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GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL Secretaria de Estado de Agricultura e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal – SEAGRI/DF Subsecretaria de Desenvolvimento Rural – SDR Diretoria de Infraestrutura Rural e Serviços – DIRUS Gerência de Obras – GOB MANUAL TÉCNICO Manual para instalação de sistema Fossa/Filtro anaeróbio com sumidouro Maio de 2017

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GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL

Secretaria de Estado de Agricultura e Desenvolvimento Rural

do Distrito Federal – SEAGRI/DF

Subsecretaria de Desenvolvimento Rural – SDR

Diretoria de Infraestrutura Rural e Serviços – DIRUS

Gerência de Obras – GOB

MANUAL TÉCNICO

Manual para instalação de sistema Fossa/Filtro anaeróbio com sumidouro

Maio de 2017

SUMÁRIO

1 OBJETIVO 3

2 CONSIDERAÇÕES INICIAIS 3

3 ESCOLHA DO LOCAL 4

4 INSTALAÇÃO DA CAIXA DE INSPEÇÃO 4

5 INSTALAÇÃO DA FOSSA SÉPTICA E DO FILTRO 6

1 OBJETIVO

Auxiliar o produtor rural a implantar em sua propriedade sistema de tratamento de efluentes composto por Fossa e Filtro Anaeróbio em polietileno associado a sumidouro para infiltração, no solo, dos efluentes tratados.

2 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

A importância do uso de fossas sépticas vem do fato de, através de sua implantação, ser possível obter melhoria significativa no saneamento básico das pequenas e médias propriedades que sofrem com a falta de tratamento dos dejetos humanos. O tratamento de efluentes antes da devolução para a natureza é de suma importância para garantir a manutenção dos recursos hídricos, e é uma das bases de um desenvolvimento mais sustentável.

O sistema aqui proposto é composto por, no mínimo, uma caixa de inspeção (CI), uma fossa e um filtro anaeróbio fabricado em polietileno, um sumidouro ou vala de infiltração (a depender da altura do lençol freático da região) e itens acessórios como caixas de gordura e de sabão.

A caixa de inspeção é um componente do sistema de esgoto de uma casa, no caso é um pequeno tanque com tampa onde é despejado o esgoto vindo dos cômodos que não tem gordura, como banheiros e áreas de serviço. Todo o efluente que desce pelo encanamento passa por ela. Ela serve para inspecionar, ou seja, verificar qualquer problema de entupimento no caminho do esgoto antes que ele seja encaminhado para seu tratamento ou despejado na rede pública.

A fossa séptica é uma unidade de sedimentação e digestão de fluxo horizontal e continuo, destinada ao tratamento primário de despejos domésticos, ela evita o lançamento dos dejetos humanos diretamente em rios, lagos ou mesmo na superfície do solo, ou seja, um tanque enterrado que recebe o esgoto. Além do aspecto ecológico, ela contém a proliferação de doenças.

O Filtro anaeróbio é um dispositivo empregado no tratamento de efluentes de esgoto, consiste de um tanque contendo material de enchimento que propicie a proliferação e fixação de micro-organismos capazes de decompor a matéria orgânica, dessa forma ocorre uma “filtragem química” do efluente, eliminando substâncias que prejudicariam o meio ambiente.

O sumidouro e a vala de infiltração são estruturas destinadas a receber os efluentes provenientes do Filtro e permitirem sua infiltração no solo. Dando fim ao processo de tratamento dos efluentes residenciais.

3 ESCOLHA DO LOCAL

O local escolhido para instalação da caixa de inspeção, fossa e filtro deve apresentar as seguintes características:

· Deve ser seco

· Deve ficar um pouco abaixo do nível do sanitário, no mínimo, 40cm.

· Distante de cursos de água ou de lençóis freáticos.

· As tampas das caixas devem ficar expostas ao sol para facilitar o processo de biodigestão.

4 INSTALAÇÃO DA CAIXA DE INSPEÇÃO

A instalação da caixa de inspeção ou caixa de reunião começa pela escavação do buraco cuja profundidade deve ser definida de forma que o fundo acabado da caixa esteja aproximadamente 30cm a baixo do nível do tubo de saída do esgoto da residência.

É preciso que a caixa de inspeção esteja conectada a tubulação de esgoto da residência.

Para evitar problemas com manutenção da rede, deve-se prever a execução de caixas de inspeção ou caixa de passagem de passeio, sempre que houver mudança de direção nos ramais de esgoto.

É necessário que o solo seja compactado antes da construção da caixa, ela deve ser executada com paredes em bloco cerâmico furado (9x19x19com) assentados com argamassa traço 1:2:6 (cimento/ cal/ areia média) e possuir dimensões aproximadas de 50X50X65cm. Internamente, serão chapiscadas com argamassa de traço 1:3 (cimento/areia) e terão paredes revestidas com argamassa, também 1:2:6 (cimento/ cal/ areia média).

