconstruda. O Messias foi cortado sessenta e duas semanas a partir da reconstruo de Jerusalm (v. 26). Consequentemente, estas duas partes das setenta semanas que eram profecias, se tornaram histria.

    III. O PENSAMENTO CENTRALO pensamento central de Daniel que o governo dos cus (4:26) pelo Deus dos cus

    (2:37, 44) sobre todo o governo humano na terra se equipara a economia eterna de Deus para Cristo terminar a velha criao para a germinao da nova criao para destruir e esmagar o agregado do governo humano e estabelecer o reino eterno de Deus.

    O Deus dos cus reina sobre todo o governo humano. O governo humano comeou com Ninrode em Gnesis 10. Antes de Gnesis 10 no havia nenhuma nao humana; antes, havia apenas o gnero humano como um todo sem naes estabelecidas. As naes comearam a ser estabelecidas por Ninrode que construiu Babel uma prefigura de Babilnia (Gn 10:8-10). O governo humano concluir com a vinda do Anticristo que ser o ltimo Csar do Imprio Romano. Todo o governo humano de Ninrode ao Anticristo esteve e continuar estando debaixo do governo dos cus pelo Deus dos cus.

    Na economia de Deus, Cristo terminou a velha criao para a germinao da nova criao na Sua ressurreio por meio de Sua morte. Isto foi obtido em Sua primeira vinda. Na economia de Deus, Cristo, em Sua apario vindoura, tambm esmagar o agregado do governo humano ao longo da histria da humanidade e estabelecer o reino eterno de Deus. Todos estes assuntos foram e estaro intrinsecamente envolvidos com Israel, positiva ou negativamente.

    Toda a situao mundial est debaixo do governo dos cus pelo Deus dos cus, para conciliar Sua economia para Cristo. Hoje a situao mundial, especialmente na Europa e os pases ao redor do Mar Mediterrneo, est equilibrada e proporcionando uma condio a qual est pronta para o retorno de Cristo. Ele est prestes a voltar e o tempo est prximo. Quando vemos esta situao, devemos despertar e perceber que o mundo no para ns. Somos para Cristo, e diariamente devemos nos preparar para encontr-Lo. Ento receberemos uma recompensa Dele.

    O livro de Daniel abrange algumas questes muito importantes. Primeiro, este livro abrange a histria de Israel. Sem este livro, o povo Judeu no poderia ter uma compreenso adequada de sua histria. Daniel tambm abrange o governo humano de Ninrode ao Anticristo. Pelo fato de Israel e o governo humano ser para Cristo, o livro de Daniel tambm revela certos aspectos de Cristo. Cristo o centro e a circunferncia, a centralidade e a universalidade do mover de Deus.

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  • IV. AS SEES

    O ltimo assunto a ser abrangido nesta mensagem so as sees do livro de Daniel.

    A. O Resultado da Degradao dos Eleitos de Deus

    Em Daniel 1:1 e 2, uma palavra introdutria, vemos a questo da degradao dos eleitos de Deus o cativeiro para a Babilnia.

    B. A Vitria dos Jovens Descendentes dos Eleitos degradados de Deusno Cativeiro Sobre os Artifcios Adicionais de Satans

    De fato, o livro de Daniel tem apenas duas sees. A primeira seo, incluindo os captulos de um seis, diz respeito a vitria dos jovens descendentes (inclusive Daniel) dos eleitos degradados de Deus no cativeiro sobre os artifcios adicionais de Satans. Esta vitria era sobre a dieta demonaca (1:3-21); sobre a cegueira maligna que impedia as pessoas de verem a grande imagem humana (a totalidade do governo humano ao longo da histria humana) no sonho de Nabucodonosor (cap. 2); sobre a seduo da adorao de dolo (cap. 3); sobre o vu que impede as pessoas de verem o governo dos cus pelo Deus dos cus (cap. 4); sobre a ignorncia em relao ao resultado da devassido diante de Deus e o insulto a Sua santidade (cap. 5); e sobre a sutileza que proibia a fidelidade dos vencedores na adorao de Deus (cap. 6).

    C. As Vises das Conquistas de Daniel

    A segunda seo de Daniel abrange as vises das conquistas de Daniel (caps. 7-12). A fidelidade e a vitria de Daniel deu a ele a posio e o direito de receber vises de Deus.

    A primeira viso diz respeito s quatro bestas que saiam do Mar Mediterrneo (cap. 7). Estas bestas se referem Babilnia, Prsia, Grcia e o Imprio Romano, e eles correspondem cabea, o peito com os braos, o abdmen com as coxas e as pernas com os ps da grande imagem humana em 2:31-33. A segunda viso diz respeito a um carneiro e um bode com seus sucessores (cap. 8). A prxima viso diz respeito a Israel nas setenta semanas distribudas em partes para eles (cap. 9). A ltima viso (caps. 10-12) diz respeito ao destino de Israel. De acordo com os captulos dez e onze, o destino de Israel est relacionado com o rei do sul (o Egito) e o rei do norte (a Sria). De acordo com o captulo doze, o destino de Israel est relacionado tambm a posio do arcanjo Miguel em relao a Israel.

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  • MENSAGEM DOISA VITRIA DOS JOVENS DESCENDENTES

    DOS ELEITOS DEGRADADOS DE DEUSSOBRE OS ARTIFCIOS ADICIONAIS DE SATANS

    (1)SOBRE A DIETA DEMONACA

    Leitura Bblica: Dn 1

    Os primeiros seis captulos de Daniel esto relacionados com a vitria dos jovens descendentes dos eleitos degradados de Deus sobre os artifcios adicionais de Satans. Nesta mensagem consideraremos a vitria deles sobre a dieta demonaca.

    I. O RESULTADO DA DEGRADAO DOS ELEITOS DE DEUS O CATIVEIRO PARA A BABILNIA

    O resultado da degradao dos eleitos de Deus foi o cativeiro para a Babilnia (1:1-2). Daniel 1:2 nos diz que "o Senhor entregou" o rei de Jud Jeoaquim na mo do rei da Babilnia Nabucodonosor "com alguns dos utenslios da casa de Deus." A palavra "entregou" aqui indica que o rei de Jud e os utenslios era um presente dado a Nabucodonosor por Deus.

    A. Capturado de Volta ao Lugar de Adorao de dolos

    Ser levados cativos para Babilnia significa que os filhos de Israel foram levados de volta ao lugar da adorao de dolos (Jr 50:38).

    B. De volta ao Lugar Original da Adorao a dolos pelo Seu Antepassado Abrao

    Quando o povo de Deus foi capturado de volta ao lugar de adorao de dolos, eles foram levados de volta para Babel, para o lugar original de adorao de dolos pelo seu antepassado, Abrao (Js 24:2-3). A origem de Babilnia foi Babel na terra de Sinear-Caldia-Babilnia (Gn 11:2, 9; 10:10; 11:28). Abrao foi chamado por Deus da Caldeia para Cana para adorar a Deus (Gn 11:31). Por isso, a adorao do Deus nico, a qual tinha sido perdida por causa da queda de Ado, foi retomada.

    O povo de Israel no existia durante o perodo da histria humana de Ado a Abrao. A histria de Israel comeou com Abrao, o primeiro hebreu. Sob a liderana de Moiss, os descendentes de Abrao fizeram seu xodo do Egito, e quarenta anos depois entraram na terra de Cana. Por fim, o povo de Deus foi levado de volta ao lugar original da adorao de dolos, o mesmo lugar do qual seu antepassado Abrao tinha sido chamado.

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  • C. A Destruio Absoluta do Testemunhodos Eleitos de Deus na Adorao do Deus nico

    O cativeiro na Babilnia foi a destruio absoluta do testemunho dos eleitos de Deus na adorao do Deus nico, Jeov, ao levar alguns dos utenslios do templo de Deus para a terra de Sinear e colocados no templo de dolos (2Cr 36:6-7).

    II. A VITRIA DOS JOVENS DESCENDENTES DOS ELEITOS DEGRADADOS DE DEUS SOBRE OS ARTIFCIOS ADICIONAIS DE SATANS NA DIETA

    DEMONACA

    "Disse o rei a Aspenaz, chefe dos seus eunucos, que trouxesse alguns dos filhos de Israel, tanto da linhagem real como dos nobres, jovens sem nenhum defeito, de boa aparncia, instrudos em toda sabedoria, doutos em cincia, versados no conhecimento e que fossem competentes para assistirem no palcio do rei" (Dn 1:3-4). Entre tais filhos de Israel estavam alguns jovens vencedores que Deus usou para obter vitria sobre os artifcios de Satans. Satans pode ter pensado que Deus tinha sido derrotado e que na terra j no havia adorao a Ele. Os eleitos de Deus tinham sido derrotados e o Seu propsito na terra tinha sofrido perda. Porm, Deus no foi desapontado, porque ainda tinha alguns vencedores Daniel e seus amigos. Em Sua soberania Ele arranjou para que estes jovens fossem levados para Babilnia onde seriam Seus vencedores. Se Deus no tivesse tido estes vencedores na Babilnia, Ele teria sido totalmente derrotado. Mas por causa da presena deles na Babilnia, Ele no foi derrotado e pde vangloriar-se Satans que at mesmo na Babilnia tinha Seus vencedores.

    A. A Tentao Maligna de Nabucodonosor

    Daniel 1:3-7 descreve a tentao maligna de Nabucodonosor.

    1. Seduzindo Daniel e Seus Amigosa Se Contaminarem ao Participar da Sua Comida Impura,

    Comida Sacrificada aos Seus dolos

    A primeira tentao que veio ao ser humano estava relacionada questo de comer (Gn 3:1-5). Em princpio, todas as tentaes que vem a ns esto relacionadas questo de comer. A tentao maligna de Nabucodonosor era primeiramente seduzir Daniel e seus trs amigos, quatro jovens descendentes brilhantes dos eleitos derrotados de Deus, a se contaminarem ao participar de sua comida impura, comida oferecida a dolos. Nabucodonosor proporcionou a Daniel e seus trs amigos a melhor comida para comerem. Para Daniel, esta melhor comida era de fato a rvore do conhecimento do bem e mal. Esta rvore algo ligado a Satans e at mesmo um com Satans, mas a rvore de vida algo ligado a Deus e um com Deus. Comer da rvore do conhecimento do bem e do mal era se tornar um com Satans; comer da rvore da vida estar ligado a Deus. Quando Daniel e seus amigos se recusaram a comer a comida impura de Nabucodonosor e escolheram em vez disso, comer legumes, eles na verdade, estavam rejeitando a rvore do conhecimento do bem e do mal e tomando a rvore da vida. Assim, mesmo no palcio de Nabucodonosor havia as duas rvores.

