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CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM SAÚDE MENTAL 1

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CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

SAÚDE MENTAL

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HISTÓRIA E SUA EVOLUÇÃO DA SAÚDE MENTAL E PSIQUIATRIAPOLÍTICAS DE SAÚDE MENTALESTRUTURA DOS DIVERSOS NÍVEIS DA ATENÇÃO A SAÚDE MENTAL

(I) crítica do modelo hospitalocêntrico (1978-1991)O ano de 1978 costuma ser identificado como o de início efetivo do movimento

social pelos direitos dos pacientes psiquiátricos em nosso país. O Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental (MTSM), movimento plural formado por trabalhadores integrantes do movimento sanitário, associações de familiares, sindicalistas, membros de associações de profissionais e pessoas com longo histórico de internações psiquiátricas, surge neste ano. É sobretudo este Movimento, através de variados campos de luta, que passa a protagonizar e a construir a partir deste período a denúncia da violência dos manicômios, da mercantilização da loucura, da hegemonia de uma rede privada de assistência e a construir coletivamente uma crítica ao chamado saber psiquiátrico e ao modelo hospitalocêntrico na assistência às pessoas com transtornos mentais. A experiência italiana de desinstitucionalização em psiquiatria e sua crítica radical ao manicômio é inspiradora, e revela a possibilidade de ruptura com os antigos paradigmas, como, por exemplo, na Colônia Juliano Moreira, enorme asilo com mais de 2.000 internos no início dos anos 80, no Rio de Janeiro. Passam a surgir as primeiras propostas e ações para a reorientação da assistência. O II Congresso Nacional do MTSM (Bauru, SP), em 1987, adota o lema “Por uma sociedade sem manicômios”. Neste mesmo ano, é realizada a I Conferência Nacional de Saúde Mental (Rio de Janeiro). Neste período, são de especial importância o surgimento do primeiro CAPS no Brasil, na cidade de São Paulo, em 1987, e o início de um processo de intervenção, em 1989, da Secretaria Municipal de Saúde de Santos (SP) em um hospital psiquiátrico, a Casa de Saúde Anchieta, local de maus-tratos e mortes de pacientes. É esta intervenção, com repercussão nacional, que demonstrou de forma inequívoca a possibilidade de construção de uma rede de cuidados efetivamente substitutiva ao hospital psiquiátrico. Neste período, são implantados no município de Santos Núcleos de Atenção Psicossocial (NAPS) que funcionam 24 horas, são criadas cooperativas, residências para os egressos do hospital e associações. A experiência do município de Santos passa a ser um marco no processo de Reforma Psiquiátrica brasileira. Trata-se da primeira demonstração, com grande repercussão, de que a Reforma Psiquiátrica, não sendo apenas uma retórica, era possível e exeqüível. Também no ano de 1989, dá entrada no Congresso Nacional o Projeto de Lei do deputado Paulo Delgado (PT/MG), que propõe a regulamentação dos direitos da pessoa com transtornos mentais e a extinção progressiva dos manicômios no país. É o início das lutas do movimento da Reforma Psiquiátrica nos campos legislativo e normativo. Com a Constituição de 1988, é criado o SUS – Sistema Único de Saúde, formado pela articulação entre as gestões federal, estadual e municipal, sob o poder de controle social, exercido através dos “Conselhos Comunitários de Saúde”.

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(II) começa a implantação da rede extra-hospitalar (1992-2000)

A partir do ano de 1992, os movimentos sociais, inspirados pelo Projeto de Lei Paulo Delgado, conseguem aprovar em vários estados brasileiros as primeiras leis que determinam a substituição progressiva dos leitos psiquiátricos por uma rede integrada de atenção à saúde mental. É a partir deste período que a política do Ministério da Saúde para a saúde mental, acompanhando as diretrizes em construção da Reforma Psiquiátrica, começa a ganhar contornos mais definidos. É na década de 90, marcada pelo compromisso firmado pelo Brasil na assinatura da Declaração de Caracas e pela realização da II Conferência Nacional de Saúde Mental, que passam a entrar em vigor no país as primeiras normas federais regulamentando a implantação de serviços de atenção diária, fundadas nas experiências dos primeiros CAPS, NAPS e Hospitais-dia, e as primeiras normas para fiscalização e classificação dos hospitais psiquiátricos. Neste período, o processo de expansão dos CAPS e NAPS é descontínuo. As novas normatizações do Ministério da Saúde de 1992, embora regulamentassem os novos serviços de atenção diária, não instituíam uma linha específica de financiamento para os CAPS e NAPS. Do mesmo modo, as normas para fiscalização e classificação dos hospitais psiquiátricos não previam mecanismos sistemáticos para a redução de leitos.

Ao final deste período, o país tem em funcionamento 208 CAPS, mas cerca de 93% dos recursos do Ministério da Saúde para a Saúde Mental ainda são destinados aos hospitais psiquiátricos. A Reforma Psiquiátrica depois da lei Nacional (2001 -2005) É somente no ano de 2001, após 12 anos de tramitação no Congresso Nacional, que a Lei Paulo Delgado é sancionada no país. A aprovação, no entanto, é de um substitutivo do Projeto de Lei original, que traz modificações importantes no texto normativo. Assim, a Lei Federal 10.216 redireciona a assistência em saúde mental, privilegiando o oferecimento de tratamento em serviços de base comunitária, dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas com transtornos mentais, mas não institui mecanismos claros para a progressiva extinção dos manicômios. Ainda assim, a promulgação da lei 10.216 impõe novo impulso e novo ritmo para o processo de Reforma Psiquiátrica no Brasil. É no contexto da promulgação da lei 10.216 e da realização da III Conferência Nacional de Saúde Mental, que a política de saúde mental do governo federal, alinhada com as diretrizes da Reforma Psiquiátrica, passa a consolidar-se, ganhando maior sustentação e visibilidade. Linhas específicas de financiamento são criadas pelo Ministério da Saúde para os serviços abertos e substitutivos ao hospital psiquiátrico e novos mecanismos são criados para a fiscalização, gestão e redução programada de leitos psiquiátricos no país. A partir deste ponto, a rede de atenção diária à saúde mental experimenta uma importante expansão, passando a alcançar regiões de grande tradição hospitalar, onde a assistência comunitária em saúde mental era praticamente inexistente. Neste mesmo período, o processo de desinstitucionalização de pessoas longamente internadas é impulsionado, com a criação do Programa “De Volta para Casa”. Uma política de recursos humanos para a Reforma Psiquiátrica é construída, e é traçada a política para a questão do álcool e de outras drogas, incorporando a estratégia de redução de danos. Realiza-se, em 2004, o primeiro Congresso Brasileiro de Centros de

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Atenção Psicossocial, em São Paulo, reunindo dois mil trabalhadores e usuários de CAPS. Este processo caracteriza-se por ações dos governos federal, estadual, municipal e dos movimentos sociais, para efetivar a construção da transição de um modelo de assistência centrado no hospital psiquiátrico, para um modelo de atenção comunitário. O período atual caracteriza-se assim por dois movimentos simultâneos : a construção de uma rede de atenção à saúde mental substitutiva ao modelo centrado na internação hospitalar, por um lado, e a fiscalização e redução progressiva e programada dos leitos psiquiátricos existentes, por outro. É neste período que a Reforma Psiquiátrica se consolida como política oficial do governo federal. Existem em funcionamento hoje no país 689 Centros de Atenção Psicossocial e, ao final de 2004, os recursos gastos com os hospitais psiquiátricos passam a representar cerca de 64% do total dos recursos do Ministério da Saúde para a saúde mental.

Centros de Atenção Psicossocial (CAPS)

O CAPS tem como objetivo oferecer atendimento à população, realizar o acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício dos seus direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários.

Desta forma o CAPS é um dispositivo voltado para a atenção á saúde mental, com valor imensurável e estratégico para a Reforma Psiquiátrica Brasileira.

A criação desses centros possibilitou a organização de uma rede substitutiva aos Hospitais Psiquiátricos no país, abolindo os manicômios e inserindo na sociedade a pessoa com alteração mental.

O CAPS é um serviço de caráter municipal, aberto, comunitário que oferece atendimento diário e tem como função:

* Prestar atendimento clínico em regime de atenção diária, evitando as internações em hospitais psiquiátricos.* Acolher e atender as pessoas com transtornos mentais graves e persistentes, procurando preservar e fortalecer os laços sociais do usuário em seu território. Promover a inserção social das pessoas com transtornos mentais por meio de ações intersetoriais.* Regular a porta de entrada de rede de assistência de saúde mental na sua área de atuação.* Dar suporte à atenção à saúde mental na rede básica.* Organizar a rede de atenção às pessoas com transtornos mentais nos municípios.* articular estrategicamente a rede e a política de saúde mental num determinado território.* Promover a reinserção social do individuo por meio do acesso ao trabalho, lazer exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários.

