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TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: Os africanos não escravizavam africanos, nem se reconheciam então como africanos. Eles se viam como membros de uma aldeia, de um conjunto de aldeias, de um reino e de um grupo que falava a mesma língua, tinha os mesmos costumes e adorava os mesmos deuses. (...) Quando um chefe (...) entregava a um navio europeu um grupo de cativos, não estava vendendo africanos nem negros, mas (...) uma gente que, por ser considerada por ele inimiga e bárbara, podia ser escravizada. (...) O comércio transatlântico (...) fazia parte de um processo de integração econômica do Atlântico, que envolvia a produção e a comercialização, em grande escala, de açúcar, algodão, tabaco, café e outros bens tropicais, um processo no qual a Europa entrava com o capital, as Américas com a terra e a África com o trabalho, isto é, com a mão de obra cativa. (Alberto da Costa e Silva. A África explicada aos meus filhos, 2008. Adaptado.) 1. (Unesp 2012) Ao caracterizar a escravidão na África e a venda de escravos por africanos para europeus nos séculos XVI a XIX, o texto a) reconhece que a escravidão era uma instituição presente em todo o planeta e que a diferenciação entre homens livres e homens escravos era definida pelas características raciais dos indivíduos. b) critica a interferência europeia nas disputas internas do continente africano e demonstra a rejeição do comércio escravagista pelos líderes dos reinos e aldeias então existentes na África. c) diferencia a escravidão que havia na África da que existia na Europa ou nas colônias americanas, a partir da constatação da heterogeneidade do continente africano e dos povos que lá viviam. d) afirma que a presença europeia na África e na América provocou profundas mudanças nas relações entre os povos nativos desses continentes e permitiu maior integração e colaboração interna. e) considera que os únicos responsáveis pela escravização de africanos foram os próprios africanos, que aproveitaram as disputas tribais para obter ganhos financeiros. 2. (Unesp 2012) Ao caracterizar a “integração econômica do Atlântico”, o texto a) destaca os diferentes papéis representados por africanos, europeus e americanos na constituição de um novo espaço de produção e circulação de mercadorias. b) reconhece que europeus, africanos e americanos se beneficiaram igualmente das relações comerciais estabelecidas através do Oceano Atlântico. c) afirma que a globalização econômica se iniciou com a colonização da América e não contou, na sua origem, com o predomínio claro de qualquer das partes envolvidas.

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TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: Os africanos não escravizavam africanos, nem se reconheciam então como africanos. Eles se viam como membros de uma aldeia, de um conjunto de aldeias, de um reino e de um grupo que falava a mesma língua, tinha os mesmos costumes e adorava os mesmos deuses. (...) Quando um chefe (...) entregava a um navio europeu um grupo de cativos, não estava vendendo africanos nem negros, mas (...) uma gente que, por ser considerada por ele inimiga e bárbara, podia ser escravizada. (...) O comércio transatlântico (...) fazia parte de um processo de integração econômica do Atlântico, que envolvia a produção e a comercialização, em grande escala, de açúcar, algodão, tabaco, café e outros bens tropicais, um processo no qual a Europa entrava com o capital, as Américas com a terra e a África com o trabalho, isto é, com a mão de obra cativa.

(Alberto da Costa e Silva. A África explicada aos meus filhos, 2008. Adaptado.)

1. (Unesp 2012) Ao caracterizar a escravidão na África e a venda de escravos por africanos para europeus nos séculos XVI a XIX, o texto a) reconhece que a escravidão era uma instituição presente em todo o planeta e que a

diferenciação entre homens livres e homens escravos era definida pelas características raciais dos indivíduos.

b) critica a interferência europeia nas disputas internas do continente africano e demonstra a rejeição do comércio escravagista pelos líderes dos reinos e aldeias então existentes na África.

c) diferencia a escravidão que havia na África da que existia na Europa ou nas colônias americanas, a partir da constatação da heterogeneidade do continente africano e dos povos que lá viviam.

d) afirma que a presença europeia na África e na América provocou profundas mudanças nas relações entre os povos nativos desses continentes e permitiu maior integração e colaboração interna.

e) considera que os únicos responsáveis pela escravização de africanos foram os próprios africanos, que aproveitaram as disputas tribais para obter ganhos financeiros.

2. (Unesp 2012) Ao caracterizar a “integração econômica do Atlântico”, o texto a) destaca os diferentes papéis representados por africanos, europeus e americanos na

constituição de um novo espaço de produção e circulação de mercadorias. b) reconhece que europeus, africanos e americanos se beneficiaram igualmente das relações

comerciais estabelecidas através do Oceano Atlântico. c) afirma que a globalização econômica se iniciou com a colonização da América e não contou,

na sua origem, com o predomínio claro de qualquer das partes envolvidas. d) sustenta que a escravidão africana nas colônias europeias da América não exerceu papel

fundamental na integração do continente americano com a economia que se desenvolveu no Oceano Atlântico.

e) ressalta o fato de a América ter se tornado a principal fornecedora de matérias-primas para a Europa e de que alguns desses produtos eram usados na troca por escravos africanos.

3. (Ufrs 2011) Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo, referentes ao período das invasões holandesas no Nordeste brasileiro.

( ) A motivação principal das invasões batavas ao Brasil está relacionada à conjuntura da União Ibérica, que fez com que os adversários da Espanha se tornassem hostis a Portugal.

( ) O ataque às regiões produtoras de açúcar, inicialmente na Bahia e depois em Pernambuco, foi realizado pela Companhia das índias Orientais.

( ) Em função do desenvolvimento urbano e de uma política conciliadora entre luso-brasileiros e batavos, o governo de Nassau é considerado a "idade de ouro" do domínio holandês na América.

( ) A chamada Restauração Pernambucana foi uma consequência do processo de endividamento dos lavradores de cana luso-brasileiros com o governo holandês.

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A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é a) V - F - V - V. b) V - F - F - V. c) F - V - V - F. d) F - F - V - V. e) V - V - F - F. 4. (Unesp 2011) Entre as formas de resistência negra à escravidão, durante o período colonial brasileiro, podemos citar a) a organização de quilombos, nos quais, sob supervisão de autoridades brancas, os negros

podiam viver livremente. b) as sabotagens realizadas nas plantações de café, com a introdução de pragas oriundas da

África. c) a preservação de crenças e rituais religiosos de origem africana, que eram condenados pela

Igreja Católica. d) as revoltas e fugas em massa dos engenhos, seguidas de embarques clandestinos em

navios que rumavam para a África. e) a adoção da fé católica pelos negros, que lhes proporcionava imediata alforria concedida

pela Igreja. 5. (Ufpr 2011) As reformas pombalinas, encetadas por Sebastião José de Carvalho e Mello (1699–1782), o Marquês de Pombal, tiveram efeito entre 1755, logo após o terremoto de Lisboa, e 1777, quando esse estadista perdeu sua proeminência na administração do império português. Sobre as reformas que implantou ao longo de sua administração como ministro de Dom José I, é correto afirmar: a) Tiveram grande impacto sobre o Brasil, uma vez que se criaram companhias de comércio

em todas as capitanias, com o objetivo mais amplo de racionalizar o comércio e implantar um rígido sistema colonial, vinculando metrópole e colônia.

b) Ativeram-se, no campo da educação, ao ensino básico, deixando de lado as instituições universitárias portuguesas.

c) Basearam-se na aliança e aproximação à Ordem Jesuítica, que recebeu impulsos e estímulos fundamentais por seu papel na educação oferecida no Reino e nas colônias.

d) Consistiram, entre outras medidas, na criação de instituições e repartições públicas vitais à administração do Reino e suas colônias, como o Erário Régio.

e) Reforçaram, graças ao seu caráter absolutista, distinções de raça e classe em Portugal e suas colônias, impedindo a ascensão social de negros, índios e indianos existentes nos domínios lusos.

