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MGIC 2011 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Volume IV - Área Administrativa

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MGIC 2011

Unidade Central de Gestão de Inscritos

para Cirurgia

Volume IV - Área Administrativa

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[Volume IV - Área Administrativa] MGIC 2011

Índice | IV - 1/92

Índice

1. Gestão do Episódio - Fases Gerais ..................................................................................................... 4

Fase da Proposta ......................................................................................................................... 9 1.1.

1.1.1. Etapa da Análise .................................................................................................................. 10

1.1.2. Etapa da Pré-inscrição/Registo provisório na LIC ............................................................... 11

1.1.2.1. Criação do Plano de Cuidados (proposta cirúrgica) ...................................................... 12

1.1.2.2. Consentimento do Utente ............................................................................................ 16

1.1.2.3. Validação do Plano de Cuidados (cada proposta cirúrgica) .......................................... 18

1.1.2.4. Activação da inscrição ................................................................................................... 21

1.1.2.5. Alteração da proposta cirúrgica .................................................................................... 22

1.1.3. Etapa da Inscrição ............................................................................................................... 23

1.1.3.1. Intransferível ................................................................................................................. 23

1.1.3.2. Suspensão administrativa ............................................................................................. 23

1.1.3.3. Pendência da inscrição .................................................................................................. 24

1.1.3.4. Agendamento ............................................................................................................... 25

1.1.3.4.1. Tempos Máximos de Resposta Garantidos ............................................................ 25

1.1.3.4.2. Cálculo do Tempo de Espera................................................................................... 25

1.1.3.4.3. Regras de agendamento ......................................................................................... 27

1.1.3.4.3.1. Ordenação da LIC .............................................................................................. 27

1.1.3.4.3.2. Tempos máximos para agendamento da cirurgia ............................................ 28

1.1.3.4.3.3. Agendamentos na mesma LIC (intra) ............................................................... 29

1.1.3.4.3.4. Agendamento entre LIC (inter) ......................................................................... 29

1.1.3.4.4. Registo e Contactos do agendamento .................................................................... 30

1.1.3.4.5. Cancelamento do Agendamento ............................................................................ 33

1.1.3.4.5.1. Responsabilidade do utente por motivos não clínicos ..................................... 35

1.1.3.4.5.2. Motivos clínicos ................................................................................................ 35

1.1.3.4.5.3. Responsabilidade da instituição hospitalar ...................................................... 36

1.1.3.4.5.4. Responsabilidade de terceiros .......................................................................... 37

1.1.3.5. Comparência aos eventos pré-operatórios .................................................................. 38

1.1.4. Etapa da Transferência ....................................................................................................... 40

1.1.4.1. Gestão das Transferências até cativação de NT/VC ..................................................... 42

1.1.4.1.1. Preparativos para a transferência........................................................................... 42

1.1.4.1.1.1. Episódios sem condições para transferência ................................................... 43

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MGIC 2011 [Volume IV - Área Administrativa]

2/92 - IV | Índice

1.1.4.1.2. Transferências para outra instituição hospitalar ................................................... 44

1.1.4.1.2.1. Tempos de Transferência e Cirurgia ................................................................. 45

1.1.4.1.2.2. Emissão de NT/VC e Cancelamento de NT/VC ................................................. 45

1.1.4.1.2.2.1. Emissão de NT/VC ....................................................................................... 45

1.1.4.1.2.2.2. Regras de emissão de NT/VC ...................................................................... 47

1.1.4.1.2.2.3. Cancelamento de NT/VC ............................................................................ 47

1.1.4.1.2.2.4. Cativação de NT/VC .................................................................................... 50

1.1.4.2. Gestão de transferência após cativação ....................................................................... 51

1.1.4.2.1.1. Avaliação pré-operatória do utente em instituição hospitalar convencionada51

1.1.4.2.2. Pedidos ao HO e URGIC .......................................................................................... 52

1.1.4.2.2.1. Pedido de Informação/Autorização .................................................................. 52

1.1.4.2.2.2. Pedido de Devolução de Episódio .................................................................... 53

1.1.4.2.2.3. Pedido de Conclusão por Cancelamento do Plano de Cuidados ...................... 55

1.1.4.2.2.4. Outros pedidos ................................................................................................. 56

Fase da Realização..................................................................................................................... 56 1.2.

1.2.1. Admissão ao Internamento/Cirurgia de Ambulatório ........................................................ 56

1.2.2. Realização da cirurgia ......................................................................................................... 60

1.2.3. Alta de internamento/cirurgia de ambulatório .................................................................. 63

1.2.4. Nota de alta ......................................................................................................................... 64

1.2.5. Intercorrências e complicações no período de internamento ........................................... 65

Fase da Catamnese (follow-up) ................................................................................................. 66 1.3.

1.3.1. Intercorrências e complicações pós-alta hospitalar ........................................................... 69

Fase da Conclusão ..................................................................................................................... 70 1.4.

