vulgação e evangelização da paróquia nossa senhora da ... · o padre destacou ainda que...

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A Paróquia Nossa Senhora da Gló- ria realizou, de 2 a 6 de setembro, a Semana do Dízimo. A programação cons- tou de celebrações eucarísticas e forma- ções voltadas à comunidade, com o obje- tivo de despertar nos fiéis o verdadeiro sentido da adesão ao Dízimo. Houve, ain- da, encontros voltados às pastorais, mo- vimentos e serviços da Paróquia, e tam- bém aos jovens, crismandos e seus pais. Este ano, a Pastoral do Dízimo trou- xe como convidados o Pe. Cristovam Iubel, da Diocese de Guarapuava (PR), e o missionário Aristides Madureira, de Uberlândia (MG). Formado em Teologia, Filosofia e Jornalismo, Pe. Cristovam é professor, escritor, palestrante e sócio- editor da Editora Pão e Vinho. Já o mis- sionário leigo Aristides Madureira é di- retor da Editora católica “A Partilha” e há 23 anos vem implantando a Pastoral do Dízimo pelo Brasil. Formado em Co- municação Social, é autor de várias obras de formação pastoral. As celebrações eucarísticas conta- ram com a concelebração do pároco da Glória, Pe. Francisco de Assis Filho, e do vigário paroquial, Pe. Josieldo Nascimen- to. Como padre convidado, tivemos o pároco da Nossa Senhora da Assunção, Pe. Francisco Sales de Sousa. Confira a cobertura das principais palestras: Dízimo é expressão de fé 2 2 2 Editorial 3 3 3 Pergunta do mês: Como adorar Jesus na Eucaristia? 4 4 4 Chiquinho e Glorinha: reforço na missa das crianças 5 5 5 Reta final da formação para a Crisma O Mensageiro da Glória é o veículo oficial de di- vulgação e evangelização da Paróquia Nossa Senhora da Glória, da Arquidiocese de Fortale- za. Endereço: Av. Oliveira Paiva, 905 – Cidade dos Funcionários, CEP: 60822-130, Fortaleza- CE – Fone: (85) 3279.4500. [email protected] www.paroquiagloria.org.br Setembro/Outubro de 2011 – ANO XIII – Nº 132 8 8 8 O sol que renasce no coração dos pequeninos 9 9 9 Testemunho: Jornada Mundial da Juventude “Dízimo e co-responsabilidade” - Pe. Cristovam Iubel (dia 2/9) Pe. Cristovam Iubel (foto) iniciou sua palestra lembrando que houve um perío- do em que não se falava em profundida- de sobre o dízimo, que era quase um tabu. Com o tempo, no entanto, as pessoas começaram a perceber que dízimo vai muito além do dinheiro. “Os fiéis pensa- vam que aquele valor era destinado ape- nas ao sustento do padre e não vislum- bravam a questão da evangelização”, con- ta ele. O padre destacou ainda que dízimo tem a ver com o modo como nos relacio- namos com os bens que possuímos. “Uma pessoa apegada tem dificuldade em dar o dízimo com generosidade. Ao invés de oferecer com alegria, sente que está per- dendo. Muitos são assim... Dão o dízimo para ficar com a consciência tranquila. Mas é preciso ser honesto consigo mes- mo”, disse. Citando a pobre viúva que ofertou do pouco que tinha (Marcos 12, 41-44), Pe. Cristovam ressaltou que o dízimo tem reação com a nossa fé, com o sentido que damos à partilha. “Você sen- te alegria e satisfação em partilhar? Ou é algo ainda doloroso? O dízimo tem senti- do quando ele faz parte da nossa vida. É importante que cada um descubra como seu dízimo é devolvido. Até onde ele é uma entrega ou um desencargo de cons- ciência?” Segundo ele, para ser autênti- co o dízimo precisa de quantidade e qua- lidade. “A quantia depende da situação de cada pessoa e cada família. A pessoa que traz o dízimo com esforço é abençoa- da. Já a qualidade tem a ver com a inten- ção. Qual o sentido de devolver o dízimo? Tem gente que faz por medo. Você faz por convicção? Faz porque é cristão? Não é uma questão de negociação com Deus. Ele não precisa disso. A Igreja é que pre- cisa evangelizar”, afirmou. Para padre Cristovam, dízimo é um gesto de fé. “Eu confio tanto no amor de Deus por mim que devolvo uma parte do que obtive com meu esforço e por Sua graça. Assim, eu coloco Deus no meio. É um gesto consci- ente, de uma pessoa que sabe o que está fazendo. É co-responsabilidade. Eu, como batizado, me co-responsabilizo com os demais cristãos batizados a contribuir com a evangelização”, afirma. O padre lem- bra ainda que o dízimo beneficia toda a comunidade, a exemplo da abolição de taxas. Ressaltou também que o dízimo é fonte de graças e bênçãos: “O coração que se abre para partilhar já fica aberto para receber”. Por fim, lançou um convi- te à comunidade: “Contribua com aquilo que manda o seu coração. Faça do dízimo uma experiência autêntica, com fé, e depois conte para outras pessoas o que aconteceu com você”. Homilia do Pe. Francisco Sales de Sousa (5/9) Pe. Sales destacou que Jesus inau- gurou uma nova realidade e nos mos- trou que a lei foi feita para o homem, não o homem para a lei. Essa transfor- mação também se deu com o dízimo: antes era observado apenas como lei, mas Jesus apontou a dimensão de amor, de gesto de gratidão. “Eu fico a pensar: por que muitos católicos não são dizimistas? Por que muitos de nossos ir- mãos não fizeram essa experiência? Será que é por que não foram tocados, evangelizados, esclarecidos o suficiente? Onde está a dificuldade? Se o dízimo fos- se apenas uma vontade da igreja, do padre, do bispo... mas o dízimo é bíbli- co, está na palavra de Deus. Por que nós não acreditamos, não confiamos nes- sa palavra? Talvez nós confiemos mais na nossa insegurança do que na provi- dência divina. Eu convido você, que ain- da não é dizimista, a um desafio. Faça a experiência. Comece hoje, não espere para manhã. Devolva o dízimo com ca- rinho, com amo. E que seja um momen- to de muita alegria, desprendimento, li- berdade interior. Eu tenho certeza que sua vida será diferente”, finalizou. > Continua na pág. 10 10 10 10 10 10 Entrevista: “A partilha espiritualiza os bens”

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Page 1: vulgação e evangelização da Paróquia Nossa Senhora da ... · O padre destacou ainda que dízimo ... Virgem Maria e o primeiro a ... Isto porque muitas vezes nós retemos os bens

A Paróquia Nossa Senhora da Gló-ria realizou, de 2 a 6 de setembro, aSemana do Dízimo. A programação cons-tou de celebrações eucarísticas e forma-ções voltadas à comunidade, com o obje-tivo de despertar nos fiéis o verdadeirosentido da adesão ao Dízimo. Houve, ain-da, encontros voltados às pastorais, mo-vimentos e serviços da Paróquia, e tam-bém aos jovens, crismandos e seus pais.

Este ano, a Pastoral do Dízimo trou-xe como convidados o Pe. CristovamIubel, da Diocese de Guarapuava (PR),e o missionário Aristides Madureira, deUberlândia (MG). Formado em Teologia,Filosofia e Jornalismo, Pe. Cristovam éprofessor, escritor, palestrante e sócio-editor da Editora Pão e Vinho. Já o mis-sionário leigo Aristides Madureira é di-retor da Editora católica “A Partilha” ehá 23 anos vem implantando a Pastoraldo Dízimo pelo Brasil. Formado em Co-municação Social, é autor de várias obrasde formação pastoral.

As celebrações eucarísticas conta-ram com a concelebração do pároco daGlória, Pe. Francisco de Assis Filho, e dovigário paroquial, Pe. Josieldo Nascimen-to. Como padre convidado, tivemos opároco da Nossa Senhora da Assunção,Pe. Francisco Sales de Sousa.

Confira a cobertura das principaispalestras:

Dízimo é expressão de fé

22222Editorial

33333Pergunta do mês:Como adorar Jesusna Eucaristia?

44444Chiquinho e Glorinha: reforçona missa das crianças

55555Reta final da formaçãopara a Crisma

O Mensageiro da Glória é o veículo oficial de di-

vulgação e evangelização da Paróquia Nossa

Senhora da Glória, da Arquidiocese de Fortale-

za. Endereço: Av. Oliveira Paiva, 905 – Cidade

dos Funcionários, CEP: 60822-130, Fortaleza-

CE – Fone: (85) 3279.4500.