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  • A comida escolhida era maculada, impura, pois tinha sido oferecida aos deuses de Nabucodonosor. Se Daniel e seus amigos comessem aquela comida teriam sido levados a desonra, tomados pelos dolos, e assim se tornariam um com Satans. Se tivessem feito isto, Deus estaria acabado e no haveria nada mais na terra para Si e para Seu interesse. Ento Satans poderia gabar-se e ter dito, "Deus, Voc foi completamente derrotado. Voc no tem nada na terra para represent-Lo e ser um com Voc." Deus teria sido derrotado em Seus eleitos. Ora, se os Seus descendentes no cativeiro, a gerao jovem, tivesse seguido os passos de seus pais, Deus teria sido derrotado completamente. Mas Daniel e seus amigos eram para Deus; estavam ligados a Deus, eram fiis a Deus e um com Deus porque tomaram Deus.

    Comer a melhor comida de Nabucodonosor tomar Satans como nossa proviso e se tornar um com Satans. Me preocupa o fato de que possam estar comendo a melhor comida preparada pelo Nabucodonosor de hoje. Se formos descuidados quanto ao nosso comer, comprar, aonde ir e naquilo que fazemos, podemos tomar algo relacionado a dolos, algo demonaco. Somos o que comemos. Se comemos comida divina isto , se comemos Deus, Deus como nossa comida seremos um com Deus.

    2. Mudando Seus Nomes

    Em sua tentao demonaca Daniel e seus amigos, Nabucodonosor mudou tambm seus nomes que indicavam que pertenciam a Deus, para nomes que os tornavam um com os dolos. O nome de Daniel que significa "Deus o Juiz", ou "Deus meu Juiz", foi mudado a Beltessazar - "o prncipe de Bel", ou "o favorito de Bel" (Is 46:1). O nome de Ananias que significa "Jeov amvel", ou "o favorito de Jeov", foi mudado para Sadraque - "iluminado pelo deus sol." O nome de Misael significa "Quem pode ser como Deus?", mas seu nome foi mudado para Mesaque - "Quem pode ser como a deusa [Shach]"? O nome de Azarias significa "Jeov minha ajuda", foi mudado para Abede-Nego - "o servo fiel do deus do fogo Nego."

    B. Daniel Travou Uma BatalhaPara Opor-se Tentao do Diabo com Ousadia

    Daniel travou uma batalha para opor-se tentao do diabo com ousadia (Dn 1:8-13). Daniel no fez intrigas, mas foi franco e ousado.

    C. Deus Honrou a Luta de Daniel

    Deus honrou a luta de Daniel, e Daniel e seus amigos se tornaram vencedores entre os remanescentes dos eleitos derrotados de Deus. O eleito foi derrotado, mas os jovens vencedores foram vitoriosos. A vitria deles foi a vitria de Deus. Por causa desta vitria Deus pde gabar-se e dizer a Satans que no meio da Babilnia, o territrio dele, Deus ainda tinha alguns vencedores, quatro jovens que foram vitoriosos sobre os artifcios de Satans.

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  • D. Deus Aparentemente foi Derrotado,mas na Verdade Preservou Sua Adorao e Testemunho

    Aparentemente por causa do cativeiro na Babilnia, Deus foi derrotado em Seus interesses na terra. Na verdade Ele preservou Sua adorao e testemunho por meio dos jovens vencedores entre Seus eleitos derrotados. Hoje no Catolicismo e Protestantismo Deus tem alguns vencedores.

    E. Deus Abenoa Daniel e Seus Amigoscom Conhecimento e Discernimento

    Deus abenoou Daniel e seus trs amigos com conhecimento e discernimento em toda cincia e sabedoria, e Ele especialmente abenoou a Daniel com entendimento em todas as vises e sonhos (vs. 17-20). Estas bnos era a maneira de Deus indicar que concordava com estes quatro vencedores.

    F. Deus Abenoa Daniel com Longevidade

    Deus abenoou Daniel com longevidade, de forma que viveu atravs do cativeiro setenta anos e viu a libertao e o retorno dos cativos no primeiro ano de Ciro, o rei da Prsia, depois da queda de Babilnia (v. 21; 6:28; 5:30-31; Ed 1:1-5). De Deus Daniel recebeu sabedoria, discernimento, entendimento e longevidade. Com ele e seus amigos vemos a histria da vitria de Deus continuando na terra por meio de seus jovens vencedores. Espero que hoje tambm haja grupos de vencedores que sejam motivo para Deus gabar-se de Satans.

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  • MENSAGEM TRSA VITRIA DOS JOVENS DESCENDENTES

    DOS ELEITOS DEGRADADOS DE DEUSSOBRE OS ARTIFCIOS ADICIONAIS DE SATANS

    (2)SOBRE A CEGUEIRA MALIGNA QUE IMPEDEAS PESSOAS DE VEREM A VISO DE DEUS

    EM RELAO AO GOVERNO HUMANOAO LONGO DA HISTRIA HUMANA

    Leitura Bblica: Dn 2

    Nesta mensagem consideraremos a vitria dos jovens descendentes dos eleitos degradados de Deus sobre a cegueira maligna que impede as pessoas de verem a viso de Deus em relao ao governo humano ao longo da histria humana.

    I. O SONHO MARAVILHOSO DE NABUCODONOSORNabucodonosor teve um sonho maravilhoso de uma grande imagem humana (2:1).

    Aquele sonho deve t-lo impressionado profundamente, mas esqueceu-se do sonho por no ter um corao voltado para os interesses de Deus. Ento seu esprito ficou perturbado para saber o sonho, e todos os mgicos, todos os homens sbios de Babilnia e os Caldeus no podiam lhe contar o sonho (vs. 2-13). Entretanto, havia um homem, Daniel, que colocou seu corao nas coisas espirituais com relao aos interesses de Deus na terra. Ele no teve o sonho, contudo recebeu a viso de Deus com respeito a ele (vs. 17-23) e o interpretou (vs. 24-45).

    II. A VISO DE DANIEL DE DEUSEM RELAO AO SONHO DE NABUCODONOSOR

    Em 2:14-45 temos a viso de Daniel de Deus em relao ao sonho de Nabucodonosor.

    A. A Viso de Deus Dada a DanielOs versculos 17 a 23 falam da viso de Deus sendo dada a Daniel.

    B. A Interpretao de Daniel do Sonho de NabucodonosorOs versculos de 24 a 45 um registro da interpretao de Daniel do sonho de

    Nabucodonosor.

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  • 1. Daniel Exalta Deus

    Ao interpretar o sonho de Nabucodonosor, Daniel exaltou a Deus (vs. 25-30). Ele no exaltou a si mesmo.

    2. O Contedo do Sonho de NabucodonosorO contedo do sonho de Nabucodonosor era uma grande imagem humana e seu

    destino (vs. 31-45).

    a. O Significado do Agregado do Governo Humanoao Longo da Histria Humana

    Esta grande imagem significa o agregado do governo humano ao longo da histria humana (vs. 31-33), desde o princpio do governo humano em Babel (Babilnia) na terra de Sinear (Gn 10:6-12), como tipificado pela cabea, at a concluso do governo humano na histria humana no Imprio Romano com os dez reis, tipificados pelos dez dedos dos ps. Desde seu inicio at sua concluso, o governo humano tem feito e continuar fazendo trs coisas: se rebelar contra Deus, exaltar o homem e adorar dolos (Gn 11:4, 9).

    b. A Cabea de Ouro

    Na grande imagem humana, a cabea de ouro, corresponde primeira besta em Daniel 7:3 e 4, que tipifica Nabucodonosor, o fundador e rei da Babilnia (2:36-38).

    c. O Peito e os Braos de Prata

    O peito e os braos de prata, correspondem segunda besta em 7:5, que tipifica a Mdia-Prsia (2:39a).

    d. O Abdmen e as Pernas de Bronze

    O abdmen e os pernas de bronze, correspondem terceira besta em 7:6, que tipifica a Grcia, incluindo a Macednia (2:39b).

    e. As Pernas de Ferro e os Ps Em parte de Ferro e Em parte de Barro

    As pernas de ferro e os ps em parte de ferro e em parte de barro, correspondem quarta besta em 7:7 e 8, que tipifica o Imprio Romano com seus ltimos dez reis (2:40-43).

    Na Bblia, de acordo com a imagem humana em Daniel 2, h somente quatro imprios. Aos olhos de Deus, todos os governos humanos ao longo da histria humana so compostos de quatro imprios: o Imprio Babilnico, o Imprio Medo-Persa, o Imprio Grego-Macednio e o Imprio Romano. De acordo com o ponto de vista humano, o Imprio Grego terminou com a morte de Alexandre o Grande. Porm, de acordo com o ponto de vista de Deus, este imprio continuou com os sucessores de Alexandre seus quatro generais que dividiram o imprio em quatro partes e durou at o comeo do Imprio Romano. Aparentemente o Imprio Romano tambm foi terminado. Na verdade, o Imprio Romano continua existindo. De acordo com os livros de Daniel e Apocalipse, o

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  • Imprio Romano ter como seu ltimo Csar o Anticristo, com os dez reis tipificados pelos dez dedos dos ps da grande imagem. O Imprio Romano, que comeou aproximadamente trinta anos antes do nascimento de Cristo, durar at o final dos trs anos e meio da grande tribulao. O agregado dos imprios humanos que comearam com Ninrode em Babel e consumar com o ltimo Csar do Imprio Romano com seus dez reis. Assim, de acordo com a Bblia, ainda hoje estamos no Imprio Romano.

    A cultura do mundo um acumulo de cultura desde a poca de Ninrode at o presente. O que comeou com Ninrode concluir com o Anticristo. Os Imprios, Babilnico, Medo-Persa e Grego-Macednio desapareceram, mas suas culturas permaneceram. O Imprio Medo-Persa adotou aspectos da cultura Babilnica, e o Imprio Grego-Macednio adotou aspectos da cultura Medo-Persa. No mesmo princpio, o Imprio Romano adotou muitos elementos da cultura Grega e das culturas que o precederam. Hoje ainda estamos sob a influncia da cultura Romana, especialmente nas questes de leis, polticas e governo. Neste sentido, o Imprio Romano continua existindo, e ns ainda estamos neste imprio.

    f. O Destino da Grande Imagem Humana

    Daniel 2:34-35, 44-45 revela o destino da grande imagem humana.

    1) Ser Esmagada por uma PedraCortada sem Auxilio de Mos, em Sua Apario

    O destino da grande imagem humana ser esmagada por uma pedra cortada sem auxilio de mos, em Sua apario (vs. 34-35a, 44b-45; 7:13-14). Esta pedra cortada sem auxilio de mos Cristo.

    Como a pedra que esmagar todo o governo humano, Cristo no foi cortado com auxilio de mos humanas (como indicado por "sem auxilio de mos" em 2:34, 45); Ele foi cortado por Deus por meio de Sua crucificao e ressurreio. Por meio de Sua crucificao, Ele foi cortado e posto na morte (Atos 2:23), e na Sua ressurreio, Ele foi cortado para ser a primeira, a pedra principal para a edificao da igreja e a pedra que esmia para destruir a totalidade do governo humano (At 2:24; Mt 21:42, 44b).