6. (Fuvest 2011) Quando os Holandeses passaram à ofensiva na sua Guerra dos Oitenta Anos pela independência contra a Espanha, no fim do século XVI, foi contra as possessões coloniais portuguesas, mais do que contra as espanholas, que os seus ataques mais fortes e mais persistentes se dirigiram. Uma vez que as possessões ibéricas estavam espalhadas por todo o mundo, a luta subsequente foi travada em quatro continentes e em sete mares e esta luta seiscentista merece muito mais ser chamada a Primeira Guerra Mundial do que o holocausto de 1914-1918, a que geralmente se atribui essa honra duvidosa. Como é evidente, as baixas provocadas pelo conflito ibero-holandês foram em muito menor escala, mas a população mundial era muito menor nessa altura e a luta indubitavelmente mundial.

Charles Boxer, O império marítimo português, 1415-1825. Lisboa: Edições 70, s.d., p.115.

Podem-se citar, como episódios centrais dessa “luta seiscentista”, a a) conquista espanhola do México, a fundação de Salvador pelos portugueses e a colonização holandesa da Indonésia. b) invasão holandesa de Pernambuco, a fundação de Nova Amsterdã (futura Nova York) pelos holandeses e a perda das Molucas pelos portugueses. c) presença holandesa no litoral oriental da África, a fundação de Olinda pelos portugueses e a colonização espanhola do Japão. d) expulsão dos holandeses da Espanha, a fundação da Colônia do Sacramento pelos

portugueses e

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a perda espanhola do controle do Cabo da Boa Esperança. e) conquista holandesa de Angola e Guiné, a fundação de Buenos Aires pelos espanhóis e a expulsão dos judeus de Portugal. 7. (Fuvest 2011) É assim extremamente simples a estrutura social da colônia no primeiro século e meio de colonização. Reduz-se em suma a duas classes: de um lado os proprietários rurais, a classe abastada dos senhores de engenho e fazenda; doutro, a massa da população espúria dos trabalhadores do campo, escravos e semilivres. Da simplicidade da infraestrutura econômica– a terra, única força produtiva, absorvida pela grande exploração agrícola – deriva a da estrutura social: a reduzida classe de proprietários e a grande massa, explorada e oprimida. Há naturalmente no seio desta massa gradações, que assinalamos. Mas, elas não são contudo bastante profundas para se caracterizarem em situações radicalmente distintas.

Caio Prado Jr., Evolução política do Brasil. 20ª ed. São Paulo: Brasiliense, p.28-29, 1993 [1942].

Neste trecho, o autor observa que, na sociedade colonial, a) só havia duas classes conhecidas, e que nada é sabido sobre indivíduos que porventura

fizessem parte de outras. b) havia muitas classes diferentes, mas só duas estavam diretamente ligadas a critérios

econômicos. c) todos os membros das classes existentes queriam se transformar em proprietários rurais,

exceto os pequenos trabalhadores livres, semilivres ou escravos. d) diversas classes radicalmente distintas umas das outras compunham um cenário complexo, marcado por conflitos sociais. e) a população se organizava em duas classes, cujas gradações internas não alteravam a simplicidade da estrutura social. 8. (Fuvest 2010) “E o pior é que a maior parte do ouro que se tira das minas passa em pó e em moeda para os reinos estranhos e a menor quantidade é a que fica em Portugal e nas cidades do Brasil...”

João Antonil. Cultura e opulência do Brasil por suas drogas e minas, 1711.

Esta frase indica que as riquezas minerais da colônia a) produziram ruptura nas relações entre Brasil e Portugal. b) foram utilizadas, em grande parte, para o cumprimento do Tratado de Methuen entre

Portugal e Inglaterra. c) prestaram-se, exclusivamente, aos interesses mercantilistas da França, da Inglaterra e da

Alemanha. d) foram desviadas, majoritariamente, para a Europa por meio do contrabando na região do rio

da Prata. e) possibilitaram os acordos com a Holanda que asseguraram a importação de escravos

africanos. 9. (Unesp 2010) Sobre o emprego da mão de obra escrava no Brasil colonial, é possível afirmar que a) apenas africanos foram escravizados, porque a Igreja Católica impedia a escravização dos

índios. b) as chamadas “guerras justas” dos portugueses contra tribos rebeldes legitimavam a

escravização de índios. c) interesses ligados ao tráfico negreiro controlado pelos holandeses forçavam a escravização

do africano. d) os engenhos de açúcar do Nordeste brasileiro empregavam exclusivamente indígenas

escravizados. e) apenas indígenas eram escravizados nas áreas em que a pecuária e o extrativismo

predominavam.

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10. (Unemat 2010) Uma das características do período colonial brasileiro se refere ao denominado “exclusivo” colonial.Sobre o tema, assinale a alternativa correta. a) Apesar do controle exercido pela metrópole portuguesa, a colônia brasileira estava liberada

para comercializar com outras nações. b) As concepções que regulavam as normas do “exclusivo” colonial foram criadas segundo os

preceitos da revolução industrial. c) A regra básica, que regia o “exclusivo” colonial, era permitir que navios estrangeiros

transportassem produtos da colônia brasileira desde que pagassem os devidos impostos. d) Um dos princípios básicos, que regiam as relações comerciais definidas pelo “exclusivo”, era

obter maior lucro possível com a revenda dos produtos da colônia e, ao mesmo tempo, lucrar com a venda de produtos da metrópole, sem concorrência na Colônia.

e) O “exclusivo” colonial funcionou de maneira eficaz e, com isto, pode evitar todas as formas de desvio, inclusive o contrabando, reflexo da capacidade de Portugal monopolizar seu comércio colonial.