Vale ressaltar que os gestores governamentais desse serviço relatam que o CAPS não substitui e/ou complementa o hospital psiquiátrico, o CAPS é considerado uma nova clínica, produtora de autonomia, que convida o usuário à responsabilização e ao protagonismo em toda a trajetória do seu tratamento.

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Os projetos desses serviços, no geral, ultrapassam sua própria estrutura física, buscando apoio social para reinserção desse usuário, preocupando-se sempre com o sujeito e sua singularidade, sua história, sua cultura e sua vida cotidiana.

Tipos de CAPS

Existem cinco tipos de CAPS, sendo um para cada perfil de clientela (adultos, crianças/adolescentes e usuários de álcool e drogas) a depender do contingente populacional a ser coberto (pequeno, médio e grande porte) e do período do funcionamento (diurno ou 24horas). Segue a explanação de cada um deles:

CAPS I - são serviços para cidades de pequeno porte, que devem dar cobertura para toda clientela com transtornos mentais severos durante o dia (adultos crianças/adolescentes e usuários de álcool e drogas).CAPS II - são serviços para cidades de médio porte, atendem durante o dia clientes apenas adultos.CAPS III - são serviços de 24 horas, geralmente disponíveis em grandes cidades, que atendem a clientela adulta.CAPSi - são serviços para crianças e adolescentes, em cidades de médio porte, que funcionam durante o dia.CAPS ad - são serviços para pessoas com problemas pelo uso de álcool ou outra droga, geralmente disponível em cidades de médio porte, funciona, durante o dia.

Todos os tipos de CAPS devem ser compostos por equipes multiprofissionais, com a presença obrigatória do psiquiatra, enfermeiro, psicólogo e assistente social, aos quais se somam outros profissionais do campo de saúde.

A estrutura física dos CAPS deve ser compatível com o acolhimento, desenvolvimento de atividades coletivas e individuais, realização de oficinas de reabilitação e outras atividades necessárias a cada caso em particular.

No CAPS, o paciente pode desenvolver práticas de trabalho diferentes da assistência hospitalar, onde é adotada uma filosofia humanizada, que possibilita visualizar o paciente como individuo capaz de desenvolver atividades e desta forma sentir-se importante frente ao processo de recuperação.

ATUAÇÃO PROFISSIONAL DE SAÚDE NO CAPS

desta forma, o profissional de enfermagem deve atuar continuamente com o paciente, estabelecendo um vínculo ao ponto de saber ouvir, respeitar os direitos e vontades desse paciente/cliente e jamais se esquecer de sua identidade, chamando-o sempre pelo seu nome.

A comunicação é extremamente importante para estabelecer uma aproximação, independentemente de ser uma comunicação verbal ou não, pois um sorriso, um gesto, uma fala suave e verdadeira favorecem uma interação saudável entre ambas as partes. Nunca se deve falar de coisas que não pode cumprir, pois pode aumentar o sofrimento do individuo. em relação ao toque, deve-se ter cautela, pois alguns tipos de transtornos mentais não possibilitam esse tipo de aproximação.

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PRINCÍPIOS DE REGEM A ASSISTÊNCIA Á SAÚDE MENTAL

Lei no 10.216, de 6 de abril de 2001.

Art. 1o Os direitos e a proteção das pessoas acometidas de transtorno mental, de que trata esta Lei, são assegurados sem qualquer forma de discriminação quanto à raça, cor, sexo, orientação sexual, religião, opção política, nacionalidade, idade, família, recursos econômicos e ao grau de gravidade ou tempo de evolução de seu transtorno, ou qualquer outra.Art. 2o Nos atendimentos em saúde mental, de qualquer natureza, a pessoa e seus familiares ou responsáveis serão formalmente cientifica dos direitos enumerados no parágrafo único deste artigo.Parágrafo único. São direitos da pessoa portadora de transtorno mental: I – ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, consentâneo às suas necessidades;II – ser tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de beneficiar sua saúde, visando a alcançar sua recuperação pela inserção na família, no trabalho e na comunidade;III – ser protegida contra qualquer forma de abuso e exploração;IV – ter garantia de sigilo nas informações prestadas;V – ter direito à presença médica, em qualquer tempo, para esclarecer a necessidade ou não de sua hospitalização involuntária;VI – ter livre acesso aos meios de comunicação disponíveis;VII – receber o maior número de informações a respeito de sua doença e de seu tratamento;VIII – ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos possíveis;IX – ser tratada, preferencialmente, em serviços comunitários de saúde mental.Art. 3o É responsabilidade do Estado o desenvolvimento da política de saúde mental, a assistência e a promoção de ações de saúde à porta- 18 dores de transtornos mentais, com a devida participação da sociedade e da família, a qual será prestada em estabelecimento de saúde mental, assim entendidas as instituições ou unidades que ofereçam assistência em saúde aos portadores de transtornos mentais.Art. 4o A internação, em qualquer de suas modalidades, só será indicada quando os recursos extra-hospitalares se mostrarem insuficientes.§ 1o O tratamento visará, como finalidade permanente, à reinserção social do paciente em seu meio.§ 2o O tratamento em regime de internação será estruturado de forma a oferecer assistência integral à pessoa portadora de transtornos mentais, incluindo serviços médicos, de assistência social, psicológicos, ocupacionais, de lazer, e outros. 3o É vedada a internação de pacientes portadores de transtornos mentais em instituições com características asilares, ou seja, aquelas desprovidas dos recursos mencionados no § 2o e que não assegurem aos pacientes os direitos enumerados no parágrafo único do art. 2o.Art. 5o O paciente há longo tempo hospitalizado ou para o qual se caracterize situação de grave dependência institucional, decorrente de seu quadro clínico ou de ausência de suporte social, será objeto de política específica de alta planejada e reabilitação psicossocial assistida, sob responsabilidade da autoridade sanitária competente e

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supervisão de instância a ser definida pelo Poder Executivo, assegurada a continuidade do tratamento, quando necessário.Art. 6o A internação psiquiátrica somente será realizada mediante laudo médico circunstanciado que caracterize os seus motivos.Parágrafo único. São considerados os seguintes tipos de internação psiquiátrica:I – internação voluntária: aquela que se dá com o consentimento do usuário;II – internação involuntária: aquela que se dá sem o consentimento do usuário e a pedido de terceiro;e III – internação compulsória: aquela determinada pela Justiça. Art. 7o A pessoa que solicita voluntariamente sua internação, ou que a consente, deve assinar, no momento da admissão, uma declaração de que optou por esse regime de tratamento. 19 Parágrafo único. O término da internação voluntária dar-se-á por solicitação escrita do paciente ou por determinação do médico assistente.Art. 8o A internação voluntária ou involuntária somente será autorizada por médico devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina – CRM do estado onde se localize o estabelecimento.§ 1o A internação psiquiátrica involuntária deverá, no prazo de setenta e duas horas, ser comunicada ao Ministério Público Estadual pelo responsável técnico do estabelecimento no qual tenha ocorrido devendo esse mesmo procedimento ser adotado quando da respectiva alta.§ 2o O término da internação involuntária dar-se-á por solicitação escrita do familiar, ou responsável legal, ou quando estabelecido pelo especialista responsável pelo tratamento. Art. 9o A internação compulsória é determinada, de acordo com a legislação vigente, pelo juiz competente, que levará em conta as condições de segurança do estabelecimento, quanto à salvaguarda do paciente, dos demais internados e funcionários.Art. 10 Evasão, transferência, acidente, intercorrência clínica grave e falecimento serão comunicados pela direção do estabelecimento de saúde mental aos familiares, ou ao representante legal do paciente, bem como à autoridade sanitária responsável, no prazo máximo de vinte e quatro horas da data da ocorrência.Art. 11 Pesquisas científicas para fins diagnósticos ou terapêuticos não poderão ser realizadas sem o consentimento expresso do paciente, ou de seu representante legal, e sem a devida comunicação aos conselhos profissionais competentes e ao Conselho Nacional de Saúde.Art. 12 O Conselho Nacional de Saúde, no âmbito de sua atuação, criará comissão nacional para acompanhar a implementação desta Lei.Art. 13 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 6 de abril de 2001; 180o da Independência e 113o da República.FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Jose Gregori José Serra Roberto Brant

ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO

O sistema nervoso é um dos sistemas mais complexos do corpo humano. Nos protozoários, ou animais de uma só célula, o trabalho fisiológico não pode dividir-se; todas as funções vitais, nutrição, reprodução, relações com o meio, são desempenhadas pelo elemento único do animal.