[email protected]

www.paroquiagloria.org.brSetembro/Outubro de 2011 – ANO XIII – Nº 132

88888O sol que renasce no coração dospequeninos

99999Testemunho: JornadaMundial da Juventude

“Dízimo e co-responsabilidade” - Pe.Cristovam Iubel (dia 2/9)

Pe. Cristovam Iubel (foto) iniciou suapalestra lembrando que houve um perío-do em que não se falava em profundida-de sobre o dízimo, que era quase um tabu.Com o tempo, no entanto, as pessoascomeçaram a perceber que dízimo vaimuito além do dinheiro. “Os fiéis pensa-vam que aquele valor era destinado ape-nas ao sustento do padre e não vislum-bravam a questão da evangelização”, con-ta ele. O padre destacou ainda que dízimotem a ver com o modo como nos relacio-namos com os bens que possuímos. “Umapessoa apegada tem dificuldade em daro dízimo com generosidade. Ao invés deoferecer com alegria, sente que está per-dendo. Muitos são assim... Dão o dízimopara ficar com a consciência tranquila.Mas é preciso ser honesto consigo mes-mo”, disse. Citando a pobre viúva queofertou do pouco que tinha (Marcos 12,41-44), Pe. Cristovam ressaltou que odízimo tem reação com a nossa fé, com osentido que damos à partilha. “Você sen-te alegria e satisfação em partilhar? Ou éalgo ainda doloroso? O dízimo tem senti-

do quando ele faz parte da nossa vida. Éimportante que cada um descubra comoseu dízimo é devolvido. Até onde ele éuma entrega ou um desencargo de cons-ciência?” Segundo ele, para ser autênti-co o dízimo precisa de quantidade e qua-lidade. “A quantia depende da situaçãode cada pessoa e cada família. A pessoaque traz o dízimo com esforço é abençoa-da. Já a qualidade tem a ver com a inten-ção. Qual o sentido de devolver o dízimo?Tem gente que faz por medo. Você fazpor convicção? Faz porque é cristão? Nãoé uma questão de negociação com Deus.Ele não precisa disso. A Igreja é que pre-cisa evangelizar”, afirmou. Para padreCristovam, dízimo é um gesto de fé. “Euconfio tanto no amor de Deus por mimque devolvo uma parte do que obtive commeu esforço e por Sua graça. Assim, eucoloco Deus no meio. É um gesto consci-ente, de uma pessoa que sabe o que estáfazendo. É co-responsabilidade. Eu, comobatizado, me co-responsabilizo com osdemais cristãos batizados a contribuir coma evangelização”, afirma. O padre lem-bra ainda que o dízimo beneficia toda acomunidade, a exemplo da abolição de

taxas. Ressaltou também que o dízimo éfonte de graças e bênçãos: “O coraçãoque se abre para partilhar já fica abertopara receber”. Por fim, lançou um convi-te à comunidade: “Contribua com aquiloque manda o seu coração. Faça do dízimouma experiência autêntica, com fé, edepois conte para outras pessoas o queaconteceu com você”.

Homilia do Pe. Francisco Sales deSousa (5/9)

Pe. Sales destacou que Jesus inau-gurou uma nova realidade e nos mos-trou que a lei foi feita para o homem,não o homem para a lei. Essa transfor-mação também se deu com o dízimo:antes era observado apenas como lei,mas Jesus apontou a dimensão de amor,de gesto de gratidão. “Eu fico a pensar:por que muitos católicos não sãodizimistas? Por que muitos de nossos ir-mãos não fizeram essa experiência? Seráque é por que não foram tocados,evangelizados, esclarecidos o suficiente?Onde está a dificuldade? Se o dízimo fos-se apenas uma vontade da igreja, dopadre, do bispo... mas o dízimo é bíbli-

co, está na palavra de Deus. Por quenós não acreditamos, não confiamos nes-sa palavra? Talvez nós confiemos maisna nossa insegurança do que na provi-dência divina. Eu convido você, que ain-da não é dizimista, a um desafio. Faça aexperiência. Comece hoje, não esperepara manhã. Devolva o dízimo com ca-rinho, com amo. E que seja um momen-to de muita alegria, desprendimento, li-berdade interior. Eu tenho certeza quesua vida será diferente”, finalizou.

> Continua na pág. 10

1010101010Entrevista: “A partilhaespiritualiza os bens”

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Coordenação, edição e revisão:

Pastoral da Comunicação.

Supervisão: Pe. Francisco de Assis.

Componentes: Carmen Marques,

Célia Pinheiro, Danilo Amaral, Gil Be-

zerra, Moisés Furtado, Narcélio Barros,

Patrícia Guabiraba, Rodrigo de Almeida,

Sarah Guabiraba, Tatiana Leite,

Terciana Martins, Wagner Nascimento.

Jornalista Responsável: Patrícia

Guabiraba – Mtb 01597JP-CE

Impressão: Gráfica Encaixe

Tiragem: 3.000 exemplares

Fechamento da edição: 28/09/2011

www.paroquiagloria.org.br

[email protected]

Para anunciarNarcélio Barros:(85) 8805.0393

Missas na MatrizSegunda a Sexta:

6h30 e 18h30

Sábado: 6h30, 16h30e 18h30

Domingo: 8h, 11h,18h e 20h

2º Domingo de cada mêsMissa da Misericórdia: 16h

Toda terça-feiraTerço dos Homens: 20h

Dia 13 de cada mês:Missa às 12h

SecretariaFuncionamento: terça a domingo,

das 8h às 11h e das 14h às19h30. Fone: (85) 3279.4500.

ConfissõesTerça a Sexta,das 15h às 18h

Calendário ParoquialOutubro02/10: 10a reunião do Conselho Pastoral, das 9h às 12h

05/10: 4a reunião das pastorais, movimentos e serviços com os conselhosPastoral e Econômico, a patir das 19h30

12/10: Festa de Nossa Senhora Aparecida

11/10: 9a reunião do Conselho Econômico, das 19h30 às 21h30

16/10: 3o encontro de formação sobre a “Iniciação Cristã”, das 8h às 16h

Novembro

02/11: Finados

06/11: 11a reunião do Conselho Pastoral, das 9h às 12h

06/11: Dia de todos os santos

08/11: 10a reunião do Conselho Econômico, das 19h30 às 21h30

20/11: Assembleia Pastoral da paróquia Nossa Senhora da Glória, das 8h às 13h

São Lucas - 18 de outubro

Lucas é um dos quatro evangelistas.O seu Evangelho é reconhecido comoo do amor e da misericórdia. Foi escri-to sob o signo da fé, nos tempos emque isso podia custar a própria vida.Mas falou em nascimento e ressurrei-ção, perdão e conversão, na salvaçãode toda a humanidade. Além do ter-ceiro evangelho, escreveu os Atos dosApóstolos, onde registrou o desenvol-vimento da Igreja na comunidade pri-mitiva, relatando os acontecimentos deJerusalém, Antioquia e Damasco, dei-xando-nos o testemunho do Cristo dabondade, da doçura e da paz.

Lucas nasceu na Antioquia, Síria.Era médico e pintor, muito culto, e foiconvertido e batizado por são Paulo.No ano 43, já viajava ao lado do após-tolo, sendo considerado seu filho espi-ritual. Escreveu o seu Evangelho emgrego puro, quando são Paulo quispregar a Boa-Nova aos povos que fa-lavam aquele idioma. Os dois sabiamque mostrar-lhes o caminho na pró-pria língua facilitaria a missão apostó-lica. Assim, através de seus escritos,Lucas tornou-se o relator do nascimen-to de Jesus, o principal biógrafo daVirgem Maria e o primeiro aexpressá-la através da pintura.

Quando das prisões de são Paulo,Lucas acompanhou o mestre, tanto nocárcere como nas audiências. Presen-ça que o confortou nas masmorras edeu-lhe ânimo no enfrentamento dotribunal do imperador. Na segunda ederradeira vez, Paulo escreveu a Ti-móteo que agora todos o haviam aban-donado. Menos um. "Só Lucas estácomigo". E essa foi a última notícia cer-ta do evangelista.

A tradição cristã diz-nos que depoisdo martírio de são Paulo, o discípulo,médico e amigo Lucas continuou a pre-

Santo do Mês

Setembro-Outubro/20112 “Anunciar com mais coragem, rezar com mais confiança, crer com mais alegria, amar commais paixão” (cardeal Mauro Piacenza, citando o Conselho da Igreja Evangélica em 1945)

Em primeiro lugar eu gostaria deparabenizar a nossa comunidade pelabelíssima Festa da Padroeira desteano, em que celebramos Nossa Se-nhora da Glória. A participação daspastorais, movimentos e serviços, etambém das comunidades que fazemparte da nossa Paróquia foi fundamen-tal para o sucesso dos festejos. Tantoo momento mariano quanto os mo-mentos celebrativos da Eucaristia, in-cluindo a festa social e o encerramen-to, foram um marco da nossa Igreja.

Mais recentemente tivemos aSemana do Dízimo, que para nós foide uma riqueza muito grande, com apresença do Pe. Cristovam Iubel. Atra-vés das formações e momentoscelebrativos, ele nos mostrou a impor-tância da partilha, do ato de devolvero dízimo e de fazer uma experiênciada gratuidade de Deus na nossa vida.Isto porque muitas vezes nós retemosos bens da criação e não sabemospartilhar. Quando nós devolvemos odízimo estamos contribuindo para quea Palavra de Deus se torne mais co-

nhecida, através da evangelização. Epara que nós possamos evangelizar éimportante que tenhamos espaço fí-sico adequado para proclamar essaPalavra, que é de vida e salvação.