1.4.1. Conclusão por Cancelamento de episódio no HO .............................................................. 73

1.4.2. Conclusão por transferência de responsabilidade .............................................................. 76

1.4.2.1. Entre serviços/unidades funcionais da mesma instituição ........................................... 76

1.4.2.2. Entre instituições hospitalares distintas ....................................................................... 77

1.4.2.2.1. Por protocolo entre responsáveis de serviços/unidades funcionais ...................... 77

1.4.2.2.2. Por emissão de NT/VC ............................................................................................ 77

1.4.3. Conclusão do episódio no hospital que realiza a cirurgia ................................................... 78

1.4.4. Conclusão do episódio no HO com cirurgia no HD ............................................................. 79

1.4.4.1. Regras de Facturação .................................................................................................... 80

1.4.4.2. Preços e metodologias para a produção adicional ....................................................... 81

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Índice | IV - 3/92

2. Acções transversais ao episódio ...................................................................................................... 83

Readmissão ............................................................................................................................... 83 2.1.

Reinscrição ................................................................................................................................ 83 2.2.

3. Organização da Informação do Hospital e funcionalidades do SIGLIC ............................................ 85

Registo de informação em documento em versões ................................................................. 85 3.1.

3.1.1. Ficha do Hospital ................................................................................................................. 85

3.1.2. Carteira de Serviços, Contrato e Convenção ...................................................................... 91

3.1.3. Gestão de colaboradores/utilizadores ................................................................................ 91

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4/92 - IV | Gestão do Episódio - Fases Gerais

1. GESTÃO DO EPISÓDIO - FASES GERAIS

As fases e etapas principais do processo de gestão do episódio do utente estão

representadas na figura que se segue, sendo explicitadas com detalhe nos números seguintes:

Ilustração 1 - Fases e etapas principais do processo de gestão do episódio do utente

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Gestão do Episódio - Fases Gerais| IV - 5/92

No entanto, a gestão do episódio do utente com necessidades cirúrgicas pode desdobrar-se

em três grandes processos consoante a responsabilidade das entidades pelo tratamento do utente.

1. Processo SIGIC com conclusão do episódio no HO

2. Processo SIGIC com conclusão do episódio no HO e HD

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MGIC 2011 [Volume IV - Área Administrativa]

6/92 - IV | Gestão do Episódio - Fases Gerais

Quando as hipóteses de resolução da situação no hospital de origem estão esgotadas, passa-

se à etapa da transferência. Esta pode ocorrer para um hospital de destino, apenas para a resolução

da cirurgia e denomina-se transferência da cirurgia.

3. Processo SIGIC com conclusão do episódio no novo HO(2) 1

Quando a transferência tem lugar para um novo serviço/unidade funcional da mesma

instituição ou para outra instituição hospitalar, por acordo dos responsáveis de serviço/unidade

funcional e das instituições ou no âmbito de um programa especial, designa-se transferência da

responsabilidade, pois esta compreende a transferência da responsabilidade integral pelo

tratamento da doença e não só do problema cirúrgico a ela associado.

Antes da descrição das várias fases do processo SIGIC, importa referir que existe uma fase de

referenciação para a 1ª consulta da especialidade que, embora fazendo parte do processo de gestão

de acesso à consulta da especialidade (CTH), aproveita à gestão dos episódios no âmbito do SIGIC,

sendo por isso importante o conhecimento e o acesso aos eventos que a integram. Inclui o evento de

referência interna ou externa à instituição para a primeira consulta de especialidade. A referenciação

externa pode ser proveniente de uma instituição hospitalar do SNS (centros de saúde ou hospitais),

de uma instituição do sector privado ou do sector social ou mesmo do próprio utente.

1 Instituição que recepciona o utente no âmbito de uma transferência da responsabilidade integral, com emissão e cativação de NT/VC e ocorre no âmbito de programas especiais, de acordo com tempos regulamentados, como é o caso do PTCO, e envolve não só a realização da intervenção cirúrgica, mas a responsabilidade de solução global da doença, incluindo a avaliação do doente e da doença e o seguimento pós-cirúrgico, durante um período determinado.

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Gestão do Episódio - Fases Gerais| IV - 7/92

A ilustração que se segue, descreve as etapas da referenciação hospitalar:

Ilustração 2- Etapas da referenciação para 1ª consulta de especialidade hospitalar

Entre a data do registo do pedido da consulta no sistema informático da Consulta a Tempo e

Horas (CTH) pelo médico assistente do centro de saúde e a primeira consulta da especialidade

hospitalar é recomendável a observação dos seguintes tempos máximos:

Realização da consulta externa da especialidade

Notificação do utente

Triagem

Requisição e agendamento do evento clínico Rejeição do pedido

Pedido de consulta da especialidade

Intra hospitalar

•Entre serviços/unidades funcionais

Externa •Rede do SNS - Centro de Saúde; Instituições hospitalares

•Instituições privadas

•A pedido do utente:

•Reinscrição no mesmo Serviço/UF

•Outras circunstâncias

Referenciação

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MGIC 2011 [Volume IV - Área Administrativa]

8/92 - IV | Gestão do Episódio - Fases Gerais

Ilustração 3 – Tempos máximos entre pedido da 1ª consulta e sua execução

Durante cada fase da gestão do processo podem ocorrer dois tipos de eventos: clínicos ou

administrativos. Os eventos administrativos são aqueles que não apresentam informação clínica e

não requerem nenhuma competência clínica, podendo no entanto serem realizados por assistentes

técnicos ou por qualquer outro colaborador da instituição.

Num evento clínico pode existir a necessidade de realizar um procedimento administrativo. A

ilustração seguinte resume o tipo de eventos administrativos que podem existir no processo, assim

como alguns procedimentos administrativos no âmbito de um evento clínico.