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Para que haja correspondência e harmonia entre os diversos elementos constitutivos do animal, bem como para as relações do organismo em conjunto com o meio exterior, um tecido se diferencia, o tecido nervoso, essencialmente excitável e condutor. Dispõe-se o tecido nervoso em órgãos ligados entre si, e formando o sistema nervoso.

Cérebro

Sistema Nervoso CentralTodo o sistema nervoso funciona a partir de cada uma das células nervosas que

o constituem: os chamados neurônios. Células muito especializadas são capazes de captar estímulos exteriores, como calor, frio, dor (irritabilidade), e de conduzir os estímulos através do organismo, sob a forma de impulso nervoso (condutibilidade). Essas atribuições são exclusivas e cumpridas por numerosos neurônios.

Para executar suas importantes funções, as células nervosas têm constituição especial. Como as outras células do organismo, o neurônio também possui um núcleo e um citoplasma, embora apresente muitas variedades. No citoplasma das células nervosas existem elementos característicos: as neurofibrilas e os corpúsculos de Nissl (nome dado em homenagem ao cientista que os descreveu); e ainda dois tipos de prolongamentos exclusivos: o axônio (do grego axoon, eixo), também chamado cilindro-eixo, e os dendritos (do grego dendrón, árvore). Existe apenas um axônio para cada célula.

NeurônioA célula nervosa apresenta-se munida de prolongamentos de vários tipos, e

que dela fazem parte integrante. Ao conjunto formado pela célula e respectivos prolongamentos, dá-se o nome de neurônio. Distinguem-se neste, portanto, o corpo celular e os prolongamentos. Às vezes ele chega a medir alguns metros e, em outras células, tem apenas poucos milímetros. Ao longo de seu percurso, em geral possui poucas ramificações e acaba por estabelecer contato com outra célula nervosa, um músculo ou uma glândula. O axônio é constituído por neurofibrilas, em continuação das que compõem o corpo da célula, com a diferença de que, no trecho pertencente ao cilindro-eixo, estas são envoltas por uma membrana comum, o axolema.Além do axolema, outra membrana envolve o axônio de certos neurônios, sem recobrir a porção inicial e a terminal. E uma substância gordurosa, esbranquiçada, chamada mielina (do grego mie/o, medula).O conjunto formado pelo axônio e suas membranas constitui uma fibra nervosa; no tecido nervoso podem ser observados os feixes de fibras nervosas que caracterizam a substância branca, envolvidos pela mielina. E, nos trechos dos corpos celulares em que não há invólucro de mielina, o tecido apresenta a cor acinzentada dos corpos celulares e porções de fibra sem o revestimento de mielina: é a substância cinzenta.Os outros prolongamentos da célula nervosa – os dendritos – são numerosos, curtos e muito ramificados.A partir do Sistema Nervoso Central, difundem-se por todo o corpo os feixes de fibras nervosas, chamados nervos. Alguns têm a finalidade de conduzir os impulsos que partem do eixo central até os músculos, glândulas ou vísceras: são constituídos, sobretudo, por fibras motoras ou eferentes. Em contrapartida, outros levam os

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impulsos captados pela periferia (pele, músculos, vísceras) até o neuro-eixo: nestes predominam as fibras sensitivas ou aferentes.Ao longo desses feixes existem agrupamentos de células, os gânglios nervosos, que funcionam como retransmissores dos impulsos. Apenas as ordens motoras dirigidas aos músculos não passam por essa etapa: vão do neuro-eixo aos músculos, sem passar pelos gânglios.

Na estrutura do sistema nervoso, os neurônios ficam todos ligados uns aos outros, formando as chamadas cadeias neuronais. Por essas cadeias, os impulsos nervosos caminham e são retransmitidos. A ligação entre um neurônio e outro, denominada sinapse, é feita entre a terminação do axônio de uma célula e os dendritos ou ‘o corpo celular de outra. A direção do impulso é do corpo celular para o axônio. A sinapse é o “interruptor” encarregado de ligar ou desligar uma célula nervosa de outra.

Sinapses

Falar sobre sistema nervoso sem falar sobre sinapses é impossível. Chama-se sinapse a articulação das terminações de um neurônio com as de outro, ou então com a fibra muscular ou com as células glandulares.

Há, portanto, sinapses interneurais, sinapses mioneurais e sinapses neuroglandulares.

As sinapses interneurais se fazem entre as ramificações dos prolongamentos eferentes de um neurônio e as dos prolongamentos aferentes de outro.

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Sistema Nervoso Autônomo

As ordens de comando que controlam os batimentos cardíacos, a contração ou o relaxamento do estômago e a secreção das glândulas da mucosa estomacal partem de centros encefálicos superiores, de modo equivalente às ordens transmitidas aos músculos para movimentar braços ou pernas. Mas ocorre que, enquanto o movimento dos membros é voluntário, não se pode, conscientemente, parar ou acelerar o coração nem o estômago, porque o funcionamento desses órgãos e de outras vísceras independe da vontade. O Sistema Nervoso Autônomo é o responsável diferentes estímulos corporais.

No caso dos movimentos voluntários, quando se deseja executá-los, a ordem correspondente parte de alguns dos giros encefálicos, segue pela via piramidal – que é um “caminho” nervoso expresso – e atingem os centros nervosos motores situados no encéfalo e na medula espinhal. Desses centros a ordem é retransmitida por fibras nervosas, diretamente aos músculos esqueléticos, de cuja contração resulta o movimento. Esses movimentos, embora controláveis pela vontade, podem ser automáticos ou reflexos.

O Controle do Sistema Nervoso AutônomoSão automáticos os movimentos respiratórios, os de sucção da criança que

mama, os da marcha, da dança e da natação. Os primeiros, respiração e sucção, são inatos; s últimos são adquiridos (requerem uma fase de aprendizado).Movimentos reflexos são aqueles que se processam sob a forma de resposta a um estímulo. Estímulos diferentes determinam, através de arcos reflexos, respostas diversas. O indivíduo descalço, ao pisar inesperadamente sobre um pedregulho, alivia reflexamente o peso do corpo sobre aquele pé. No entanto, ao pisar sobre a ponta de um cigarro aceso, reflexamente afasta o pé do estímulo, flexionando a perna. A resposta reflexa é anterior à consciência do fato, e realmente funciona como mecanismo de defesa. Esses exemplos são denominados somáticos, isto é, da vida de relação, porque tanto o estimulo quanto a resposta relacionam o indivíduo com o meio ambiente.

Estímulos e ReflexosOs movimentos reflexos viscerais são comandados pelo sistema nervoso autônomo, também denominado sistema neurovegetativo, com duas seções: o sistema simpático e o parassimpático. Compreende as partes do sistema nervoso responsáveis pela inervação da musculatura do coração, musculatura lisa e glândulas.

O sistema nervoso autônomo é constituído por grupos de células e fibras nervosas situados no interior do encéfalo e da medula espinhal, e ainda por outros localizados fora do sistema nervoso centra, constituindo os gânglios autônomos ou simpáticos.Os estímulos que agem sobre as vísceras, como a passagem do bolo alimentar, desencadeiam impulsos nervosos que, através de fibras nervosas viscerais sensitivas, são conduzidos a diferentes níveis do sistema nervoso central. Destes são retransmitidos, dependendo do estímulo inicial, através de circuitos mais ou menos

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complexos, a centros nervosos especiais – talâmicos, hipotalâmico, corticais -, de onde partem novos impulsos com ordens de comando. Essas ordens destinam-se a grupos de células anexos a núcleos de nervos cranianos e a grupos de células situados ao longo da medula espinhal. Tais células, através de suas fibras, conduzem as mesmas ordens a gânglios simpáticos ou a outros que as transmitem, através dos nervos viscerais motores, às vísceras. Em resultado, verifica-se a contração ou relaxamento das vísceras e aumento ou diminuição da secreção glandular.Diz-se, portanto, que as ordens motoras somáticas seguem vias diretas, praticamente expressas; já as motoras viscerais são mais complexas e, antes de atingir os respectivos destinos, sofrem retransmissão ao nível dos gânglios simpáticos.