Aproveitamos a oportunidadepara convidar toda a comunidade aparticipar, no dia 16 de outubro, das8h às 16h, do 3º encontro da Inicia-ção Cristã. Tivemos o 1º encontro emfevereiro, que nos levou a refletir so-bre a realidade da Iniciação Cristã nanossa Igreja, principalmente na nos-sa Paróquia; em junho nós buscamosjulgar essa realidade a partir da Sa-grada Escritura e agora, em outubro,nós somos convidados a agir, ou seja,a participar e dar a nossa contribui-ção, apontando para 2012 como nósiremos trabalhar a iniciação cristã.

Você, como discípulo missionário,é convidado a celebrar, partilhar eagir. Caminhemos juntos na constru-ção do Reino de Deus!

Pe. Francisco de Assis - Pároco

gação. Ele teria seguido pela Itália,Gálias, Dalmácia e Macedônia. E umdocumento traduzido por são Jerônimotrouxe a informação que o evangelistateria vivido até os oitenta e quatro anosde idade. A sua morte pelo martírioem Patras, na Grécia, foi apenas umlegado dessa antiga tradição.

Todavia, por sua participação nosprimeiros tempos, ao lado dos apósto-los escolhidos por Jesus, somada à vidade missionário, escritor, médico e pin-tor, transformou-se num dos pilares daIgreja. Na suas obras, Lucas dirigia-sea um certo Teófilo, amigo de Deus, quetanto poderia ser um discípulo comouma comunidade, ou todo aquele queentrava em contato com a mensagemda Boa-Nova através dessa leitura.Com tal recurso literário, tornou seuEvangelho uma porta de entrada à sal-vação para todos os povos, conceden-do o compartilhamento do Reino deDeus por todas as pessoas que anteseram excluídas pela antiga lei.

(Fonte: www.paulinas.org.br)

Celebrar, partilhar, agirEDITORIAL

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Como adorar Jesus na Eucaristia?Uma visita ao Santíssimo Sacramento

virtude da religião. Adorar a Deus éreconhecê-lo como Deus, como o Cria-dor e o Salvador, o Senhor e Dono detudo o que existe, o Amor infinito e mi-sericordioso”. E prossegue: “Adorar aDeus é, no respeito e na submissão ab-soluta, reconhecer ‘o nada da criatura’,que não existe a não ser por Deus. Ado-rar a Deus é, como Maria no Magnificat,louvá-lo, exaltá-lo e humilhar-se a simesmo, confessando com gratidão queEle fez grandes coisas e que seu nome ésanto. A adoração de Deus único libertao homem de fechar-se em si mesmo, daescravidão do pecado e da idolatria domundo” (CIC 2096, 2097).

A publicação, que traz várias suges-tões de orações para a adoração aoSantíssimo, pede-nos ainda que procu-remos receber Jesus frequentementecom a alma pura, visitando-o e fazendo-lhe companhia, “pois Jesussacramentado encontra-se em muitasIgrejas sozinho e abandonado, como noHorto das Oliveiras”.

Eucaristia: fonte e centro detoda a vida cristã

O Concílio Vaticano II afirmou quea Eucaristia é “fonte e centro de toda avida cristã” (Const. dogm. sobre a IgrejaLumen gentium, 11). Com efeito, tudona Igreja caminha na direção da Euca-ristia, centro para o qual convergem to-dos os sacramentos. “Na santíssima Eu-caristia está contido todo o tesouro espi-ritual da Igreja, isto é, o próprio Cristo”.(Conc. Ecum. Vat. II, Decr. sobre o mi-nistério e a vida dos sacerdotesPresbyterorum ordinis, 5). Por isso, oolhar da Igreja volta-se continuamentepara o seu Senhor, presente no sacra-mento do Altar, onde descobre a plenamanifestação do seu imenso amor.

Pastoral da Comunicação

PERGUNTA DO MÊS

3Setembro-Outubro/2011"Uma prova de que Deus esteja conosco não é o fato de que não venhamos a cair,mas que nos levantemos depois de cada queda" (Santa Teresa de Ávila)

É dia de semana, final de tarde. Láfora, o barulho dos carros parece maislonge e o canto dos pássaros, mais per-to. De joelhos, vislumbro o sacrário ilu-minado, no centro da Capela. Não háninguém mais ali. Estamos só nós dois.Começo a falar da minha vida, das difi-culdades às alegrias. Posso sentir a pazme invadir devagarzinho, fruto dessanossa amizade que vai sendo construída.Peço graças espirituais, como a verda-deira conversão e a sabedoria, e nãocanso de agradecer por tantas gentile-zas que Ele me faz todo dia. Às vezesnossa conversa é mais curta; em outras,mais longa. Há ocasiões em que o pró-prio silêncio é uma prece, na tentativade escutá-Lo falar ao coração.

Outros irmãos vão chegando àque-le lugar sagrado. Alguns carregam pe-quenos livros com orações. O semblantede cada um revela a importância quedão àquele encontro especial. Estamostodos ali diante de Jesus vivo, presentena Eucaristia. Suavemente adentra aCapela uma ministra extraordinária daSagrada Comunhão, que tem a permis-são de recolher do Sacrário o pão quealimentará tantos irmãos idosos e doen-tes, a serem visitados por ela. Escuto pelaprimeira vez aquela prece: “Meu Deus!Eu creio, adoro, espero e vos amo; peço-vos perdão para os que não creem, nãoadoram, não esperam e não vos amam”.

É certo que podemos exercitar anossa fé de muitas formas. Mas quãomaravilhoso é para a nossa caminhadade conversão visitar Jesus Sacra-mentado! Isto além de recebê-lo comoalimento no banquete eucarístico, quan-do celebramos a memória de sua mortee ressurreição. Ele permanece na Ca-pela todos os dias e horas, disponível,acolhedor, amoroso, consolador.

O livro “Uma visita ao SantíssimoSacramento” (Canção Nova, 2009), afir-ma que “a adoração é o primeiro ato da

“Buscai o Senhor, já que ele se deixa encontrar; invocai-o, jáque está perto” (Isaías 55,6). É com as palavras do profetaIsaías que nós convidamos a comunidade a aprofundar o seu rela-cionamento com o Jesus Eucarístico, disponível a cada celebra-ção da Santa Missa e permanentemente na Capela do Santíssimo.Façamos-lhe uma visita, já que Ele se deixa encontrar!

// Capela do Santíssimo da Paróquia Nossa Senhora da Glória

Oração a Jesus Sacramentado

Meu Jesus Cristo, Filho de Deus vivo, eis-me aqui em companhia da

Santíssima Virgem, dos Anjos, dos Santos do céu e dos justos da terra, para

visitar-vos e adorar-vos nesta Hóstia Consagrada. Creio firmemente que estais

tão presente, poderoso e glorioso como estais no céu; e pelos vossos méritos

espero alcançar a glória eterna, seguindo em tudo vossas divinas inspirações; e

em agradecimento de vosso divino amor quero amar-

vos com todo o meu coração e minha alma, po-

tências e sentidos. Suplico-vos, Salvador de mi-

nha alma, pelo sangue precioso que derramas-

te em vossa circuncisão e em vossa santíssima

Paixão, que exerciteis comigo este ofício de

Salvador, dando-me, pela intercessão de vos-

sa Santíssima Mãe, os dons da oração que jun-

tamente com a perseverança, para que, quan-

do deixa esta vida, me guieis à glória eterna

que gozais no céu. Amém. (Fonte: “Uma visita

ao Santíssimo Sacramento”, Canção Nova, 2009.

.: Leia também: “Oração ao Coraçãode Jesus na Eucaristia”, na seção “Orações”do site da Paróquia da Glória(www.paroquiagloria.org.br) // Ícone fotografado no interior da

Capela do Santíssimo

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AÇÃO PASTORAL

Setembro-Outubro/20114 “Quem ama, faz sempre comunidade; não fica nunca sozinho”(Santa Teresa de Jesus)

Chiquinho e Glorinha: reforçona missa das crianças

PASTORAL EM FOCO

A missa das crianças, que ocorreaos sábados, às 16h30, conta agoracom novos animadores: Chiquinho eGlorinha. A dupla de fantoches teminteragido com os pequenos durante acelebração, ajudando a refletir sobre ostemas tratados na homilia. A ideia foi“importada” de Goiânia, inspirada numainiciativa de sucesso acompanhada porPe. Francisco no passado. A Catequeseabraçou com entusiasmo a ideia lançadapelo nosso páro-co e já cativou acriançada.

Também ospais gostaram danovidade. Confirao depoimento deGeovana, mãe detrês crianças danossa comunida-de: “A ideia foi lin-da. O Chiquinho ea Glorinha vierampara enriquecer acelebração, paratrabalhar amemor ização.

Para cuidar da nossainfância

Há três anos funciona a Pastoralda Criança na Paróquia Nossa Senho-ra da Glória. E neste mês dedicado àscrianças, O Mensageiro reproduz obate-papo descontraído com a simpáti-ca coordenadora desta importante pas-toral, Maria do Carmo Ramos, a donaCarminha. Acompanhe.