    Em Sua apario como a pedra cortada sem auxilio de mos humana, Cristo esmagar a grande imagem dos dedos dos ps at a cabea. Isto significa que Ele golpear os dez reis junto com o Anticristo. Apocalipse 19 fala da guerra entre Cristo e o Anticristo. Com Cristo haver Sua noiva recm-casada, composta dos vencedores, e com o Anticristo haver os dez reis com seus exrcitos. Esta guerra ser uma luta da terra contra os cus, de homem contra Deus. Cristo derrotar e destruir o Anticristo e os dez reis.

    De acordo com Daniel 2, isto exigir o esmagamento de toda a imagem humana dos dedos dos ps at a cabea. Os versculos de 34 a 35a diz, "Uma pedra foi cortada sem auxilio de mos, e golpeou a imagem nos ps de ferro e barro e os esmiuou. Ento, foi esmiuados o ferro, o barro, o bronze, a prata, e o ouro, os quais se fizeram como a palha das eiras no estio, e o vento os levou, e deles no se viram mais vestgios." Isto significa a destruio completa de todo o governo humano de Ninrode ao Anticristo. O governo humano, portanto, ser terminado por Cristo em Sua apario como a pedra cortada de Deus.

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  • A Bblia revela que Cristo uma pedra em trs aspectos. Primeiro, para os crentes, Cristo a pedra de fundamento em quem eles confiam. Com relao este aspecto de Cristo como uma pedra, Isaas 28:16 diz, "Eis que eu assentei em Sio uma pedra, pedra j provada, pedra preciosa, angular, solidamente assentada." Segundo, para os judeus incrdulos, Cristo a pedra de tropeo (Is 8:14; Rm 9:33). Com relao este aspecto, Mateus 21:44a diz, "Aquele que cair sobre essa pedra ficar em pedaos." Terceiro, para as naes, Cristo ser a pedra que esmia. "E aquele sobre quem ela cair, ela o reduzir a p e dispersar como palha" (Mt 21:44b). Daniel 2 revela Cristo como a pedra que esmia a grande imagem humana e a torna como palha levada pelo vento.

    Quando Cristo vier como a pedra que esmia, Ele no vir sozinho. Antes, vir com Sua noiva. Antes daquele tempo, Cristo j ter tomado a igreja, e ter se casado com Sua noiva, como descrito em Apocalipse 19. Aps Seu casamento, Ele vir tanto como a pedra que esmia e como Aquele que pisa o lagar (Ap 19:15; 14:19-20; Is 63:2-3). O Anticristo reunir uma grande quantidade de seres humanos malignos e rebeldes ao redor de Jerusalm, preparando assim as "uvas" para serem pisadas no lagar por Cristo. Sua vinda ser uma grande surpresa, pois estes rebeldes no creem nem em Cristo nem em Deus, mas somente neles mesmos. O Anticristo ir longe demais ao ponto de dizer que ele mesmo Deus (2Ts 2:4; Dn 11:36), e para seu prazer ele armar suas tendas entre a boa terra e o Mar Mediterrneo (v. 45). Ento Cristo como a pedra cortada por Deus vir com Sua noiva para golpear os dedos dos ps da imagem, destruindo-a dos dedos dos ps at a cabea. Desta maneira, o governo humano ser esmiuado e terminado.

    2) Ser Substituda com uma Grande Montanha a Qual Encher Toda a Terra

    A grande imagem humana ser substituda por uma grande montanha, significando o reino eterno de Deus que encher toda a terra (2:35b, 44a). Isto significa que depois que Cristo vier esmiuar o agregado do governo humano, Ele introduzir o reino eterno de Deus na terra.

    Daniel 2:35b diz, "A pedra que feriu a imagem se tornou uma grande montanha e encheu toda a terra." Este aumento da pedra em uma grande montanha significa o aumento de Cristo. O fato de Cristo aumentar revelado claramente em Joo 3. Referindo a Cristo, o versculo 30 diz, " necessrio que Ele cresa." O aumento neste versculo a noiva falada no versculo 29: "O que tem a noiva o noivo." Ento, Cristo tem um aumento, e este aumento Sua noiva. Da mesma maneira que Eva era o aumento de Ado, a noiva o aumento de Cristo como o Noivo.

    A igreja hoje o aumento de Cristo em vida, mas o reino eterno de Deus o aumento de Cristo em administrao. Em vida Cristo aumenta para se tornar a igreja; na administrao Cristo aumenta para se tornar o reino eterno de Deus. Consequentemente, Cristo no s a igreja, mas tambm o reino de Deus. A igreja e o reino so os aumentos Dele.

    A parbola da semente em Marcos 4:26-29 revela como o reino de Deus o aumento de Cristo. O versculo 26 diz, "O reino de Deus assim como se um homem lanasse a semente terra." Esta semente Cristo como a incorporao da vida divina. De acordo com a parbola, esta semente brota, cresce, gera fruto, amadurece e produz uma colheita (vs. 27-28). Desde o tempo em que Cristo veio para semear a Si mesmo no "solo" da humanidade, Ele tem crescido e aumentado. Consequentemente, este aumento se tornar a grande montanha que encher toda a terra para ser o reino eterno de Deus.

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  • A palavra relacionada a Cristo como a pedra e a montanha no captulo dois de Daniel revela que Cristo a centralidade e a universalidade do mover de Deus. Podemos dizer que como a pedra Ele a centralidade e como a montanha Ele a universalidade. A pedra Cristo como o centro, e a montanha Cristo como a circunferncia, a universalidade. Cristo verdadeiramente uma Pessoa todo-inclusiva. Ele a pedra e tambm a montanha; Ele a igreja e tambm o reino. Ele com Seu aumento a grande montanha que enche toda a terra.

    III. NABUCODONOSOR HONRA DANIEL

    Em 2:46-49 vemos Nabucodonosor honrando Daniel. Nabucodonosor se inclinou perante Daniel e o adorou, ordenando que lhes oferecessem ofertas de manjares e suaves perfumes a ele e dizendo, "Certamente, o vosso Deus o Deus dos deuses e o Senhor dos reis e um Revelador de segredos, pois pudeste revelar este segredo" (vs. 46-47). Ento Nabucodonosor engrandeceu a Daniel e o ps por governador de toda a provncia de Babilnia e chefe supremo sobre todos os homens sbios de Babilnia. Alm disso, em resposta ao pedido de Daniel com respeito aos seus trs amigos, Nabucodonosor os designou sobre a administrao da provncia de Babilnia. Assim, Daniel e seus trs amigos foram designados para governar na provncia de Babilnia.

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  • MENSAGEM QUATROA VISO DA GRANDE IMAGEM

    A VISO GOVERNANTE NO LIVRO DE DANIEL

    Leitura Bblica: Dn 2

    Nesta mensagem gostaria de dar uma palavra adicional com relao viso da grande imagem em Daniel 2. Como veremos, esta viso a viso governante no livro de Daniel.

    A IMAGEM TODA SE REFERE BABILNIA

    Na interpretao do sonho de Nabucodonosor no captulo dois, apenas a cabea da grande imagem humana foi chamada de Babilnia. Entretanto, se a cabea for a Babilnia, a imagem toda tambm deve ser a Babilnia.

    A Bblia revela que a imagem humana vista por Nabucodonosor em Daniel 2, na verdade no comeou com Nabucodonosor, mas com Ninrode, que fundou a cidade de Babel (Gn 10:9-10). A edificao de Babel por Ninrode foi o comeo de Babilnia. Babilnia continuou desde ento atravs do Imprio Medo-Persa, o Imprio Grego e o Imprio Romano. Por fim, ele incluir o ltimo Csar do Imprio Romano, o Anticristo, com os seus dez reis, tipificados pelos dedos dos ps da grande imagem (Dn 2:41-44). O livro de Apocalipse nos diz que em sujeio ao Anticristo, o ltimo Csar, o Imprio Romano ser tanto a Babilnia poltica quanto a religiosa. Apocalipse 18 refere-se ao imprio do Anticristo como a Babilnia poltica e fsica, isto , "Babilnia, a Grande" (v. 2). Alm disso, por meio de Constantino, o Grande, aquele que aceitou o Cristianismo como a religio estatal, a natureza do Cristianismo foi mudada para se tornar a Igreja Catlica que em Apocalipse 17 chamada "MISTRIO, BABILNIA, A GRANDE" (v. 5). Esta a Babilnia religiosa. Ento, a partir da Bblia vemos no somente que a Babilnia a prpria Babilnia, mas at mesmo o Imprio Romano a Babilnia.

    A BABILNIA REBELA-SE CONTRA DEUS,EXALTA O HOMEM E ADORA DOLOS

    De acordo com nosso ponto de vista, h muitos pases, naes e imprios diferentes. Mas aos olhos de Deus, todo governo humano de Ninrode ao Anticristo a Babilnia. Este governo humano Babilnia tem sempre feito trs coisas: rebelar-se contra Deus, exaltar o homem e adorar dolos (Gn 11:4, 9). Adorar dolos na verdade adorar o diabo que est por trs dos dolos. Onde quer que possamos ir, veremos que o governo humano se rebela contra Deus, exalta o homem e adora dolos.

    A PEDRA CORTADA SEM AUXILIO DE MOSAPARECE PARA ESMIUAR A GRANDE IMAGEM HUMANA

    Quando a Babilnia atingir seu pice, a pedra cortada sem auxilio de mos aparecer para esmiuar a grande imagem, comeando com os dedos dos ps e os ps (Dn 2:34-35, 44-45; 7:13-14). Em Sua palavra para os fariseus em Mateus 21, o Senhor Jesus

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  • indicou-lhes que Ele uma pedra. Primeiro, no versculo 42, Ele lhes perguntou, "Nunca lestes nas Escrituras: A pedra que os construtores rejeitaram, essa tornou-se a principal pedra, angular. Isto saiu do Senhor, e maravilhoso aos nossos olhos'?" Ento no versculo 44 Ele continua dizendo, "Aquele que cair sobre essa pedra ficar em pedaos; e aquele sobre quem ela cair, ela o reduzir a p e dispersar como palha." Aqui vemos que Cristo a pedra que esmia. Quem ser esmiuado por Ele e se espalhar como palha? De acordo com Daniel 2, o agregado do governo humano cujo nome Babilnia que ser esmiuada e esmagada em pedaos por Cristo como a pedra cortada sem auxilio de mos.

    A SITUAO MUNDIAL DE HOJE

    No que diz respeito ao governo humano, precisamos considerar que parte da grande imagem humana somos ns hoje. Como resultado de estudar a Bblia e a situao mundial durante mais de sessenta anos, acredito que hoje estamos nos ps da imagem, muito perto dos dez dedos dos ps. A situao mundial, especialmente a situao na Europa, foi remodelada para se ajustar s profecias na Bblia. Se estivermos claros sobre isto, saberemos onde estamos e o que devemos fazer.

    A cultura, o esprito e a essncia do Imprio Romano continuam existindo, mas a forma e aparncia deste imprio desapareceram. Porm, ser restabelecida a forma e a aparncia do Imprio Romano sob as ordens do Anticristo. Toda a terra agora est pronta para a restaurao do Imprio Romano e o surgimento dos dez dedos dos ps trar Cristo como a pedra para esmiuar o agregado do governo humano e introduzir o reino eterno de Deus na terra.