SERVIÇO DE CONTROLE GERALCabe ao sistema nervoso autônomo regular o funcionamento geral do

organismo. Daí a denominação sistema neurovegetativo: ele é a parte do sistema nervoso (neuro) que regula a vida vegetativa. Agindo sobre a musculatura do coração, controla os batimentos cardíacos, mobilizando mais ou menos sangue conforme as necessidades do momento. Simultaneamente, provoca dilatação ou diminuição do calibre das artérias, a fim de regular o fluxo sanguíneo.

Controla os vasos e o funcionamento das vísceras, agindo diretamente sobre a musculatura lisa de suas paredes e sobre suas glândulas. Para que tudo aconteça de maneira harmônica e no momento exato, o SNA possui dois componentes distintos: o simpático e o parassimpático, cujas funções mantêm o desejado equilíbrio funcional do organismo.

Os centros celulares de retransmissão do contingente simpático situam-se nas regiões torácica e lombar alta da medula espinhal. Daí sua outra denominação: toracolombar. O contingente parassimpático tem seus centros de retransmissão junto aos núcleos motores dos nervos cranianos III (oculomotor), VII (facial intermédio), IX (glossofaríngeo), X (vago) e nos segmentos sacrais S2, S3 e S4 da medula espinhal.A transmissão dos estímulos dos neurônios centrais aos diversos órgãos dá-se por meio da ação de substâncias químicas produzidas ao nível das terminações nervosas (sinapses). Esses mediadores químicos são de dois tipos: acetilcolina e adrenalina. O primeiro tipo de mediador (ou colinérgico) é encontrado no sistema parassimpático, nas terminações pré-ganglionares do simpático e em algumas terminações pós-ganglionares desse sistema. Mas, na maioria das terminações pós-ganglionares, o mediador químico é do tipo adrenalina (adrenérgico).

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O sistema nervoso autônomo (Simpático e parassimpático)

Funções do sistema autônomo.

O sistema nervoso autônomo está relacionado principalmente com a vida vegetativa, ou de nutrição. É também de notar sua interferência nos fenômenos fisiológicos que acompanham as emoções de medo, cólera, dor e outras.

O simpático tem, entre outras, as seguintes funções:a) produz vasoconstrição, em geral, diminuindo o calibre dos vasos sanguíneos;b) dilata a abertura pupilar;c) promove a secreção das glândulas salivares, das glândulas sudoríparas, das cápsulas suprarrenais;d) acelera o ritmo cardíaco;e) inibe o peristaltismo gástrico e intestinal.

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Ao parassimpático craniano cabem as seguintes atividades:a) produz vasodilatação;b) diminui a abertura pupilar;c) promove a secreção das glândulas salivares;d) retarda o ritmo cardíaco;e) ativa o peristaltismo do esôfago, do estômago, do intestino delgado;f) estimula as glândulas gástricas.O parassimpático sacro é vasodilatador, motor da bexiga, inibidor do esfíncter vesical, etc.

Antagonismo entre simpático e parassimpático

Os órgãos da vida vegetativa recebem, em regra, enervação dupla, parte originária do simpático, parte do parassimpático. Em cada órgão, a ação dos dois sistemas é quase sempre antagônica. O simpático, por exemplo, dilata a pupila; o parassimpático a diminui; o simpático acelera o coração, o parassimpático o retarda; os movimentos peristálticos do tubo digestivo inibem-se pelo simpático, estimulam-se pelo parassimpático; o simpático é vasoconstritor, o parassimpático é vasodilatador.

Estrutura da medula espinhalFeito um corte transversal da medula, verifica-se nela a existência de duas substâncias: uma, externa, é a substância branca; outra, interna, é a substância cinzenta.

Funções da medula espinhalDistinguem-se na medula espinhal duas funções: a de condução nervosa e a de centro nervoso.Pelos seus vários feixes de fibras, transporta a medula o influxo nervoso. A corrente sensitiva chega-lhe da periferia, pelas raízes posteriores, e, em seguida, sobe ao encéfalo pelos feixes ascendentes. Esta corrente pode ser da sensibilidade táctil, dolorosa, térmica, ou cinestésica. Admite-se que, para cada uma destas modalidades, há fibras diferentes nos vários feixes sensitivos acima enumerados. Mas não foi ainda possível localizar tais fibras com precisão.A corrente motora, que provém do encéfalo, desce ao longo da medula pelos feixes piramidal direto e piramidal cruzado, e sai pelas raízes anteriores dos nervos raquianos, indo aos músculos, que se contraem sob a influência do impulso nervoso. O corte da medula espinhal, em certo nível, determina, pois, a interrupção de comunicações nervosas entre o cérebro e as partes do corpo servidas pelos nervos que nascem abaixo da secção. Estas partes do corpo, não podendo mais enviar ao cérebro influxos sensitivos, nem dele receber corrente motora, ficam insensíveis e paralisadas.

Nervos espinhais e cranianosTrinta e três pares de nervos espinhais e doze pares de nervos cranianos, que emergem, respectivamente, da medula e do encéfalo, constituem uma parte do sistema nervoso periférico. Também pertencem à periferia os nervos simpáticos, que inervam as vísceras e controlam seu trabalho.Enquanto uma parte de toda a estrutura nervosa (sistema nervoso central e sistema nervoso periférico) coloca o indivíduo em contato com o meio, outra parte destina-se a

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manter em funcionamento o organismo do homem, controlando a vida vegetativa ou visceral. A primeira é a porção somática e a segunda corresponde ao sistema nervoso autônomo (também conhecido como sistema simpático), pois o trabalho dos órgãos internos independe do controle do indivíduo.

CONHECIMENTO DE PSICOLOGIA E PSICOPATOLOGIA

Os Níveis de Personalidade

Nos primeiros trabalhos, Freud sugeria a divisão da vida mental em duas partes: consciente e inconsciente. A porção consciente, assim como a parte visível do iceberg, seria pequena e insignificante, preservando apenas uma visão superficial de toda a personalidade. A imensa e poderosa porção inconsciente - assim como a parte submersa do iceberg - conteria os instintos, ou seja, as forças propulsoras de todo comportamento humano. Nos trabalhos posteriores, Freud reavaliou essa distinção simples entre o consciente e o inconsciente e propôs os conceitos de *Id, **Ego e ***Superego. O "ID", grosso modo, correspondente à sua noção inicial de inconsciente, seria a parte mais primitiva e menos acessível da personalidade. Freud afirmou: "Nós chamamos de (...) um caldeirão cheio de axcitações fervescentes. [O id] desconhece o julgamento de valores, o bem e o mal, a moralidade" (Freud, 1933, p. 74). As forças do id buscam a satisfação imediata sem tomar conhecimento das circunstâncias da realidade. Funcionam de acordo com o princípio do prazer, preocupadas em reduzir a tensão mediante a busca do prazer e evitando a dor. A palavra em alemão usada por Freud para id era ES, que queria dizer "isso", termo sugerido pelo psicanalista Georg Grddeck, que enviara a Freud o manuscrito do seu livro intitulado The book of it (Isbister, 1985).

O id contém a nossa energia psíquica básica, ou a libido, e se expressa por meio da redução de tensão. Assim, agimos na tentativa de reduzir essa tensão a um nível mais tolerável. Para satisfazer às necessidades e manter um nível confortável de tensão, é necessário interagir com o mundo real. Por exemplo: as pessoas famintas devem ir em busca de comida, caso queiram descarregar a tensão induzida pela fome. Portanto, é necessário estabelecer alguma espécie de ligação adequada entre as demandas do id e a realidade. O ego serve como mediador, um facilitador da interação entre o id e as circunstâncias do mundo externo. O ego representa a razão ou a racionalidade, ao contrário da paixão insistente e irracional do id. Freud chamava o ego de ich, traduzido para o inglês como "I" (Eu" em português). Ele não gostava da palavra ego e raramente a usava. Enquanto o id anseia cegamente e ignora a realidade, o ego tem consciência da realidade, manipula-a e, dessa forma, regula o id. O ego obedece ao princípio da realidade, refreando as demandas em busca do prazer até encontrar o objeto apropriado para satisfazer a necessidade e reduzir a tensão. O ego não existe sem o id; ao contrário, o ego extrai sua força do id. O ego existe para ajudar o id e está constantemente lutando para satisfazer os instintos do id. Freud comparava a interação entre o ego e o id com o cavaleiro montando um cavalo fornece energia para mover o cavaleiro pela trilha, mas a força do animal deve ser conduzida ou refreada com as rédeas, senão acaba derrotando o ego racional. A terceira parte da estrutura da personalidade definida por Freud, o superego, desenvolve-se desde o inicio da vida, quando a criança assimila as regras de comportamento ensinadas pelos