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Gestão do Episódio - Fases Gerais| IV - 9/92

Elementos administrativos

Eventos administrativos

Procedimentos administrativos

Req

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end

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tos

Pen

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cias

Susp

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Can

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ades - Dados gerais

- Contestação

- Despacho

- Recurso

Ilustração 4 - Eventos administrativos que podem existir no processo

Nos números seguintes passa-se ao detalhe de cada uma das fases do processo e das etapas

que as integram, bem como dos eventos susceptíveis de ocorrerem.

Em todas as fases e etapas do processo de gestão do episódio do utente, sempre que o

assistente técnico for requisitado para inserir informação clínica no sistema de informação, deve

fazê-lo com a supervisão do médico responsável, de acordo com artigo nº4 da Lei 12/2005, de 26 de

Janeiro.

Fase da Proposta 1.1.

A fase da proposta inicia-se com a primeira consulta da especialidade, do episódio

terapêutico na instituição referenciada, referente aos problemas abordados e termina com a

admissão (exclusive) que antecede imediatamente à realização do primeiro evento crítico,

eventualmente a cirurgia. Todavia, pode terminar em qualquer uma das quatro etapas em que se

divide, seja por conclusão por cancelamento do episódio ou seja por transferência de

responsabilidade.

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10/92 - IV | Gestão do Episódio - Fases Gerais

Na figura seguinte encontram-se representadas as etapas típicas da fase da proposta e nos

números que se seguem a esta a explicitação de cada uma delas.

Ilustração 5 -Etapas da fase da proposta da gestão do processo do utente

1.1.1. Etapa da Análise

A etapa da análise agrega os eventos que decorrem desde a primeira consulta da

especialidade (inclusive) até à consulta onde é criado o plano de cuidados (exclusive), ou seja, a

proposta de abordagem de um ou mais problemas de saúde do utente, onde se inscrevem e

caracterizam os eventos necessários à sua resolução, ordenados de forma cronológica.

Segundo as situações, esta etapa pode chegar a não existir por o plano de cuidados poder ser

estabelecido logo na primeira consulta ou, pelo contrário, pode incluir mais ou menos eventos (v.g.

MCDT ou até mesmo outras consultas), sempre que for considerado conveniente estudar a patologia

do doente com mais detalhe.

A etapa da análise destina-se a estudar e interpretar os dados clínicos relevantes que

permitem estabelecer e fundamentar a primeira versão do plano de cuidados. Os dados percebidos e

obtidos em cada um dos eventos que ocorrem durante esta etapa e dos quais resultam a proposta

do plano terapêutico, devem por isso constar sempre do processo clínico. E quando desta etapa

resulta, com forte probabilidade, a necessidade de intervencionar o utente, a cirurgia deve ser

proposta de imediato.

Nesta etapa recomenda-se também a observação dos tempos máximos para os períodos que

medeiam entre a primeira consulta da especialidade e a consulta onde se regista o plano de

cuidados, onde se inclui nomeadamente a proposta cirúrgica, os quais estão indicados na figura que

se segue.

Análise Pré-inscrição Inscrição

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Gestão do Episódio - Fases Gerais| IV - 11/92

Ilustração 6 - Tempos máximos do acesso

1.1.2. Etapa da Pré-inscrição/Registo provisório na LIC

A etapa da pré-inscrição ou registo provisório na LIC inclui todos os eventos relacionados

com a criação de um plano de cuidados (proposta de cirurgia) para resolução de um ou mais

problemas, consentida pelo utente e validada pelo responsável do serviço/unidade funcional

cirúrgico proponente (com capacidade técnica para a execução do (s) procedimento (s) proposto (s)).

Após a emissão do certificado de inscrição, dá-se lugar à activação da inscrição do utente na LIC do

serviço/unidade funcional da instituição hospitalar.

Ilustração 7 – Etapa da Pré-inscrição

A pré-inscrição é constituída por um conjunto de eventos, com início, em princípio, numa

consulta externa, mas que pode decorrer de uma observação a um doente internado, o

Criação Plano de Cuidados no Evento

Clínico

Validação Consentimento do

utente

Validação do responsável pelo serviço/unidade

funcional

Activação do Plano

de Cuidados

Alteração do Plano

de Cuidados

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12/92 - IV | Gestão do Episódio - Fases Gerais

preenchimento do plano de cuidados, o consentimento do utente e validação pelo responsável de

serviço/unidade funcional até à activação da inscrição na LIC.

1.1.2.1. Criação do Plano de Cuidados (proposta cirúrgica)

Um plano de cuidados (que pode conter uma ou mais propostas cirúrgicas) corresponde à

intenção de resposta do hospital a um conjunto integrado de problemas do utente, a resolver por um

conjunto de eventos que têm como atributo agregador pelo menos um episódio de cirurgia. Este

documento só pode ser criado no âmbito do processo clínico do utente, do qual, é recomendável,

constem os dados e a informação organizada segundo as recomendações do manual do processo

clínico, incluído no volume V. No momento do registo é criado um número de identificação único da

proposta na LIC da instituição (número de LIC). Desta forma, é possível distinguir vários planos de

cuidados no âmbito do processo clínico do utente.

As propostas devem ser elaboradas pelo médico, sempre que possível, directamente no

sistema de informação (SI) ou em suporte de papel e posteriormente registadas. Nesta situação,

deve existir na instituição um mecanismo de segurança e controlo entre o número de propostas

criadas pelo médico e as recepcionadas e introduzidas no SI pelo assistente técnico2 nomeado para a

tarefa, na dependência directa do respectivo clínico.