    A VISO GOVERNANTE NO CAPTULO DOISA viso no captulo dois a viso governante de todo o livro de Daniel. O captulo

    um simplesmente uma introduo, visto que o captulo dois nos mostra uma viso governante, uma viso que a chave para compreender as vises de Daniel nos captulos sete a doze.

    Os quatro imprios em Daniel 2 correspondem s quatro bestas em Daniel 7. No captulo dois Nabucodonosor viu uma grande imagem humana, mas no captulo sete Daniel viu quatro bestas. As quatro partes principais da imagem na viso de Nabucodonosor correspondem s quatro bestas na viso de Daniel. A cabea de ouro (2:37-38), tipificando Nabucodonosor, corresponde primeira besta que "era como um leo e tinha asas de guia" (7:3-4). O peito e braos de prata (2:32, 39a), tipificando a Mdia-Prsia, corresponde segunda besta que se assemelhava a um urso (7:5). O abdmen e as pernas de bronze (2:32, 39b), tipificando a Grcia, corresponde terceira besta que era como um leopardo (7:6). As pernas de ferro e os ps em parte de ferro e em parte de barro (2:40-43), tipificando o Imprio Romano e seus ltimos dez reis, corresponde quarta besta, a qual, sendo diferente das outras bestas, tinha grandes dentes de ferro e dez chifres (7:7-8).

    Detalhes adicionais concernentes estes imprios so encontrados nos captulos oito e onze. No captulo oito vemos que a segunda parte da grande imagem humana Mdia-Prsia tipificada por um carneiro (8:3-4) foi derrotado pela tera parte Grcia tipificado por um bode com um chifre notvel (vs. 5-8). O versculo 8 diz, "O bode se engrandeceu sobremaneira. Mas uma vez que se tornou, o grande chifre foi quebrado, e

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  • em seu lugar surgiram quatro chifres notveis para os quatro ventos do cu." Estes quatro chifres significam os sucessores de Alexandre o Grande. Para mais detalhes concernentes estes quatro chifres, precisamos ler o captulo onze que tem muito a dizer sobre o rei do sul (o Egito) e o rei do norte (a Sria). Em particular, este captulo fala sobre Antoco Epifnio, um descendente notrio do sucessor de Alexandre na Sria.

    TRS TIPOS DE ANTICRISTO

    Antoco Epifnio era um tipo de Anticristo. O primeiro tipo de Anticristo foi Ninrode em Gnesis; o segundo foi Antoco Epifnio em Daniel; e o terceiro foi Titus, o prncipe de Roma que destruiu Jerusalm em 70 A.C. Assim, se quisermos um quadro pleno do Anticristo, precisamos no somente estudar o livro de Apocalipse, mas tambm estes trs tipos de Anticristo. Com Ninrode, Antoco Epifnio e Titus ns temos o quadro, e no livro de Apocalipse temos a definio. Quando reunimos o quadro e a definio, temos uma viso plena com respeito ao Anticristo.

    A VISO GOVERNANTE GUARDA O POVO DE DEUS DO MUNDO

    Espero que todos ns vejamos a viso governante no segundo captulo de Daniel e que, na luz dessa viso, tenhamos uma viso clara com respeito ao governo humano. Aos olhos dos seres humanos, h diferentes tipos de governos, alguns bons e outros ruins. Mas aos olhos de Deus, todo governo humano uma besta. Babilnia, Prsia, Grcia, o Imprio Romano todos so bestas. Posso testificar que esta viso me preservou do mundo por mais de sessenta anos. Todos ns precisamos de tal panorama, de tal viso. Se, como povo de Deus, virmos esta viso governante, seremos guardados do mundo e preparados para a vinda de Cristo como a pedra que esmia que esmagar o agregado do governo humano e se tornar uma grande montanha - o reino eterno de Deus enchendo toda a terra.

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  • MENSAGEM CINCOA VITRIA DOS JOVENS DESCENDENTES

    DOS ELEITOS DEGRADADOS DE DEUSSOBRE OS ARTIFCIOS ADICIONAIS DE SATANS

    (3)SOBRE A SEDUO DA ADORAO DE DOLO

    Leitura Bblica: Dn 3

    Nesta mensagem consideraremos a vitria dos jovens descendentes dos eleitos derrotados de Deus sobre a seduo da adorao de dolo.

    I. A ESTRATGIA DE SATANS PARA SEDUZIROS JOVENS VENCEDORES ENTRE OS ELEITOS DERROTADOS DE DEUS

    NA ADORAO DE DOLOS POR MEIO DA CEGUEIRA DE NABUCODONOSOR

    No captulo trs a estratgia de Satans era seduzir os jovens vencedores entre os eleitos derrotados de Deus na adorao de dolos por meio da cegueira de Nabucodonosor (vs. 1-7). Nabucodonosor fez uma grande imagem de ouro, sessenta cvados (27 metros) de altura, e a colocou na plancie de Dura na provncia de Babilnia (v. 1). Ele pode ter sido influenciado a fazer tal imagem por causa da interpretao do seu sonho no captulo dois. Nabucodonosor mandou ajuntar os strapas, os prefeitos e todos os tipos de oficiais de todas as provncias para vir dedicao da imagem que havia levantado e ordenou a todos os povos, naes e lnguas para adorar sua imagem de ouro (vs. 2-5). Todo aquele que no prostrasse e adorasse seria lanado no meio de uma fornalha de fogo ardente (v. 6). Os trs amigos de Daniel estavam entre os altos oficiais reunidos, mas Daniel, o chefe supremo de todos os sbios na provncia de Babilnia, no estava presente. Isto parece incomum. Creio que Daniel ficou em algum lugar escondido orando pela situao.

    II. OS TRS AMIGOS DE DANIEL SE POSICIONAM CONTRA A ADORAO MALIGNA

    E SO ACUSADOS PELOS CALDEUS

    Os trs amigos de Daniel, os jovens vencedores entre os cativos judeus, se posicionaram contra a adorao maligna e foram acusados pelos caldeus (vs. 8-12). Os caldeus tinham inveja de Daniel e seus amigos e tomou a recusa deles de adorar a imagem de ouro como base para acus-los diante de Nabucodonosor.

    II. NABUCODONOSOR TENTA OS JOVENS VENCEDORESDANDO-LHES OUTRA CHANCE PARA ADORAR A IMAGEM DE OURO

    Nabucodonosor, irado e furioso, tentou os jovens vencedores dando-lhes outra chance para adorar sua imagem de ouro, com a ameaa de lan-los em uma fornalha de fogo ardente (vs. 13-15).

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  • IV. A RESPOSTA DOS TRS JOVENS VENCEDORES

    Os trs vencedores responderam, "Se o nosso Deus, a quem servimos, quer livrar-nos, ele nos livrar da fornalha de fogo ardente e das tuas mos, "o rei" (v. 17). A resposta deles Nabucodonosor foi indelicada e muito ousada (vs. 16-18). Contudo ainda havia algo do conceito natural na resposta deles. Eles disseram que Deus podia livr-los da fornalha ardente. De fato, Deus no precisou livr-los da fornalha. Ele os manteve na fornalha e tornou o fogo sem efeito (v. 25). Eles foram corajosos, mas no foram to espirituais. Se tivessem sido espirituais, teriam dito, "Nabucodonosor, estamos contentes por entrar na fornalha ardente, porque quando formos, Ele vir. Ele far de sua fornalha ardente um lugar muito agradvel."

    V. NABUCODONOSOR SE ENCHEU DE FRIAE ORDENOU QUE OS VENCEDORES FOSSEM ATADOS E LANADOS

    NA FORNALHA DE FOGO ARDENTE

    Nabucodonosor se encheu de fria e, transtornado o aspecto do seu rosto contra os jovens vencedores, ordenou que se acendesse a fornalha sete vezes mais do que se costumava, ordenando aos homens mais poderosos que estavam no seu exrcito que atassem os vencedores e os lanassem na fornalha de fogo ardente (vs. 19-21).

    VI. OS JOVENS VENCEDORES CAEM ATADOS NA FORNALHA ARDENTE

    Os homens poderosos foram mortos pelas chamas do fogo, e os trs jovens vencedores caram atados na fornalha de fogo ardente (vs. 22-23).

    VII. NABUCODONOSOR FICOU SURPRESOE FALOU COM SEUS CONSELHEIROS

    Nabucodonosor ficou surpreso e disse aos seus conselheiros: "No lanamos ns trs homens atados no meio do fogo?... Eu, porm vejo quatro homens soltos, que andam passeando dentro do fogo, sem nenhum dano; e o aspecto do quarto semelhante a um filho dos deuses" (vs. 24-25). Este quarto era Cristo; que tinha vindo para estar com Seus trs vencedores no sofrimento e na perseguio deles, e fazer do fogo um lugar agradvel no qual se pudesse passear.

    Nosso conceito natural que precisamos deixar o fogo das nossas circunstncias. Podemos pensar que se tivermos um marido problemtico ou uma esposa rixosa, devemos orar e pedir a Deus que nos liberte de tal situao. Mas o Senhor dir, "Eu no quero libertar voc desta situao no seu casamento. Ao em vez disso, Eu o manterei nele, e virei e farei do seu ambiente um lugar agradvel."

    Quando o inimigo nos lana na fornalha, devemos perceber que no precisamos pedir ao Senhor que nos liberte. Ele vir para estar conosco e cuidar de ns em nosso sofrimento, fazendo do nosso lugar de sofrimento uma situao agradvel. Posso testificar isso atravs da minha experincia na priso sob a invaso do exrcito Japons na China. Durante aquele tempo de sofrimento, o Senhor estava comigo. Um dia, quando estava falando com o Senhor, tive um sentimento profundo de que Ele estava ali na priso comigo. Chorei diante Dele, dizendo, "Senhor, Tu sabes por que estou aqui." Em vez de me

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  • libertar imediatamente da priso, o Senhor, por meio de Sua presena, fez daquela priso um lugar agradvel. Assim como o Senhor estava com aqueles vencedores sofrendo na Babilnia, assim Ele estar conosco em nosso sofrimento hoje.

    VIII. OS JOVENS VENCEDORES SAEM DO FOGO

    Nabucodonosor aproximou-se da porta da fornalha de fogo e disse aos jovens vencedores, "Servos do Deus Altssimo, saiam e venham aqui" (v. 26). Ento os jovens vencedores saram do fogo, e todos os mais elevados oficiais e os conselheiros do rei viram que nestes jovens vencedores o fogo no tinha causado nenhum dano em seus corpos e que seus cabelos no havia sido chamuscados, nem suas roupas tinham sido afetadas, nem cheiro de fumaa sobre eles (v. 27).

