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INSTITUTO PROFESSOR KALAZANS – IPK CURSO EAD DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA DE TÉCNICAS DE ENSINO PROFESSOR KALAZANS 1 FORMANDO E APERFEIÇOANDO PROFESSORES UM CURSO PARA VOCÊ QUE NÃO TEM FORMAÇÃO PEDAGÓGICA, MAS QUER OU PRECISA MINISTRAR AULAS! 1 Daniel Celso Calazans (PROFESSOR KALAZANS) – Jurista – Piloto Comercial – Controlador de Tráfego Aéreo - Bacharel em Direito – Pós- graduado em Direito Aeronáutico com habilitação ao Ensino Superior – Professor convidado na UFABC (Universidade Federal do ABC) para ministrar cursos de Oratória & Comunicação e Direito – Ex-professor na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR) e Instituto do Controle de Espaço Aéreo (ICEA) - Professor em Universidades e Escolas de Aviação – Professor Seminarista – Autor e Coordenador de cursos EAD de Extensão Universitária de Direito, Oratória e Metodologia & Técnicas Didáticas – Palestrante - Escritor - Membro do Conselho Editorial da Editora Bianch; Consultor Político e Comentarista convidado dos seguintes órgãos de comunicação: SBT, TV BANDEIRANTES, REDE RECORD, RIT (Rede Internacional de Televisão), CBN, Radio Bandeirantes; TV JUSTIÇA. www.professorkalazans.com.br [email protected] 11 98693 6733

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INSTITUTO PROFESSOR KALAZANS – IPK

CURSO EAD DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA DE

TÉCNICAS DE ENSINO

PROFESSOR KALAZANS1

FORMANDO E APERFEIÇOANDO PROFESSORES

UM CURSO PARA VOCÊ QUE NÃO TEM FORMAÇÃO PEDAGÓGICA, MAS QUER OU PRECISA MINISTRAR

AULAS!

ENSINANDO PROFESSORES A ENSINAR PARA QUE OS ALUNOS POSSAM APRENDER A APRENDER!

1 - ESTE PROFESSOR SABE MUITO, MAS NÃO TEM NENHUMA DIDÁTICA!

1 Daniel Celso Calazans (PROFESSOR KALAZANS) – Jurista – Piloto Comercial – Controlador de Tráfego Aéreo - Bacharel em Direito – Pós-graduado em Direito Aeronáutico com habilitação ao Ensino Superior – Professor convidado na UFABC (Universidade Federal do ABC) para ministrar cursos de Oratória & Comunicação e Direito – Ex-professor na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR) e Instituto do Controle de Espaço Aéreo (ICEA) - Professor em Universidades e Escolas de Aviação – Professor Seminarista – Autor e Coordenador de cursos EAD de Extensão Universitária de Direito, Oratória e Metodologia & Técnicas Didáticas – Palestrante - Escritor - Membro do Conselho Editorial da Editora Bianch; Consultor Político e Comentarista convidado dos seguintes órgãos de comunicação: SBT, TV BANDEIRANTES, REDE RECORD, RIT (Rede Internacional de Televisão), CBN, Radio Bandeirantes; TV JUSTIÇA.

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Aquele professor sabe muito, mas não tem didática nenhuma!

Provavelmente você já ouviu essa afirmação. Ou quem sabe até mesmo já afirmou isso?

Quem não conhece um professor assim, ou teve que conviver com uma situação dessa?

Nem todo mundo que dá aula é professor. O fato de um profissional ter elevado conhecimento em determinada área (mestrado ou doutorado), não o faz professor. Ser professor é uma ciência. Ser professor é uma arte. Além disso, no Brasil, é sacerdócio.

Por outro lado tivemos a oportunidade de constatar que algumas pessoas detestam determinada matéria ou assunto. E pudemos verificar que o problema não está na matéria em si, mas no método aplicado pelo professor. Alunos que não apreciavam matemática, passaram a gostar simplesmente pela mudança do professor. Ou melhor dizendo, a mudança não estava na pessoa do professor, mas no método que ele aplicava.

Método vem do grego é quer dizer caminho. Muitas vezes o caminho trilhado pelo professor para chegar ao destino, objetivo – aprendizagem – é totalmente incoerente. Outras vezes o professor optou pelo caminho certo, mas se valeu do veículo incorreto (técnicas didáticas) e não chegará ao destino.

Para o processo ensino-aprendizagem, método significa o conjunto de técnicas e recursos utilizados para que o objetivo (aprendizagem) seja alcançado.

Para melhor explicar o que iremos dizer, vamos no valer de um exemplo muito comum na atividade aérea quando se trata de busca e salvamento de uma aeronave perdida ou acidentada.

Para o resgate dos sobreviventes é necessário, antes de tudo, descobrir a localização da aeronave (destino ou objetivo), para depois aplicar os recursos disponíveis para o melhor resultado no menor tempo possível.

Descoberto o destino (local da aeronave acidentada), é preciso planejar a melhor rota, o melhor caminho (método). Depois de tudo isso, colocar os recursos mais adequados e disponíveis em ação. Por exemplo, se uma aeronave se acidentou em uma região montanhosa, o melhor veículo de resgate é um helicópetro, devido a facilidade de pousar e decolar na verical. Uma aeronave de asa fixa (avião) nesse caso torna-se totalmente inviável para a busca e resgate dos sobreviventes devido ao terreno irregular, inviabilizando o pouso e decolagem de um avião que precisa de grande espaço plano para correr, decolar ou pousar. O helicóptero é o mais adequado, pois, além de poder pousar em curto espaço, a equipe de resgate poderá descer através de cordas com o helicóptero pairado. O que não é possivel para um avião que precisa de uma pista de pouso, uma área longa e plana para pousar e decolar.

Por outro lado, se a a aeronave se acidentou no mar, o melhor veículo é uma aeronave anfíbia ou barcos, lanchas, etc.

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Por incrível que pareça é longa, muito longa a lista de professores que não conseguem alinhar e aplicar esses conceitos no processo ensino-aprendizagem. E por causa desse desconhecimento verificamos insucessos em muitas institutições de ensino. Por que uma faculdade de Direito não consegue preparar seus alunos para a prova da OAB em cinco anos ? Por que o ensino em geral no Brasil não consegue preparar seus alunos para os vestibulares?

Conversando com uma estudante do curso de Direito, essa reclamou que o professor durante todo semestre letivo, limitou-se a ditar a matéria. A técnica do ditado se aplica com eficiência e eficácia ao curso de Direito?

Em contato com um estudante do idioma inglês que tinha a intenção de falar inglês devido ao cargo que desempenhava no comércio internacional, esse questionou o método do professor que insistia para que traduzisse semanalmente textos e mais textos. Se o objetivo (destino) era falar o idioma inglês, o caminho (método) trilhado pelo professor não está incoerente? Aliás, quantas pessoas você conhece que passaram anos estudando o idioma inglês e quantas falam o idioma inglês fluentemente?

São essas e outras perguntas que nos propomos a responder neste artigo.

O processo ensino-aprendizagem, como o próprio nome diz: PROCESSO; que por sua vez é composto de vários procedimentos tais como método, técnica didáticas, utilização de recursos audiovisual, avaliação, etc.

Saber identificar o objetivo e aliar os recursos mais adequados (método, técnica didáticas, recursos audiovisual, avaliação, etc.), para um efetiva e eficaz aprendizagem é uma ciência e uma arte.

Para suprir esta lacuna, o professor Kalazans, com mais de 30 anos de experiência como professor no ensino de atividades de elevado desempenho e alto rendimento (como instrutor de voo e instrutor de controladores de tráfego aéreo), e valendo-se das técnicas destas complexas atividades e também tendo atuado no ensino infantil, técnico, superior e pós-graduação, desenvolveu inédito curso que alia teoria da Comunicação Moderna e Técnicas Didáticas, resultando em um curso de alto desempenho para aqueles que desejam militar em tão nobre atividade.

2 - O TRIÂNGULO DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

Um dos segredos do processo Ensino-aprendizagem, um grande mistério, é descobrir e aplicar a TRÍPLICE COROA DA EDUCAÇÃO.

OBJETIVO. TÉCNICA DIDÁTICA. AVALIAÇÃO.

Conciliar estes três vértices, que apresentam também outros desdobramentos, é questão de sabedoria e preponderante para o sucesso do professor e do aluno. Identificar o objetivo -

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tarefa nada fácil -, é questão essencial para, a partir dele, definir qual a melhor técnica de ensino, para depois fechar com chave de ouro, definindo o tipo ou sistema de avaliação garantindo que o que foi ensinado foi também aprendido.