11. (Ufc 2010) Por aproximadamente três séculos, as relações de produção escravistas predominaram no Brasil, em especial nas áreas de plantation e de mineração. Sobre este sistema escravista, é correto afirmar que: a) impediu as negociações entre escravos e senhores, daí o grande número de fugas. b) favoreceu ao longo dos anos a acumulação de capital em razão do tráfico negreiro c) possibilitou a cristianização dos escravos, fazendo desaparecer as culturas africanas. d) foi combatido por inúmeras revoltas escravas, como a dos Malês e a do Contestado. e) foi alimentado pelo fluxo contínuo de mão de obra africana até o momento de sua extinção

em 1822. 12. (Fuvest 2010) Os primeiros jesuítas chegaram à Bahia com o governador-geral Tomé de Sousa, em 1549, e em pouco tempo se espalharam por outras regiões da colônia, permanecendo até sua expulsão, pelo governo de Portugal, em 1759. Sobre as ações dos jesuítas nesse período, é correto afirmar que a) criaram escolas de arte que foram responsáveis pelo desenvolvimento do barroco mineiro. b) defenderam os princípios humanistas e lutaram pelo reconhecimento dos direitos civis dos

nativos. c) foram responsáveis pela educação dos filhos dos colonos, por meio da criação de colégios

secundários e escolas de “ler e escrever”. d) causaram constantes atritos com os colonos por defenderem, esses religiosos, a

preservação das culturas indígenas. e) formularam acordos políticos e diplomáticos que garantiram a incorporação da região

amazônica ao domínio português. 13. (Cesgranrio 2010) Analise os dados relativos ao século XVIII apresentados no quadro a seguir.

Os altos preços cobrados nas MinasMercadorias Valor em São Paulo Valor nas Minas

1 cavalo 10 mil réis 120 mil réis1 libra de açúcar 120 réis 1.200 réis

1 boi de corte 2 mil réis 120 mil réis

FREIRE, Américo e outros. História em curso – O Brasil e suas relações com o mundo ocidental. Rio de Janeiro: FGV, 2008, p. 91.

A justificativa das cifras apresentadas é que a) os preços das mercadorias em São Paulo tornaram-se os menores do Brasil com a

urbanização e o povoamento das regiões mineradoras, já que os trabalhadores e, consequentemente, os consumidores migraram para o interior da colônia.

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b) os preços tornaram-se elevados na região das Minas, devido à necessidade de abastecimento da população em crescimento, à dificuldade de acesso à região e à pequena disponibilidade de mão de obra, empregada preferencialmente na mineração.

c) os preços tornaram-se exorbitantes na área da mineração porque não havia disponibilidade de mão de obra na região mineira, já que a escravidão era proibida e todo e qualquer trabalho deveria ser assalariado ou contratado.

d) os preços elevados dos alimentos e do transporte na região das Minas serviu como atrativo para a manutenção da população que retornava para a área açucareira de Pernambuco e constituiu uma tentativa de manter Minas Gerais como polo econômico da colônia.

e) o alto valor das mercadorias, com a decadência da mineração, foi mantido pela Corte Portuguesa, atendendo aos comerciantes mineiros, como forma de garantir seu poder político e frear o deslocamento da população para São Paulo, onde já corriam boatos sobre a emancipação.

14. (Enem 2ª aplicação 2010) Chegança

Sou Pataxó,Sou Xavante e Carriri,Ianomâmi, sou TupiGuarani, sou Carajá.Sou Pancaruru,Carijó, Tupinajé,Sou Potiguar, sou Caeté,Ful-ni-ô, Tupinambá

Eu atraquei num porto muito seguro,Céu azul, paz e ar puro...Botei as pernas pro ar.Logo sonhei que estava no paraíso,Onde nem era preciso dormir para sonhar.

Mas de repente me acordei com a surpresa:Uma esquadra portuguesa veio na praia atracar.Da grande-nauUm branco de barba escura,Vestindo uma armadura me apontou pra me pegar.E assustado dei um pulo da rede,Pressenti a fome, a sede,Eu pensei: “vão me acabar”.Levantei-me de Borduna já na mão.Aí, senti no coração,O Brasil vai começar.

NÓBREGA, A.; FREIRE, W. CD Pernambuco falando para o mundo, 1998.

A letra da canção apresenta um tema recorrente na história da colonização brasileira, as relações de poder entre portugueses e povos nativos, e representa uma crítica à ideia presente no chamado mito a) da democracia racial, originado das relações cordiais estabelecidas entre portugueses e

nativos no período anterior ao início da colonização brasileira. b) da cordialidade brasileira, advinda da forma como os povos nativos se associaram

economicamente aos portugueses, participando dos negócios coloniais açucareiros. c) do brasileiro receptivo, oriundo da facilidade com que os nativos brasileiros aceitaram as

regras impostas pelo colonizador, o que garantiu o sucesso da colonização. d) da natural miscigenação, resultante da forma como a metrópole incentivou a união entre

colonos, ex-escravas e nativas para acelerar o povoamento da colônia. e) do encontro, que identifica a colonização portuguesa como pacífica em função das relações

de troca estabelecidas nos primeiros contatos entre portugueses e nativos.

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15. (Enem 2ª aplicação 2010) Dali avistamos homens que andavam pela praia, obra de sete ou oito. Eram pardos, todos nus. Nas mãos traziam arcos com suas setas. Não fazem o menor caso de encobrir ou de mostrar suas vergonhas; e nisso têm tanta inocência como em mostrar o rosto. Ambos traziam os beiços de baixo furados e metidos neles seus ossos brancos e verdadeiros. Os cabelos seus são corredios.

CAMINHA, P. V. Carta. RIBEIRO, D. et al. Viagem pela história do Brasil: documentos. São Paulo: Companhia das Letras, 1997 (adaptado).

O texto é parte da famosa Carta de Pero Vaz de Caminha, documento fundamental para a formação da identidade brasileira. Tratando da relação que, desde esse primeiro contato, se estabeleceu entre portugueses e indígenas, esse trecho da carta revela a a) preocupação em garantir a integridade do colonizador diante da resistência dos índios à

ocupação da terra. b) postura etnocêntrica do europeu diante das características físicas e práticas culturais do

indígena. c) orientação da política da Coroa Portuguesa quanto à utilização dos nativos como mão de

obra para colonizar a nova terra. d) oposição de interesses entre portugueses e índios, que dificultava o trabalho catequético e

exigia amplos recursos para a defesa recursos para a defesa da posse da nova terra. e) abundância da terra descoberta, o que possibilitou a sua incorporação aos interesses

mercantis portugueses, por meio da exploração econômica dos índios. 16. (Enem 2010) Os vestígios dos povos Tupi-guarani encontram-se desde as Missões e o rio da Prata, ao sul, até o Nordeste, com algumas ocorrências ainda mal conhecidas no sul da Amazônia. A leste, ocupavam toda a faixa litorânea, desde o Rio Grande do Sul até o Maranhão. A oeste, aparecem (no rio da Prata) no Paraguai e nas terras baixas da Bolívia. Evitam as terras inundáveis do Pantanal e marcam sua presença discretamente nos cerrados do Brasil central. De fato, ocuparam, de preferência, as regiões de floresta tropical e subtropical.

PROUS. A. O Brasil antes dos brasileiros. Rio de Janeiro: JorgeZahar. Editor, 2005.