O fundo, que corresponde à fundação da caixa, deverá ser constituído por uma camada de concreto simples de 8 a 10cm de espessura com traço 1:3,4:3,5 (cimento/ areia média/ brita 1), terá enchimento com declividade no sentido da tubulação efluente e acabamento liso.

A tampa será em concreto armado com armadura em aço (vergalhão) com diâmetro de 6.30mm e o concreto com o traço 1:3,4:3,5 (cimento/ areia média/ brita 1).

Planta Baixa da Caixa de Inspeção

Corte A-A – Caixa de inspeção

Detalhe da ferragem da Tampa da Caixa de Inspeção

5 INSTALAÇÃO DA FOSSA SÉPTICA E DO FILTRO (1100L)

A instalação da fossa séptica pré-moldada começa pela escavação do buraco onde ela ficará assentada no terreno, cerca de 2m da caixa de inspeção. A escavação é definida pelas seguintes medidas: 2,70 x 1,30 na base e 1,55m de altura, as paredes terão inclinação de 10° a 45°. A base deve ser compactada e nivelada para receber a laje de concreto armado. Figura 1.

A laje deve ser feita no local, com armadura em aço (vergalhão) com diâmetro de 6.30mm e o concreto com o traço 1:3,4:3,5 (cimento/ areia média/ brita 1), a laje deve ter 5cm de altura. Figura 2

Após a secagem da laje, inicia-se a instalação da fossa e do filtro, a base da laje deve apoiar todo o fundo do equipamento e ser pelo menos 10cm maior que o diâmetro do mesmo. Figura 3

A distância recomendada é de 20cm entre a fossa e o filtro. Figura 4

Em seguida, encher com água a fossa e o filtro antes de efetuar o aterramento e certificar-se de que não haja vazamentos. Figura 6

Realizar as confecções de entrada e saída do equipamento, utilizando anéis de vedação. Figura 7.

Para o aterramento utilizar traço cimento:terra (1:5), livre de pedras ou objetos pontiagudos e efetuar a compactação a cada 25cm. O processo de aterramento e compactação não deve ser mecanizado.

Preservar fácil acesso à tampa de inspeção para eventual manutenção e limpeza do equipamento. Não deve haver aterro sobre a tampa da fossa e do filtro. Figura 8.

Figura 1 a 8 – Detalhes da instalação da fossa séptica e do filtro.

6 INSTALAÇÃO DO SUMIDOURO

O sumidouro deve ser localizado numa distância de 1,50m do filtro. A ligação deve ser feita com tubo PVC com diâmetro de 100mm.

Devido a profundidade do lençol freático, é sugerido duas opções de sumidouro.

6.1Sumidouro Padrão

Indicado para locais onde o lençol freático é profundo. A escavação deve ser feita com dimensões de 1,50m de diâmetro e 2,50m de profundidade. Ao redor da escavação deve-se elevar uma parede em alvenaria com bloco deitado (uma vez) assentada com argamassa com traço de 1:2:6 (cimento/cal/areia média), os blocos devem ser posicionados de forma que seus furos permitam a infiltração do efluente tratado no solo. As três fiadas mais superficiais devem ser assentadas de forma que se evite que águas provenientes de chuvas adentrem o sumidouro e diminuam sua eficiência.

Corte esquemático do sistema de tratamento de efluentes

Detalhe de como deve ser assentados os blocos no sumidouro.

6.2Vala de infiltração

Solução indicada para locais onde o lençol freático é superficial. A escavação deve ser feita com dimensões de 3,0m de comprimento por 1,50m de largura e 1,00m de profundidade, Após a escavação o solo da base não deve ser compactado para que não haja resistência à infiltração. A vala deve ser preenchida em sua totalidade com uma camada drenante composta por brita n° 2. Conecta-se então um tubo de PVC de 100mm com rasgos que possibilitem a drenagem do efluente ao tubo de PVC de 100mm oriundo do filtro, os rasgos possibilitarão a infiltração da água na camada drenante de brita. O tubo deve estar centralizado na vala, de modo que a infiltração seja uniforme. Por fim, cobrir o tubo com lona preta para proteção.

7 BIBLIOGRAFIA

Fossa Sumidouro. Site: http://www.saneamentodogato.xpg.com.br/Sumidouro.html Acesso: 24/04/2017.

Manual de Instalação Bakof Tec. para conjunto de Fossa e Biofiltro Bakof. Site: http://www.bakof.com.br/site/files/produtos/fossa-e-filtro-em-polietileno/manual_etiqueta_0062353_bakof-.pdf Acesso: 02/05/2017.

Material Educativo – Orientações para Instalação Domiciliar do Sistema de Fossa e Sumidouro CAESB Ambiental. Site:https://www.caesb.df.gov.br/images/arquivos_pdf/Fossaesumidouro3.pdf Acesso: 26/04/2017.

Manual de Construção: Fossa Ecológica e Sumidouro – Prefeitura de Araguaína

Site: http://araguaina.to.gov.br/aguaservida/pdf/cartilha-agua-servida.pdf Acesso: 24/04/2017.

Brasília, 04 de maio de 2017.