3 - OS SETE TIPOS DE INTELIGÊNCIA

Saber identificar os sete tipos de inteligência desenvolvida por Howard Gardner, da universidade de Harvard, é também um dos mistérios a ser descoberto e aplicado pelo professor eficiente e eficaz.

As escolas modernas internacionais que apresentam grande desempenho no processo Ensino-aprendizagem aplicam com sabedoria e perícia os sete tipos de inteligência. Tarefa nada fácil, pois exige o conhecimento dos Objetivos Educacionais, e mais do que isto, aliar estes objetivos às Técnicas Didáticas. Conjugando estas ciências, chegamos a excelência no processo Ensino-aprendizagem.

Um programa de ensino que não abrange estes tipos de inteligência é ineficiente e pode comprometer não só a carreira estudantil como também a carreira profissional.

3.1 - SETE TIPOS DE INTELIGÊNCIA

1. Inteligência Linguística.2. Inteligência Lógico-matemática.3. Inteligência Visual-espacial.4. Inteligência Musical.5. Inteligência Sinestésica.6. Inteligência Interpessoal.7. Inteligência Intrapessoal.

Infelizmente o ensino tradicional, quando muito, limita-se apenas aos dois primeiros tipos de inteligência. (Inteligência Linguística - Inteligência Lógico-matemática). Mas pesquisando a realidade, principalmente na maioria das escolas brasileiras nem isto se verifica. Vemos isto na formação dos juristas que devem ter muito bem desenvolvida também a Inteligência Lógico-matemática, que é imprescindível para a atuação deste profissional. Priorizando Inteligência Linguística e muitas vezes somente este tipo de Inteligência, o bacharel em Direito tem grande dificuldade em militar na carreira jurídica, sendo que muitos deles apresentam grande dificuldade de serem aprovados nos exames de ordem da OAB, com índice de reprovação na ordem de 80%. Uma grande explicação para este infeliz resultado, reside no método aplicado pelos professores, faculdades e universidades que dificultam ou impedem os alunos a desenvolverem os tipos de inteligência essenciais para o desenvolvimento da atividade profissional do jurista.

Tendo atuado na formação de pilotos e controladores de tráfego aéreo, percebi que nem sempre utiliza um método de ensino adequado (técnicas didáticas, avaliação, etc), impedindo que esses profissionais adquiram ou desenvolvam a Inteligência Visual-espacial.

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A atividade de pilotagem requer que o aluno piloto desenvolva vários tipos de inteligência. O arcaico sistema de ensino voltado a essa atividade impede a melhor aprendizagem. A DECOREBA e a infeliz avaliação de perguntas de múltipla escolha é que permeia a maior parte da vida estudantil do aluno piloto. Triste.

3.1.1 - Inteligência Linguística

Facilidade de se expressar, tanto oralmente como na forma escrita. Está também ligada a EMPATIA, e uma habilidade em entender pontos de vista alheios.

3.1.2 - Inteligência Lógico-matemática

Habilidade de memorizar e lidar com matemática e lógica em geral. Embora muitas pessoas acreditem que este tipo de inteligência esteja ligado somente a área de exatas, na verdade não é bem isso, pois se aplica também a habilidade para encontrar solução de problemas complexos através da lógica.

3.1.3 - Inteligência Sinestésica

Este tipo de inteligência representa grande capacidade em expressão corporal e noção espantosa de espaço, distância e profundidade. Habilidade de apresentar alto desempenho em atividades relacionadas à coordenação e capacidade motoras.

3.1.4 - Inteligência Visual-Espacial

Pessoas com essa inteligência possuem grande capacidade para criar, imaginar e desenhar imagens 2D e 3D. Grande habilidade em criação e sensibilidade.

3.1.5 - Inteligência Musical

Inteligência rara. Capacidade para escutar músicas ou sons em geral e identificar difíceis padrões e notas musicais. Tal como a Inteligência Visual, está ligada a alta capacidade de criatividade.

3.1.6 - Inteligência Interpessoal

Inteligência interpessoal é capacidade de bem se relacionar com outras pessoas, e capacidade natural de liderança. Normalmente são pessoas bem ativas com grande poder de persuasão.

3.1.7 - Inteligência Intrapessoal

Capacidade de identificar as próprias emoções e sentimentos. Saber trabalhar com essa inteligência é essencial para lidar com as mais diferentes situações que resultam em decisões ligadas a nós mesmo e a outras pessoas.

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OBS: Apresentamos uma visão bem resumida e simplista sobre os sete tipos de inteligência. Em nosso curso e livro de METODOLOGIA & TÉCNICAS DIDÁTICAS, faremos uma abordagem mais profunda e ampla.

Todos nós temos os sete tipos de inteligência, contudo uma delas se destaca em relação às demais. Todos nós podemos aprender a usar todos os tipos de inteligência desde que se faça com o método e técnicas didáticas apropriadas.

3.2 – COMO DESENVOLVER OS DIFERENTES TIPOS DE INTELIGÊNCIAS?

Eis um assunto complexo e amplo que desenvolvemos em nosso curso e livro a ser publicado. Mas faremos uma sucinta explicação de como algumas dessas inteligências são trabalhadas em países desenvolvidos.

3.2.1 ESPORTES

Eis aí uma disciplina séria que é tratada seriamente por países sérios. Quando falamos da prática do esporte, não estamos nos referindo a simples recreação e diversão, mas em uma prática criteriosa das regras de cada tipo de esporte fazendo com que o aluno saiba se localizar no tempo e no espaço considerando o deslocamento, velocidade, aceleração. Desta forma o aluno desenvolverá a inteligência visual-espacial e sinestésica. Por outro lado, pode se desenvolver a inteligência intrapessoal quando o aluno aprende a conviver com frustrações e perdas, caso seja vencido em uma competição. Também se desenvolve a inteligência interpessoal, pois passará a trabalhar em equipe que é hoje uma importante característica para aqueles que querem sucesso no mundo corporativo.

3.2.1 - ESPORTES – XADREZ

Em vários países de primeiro mundo o jogo de xadrez faz parte da grade curricular. Não é intenção de formar novos Karpov ou Kasparov – dois renomados enxadristas russos e campeões mundiais -, mas desenvolver, dentre outras, a inteligência visual-espacial e inteligência lógico-matemática.

3.2.2 - TRIVIUM X QUADRIVIUM E OS SETE TIPOS DE INTELIGÊNCIA

Equiparada aos sete tipos de inteligência, temos uma importante concepção que é antiga, mas muito atual: TRIVIUM X QUADRIVIUM. Estes conceitos eram as Artes liberais que definiam uma metodologia de ensino organizada na Idade Média, cujo conceito foi herdado da antiguidade clássica. As artes liberais eram consideradas as disciplinas próprias para a formação de um homem livre.

Com o domínio das artes liberais, o ser humano seria capaz de produzir obras e criar ideias com poder de evoluir e transcender os interesses puramente materiais, rumo a um entendimento racional e livre da verdade. Desta forma o intelecto é desenvolvido por virtudes intelectuais, aliando atividade teórica à atividade prática que é um tópico preponderante no processo ensino-aprendizagem.

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Tradicionalmente, as sete artes liberais abrangem dois grupos de disciplinas: sendo um deles, o trivium com as artes: retórica, lógica ou dialéctica e gramática; o outro: o quadrivium com as artes: música, aritmética, geometria e astronomia.

Tanto o termo trivium quanto o termo quadrivium significam, etimologicamente, o cruzamento e articulação de ramos ou caminhos, que aponta uma concepção bem explorada atualmente pelas mais renomadas universidades que atuam de forma interdisciplinar e multidisciplinar.

 O trivium concentra o estudo do texto literário por meio de três ferramentas de linguagem pertinentes à mente. O quadrivium engloba o ensino por meio de quatro ferramentas relacionadas à matéria e à quantidade.

O trivium equiparado a inteligência-linguística, era prioridade em muitas escolas e universidades vindo antes do quadrivium e do ensino tecnicista de cada profissão. Hoje muitas escolas e universidades da Ásia, Europa e Estados Unidos, voltaram a priorizar essa qualidade, dinamizando aulas de oratória e comunicação. Para muitos especialistas é muito dificil um profissional ser bem sucedido sem saber se comunicar, debater, discutir. Em nosso curso de PERITO AERONÁUTICO visualizamos excelentes profissionais das mais diversas áreas do conhecimento, não logrando êxito em seus trabalhos por não saberem expressar o que têm em mente. Ou seja, nada adianta possuir inteligência lógico-matemática e outras se não souber exteriorizar tudo isso. Escolas de ensino fundamental e médio da Ásia dedicam uma hora por dia em comunicação para que os alunos desenvolvam inteligência-linguística, ou seja, TRIVIUM.