Os povos indígenas citados possuíam tradições culturais específicas que os distinguiam de outras sociedades indígenas e dos colonizadores europeus. Entre as tradições tupi-guarani, destacava-se a) a organização em aldeias politicamente independentes, dirigidas por um chefe, eleito pelos

indivíduos mais velhos da tribo. b) a ritualização da guerra entre as tribos e o caráter semissedentário de sua organização

social. c) a conquista de terras mediante operações militares, o que permitiu seu domínio sobre vasto

território. d) o caráter pastoril de sua economia, que prescindia da agricultura para investir na criação de

animais. e) o desprezo pelos rituais antropofágicos praticados em outras sociedades indígenas. 17. (Uff 2010) Em 1980, Clara Nunes gravou Brasil Mestiço. Um de seus maiores sucessos, “Morena de Angola”, é parte integrante desse disco.

Morena de Angola

Morena de AngolaQue leva o chocalhoAmarrado na canela.Será que ela mexe o chocalhoOu o chocalho é que mexe com ela?

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Chico Buarque

Sobre a influência angolana na mestiçagem no Brasil, deve-se considerar: a) a presença angolana no Brasil é residual, sem impacto, e influenciou muito mais na área de

ocupação espanhola do que na área de ocupação portuguesa nas Américas. b) a mestiçagem no Brasil sempre foi identificada como procedente, principalmente, de nossa

herança asiática, com presença predominantemente angolana. c) a independência angolana estabeleceu o fim das relações com esse país, uma vez que o

governo brasileiro apoiava a política colonial de Portugal. d) a região de Angola foi um importante reservatório de escravos para os colonizadores

portugueses; parte significativa desses cativos foi enviada compulsoriamente ao Brasil. e) a mestiçagem constitui-se numa invenção, já que a ideia de raça tem sido reiteradamente

criticada pelos biólogos e a influência angolana foi residual. 18. (Enem cancelado 2009) Quando tomaram a Bahia, em 1624-5, os holandeses promoveram também o bloqueio naval de Benguela e Luanda, na costa africana. Em 1637, Nassau enviou uma frota do Recife para capturar São Jorge da Mina, entreposto português de comércio do ouro e de escravos no litoral africano (atual Gana). Luanda, Benguela e São Tomé caíram nas mãos dos holandeses entre agosto e novembro de 1641. A captura dos dois polos da economia de plantações mostrava-se indispensável para o implemento da atividade açucareira.

ALENCASTRO, L. F. Com quantos escravos se constrói um país? In: Revista de História da Biblioteca Nacional. Rio de Janeiro, ano 4, nº 39, dez. 2008 (adaptado).

Os polos econômicos aos quais se refere o texto são a) as zonas comerciais americanas e as zonas agrícolas africanas. b) as zonas comerciais africanas e as zonas de transformação e melhoramento americanas. c) as zonas de minifúndios americanas e as zonas comerciais africanas. d) as zonas manufatureiras americanas e as zonas de entreposto africano no caminho para

Europa. e) as zonas produtoras escravistas americanas e as zonas africanas reprodutoras de escravos. 19. (Enem 2009) Hoje em dia, nas grandes cidades, enterrar os mortos é uma prática quase íntima, que diz respeito apenas à família. A menos, é claro, que se trate de uma personalidade conhecida. Entretanto, isso nem sempre foi assim. Para um historiador, os sepultamentos são uma fonte de informações importantes para que se compreenda, por exemplo, a vida política das sociedades.No que se refere às práticas sociais ligadas aos sepultamentos, a) na Grécia Antiga, as cerimônias fúnebres eram desvalorizadas, porque o mais importante

era a democracia experimentada pelos vivos. b) na Idade Média, a Igreja tinha pouca influência sobre os rituais fúnebres, preocupando-se

mais com a salvação da alma. c) no Brasil colônia, o sepultamento dos mortos nas igrejas era regido pela observância da

hierarquia social. d) na época da Reforma, o catolicismo condenou os excessos de gastos que a burguesia fazia

para sepultar seus mortos. e) no período posterior à Revolução Francesa, devido as grandes perturbações sociais,

abandona-se a prática do luto. 20. (Upe 2009) Olinda e Recife viveram momentos históricos diferentes desde os tempos da colonização portuguesa. Chegaram, inclusive, a ter conflitos que assinalavam divergências de interesse. Um deles, a Guerra dos Mascates, que a) mostrou a decadência econômica de Olinda que sofria com suas dívidas financeiras em

crescimento. b) afirmou a importância política do Recife, com seu rico porto, independente até das ordens

vindas de Portugal. c) consagrou o poderio da aristocracia olindense, com amplo domínio da produção do açúcar

na colônia.

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d) consolidou o governo de Castro e Caldas, aliado dos recifenses e líder político no conflito. e) criou condições para recuperação de Olinda, dificultando as atividades comerciais do Recife. 21. (Enem 2009) No final do século XVI, na Bahia, Guiomar de Oliveira denunciou Antônia Nóbrega à Inquisição. Segundo o depoimento, esta lhe dava “uns pós não sabe de quê, e outros pós de osso de finado, os quais pós ela confessante deu a beber em vinho ao dito seu marido para ser seu amigo e serem bem-casados, e que todas estas coisas fez tendo-lhe dito a dita Antônia e ensinado que eram coisas diabólicas e que os diabos lha ensinaram”.

ARAÚJO, E. O teatro dos vícios. Transgressão e transigência na sociedade urbana colonial. Brasília: UnB/José Olympio, 1997.

Do ponto de vista da Inquisição, a) o problema dos métodos citados no trecho residia na dissimulação, que acabava por

enganar o enfeitiçado. b) o diabo era um concorrente poderoso da autoridade da Igreja e somente a justiça do fogo

poderia eliminá-lo. c) os ingredientes em decomposição das poções mágicas eram condenados porque afetavam

a saúde da população. d) as feiticeiras representavam séria ameaça à sociedade, pois eram perceptíveis suas

tendências feministas. e) os cristãos deviam preservar a instituição do casamento recorrendo exclusivamente aos

ensinamentos da Igreja. 22. (Upe 2009) Muitas revoltas tornavam claras as insatisfações dos colonos contra os desmandos de Portugal. Havia também a divulgação das ideias liberais, importantes para aprofundar a crise do sistema colonial. Nesse contexto, a Conspiração dos Suassunas em Pernambuco a) destacou-se pela sua organização militar e seu ideário iluminista. b) estimulou o debate político contra o sistema colonial português. c) firmou a existência de núcleos politicamente conservadores. d) foi sem importância para o movimento libertário de Pernambuco. e) era um movimento restrito aos intelectuais do Seminário de Olinda. 23. (Enem cancelado 2009) Formou-se na América tropical uma sociedade agrária na estrutura, escravocrata na técnica de exploração econômica, híbrida de índio — e mais tarde de negro — na composição. Sociedade que se desenvolveria defendida menos pela consciência de raça, do que pelo exclusivismo religioso desdobrado em sistema de profilaxia social e política. Menos pela ação oficial do que pelo braço e pela espada do particular. Mas tudo isso subordinado ao espírito político e de realismo econômico e jurídico que aqui, como em Portugal, foi desde o primeiro século elemento decisivo de formação nacional; sendo que entre nós através das grandes famílias proprietárias e autônomas; senhores de engenho com altar e capelão dentro de casa e índios de arco e flecha ou negros armados de arcabuzes às suas ordens.