Só devem ser inscritos em LIC, utentes que precisem de um procedimento cirúrgico

programado e para o qual a instituição hospitalar disponha de capacidade técnica

para a sua realização.

A proposta de cirurgia deve ser registada no SIH, elaborada pelo médico proponente da

cirurgia e, desde logo, dela devem constar os seguintes dados mínimos obrigatórios:

2 Este assistente técnico tem que estar sujeito a um termo de confidencialidade para que possa ter acesso aos dados clínicos do utente para introdução da informação no SI

1. Identificação completa do utente (conforme RNU)

Nome completo

Filiação (obrigatório nos menores)

Número do processo

Número do Bilhete de Identidade ou Cartão de Cidadão

Número de cartão do SNS

Data de nascimento

Sexo

Morada completa com código postal, freguesia e concelho

Contactos telefónicos

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Gestão do Episódio - Fases Gerais| IV - 13/92

2. Identificação institucional

Nome da instituição hospitalar

Serviço/unidade funcional proponente

Médico proponente

3. Data em que a proposta ocorre (data de inclusão)

Tem de corresponder à data da realização do evento consulta que deu

origem ao plano de cuidados

4. Caracterização dos problemas a abordar, definidos em termos de diagnósticos

Descrição do(s) problema(s)

Classificação dos diagnósticos de acordo com a versão da CID na versão vigor

Codificação das patologias associadas

5. Identificação dos tratamentos propostos para cada um dos problemas independentes, identificados no nº anterior

Descrição da resolução

Classificação dos procedimentos de acordo com a versão CID na versão em vigor

6. Resultados esperados com a terapêutica proposta (para cada UN)

Descrever os efeitos a obter sobre a doença, qualidade de vida do utente e eventuais sequelas.

Resolução/Cura

Melhoria/Atenuação

Diagnóstico

Sequela

Vigiar/acompanhar

Classificação dos resultados

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14/92 - IV | Gestão do Episódio - Fases Gerais

Caso exista informação no plano de cuidados que necessite de ser corrigida, ao fazê-lo, o

sistema cria uma nova versão do documento actualizado. No caso de não poderem ser recolhidos

desde logo todos os itens obrigatórios que fazem parte da proposta de cirurgia, estes devem ser

completados no prazo máximo de dez, cinco e dois dias úteis, consoante se trate respectivamente de

uma prioridade 1, 2 ou 3, no âmbito de outro evento clínico ou administrativo. Nesta situação, o

sistema cria nova edição do plano de cuidados associado ao evento em questão.

Os dados de registo obrigatório que se seguem e devem completar a proposta, podem ser

acrescentados até ao agendamento da cirurgia no hospital de origem ou até à transferência para um

hospital de destino:

7. Prioridade estabelecida

Nível de prioridade;

Justificação da prioridade clínica nível 2, 3 e 4

Os critérios devem ser claros e equitativamente aplicados observando as normas estabelecidas nos casos aplicaveis (ex: portaria que estabelace o TMRG na oncológia. Por principio devem existir no serviço ou hospital orientações internas nesta matéria).

8. Episódio antecedente (se aplicável)

Identificação do(s) episódio(s)

Associação para procedimentos múltiplos; associação para continuidade

terapêutica; associação por complicações; patologia contra lateral

9. Plano de cuidados prévio

Identifica as acções ou eventos a efectuar prévias à cirurgia.

10. Plano de cuidados pós-operatório (eventos, requisições e acções especiais)

Plano que se seguirá após alta do último evento crítico e terapêutica.

Especificação das necessidades do doente no seguimento da patologia

Especificações do período e conjunto de eventos a efectuar após a

instituição da terapêutica.

11. Regime da cirurgia.

Internamento; ambulatório

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Gestão do Episódio - Fases Gerais| IV - 15/92

Os restantes dados da proposta têm de ser completados, no limite, até à data da realização

da cirurgia:

12. Tipo de anestesia prevista

Geral; regional periférica/central; local; sedação; sem anestesia.

13. Identificação de alergias, deficiências e outros (presença de material implantado, recusa de sangue por motivos religiosos, grávidez, ...) constrangimentos devidamente especificados e codificados.

14. Risco cirúrgico perspectivado pelo clínico nomeadamente no que se refere a embolismo, hemorragia, infecção, problemas cardíacos, respiratórios, metabólicos global.

15. Identificação das necessidade de acções peri-operatórias especiais e equipamento peri-operatório específico.

•Unidade de Cuidados Nível III (Intensivos); Unidade de Cuidados Nível II (Intermédios); Equipamento para Artroscopias; Cirurgia Vascular Endoscópica; Equipamento para Laparoscopia; Equipamento para Toracoscopia; Equipamqnto para Broncoscopia Fléxivel/Rígida; Ecodoppler; Equipamento para Endoscopia Digestiva; Laser Cirúrgico; Neuro-estimulador; Radiologia (Fluroscópios); Equipamento para Cirurgia Cardíaca com CEC; Equipamento para Cirurgia Cardíaca Endoscópica; Material para Microcirurgia; Material para Mediastinoscopia; Material para Uretrocistoscopia /RTU; Sondas Gama Câmara; Pace Maker Externo; Laringoscópio Flexível; Equipamento para Criocirurgia; Equipamento para Diálise; Equipa de Cardiologia (presença/prevenção); Equipamento para obesidade; Outras.