O quadrivium, cruzamento de quatro ramos ou caminhos, refere-se ao o estudo da matéria, considerando as seguintes disciplinas:

Aritmética (a teoria dos números); Música (a aplicação da teoria dos números); Geometria (a teoria do espaço); Astronomia (a aplicação da teoria do espaço).

Percebemos nesta classificação a importância de se relacionar teoria com a aplicação da teoria na prática. O estudo teórico da aritmética tem sua aplicação fática na música, facilitando o desenvolvimento das inteligências relacionadas por Howard Gardner. Com esse método há aprimoramento do processo Ensino-aprendizagem.

As sete disciplinas do trivium e quadrivium objetivavam a formação do currículo das escolas e universidades medievais, para que os alunos estivessem preparados para cursar as três áreas do saber da época: a medicina, o direito e teologia.

Conforme falamos, as artes liberais é uma concepção antiga, mas atual e ainda do interesse de muitas escolas e universidades, conforme verificamos na Conferência "What does liberal education offer the civil society?”, ocorrida em 1996 na cidade de Budapeste, quando Roger Martin, presidente do Moravian College - uma faculdade de artes liberais nos Estados Unidos -,

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relembrou a importância de desenvolver as artes liberais contemporâneas resultando na reintrodução das artes liberais como programa de ensino superior na Europa.

Já no Brasil, as primeiras faculdades priorizavam a formação profissional em detrimento da formação liberal. Após a independência foram criados os cursos superiores de engenharia, direito e medicina, desprezando a educação liberal e enfatizando a educação tecnicista como ocorria na Alemanha e França.

Países de primeiro mundo como os Estados Unidos e Canadá, privilegiam a educação interdisciplinar, seguindo um esquema contemporâneo das artes liberais, sendo que em algumas faculdades o aluno pode passar até quatro anos estudando matérias optativas com conteúdos do trivium e quadrivium antes mesmo de estudarem as matérias diretamente ligadas a carreira profissional. Contudo percebemos que a partir do seculo XIX, a educação multidisciplinar humanística e científica se firmou no Brasil com os bacharelados interdisciplinares.

Atualmente no Brasil há cursos interdisciplinares em algunas universidades federais, dentre as quais destacamos UFABC (UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC), onde sou convidado como mentor e professor dos cursos de PERITO AERONÁUTICO, DIREITO AERONÁUTICO e ORATÓRIA & COMUNICAÇÃO.

3.2.3 UFABC - CURSO DE PERITO AERONÁUTICO E DIREITO AERONÁUTICO E OS SETE TIPOS DE INTELIGÊNCIA

Tanto o curso de PERITO AERONÁUTICO quanto o de DIREITO AERONÁUTICO tem como público alvo os seguintes profissionais: piloto de aeronaves, controladores de tráfego aéreo, engenheiros aeronáuticos, juristas (delegados, advogados, promotores, etc.), psicólogos, professores, mecânicos de avião, comissários de bordo, DOV (Despachantes Operacionais de Voo), etc.

Partindo do público alvo, e para alcançar a carectrística interdisciplinar e multidisciplinar da UFABC, percebemos a necessidade de ministrar um curso utilizando todos os domínios (COGNITIVO, AFETIVO, PSICOMOTOR) e, principalmente, em todos os níveis do DOMÍNIO COGNITIVO (CONHECIMENTO, COMPREENSÃO, APLICAÇÃO, ANÁLISE, SÍNTESE, AVALIAÇÃO). Para isso é necesário também um planejamento do curso de tal maneira que seja composto das mais variadas técnicas didáticas e tipos de avaliação.

Envolvendo diversas áreas do saber (psicologia, direito aeronáutico, engenharia, pilotagem, etc.), a técnica de trabalho em grupo é essencial para que os diferentes profissionais possam interagir realizando e apresentando seus trabalhos frutos da aplicação das técnicas didáticas de ESTUDO-DE-CASO-SÍNTESE e ESTUDO DE CASO-ANÁLISE dentre outras. Desta forma as sete artes liberais e os sete tipos de inteligência são ampla e profundamente explorados, exigindo dos alunos, em suas apresentações, debates, discussões, elaboração de laudos e pareceres que percorram todos os caminhos (método) que abrangem artes liberais e os sete tipos de inteligência.

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4 – TIPOS DE INTELIGÊNCIA E ÁREAS DO CONHECIMENTO: EXATAS – HUMANAS - BIOMÉDICAS

Certa vez acompanhei uma longa discussão sobre qual área do saber o curso e atividade da aviação se enquadram. Não houve consenso, pois muitos alegavam que era a área de exatas, pois navegação aérea e outras disciplinas estão ligadas a cálculos e números. Contrariamente, outros alegavam que a atividade aérea é da área de humanas, pois controladores e pilotos convivem com normas e leis tendo que interpretá-las e aplicá-las no seu dia a dia. Outros ainda afirmaram que a atividade aérea tem também uma pitada de biomédica, considerando que a medicina aeroespacial é uma preocupação dos pilotos, que diariamente interagem com o meio ambiente sofrendo longos deslocamentos enfrentando drásticas alterações de temperaturas, pressão e densidade do ar, afetando consideravelmente a saúde desses profissionais.

A questão não é a área do conhecimento, mas quais tipos de inteligência a atividade, ofício ou profissão requer. É difícil encaixar a atividade aérea, mais precisamente a atividade de controle de tráfego aéreo e pilotagem, em apenas uma aérea do conhecimento. Contudo fica muito mais fácil identificar quais habilidades são requeridas e enquadrá-las em um sistema de ensino que privilegia os tipos de inteligência essenciais para o desempenho da atividade, ofício ou profissão.

Já vi pilotos alunos enfrentarem dificuldades no curso de aviação civil, pois se declaravam da área de exatas e enfrentavam problemas na inteligência linguística, que é uma habilidade essencial para interpretação e aplicação das leis, normas e regulamentos. Outros se declaravam da área de humanas e tinham problemas com números e cálculos, assuntos estritamente ligados à área de exatas que requerem grande habilidade da inteligência lógico-matemática.

Não será demasiado repetir: mais importante do que a área do conhecimento, é identificar quais tipos de inteligência requeridos para a atividade, profissão e ofício. Assim sendo, a orientação profissional aos estudantes do ensino fundamental e ensino médio tem que considerar os sete tipos de inteligência e não somente a área do conhecimento. Há necessidade também de orientar os alunos a desenvolverem cada tipo de inteligência que se aplica na carreira profissional pretendida.

5 - OBJETIVOS EDUCACIONAIS

Um importante e relevante assunto é saber definir e aplicar os objetivos de uma disciplina ou até mesmo de um curso. Os Objetivos Educacionais estão intimamente ligados às tarefas que serão operacionalizadas pelo aluno ao final da disciplina ou curso. Ou seja, Objetivos Educacionais é o comportamento esperado pelos alunos. Aí surge um problema: é necessário conjugar os objetivos com as técnicas didáticas e outros elementos do método de ensino para se alcançar os resultados. O aprendizado é muitas vezes prejudicado, pois o professor aplicou técnicas totalmente inadequadas para os objetivos propostos.

5.1 - TAXONOMIA DOS OBJETIVOS EDUCACIONAIS – BENJAMIM BLOOM

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Os objetivos educacionais foram ampla e profundamente estudados pela equipe do professor americano Benjamim Bloom na década de 1950. Embora antigos, são atuais. Identificá-los é essencial para se definir quais técnicas didáticas, quais recursos e tipos de avaliação serão utilizados para que se alcancem os objetivos de uma disciplina ou curso.

Um dos grandes problemas ocorre também com a identificação dos níveis de aprendizagem. Não basta definir o comportamento esperado pelo aluno ao final do curso ou disciplina. Torna-se essencial também definir em que nível deve se aprofundar o aprendizado para o desempenho de determinada atividade, ofício ou profissão. Um advogado deve estudar matéria de Direito Penal em nível de síntese, análise, etc. Por outro lado, um piloto que estuda responsabilidade jurídica na aviação, não precisa alcançar o mesmo nível do jurista. Para estabelecer o nível de ensino, há necessidade de se conhecer a atividade que será desempenhada pelo profissional após a formação, adequando aos elementos do TRIÂNGULO DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM.