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pais ou responsáveis mediante o sistema de recompensas e punições. O comportamento inadequado sujeito à punição torna-se parte da consciência da criança, uma porção do superego. O comportamento aceitável para os pais ou para o grupo social e que proporcione a recompensa torna-se parte do ego-ideal, a outra porção do superego. O comportamento aceitável para os pais ou para o grupo social e que proporcione a recompensa torna-se parte do ego- ideal, a outra porção do superego. Dessa forma, o comportamento é determinado inicialmente pelas ações dos pais; no entanto, uma vez formado o superego, o comportamento é determinado pelo autocontrole. Nesse ponto, a pessoa administra as próprias recompensas ou punições. O termo cunhado por Freud para o superego foi über-ich, que significa literalmente "sobre-eu". O superego representa a moralidade. Freud descreveu-o como o "defensor da luta em busca da perfeição - o superego é, resumindo, o máximo assimilado psicologicamente pelo indivíduo do que é considerado o lado superior da vida humana" (Freud, 1933, p. 67). Observe-se então, que, obviamente, o superego estará em conflito com o id. Ao contrário do ego, que tenta adiar a satisfação do id para momentos e lugares mais adequados, o superego tenta inibir a completa satisfação do id.

Assim Freud imaginava a constante luta dentro da personalidade quando o ego é pressionado pelas forças contrárias insistentes. O ego deve tentar retardar os ímpetos agressivos e sexuais do id, perceber e manipular a realidade para aliviar a tensão resultante, e lidar com a busca do superego pela perfeição. E, quando o ego é pressionado demais, o resultado é a condição definida por Freud como ansiedade.

ID – “É a fonte de energia psíquica e o aspecto da personalidade relacionado aos instintos”. Ou seja, constitui o reservatório de energia psíquica, onde estão localizadas as pulsões de morte e de vida. É a característica atribuída ao sistema inconsciente. Ele é regido pelo princípio do prazer.

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EGO – “É o aspecto racional da personalidade responsável pelo controle dos instintos”. Ou seja, é o sistema que estabelece o equilíbrio entre as exigências da realidade, as exigências do id, e as ordens do superego. É a personalidade que decide se acata as decisões do Superego e Id.

SUPEREGO – “É o aspecto moral da personalidade, produto da internalização dos valores e padrões recebidos dos pais e da sociedade”. Ou seja, surgi a partir dos limites, das proibições e da autoridade. É algo que sempre te censura dizendo, ‘Não faça isso’, ‘Não faça aquilo’, ‘Isso não está certo’, ou seja, é o nosso freio, o que nos faz para e pensar antes de agir. “Os psicopatas possuem um id dominante e um superego muito reduzido, o que lhes tolhe o remorso, sobressaindo à falta de consciência moral. O superego nem sempre é consciente, muitas idéias e valores podem ser despercebidos pelo eu consciente”.

Psicopatologia é uma área do conhecimento que objetiva estudar os estados psíquicos relacionados ao sofrimento mental. É a área de estudos que está na base da psiquiatria, cujo enfoque é clínico. É um campo do saber, um conjunto de discursos com variados objetos, métodos, questões: por um lado, encontram-se em suas bases as disciplinas biológicas e as neurociências, e por outro se constitui com inúmeros saberes oriundos da psicanálise, psicologia, antropologia, sociologia, filosofia, lingüística e história.Pode-se considerar a psicopatologia um campo de pesquisa principalmente de psicanalistas, psiquiatras e de psicólogos clínicos. A palavra "Psico-pato-logia" é composta de três palavras gregas: "psychê", que produziu "psique", "psiquismo", "psíquico", "alma"; "pathos", que resultou em "paixão", "excesso", "passagem", "passividade", "sofrimento", e "logos", que resultou em "lógica", "discurso", "narrativa", "conhecimento". Psicopatologia seria, então, um discurso, um saber, (logos) sobre o sofrimento, (pathos) da mente (psiquê). Ou seja, um discurso representativo a respeito do pathos, o sofrimento psíquico, sobre o padecer psíquico. [1]

A psicopatologia enquanto estudo dos transtornos mentais é referida como psicopatologia geral. É uma visão descritiva dos comportamentos que se desviam do que é o meio-termo, a média, isto é, do que é esperado pela racionalidade. O estudo das patologias mentais pode estar vinculado a uma teoria psicológica específica, por exemplo, psicologia humanista, uma área da psicologia (psicologia do desenvolvimento mental) ou mesmo a outras áreas do conhecimento (neurologia, genética, evolução). Pode-se dizer que a psicopatologia pode ser compreendida por vários vieses, e estes, combinados, dão determinada leitura acerca do sofrimento mental. Essa diversidade de compreensões, ao mesmo tempo em que mostra a complexidade da área, pode causar certa confusão; assim, é fundamental que o interessado no estudo da psicopatologia esteja ciente de que existem várias teorias e abordagens na compreensão dos transtornos mentais e de comportamento.A psicopatologia enquanto estudo e pesquisa do que é constitutivo do sujeito, do que é universal e não desviante, é enfocado pela psicopatologia fundamental. A psicanálise se aproxima desse enfoque ao propor a hipótese do inconsciente enquanto processo psíquico constitutivo que permite explicar a formação de sintomas, sonhos, atos falhos, sintomas. [2]

A psicopatologia como o ramo da ciência que trata da natureza essencial da doença mental — suas causas, as mudanças estruturais e funcionais associadas a ela e suas formas de manifestação. Entretanto, nem todo estudo psicopatológico segue a rigor os ditames de uma ciência sensu strictu. A psicopatologia em acepção mais ampla pode ser definida como o conjunto de conhecimento referentes ao adoecimento mental do ser humano. É um conhecimento que se visa ser sistemático, elucidativo e desmistificante. Como conhecimento que visa ser científico, não inclui critérios de valor, nem aceita dogma ou verdades a priori. O psicopatólogo não julga moralmente o seu objeto, busca apenas observar, identificar e compreender os diversos elementos da doença mental. Além disso, rejeita qualquer tipo de dogma, seja ele religioso, filosófico, psicológico ou biológico; o conhecimento que busca está permanentemente sujeito a revisões, críticas e reformulações.

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Doença Mental

A Organização Mundial de Saúde (OMS) descreve que a saúde Mental é um termo usado para descrever o nível de qualidade de vida cognitiva ou emocional do individuo.

Assim, ao avaliarmos a saúde mental do individuo, podemos inferir que esta é a capacidade de ele apreciar a vida e procurar um equilíbrio entre as atividades e os esforços para atingir a sua capacidade de lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas. Para a OMS, o conceito de Saúde Mental é muito mais amplo, abrangendo o estar de bem consigo e com os outros, aceitando as exigências da vida, sabendo lidar com as emoções positivas e negativas, ou seja, com as alegrias e as tristezas, com a coragem e com o medo, com o amor e o ódio, com a serenidade e com a raiva, com o ciúme e com a culpa, com frustrações, enfim reconhecendo seus limites humanos e buscando a ajuda quando alguns desses mecanismos encontram-se abalados.

Assim estabeleceram-se alguns critérios que identificam pontos importantes para manter a Saúde Mental, são eles:* Atitude positiva para consigo mesmo* Crescimento, desenvolvimento e autorrealização.* Integração e resposta emocional.* Autonomia e autodeterminação.* Percepção apurada da realidade.* Domínio ambiental e competência social.

A doença mental, por sua vez, é o desequilíbrio da Saúde Mental, ou seja, é uma variação mórbida do que se considera normal, conforme descrito anteriormente, é um individuo que tem dificuldade de interagir de forma parcial ou total com a sociedade e com a família.

FATORES DE INFLUÊNCIA NOS TRANTORNOS MENTAIS

O humano funciona como um todo; vários fatores influenciam ao mesmo tempo o comportamento humano; é importante tentar conhecer mais as pessoas que estamos atendendo, saber do que gostam o que querem e do que vivem; tudo isso torna mais fácil o nosso contato e a nossa relação, favorecendo um relacionamento mais estreito para a ação terapêutica.

FISÍCO E BIOLÓGICO

São alterações ocorridas no corpo de forma geral e compreendem:* Fator genético ou hereditário: são tendências predisposição que o individuo pode desenvolver através de um distúrbio físico-químico, podendo levar a um transtorno mental.