FREYRE, G. Casa-Grande e Senzala. Rio de Janeiro: José Olympio, 1984.

De acordo com a abordagem de Gilberto Freyre sobre a formação da sociedade brasileira, é correto afirmar que a) a colonização na América tropical era obra, sobretudo, da iniciativa particular. b) o caráter da colonização portuguesa no Brasil era exclusivamente mercantil. c) a constituição da população brasileira esteve isenta de mestiçagem racial e cultural. d) a Metrópole ditava as regras e governava as terras brasileiras com punhos de ferro. e) os engenhos constituíam um sistema econômico e político, mas sem implicações sociais. 24. (Enem simulado 2009) O tráfico de escravos em direção à Bahia pode ser dividido em quatro períodos:

1º – O ciclo da Guiné durante a segunda metade do século XVI;2º – O ciclo de Angola e do Congo no século XVII;

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3º – O ciclo da Costa da Mina durante os três primeiros quartos do século XVIII;4º – O ciclo da Baía de Benin entre 1770 e 1850, estando incluído aí o período do tráfico

clandestino.

A chegada dos daomeanos (jejes) ocorreu nos dois últimos períodos. A dos nagô-iorubás corresponde, sobretudo, ao último. A forte predominância dos iorubás na Bahia, de seus usos e costumes, seria explicável pela vinda maciça desse povo no último dos ciclos.

VERGER, Pierre. Fluxo e refluxo do tráfico de escravos entre o golfo do Benin e a Bahia de Todos os Santos: dos séculos XVII a XIX. Tradução de Tasso Gadzanis. São Paulo: Corrupio,

1987. p. 9. (com adaptações).

Os diferentes ciclos do tráfico de escravos da costa africana para a Bahia, no Brasil, indicam que a) o início da escravidão no Brasil data do século XVI, quando foram trazidos para o Nordeste

os chamados “negros da Guiné”, especialistas na extração de ouro. b) a diversidade das origens e dos costumes de cada nação africana é impossível de ser

identificada, uma vez que a escravidão moldou os grupos envolvidos em um processo cultural comum.

c) os ciclos correspondentes a cada período do tráfico de diferentes nações africanas para a Bahia estão relacionados aos distintos portos de comercialização de escravos.

d) o tráfico de escravos jejes para a Bahia, durante o ciclo da Baía de Benin, ocorreu de forma mais intensa a partir do final do século XVII até a segunda metade do século XVIII.

e) a escravidão nessa província se estendeu do século XVI até o início do século XVIII, diferentemente do que ocorreu em outras regiões do País.

25. (Enem 2006) No princípio do século XVII, era bem insignificante e quase miserável a Vila de São Paulo. João de Laet davalhe 200 habitantes, entre portugueses e mestiços, em 100 casas; a Câmara, em 1606, informava que eram 190 os moradores, dos quais 65 andavam homiziados*.

*homiziados: escondidos da justiça

Nelson Werneck Sodré. Formação histórica do Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1964.

Na época da invasão holandesa, Olinda era a capital e a cidade mais rica de Pernambuco. Cerca de 10% da população, calculada em aproximadamente 2.000 pessoas, dedicavam-se ao comércio, com o qual muita gente fazia fortuna. Cronistas da época afirmavam que os habitantes ricos de Olinda viviam no maior luxo.

Hildegard Féist. Pequena história do Brasil holandês. São Paulo: Moderna, 1998 (com adaptações).

Os textos apresentados retratam, respectivamente, São Paulo e Olinda no início do século XVII, quando Olinda era maior e mais rica. São Paulo é, atualmente, a maior metrópole brasileira e uma das maiores do planeta. Essa mudança deveu-se, essencialmente, ao seguinte fator econômico: a) maior desenvolvimento do cultivo da cana-de-açúcar no planalto de Piratininga do que na

Zona da Mata Nordestina. b) atraso no desenvolvimento econômico da região de Olinda e Recife, associado à escravidão,

inexistente em São Paulo. c) avanço da construção naval em São Paulo, favorecido pelo comércio dessa cidade com as

Índias. d) desenvolvimento sucessivo da economia mineradora, cafeicultora e industrial no Sudeste. e) destruição do sistema produtivo de algodão em Pernambuco quando da ocupação

holandesa. 26. (Enem 2003) Jean de Léry viveu na França na segunda metade do século XVI, época em que as chamadas guerras de religião opuseram católicos e protestantes. No texto a seguir, ele relata o cerco da cidade de Sancerre por tropas católicas.

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(...) desde que os canhões começaram a atirar sobre nós com maior frequência, tornou-se necessário que todos dormissem nas casernas. Eu logo providenciei para mim um leito feito de um lençol atado pelas suas duas pontas e assim fiquei suspenso no ar, à maneira dos selvagens americanos (entre os quais eu estive durante dez meses) o que foi imediatamente imitado por todos os nossos soldados. De tal maneira que a caserna logo ficou cheia deles. Aqueles que dormiram assim puderam confirmar o quanto esta maneira é apropriada tanto para evitar os vermes quanto para manter as roupas limpas (...).

Neste texto, Jean de Léry a) despreza a cultura e rejeita o patrimônio dos indígenas americanos. b) revela-se constrangido por ter de recorrer a um invento de "selvagens". c) reconhece a superioridade das sociedades indígenas americanas com relação aos

europeus. d) valoriza o patrimônio cultural dos indígenas americanos, adaptando-o às suas necessidades. e) valoriza os costumes dos indígenas americanos porque eles também eram perseguidos

pelos católicos. 27. (Unaerp 1996) Houve em Minas Gerais, de 1720 a 1760, um Quilombo tão importante quanto o de Palmares. Era formado por mulatos, negros livres e, negros fugitivos, que, sendo rejeitados nas vilas dos brancos, saíram a desbravar o sertão e a fundar vilarejos em locais onde se descobria o ouro. Os proprietários de terras e escravos investiam, contra essas comunidades negras para tornar-lhes o ouro e as vilas, sob o pretexto de serem todos negros fugitivos.Esse episódio se refere ao: a) Quilombo de Cascalho, liderado por Zumbi. b) Quilombo de Campo Grande, liderado pelo Rei Ambrósio. c) Quilombo do Sapucaí, liderado por Domingos Jorge Velho. d) Quilombo de São Gonçalo, liderado pelo Rei Manuel. e) Quilombo de Indaiá, liderado por Bartolomeu Bueno do Prado. 28. (Pucsp 1996) "Assim confabulam, os profetas, numa reunião fantástica, batida pelos ares de Minas. Onde mais poderíamos conceber reunião igual, senão em terra mineira, que é o paradoxo mesmo, tão mística que transforma em alfaias e púlpitos e genuflexórios a febre grosseira do diamante, do ouro e das pedras de cor?"