Para alcançar a excelência em nosso curso vamos estudar os domínios e os níveis estabelecidos por Bloom. E muito mais: como relacioná-los à atualidade que exige do aluno e do profissional uma dinâmica intelectual na solução de problemas e criação de novas ideias.

5.2 - DOMÍNIO

COGNITIVO - aprendizagem intelectual; AFETIVO - sensibilização e gradação de valores; PSICOMOTOR - Habilidades de execução de tarefas que envolvem o aparelho motor.

5.2.1 – COMO ALIAR O DOMÍNIO À APRESENTAÇÃO?

PILOTOS INDISCIPLINADOS – OCORRÊNCIAS DE ACIDENTES E INCIDENTES AÉREOS

Certa vez fui chamado por um comandante chefe de uma unidade aérea para ministrar um curso com a finalidade de diminuir as ocorrências, pois os pilotos estavam voando perigosamente. Ao analisar a situação da unidade aérea percebemos que não havia falha na formação dos pilotos (DOMÍNIO COGNITIVO OK). As ocorrências não eram resultados de pilotos mal treinados (DOMÍNIO PSICOMOTOR OK). Que área atacar então senão os valores e a conscientização (DOMÍNIO AFETIVO)? Isto mesmo, o que estavam em questão era a conscientização dos pilotos, gradação de valores na aplicação correta de toda teoria aprendida e as manobras treinadas.

Antes de ministrar qualquer curso, palestra ou aula, é necessário definir o DOMÍNIO DO OBJETIVO, e ajustar todos os recursos, técnicas didáticas, etc., para que este objetivo seja alcançado. Neste caso específico, mostramos as consequências jurídicas dos responsáveis por voar imprudentemente e as responsabilidades criminais e civis no sentido de indenizar os prejuízos causados, e que muitas vezes resultam em elevadas indenizações comprometendo seriamente a vida econômica do piloto. Ressaltamos ainda o grande dissabor quando o piloto morre em acidente deixando entes queridos sem amparo financeiro devido à imprudência do

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piloto que não encontra respaldo financeiro do seguro. Ou quando o piloto fica definitivamente incapacitado fisicamente, precisando de constante ajuda de outras pessoas para o resto da vida em cadeira de rodas.

Trabalhando desse jeito, apresentando depoimentos de viúvas e filhos órfãos de pilotos mortos em acidentes aéreos; mostrando fotos de aeronaves acidentadas, corpos feridos e vítimas fatais, conseguimos conscientizar os pilotos que aquelas arriscadas manobras não compensavam.

O ideal é que curso, disciplina, aula e palestras alcancem os três domínios. Uma aula de confeitaria, por exemplo, pode perfeitamente alcançar os três domínios:

COGNITIVO – quando os alunos identificam e selecionam os ingredientes; AFETIVO – identificar a importância de um bolo sem farinha, sem açúcar e sem glúten

para as pessoas detentoras de enfermidade celíaca ou diabetes; PSICOMOTOR – preparar e cozer um bolo.

No caso específico dos pilotos imprudentes, foi feita uma análise prévia e detectamos que não havia deficiência na formação técnica dos pilotos (DOMÍNIO COGNITIVO), nem no treinamento prático (DOMÍNIO PSICOMOTOR), restando atacar os valores (DOMÍNIO AFETIVO). Se as ocorrências fossem resultados de imperícia dos pilotos em executarem certas manobras, o foco não seria o DOMÍNIO AFETIVO. Seria feito um parecer reestruturando todo treinamento tendo como foco o aperfeiçoamento das habilidades dos pilotos, ou seja, DOMÍNIO PSICOMOTOR.

Após um ano voltei à unidade aérea e o comandante chefe mostrou as estatísticas ressaltando queda considerável nas ocorrências.

O grande número de acidentes de automóveis no Brasil exige uma tomada urgente de decisões por parte das autoridades brasileiras no sentido de incutir valores e responsabilidades nos motoristas. Isto só será conseguido se aplicar um método correto contendo técnicas didáticas e outros recursos adequados para atingir o DOMÍNIO AFETIVO.

5.3 - NÍVEIS DO DOMÍNIO COGNITIVO

CONHECIMENTO - memorização de fatos específicos, de padrões de procedimento e de conceitos.

COMPREENSÃO imprime significado, traduz, interpreta problemas, instruções, e os extrapola.

APLICAÇÃO - utiliza o aprendizado em novas situações. ANÁLISE – analisa elementos, de relações e de princípios de organização. SÍNTESE - estabelece padrões. AVALIAÇÃO - julga com base em evidência interna ou em critérios externos.

Certa vez acompanhei um exame oral de candidatos à magistratura de certo estado brasileiro. Um candidato se perdeu totalmente quando um examinador propôs um caso de acidente de trânsito em que o candidato deveria apontar os responsáveis em indenizar as vítimas dentre os

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vários agentes envolvidos: motorista que tomou o carro emprestado; o proprietário do carro e a seguradora. É sabido que um candidato que chega a esta fase do exame já passou por outras fases e demonstrou profundo conhecimento de toda teoria voltada ao Direito. Mas por que alguns fracassam nesta fase?

Tendo realizado as fases anteriores através de prova inicial, com testes, fases intermediárias contendo dissertação, etc., o candidato demonstrou conhecimento no DOMÍNIO COGNITIVO nos níveis CONHECIMENTO e COMPREENSÃO, mas não quer dizer necessariamente que atingiu os demais níveis: APLICAÇÃO, ANÁLISE, SÍNTESE, AVALIAÇÃO. Ou seja, tem conhecimento, mas não no nível exigido no exame que aponta para o exercício da futura função de juiz.

É o caso do estudante do curso de confeitaria que sabe listar todos os ingredientes. Isto não garante que fará um delicioso bolo.

Tão importante quanto obter o conhecimento é saber aplicá-lo. No exame da magistratura seleciona-se o candidato que não apenas conhece o Direito, mas que sabe aplicá-lo aos casos concretos que irá enfrentar logo após a sua investidura na função de juiz.

O mundo real principalmente o mundo do empreendedorismo requer que o profissional passe a criar novas ideias e solucionar problemas. As escolas tradicionais não estão preparadas para isto, pois quando ensinam, limitam-se apenas o mais elementar nível do domínio COGNITIVO, ou seja, o conhecimento, muitas vezes não passa de simples DECOREBA.

Um grande problema está relacionado com o fato de certas disciplinas, matérias ou cursos serem ministrados sem seguirem a sequência lógica e hierárquica proposta por BENJAMIM BLOOM. É possível que alguns professores ensinem diretamente no nível de APLICAÇÃO, por exemplo, resultando em uma aprendizagem deficiente, pois o aluno somente conseguirá desenvolver a aprendizagem no nível de APLICAÇÃO se e somente se passar pelos dois níveis anteriores, quais sejam: CONHECIMENTO e COMPREENSÃO.

Um grande problema na formação dos pilotos no Brasil reside na desobediência aos preceitos de BENJAMIM BLOOM. Os pilotos na vida profissional precisam interpretar, compreender e aplicar normas de tráfego aéreo. Contudo o ensino é limitado nos mais elementar dos níveis, ou seja, (COGNITIVO - DECOREBA). A avaliação, não menos precária, restringe-se a provas contendo perguntas e respostas no formato de múltipla escolha. Ensino e avaliação totalmente incoerente com o exercício da profissão. Ora; se o piloto irá interpretar, compreender e aplicar normas de tráfego aéreo, não pode ser ensinado apenas no nível de CONHECIMENTO. Na formação de pilotos deveria conter um método incluindo os demais níveis que exigiria também a aplicação de outras técnicas didáticas além da miserável técnica da Aula Expositiva, devendo conter também sistemas de avaliação incluindo estudo de casos e exposição oral quando o aluno poderia demonstrar CONHECIMENTO e não apenas INFORMAÇÃO.

Outra questão relacionada à formação de juristas, é que a maioria das faculdades, utilizando técnicas de ensino primárias, não desenvolve a Inteligência Lógico-matemática que é essencial para os níveis APLICAÇÃO, ANÁLISE, SÍNTESE, AVALIAÇÃO e SOLUÇÃO DE PROBLEMAS. Um

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método de ensino que aplique as técnicas didáticas mais adequadas permite que o aluno atinja os níveis de aprendizagem mais avançados, permitindo também que o conhecimento adquirido possibilite a criação de novas ideias e solução de problemas. O candidato a juiz não conseguiu resolver o problema proposto pela banca examinadora, pois, provavelmente, embora tivesse conhecimento teórico, não alcançou nível mais profundo da aprendizagem que permitiria examinar situação apresentada. Infelizmente restringem-se a inteligência Linguística. Eis aí o fato de muitos bacharéis em Direito não lograrem êxito nos exames da OAB, ou levarem anos a fio estudando para serem aprovados em concursos. A faculdade e os professores têm a obrigação de se valer de um método adequado para suprir esta lacuna.