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*Fatores pré-natais: as condições da gestação podem interferir na saúde mental do feto (fator econômico, emocional, aceitação, social, consumo de drogas).

*Fatores perinatais: durante o nascimento do RN, pode ocorrer dano neurológico devido aa traumas, hipóxia ou anóxia cerebral, predispondo o RN a distúrbios mentais.FATORES NEUROENDÓCRINOS

Existem vários estudos que mostram a grande relação entre alterações hormonais e reação cerebral, que podem influenciar em nosso estado de humor e até desenvolver estado psicótico.

FATOR LIGADO A DOENÇA ORGÂNICA

Pode ocorrer o transtorno como consequência de determinada doença (infecção, trauma, vasculopatia, abuso de drogas).

FATORES AMBIENTAIS

Exerce forte influência sobre nossas atitudes e escolhas diárias, as reações desencadeadas pelo fator ambiental dar-se-ão de acordo com a estrutura psíquica de cada pessoa teve durante a vida.

TRASNTORNO

É o termo usado para definir um conjunto de sintomas que geralmente envolvem sofrimento pessoal e interferência nas funções que o individuo precisa exercer em sua vida. O transtorno mental precisa ser identificado para que possa ser tratado adequadamente. Não é papel da equipe de enfermagem fazer diagnósticos médicos, porém é importante ter conhecimento do diagnóstico médico para auxiliar no tratamento.

Os transtornos mentais são um campo de investigação interdisciplinar que envolvem áreas como a psicologia, a psiquiatria e a neurologia.

CATEGORIAS DE TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTOS

As classificações diagnósticas mais utilizadas como referências no serviço de saúde e na pesquisa hoje em dia é o Manual Diagnóstico e Estatístico de Desordens Mentais - DSM IV, DSM V e a Classificação Internacional de Doenças - CID-10.Em psiquiatria e em psicologia prefere-se falar em transtornos, perturbações, disfunções ou distúrbios (ing. disturbs, alem. Störungen) psíquicos e não em doença; isso porque apenas poucos quadros clínicos mentais apresentam todas as características de uma doença no sentido tradicional do termo - isto é, o conhecimento exato dos mecanismos envolvidos e suas causas explícitas. O conceito de transtorno, ao contrário, implica um comportamento diferente, desviante, "anormal". No Brasil, a Câmara Federal aprovou em 17 de março

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de 2009, em caráter conclusivo, o Projeto de Lei 6013/01, do deputado Jutahy Junior (PSDB-BA), que conceitua transtorno mental, padroniza a denominação de enfermidade psíquica em geral e assegura aos portadores desta patologia o direito a um diagnóstico conclusivo, conforme classificação internacional. O projeto determina que transtorno mental seja o termo adequado para designar o gênero enfermidade mental, e substitui termos como "alienação mental" e outros equivalentes. [2]

CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS MENTAIS

Classificação dos transtornos mentais

O sistema de Jaspers (1913)Dentre os sistemas de classificação dos transtornos mentais o de Jaspers (1913) recebe,

pela sua importância histórica, um lugar preponderante. Esse sistema é triádico, por diferenciar três formas de transtornos mentais.1. Doenças somáticas conhecidas que trazem consigo um transtorno psíquico, em seus subtipos:

1. Doenças cerebrais;2. Doenças corporais com psicoses sintomáticas (ex. infecções, doenças endócrinas, etc.);3. Envenenamentos/Intoxicações (Álcool, morfina, cocaína etc.).

2. Os três grandes tipos de psicoses endógenas (ou seja, transtornos psíquicos cuja causa corporal ainda é desconhecida):

1. Epilepsia genuína;2. Esquizofrenia, em seus diferentes tipos;3. Distúrbios maníaco-depressivos.

3. Psicopatias:1. Reações autônomas anormais não explicáveis por meio de doenças dos grupos 1 e 2

acima;2. Neuroses e síndromes neuróticas;3. Personalidades anormais e seu desenvolvimento.

Dois termos desempenham assim um papel preponderante:Neurose designa os "transtornos mentais que não afetam o ser humano em si”, [6], ou seja, aqueles supostamente sem base orgânica nos quais o paciente possui consciência e uma percepção clara da realidade e em geral não confunde sua experiência patológica e subjetiva com a realidade exterior;Psicose, por sua vez, são "aqueles transtornos mentais que afetam o ser humano como um todo”, ou seja um transtorno no qual o prejuízo das funções psíquicas atingiu um nível tão acentuado que a consciência, o contato com a realidade ou a capacidade de corresponder às exigências da vida se tornam extremamente diferenciadas, e por vezes perturbadas, e para a qual se conhece ou se supõe uma causa corporal.

Entre as neuroses costumam-se classificar: a perturbação obsessivo-compulsiva, a transtorno do pânico, as diferentes fobias, os transtornos de ansiedade, a depressão nervosa, a disritmia, a síndrome de Burnout, entre outras.

O tratamento das neuroses e psicoses pode ser feito com um psicoterapeuta, um psiquiatra ou equipes de profissionais de saúde mental. As equipes incluem sempre psicólogos e psiquiatras, e podem incluir também enfermeiros, terapeutas ocupacionais, musicoterapeutas e assistentes sociais, entre outros

Essa forma de classificação, apesar de muito utilizada ainda hoje, tem alguns problemas sérios:

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(a) a classificação limita o transtorno mental à pessoa (não correspondendo às exigências de uma análise bio-psico-social),(b) a diferenciação entre neurose e psicose endógena não é sempre tão clara como parece à primeira vista e(c) ambos os conceitos (neurose e psicose) estão ligados a uma etiologia psicanalítica dos transtornos mentais, tornando-os de utilidade limitada para profissionais de outras escola.

Sistemas de classificação dos transtornos mentais

As manifestações psicopatológicas podem ser classificadas de diversas maneiras, por etiologia (a exemplo das orgânicas e psicológicas), por tipo de alteração (a exemplo da neurose e psicose que considera a relação com a consciência como perda de contato com a realidade na concepção psicanalítica desta), etc. A categoria de classificação possui fins estatísticos, ou seja, de tabulação de prontuários em serviços de saúde, atestados, declarações de óbito. Entre as mais conhecidas estão a CID (Classificação Internacional das Doenças e de Problemas relacionados à Saúde que está na 10.ª revisão e se inciou em 1893) e o DSM (referente ao Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, uma publicação da American Psychiatric Association, Washington D.C., sendo a sua 4.ª edição conhecida pela designação “DSM-IV-TR”). O CID-10 é a classificação usada no Brasil nos serviços de saúde para referenciar todos os quadros de enfermidades e doenças, inclusive os transtornos mentais. O DSM-IV-TR é também bastante utilizado para fins de diagnóstico, pois permite uma avaliação multiaxial do paciente.A importância dos sistemas de classificação reside no fato de que propõe categorias diagnósticas, visando diferenciar os diversos quadros relacionados aos transtornos mentais, pela separação em grandes grupos de patologias. O CID-10 e o DSM-IV-TR são sistemas diferentes, propostos respectivamente pela Organização Mundial da Saúde e pela American Psychiatric Association (APA), e possuem diferentes formas de classificação. Tanto a CID-10 quanto o DSM-IV-TR são sistemas de classificação a-teóricos, ou seja, não estão vinculados direta ou exclusivamente a uma teoria psicológica (p. ex., psicanálise, cognitivismo, humanismo) na explicação da gênese, manutenção e tratamento dos sintomas. Esta visão a-teórica permite que os sistemas sejam utilizados, virtualmente, por todos os profissionais da saúde.

CID-10 O CID-10 apresenta um caráter descritivo por diagnóstico, com os principais aspectos clínicos e outros associados, mesmo que menos importantes. Fornece diretrizes diagnósticas que são as orientações que visam auxiliar o profissional a avaliar o conjunto de sinais e de sintomas apresentados pelo paciente. Pode-se conferir aqui a lista completa do capítulo da CID-10 referente aos transtornos mentais e de comportamento.De forma resumida, o capítulo V da CID-10 que corresponde aos Transtornos Mentais e Comportamentais inclui as seguintes categorias de classificação:F00-F09 – Transtornos mentais orgânicos, inclusive os sintomáticos.F10-F19 – Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de substancias psicoativas.F20-F29 – Esquizofrenia, transtornos esquizotípicos e delirantes.F30-F48 – Transtorno do humor (afetivos).F40-F48 – Transtornos neuróticos, transtornos relacionados com o estresse e transtornos somatoformes.F50-F59 – Síndromes comportamentais associadas com distúrbios fisiológicos e a fatores físicos.F60-F69 – Transtorno de personalidade e do comportamento do adulto.F70-F79 – Retardo Mental.F80-F89 – Transtornos do desenvolvimento psicológico.