(Andrade, C. Drummond de,COLÓQUIO DAS ESTÁTUAS. In: Mello, S., BARROCO MINEIRO, S. Paulo, Brasiliense, 1985.)

A origem desse traço contraditório que o poeta afirma caracterizar a sociedade mineira remete a um contexto no qual houve a) a reafirmação bilateral do Tratado de Tordesilhas entre Portugal e Espanha e o crescimento

da miscigenação racial no ambiente colonial. b) o relaxamento na política de distribuição de terras na colônia e a vigência de uma concepção

racionalista de planejamento das cidades. c) a diversificação das atividades produtivas na colônia e a construção de um conjunto artístico

e arquitetônico que singularizou a principal região de mineração. d) o deslocamento do eixo produtivo do nordeste para as regiões centrais da colônia e o

desenvolvimento de uma estética que procurava reproduzir as construções românicas europeias.

e) a expansão do território colonial brasileiro e a introdução, em Minas, da arte conhecida como gótica, especialmente na decoração dos interiores das igrejas.

29. (Unaerp 1996) Em 1534, o governo português concluiu que a única forma de ocupação do Brasil seria através da colonização. Era necessário colonizar, simultaneamente, todo o extenso território brasileiro. Essa colonização dirigida pelo governo português se deu através da: a) criação da Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil. b) criação do sistema de governo geral e câmaras municipais. c) criação das Capitanias Hereditárias.

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d) montagem do sistema colonial. e) criação e distribuição das Sesmarias. 30. (Unitau 1995) O bandeirismo foi uma atividade paulista do século XVI e XVII. Suas expedições podem ser divididas em dois grandes ciclos: a) O dos capitães do mato e de prospecção. b) O de expansão das fronteiras e de prospecção. c) Da caça ao índio e o de busca do ouro. d) O dos capitães do mato e de caça ao índio. e) O de expansão das fronteiras e o de busca do ouro. 31. (Unesp 1995) Os primitivos habitantes do Brasil foram vítimas do processo colonizador. O europeu, com visão de mundo calcada em preconceitos, menosprezou o indígena e sua cultura. A acreditar nos viajantes e missionários, a partir de meados do século XVI, há um decréscimo da população indígena, que se agrava nos séculos seguintes. Os fatores que mais contribuíram para o citado decréscimo foram: a) a captura e a venda do índio para o trabalho nas minas de prata do Potosi. b) as guerras permanentes entre as tribos indígenas e entre índios e brancos. c) o canibalismo, o sentido mítico das práticas rituais, o espírito sanguinário, cruel e vingativo

dos naturais. d) as missões jesuíticas do vale amazônico e a exploração do trabalho indígena na extração da

borracha. e) as epidemias introduzidas pelo invasor europeu e a escravidão dos índios. 32. (Fuvest 1995) "Na primeira carta disse a V. Rev. a grande perseguição que padecem os índios, pela cobiça dos portugueses em os cativarem. Nada há de dizer de novo, senão que ainda continua a mesma cobiça e perseguição, a qual cresceu ainda mais.No ano de 1649 partiram os moradores de São Paulo para o sertão, em demanda de uma nação de índios distantes daquela capitania muitas léguas pela terra adentro, com a intenção de os arrancarem de suas terras e os trazerem às de São Paulo, e aí se servirem deles como costumam."

(Pe. Antônio Vieira, CARTA AO PADRE PROVINCIAL, 1653, Maranhão.)

Este documento do Padre Antônio Vieira revela: a) que tanto o padre Vieira como os demais jesuítas eram contrários à escravidão dos

indígenas e dos africanos, posição que provocou conflitos constantes com o governo português.

b) um dos momentos cruciais da crise entre o governo português e a Companhia de Jesus, que culminou com a expulsão dos jesuítas do território brasileiro.

c) que o ponto fundamental dos confrontos entre os padres jesuítas e os colonos referia-se à escravização dos indígenas e, em especial, à forma de atuar dos bandeirantes.

d) um episódio isolado da ação do padre Vieira na luta contra a escravização indígena no Estado do Maranhão, o qual se utilizava da ação dos bandeirantes para caçar os nativos.

e) que os padres jesuítas, em oposição à ação dos colonos paulistas, contavam com o apoio do governo português na luta contra a escravização indígena.

33. (Ufmg 1995) Todas as alternativas contêm afirmações corretas sobre a tributação do ouro nas Minas no período colonial, EXCETO: a) A Derrama era a cobrança dos impostos atrasados quando não eram preenchidas as cotas

anuais. b) A tributação do ouro se verificou inicialmente sob a forma de cobrança por bateias. c) O imposto da Capitação recaía sobre todo escravo empregado nos trabalhos auríferos. d) O ouro passou a ser quintado somente a partir da instalação das Casas de Fundição. e) O quinto correspondia a uma porcentagem sobre a produção paga pelos mineradores. 34. (Fuvest 1995) Sobre o Tratado de Tordesilhas, assinado em 7 de junho de 1494, pode-se afirmar que objetivava:

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a) demarcar os direitos de exploração dos países ibéricos, tendo como elemento propulsor o desenvolvimento da expansão comercial marítima.

b) estimular a consolidação do reino português, por meio da exploração das especiarias africanas e da formação do exército nacional.

c) impor a reserva de mercado metropolitano, por meio da criação de um sistema de monopólios que atingia todas as riquezas coloniais.

d) reconhecer a transferência do eixo do comércio mundial do Mediterrâneo para o Atlântico, depois das expedições de Vasco da Gama às Índias.

e) reconhecer a hegemonia anglo-francesa sobre a exploração colonial, após a destruição da Invencível Armada de Felipe II, da Espanha.

35. (Fuvest-gv 1992) A escravidão indígena adotada no início da colonização do Brasil foi progressivamente abandonada e substituída pela africana entre outros motivos, devido: a) ao constante empenho do papado na defesa dos índios contra os colonos. b) à bem-sucedida campanha dos jesuítas em favor dos índios. c) à completa incapacidade dos índios para o trabalho. d) aos grandes lucros proporcionados pelo tráfico negreiro aos capitais particulares e à Coroa. e) ao desejo manifestado pelos negros de emigrarem para o Brasil em busca de trabalho. 36. (Unesp 1992) O açúcar e o ouro, cada qual em sua época de predomínio, garantiram para Portugal a posse e a ocupação de vasto território, alimentaram sonhos e cobiças, estimularam o povoamento e o fluxo expressivo de negros escravos, subsidiaram e induziram atividades intermediárias; foram fatores decisivos para o relativo progresso material e certa opulência barroca, além de contribuírem para o razoável florescimento das artes e das letras no período colonial. Apesar desta ação comum ou semelhante, a economia aurífera colonial avançou em direção própria e se diferenciou das demais atividades, principalmente porque: a) não teve efeito multiplicador no desenvolvimento de atividades econômicas secundárias

junto às minas e nas pradarias do Rio Grande. b) interiorizou a formação de um mercado consumidor e propiciou surto urbano considerável. c) o ouro brasileiro, sendo dependente do mercado externo, não resistiu à influência exercida

pela prata das minas de Potosi. d) representou forte obstáculo às relações favoráveis à Metrópole e não educou o colonizado

para a luta contra a opressão do colonizador. e) as bandeiras não foram além dos limites territoriais estabelecidos em Tordesilhas, apesar

dos conflitos com os jesuítas e da ação cruel contra os indígenas do sertão sul-americano. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: A(s) questão(ões) seguinte(s) é(são) composta(s) por três proposições I, II e III que podem ser falsas ou verdadeiras. Examine-as identificando as verdadeiras e as falsas e em seguida marque a alternativa correta dentre as que se seguem:

a) se todas as proposições forem verdadeiras.b) se apenas forem verdadeiras as proposições I e II.c) se apenas forem verdadeiras as proposições I e III. d) se apenas forem verdadeiras as proposições II e III.e) se todas as proposições foram falsas.