16. Proposta de colocação de dispositivo médico. (se aplicável)

Especificar tipo, marca e modelo.

17. Classificação ASA

Categoria 1 a 6

18. Classificação Mallampati das vias respiratórias

Classe 1 a 4.

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16/92 - IV | Gestão do Episódio - Fases Gerais

O assistente técnico deve verificar se o registo da proposta cirúrgica está conforme. Caso

detecte alguma irregularidade, o assistente técnico deve solicitar a sua resolução junto às entidades

intervenientes ou, caso não o consiga, informar a UHGIC do sucedido. A resolução da irregularidade

no registo da proposta cirúrgica pode ter como intervenientes o médico proponente ou assistente

técnico, sendo o primeiro o responsável por toda a informação preenchida.

Por fim, nas observações gerais, devem ser inscritas todas as informações consideradas

pertinentes para a melhor gestão do processo. Por exemplo, pode estar inserida a informação que

por motivos laborais o utente deve ser avisado da data da cirurgia com um mês de antecedência.

1.1.2.2. Consentimento do Utente

Depois da proposta cirúrgica do plano de cuidados (dados obrigatórios à data da sua criação)

estar devidamente preenchida, o médico proponente entrega a nota de consentimento ao utente

juntamente com a cópia da proposta cirúrgica e os direitos e deveres do utente. Este documento tem

por objectivo recolher a concordância do utente:

Com a sua inscrição na LIC;

Com a aceitação do conjunto de normas do Regulamento SIGIC que serve de base à

gestão do episódio e pode ser impresso através dos sistemas de informação SIGLIC e

SIH.

19. Episódio subsequente (se aplicável)

20. Identificação da entidade/subsistema no âmbito do qual a proposta é registada.

21. Avaliação pré-operatória

•Não solicitada; Solicitada; Realizada

22. Resultados da Avaliação pré-operatória

•Apto; Apto c/ condições; Não Apto

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Gestão do Episódio - Fases Gerais| IV - 17/92

A nota de consentimento tem de ser obrigatoriamente assinada pelo utente, que se não

puder assinar, pode fazer-se substituir por um representante legal devidamente habilitado.

O documento da proposta cirúrgica do plano de cuidados pode conter mais duas

secções distintas, uma para a nota de consentimento, outra para a validação pelo

responsável de serviço/unidade funcional, caso não seja realizada directamente no

sistema de informação.

A nota de consentimento deve conter a seguinte informação, assim como um

campo para assinatura do utente com a data:

“Declaro que tomei conhecimento do conteúdo da presente proposta cirúrgica no

âmbito do plano de cuidados, assim como dos direitos que me assistem e dos

deveres em que incorro no âmbito do SIGIC e autorizo a sua inclusão na Lista de

Inscritos para Cirurgia deste hospital e na base de dados do Ministério da Saúde.”

Se o plano de cuidados tiver mais do que uma proposta cirúrgica, o utente deve dar o seu

consentimento para cada uma delas.

Caso o utente não dê o seu consentimento de imediato, deve enviar à UHGIC a nota de

consentimento devidamente assinada, por qualquer via, no prazo máximo de dez, cinco ou dois dias

úteis, caso seja respectivamente utente não prioritário (nível 1), prioritário (nível 2) ou muito

prioritário (nível 3). Antes destes prazos serem atingidos, o assistente técnico deve contactar o

utente a solicitar o documento em falta. Se o utente não entregar a nota de consentimento

atempadamente, a proposta deve ser cancelada, o que poderá implicar num cancelamento do plano

de cuidados, caso só exista uma proposta cirúrgica.

Ilustração 8 – Consentimento do utente da proposta cirúrgica

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18/92 - IV | Gestão do Episódio - Fases Gerais

No entanto, caso o utente entregue a nota de consentimento não atempadamente, poderá

ser efectuada uma reinscrição (novo episódio associado ao episódio único anterior), sendo criada

uma nova proposta contendo a mesma informação clínica, com data de inclusão coincidente com a

data em que a instituição teve conhecimento do pedido, ou seja à data da recepção da solicitação

escrita do utente.

No que respeita às urgências diferidas, o consentimento informado do utente com a

intervenção é solidário com a nota de consentimento para inscrição na LIC, não passando o episódio

por todas as etapas representadas no processo SIGIC.

Para reduzir a carga burocrática do processo, aconselha-se a utilização de um

documento único que inclua a proposta de cirurgia no âmbito do plano de

cuidados, a nota de consentimento e a validação pelo responsável do

serviço/unidade funcional. Neste caso sugere-se que este documento seja em

triplicado: após assinatura do médico proponente, o original e o duplicado são

entregues ao utente, para que este assine durante a consulta ou envie

posteriormente o original para a UHGIC. O triplicado é enviado pelo médico

proponente para o responsável do serviço/unidade funcional após a realização da

consulta.

1.1.2.3. Validação do Plano de Cuidados (cada proposta cirúrgica)

Periodicamente, o assistente técnico deve extrair do SI a lista de pré-inscrições e entregá-la

ao responsável do serviço cirúrgico/unidade funcional (ou alguém por si nomeado) que deve validar

a proposta cirúrgica, nos prazos máximos de dez, cinco ou dois dias úteis a contar da inscrição

provisória na LIC, consoante se trate de utentes classificados respectivamente nos níveis 1 (normal),

2 (prioritário) e 3 (muito prioritário).