    IX. NABUCODONOSOR BENDIZENDO AO DEUSDE SADRAQUE, MESAQUE E ABEDE-NEGO

    Nabucodonosor respondeu e disse, "Bendito seja o Deus de Sadraque, Mesaque, e Abede-Nego, que enviou o seu anjo e livrou os seus servos, que confiaram nele, pois no quiseram cumprir a palavra do rei, preferindo entregar os seus corpos, a servirem e adorarem a qualquer outro deus, seno ao seu Deus" (v. 28). O trs jovens vencedores no simplesmente frustraram a palavra do rei eles a mudaram. Em vez de cumprir a palavra de Nabucodonosor, eles a mudaram em natureza e entregaram seus corpos para que no pudessem servir nem adorar qualquer deus diferente do nico Deus deles.

    Nabucodonosor fez um decreto que dizia que qualquer povo, nao ou idioma que dissesse blasfmia contra o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego deveria ser despedaado, e suas casas seriam feitas um monturo; porque no h outro Deus que possa livrar como este (v. 29). Ento o rei fez prosperar os trs jovens vencedores na provncia de Babilnia (v. 30).

    O trs jovens vencedores obtiveram vitria sobre a seduo de adorar dolos. Todo o universo viu a rejeio deles da adorao maligna. Assim, Deus pde gabar-se de Satans de que at mesmo em seu territrio, Ele tinha pessoas que O adoravam. Eles no se importaram com Satans. Hoje, nesta era de trevas, tudo parece ser desencorajador. Mas ainda h um grupo de vencedores para se levantar contra esta correnteza e levar a cabo a adorao, o testemunho e o interesse de Deus na terra.

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  • MENSAGEM SEISA VITRIA DOS JOVENS DESCENDENTES

    DOS ELEITOS DEGRADADOS DE DEUSSOBRE OS ARTIFCIOS ADICIONAIS DE SATANS

    (4)SOBRE O VU QUE IMPEDE AS PESSOAS

    DE VEREM O GOVERNO DOS CUS PELO DEUS DOS CUS

    Leitura Bblica: Dn 4

    Daniel um livro da revelao divina com respeito economia de Deus. Nos captulos de um a seis, este livro no apresenta a economia de Deus de maneira teolgica ou doutrinria, mas em uma srie de casos. H seis casos registrados em Daniel 1-6 os quais nos mostram o que a economia de Deus e como Sua economia pode ser levada a cabo. Estes seis casos so ilustraes.

    Aparentemente os casos nos captulos de um a seis esto isolados e no tem nada a ver um com o outro. Na verdade, estes casos esto todos conectados. Por exemplo, para encontrar o ponto crucial do segundo caso, a grande imagem humana no captulo dois, temos que voltar ao captulo um. O segredo para entender o captulo dois est no captulo um. Do mesmo modo, o segredo para entender o captulo trs est no captulo dois, e assim sucessivamente. O caso no captulo seis uma concluso dos cinco casos precedentes.

    A fim de descrever o primeiro caso, no captulo um, devemos pintar um quadro. Primeiro, temos que retratar a figura de uma batalha, o general vencedor, Nabucodonosor, que havia retornado de Jerusalm para a Babilnia com muitos cativos seguindo atrs dele. Segundo, vemos quatro jovens brilhantes entre os cativos. Terceiro, estes jovens foram especialmente escolhidos de entre os cativos e ento se lhes apresentaram a comida impura do rei. Quarto, eles determinaram em seus coraes guardarem-se para Deus, e rejeitarem a comida real e apenas comerem legumes. No obstante, os quatro se tornaram muito agradveis, felizes e saudveis. Ento como resultado, a presena, a sabedoria e o discernimento de Deus estavam com eles, e eles podiam compreender as coisas dez vezes melhor do que todos os outros no reino de Nabucodonosor.

    O segundo caso est no captulo dois. Este grande e vitorioso general teve um sonho que no pde entender. Pelo fato de estar cegado pela glria e poder mundano, ele no pde entender o sonho e por fim o esqueceu. Porm, havia uma pessoa chamada Daniel que no se importava com a glria e poder mundano, que tinha um corao para Deus e que tinha a habilidade e a capacidade para entender este sonho. Ele no apenas tinha a posio correta e a viso correta para entender, mas tambm uma capacidade intrnseca em seu ser para compreender. Assim, quando tal assunto desconhecido foi trazido a ele, ele teve discernimento. Ele via atravs da glria e majestade mundana relacionada com o governo humano. Ento ele deu ao rei uma viso para abrir seus olhos. Mas Nabucodonosor estava privado da capacidade de conhecer Deus intimamente. Embora, exteriormente tivesse sido ajudado por Daniel a ver que Deus o Deus Altssimo, nada dentro dele foi tocado. Considerando Daniel como um heri, este grande e vitorioso

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  • general o adorou e lhe ofereceu uma oferta de manjares com incenso. Essa a cena final do captulo dois.

    Na interpretao do sonho de Nabucodonosor, Daniel disse, "Tu, rei, rei de reis, a quem o Deus dos cus conferiu o reino, o poder, a fora e a glria.... Tu s a cabea de ouro" (2:37-38). Quando Nabucodonosor refletiu sobre a interpretao de Daniel, ele pode ter-se considerado algum grande. Assim, no captulo trs ele levantou uma grande imagem de ouro, possivelmente significando a si mesmo, para as pessoas adorar. Ela no apenas tinha uma cabea de ouro, mas toda a imagem era de ouro.

    Daniel era um prefeito governando sobre a maior provncia de Babilnia. Ao perceber que a grande imagem estava sendo estabelecida para ser adorada, antecipou sua dedicao. Considerando que ele no mencionado no captulo trs, provvel que tenha se ausentado e orado pela vitria de Deus. Deus tinha recebido muita adorao no templo em Jerusalm, mas ele havia sido destrudo, e os utenslios para Sua adorao foram levados para a Babilnia. Os interesses de Deus nesta terra estavam perdidos. No obstante, havia alguns vencedores na Babilnia, e Daniel era um deles. Creio que Daniel ficou distante da dedicao da imagem para orar por seus trs amigos. Em sua orao ele pode ter dito, "Deus, Tu deves preservar-nos e preservar Sua adorao na terra. Sua adorao no deve ser interrompida, frustrada, violada ou mudada por ningum."

    Os trs amigos de Daniel responderam corajosamente a Nabucodonosor, dizendo, "Quanto a isto no necessitamos de te responder, se o nosso Deus a quem servimos, quer livrar-nos, Ele nos livrar da fornalha de fogo ardente e das tuas mos, rei. Se no, fica sabendo, rei, que no serviremos a teus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que levantaste" (3:16-18). Eles foram lanados na fornalha de fogo, mas o fogo no teve nenhum efeito sobre eles. Ento, no final do captulo trs, o rei admitiu de boa inteno que estes trs jovens tinham mudado sua palavra e no tiveram nenhum medo de entregar seus corpos para ser sacrificados. "Nabucodonosor respondeu e disse, Bendito seja o Deus de Sadraque, Mesaque, e Abede-Nego, que enviou Seu anjo e libertou Seus servos que confiaram Nele e mudaram a palavra do rei e entregaram seus corpos para que pudessem no servir nem adorar qualquer deus exceto o seu prprio Deus" (v. 28).

    No comeo do captulo quatro, Nabucodonosor novamente prestou louvores em relao a Deus. Como veremos neste captulo, Nabucodonosor continuou no orgulho e foi humilhado por Deus que o exps e mostrou-lhe que no era um cavalheiro, mas uma besta.

    I. O LOUVOR DE NABUCODONOSOR EM RELAO A DEUS

    Em 4:1-3 temos o louvor de Nabucodonosor em ralao a Deus em Sua grandiosidade, poder, reino eterno e o governo eterno. Nos versculos 2 e 3 ele disse, "Pareceu-me bem fazer conhecidos os sinais e maravilhas que Deus, o Altssimo, tem feito para comigo. Quo grandes so os seus sinais, e quo poderosas, as suas maravilhas! O seu reino um reino eterno, e seu domnio de gerao a gerao."

    II. O TESTEMUNHO DE NABUCODONOSOR

    Os versculos de 4 a 18 so um registro do testemunho de Nabucodonosor.

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  • A. Teve um Sonho, e os Magos e os CaldeusNo Foram Capazes de Interpret-Lo

    O versculo 5 diz, "Tive um sonho, que me espantou; e, quando estava no meu leito, os pensamentos e as vises da minha cabea me turbaram". Ele decretou que os homens sbios de Babilnia fizessem conhecida a interpretao a ele. Porm, os magos, os encantadores, os Caldeus e os feiticeiros no puderam interpretar o sonho a Nabucodonosor (vs. 6-7).

    B. Daniel Vindo Para Interpretar o Sonho Finalmente

    Daniel veio para interpretar o sonho. Nabucodonosor contou-lhe sobre o sonho e ento pediu que fizesse a interpretao conhecida a ele (vs. 8-18).

    III. A INTERPRETAO DE DANIEL DO SONHO DE NABUCODONOSORA. Daniel Ficou Atnito e Perturbado

    Tendo ouvido falar do sonho, Daniel ficou atnito durante algum tempo e os seus pensamentos o perturbaram. Quando Nabucodonosor lhe disse que no ficasse perturbado, Daniel disse, "Senhor meu, o sonho seja contra os que te tm dio, e a sua interpretao, para os teus inimigos!" (v. 19).

    B. A Grande rvore Significa Nabucodonosor

    Em seu sonho Nabucodonosor viu uma rvore grande, alta e forte, de folhagens formosas, rica em frutos e boa para comer. Esta rvore tipifica o prprio Nabucodonosor (vs. 20-22).

    C. Um Vigilante, Um Santo,Descendo do Cu e Dizendo

    Que a rvore Deveria Ser Cortada

    Em seu sonho Nabucodonosor viu um vigilante, um santo, descendo do cu e dizendo, "Cortai a rvore e destru-a, mas a cepa com as razes deixai na terra, atada com cadeias de ferro e de bronze, na erva do campo; seja ela molhada do orvalho do cu, e a sua poro seja com os animais do campo, at que passem sobre ela sete tempos" (v. 23). Em sua interpretao Daniel explicou que isto significava o que o Altssimo tinha decretado e que Nabucodonosor seria expulso de entre os homens, e que a sua morada seria com os animais do campo, e dar-lhe-ia a comer ervas como aos bois, e serias molhado do orvalho do cu; e passar-se-iam sete tempos por cima dele, at que reconhecesse que o Altssimo tem domnio sobre o reino dos homens e o d a quem quer. (vs. 24-25). O versculo 26 continua dizendo, "Quanto ao que foi dito, que se deixasse a cepa da rvore com as suas razes, o teu reino tornar a ser teu, depois que tiveres reconhecido que o cu domina."

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  • IV. O CONSELHO DE DANIEL A NABUCODONOSOR

    Depois da interpretao do sonho, Daniel ofereceu conselho a Nabucodonosor. Ele o aconselhou, dizendo, "Portanto, rei, aceita o meu conselho e pe termo, pela justia, em teus pecados e em tuas iniquidades, usando de misericrdia para com os pobres; e talvez se prolongue a tua tranquilidade." (v. 27).

    V. O CUMPRIMENTO DO SONHO SOBREVEIO A NABUCODONOSOR

    Os versculos 28 a 33 mostram como o cumprimento do sonho sobreveio a Nabucodonosor.