37. (Fuvest 1992) A questão seguinte é composta por três proposições I, II e III que podem ser falsas ou verdadeiras. Examine-as identificando as verdadeiras e as falsas e em seguida marque a alternativa correta dentre as que se seguem:

I. A expressão "homens bons" era usada, no Brasil Colonial, para designar os jesuítas encarregados da catequese.II. A exploração das minas brasileiras foi regulamentada no século XVIII pela Metrópole, através de uma rígida política fiscal.

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III. Os tratados de 1810 consolidaram a preponderância inglesa no Brasil. a) se todas as proposições forem verdadeiras. b) se apenas forem verdadeiras as proposições I e II. c) se apenas forem verdadeiras as proposições I e III. d) se apenas forem verdadeiras as proposições II e III. e) se todas as proposições foram falsas. 38. (Fuvest 1991) No século XVIII a produção do ouro provocou muitas transformações na colônia. Entre elas podemos destacar: a) a urbanização da Amazônia, o início da produção do tabaco, a introdução do trabalho livre

com os imigrantes. b) a introdução do tráfico africano, a integração do índio, a desarticulação das relações com a

Inglaterra. c) a industrialização de São Paulo, a produção de café no Vale do Paraíba, a expansão da

criação de ovinos em Minas Gerais. d) a preservação da população indígena, a decadência da produção algodoeira, a introdução

de operários europeus. e) o aumento da produção de alimentos, a integração de novas áreas por meio da pecuária e

do comércio, a mudança do eixo econômico para o Sul.

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Gabarito:

Resposta da questão 1: [C]

O texto procura desmistificar a ideia de que os africanos são os culpados pela escravização de africanos. Essa ideia ainda hoje é utilizada para reforçar a inferioridade dos povos africanos e isentar os europeus de responsabilidade no desenvolvimento do escravismo na América. O texto destaca ainda a organização de um sistema, mostra suas partes constitutivas e seus interesses.

Resposta da questão 2: [A]

O tráfico negreiro deve ser percebido dentro das estruturas do modelo mercantilista, parte do processo de pré-acumulação capitalista da época moderna. O texto deixa claro o papel de cada um dos elementos constitutivos do processo conhecido como “tráfico negreiro”. Apesar dos papeis diferenciados, os grupos destacados no texto colaboraram para a consolidação de um sistema de trabalho em grande parte da América colonizada, fortalecendo as bases do mercantilismo e da acumulação de capitais.

Resposta da questão 3: [A]

Batavo é uma referência aos holandeses. As invasões foram realizadas sob comando da Cia das Índias Ocidentais e não orientais.

Resposta da questão 4: [C]

Além das mais conhecidas formas de resistência à escravidão como as fugas e os Quilombos, a resistência cultural foi também de extrema importância durante o período em que vigorou a escravidão no Brasil. Mesmo sendo batizados ao desembarcar no Brasil e obrigados a participar das celebrações católicas, muitos escravos mantiveram tradições de seus locais de origem como maneira de resistir ao processo de aculturação que lhes era imposto. Isso era feito na maioria das vezes com a associação de divindades de origem africana com santos da liturgia católica, porém não devemos esquecer da Revolta dos Malês que teve como característica fundamental em sua organização a coesão de um grupo de escravos de fé islâmica e que mantiveram as características fundamentais de sua religião sem abrir espaço para a influência do catolicismo.

Resposta da questão 5: [D]

Pombal criou algumas Companhias de Comércio, mas não atuaram em todas as capitanias. A maior preocupação de Pombal foi racionalizar a administração em Portugal e suas colônias. Isso significou em reduzir a importância dos religiosos na corte – destacando-se ai a expulsão dos jesuítas – e ampliar a exploração colonial, com maior rigidez sobre a arrecadação tributária – destacando-se a instituição da derrama na região mineradora.

Resposta da questão 6: [B]

Questão factual. Apesar do conhecimento obrigatório sobre a ocupação holandesa no nordeste brasileiro, as diversas alternativas, com muitas e variadas informações, coloca o estudante em dúvida.

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A “Guerra do Açúcar” envolveu a Espanha e Holanda. Como Portugal e suas colônias estavam sob domínio espanhol – União Ibérica – foram diretamente afetados, destacando a invasão da região nordeste a partir de Pernambuco.

Resposta da questão 7: [E]

Questão de interpretação de texto, de um grande historiador marxista brasileiro, que adota o conceito de “classe social” na análise da estrutura colonial do Brasil, entendendo-a dividida entre senhores e escravos, apesar da existência de setores intermediários.

Resposta da questão 8: [B]

A expressão “reinos estranhos” presente no texto de Antonil, não especifica a quem era remetida a maior parte do ouro extraído nas Minas Gerais do período colonial do Brasil. No entanto, por associação com a referência ao Tratado de Methuen na alternativa B, chega-se a alternativa correta, pois de fato esse tratado foi o mais expressivo sobre a dependência de Portugal em relação a Inglaterra iniciada em 1641 após a chamada Restauração que pôs fim à União Ibérica. Pelo tratado a balança comercial portuguesa era sempre deficitária, sendo o deficit coberto com boa parte do ouro brasileiro remetido a Portugal.

Resposta da questão 9: [B]

No Brasil colonial predominou a escravidão africana, porém, existiu de forma significativa, a escravidão indígena. Esta última era permitida pelas leis portuguesas nos casos de “guerra justa”, ou seja, quando se considerava que os portugueses se defendiam dos ataques dos nativos; além disso, a escravidão indígena foi intensa na época da União Ibérica, quando o tráfico africano sofreu paralisações, época em que se desenvolveu o bandeirismo de apresamento. Mesmo interessada na catequese do indígena, a Igreja não conseguiu impedir tais situações.Os interesses envolvidos no tráfico de escravos africanos foram fundamentais para que a escravidão indígena fosse pequena, tráfico esse controlado por portugueses e não por holandeses.