O Mensageiro da Glória: Como fun-ciona a Pastoral da Criança?Dona Carminha: A Pastoral da Criançafoi criada no Brasil pela dona Zilda Arns.Em Fortaleza existe há 25 anos e aquina Paróquia há quase três. Somos seislíderes para tomar conta do trabalhoque é realizado aqui perto, na VilaCazumba. Lá há muita pobreza e mui-tas necessidades. Nossa pastoral vive ba-sicamente de doações. Arrecadamos muito do que precisamos com nossa comu-nidade, que nos ajuda muito. Há também o Grupo de Oração Javé. Eles sãomuito importantes para a nossa manutenção. Há os convênios, como o quefirmamos com a Coelce, onde as pessoas podem fazer sua doação acrescentan-do algum valor na conta de energia. Tudo o que arrecadamos é destinado àsfamílias carentes.

Quem são essas famílias? Em que condições são encontradas as cri-anças?São pessoas extremamente humildes vivendo em condições de saneamento emoradia precários. As crianças são acompanhadas desde o pré-natal até os seisanos. Doamos cestas básicas e roupas para elas. Ensinamos as mães a cuidaremda higiene, da alimentação. Pesamos mensalmente as criancinhas para fazer oacompanhamento da saúde, ensinamos a produção do soro caseiro contra diar-réia e inclusive levamos, quando precisam, a hospitais e postos de saúde. Elestêm um carinho imenso por todos nós. Quando vamos lá eles fazem aquela festa:“Lá vem as tias, lá vem as tias!”. Todo final de mês temos a Celebração da Vida,que é quando reunimos todas as mães com as crianças para a distribuição desopa. Depois que nós chegamos na Vila, graças a Deus, não houve mais mortesentre os bebês. Sempre estamos atentos.

O que a senhora aprende fazendo parte da Pastoral da Criança?A gente fica muito entusiasmada com esse trabalho. Eu aprendo muito comtodos eles. Por isso eu vou atrás das coisas, peço a um e a outro, pois não é pramim que estou pedindo é para eles. Eu acredito que tenho uma facilidade muitogrande de me relacionar com essas crianças. Não sei bem o que é, mas eu mesinto muito bem com elas, dando e recebendo carinho. E o nosso trabalho nãopara. Vou até revelar em primeira mão pra vocês do jornal que já estamosrecebendo aqui na Paróquia famílias do Parque Manibura e Alagadiço Novo,que são comunidades que muito provavelmente passarão a ser atendidas pelaPastoral da Criança daqui. Então, vamos precisar de mais ajuda de todos.

No dia 22 de agosto a Paróquia da Glória iniciará mais umaOficina de Oração e Vida. Conheça um pouco mais sobre a rique-za deste serviço ofertado para nossa comunidade.

Durante toda a semana as crianças co-mentaram muito. Elas ficaram muito eu-fóricas, contando os dias para chegar osábado. E é muito importante ver a cri-ança começando a criar esse elo, essevínculo com a Igreja. A gente vê os valo-res sendo semeados. E a Glorinha e oChiquinho vieram para contribuir comesse amor, esse elo, esse vínculo. Para-béns a Igreja da Glória”. (Pascom)

// Chiquinho e Glorinha também alegraram o aniversário do Pe. Chico

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5Setembro-Outubro/2011“Senhor, reforma teu mundo, começando por mim” (de uma oração chinesa)“A humildade é o primeiro degrau para a sabedoria” (Santo Tomás de Aquino)

I Copa da JuventudeA I Copa da Juventude da Paróquia da Glória acontece nos dias 2 e 9

de outubro, no Colégio Dáulia Bringel. Para a competição, inscreveram-se

oito equipes de futebol de

salão masculino e seis

equipes de voleibol femi-

nino. A iniciativa é da Pri-

oridade Juventude (PJ) e

do Encontro de Jovens

com Cristo (EJC), com o

apoio do Colégio Dáulia

Bringel. Participam jo-

vens dos mais diversos

movimentos de nossa Paróquia, a exemplo dos grupos Missão e Bene,

Crisma, ECC, PJ e EJC. Para quem vai ficar na torcida, o ingresso custa 1

kg de alimento não perecível. Haverá, ainda, barracas com comidas típi-

cas para os visitantes. // Mais informações com Marcos Felipe: 8894.4989.

Reta final da formaçãopara a Crisma

A formação da Crisma de 2010/2011 já

se encontra na reta final. São 263 crismandos

distribuídos em 14 turmas. “A Crisma é o sacra-

mento da maturidade e esses jovens e adultos,

após um ano e três meses de formação, che-

gam ao ápice”, ressalta a coordenadora da Pas-

toral da Crisma, Penha Almeida. Nos dias 29 de outubro e 05 de novembro,

eles receberão a unção das mãos do vigário geral, Pe. João Jorge Corrêa

Filho, e do Vigário Episcopal, Pe. Daniel Morais de Souza. As celebrações

acontecerão, nos dois sábados, às 9 horas da manhã. “Convidamos a comuni-

dade para participar deste momento tão importante para nossos jovens e adul-

tos, para nossa Pastoral e para nossa Igreja”, finaliza Penha.

XXXI ECC da GlóriaO XXXI Encontro de Casais com Cristo (ECC) da Paróquia da Glória acon-

teceu nos dias 23, 24 e 25 de setembro de 2011, com o tema “Família, umprojeto de Deus”. Foi o primeiro ECC realizado em nossa Paróquia, possívelgraças ao apoio da comunidade às obras do Centro Pastoral. No total, 46casais participaram do Encontro; o mais jovem tinha apenas três meses decasado e o mais antigo havia completado 28 anos de união.

CURTAS

Encontrão dos comunicadoresOcorreu no dia 20 de agosto, na Paróquia da Glória, o Encontrão de

Comunicadores da Região Episcopal Nossa Senhora da Conceição. Foi umatarde agradável, onde a nossa Pastoral da Comunicação repassou a sua expe-riência para as demais paróquias participantes. Tivemos ainda um momentode partilha, onde todas as paróquias presentes mostraram seus projetos e asrealizações já implantadas, dentre as quais a Central de Ideias da Paróquia daSantíssima Trindade e a Rádio Web 24 horas da Paróquia São João Eudes. Nasegunda parte do encontro, a Pascom ministrou as oficinas “Evangelizandoatravés das novas mídias digitais” e “Produzindo boas noticias”, finalizandocom o sorteio de livros. Os comunicadores da nossa Região deverão se reunirnovamente neste mês de outubro.

Grupo Palavra SantaNovidade no Parque Del Sol: há três meses a juventude daquela comuni-

dade conta com o grupo Palavra Santa. As reuniões acontecem todos os do-mingos, às 16h, na 1ª rua à esquerda. O objetivo é integrar os jovens à Igreja,com louvores, orações, dinâmicas e formações. O grupo já conta com 15integrantes e é aberto a pessoas de outras comunidades. Para participar, bas-ta chegar. Importante levar a Bíblia! Mais informações com Hivna Magalhães(8750.1777 e [email protected]). // Saiba mais: A missa dominical na

comunidade do Parque Del Sol acontece às 19h.

Dia do Idoso lúdicoNo tarde do dia 29 de setembro, o grupo de teatro Glori’Art apresentou

a esquete “E se eu não morresse amanhã?” para os idosos assistidos pelaPromoção Humana, por ocasião da entrega das cestas básicas e comemora-ção do Dia do Idoso. A esquete foi apresentada pela 1ª vez no Café com Arte,evento que abriu os festejos da Festa da Padroeira, em agosto.

Padrinho forteA Paróquia da Glória apadrinhou o II Encontro de Jovens com Cristo

(EJC) da Paróquia São Diogo, ocorrido nos dias 26, 27 e 28 de agosto. Opároco, Pe. Alberto Trombini, agradeceu o empenho e disponibilidade daequipe. O EJC tem por objetivo a evangelização de jovens com idade variá-vel de 15 a 30 anos, assim como a existência de um círculo de convivênciano âmbito paroquial.

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REPORTAGEM

O sol que renasce no coraçãodos pequeninos

tal Albert Sabin. Aqui na Casa nós te-mos o trabalho com atendimento depsicomotricidade, psicológico eeducativo. Ao todo são 32 pessoas seesforçando ao máximo e se revezandopara que as crianças tenham uma vida omais normal possível”.

O ambiente tem um jeitinho de casade campo, bem ventilada e limpa. Lyaranos leva para conhecer o espaço.Deparamo-nos com a tranquila cena dascrianças dormindo, vencidas pelo calordaquela tarde, depois de uma manhã deestudos. Sim, elas têm um dia normalcomo quaisquer outras crianças. Todassão matriculadas em escolinhas próximasdali. Chegam por volta do meio-dia, bemna hora do almoço. Tomam banho, sãoalimentadas e depois, a preciosa siesta.As caminhas, próximas umas das outras,fazem parte da decoração feminina,como é de se esperar em qualquer quar-to onde quem reina são elas. No quartodos meninos é tudo bem arrumado, di-ferentemente do que geralmente encon-tramos nos ambientes dominados poreles.