6 - TÉCNICAS DIDÁTICAS

Muitos professores, desconhecendo a grande variedade de técnicas didáticas, limitam-se a simplória técnica da Aula Expositiva. Não será demasiado repetir: é muito importante inserir as mais variadas técnicas no TRIÂNGULO DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM. Em nosso curso aprenderemos e aplicaremos as mais de três dezenas destas técnicas dentre as quais indicamos algumas:

ESTUDO DE CASO – TIPO ANÁLISE. ESTUDO DE CASO TIPO SÍNTESE. DEMONSTRAÇÃO. COUSINET. PESQUISA. ETC.

Técnica Didática vem da expressão grega “techné didaktie” que significa arte de ensinar. Conforme veremos em outros itens deste artigo, se uma determinada técnica não está ensinando, ela está inadequada ao Objetivo pretendido.

6.1 - TÉCNICAS DIDÁTICAS X OBJETIVO

Voltando o caso do aluno que queria falar o idioma inglês, mas o professor insistia que apenas traduzisse. Fica claro que o aluno, com essa técnica, jamais aprenderia a falar inglês. Para que o aluno desenvolvesse a habilidade de falar, a técnica da conversação deveria ser aplicada. Vemos aqui uma clara evidência de que a técnica não está nada alinhada com o objetivo pretendido.

Por outro lado conheci um engenheiro mecânico que era exímio tradutor de manuais técnicos, que não falava nada no idioma inglês, e que também ministrava cursos preparando novos técnicos na arte e ciência de tradução. Em suas aulas priorizava os textos técnicos e os dicionários técnicos. Interessante observar nestes dois exemplos que temos dois objetivos diferentes: falar inglês e traduzir manuais técnicos. Mas os professores, com objetivos diferentes, utilizavam as mesmas técnicas didáticas. Aqui reside todo o mistério, qual seja: a técnica didática precisa necessariamente estar alinhada com o objetivo. Para isso o professor tem que ter claramente qual o objetivo da disciplina ou curso, conhecer as técnicas

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didáticas e ajustar ambos. Muitas vezes o aprendizado é prejudicado, quando os alunos não aprendem, e isso ocorre porque na fase do ensino as técnicas são incoerentes, não havendo ensino. Não havendo ensino, não há aprendizado.

6.2 - INFORMAÇÃO NÃO É CONHECIMENTO

Certa vez vi um professor iniciando os estudos de geometria plana na escola pública afirmando na aula inaugural que a soma dos ângulos internos de um triângulo é de 360º. Quinze dias depois aplicou uma prova indagando qual a soma dos ângulos internos de um triângulo. 100% dos alunos responderam 360º. Ainda que o professor tivesse informado que a soma fosse 180º e os alunos tivessem respondido 180º, os alunos não teriam demonstrado conhecimento, mas apenas informação. Infelizmente o ensino tradicional, baseando apenas em Aulas Expositivas, levam os alunos a serem REPETIDORES DE INFORMAÇÕES e não APRENDIZES. Infelizmente o ensino convencional e retrógrado tem gerado mais REPETIDORES DE INFORMAÇÕES do que APRENDIZES. Os alunos não conseguem APRENDER A APRENDER.

Com a Técnica Didática utilizada - AULA EXPOSTIVA -, o professor atingiu o simples domínio GOGNITIVO no mais elementar nível, ou seja: DECOREBA. PIAGET afirmou que só se aprende pesquisando. A PESQUISA, uma técnica didática avançada, faz com que o aluno adquira conhecimento, pois, ao pesquisar, terá que passar pelos níveis APLICAÇÃO, ANÁLISE, SÍNTESE, AVALIAÇÃO.

Ao invés do professor apenas INFORMAR que a soma dos ângulos internos de um triângulo é de 180º, poderia orientar os alunos a pesquisarem a soma (técnica da pesquisa), se valendo do paralelismo – teorias das retas paralelas -, estudo dos ângulos colaterais, congruentes, etc., e depois desta pesquisa orientaria o aluno a demonstrar aos demais alunos da classe sua conclusão sobre a pesquisa. Dessa forma o professor estará promovendo CONHECIMENTO além de simples INFORMAÇÃO e orientando que o aluno faça a demonstração o professor estará também permitindo que o aluno trabalhe com os seguintes tipos de inteligência:

1. Inteligência Linguística - ao preparar a aula, selecionando o texto e o que vai falar. 2. Inteligência Lógico-matemática – criação do raciocínio montando as premissas e a

conclusão. 3. Inteligência Visual-espacial – visualização dos esquemas, figuras e modelos criados

para a demonstração.4. Inteligência Sinestésica - envolvimento físico com a preparação e apresentação do

trabalho.5. Inteligência Interpessoal – relacionamento com o professor e demais alunos durante a

apresentação.6. Inteligência Intrapessoal – Na preparação, treinamento e na própria apresentação, o

aluno passa a se conhecer, passando pela autocrítica identificando e superando seus limites e controlando suas emoções.

Percebemos também que todo o processo acima relacionado, abrangendo as múltiplas inteligências tem ligação com os diferentes tipos de aprendizes, quando o aluno vai potencializar seu estilo predominante de aprendizagem, bem com desenvolver os demais.

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Aprendiz Visual; Aprendiz Auditivo; Aprendiz sinestésico.

ESTUDO DAS RETAS PARALELAS (PARALELISMO) – ÂNGULOS CONGRUENTES – ÂNGULOS COLATERAIS - ÂNGULOS SUPLEMENTARES.

Na década de 80 quando fui aluno de matemática do professor Pier (Pierluigi Piazzi), ele exigia que todos os alunos soubessem demonstrar tudo o que aprendiam. Mal sabíamos que estava desenvolvendo a múltipla inteligência em nós. GRANDE MESTRE!

6.3 - SANTOS DUMONT NÃO INVENTOU O AVIÃO COISA NENHUMA!

É claro que não vou entrar nesta polêmica sobre os verdadeiros inventores do avião: se os Irmãos Wright ou Santos Dumont. O que quero demonstrar aqui é uma grande deficiência em nosso método de ensino que se baseia apenas no mais elementar nível de ensino CONHECIMENTO – DECOREBA. O professor INFORMA que Dumont “inventou” o avião e o aluno REPETE. O ideal neste caso é que o professor aplicasse a Técnica da Pesquisa dentre outras técnicas, levando o aluno a APRENDER, e não ser somente um REPETIDOR DE INFORMAÇÕES. Se você afirma que Santos Dumont inventou o avião sem que tenha estudado e pesquisado o assunto, levando em consideração os demais personagens da aviação, considerando o prêmio oferecido pelo Aeroclube da França e outros detalhes da história da aviação, lamento informar, você não conhece a história da aviação; você é um REPETIDOR DE INFORMAÇÃO. Está apenas repetindo o que ouviu. Sua argumentação não provém de conhecimento, mas de mera informação.

Vale a pena frisar que não estamos nos posicionando a favor ou contra os Irmãos Wright ou Santos Dumont. A questão é tomar esta polêmica como exemplo, e mostrar que o problema é de educação e não de convicção.

6.4 - TÉCNICA DA DEMONSTRAÇÃO

Não vamos falar aqui sobre todas as Técnicas Didáticas, mas o professor precisa saber e aplicar a ideal para que o ciclo Ensino-aprendizagem seja percorrido plenamente, resultando em ensino e aprendizagem. Em se tratando da atividade da aviação, por exemplo, que inclui domínio psicomotor, muitas vezes requer que o piloto instrutor demonstre determinada manobra para que seja compreendida e repetida pelo aluno. A técnica da Demonstração é essencial neste caso. Vejamos este exemplo:

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O aluno que esteja aprendendo a dirigir um carro convencional pode, nas aulas teóricas, perfeitamente compreender alguns passos iniciais para ligar e sair com o carro.

1. Pise na embreagem e segure-a.2. Coloque o carro em ponto morto.3. Ligue a chave, mantendo o carro no ponto morto.4. Pise na embreagem e engate a primeira marcha.5. Solte o freio de mão.6. Sincronizadamente solte a embreagem e pressione o acelerador.