    A. A Palavra de Nabucodonosor Enquanto Caminhavano Telhado do Palcio Real da Babilnia

    Depois que Daniel exortou Nabucodonosor, Deus deu a ele doze meses para se arrepender. Porm, no houve nenhum arrependimento e nenhuma mudana. Um dia enquanto o rei estava andando no terrao do palcio real na Babilnia, ele olhou para a grande cidade e se encheu de orgulho, dizendo, "No esta a grande Babilnia que eu edifiquei para a casa real, com o meu grandioso poder e para a glria da minha majestade?" (v. 30).

    B. Uma Voz do Cu Disse a NabucodonosorQue o Reino Tinha Passado Dele

    Falava ainda o rei, quando desceu uma voz do cu: "A ti se diz, rei Nabucodonosor: J passou de ti o reino" (v. 31). Deus lhe ensinaria que ele no era nada e o Deus poderoso, Soberano sobre o reino dos homens, Aquele que d o reino dos homens e tudo o mais a quem Ele quer, tudo. De acordo com sua natureza e ser, Nabucodonosor no era um homem, mas uma besta. Por isso, seu corao de homem foi mudado, e o corao de uma besta foi dado a ele (v. 16). Deus tambm lhe tirou o raciocnio humano. Naquele mesmo instante ele comeou a comer erva como os bois, o seu corpo foi molhado com o orvalho do cu, at que lhe cresceram cabelos como as penas de guias, e suas unhas como as das aves (v. 33).

    VI. O RETORNO DE NABUCODONOSORA NORMALIDADE E SEU TESTEMUNHO

    A. Ao Trmino Desses Dias,Nabucodonosor Levantou os Olhos ao Cu

    e o Seu Entendimento Voltou

    Nabucodonosor permaneceu nesta condio por "sete perodos de tempo." Acredito que esta expresso se refere sete semanas, quarenta e nove dias. Ao trmino desses dias, Nabucodonosor levantou os olhos ao cu, e seu entendimento voltou (v. 34a). Pelo fato de as bestas andarem em quatro patas, elas olham para baixo, mas os seres humanos caminham em dois ps e olham para cima. O entendimento de Nabucodonosor voltou assim que olhou para cima, para os cus. Por ele ter mudado, seu raciocnio voltou.

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  • B. Nabucodonosor Bendiz o Altssimo,Louva e Honra Aquele Que Eterno

    Nabucodonosor bendisse ao Altssimo, louvou e honrou Aquele que eterno, dizendo, "Seu domnio sempiterno, seu reino de gerao em gerao; todos os moradores da terra so por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exrcito do cu e os moradores da terra; no h quem lhe possa deter a mo, nem lhe dizer: Que fazes?" (vs. 34b-35). Mais adiante, no versculo 37 Nabucodonosor louvou, exaltou e honrou o Rei dos cus, porque todas as suas obras so verdadeiras, e os seus caminhos, justos, e pode humilhar aos que andam na soberba.

    Como indicado por seu louvor no final do captulo quatro, Nabucodonosor tinha aprendido a lio ao ser humilhado e conhecer a Deus. No captulo trs ele fez uma imagem de ouro porque estava muito orgulhoso. O captulo quatro segue para lhe ensinar uma grande lio. Embora tenha agido como um cavalheiro, ele era uma besta. Aps este captulo o registro de Nabucodonosor chega ao fim.

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  • MENSAGEM SETEA VITRIA DOS JOVENS DESCENDENTES

    DOS ELEITOS DEGRADADOS DE DEUSSOBRE OS ARTIFCIOS ADICIONAIS DE SATANS

    (5)SOBRE A IGNORNCIA RELACIONADA AO RESULTADO DA DEVASSIDO

    DIANTE DE DEUS E O INSULTO A SUA SANTIDADE

    Leitura Bblica: Dn 5

    Daniel 5 uma continuao de Daniel 4. O captulo cinco abrange a vitria dos jovens vencedores dos eleitos degradados de Deus sobre a ignorncia relacionada ao resultado da devassido diante de Deus e o insulto a Sua santidade. O que Daniel registra neste captulo baseado na viso espiritual para lies espirituais. O captulo cinco segue o captulo quatro para nos dar uma viso clara de certas lies espirituais.

    I. A DEVASSIDO DE BELSAZAR DIANTE DE DEUSE SEU INSULTO A SUA SANTIDADE

    Daniel 5:1-4 descreve a devassido de Belsazar diante de Deus e seu insulto a Sua santidade.

    A. Fez um Grande Banquetepara Milhares dos Seus Deuses

    Belsazar (um descendente de Nabucodonosor e rei de Babilnia) fez um grande banquete para milhares de seus deuses, e bebeu vinho diante deles (5:1). Aqui vemos a devassido de Belsazar diante de Deus. A devassido uma maneira abusiva de comer e beber com um propsito adltero.

    B. Ordena aos Seus Homensque Tragam os Utenslios de Ouro e de Prata

    que Nabucodonosor Seu Antecedente Tinha Tirado do Templo em Jerusalm

    Belsazar, sob a influncia do vinho, ordenou aos homens que trouxessem os utenslios de ouro e de prata que Nabucodonosor seu antepassado tinha tirado do templo em Jerusalm, para que ele, seus deuses, suas esposas e suas concubinas pudessem beber neles e pudessem adorar os deuses de ouro, prata, bronze, ferro, madeira e pedra (vs. 2-4). Eles tomaram os utenslios que eram para a adorao de Deus no Seu templo santo em Jerusalm e os usaram na adorao de dolos. Isso foi um insulto a santidade de Deus.

    II. A ESCRITURA NA PAREDE ENVIADA POR DEUS

    Os versculos 5 a 9 falam da escritura na parede enviada por Deus.

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  • A. Os Dedos da Mo de um Homem Veio e Escreveu na Caiadura da Parede

    No exato momento em que eles bebiam vinho e adoravam seus deuses, os dedos da mo de um homem vieram e escreveram defronte o candeeiro na caiadura da parede do palcio real (v. 5a).

    B. O Semblante do Rei Belsazar Mudou e Seus Pensamentos O Perturbou

    Quando Belsazar viu que os dedos da mo escreviam, seu semblante mudou e seus pensamentos o perturbou (vs. 5b-6). As juntas dos seus lombos se relaxaram e os seus joelhos comearam a bater um no outro. Ele era um homem assustado e no tinha paz para beber, nem paz para continuar sua devassido.

    C. O Rei Ordena em Alta Voz para Trazer os Encantadores, os Caldeus e os Feiticeiros

    O rei gritou em alta voz que se trouxessem os encantadores, os Caldeus e os feiticeiros. Ele disse aos sbios de Babilnia, "Qualquer que ler esta escritura e me declarar sua interpretao ser vestido de prpura e ter uma cadeia de ouro ao redor de seu pescoo e ser o terceiro no meu reino" (v. 7).

    D. Todos os Sbios do Rei No Foram Capazes de Ler a Escritura nem Fazer Conhecida Sua Interpretao ao Rei

    Todos os sbios do rei vieram, mas no puderam ler a escritura nem puderam fazer conhecida sua interpretao ao rei (v. 8). Ento o rei ficou muito alarmado. Seu semblante mudou ainda mais, e seus grandes ficaram perplexos (v. 9).

    III. A INTERPRETAO DE DANIEL DA ESCRITURA NA PAREDENos versculos 10 a 29 temos a interpretao de Daniel da escritura na parede.

    A. Daniel Recomendado, Chamado, e Trazido Diante do ReiDaniel foi recomendado, chamado, e trazido diante do rei (vs. 10-16). A rainha-me

    recomendou Daniel, dizendo que ele tinha um esprito excelente, de conhecimento, discernimento, interpretao de sonhos, declarao de enigmas, e soluo de casos difceis. Ela continuou a dizer, "Chame Daniel e ele declarar a interpretao" (v. 12b).

    B. A Resposta de Daniel ao ReiO rei disse a Daniel que se ele pudesse interpretar a escritura e pudesse fazer sua

    interpretao conhecida, seria vestido de prpura, teria uma cadeia de ouro ao redor do pescoo, e reinaria como o terceiro no reino. Em sua resposta ao rei, Daniel disse, "Os teus presentes fiquem contigo, e d os teus prmios a outrem; todavia, lerei ao rei a escritura e lhe farei saber sua interpretao" (v. 17).

    Antes de ler a escritura e interpret-la, Daniel lembrou a Belsazar da experincia de Nabucodonosor registrada no captulo quatro. Daniel considerou o que aconteceu a Nabucodonosor como uma lio no somente a ele, mas tambm a todos os seus

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  • descendentes. Por isso, Daniel referiu a Belsazar a lio de seu antepassado num tom de reprovao. Nabucodonosor tinha sido disciplinado severamente por Deus e, que aps ter aprendido a lio, bendisse a Deus. Belsazar deveria ter aprendido algo desta lio, mas no se importou com nada disso. Assim, Daniel disse a ele, "Tu, Belsazar, que s seu descendente, no humilhaste o corao, ainda que soubesse de tudo isso; e te levantaste contra o Senhor dos cus.... Mas a Deus, em cuja mo est a tua vida e todos os teus caminhos, a Ele no glorificaste. Ento da parte Dele foi enviada aquela mo que traou esta escritura" (vs. 22-24). Belsazar no estava esperando tal repreenso.

    C. A Interpretao

    Nos versculos 25 a 28 vemos a interpretao de Daniel da escritura. Este o escrito que estava inscrito: "MENE, MENE, TEQUEL, PARSIM" (v. 25). Esta a interpretao de Daniel da questo: MENE Contou Deus o reino de Belsazar e deu cabo dele; TEQUEL Ele foi pesado na balana e achado em falta; e PARSIM Seu reino foi dividido e dado aos Medos e os Persas (vs. 26-28).

    D. A Resposta de Belsazar

    O versculo 29 nos fala da resposta de Belsazar a interpretao de Daniel. Belsazar mandou que Daniel fosse vestido de prpura, que uma cadeia de ouro fosse colocada em redor de seu pescoo, e que proclamasse que deveria ser o terceiro do seu reino.

    IV. O DESTINO DE BELSAZAR

    Os versculos 30 e 31 falam do destino de Belsazar.

    A. Belsazar Foi Morto Naquela Noite

    O versculo 30 diz, "Naquela mesma noite foi morto Belsazar, rei dos Caldeus." No h nenhuma indicao no registro de que Belsazar se arrependeu ou teve alguma espcie de mudana. Provavelmente no havia mais tempo para ele se arrepender.

    B. Dario o Medo, se Apodera do Reino de Babilnia

    Acredito que enquanto Belsazar e os seus grandes estavam envolvidos na devassido, o exrcito Medo estava chegando cidade. Assim que Daniel interpretou a escritura, o exrcito Medo entrou na cidade e no palcio e matou Belsazar. Ento, o versculo 31 conclui, "E Dario o Medo, com cerca de sessenta e dois anos, se apoderou do reino". Isto ps fim ao Imprio Babilnico.