Atendendo à responsabilidade objectiva dos autores da informação, a proposta cirúrgica

deve ser impressa, rubricada pelo médico proponente, validada pelo responsável do serviço/unidade

funcional e arquivada no processo. Além disso, devem ser registadas no SI a validação e a data da

mesma, bem como a justificação e data para a eventual discordância (invalidação) do responsável do

serviço com a proposta.

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[Volume IV - Área Administrativa] MGIC 2011

Gestão do Episódio - Fases Gerais| IV - 19/92

Ilustração 9 – Validação do Plano de Cuidados (proposta)

Se o responsável do serviço/unidade funcional concluir que a cirurgia proposta não está

conforme a legis artis e com a orientação do serviço/unidade funcional, deve fazer constar essa

indicação no respectivo campo do documento e comunicar essa decisão ao médico proponente que,

no prazo de dois dias, convoca o utente para a consulta de redefinição da orientação terapêutica.

Nas situações em que há necessidade de alterar itens não críticos na proposta cirúrgica, deve

proceder-se informaticamente a essa alteração e o responsável do serviço/unidade funcional deve

validar a proposta de imediato.

Se os dados a alterar forem itens críticos, a proposta deve ser cancelada e deve ser criada

nova com as respectivas alterações, com data de inclusão do primeiro registo efectuado. O

responsável pelo serviço/unidade funcional deve validar a proposta de imediato e o utente tem de

assinar a nota de consentimento nos prazos legais em vigor (dez, cinco ou dois dias úteis consoante

prioridade clínica).

Itens Críticos da Proposta Cirúrgica:

- Identificação do utente

- Serviço/unidade funcional

- Identificação do médico proponente

- Data de inclusão

- Diagnósticos principais

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MGIC 2011 [Volume IV - Área Administrativa]

20/92 - IV | Gestão do Episódio - Fases Gerais

- Procedimentos principais

- Lateralidade

Se o responsável do serviço/unidade funcional determinar que não é possível realizar a

proposta cirúrgica por não estar de acordo com a legis artis ou com a orientação do serviço ou até

porque o novo plano terapêutico não dever ser cirúrgico, o registo provisório da LIC tem de ser

cancelado e o utente informado das razões.

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[Volume IV - Área Administrativa] MGIC 2011

Gestão do Episódio - Fases Gerais| IV - 21/92

1.1.2.4. Activação da inscrição

A inscrição do utente na LIC pressupõe que o plano de cuidados (cada proposta cirúrgica)

esteja nas seguintes condições:

Só quando se encontram reunidas as quatro condições, o registo do utente é validado no

sistema de informação.

Para a activação da proposta cirúrgica, é necessário emitir o certificado de inscrição, que

deve entregar ao utente, no prazo de dez, cinco ou dois dias úteis após a activação, consoante se

trate de utentes classificados respectivamente nos níveis 1, 2 e 3. Este certificado é o documento

comprovativo da inscrição do utente na LIC.

Este documento contém a seguinte informação:

Nome do utente;

Morada do utente;

Instituição hospitalar e serviço/unidade funcional que inscreveu o utente em LIC;

Data de registo da proposta em LIC (data de inclusão);

Tempo máximo de resposta garantido de acordo com o tipo de patologia/grupo de

patologia e nível de prioridade clínica do utente;

Código individual de acesso aos dados pessoais (administrativos e clínicos) do utente;

Contactos da Unidade Hospitalar de Gestão de Inscritos para Cirurgia (morada,

endereço de correio electrónico, telefone, fax);

Contactos da Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia (fax);

Contactos da Entidade Reguladora da Saúde para envio de reclamações por carta ou

através do livro de reclamações online.

Efectivada a inscrição do utente na LIC, a aplicação SIGLIC gera um código de acesso

individual e introduz o mesmo no certificado de inscrição, que deve ser obrigatoriamente impresso a

1º Validada pelo responsável do serviço cirúrgico/unidade funcional

2º Consentida pelo utente

3º Sem irregularidades a nível administrativo (com os itens críticos preenchidos)

4º Emissão do certificado de inscrição

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MGIC 2011 [Volume IV - Área Administrativa]

22/92 - IV | Gestão do Episódio - Fases Gerais

partir do SIGLIC e enviado por carta registada para a morada oficial do utente ou entregue em mão

contra recibo comprovativo. Mais tarde o utente, querendo, pode alterar este código a partir do e-

SIGIC. A instituição deve garantir que este código é secreto e apenas o utente tem conhecimento do

mesmo.

Sempre que o utente realizar um pedido de informação a uma das unidades do SIGIC, deve

fornecer este código, para que os elementos dessas unidades tenham acesso à informação do

utente. A qualquer momento, o utente pode alterar o seu código de acesso.

1.1.2.5. Alteração da proposta cirúrgica

As razões que levam à necessidade de modificar um parâmetro da proposta podem resultar

das seguintes situações:

Referente a dados não críticos na proposta cirúrgica e dependendo da informação, podem

ser inseridos até:

À data do agendamento da cirurgia no hospital de origem

À data da transferência para um hospital de destino;

À data do agendamento da cirurgia no hospital de destino;

Quando a situação do utente implique perda de indicação cirúrgica, a proposta deve ser

cancelada. Se existir uma alteração do nível de prioridade clínica do utente, o médico deve justificar

a mudança da mesma na proposta cirúrgica. Neste caso, é produzida uma nova edição da proposta

que fica associada a um evento de reavaliação do estado do utente. No entanto o utente deve ser

informado da alteração.