Conhecendo todos os itens acima de cor (DOMÍNIO COGNITIVO – NÍVEL CONHECIMENTO), não quer dizer que o aluno, em sua primeira vez, será bem sucedido. É bem provável que solte a embreagem de forma abrupta, fazendo com que o carro comece a pular ou morrer. O conhecimento teórico não garante, por si só, que a manobra seja bem sucedida. Provavelmente levará um bom tempo para aprender. Contudo, em se tratando de uma atividade do domínio psicomotor, o tempo de aprendizado pode ser minimizado se o professor se valer da técnica da demonstração, mostrando ao aluno como a teoria se concretiza na prática.

Muitos pilotos-alunos encontram dificuldades em aprender certas manobras, pois não há demonstração por parte do instrutor. Fazer uma curva sincronizando pé e mão de forma a sincronizar as superfícies de comando (ailerons e leme de direção), pode ser uma dificuldade tremenda se não for claramente demonstrada pelo instrutor.

Coordenando um projeto aprendiz de músicos, recebi a reclamação de um aluno que estudava um instrumento, mas não conseguia tocar certas notas e arranjos, pois, por mais que o professor explicasse, não conseguia visualizar nem tocar. Após o professor ter demonstrado, o aluno conseguiu visualizar a teoria e finalmente aprendeu.

6.5 - ENTENDER NÃO É APRENDER

É possível que um aluno tenha entendido algo, mas não tenha aprendido. Como isso acontece? Expliquemos.

Um professor de matemática pode ensinar um assunto de aritmética e durante a explicação (aula expositiva), o aluno achar que aprendeu tudo. Contudo, no momento de realizar os exercícios não consiga resolvê-los. Isto acontece por que se trata de uma matéria que requer prática para o que foi entendido seja aprendido. Isto acontece em várias outras situações, matérias, disciplina, curso, etc. Daí o problema de muitas escolas quando o professor limita-se a aulas expositivas, sem que o assunto seja demonstrado e praticado para que na prática o aluno possa aplicar a teoria.

É o caso do curso de palestrante em que o aluno passa horas e horas ouvindo tudo de teoria sobre como palestrar. Ledo engano! Se o aluno não praticar, não realizar apresentações, treinar técnicas de plataforma, técnicas de gesticulação, etc., pode ter entendido tudo sobre como palestrar, mas pode ter grandes dificuldades em apresentar, pois entendeu, mas não aprendeu. É como listar os ingredientes do bolo; isso não garante que fará um delicioso bolo.

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Cabe ao professor identificar o objetivo da disciplina e aplicar as técnicas didáticas adequadas para o alcance desses objetivos. Entenda-se como objetivo o comportamento esperado do aluno após a disciplina ou curso. No caso do aluno palestrante é palestrar, então não pode resumir a aulas teóricas. Se ele não treinou, se não houve práticas de certas atividades inerentes à apresentação, não alcançou o DOMÍNIO PSICOMOTOR, ficou apena no DOMÍNIO COGNITIVO que é insuficiente para o exercício de um palestrante.

7 - ESTILO DE APRENDIZAGEM - PNL – PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA APLICADA À EDUCAÇÃO

Grande trabalho desenvolvido por John Grinder e Richard Blander na década de 70, refere-se a identificar os diferentes tipos de aprendizes e adequar um método a estes três tipos de aprendizes:

APRENDIZ VISUAL. APRENDIZ AUDITIVO. APRENDIZ SINESTÉSICO.

Algumas pessoas interagem de maneiras diferentes com o mundo que as rodeia. Alunos aprendem se relacionando com o meio ambiente de formas diferentes. Embora todos nos relacionemos com o mundo através de nossos sentidos (visão, audição, tato, paladar, olfato), é possível que um deles predomine, ressaltando nossa diferente forma de aprender.

Aprendiz Visual aprendem mais vendo, lendo, analisando figuras e gráficos. Aprendiz Auditivo preferem ouvir as explicações, aprendem ouvindo gravações de aulas, etc. Os sinestésicos aprendem com os demais sentidos, cheirando, degustando, tocando, etc. Gostam de aprender se exercitando e envolvendo-se corporalmente.

É comum ver alunos gostarem de um determinado professor e, por outro lado, alunos da mesma turma não se adaptarem ao professor ou ao seu estilo de ensino. Isto acontece por vários motivos, sendo um deles o fato do professor utilizar método de ensino que alcance apenas os auditivos, deixando os demais tipos de aprendizes de lado. É o caso do professor que utiliza somente a aula expositiva, passando horas e horas falando sobre determinado assunto sem a utilização de nenhum recurso visual ou sinestésico. Isto pode agradar os aprendizes auditivos, mas os demais aprendizes estarão sendo ignorados.

O professor deve programar sua aula de modo a alcançar todos os tipos de alunos. Importante ressaltar que o aprendiz visual é aquele que aprende predominantemente pelo sentido da visão, mas em menor proporção também aprende através dos outros sentidos. Daí a responsabilidade do professor utilizar um método contendo técnicas que atinja também outras capacidades dos alunos.

Segundo artigo publicado em On The Beam, 1992, e republicado pelo New Horizons for Learning, temos os seguintes percentuais na aprendizagem:

APRENDEMOS:

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10% do que lemos; 15% do ouvimos; 80 % do que vivenciamos.

Quanto mais sentidos forem envolvidos no ensino, maior será a aprendizagem. Isto se faz conjugando todos os elementos do TRIÂNGULO DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM.

7.1 – TIPOS DE APRENDIZES E A PROBLEMÁTICA DOS PILOTOS-ALUNOS VISUAIS

Fazia parte da equipe de instrutores de uma determinada escola de aviação e percebemos que alguns alunos apresentavam dificuldades em uma fase da instrução prática que era o treinamento do pouso. O fracasso desta manobra representa para muitos a desistência do curso e o fim da carreira de aviador. O ponto crítico consiste em arredondar a aeronave e deixá-la na posição ideal para que toque a pista de pouso de forma suave e principalmente segura. Para efetuar o pouso seguro é necessário que o piloto coloque a aeronave na posição de pouso (arredondar), em determinada altura. Se arredondar a aeroave muito alto ou baixo demais, não conseguirá efetuar o pouso e, em muitos casos, resultando em acidentes e incidentes. Detectamos dois problemas que os alunos nem os instrutores sabiam resolver, e que estavam relacionados com a teoria dos tipos de aprendizes desenvolvida por John Grinder e Richard Blander, e com os sete tipos de inteligência desenvolvidos por Howard Gardner, dentre as quais destacamos duas: inteligência visual-espacial e inteligência sinestésica.

JULGAR A ALTURA CERTA NÃO É MUITO FÁCIL PARA OS PILOTOS-ALUNOS INICIANTES

7.2 – PILOTOS ALUNOS COM DEFICIÊNCIA NA INTELIGÊNCIA VISUAL-ESPACIAL

Alguns pilotos-alunos apresentavam grande problema com a inteligência visual-espacial, pois não conseguiam determinar a altura ideal para o arredondamento. Sem essa noção de distância vertical, eles arredondavam ou muito baixo ou muito alto, comprometendo seriamente a manobra de pouso. O problema não era a manobra com o pouso, mas com a inteligência visual-espacial que dificultava o aprendizado.

Resolvemos isso aplicando instrução com a finalidade de desenvolver a inteligência visual-espacial de cada aluno que apresentava esta deficiência.

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Vale ressaltar que a matéria de navegação aérea tem o objetivo de desenvolver inteligência visual-espacial no aluno piloto já no momento do ensino teórico. Mas da forma como é ministrada nos cursos de aviação, resumindo-se com técnicas didáticas de aula expositiva e com avaliação de perguntas de múltipla escolha, jamais alcançará o objetivo pretendido.

Por outro lado, vale ressaltar também, que a inteligência visual-espacial pode ser adquirida antes mesmo de o aluno participar do curso de aviação. Mas isto só seria possível se as escolas cumprissem seu papel de ensinar. As escolas, ao ensinarem geometria plana e geometria espacial, se aplicassem corretamente um método de ensino, contendo técnicas didáticas, avaliação, etc., fariam com que os alunos desenvolvessem a inteligência visual-espacial. De nada adianta exigir que os pilotos-alunos tenham ensino médio, se o ensino e o aprendizado foram precários. Se os alunos tivessem a inteligência visual-espacial desenvolvida antes mesmo do curso de aviação, bastariam os instrutores ensinar como os alunos aplicariam a inteligência visual-espacial na navegação aérea e na pilotagem.