    Nos primeiros cinco captulos de Daniel, h vrias lies para aprendermos. Por exemplo, a lio no captulo um que no devemos nos importar com a escolha e prazeres mundanos, mas devemos colocar nosso corao em Deus e somente gostar de legumes, isto , gostar de comida simples. Devemos receber somente coisas simples. Se fizermos isso, seremos um com Deus e nos tornaremos sbios.

    No captulo cinco relacionado ao caso de Belsazar, vemos a importncia de sermos srios com Deus e no desconsiderarmos nenhuma lio espiritual. Belsazar no se

    29

  • beneficiou da lio aprendida por seu antepassado Nabucodonosor no captulo quatro. O caso de Nabucodonosor nos ensina que precisamos ter cuidado e no considerar o que alcanamos. O palcio construdo por Nabucodonosor era imenso. Quando passeava no terrao daquele palcio, ele se orgulhou e disse, "No esta a grande Babilnia que eu edifiquei para a casa real, com o meu grandioso poder e para a glria da minha majestade?" (4:30). Isso deveria nos advertir de que nossas conquistas podem nos tornar orgulhosos, e isso pode introduzir o julgamento de Deus. O julgamento de Deus sobre Nabucodonosor o reduziu a nada. Esta foi a razo de ele poder dizer do Senhor, "Todos os moradores da terra so por Ele reputados em nada; e, segundo a Sua vontade, Ele opera com o exrcito do cu e os moradores da terra; no h quem Lhe possa deter a mo, nem Lhe dizer: Que fazes?" (4:35). Em 4:37 em relao ao Senhor, Nabucodonosor continuou dizendo, "Ele pode humilhar aqueles que andam na soberba." Belsazar deveria ter aprendido a lio da experincia de Nabucodonosor; porm, no aprendeu a lio e sofreu como resultado.

    A situao de Belsazar deveria deixar uma impresso profunda em ns. Todos ns precisamos ver que se recebermos alguma lio de Deus, devemos consider-la muito seriamente. Se desconsiderarmos qualquer lio, sofreremos.

    Entre todos os eventos no captulo cinco, ou junto com todos estes eventos, a economia de Deus estava sendo levada a cabo. Deus sabe como administrar a situao mundial. No pense que Dario o Medo, veio matar Belsazar por acaso. No, isso foi Deus levando a cabo Sua economia. Se Ele tivesse deixado o imprio nas mos dos Babilnicos, nunca poderia ter havido um retorno dos cativos para Israel. Portanto, o imprio tinha que ser mudado de ouro para prata. Isto foi obra de Deus. Isso foi Deus temperando e equilibrando Sua economia para cumprir Seu plano.

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  • MENSAGEM OITOA VITRIA DOS JOVENS DESCENDENTES

    DOS ELEITOS DEGRADADOS DE DEUSSOBRE OS ARTIFCIOS ADICIONAIS DE SATANS

    (6)SOBRE A SUTILEZA QUE PROIBIA A

    FIDELIDADE DOS VENCEDORES NA ADORAO A DEUS

    Leitura Bblica: Dn 6

    Daniel 6 muito crucial porque ele nos mostra como Deus leva a cabo Sua economia com Seus eleitos para a vinda de Cristo. Deus deseja levar a cabo Sua economia, mas o homem precisa orar por Sua economia na terra. Deus leva a cabo Sua economia na terra por meio de seus canais fiis de orao. A estratgia de Satans frustrar a orao a qual para o mover de Deus. Assim, o centro deste captulo a orao do homem para levar a cabo a economia de Deus.

    O mover de Deus como um trem que tem que ter trilhos para seu mover. As oraes do homem so como os trilhos os quais pavimentam o caminho para o mover de Deus avanar. No h nenhum outro caminho para conduzir o cumprimento da economia de Deus de maneira plena exceto por meio da orao. Este o segredo interior deste captulo.

    I. A EXALTAO DE DANIEL COMO UM DOS VENCEDORES NO CATIVEIRO DOS ELEITOS DE DEUS NA MDIA-PRSIA

    Daniel 5:31 diz, "Dario o Medo com cerca de sessenta e dois anos se apoderou do reino." Pareceu bem a Dario constituir sobre o reino a cento e vinte strapas; (strapas - uma palavra Persa que significa "protetores do reino") que estivessem por todo o reino (6:1). Daniel foi estabelecido pelo Rei Dario para ser um dos trs principais ministros sobre estes cento e vinte strapas (v. 2). Daniel se distinguia entre os principais ministros e strapas, e o rei considerava coloc-lo sobre todo o reino (v. 3). Nessa poca, Daniel no mais era um jovem vencedor, mas tinha se tornado um vencedor mais velho; ele podia ter cerca de cem anos de idade.

    II. O ATAQUE SUTIL DE SATANS SOBRE DANIEL COM RELAO ADORAO DE DEUS

    Nos versculos de 4 a 9 vemos o ataque sutil de Satans sobre Daniel com relao adorao de Deus.

    A. Os Principais Ministros e Strapas,Deliberando Junto com os Altos Oficiais do Reino

    Tendo cimes de Daniel, os principais ministros e os strapas "buscaram encontrar um motivo de acusao contra Daniel a respeito do reino, mas no puderam encontrar

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  • nenhum motivo de acusao ou falta, j que ele era fiel, e nenhuma negligncia ou falta foi encontrado em relao a ele" (v. 4). Ento, os principais ministros e strapas, junto com os altos oficiais do reino, deliberaram juntos de que o rei deveria estabelecer um estatuto e fazer um edito rgido de que qualquer um que fizesse petio dentro dos prximos trinta dias a qualquer deus ou homem alm do rei, deveria ser lanado na cova dos lees (vs. 5-7). Eles rogaram ao rei, dizendo, "Agora, pois, rei, sanciona o edito e assine a escritura de forma que isto no seja mudado, de acordo com a lei dos Medos e Persas, que no se pode revogar (v. 8)". A inteno dos principais ministros e strapas era destruir Daniel, mas Satans que estava por trs deles quis parar ou cortar o canal de orao que Deus estava usando para levar a cabo Sua economia.

    B. O Rei Dario Assina o Edito

    O rei Dario assinou a escritura, isto , o edito, para estabelec-lo (v. 9).

    III. A FIDELIDADE DE DANIEL NA ADORAO A DEUS

    O versculo 10 revela a fidelidade de Daniel na adorao a Deus. "Daniel, pois, quando soube que a escritura tinha sido assinada, entrou em sua casa (em seu quarto superior onde tinha as janelas abertas para Jerusalm) e trs vezes ao dia, se punha de ajoelhou, e orava, e dava graas, diante do Seu Deus, como costumava fazer." Ele tinha lido a profecia de Jeremias a qual profetizava que os filhos de Israel serviriam ao rei de Babilnia durante setenta anos (9:2b; Jr 25:11). Posicionado sobre esta palavra, Daniel deve ter orado muitas vezes pelo cumprimento desta profecia e para o retorno dos cativos. Ele orava, e no deixava nada interromper ou frustrar sua orao. Ele sabia que sua a orao era para levar a cabo a economia de Deus com respeito aos Seus eleitos. Portanto, sua orao era uma questo sria.

    Hoje, a orao a linha vital na restaurao do Senhor. Quanto mais Satans tenta frustrar nossa orao, mais deveramos orar.

    IV. A ACUSAO DOS OPOSITORESOs principais ministros e os strapas foram juntos e encontraram Daniel fazendo

    petio e splica diante do seu Deus (Dn 6:11). Ento se apresentaram ao rei, e, a respeito do edito, lhe disseram, "Daniel, que um dos exilados de Jud, no fez caso de ti, rei, nem do edito que assinaste; antes, trs vezes por dia, faz sua orao" (v. 13). Quando o rei ouviu isso, ficou muito descontente com ele, e determinou consigo entregar a Daniel; e at ao pr-do-sol, se empenhou por salv-lo (v. 14). Porm, os opositores convenceram o rei (v. 15).

    V. O SOFRIMENTO DE DANIEL POR CAUSA DA PERSEGUIOSabendo que o edito no poderia ser mudado, o rei ordenou, e seus opositores

    lanaram Daniel na cova dos lees (v. 16a). O rei respondeu e disse a Daniel, "O teu Deus, a quem tu continuamente serves, que Ele te livre" (v. 16b). Uma pedra foi trazida e colocada sobre a boca da cova; selou-a o rei com seu prprio anel e com o dos seus grandes, para que nada se mudasse a respeito de Daniel (v. 17). Ento, o rei se dirigiu ao

    32

  • seu palcio, passou a noite em jejum e no deixou trazer sua presena instrumentos de msica, e fugiu dele o sono (v. 18).

    VI. DEUS LIBERTA DANIEL

    Nos versculos 19 a 24 vemos Deus libertando Daniel. O rei levantou-se ao romper do dia e foi apressadamente para a cova dos lees. Chegando-se ele cova, chamou por Daniel com voz triste, dizendo, "Daniel, servo do Deus vivo! Dar-se-ia o caso que o teu Deus a quem tu continuamente serves, tenha podido livrar-te dos lees?" (v. 20). Daniel respondeu, "Meu Deus enviou Seu anjo e fechou a boca dos lees para que no me fizesse dano, porque foi achado em mim inocncia diante Dele; tambm contra ti, rei, no cometi delito algum" (v. 22). Da mesma maneira que o Senhor no extinguiu o fogo para os trs amigos de Daniel, Ele tambm no matou os lees por causa de Daniel. Antes, Ele fechou a boca dos lees, tornando seus dentes sem nenhum efeito. O rei estava muito feliz por Daniel, e ordenou que Daniel fosse tirado da cova. Assim, Daniel era removido da cova, e foi achado completamente ileso, pois tinha confiado em Seu Deus (v. 23).

    Depois que Daniel foi tirado da cova, o rei deu ordem a respeito dos opositores. Aqueles que tinham acusado Daniel foram lanados na cova dos lees com os seus filhos e esposas. Eles no tinham atingido o fundo da cova e j os lees apoderaram-se deles e esmagando todos os ossos (v. 24).

    VII. A VITRIA DE DEUS SOBRE SATANSNA ADORAO DE DEUS NA TERRA

    Os versculos 25 a 28 revelam a vitria de Deus sobre Satans na adorao de Deus na terra, at mesmo em um reino Gentio, por meio de Seus vencedores no cativeiro dos Seus eleitos derrotados.

    A. Dario o Rei, Escrevea Todos os Povos, Naes e Lnguas com Respeito ao Deus de Daniel

    Dario o rei, escreveu a todos os povos, naes e lnguas que habitam em toda a terra fazendo um decreto pelo qual, em todo o domnio do seu reino, os homens tremessem e temessem perante o Deus de Daniel. "Porque ele o Deus vivo e que permanece para sempre; o seu reino no ser destrudo, e o seu domnio no ter fim. Ele livra, salva, e faz sinais e maravilhas no cu e na terra; foi Ele quem livrou a Daniel do poder dos lees." (vs. 26-27).