Após a criação da proposta cirúrgica, a instituição hospitalar deve validar a existência de

incorrecções do documento. Para isso deve recorrer à lista de irregularidades identificadas na

proposta cirúrgica (alarmes) na aplicação informática de suporte ao SIGIC. Estas listagens devem ser

retiradas com periodicidade máxima semanal e enviadas ao responsável pela informação para

correcção. No caso de dúvidas/erros nos dados de identificação do utente, o assistente técnico deve

1. Novos dados recolhidos que permitem actualizar, completar a proposta (ex: patologia associada, ASA).

2. A situação do utente alterou-se e, como tal, a informação registada não corresponde à realidade actual.

3. A proposta foi introduzida com erros.

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[Volume IV - Área Administrativa] MGIC 2011

Gestão do Episódio - Fases Gerais| IV - 23/92

validar a informação através de outros sistemas de informação ou mesmo por contacto directo com

o utente. Se a informação a corrigir for do foro clínico (ex: falta de justificações, erros de codificação),

a proposta deve ser remetida ao médico proponente ou responsável da codificação. Até à data da

activação da inscrição, a proposta tem de estar corrigida.

1.1.3. Etapa da Inscrição

A partir do momento em que é realizada a proposta cirúrgica para o tratamento do utente, o

episódio fica no estado inscrito na LIC. No entanto, este estado pode apresentar vários atributos que

classificam a inscrição. Os atributos são compatíveis, podendo estar assinalados vários no mesmo

momento para o mesmo episódio, excepto nas situações de pendência e suspensão, uma vez que os

dois atributos não são conciliáveis. Por exemplo, um episódio pode estar classificado como

intransferível devido a situações clínicas, encontrar-se pendente pois o utente está a realizar

tratamentos, e ter um agendamento activo, para realizar a cirurgia assim que terminar a terapêutica

médica:

Intransferível Sim □ Não

Pendência Sim □ Não

Suspensão □ Sim Não

Agendamento Sim □ Não

1.1.3.1. Intransferível

Os episódios em que o HO considere que a transferência pode ser clínica ou socialmente

prejudicial para o utente e este der o seu consentimento expresso, devem ser classificados como

intransferíveis, devendo os motivos que determinam essa classificação ser registados como

justificação e os documentos que fundamentam a condição de intransferível, anexados ao processo

clínico (justificação do atributo intransferível e consentimento do utente para a mesma). O

consentimento expresso do utente tem de ser realizado por escrito e anexado ao processo.

Quando atingidos os tempos regulamentares em vigor (TMRG), a sinalização deste atributo

poderá não impedir a transferência do utente. Este receberá uma carta a informá-lo da situação e a

disponibilizar uma emissão de NT/VC caso esteja interessado, visto o hospital não ter apresentado

solução em tempo útil.

1.1.3.2. Suspensão administrativa

A suspensão é um atributo do episódio na LIC que o impede de ser movimentado

(transferido), mas não interrompe a contagem do tempo de espera do utente.

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MGIC 2011 [Volume IV - Área Administrativa]

24/92 - IV | Gestão do Episódio - Fases Gerais

A suspensão é um acto administrativo que está previsto para impedir a movimentação do

episódio que, nalgumas etapas do processo, até pode ser gravosa para o utente. Trata-se de uma

situação excepcional que, quando ocorre, deve durar o mínimo tempo possível. Pode ser

determinada pelo hospital, pela URGIC ou pela UCGIC. A suspensão é determinada por motivos

exclusivamente técnicos ou por falta de informação, adequadamente justificados no SIGLIC, não

podendo ultrapassar cinco dias consecutivos ou dez dias interpolados.

1.1.3.3. Pendência da inscrição

Quando um utente se encontra na lista de inscritos para cirurgia significa que necessita e

encontra-se disponível para uma intervenção cirúrgica no sentido de resolver o seu problema ou

conjunto de problemas. A pendência é um atributo do episódio criado para auxiliar no processo de

suspensão do TE, quando o utente não se encontra disponível para a realização de eventos no HO

(incluindo cirurgia).

As pendências podem ser de dois tipos:

A pendência pessoal pode ser requerida pelo utente, antes da sua transferência, pelo

máximo de três vezes, por um período total de tempo igual ou inferior ao TMRG do episódio. O

utente tem de requerer por escrito esta pendência, mesmo que comunique a sua decisão por

telefone e a instituição hospitalar deve aceitar qualquer motivo apresentado como plausível, pois

esse tempo de espera é sempre da responsabilidade do utente (TE pára de contar na contagem

oficial do TE e para a instituição hospitalar).

O assistente técnico deve anexar o respectivo documento ao processo clínico. A pendência

pessoal deve ser registada no sistema de informação com a introdução obrigatória de data de início,

data de fim e descrição do motivo apresentado. O utente deve ser informado que a pendência do

seu episódio não pode ultrapassar o TMRG da sua prioridade e patologia, com risco de cancelamento

da sua inscrição em LIC.

A pendência clínica pode ser requerida pelo médico, desde que o utente dê o seu

consentimento por escrito, por um período de tempo acumulado não superior a quatro meses,

sempre que se verifique uma situação clínica que impede temporariamente a realização da cirurgia.