7.3 – PILOTOS ALUNOS COM DEFICIÊNCIA NA INTELIGÊNCIA SINESTÉSICA

Em contrapartida vimos alguns alunos que tinha a inteligência visual-espacial bem desenvolvida, contudo não logravam êxito no pouso. Um aluno afirmou que não sabia por que enfrentava dificuldade em realizar o pouso, pois seguia fielmente o manual técnico da aeronave que prescrevia a altura de 5 metros para arredondar a aeronave. Brilhante observação, que foi o ponto crucial para identificar que o aluno, embora tivesse a inteligência visual-espacial bem desenvolvida, apresentava deficiência na inteligência sinestésica pelas razões que passamos a explicar.

O manual prescreve uma altura em que a aeronave deva arredondar considerando a atmosfera padrão, ou seja, com parâmetros de temperatura, pressão do ar, e densidade do ar pré- estabelecidos. Atmosfera padrão considera, dentre outros parâmetros, a temperatura de 15 graus Celsius, pressão do ar 1013.2 milibares. Se a temperatura estiver 40 graus Celsius, consequentemente a pressão não será 1013.2 milibares com alteração em vários outros parâmetros, destacando a densidade do ar. Uma temperatura maior torna ar mais rarefeito interferindo na sustentação da aeronave. De acordo com a alteração da temperatura, o ar estará mais ou menos rarefeito e a altura da aeronave deverá ser alterada de acordo com as condições atmosféricas. A altura prevista no manual é apenas uma referência em se tratando de atmosfera padrão. Como normalmente o ar não obedece às condições padrão, o piloto-aluno precisa identificar essas diferenças e agir de acordo com essas diferenças. E aí vem o grande pulo do gato! O aluno precisa “SENTIR” a atmosfera; o aluno precisa “VESTIR” o avião. Precisa interpretar o “AR” para também interpretar o comportamento da aeronave dentro do “AR”. Isto o aluno só irá aprender se tiver a inteligência sinestésica bem apurada. Trata-se da conjugação da inteligência visual-espacial com a inteligência sinestésica, onde o parâmetro visual é apenas uma referência e um ponto de partida e não o ponto de chegada. Esta habilidade só se alcança se a matéria de aerodinâmica também for bem instruída no curso de aviação. Mas...

7.4 – COMO RESOLVER ESSAS DEFICIÊNCIAS DOS PILOTOS-ALUNOS

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Em países desenvolvidos, em muitas escolas de aviação de nível superior, há o vestibular quando matérias como física, química, geometria plana, geometria espacial, etc., são rigorosamente exigidas nas provas, tendo a finalidade de assegurar que os candidatos tenham as inteligências requeridas para o desempenho da atividade aérea. Feito isto, basta adaptar cada inteligência na aviação. O curso de aviação não é o momento ideal para que o aluno aprenda ou desenvolva estes tipos de inteligências, mas que passe a aplicá-las na atividade aérea.

7.5 – PILOTO-ALUNO VISUAL

Normalmente os alunos pilotos são aprendizes visuais, mas observamos que a pilotagem é uma atividade que abrange várias áreas do saber e vários tipos de inteligência. Por isso os cursos de aviação, professores e instrutores devem ministrar as aulas teóricas e instrução prática utilizando método adequado de modo a alçar os tipos de inteligências requeridos para a atividade aérea. Embora o piloto-aluno seja predominantemente um aprendiz visual, as outras características de aprendiz auditivo ou aprendiz sinestésico precisam ser bem trabalhadas.

8 - UTILIZAÇÃO DO CÉREBRO

O MAIOR ESPAÇO INEXPLORADO DO MUNDO É O ESPAÇO ENTRE NOSSAS ORELHAS . Esta frase foi dita por BILL O’BRIEN - diretor executivo da Hanover Insurance -, e se reveste de profunda verdade. Saber como o cérebro funciona, analisando sua formação, funções, partes, hemisfério, é essencial para desenvolver um método de ensino para que o aluno consiga:

Armazenar o que aprendeu. Recuperar (lembrar) o que aprendeu. Como utilizar aprendizado para criação de novas ideias. Como utilizar aprendizado para solução de novos problemas.

O cérebro trabalha de forma sincronizada com as diversas partes que o compõe, fazendo associações e muitas combinações. O método de ensino deve privilegiar este rico funcionamento do cérebro, com a utilização de técnicas e métodos que atendam esta dinâmica cerebral.

O conhecimento do cérebro aliado aos vértices do TRIÂNGULO DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM tem a finalidade de fazer com que o aluno não apenas aprenda a matéria, mas também saiba aplicá-la. Não será demasiado repetir que tão ou mais importante do que adquirir um conhecimento é saber, a partir dele, criar novas ideias e solucionar problemas, ou seja, aplicá-lo. Exatamente o que o correu com o candidato a vaga de juiz que, tendo conhecimento teórico sobre o assunto, não soube aplicar seu conhecimento à situação proposta pela banca examinadora.

No mundo profissional, corporativo e empreendedorismo saber criar novas ideias e solucionar novos problemas é essencial para a sobrevivência do profissional. Mas muitos profissionais não tiveram um ENSINO que permitisse alcançarem este nível de APRENDIZAGEM.

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De forma geral o lado esquerdo do cérebro trabalha mais com a lógica, linguagem, da matemática e da sequência. O lado direito se ocupa mais com a rima, a música, com figura, etc.

LADO ESQUERDO DO CÉREBRO - LADO ACADÊMICO

Matemática. Linguagem. Sequência. Palavra. Lógica. Fala.

LADO DIREITO DO CÉREBRO – LADO CRIATIVO

Visualizações. Harmonias. Modelos. Imagens. Espacial. Música.

Um professor pode utilizar meios e recursos que privilegia apenas a parte esquerda do cérebro, mas se o professor utilizar recursos diferentes poderá fazer com que os dois hemisfério dos alunos trabalhem conjuntamente potencializando o aprendizado.

No ensino aos juristas deve se privilegiar técnicas de ensino que trabalhem o lado esquerdo ativando a inteligência linguística e a inteligência lógico-matemática. E isto se faz com técnicas de ensino tais como Estudo-de-caso-síntese e Estudo-de-caso-análise entre outras técnicas. A simples técnica da Aula Expositiva é ineficaz e ineficiente para alcançar o objetivo da atividade do jurista.

Você já percebeu como as crianças, mesmo as que não são alfabetizadas, têm grande facilidade de gravar letras de músicas? Isto acontece porque o lado direito do cérebro, responsável pela música, ritmo, harmonia, está trabalhado de forma conjugada com o lado esquerdo do cérebro responsável pela palavra, linguagem. Da mesma forma apresentaremos em nosso curso os métodos contendo as técnicas que potencializa o armazenamento, retenção e recuperação de tudo o que foi ensinado, para que o aluno possa aplicar em resolução de novos problemas, bem como na criação de novas ideias.

8.1 - PROCESSO MNEMÔNICO E A UTILIZAÇÃO DO CÉREBRO E APRENDIZAGEM MEMORÁVEL

Um dos grandes problemas de muitos estudantes está ligado a dois fatores:

Como armazenar o conhecimento; Como recuperar o que aprendeu (relembrar).

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Aprendizagem memorável é aquela que permanece na memória e que não precisa ser necessariamente decorada. Para que se saiba armazenar o conhecimento e recuperar o que aprendeu é preciso conhecer o cérebro e seu funcionamento. O cérebro trabalha com associações entre o lado esquerdo e lado direito. Aplicando técnicas de ensino que estimule o lado esquerdo e lado direito, contribui para uma aprendizagem memorável. Ensinar utilizando recursos áudios-visuais com figuras, palavras, desenhos, esquemas, vídeos e áudios, faz com que durante a instrução ambos os hemisférios do cérebro trabalhem conjuntamente solidificando o aprendizado.

Também se relaciona o novo conhecimento com o que já sabe. E para isso o processo mnemônico se revela eficiente e eficaz instrumento de ensino e aprendizagem. Assim sendo, o professor deve planejar uma aula levando em conta o que o aluno já sabe e conhece, e como esse conhecimento prévio ajudará o aluno a fazer novas associações. No ensino de geometria espacial, por exemplo, poderá utilizar conhecimento da geometria plana e aplicá-los aos novos conceitos da geometria espacial.

Mnemônico é um conjunto de técnicas e ferramentas empregadas para ajudar o processo de memorização. Consiste em organizar diagramas, gráficos, símbolos, palavras ou frases relacionadas com o assunto que se pretende memorizar. Resultando em rápida associação e permite uma melhor assimilação do conteúdo.