Resposta da questão 10: [D]

O Exclusivo Colonial ou Pacto Colonial, elemento estruturador do Sistema Colonial vigente entre os séculos XVI e XVIII, consistia no controle que as metrópoles europeias exerciam sobre a economia de suas colônias na América. As colônias eram submetidas a um conjunto de regras, leis e normas que as metrópoles impunham obrigando, por exemplo, que as colônias só comprassem e vendessem produtos de sua metrópole. Através deste exclusivismo econômico, as metrópoles europeias garantiam seus lucros no comércio bilateral, pois obtinham das colônias matérias-primas ou gêneros tropicais para o comércio na Europa a baixo custo e vendiam, nelas, produtos manufaturados a preços elevados. Ainda proibiam a o estabelecimento de manufaturas, para não haver concorrência.

Resposta da questão 11: [B]

O tráfico negreiro constituiu-se como uma importante fonte de acumulação de capital ao longo do período colonial no Brasil, justificando a adoção e persistência do trabalho escravo à época.

Resposta da questão 12: [C]

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Apesar de a fama dos jesuítas do período colonial no Brasil dar-se pelo trabalho de catequese junto aos indígenas, eles notabilizaram-se como os principais protagonistas do ensino durante o período, fundando e administrando colégios, promovendo a educação dos filhos dos colonos e estabelecendo uma padronização do ensino em toda a colônia.

Resposta da questão 13: [B]

A mineração no Brasil do século XVIII, em razão do grande afluxo de pessoas e das dificuldades impostas pelas distâncias das Minas Gerais em relação a outras áreas da colônia, gerou as mais variadas, sobretudo de produtos e serviços, o que naturalmente levaria a elevação dos preços.

Resposta da questão 14: [E]

Os primeiros contatos entre portugueses e indígenas foram amistosos, principalmente porque não havia a intenção de conquistar e colonizar a terra. Nos primeiros anos de contato, tratados como período pré-colonial, os portugueses se interessaram pelo pau-brasil. No entanto, com o inicio da ocupação da terra, o conflito se caracterizou na medida em que os indígenas, apesar de não terem a noção de propriedade privada, sentiram suas terras e vida ameaçadas pelos portugueses.

Resposta da questão 15: [B]

O etnocentrismo pressupõe a avaliação de um determinado grupo social a partir de valores de outro. Neste caso, o europeu, partindo de seus valores, analisa as características físicas, costumes e o comportamento do indígena. O etnocentrismo não manifesta, necessariamente, o preconceito de forma acintosa ou explicita.

Resposta da questão 16: [B]

As tribos Tupi-guaranis, que ocuparam grande parte do território brasileiro, conforme descreve o texto, possuíam as características básicas dos nativos do Brasil, vivendo principalmente da agricultura rudimentar – que tinha como complemento a caça e pesca – praticada de forma nômade ou seminômade. A guerra teve certa importância para as tribos, porém, diferentemente de outros povos, não era a atividade que garantia poder ou controle sobre outros povos. A prática da antropofagia era comum e tinha caráter ritualístico, religioso, uma vez que acreditavam que a ingestão da carne de inimigos mortos lhes fortaleceria.

Resposta da questão 17: [D]

Até finais do século XVIII, Angola funciona como um reservatório de escravos para as plantações e minas do Brasil ou de outras colônias do continente americano. A ocupação portuguesa em Angola limitava-se a pouco mais do que além das fortalezas da costa. A colonização efetiva do interior só se inicia no século XIX, após a independência do Brasil (1822) e o fim do tráfico de escravos (1836-42), mas não da escravatura. A ocupação do interior constituía-se numa resposta às pretensões de outras potências europeias, como a Inglaterra, a Alemanha e a França, que reclamavam nessa época o seu quinhão territorial na África.

Resposta da questão 18: [E]

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A invasão holandesa do Nordeste do Brasil no século XVII foi motivada pelo interesse no controle do lucrativo comércio do açúcar, do qual os flamengos foram privados pela Espanha em razão de conflitos entre holandeses e espanhóis à época da união das coroas ibéricas (1580-1640). Sendo a produção realizada basicamente pelo trabalho escravo africano, tornava-se também necessário aos holandeses, o controle de domínios lusitanos na África fornecedores de escravos.

Resposta da questão 19: [C]

Na Europa, os sepultamentos dentro das igrejas eram comuns até a época da peste negra. No Brasil colonial e imperial os sepultamentos existiram até o ano 1820, quando foram proibidos, momento que construíram os primeiros cemitérios. O sepultamento era restrito aos homens livres. Negros (escravos) e os indigentes eram enterrados. A difirenciação no tratamento dispensado ao mortos, evidencia a forte hierarquização existente na sociedade colonial do Brasil.

Resposta da questão 20: [A]

O conflito é considerado um movimento “nativista”, no qual aparece um sentimento anti-lusitano, mas que não propõe a ruptura do pacto colonial. A Guerra dos Mascates envolveu a principalmente os fazendeiros de Olinda vinculados à produção açucareira, endividados desde a expulsão dos holandeses e o inicio da concorrência antilhana, contra os privilégios que os mercadores de Recife – de origem portuguesa – possuíam em termos econômicos e políticos.

Resposta da questão 21: [E]

Apenas a interpretação do texto levaria a alternativa correta. No entanto, conhecimentos sobre aspectos da vida religiosa no Brasil colônia, das restrições da Igreja quanto aos rituais de magia associados à evocação do demônio e do tratamento dispensado pela Inquisição (Santo Ofício) aos acusados de tais práticas, facilitariam a resposta do examinado.

Resposta da questão 22: [B]

Na segunda metade do século XVIII, com a decadência da mineração, maior rigor do fiscalismo português e influência das ideias iluministas, surgiram movimentos de contestação ao domínio português e de reivindicação de independência política. A Conspiração dos Suassunas ocorreu em Olinda em 1801 a partir de membros do Aerópago do Itambé e do seminário de Olinda, sob a liderança dos irmãos Cavalcanti, importantes fazendeiros da região.

Resposta da questão 23: [A]

A questão analisa o processo de colonização da América enfatizando, de um lado, as iniciativas particulares e de outro, o subentendimento da pouca interferência do Estado no arranjo da organização econômica, social e cultural nas colônias.

Resposta da questão 24: [C]

O enunciado da questão e a alternativa correta, por si só explicam a vinda de negros da África para a Bahia, originários de diferentes regiões e em diferentes épocas e evidenciando as diferenças étnicas entre eles.

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Resposta da questão 25: [D]

A questão retrata o crescimento de São Paulo ao longo de séculos, desde o período colonial até à República, destacando atividades econômicas diferentes desde a mineração – na região vizinha, passando pelo café e, posteriormente, pela industrialização.

Resposta da questão 26: [D]

Interpretação de texto; que descreve um francês em seu país, adotando um costume aprendido com o indígena. Dessa forma, percebe-se que a ideia de superioridade cultural é bastante relativa.

Resposta da questão 27: [B]

Resposta da questão 28: [C]

Resposta da questão 29: [C]

Resposta da questão 30: [C]

Resposta da questão 31: [E]

Resposta da questão 32: [C]

Resposta da questão 33: [D]

Resposta da questão 34: [A]

Resposta da questão 35: [D]

Resposta da questão 36: [B]

Resposta da questão 37: [D]

Resposta da questão 38: [E]