Lyara, que é casada e mãe, afirmaque é muito gratificante conviver com ascrianças, apesar de carregar para suavida pessoal todas as necessidades doabrigo: “Quando eu vou pra casa, à noi-te, não dá pra fechar a porta e dizer‘pronto, deixei os problemas’. Sei que

estou me doando para que elas tenhamuma vida melhor, conseguindo passeiosnum final de semana diferente, um lan-che melhor e tantas outras coisas mais”.Somos interrompidos por alguns baru-lhos. São elas, as crianças, que já des-pertaram do sono e se preparam parauma sessão de cinema sobre “O Gatode Botas”. Quem as acompanha é umadas monitoras. É o início das atividadesque preenchem o período da tarde. Sãoalgumas brincadeiras no parquinho dolado de fora da casa, os desenhos noaparelho de DVD e tudo mais que acriatividade fértil delas mandar.

“Eles sabem que são diferentes, masnão têm ainda a noção do quão diferen-tes são”, lembra a coordenadora. Po-rém, uma história fez todos ali questio-narem o grau de consciência que crian-ças têm em relação a uma doença aindasem cura. “Há algum tempo atrás noschegou uma menina de quatro anos quehavia perdido a mãe, uma dependentequímica e soro-positivo. Então, para dar-mos a notícia de forma mais lúdica fo-mos contando que a mãe dela havia par-tido para o céu e lá se tornado umaestrelinha. Quando a menina interrom-pe e diz com todas as letras: ‘Estrelinha?Não senhora, minha mãe morreu foi deAIDS!’ Isso espantou a todos diante davisão dela perante a morte da mãe”.

O tempo de permanência em insti-tuições como esta não são longos, porvolta de três anos, como explica Lyara.Há casos, no entanto, em que eles aca-bam ficando por um período maior. Omais velho da turminha tem dez anos. Eesse é um ponto de angústia na Casa.Afinal de contas, quando vão crescendo,

Setembro-Outubro/20118 “Para mim a oração é um impulso do coração, um simples olhar para o Céu, um gritode gratidão e amor no meio da provação como no meio da alegria.” (Sta Teresinha)

tornando-se adolescentes, devem seguirpara outros abrigos. Afinal, é quandochega o período do namoro – umcomplicador a mais na relação de quemtem limitações causadas pelo vírus. Nacabeça de um menino ou menina, a do-ença pode ganhar contornos bem diver-sos, sendo usada inclusive como uma for-ma de arma para se defender do mun-do opressor.

“Um dos casos que mais nos tocouaqui foi da Mariana. Era uma garotamuito pobre, do interior, e que haviasofrido com o desprezo das outras pes-soas por conta da doença. Ela chegouaqui muito rebelde, sem o mínimo denoção quanto a higiene pessoal, porexemplo. Certa vez, numa discussão comum coleguinha, ela ameaçou: ‘Venha,venha pra cima de mim! Eu tenho AIDS,viu!’ É como se ela usasse a doença parase proteger”, analisa a coordenadora.

Apenas crianças e ponto final

Na sala, mesmo com o “Gato deBotas” aprontando na tela de TV, bas-tou a equipe d’O Mensageiro chegarpara que elas viessem para o abraço,enchendo o ambiente de perguntas –uma demonstração clara de carênciaafetiva. Curiosas como elas só, nada,absolutamente nada indica que algumasdaquelas meninas e meninos carregamem seu sangue o vírus da AIDS. Por umlado isso é bom, já que evita o precon-ceito do olhar e do toque de alguns.

Elas apontam cada uma das perso-nagens do vídeo, explicando quem erao bonzinho e o malvado. Do lado de fora,num amplo alpendre, outras se divertem

As histórias de meninos e meninas que vencemsorrindo, todos os dias, o HIV

Para quem passa pela AvenidaAlberto Craveiro, no bairro Castelão, emFortaleza, é impossível não notar a imen-sa área verde do CEU, o CondomínioEspiritual Uirapuru. Os 112 hectaresabrigam 18 entidades sócio-espirituaisgerenciadas por religiosos católicos etambém leigos. É sobre uma destas enti-dades que vamos falar. Com um olharmais atento, logo nos primeiros metrosde caminhada após o grande portão quedá acesso ao Condomínio, a equipe d’OMensageiro da Glória se depara com abonita Casa de Apoio Sol Nascente. Onome de batismo, que faz alusão ao re-começo diário da vida com os primeirosraios da manhã, faz jus ao trabalho queé feito, como poderá ser visto nas próxi-mas linhas.

A missão aqui é acolher e abrigarcrianças soro-positivo ou filhas de paisque têm AIDS, mas que não foram con-taminadas. A grande maioria das histó-rias se assemelha: mães dependentesquímicas se contaminam e, sem trata-mento algum durante o pré-natal, aca-bam passando a doença para seus be-bês. Há os casos daquelas mulheres que,sabendo da presença do vírus em seuscorpos, buscam o tratamento eficaz du-rante a gestão para que seus filhos nas-çam saudáveis. Em ambos os casos ofator pobreza está presente. Isso faz comque, ao nascer, a criança só tenha, alémda mãe, uma avó igualmente pobre semque ambas tenham o mínimo de condi-ções de cuidar de alguém. É assim –entregues pela justiça ou pela própriafamília – que eles chegam a Casa. Quemnos conta mais sobre os 12 pequeninosmoradores (cinco meninos e sete meni-nas, dentre eles cinco soro-positivos) é acoordenadora administrativa LyaraHolanda.

“Nossa casa vive basicamente dedoações voluntárias e de alguns convê-nios com instituições. O atendimento dascrianças, principalmente no caso daque-las que têm HIV, é feito pelo HospitalSão José, assim como a medicação es-pecial, o chamado coquetel (conjunto deremédios administrado aos pacientes quetêm AIDS). As outras crianças são aten-didas em postos de saúde ou no Hospi-

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9Setembro-Outubro/2011"Quando estou dividido em mim mesmo é porque não estou unido aDeus" (São Bernardo de Claraval)

com bonecas, jogos e bola. Com a ener-gia peculiar das crianças, em segundosos brinquedos são deixados de lado. Aatenção agora é para o playground.Balanços, escorregadores, corre-corre.É um fim de tarde iluminado e com océu azul ideal para brincadeiras. “Vamosjogar bola?”, pergunta um dos peque-nos, com olhar meio desconfiado. “Ondevocê trabalha?”, ataca outra. Depois dequebrar o gelo com a meninada, a con-versa flui numa algazarra inevitável. Nocolo da Cris, uma das monitoras, amenorzinha de apenas dois meses.Cristiane da Costa faz um estágio na Casae diz estar ali porque se identifica comas crianças: “Eu sei que é um trabalhoque exige muita paciência e dedicação,mas a condição dessas crianças me mo-tiva muito”, explica a dedicada monitora.“Ei tia, ela disse que ia me mostrar lín-gua!”, interrompe uma das mais falan-tes do grupo.

O que você mais gosta de fazeraqui? “Eu gosto de pintar!” ,respondebem explicado. “Ei tio, tu era criança,

mas não é mais...”, filosofa uma delas.“Eu gosto de ser criança...”, ataca outralevantando a mão. Por quê? “Porque eugosto de comer, tomar banho, estudar...”

E de brincar, não gosta? “Gosto sim.Gosto de brincar, de correr, de pular...”E criança tem medo de alguma coisa? “Eunem tenho medo do babau passar...”,balançando a cabecinha negativamente.“Eu tenho medo, mas é só de trovão...”,sorri meio encabulada. “Ei tio...”

Não importam os nomes que elastenham. O que importa mesmo é sentirque naquela Casa ninguém tem medo,como disse uma das crianças. Apesar dachegada da noite ser certa, na alma decada uma delas também é certo que oSol da esperança renasce todos os diasatravés dos inúmeros sorrisos.

Doença? Que doença?

// Casa de Apoio Sol Nascente(85) [email protected]

Jornada Mundial daJuventude, umavivência de cultura e fé

TESTEMUNHO

Anterior à Jornada Mundial daJuventude (JMJ), jovens peregrinosvindos de diversos países tiveram aalegria de fazer a pré-jornada em pe-quenos povoados da Espanha, comoos que compõe a região de CiudadReal, e assim conhecer um pouco doseu ritmo de vida e principalmenteda religiosidade local. Não há comonão emocionar-se com a acolhida dosjovens dessas cidades, em que os pe-regrinos do Norte-Nordeste tiverama oportunidade de conhecer. Fruto dotrabalho de mais de um ano de reu-niões e promoção de eventos paracustear a estadia e materiais neces-sários aos peregrinos, os jovens vo-luntários da Região de Ciudad Real,conseguiram envolver aqueles vin-dos do Brasil e de outros países nomelhor da cultura e religiosidade desuas cidades.