Está comprovado que a memória humana arquiva informações com mais facilidade quando estas são associadas a sequências organizadas e simples que vão ajudar a gravar eficazmente os dados.

8.2 - UTILIZAÇÃO DO CÉREBRO – MEMORIZAÇÃO POR MEIO DE ASSOCIAÇÕES

O conhecimento novo pode e dever ser associado a um conhecimento anterior para que seja mais facilmente memorizado. O cérebro automaticamente fará essa associação. Qual conhecimento prévio o professor poderá utilizar para consolidação do novo conhecimento? Por mais óbvio que seja, o estudo da geometria plana precede ao estudo da geometria espacial. Embora isso seja claro, nem sempre é o que verificamos, pois em alguns casos disciplinas e cursos são ministrados de forma muito confusa prejudicando seriamente o aprendizado, quando o mentor ou professor negligenciou o que o aluno deveria conhecer antes de ministrar determinado assunto. O professor, conhecedor da matéria, é a pessoa mais credenciada para sugerir as associações que podem estar relacionadas a uma disciplina, histórias, esquemas, modelos, etc.

No caso do piloto-aluno que está com problemas no procedimento de aproximação e pouso, o professor pode se valer da técnica da comparação, relacionando com o voo do pássaro.

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Através da comparação, o instrutor de voo pode criar uma imagem na mente do aluno de forma que ele possa associar as fases de aproximação e pouso modelando um procedimento em sua mente, facilitando o entendimento e a prática.

9 - TIPOS DE AVALIAÇÃO X TÉCNICAS DIDÁTICAS

Conheci um professor de Direito que avaliava seus alunos, resultando em 80% de reprovação da turma. Um professor que reprova 80% de seus alunos: não sabe ensinar ou não sabe avaliar?

Um ponto importante a ressaltar, e que muitos desconhecem, é que a avaliação avalia também o professor, o método de ensino e a própria avaliação. No exemplo acima alguma coisa está errada com o professor, com método de ensino, ou com a avaliação.

O sistema de avaliação tem que estar ligado diretamente com o DOMÍNIO e NÍVEIS DE APRENDIZAGEM.

Um professor não pode, durante as aulas, se limitar a Aulas Expositivas, apenas passando informações, e no momento da avaliação aplicar uma prova exigindo que os alunos avaliem um caso concreto passando pelos níveis de síntese ou análise. O aluno não pode ter a primeira experiência com os demais níveis de aprendizagem somente no momento da prova. A avaliação tem que estar coerente com o nível das aulas, com o nível das técnicas didáticas, com o nível do Ensino e da Aprendizagem.

Eis o problema dos bacharéis em Direito que apresentam dificuldades em lograr êxito em concursos. Passam anos estudando no nível de DECOREBA, e serão exigidos em níveis mais profundos nos exames e concursos. Se a atividade a ser desempenhada pelo aluno após a formação exige análise, síntese, etc., o método de ensino aplicado no curso, incluindo o tipo de avaliação, tem que atender o mesmo objetivo.

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Vale a pena ressaltar que o método de avaliação e o método de ensino não podem ficar a seu bel-prazer da instituição de ensino ou do professor. Há de se considerar a atividade, ofício, ou profissão.

Se o profissional exerce uma atividade que exige os níveis mais elevados, o método de ensino não pode ficar utilizando a simplória técnica da aula expositiva; a avaliação não pode ficar avaliando apenas o conhecimento decorado. Que se repita: ENSINO E AVALIAÇÃO precisam estar no mesmo nível. Se um PERITO, em sua atividade profissional, tem que elaborar pareceres e laudos, o método de ensino precisa conter técnicas coerentes com este objetivo, exigindo do aluno que faça investigação simulada contendo elaboração de pareceres e laudos e, por fim, avaliação no DOMÍNIO PSICOMOTOR, exigindo também elaboração de trabalhos que se coadunem com a atividade de perito na vida profissional. Analisei a grade curricular de um curso de PERITO que continha uma carga horária de apenas dez horas utilizando apenas Aulas Expositivas, sem que os alunos realizassem qualquer trabalho simulado de investigação, pareceres e laudos. Afirmamos que o método utilizado neste curso, considerando as técnicas didáticas e avaliação, é totalmente incoerente para o fim que se destina.

Uma coisa importante, mas muito desprezada nos cursos é a orientação no inicio da disciplina e curso. O aluno deve ser orientado sobre o método de ensino, apontando técnicas didáticas e sistema de avaliação que será aplicado pelo professor, permitindo que o aluno possa orientar seus estudos. Se professor passa o semestre inteiro INFORMANDO com AULAS EXPOSITIVAS, e no momento da avaliação propõe um ESTUDO–DE-CASO, é bem provável que os alunos enfrentem grandes dificuldades.

Na realidade nossa preocupação não é apenas com a avaliação, mas muito mais com a vida profissional. O método de ensino e avaliação não deve preparar o aluno apenas para a escola, mas sim para a vida profissional e vida pessoal. Estudar apenas para passar nas provas é terrível.

Analisando alunos pilotos de avião, constatei uma deficiência no método de ensino aplicado à aviação no Brasil. Em seus primeiros voos os alunos demonstram grandes dificuldades de se localizarem geograficamente em relação aos pontos cardeais. Isto acontece porque curso teórico, que antecede o curso prático (voo), é ensinado e avaliado no mais elementar nível de CONHECIMENTO-DECOREBA. A banca examinadora limita-se a perguntas de múltipla escolha, ou seja, uma pergunta cotendo algumas alternativas. Isto mesmo; a navegação aérea e outras matérias são ensinadas e avaliadas no nível de DECOREBA. A navegação aérea é uma disciplina que tem a finalidade de desenvolver, dentre outras inteligências, a inteligência visual-espacial. O estudo teórico deveria alcançar este objetivo, mas não é a realidade, pois as técnicas didáticas destinadas a esta disciplina – geralmente Aulas Expositivas -, não permite que o aluno avance nos demais níveis de aprendizado. O ensino das Regras de Tráfego Aéreo teria o objetivo de desenvolver a Inteligência Linguística e a Inteligência Lógico-matemática. Por conta disto, é muito comum ver pilotos com problemas em interpretar e aplicar as regras de tráfego aéreo nas situações reais que enfrentam. O método de ensino despreza a interpretação de normas, despreza a hermenêutica e outras regras de interpretação, fazendo com que os alunos jamais alcancem os níveis de APLICAÇÃO, ANÁLISE, SÍNTESE, AVALIAÇÃO. Como o piloto saberá aplicar as normas de tráfego aéreo, sintetizando ou analisando se sua formação

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Page 25:  · Web viewNem todo mundo que dá aula é professor. O fato de um profissional ter elevado conhecimento em determinada área (mestrado ou doutorado), não o faz professor. Ser professor

limitou-se na DECOREBA? Triste! Se a técnica didática quer dizer técnica de ensinar, e uma determinada técnica não está ensinando, devemos mudar a técnica. Se aula expositiva é ineficiente e ineficaz para que o aluno desenvolva a inteligência espacial, que se mude a Técnica. Simples assim.

Se o método de ensino aplicado à aviação fosse coerente com a atividade desempenhada pelo piloto, também resultaria no desenvolvimento das funções dos hemisférios esquerdo e direito do cérebro. O estudo das regras de tráfego aéreo convergiria para a inteligência linguística e Inteligência Lógico-matemática (lado esquerdo), enquanto o estudo da navegação aérea apontaria para a inteligência visual-espacial (lado direito).

10 - ESTRUTURAÇÃO DE DISCIPLINAS E CURSOS

A criação de cursos precisa levar em consideração o OBJETIVO. Ou seja, aquilo que será desenvolvido na atividade, profissão ou ofício.

Não será demasiado repetir: tudo depende do desempenho da pessoa na vida profissional. Um curso rápido de Responsabilidade Jurídica para pilotos no nível de CONHECIMENTO, talvez seja suficiente. Mas se um piloto deseja ser PERITO AERONÁUTICO, terá que nadar um rio maior e mais e profundo.

11 - CURSOS E LIVROS

O assunto aqui abordado é muito mais amplo e profundo. Convidamos o caro leitor a conhecer outras ferramentas que nos permitirá aprofundar nesta CIÊNCIA e ARTE de APRENDER e ENSINAR.

CURSO EAD DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA EM METODOLOGIA E TÉCNICAS DIDÁTICAS

LIVRO DE METODOLOGIA E TÉCNICAS DIDÁTICAS.

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