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F90-F98 – Transtornos do comportamento e transtornos emocionais que aparecem habitualmente na infância e adolescência.

DSM-IV-TR

O DSM-IV-TR é um sistema diagnóstico definido como multiaxial. Isso significa que ele avalia vários fatores, ou "eixos" (axis) do comportamento, buscando uma compreensão que vai além do simples diagnóstico do transtorno mental atual.São os cinco eixos de avaliação do DSM-IV-TR (p. 59-69):

Eixo O que avalia Descrição

Eixo I

Transtornos ClínicosOutras condições que podem ser foco de atenção clínica

Apresenta os transtornos mentais e de comportamento e outras condições que podem ser foco de atenção do clínico.

Eixo II

Transtornos de PersonalidadeRetardo Mental

Apresenta eventual presença de transtorno de personalidade e/ou a ocorrência de retardo mental.

Eixo III

Condições Médicas Gerais

Relata possíveis condições médicas associadas e/ou concomitantes aos transtornos mentais avaliados que podem, ou não, aumentar os sintomas do paciente.

Eixo IV

Problemas Psicossociais e Ambientais

Apresentam fatores sociais, ambientais, de trabalho, etc., associados aos transtornos mentais e que podem aumentar ou reduzir a intensidade dos sintomas dos eixos I ou II.

Eixo V

Avaliação Global do Funcionamento (AGF)

Escore de avaliação do funcionamento do paciente no momento da avaliação. Valor 0 (zero) para informações inadequadas, 100 (cem) para funcionamento superior e, entre 1 e 99, valores intermediários de intensidade de sintomas.

Organização geral das categorias do DSM-IV-TR: [7]

1. Transtornos geralmente diagnosticados pela primeira vez na infância ou na adolescência 2. Delirium, demência, transtorno amnéstico e outros transtornos cognitivos. 3. Transtornos mentais causados por uma condição médica geral 4. Transtornos relacionados a substâncias 5. Esquizofrenia e outros transtornos psicóticos 6. Transtornos do humor 7. Transtornos de ansiedade 8. Transtornos somatoformes 9. Transtornos factícios 10. Transtornos dissociativos 11. Transtornos sexuais e da identidade de gênero 12. Transtornos da alimentação 13. Transtornos do sono 14. Transtornos do controle do impulso não classificados em outro local 15. Transtornos de adaptação 16. Transtornos de personalidade

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17. Outras condições que podem ser foco de atenção clínica

SINAIS E SINTOMAS E FORMAS DE TRATAMENTO DOS PRINCIPAIS TRANSTORNOS MENTAIS

TRANSTORNOS DE HUMORÉ caracterizado pela fixação do humor de forma que prejudique a vida habitual

da pessoa, pode ser de forma eufórica ou apatica, e ainda podendo variar entre elas; os transtornos do humor são tambémm chamados transtornos afetivos, pois caracterizam-se principalmente por dificuldades nna área do afeto, que é a nossa capacidade de vivenciarmos internamente nossos sentimentos.

*Depressão - caracteriza-se por um estágio mais prolongado e grave de abatimento do humor; a pessoa com depressão apresenta tristeza patológica com perda de autoestima, normalmente reclama de falta de ânimo, cansaço fácil, desejo de fuga, anorexia e perda de peso, diminuição do interesse sexual, insônia, concentração e atenção reduzida, autoconfiança reduzida, ideias de culpa e inutilidade, visões desoladas e pessimistas do futuro, pensamentos suicidas. A depressao pode ser levve, moderada ou grave.

Tipos de depressão

1) depressão endógena: é de origem interna, pode ser por perda ou crise (tratamento medicamentoso é o mais indicado).2) depressão psicogênica: é originada pela hist´roia de vida do individuo, sintomas são menos graves (tratamento psicoterápico é mais indicado).3) depressão somatogência: é origina principalmente por fatores orgânicos, como o uso de medicamentos ou interrupção dos mesmos.

TRASNTORNO DE ANSIEDADE

Constituem grande parte da demanda psiquiátrica: são classificados em:1) transtorno de ansiedade generalizada, permanece em estado de irritação, impaciencia e apreensao.2) transtorno fóbico ansioso, sintomas de ansiedade ocorrem diante de objetos.3) foobia específica, refere-se a medo especifico de objetos ou situações.4) fobia social, refere-se a medo de se expor em ambientes e/ou diante de pessoas.5) agorafobia, refere-se a medo excessivo de espaços abertos e/ou multidões.

TRANSTORNO DE PÂNICO

Caracteriza-se por ataques de pânico recorrentes e sem motivo inicial paraente; com diversos sintomas caracteristicos de alteração do sistema nervoso autonomo, tais como taquicardia, ttaquipneia, dor no peito e/ou estomago, sudorese, tremores dormencia, tonturas, nauseas e outros.

TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO (TOC)

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É um transtorno de ansiedade em que o individuo desenvolve pensamentos ou ações repetitivas, que ele proprio considera na maioria das vezes como inapropriadas, mas que não consegu controlar.

TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO

No geral o paciente refere um evento traumatico importante (estuproo, catastrofe, sequestros, entre outtros), são fatores que geraramm muito estresse e a partir deste, iniciam-se quadros repetidos de lembranças do evento associadas com mudança de comportamento, ausencia de resposta aos estímulos do ambiente, sonolência excessiva, redução de memoria e concentração.

TRANSTORNO DISSOCIATIVO

São aqueles em que o paciente parece perderr sua memoria recente e passda, seu senso de percepção, ideia de si mesmo e movimentos do corpo parciais ou totaiss, podem ser do tipo: amnesia, estupor, possessão, diminuição do movimento e da sensação, quadro de convulsão incompleta.

TRANSTORNO SOMATOFORMES

São pacientes que seguem repetidamente para a clínicca geral, pronto-atendimento, com queixas de problemas físicos que não são identificados como causa orgânica; isso não satisfaz paciente/cliente, trazendo-o de volta repetidas vezes.

TRANSTORNO ESQUIZOFRÊNICO

É um grave transtorno mental, o paciente apresenta funções perceptivas alterada, vê, ouve e sente coisas que são reais (as chamadas alucinações), os sentimentos e pensamento estão vazios, sem sentido. A pessoa acometida por esse transtorno apresenta alteração quanto à aparência, deixando de se cuidar, inclusive na higiene, tem ativiadde psicomotora anormal, fazendo movimentos contínuos ou tornando-se imovel, sua comunicação fica prejudicada, formulando frases incoerentes.

TRANSTORNOS ALIMENTARES

* anorexia nervosa - não consegue comer, emagrecendo exageradamente, entrando muitas vezes em estado de desnutrição.* Bulimia - caracteriza-se pelo ato de a pessoa provocar vomitos após a ingestão de alimentos pelo medo de ganhar peso.* Hiperfagia - é a fome insaciável, fazendo com que a pessoa coma compulsivamente.

TRANSTORNO POR USO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS

São substâncias que provocam um estado de alteração em nosso funcionamento mental, aumentando, diminuindo ou distorcidendo sua atividade

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causando dependência, são elas: álcool, cigarro, cocaína, maconha, ansiolíticos, entre outros.

PROCEDIMENTOS E CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL, PSIQUIÁTRICA E EMERGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS E NOÇÕES DE PSICOFARMACOLOGIA E PSICOLOGIA COMPORTAMENTAL.

O diagnóstico dos transtonos memntais pode ser realizado pode ser realizado por meio de:1) entrevista (anamnese) colhida com o paciente e familiares2) exame clínico verificando o estado mental e a condição orgânica do paciente. Nesse exame, são realizados testes e exames especializados que possibilitam a elucidação do diagnostico.

Essas duas etapas possibilitam avaliar o individuo na sua totalidade, observando os sinais e sintomas presentes nas alterações mentais.

Os tratamentos psiquiátricos são realizados de forma somática ou psicoterapeutica.

T.S. - é a utilização das terapias farmacológicas e da terapia eletroconvulsionante.T.P - opta-se pela psocoterapia individual, em grupo ou familiar, associando-se o uso de técnicas de terapia do comportamento (como métodos de relaxação e a hipnose) e a hipnoterapia.

Além disto, é importante destacar que muitoas doenças mentais ecessitam de tratamento em combinação, ou seja, a utilização de fármacos e pscoterapia.