A Pré-Jornada e JMJ se conver-teram não só em uma experiênciadistinta com Deus, com a mística e afé espanhola, mas a criação de la-ços fortes de amizade e a recargade nossas forças para a vida pasto-ral, pois nos encontramos com a facede Cristo refletida nos rostos de tan-tos jovens que junto a nós louvavame bendiziam ao Senhor com toda aalegria juvenil.

Na Pré-Jornada, os jovens pe-regrinos tiveram a oportunidade deconhecer igrejas históricas, santuá-rios, castelos, danças, músicas e co-midas típicas dos povoados (Bolaños,Almagro, Malagon, Miguel Turra,Torralba, entre outros), perceben-do a religiosidade através de cele-brações diár ias, adoração aoSantíssimo Sacramento, caminhadacom a cruz e vigília.

A socialização com os jovens es-panhóis e de outros países aconte-ceu de diversas maneiras, como emgincana e jogos de água, refeiçõespartilhadas, passeios, festividades ena própria acolhida familiar, pois osjovens peregrinos estiveram hospe-dados em casas de famílias. O mo-mento de interação mais emocionantefoi a celebração da Santa Missa noCampo de Criptana, com a presen-ça das famílias, jovens voluntários eperegrinos de diversos países queestavam na região de Ciudad Real,culminando com uma grande festa.

Durante a jornada em Madrid,

a presença do Papa Bento XVI mo-vimentou milhões de jovens e tam-bém famílias espanholas em momen-tos como a sua chegada, a via crucis,a vigília e a celebração de encerra-mento em Quatro Ventos, momentoem que o Santo Padre anunciou ofi-cialmente que a próxima jornadaserá na cidade do Rio de Janeiro,no Brasil.

Em nossos corações ficaramimagens inesquecíveis como as ban-deiras de diversos países sendo ba-lançadas pelas ruas, metrôs e even-tos, a alegria da juventude entoan-do hinos em diferentes línguas etambém o forte sentimento de gra-tidão, pois como nos foi dito noCampo de Criptana, “la gratitudes la memoria del corazón” (a gra-tidão é a memória do coração) enós ficamos muito agradecidos peloacolhimento e por todos que fize-ram acontecer a JMJ-Madrid.

Marina Vieira de Oliveira integra acoordenção da Prioridade Juventude

da Paróquia Nossa Senhora daGlória e é Secretária do Setor

Juventude de Fortaleza

Quer dar o seu testemunho?Escreva-o e entregue na secretariada Paróquia, para a Pastoral da

Comunicação, ou envie [email protected]

//Compenetradas,

as crianças assistemao desenho “OGato de Botas”

// Marina Vieira na JMJ, em Madri

Espiritualidade da acolhidaA Pastoral da Acolhida realizou, no

dia 26 de setembro, mais uma forma-ção para seus membros e para os agen-tes das pastorais “co-irmãs”.

O formador, Pe. Sostenes TavaresLuna, baseou sua exposição no tema“Paradigmas da Espiritualidade do aco-lhimento cristão”, trazendo definições ci-entíficas e autores que falam sobre otema. Ele alertou sobre o individualismodo fiel dentro da Igreja, preocupadoapenas com a sua relação pessoal comDeus, esquecendo-se do irmão ao seulado. “É necessário romper com esseindividualismo”, conclamou a todos osagentes pastorais presentes.

Segundo Pe. Sóstenes, quando se dispõem ao serviço da Acolhida, o fielprioriza o amor em seus gestos, pois está agindo em nome de Cristo. “Por isso,deve transcender-se da sua problemática, pois ali não mais está mais apenasum cristão; ele representa e acolhe a casa do Senhor, é responsável pelaintrodução da comunidade ao Templo”, destacou. (Pascom)

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ENTREVISTA

Setembro-Outubro/201110 “Dois homens olharam através das grades da prisão; umviu a lama, o outro as estrelas” (Santo Agostinho)

tudo o que diz respeito à vida deles, comoplano de saúde etc.

Há muitos testemunhos bonitos so-bre o dízimo; pessoas que fizeramessa experiência de fé e colheramfrutos. O que a gente poderia des-tacar quanto a esses frutos?De modo todo especial, sentir o gostoque tem a vida. Uma pessoa não vai fi-car milionária porque é dizimista, masela vai sentir a vida de uma forma única.O desprendimento faz isso. Mesmo setirássemos a fé do dízimo e ficasse ape-nas o aspecto da partilha humana, elajá traria muitos benefícios. Acrescentan-do a fé, traz ainda mais graças. O dízimome ajuda na medida em que eu sintoque estou fazendo algo de bom porqueestou partilhando. Isso é recompensador.Pela fé, eu entendo que ao partilhar osbens que tenho eu estou ajudando aevangelizar. Então com o dízimo eu par-ticipo, por exemplo, das missões, quan-do eu possibilito que aquele missionárioque está na África e que eu nunca vievangelize aquele povo. Isto porque umaparte do dízimo vai para a dimensãomissionária. Então o fato de saber queestou participando por meio dos meusbens, do meu trabalho, traz uma alegriainterior muito grande. Mas para compre-ender isso é necessário a fé. Então odízimo tem uma série de recompensas:a alegria da partilha, a abertura de co-ração, o desprendimento dos bens ma-teriais... Isso não quer dizer que eu devopassar necessidade. Pelo contrário; eudevo viver uma vida boa, de qualidade.Mas isso não quer dizer que eu não pos-sa partilhar. A partilha dá umaespiritualidade aos bens que eu tenho.Eu digo a mim mesmo: “Eu tenho osbens, mas não são só meus. Eu reconhe-ço que são de Deus também e que par-tilho com os outros por meio do dízimo”.

.: Confira a entrevista completa:http://bit.ly/oZ6ISy

“A partilha espiritualiza os bens”

O Mensageiro: Como foi a sua ex-periência com o dízimo?Pe. Cristovam: Essa experiência tem 30anos na minha vida. A minha Dioceseprecisou conhecer o dízimo paraimplantá-lo e o Bispo me escolheu paraisto. Eu comecei a me interessar peloassunto e me encantei. Não só aprendi,como também me tornei dizimista. En-tão hoje eu trago muito mais uma expe-riência de vida minha do que aquilo queeu li ou escrevi. O dízimo, para mim, éuma convicção de vida. A minha experi-ência com o dízimo é muito bonita por-que eu, de início, resisti. Eu pensava:“Mas eu posso dar uma oferta... Nãoprecisa ser pelo dízimo”. Mas apesar dasdificuldades, eu fiz a experiência e, como tempo, fui entendo. Hoje eu faço ques-tão de partilhar aquilo que eu aprendicom a vida. Eu já sou padre há 27 anose penso que, até onde eu puder, eu voudar esse testemunho e falar desse assuntopara as pessoas. É claro que junto como dízimo surgem outros assuntos. Mas eufaço questão de trabalhar com o dízimoporque poucas pessoas fazem isso ecomo para mim foi uma experiênciamarcante, eu faço questão de partilhar.

Por que algumas pessoas ainda re-sistem ao dízimo?Em grande parte porque as pessoas nãosabem o que é feito com o dinheiro dodízimo. Muitas perguntam: “O que se fazo que com esse dinheiro?” Elas não con-seguem perceber, mesmo indo à Igrejatodo domingo, o quanto é investido namanutenção do templo e na ação pasto-ral, por exemplo. Então quando umaprestação de contas é feita e as pessoascompreendem, vêem que tem sentidoparticipar. Isso significa que nós ainda nãoprestamos contas de forma suficiente-mente clara na Igreja do Brasil. Entãoessa é uma das resistências. E a segun-da, eu acredito, é que por muito tempoo dinheiro na Igreja era entregue na mãodo padre. Era o padre que recebia o di-nheiro. Então quem não está participan-do do dia a dia da comunidade acha quea aquele dinheiro vai para o padre. Nãoentendem o dízimo como uma forma deevangelizar, mas como uma forma ape-nas de sustentar o padre na paróquia.Só que não é isso. Na verdade, o padrerecebe uma quantia fixa; não dependedo menor ou maior volume do dízimo.Hoje os padres recebem em média, noBrasil, entre três e quatro salários míni-mos, e com este valor devem cuidar de

A nossa comunidade vivenciou, de 2 a6 de setembro, a Semana do Dízimo.Um momento muito forte e propício,já que era o mês da Bíblia e o dízimo ébíblico. Confira a entrevista que a equi-pe d’O Mensageiro fez com o Pe.Cistovam Iubel, por ocasião da Sema-na do Dízimo:

Dízimo, Causa e Efeitode Conversão

A última formação da Semana do Dízimo acon-teceu no dia 6 de setembro, com grande participa-ção dos membros do Terço dos Homens. Na oportu-nidade, o missionário Aristides Madureira (foto) ini-ciou a reflexão da noite com o questionamento: Oque é conversão senão mudança de rumo? “Há ummomento na nossa vida em que tomamos uma deci-são; ouvimos o Senhor, nossos corações se sentiramatraídos e nós começamos a caminhar para ele. Aconversão no cristianismo é o caminho que nos leva para Deus na mesma medi-da em que nos impulsiona para o próximo”, afirmou. Ele citou exemplos de féatravés dos tempos: Abraão, Moisés e São Paulo. “O que há em comum nestestrês personagens bíblicos? Além de abraçarem a missão, todos voltaram suaspreocupações para com o próximo. Na medida em que caminharam para Deus,eles se voltaram também para seus semelhantes. Abrãao se tornou o grande paide todo o povo; Moisés conduziu o povo à libertação; São Paulo foi o responsá-vel por decodificar os mistérios da ressurreição. Mas há algo mais. Abraão foi oprimeiro dizimista, pela fé. Moisés, para conduzir seu povo, regulamentou odízimo. São Paulo, a partir da figura do Cristo, nos traz uma nova perspectiva arespeito do dízimo: não mais o julgo da lei, mas a graça. Por isso o dízimo écausa e efeito de conversão. Muito mais do que enfiar a mão no bolso e dardinheiro à igreja, nós ingressamos numa jornada que nos impulsiona para opróximo na medida em que nos encontramos com Deus. A grande verdade é:para que é que somos chamados à conversão? Para que nos tornemos discípulose missionários de Jesus”. (Pascom)

Mais uma velinha no bolo A comunidade da Paróquia Nossa Se-

nhora da Glória comemorou, no dia 28 desetembro, o aniversário natalício de nossopároco, Pe. Francisco de Assis Filho. A açãode graças começou com a missa comunitá-ria na Matriz, às 18h30min, com a partici-pação de familiares do padre, que vieramde longe para um abraço merecido. Emsua homilia, Pe. Francisco nos aconselhoua seguir verdadeiramente Jesus, colocan-do-o em primeiro lugar em nossas vidas.

Após a missa, o Pároco recebeu cum-primentos dos fiéis ali presentes e seguiupara a confraternização, onde foram fei-tas homenagens celebrando seu aniversá-rio. Estas iniciaram com as músicas “Emo-ções” e “Como é grande o meu amor porvocê”, de Roberto Carlos. Logo depois, osfantoches Chiquinho e Glorinha fizeram ohomenageado e todos os presentes daremboas gargalhadas com suas brincadeiras. Em seguida, o padre recebeu umabraço fraterno dos representantes das comunidades Parque Del Sol, LagoJacarey e Alagadiço Novo, coordenadores das pastorais, movimentos eserviços, dos funcionários da Paróquia e do Pe. Josieldo. Dando sequência,todos cantaram os parabéns com o bolo que representava a árvore daamizade e, novamente, toda a comunidade fez seus votos de felicidade aotão querido Pe. Francisco.

Natural de Jaguaruana (CE), Pe. Francisco completou 57 anos de vida.Para conhecer mais profundamente a caminhada do Padre, acesse a en-trevista que ele concedeu no último mês de março à equipe da Pascom:http://bit.ly/oiS82T (Pascom)

PE. FRANCISCO

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“Mas era preciso festejar ealegrar-se porque este teuirmão estava morto e tor-nou a viver...” (Lc 15,32)

Esta frase se encontra no final dachamada parábola do filho pródigo –que certamente você conhece – e quernos revelar a grandeza da misericórdiade Deus. Ela conclui todo um capítulodo Evangelho de Lucas, no qual Jesusnarra outras duas parábolas para ilus-trar o mesmo assunto.

Lembra-se do episódio da ovelhadesgarrada, cujo pastor deixa as outrasnoventa e nove no deserto paraprocurá-la? (Cf Lc 15, 4-7)

Lembra-se também da história dadracma perdida e da alegria da mulherque, após encontrá-la, chama as ami-gas e as vizinhas para se alegrarem comela? (Cf Lc 15, 8-10)

“Mas era preciso festejar e ale-grar-se porque este teu irmão es-tava morto e tornou a viver; estavaperdido e foi reencontrado”.

Essas palavras são um convite queDeus dirige a você, e a todos os cris-tãos, de rejubilar-se com ele, de feste-jar e participar da sua alegria pela voltado homem pecador que antes estavaperdido e depois foi encontrado (...).

Com essas palavras Jesus denunciaum perigo em que também você podeincorrer: viver apenas para ser uma“pessoa de bem”, baseando sua vida nabusca da perfeição e criticando os ir-mãos “menos perfeitos”. Na verdade,se você estiver “apegado” à perfeição,construirá o seu ego sem Deus, ficarácheio de si, cheio de admiração pelaprópria pessoa. Será como o filho quepermaneceu em casa, e que enumera aopai os seus méritos: “Há tantos anosque eu te sirvo e jamais transgredi um sódos teus mandamentos” (Lc 15,29).

“Mas era preciso festejar e ale-grar-se porque este teu irmão es-tava morto e tornou a viver; estavaperdido e foi reencontrado”.

Com essas palavras, Jesus se con-trapõe à atitude segundo a qual a rela-ção com Deus estaria fundamentadaapenas na observância dos mandamen-tos. Essa observância, porém, não ésuficiente. Também a tradição judaicaestá bem consciente disso.

Nessa parábola Jesus põe em evi-dência o Amor divino, mostrando comoDeus, que é Amor, dá o primeiro passoem direção ao homem, sem levar emconsideração se ele merece ou não;Deus quer que o homem se abra a elepara poder estabelecer uma autênticacomunhão de vida. Naturalmente,como você pode entender, o maiorobstáculo diante de Deus-Amor é jus-tamente a vida daqueles que acumulamações, obras, enquanto Deus quer sim-plesmente o coração deles.

“Mas era preciso festejar e ale-grar-se porque este teu irmão es-tava morto e tornou a viver; estavaperdido e foi reencontrado”.

Com essas palavras, Jesus convidavocê a ter, diante do homem pecador,o mesmo amor sem limites que o Paitem para com ele. Jesus o convida anão julgar, segundo a sua própria medi-da, o amor que o Pai tem para comqualquer pessoa. Convidando o filhomais velho a compartilhar a sua alegriapelo filho encontrado, o Pai pede tam-bém a você uma mudança de mentali-dade. Na prática, você deve acolhercomo irmãos também aqueles homense mulheres pelos quais nutriria apenassentimentos de desprezo e de superio-ridade. Isto provocará em você umaverdadeira conversão, porque o purifi-ca da sua convicção de ser “mais per-feito”, evita que você caia na intole-rância religiosa e o faz acolher, comopuro dom do amor de Deus, a salvaçãoque Jesus lhe proporcionou.

Chiara Lubich (esta Palavra de Vida foipublicada originalmente em março de 2001)

Palavra de Vida

11Setembro-Outubro/2011“Nós vos adoramos Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos, porque pela vos-sa Santa Cruz remistes o mundo” (São Francisco de Assis)

A missão de cadacriatura de Deus

ARTIGO

que deverá ter sempre como referenciala vida do irmão que está com sede,fome, nu, peregrino ou preso.

Portanto torna-se fácil entendermosqual o caminho a seguir no nosso trabalhomissionário. É só sairmos da nossa acomo-dação e volvermos o olhar para a vida dooutro que está ao nosso redor, esperandoque estendamos a mão solidária.

Convenhamos que somos muitoscentrados em nossos objetivos pesso-ais e materiais para nos preocuparmoscom os problemas e dificuldades en-frentadas pelo nosso vizinho, parente,subordinado e muito menos aquele des-conhecido que não tem nada a nos ofe-recer em troca.

Mas é exatamente essa postura deindiferença que o Cristo nos quer alertar,para mostrar que o seguimento para Eletem com via de acesso o próximo.

É através do próximo que reali-zamos a nossa caminhada missionáriaque ao longo de cada contato huma-no de forma fraternal iremos exercero nosso discipulado.

Portanto não esperemos somentepela ação dos religiosos, pois cada umde nós deve participar como agente mis-sionário da Igreja.

O mês de outubro é consideradopela Igreja como o mês missionário.

Portanto nós cristãos somos convo-cados a assumir o nosso papel de discí-pulo missionário responsável pela disse-minação do evangelho no meio do povo.

Evangelizar é vivenciar a palavra doCristo. Então cabe a cada um de nósrefletir sobre a nossa condição de bati-zado que veio ao mundo como criaturade Deus para cumprir uma missão devida em prol do Reino.

Nossa existência não teria sentidoalgum se viéssemos a esse mundo semum propósito determinado pelo Pai paraser desempenhado durante a nossa per-manência nesse plano terrestre.

Encontramos uma contundente ex-plicação para o exercício da nossa mis-são num evangelho narrado peloevangelista Mateus onde Jesus nos falado juízo final, cujo Rei irá nos avaliar porcada gesto e atitude praticados com re-lação ao nosso próximo.

E Ele irá nos dizer: “Todas as vezesque vocês fizeram uma só das pequeninascoisas a um só dos meus pequeninos foia MIM que vocês o fizeram”.

Jesus é muito claro na sua defini-ção de missão para cada um de nós,

Agende-se!3º encontro de formação sobre a Iniciação

Cristã, dia 16 de outubro, das 8h às 16h, no CentroPastoral.Toda a comunidade é convidada a participar.Será momento de dar a nossa contribuição para a ca-minhada da Igreja, apontando como iremos trabalhara Iniciação Cristã para 2012.