    B. Daniel Prosperando no Reinado de Darioe no Reinado de Ciro o Persa

    O captulo seis conclui dizendo que Daniel prosperou no reinado de Dario e no reinado de Ciro o Persa (v. 28).

    A vitria de Daniel sobre a sutileza que proibia a fidelidade dos vencedores na adorao a Deus foi o ltimo passo da vitria sobre os artifcios de Satans. Sem estes

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  • vencedores, Deus teria sido derrotado completamente por Satans, no tendo nada na terra para Ele.

    Durante a poca de Ninrode e Babel, o interesse de Deus tambm foi frustrado, mas Ele tinha uma maneira de ganhar Abrao para ser Seu adorador (At 7:2; Gn 12:1-3, 8). Aps Abrao chegar em Cana, ele edificou um altar, e isso agradou a Deus. Deus poderia gabar-se para Satans e dizer, "Veja, Satans, Eu ainda tenho pelo menos um adorador. O momento est chegando quando os descendentes deste adorador se tornaro uma nao sacerdotal para Me adorar e Me servir". Por fim, com os descendentes de Abrao, o templo para a adorao a Deus foi edificado em Jerusalm.

    Quando Satans enviou Nabucodonosor para que destrusse a cidade santa com o templo para por fim a adorao e o servio a Deus, parecia que Deus havia sido derrotado e que Seus interesses na terra, como a adorao e servio foram destrudos. Contudo, debaixo da soberania de Deus, quatro dos jovens selecionados por Nabucodonosor para permanecer no palcio do rei se tornaram vencedores para preservar a adorao e servio a Deus. Deus tinha quatros jovens vencedores vivendo diariamente no palcio, contudo eles eram absolutamente um com Deus. Isso foi uma vergonha para Satans e uma ostentao para Deus. Deus poderia falar para Satans, "Satans, voc pensa que Minha adorao e servio na terra est acabado? Olhe para Meus vencedores. Tenho quatro vencedores Me adorando e Me servindo no palcio de Nabucodonosor." Hoje, enquanto houver alguns vencedores nesta terra, independente do nmero, Deus ter razo para se gabar. Quando Deus v Seus vencedores hoje permanecendo na base da igreja, Ele fica feliz e contente.

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  • MENSAGEM NOVEAS VISES DO DANIEL VENCEDOR

    (1)A VISO COM RELAO S QUATRO BESTAS QUE SURGEM DO MAR

    MEDITERRNEO(1)

    Leitura Bblica: Dn 7:1-8, 11-12, 15-28

    O livro de Daniel tem duas sees principais. A primeira seo (1:3-6:28) que inclui seis casos fala da vitria no cativeiro dos jovens vencedores dos eleitos degradados de Deus sobre os artifcios adicionais de Satans. A segunda seo (caps. 7-12) registra as vises do Daniel vencedor. A fidelidade e a vitria de Daniel deram a ele a posio e a viso correta para receber as vises de Deus.

    Daniel recebeu viso aps viso. Ele no s recebeu vises de Deus com relao ao destino dos Seus eleitos, mas tambm concernente eternidade de Deus. Este livro, em seu ponto mais elevado, toca a questo de como Deus pretende passar Sua eternidade.

    Nos captulos dois e quatro, Nabucodonosor, um rei Gentio, viu duas grandes vises uma grande imagem humana e uma grande rvore. Embora Nabucodonosor tenha tido estas vises, foi preciso que Daniel as interpretasse. A grande rvore no captulo quatro corresponde cabea da imagem humana no captulo dois: ambos tipificam Nabucodonosor. Quando a cabea foi tocada por Deus, a rvore foi cortada, e Nabucodonosor se tornou uma besta (4:16, 25).

    Na primeira viso, a cabea da grande imagem humana era ouro. Cada parte sucessiva da imagem foi feita de metais diferentes, de prata para bronze e eventualmente passou para ferro. Aos olhos do homem estes quatro metais representam quatro grandes governos humanos e culturas. Porm, o que Daniel viu na viso no captulo sete era muito diferente. Em vez de quatro metais diferentes, ele viu quatro bestas cruis. Precisamos estudar a descrio destas quatro bestas cuidadosamente.

    I. O ANO DESTA VISODaniel 7:1 diz, "No primeiro ano de Belsazar, rei de Babilnia, teve Daniel um

    sonho e vises ante seus olhos, quando estava no seu leito; escreveu logo o sonho e relatou a suma de todas as coisas." Isso indica que o ano da viso no captulo sete foi o primeiro ano de Belsazar rei de Babilnia, aproximadamente 555 A.C. O cativeiro comeou em 606 A.C., e o retorno dos filhos de Israel do cativeiro aconteceu em 536 A.C., dezenove anos depois de Daniel ter visto esta viso.

    II. AS QUATRO BESTAS SURGEM DO MAR MEDITERRNEODaniel 7:2-8 descreve as quatro bestas que saram do Mar Mediterrneo. O Mar

    Mediterrneo era o centro da terra habitada. A economia de Deus em Sua criao era fazer da regio mediterrnea o centro da cultura na poca de Colombo. A cultura humana se tornou um grande mar cheio de ventos e tempestades.

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  • A. Os Quatro Ventos do Cu Agitam oGrande Mar e Quatro Grandes Bestas Surgem do Mar

    Os quatro ventos do cu agitaram o grande mar, e quatro bestas surgiram do mar (vs. 2-3). Isso no significa que o cu a fonte destas bestas, mas que o cu arranjou a situao que produziu as quatro bestas. Os quatro ventos representam os movimentos do cu das quatro direes; a agitao do grande mar significa a agitao da situao poltica ao redor do Mar Mediterrneo; e as quatro bestas que surgiram do mar representam quatro grandes reis desumanos, ferozes, cruis com seus imprios (v. 17).

    B. O Contraste entre oSonho de Nabucodonosor da Grande Imagem Humana

    e a Viso de Daniel das Quatro Bestas que Surgem do Mar

    No captulo dois, no sonho de Nabucodonosor o governo humano na terra foi tipificado por uma grande imagem humana cheia de glria e esplendor. No captulo sete foi desvendado ao profeta de Deus, Daniel, que as cabeas do governo humano na terra, e os prprios governos, foi tipificado por bestas selvagens.

    C. A Primeira Besta1. Correspondendo Cabea de Ouro

    da Grande Imagem Humana

    A primeira besta (v. 4) corresponde cabea de ouro da grande imagem humana em 2:36-38, tipificando a Babilnia com seu fundador e rei Nabucodonosor.

    2. Como um Leo

    A primeira besta era como um leo o rei das bestas, o mais feroz e cruel.

    3. Tem as Asas de uma guia

    A primeira besta tambm tinha as asas de uma guia. A guia o rei das aves. As asas de guia da besta significa que ela estava no ar, o qual pertence a Satans, o regente do ar, e que seu mover era rpido.

    4. Suas Asas Foram Arrancadas

    Daniel nos diz que enquanto ele olhava as asas desta besta foram arrancadas. Suas asas sendo arrancadas significa que seu poder de mover foi tirado e que se tornou como uma besta no campo, como mencionado em 4:23-25a. Quando Deus tocou Nabucodonosor, ele se tornou como uma besta no campo.

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  • 5. Levantou-se da Terrae se Ps em Dois Ps Como um Homem

    "Foi levantado da terra e posto em dois ps, como homem; e lhe foi dada mente de homem" (7:4b). Isso significa que ela se tornou como um homem que se levanta na terra com a mente de um homem, como indicado em 4:25b, 32b.

    D. A Segunda Besta1. Correspondendo ao Peito

    e os Braos de Prata da Grande Imagem Humana

    A segunda besta (7:5) corresponde ao peito e os braos de prata da grande imagem humana em 2:32, 39a, tipificando a Mdia-Prsia.

    2. Semelhante a um Urso

    A segunda besta se assemelha a um urso. Isso significa que no era to forte e rpida quanto o leo, mas que ainda era feroz e cruel.

    3. Levanta-se Sobre Um dos Lados

    Esta besta levantou-se sobre um dos lados. Isso significa que a Mdia e a Prsia se tornaram um domnio.

    4. Trs Costelasem Sua Boca entre Seus Dentes

    Trs costelas estavam em sua boca entre seus dentes. Isso significa que trs reinos, Babilnia, sia Menor e Egito, foram devorados por ela.

    5. Foi Ordenado Para Levantar e Devorar Muita Carne

    Foi ordenado a segunda besta que se levantasse e devorasse muita carne. Isso significa que ela devoraria mais naes.

    E. A Terceira Besta1. Corresponde ao Abdmen

    e as Pernas de Bronze da Grande Imagem Humana

    A terceira besta (7:6) corresponde ao abdmen e as pernas de bronze da grande imagem humana em 2:32, 39b, tipificando a Grcia com seu rei, Alexandre o Grande.

    2. Como um Leopardo

    A terceira besta era como um leopardo. Isso significa que era feroz, cruel e rpida (Hc 1:8a).

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  • 3. Tinha Quatro Asas de Aves em Suas Costas

    Esta besta tinha quatro asas de ave em suas costas. Isso significa que era rpida por meio de seus quatro generais, como uma ave com quatro asas.

    4. Tinha Quatro Cabeas

    A besta tinha quatro cabeas. Isso significa que as quatro asas para velocidade se tornaram quatro cabeas, quatro generais que se tornaram as cabeas de quatro reinos. Depois da morte de Alexandre o Grande, seus quatro generais dividiram seu imprio em quatro reinos.

    5. Foi Lhe Dado Domnio

    terceira besta foi lhe dado domnio. Isso significa que a ela foi lhe dado autoridade para reinar sobre as naes.

    F. A Quarta BestaA quarta besta (7:7-8) a besta descrita em Apocalipse 13:1-2.

    1. Correspondendo as Pernas de Ferroe os Ps Em parte de Ferro e Em parte de Barro

    da Grande Imagem Humana

    A quarta besta corresponde em parte s pernas de ferro e os ps de ferro e em parte de barro da grande imagem humana em 2:40-43, tipificando o Imprio Romano.

    2. Terrvel e Assustador e Extremamente Forte

    Como tipificado pelo ferro, a quarta besta era terrvel e assustadora e extremamente forte.

    3. Tinha Grandes Dentes de Ferro e Garras de Bronzeque Devorava, Esmagava e Pisoteava o Restante com Seus Ps

    Esta besta tinha grandes dentes de ferro e garras de bronze, que devorava, esmagava e pisoteava o restante (v. 19). Isso significa que tinha grande poder para devorar e esmagar naes e pisotear o restante.

    4. Tinha Dez Chifres

    A besta tinha dez chifres (7:20a). Isso significa que tinha dez reis (Ap 17:12-13).

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  • 5. Um Pequeno Chifre Surge Entre os Dez Chifres e Trs Deles Foram Arrancados Diante Dele

    Um pequeno chifre surgiu entre os dez chifres, e trs deles foram arrancados diante dele (Dn 7:8a, 20b, 24). Isso significa que o Anticristo surgir entre os dez reis, e diante dele trs deles sero destrudos. Deste modo o Anticristo se tornar o chifre mais forte.

    a. Neste Chifre Havia