Tratamento Farmacológico - existem muitos fármacos que podem ser utilizados na saúde mental ao profissional de enfermagem cabe:

* Conhecer a que grupo de drogas controladas o medicamento pertence.* Conhecer o efeito desejado e indesejado do medicamento.* Conhecer especificamente o cuidado necessário a cada medicamento desde o seu preparo, administração e descarte do frasco-ampola.* Cohecer o controle de psicotropicos* Realizar leitura da bula possibilitando ao profissional familiarizar-se com a droga, seus efeitos desejados e indesejados.

1) antidepressivos - imipramida, fluoxetina e o buproprion, entre outros, que são utilizados para o tratamento da depressão.2) antipsicóticos: clorpromazina, haloperidol, tioxiteno, cloacina e a risperidona, entre outros que são utilizados para tratamento das psicoses.3) ansiolíticos - clonazepam e o diazepam, entre outros que são utilizados para tratamento da ansiedade.

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A terapia eletroconvulsionante utiliza de descargas elétricas no cerebro, produzindo uma convulsão, é um tratamento eficaz para a depressão grave, sendo utilizado em alguns serviços com pacintes hospitalizados. É uma terapia segue e raramente provoca complicações graves.

Psicoterapia - é um tratamento realizado por um terapeuta que aplica no paciente tecnicas psicologicas, fazendo usso da relação que se desenvolve entre o profissional e o paciente. Este tipo de terapia pode ser realizado por: psiquiatras, psicologos, clínicos sociais, enfermeiros, entre outros profissionais da saúde que tenham capacitação para tal. Ressalta-se que a terapia pode ser complementada com uso de farmacos senndo estes privativos a prescriçõ médica de um psiquiatra.

A psicoterapia pode ser realizada das seguintes formas:

1) psicoterapia dinâmica - é baseada em auxiliar o paciente a compreender suas estruturas e conflitos internos que podem estar gerando os sintomas e difiiculdades nas suas relações.

2) Terapi cognitivo-comportamental - é uma terapia direcionada às distorções de pensamento dos pacientes.

3) Terapia interpessoal - é orientada para as alterações ou perdas que o paciente possa estar enfrentando.

4) Terapia comportamental - Consiste em orientar para o desenvolvimento de novas estratégias que possibilitem ao paciente modificar a sua forma de agir e reagir mediante as situações por ele vivenciadas.A psicoterapia pode ser utilizada individual, em grupo e familiar.

HIPNOSE E HIPNOTERAPIA

É uma técnica que vem crescendo na sua utilização ao longo dos anos, no paciente com ansiedade e tensão.

TÉCNICAS DE CONTENÇÃO E ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

A assistência de enfermagem deve ser inclusiva, permitindo ao paciente participar do cenário do cuidado, ou seja, motivá-lo a participar de modo concreto em alguma ações como:

Orientar e estimular e supervisionar:* seu banho de aspersão* sua higiene oral* sua higiene íntima* a higiene do seu vestuário com troca de roupas, inclusive íntimas diariamente.* sua aceitação alimentar, sentando-se à mesa e interagindo com seus pares.

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* sua participação em atividades que visam estimular o cognitivo como escrita, pintura, leitura entre outros.* sua participação em grupos para técnicas de relaxamento e distração como dança, jogos, oficinas, entre outros.* Preparar e administrar medicamento via oral, observando a deglutição do medicamento pelo paciente.* preparar e administrar medicamentos injetáveis e administrar de forma segura, explicando ao paciente a necessidade da realização do medicamento.* Realizar anotação de enfermagem de todo o cuidado desenvolvido e a aceitação participativa ou não do paciente.* Observar, anotar e notificar o enfermeiro sobre recusa ou alteração do humor do paciente.* Nos casos de necessidade de contenção, utilizar técnica que nãao ocasione o garroteamento da área restrita, bem como fazer uso de faixas prórpias para o procedimento de contenção.

A contenção física se refere ao uso de mecanismos mecânicos ou manuais para restringir a movimentação do paciente quando este oferece risocs para si ou para terceiros. Trata-se de uma conduta excepcional que deve ser cercada de todos os cuidados, para que a ação sobre o paciente seja a menos lesiva possível e com o mínimo de interferência no tratamento/Projeto Terapêutico.

A contenção física é um procedimento limite utilizado unicamente para a segurança do paciente, da equipe e dos outros pacientes além do patrimônio da instituição. Considerado um evento sentinela será monitorado na unidade pelo preenchimento do Registro de Contenção Física. Tal procedimento deve ser realizado dentro de uma lógica clínica com responsabilização coletiva, respeito pelos pacientes e familiares. Sua utilização implicará na discussão pelas equipes assistenciais e dos serviços de urgência/emergência da necessidadee tal procedimento para cada paciente numa dada circunstância e suas conseqüências no tratamento/Projeto Terapêutico Individual do mesmo;B. Compete ao médico, enfermeiro, auxiliares/técnicos de enfermagem comunicar o paciente, os familiares ou acompanhantes quanto à necessidade da contenção física;C. A contenção apenas será realizada a partir de prescrição médica e por tempo determinado não ultrapassando 2 horas;D. Nos casos de agitação/agressividade, risco de fuga ou de auto-extermínio determina-se o condutor do processo, de preferência o profissional de referência para o paciente ou alguém experiente. Este é o único profissional que se dirige ao paciente, explicando-lhe o que está ocorrendo, o porquê de tal medida, sempre abordando verbalmente o paciente;e. É um procedimento realizado pela equipe assistencial, de preferência cada profissional se responsabilizando por um membro. O condutor do processo de contenção é responsável por proteger a cabeça do paciente, monitorar vias aéreas e dados vitais, durante todo o procedimento;f. Realização da contenção em 4 a 5 pontos do corpo da seguinte forma:

Contenção de tórax:• Dobrar o lençol em diagonal e redobrá-lo até formar uma faixa;

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• Colocar a faixa sob as costas do paciente passando-a pelas axilas;• Cruzar as pontas sob o travesseiro e amarrá-las no estrado da cabeceira da cama (cuidado para evitar lesões de estiramento do braço e não restringir movimentos respiratórios.

Contenção do abdome:• Pegar dois lençóis, dobrar em diagonal, redobrando-os até formar duas faixas;• Colocar um dos lençóis sobre o abdome e o outro sob a região lombar;• Unir as pontas dos lençóis e torcê-las;• Amarrar as pontas dos lençóis no estrado da cama. Cuidado para não comprimir vísceras.

Contenção dos joelhos:• Passar a ponta do lençol em diagonal do lado direito sobre o joelho direito e por baixo do esquerdo;• Passar a ponta do lado esquerdo sobre o joelho esquerdo e por baixo do joelho direito; • Amarrar as pontas nos estrados, nas laterais da cama. Cuidado com garroteamento.

Contenção de punhos e tornozelos - MMSS E MMII:• Utilizar faixa própria para conter pacientes, confeccionada no Hospital;• Pegar as pontas pelos dois centros;• Formar com as mesmas um laço com nó;• Fixar as pontas da faixa no estrado da cama. Cuidado com garroteamento.

Contenção das mãos - Luva ou Mitene:• Colocar o algodão na parte interna das mãos;• Fechar a mão do paciente;• Proceder ao enfaixamento com crepom;• Deixar o cliente confortável e o ambiente em ordem.Manter elevação da cabeceira da cama em todas as situações a fim de evitar aspiração de vômitos e em especial:• Pacientes em quadro de confusão mental;• Pacientes sedados com sobrepeso, apresentando roncos ou com dificuldades respiratórias. Avaliar nesses casos a possibilidade de conter o paciente na posição de decúbito lateral direito ou esquerdo para evitar a aspiração e a asfixia (contenção de apenas um MS e um MI).

NOÇÕES DE MODALIDADES DE RECREAÇÃO

A) Grupos de Terapia Ocupacional para pacientes mais regredidos ou em criseNestes grupos são desenvolvidas atividades que objetivam a expressão de idéias e sentimentos, a canalização de energias e a organização gradativa do paciente.

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b) Oficinas TerapêuticasNestes grupos são desenvolvidas atividades que propiciem maior organização dos pacientes. Geralmente trabalha-se com atividades construtivas e artesanais.· Decoração· Recreação· Portaria· Recepção e Despedida· Trabalhos Manuais.c) Atividades externasSão atividades fora das Unidades, com os pacientes que possuem prescrição, com objetivos de socialização e integração grupal.ex. passeio ecológico e baile.d) Festas comemorativas· Festa Junina· Festa da Primavera· Festa de Natal (festas integram pacientes com as equipes e os familiares)

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