Também não busquemos iniciar onosso trabalho a partir de grandes atos,pois estes serão frutos de pequenos ges-tos de compaixão plantados nos cora-ções dos irmãos.

Lembremos sempre de nossapatrona missionária, Santa Terezinha doMenino Jesus, que através de pequenasatitudes alcançou grandes milagres aquina terra.

Conscientes da nossa responsabili-dade cristã, procuremos nos engajar emalgum trabalho missionário promovidopela Igreja para que possamos servir aonosso Cristo através da comunidade ca-rente de alimento espiritual e materialem todas as esferas.

Pastoral da Comunicação

Assembleia Pastoral 2011, dia 20 de novem-bro, das 8 às 13h, no Centro Pastoral, com o tema“Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda

criatura” (Mc 16,15). O objetivo é ava-liar o desenvolvimento da ação pas-

toral neste ano e definir as priorida-des da Paróquia para 2012,à luz das Diretrizes Gerais daAção Evangelizadora daIgreja no Brasil e dos desafi-os propostos pela Arqui-diocese de Fortaleza.

Mês da BíbliaNo encerramento do mês da Bíblia, Pe. Josieldo

Nascimento, nosso vigário paroquial, lançou impor-tantes reflexões à comunidade: “Será que eu tenho ohábito de ler a Palavra, de rezar com a Bíblia? Opapa Bento XVI, na sua última exortação apostólica,Verbum Domini, sobre a Palavra de Deus, convida oscatólicos a tomarem a Bíblia e a rezarem com ela. Éaquilo que os padres chamam de Lectio Divina, ouLeitura Orante. Se você quer ser um católico autênti-co, de uma fé madura e sólida, de uma espiritualidadeconsistente – diz o papa – épreciso mergulhar na Palavra.Seria muito bom se todos nóspudéssemos criar esse hábitoespiritual, de rezar todo diacom o Evangelho, fazer a lei-tura orante da Palavra. Reser-var 10 ou 30 minutos para lere confrontar a minha vida comesta Palava, com este Evange-lho. Se nós não estudarmos aBíblia, como vamos conhecê-la?”, disse ele. (Pascom)

Page 12: vulgação e evangelização da Paróquia Nossa Senhora da ... · O padre destacou ainda que dízimo ... Virgem Maria e o primeiro a ... Isto porque muitas vezes nós retemos os bens

Papa aos seminaristas:Fidelidade à vocação é possível

Ainda que o mundo mude,é possível permanecer fiel à vo-cação sacerdotal: esta foi a men-sagem do Papa no dia 24 desetembro, em um discurso es-pontâneo a cerca de 60 semi-naristas, com quem teve umencontro na capela do seminá-rio de Freiburg (Alemanha).

Em resposta às inquietudesdos seminaristas, o Papa expli-cou qual é o significado do tem-po que um aspirante a sacerdo-te passa no seminário. Para isso,tomou uma passagem do Evan-gelho de Marcos sobre a insti-tuição dos Doze, que reflete umadupla vontade de Jesus sobreseus discípulos: “estar com Ele”e “ser enviados” a uma missão.

A contraposição entre ambas as vontades é só aparente, explicou oPapa aos jovens: “Como sacerdotes, devemos sair aos múltiplos caminhosnos quais os homens se encontram, para convidá-los ao seu banquete nupcial.Mas só podemos fazer isso permanecendo sempre junto a Ele”.

“E aprender isso, esse sair, ser enviados, permanecendo junto a Ele, é– acho – precisamente o que temos de aprender no seminário.”

Outro dos elementos fundamentais do seminário, acrescentou BentoXVI, é “aprender a confiança” em Cristo, aprender a confiar-lhe a própriavocação: “Se Ele a quer realmente, então posso me confiar a Ele”.

Se Cristo quer essa vocação, Ele não a deixará morrer, disse o Papa:“Se Ele me ama, então também me sustentará; na hora da tentação, nahora do perigo, estará presente e me dará pessoas, me mostrará caminhos,me sustentará”.

O Papa sublinhou também dois outros aspectos da vida do seminário: oda importância de aprender a viver “com a Palavra” e o de aprender o quesignifica “ser Igreja”.

Com relação ao primeiro aspecto, disse que a chave para poder escutarCristo é “aprender a escutá-lo de verdade – na Palavra da Sagrada Escritura,na fé da Igreja, na liturgia da Igreja – e aprender o hoje em sua Palavra”.

Se a pessoa vive com a Palavra, percebe que ela “não está longe, emabsoluto, mas que é atualíssima, está presente agora, refere-se a mim erefere-se aos outros. E então aprendo também a explicá-la. Mas, para isso,é preciso um caminho constante com a Palavra de Deus”.

Com relação a aprender a ser Igreja, o Papa sublinhou que somente no“nós” é possível crer em Cristo.

“São Paulo escreveu que a fé vem da escuta, não da leitura. Precisatambém da leitura, mas vem da escuta, isto é, da palavra vivente, das pala-vras que os outros me dirigem e que posso escutar; das palavras da Igrejaatravés de todos os tempos, da palavra atual que esta me dirige por meiodos sacerdotes, bispos, irmãos e irmãs”, afirmou. “Nós somos Igreja: seja-mos Igreja! Sejamos Igreja precisamente nesse abrir-nos e ir além de nósmesmos; sejamos Igreja junto aos outros.” (Fonte: www.zenit.org)

Nosso tempo na eternidadeO nosso tempo de vida nesse mun-

do não sabemos e por isso idealiza-mos muitos projetos sempre contandocom a certeza de que iremos viver muitopara realizá-los.

É muito interessante essa ideia hu-mana de que temos muito tempo depermanência aqui na terra, mas só oPai é quem sabe esse tempo e determi-na a hora de nossa partida.Ninguém veio dizer como é no outrolado da vida, pois trata-se de um mis-tério que pertence somente a Deus.

Muitas especulações são feitas, massem nenhum fundamento divino por-que tudo é mistério.

Ansiamos tanto em aproveitar to-dos os momentos que nos proporcio-nem felicidade e prazer terrenos!

Sempre queremos usufruir mais umpouco dessa vida e, por mais que acre-ditemos no Reino de Deus, não escuta-mos ninguém dizer que deseja quechegue logo o dia de fazer essa via-gem para a vida eterna (com rarasexceções). Sempre queremos ficarmais um pouquinho.

Pior é para aqueles que não acre-ditam que exista vida após a morte,

A VOZ DO PASTOR

pois negam a ressurreição e buscamfreneticamente viver os prazeres, pra-ticando atos contrários ao evangelho,já que não têm a quem prestar contasno outro mundo.Dessa forma não têmlimite de conduta dentro da ética e damoral cristãs.

Realmente é muito curioso. Por serum plano desconhecido para os vivos,deveria esse mistério ser motivo de re-ceio, já que teremos que prestar con-tas de todos os nossos atos praticadosaqui na terra e lá viveremos por toda aeternidade.

Portanto, cada vez que refletimossobre esse assunto, concluímos o quan-to somos limitados de compreensão di-ante dos mistérios divinos e que por issosó poderemos contar com a infinitamisericórdia do Pai eterno, que desejasalvar a todos e acolher em uma desuas moradas.

Preparemo-nos, então, a cada mo-mento, orando e vigiando, pois não sa-bemos qual é o dia e a hora em queseremos arrebatados pelo Pai.

Pastoral da Comunicação

PARA REFLETIR

Setembro-Outubro/201112“Se vires louvar muito a uma pessoa, alegra-te mais

do que se louvassem a ti” (Santa Teresa D'Àvila)

OUTUBRO> 11/10: Santa Terezinha do Menino Jesus, virgem; 2/10: SantosAnjos da Guarda; 3/10: André de Soveral, Ambrósio Francisco e companhei-ros, protomártires do Brasil; 4/10: São Francisco de Assis; 5/10: São Benedi-to, o Negro, religioso; 6/10: São Bruno, presbítero; 7/10: Nossa Senhora doRosário; 9/10: São Dionísio, bispo, e seus companheiros, mártires; 9/10: SãoJoão Leonardi, presbítero; 12/10: NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃOAPARECIDA; 14/10: São Calixto I, papa e mártir; 15/10: Santa Tereza deJesus, virgem e doutora da Igreja; 16/10: Santa Edviges, religiosa; 16/10:Santa Margarida Maria Alacoque, virgem; 17/10: Santo Inácio de Antioquia,bispo e mártir; 18/10: SÃO LUCAS, EVANGELISTA; 19/10: São João deBrébeuf e Santo Isaac Jogues, presbíteros, e seus companheiros, mártires; 19/10: São Paulo da Cruz, presbítero; 23/10: São João de Capistrano, presbítero;24/10: Santo Antônio Maria Claret, bispo; 25/10: Bem-aventurado Frei Antô-nio de Sant’Ana Galvão, presbítero; 28/10: SÃO SIMÃO E SÃO JUDAS, APÓS-TOLOS. (Fonte: http://www.santamissa.com.br/ano_liturgico/calendario.asp)

Calendário Litúrgico