Neste contexto, entende-se por situação clínica, o estado de saúde do utente que impede a execução

de procedimentos com um grau de risco adequado, realização de tratamentos ou exames de

diagnóstico, durante um determinado período de tempo. A justificação do médico e o documento

escrito do consentimento do utente para a pendência por motivos clínicos devem constar no SIGLIC e

no processo do utente.

Pendência pessoal

Pendência clínica

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[Volume IV - Área Administrativa] MGIC 2011

Gestão do Episódio - Fases Gerais| IV - 25/92

Se, aquando da reformulação do plano de cuidados, for previsto um tempo de pendência

superior a quatro meses, o episódio deve ser cancelado. Assim que o utente voltar a ter indicação

cirúrgica, o clínico elabora nova proposta, que poderá ter uma alteração da prioridade clínica e

devem ser desencadeados os procedimentos administrativos subsequentes a uma nova inscrição.

1.1.3.4. Agendamento

1.1.3.4.1. Tempos Máximos de Resposta Garantidos

Com a publicação da Portaria n.º 1529/2008, de 26 de Dezembro foram definidos tempos

máximos de resposta garantidos (TMRG), discriminados por patologia/grupo de patologia e por nível

de nível de prioridade, existindo na actualidade os seguintes agrupamentos:

Ilustração 10 – Tempos Máximos de Resposta Garantidos (TMRG)

1.1.3.4.2. Cálculo do Tempo de Espera

Para efeito de agendamento da cirurgia, é necessário determinar a antiguidade do episódio

na LIC através do cálculo do tempo de espera.

O tempo de espera (TE) corresponde ao número de dias de calendário decorridos entre o

momento em que é proposta uma intervenção cirúrgica pelo médico especialista e o momento da

observação, da conclusão por cancelamento ou da realização da cirurgia, excluindo os tempos de

pendência (pessoal ou clínica) e o período que vai desde a emissão de NT/VC até à sua cativação ou

cancelamento. O exemplo descrito de seguida procura ilustrar o cálculo do tempo de espera:

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MGIC 2011 [Volume IV - Área Administrativa]

26/92 - IV | Gestão do Episódio - Fases Gerais

O episódio está classificado com nível de prioridade normal (1), e o utente é

portador de uma patologia do agrupamento geral. Solicitou ao hospital uma

pendência por motivos profissionais, enquanto aguardava no HO. Após esse período

e quando atingiu os 75% do TMRG, foi-lhe emitido um VC que utilizou num

determinado HD. Posteriormente, não compareceu a um evento solicitado pelo

hospital de origem para actualização do seu processo clínico, cujo agendamento o

utente tinha aceitado (tempo de espera não imputável ao HD).

Ilustração 11– Exemplo

O cálculo do TE é essencial para determinar a antiguidade do utente e assim ordenar

correctamente a LIC, de acordo com a prioridade e patologia. No entanto, para efeitos de

identificação de problemas do processo de gestão da LIC nos hospitais de origem e de destino, não

devem ser contabilizados tempos que não sejam da sua responsabilidade. Por exemplo, os cinco dias

que o hospital de destino pode aguardar pelo processo clínico do utente não são da sua

responsabilidade.

Tempo de Espera Integral (TEI) = ‘15.02.2010’ - ‘01.03.2009’ = 351 dias

Tempo de Espera do Utente (TE) = 351 – 51 – 18 = 266 dias

Tempo de espera do utente após cativação até à cirurgia = ‘15.02.2010’ – ‘28.11.2009’ = 79

dias

Tempo de espera do HD = 79 – 4 – 12 – 8 = 55 dias

Este utente pode aguardar pela sua cirurgia após cativação do NT/VC no HD até 25% do

TMRG, o que para a sua prioridade operacional corresponde a aproximadamente 70 dias, tendo

aguardado 79 dias. Para efeitos de penalização, o tempo máximo de espera não foi, todavia,

ultrapassado pelo hospital de destino, uma vez que este não é responsável pelo período de tempo de

envio do processo clínico e do tempo de actualização do mesmo pelo HO. Apesar disso, o utente

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[Volume IV - Área Administrativa] MGIC 2011

Gestão do Episódio - Fases Gerais| IV - 27/92

podia nesta situação ter solicitado, a partir do 70º dia de TE, a devolução do seu episódio ao HO ou a

emissão de novo vale cirurgia.

1.1.3.4.3. Regras de agendamento

1.1.3.4.3.1. Ordenação da LIC

De acordo com o Regulamento do SIGIC, a ordenação dos episódios para agendamento deve

ser realizada tendo em conta dois critérios - prioridade e antiguidade na LIC - conjugados, a partir da

publicação da Portaria n.º 1529/2008, com os tempos máximos de resposta garantidos definidos.

Assim:

A ordenação para agendamento deve ser realizada pela seguinte ordem de prioridade

operacional:

1º Nível Prioridade

•Estabelecida pelo médico especialista em função da doença e problemas associados, patologia de base, gravidade, impacto na esperança de vida, na autonomia e na qualidade de vida do utente, velocidade de progressão da doença e tempo de exposição à doença.

2ºAntiguidade na LIC (TE

Oficial)

•Em caso de igual nível de prioridade, é seleccionado em primeiro lugar o utente com tempo de espera oficial superior.

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MGIC 2011 [Volume IV - Área Administrativa]

28/92 - IV | Gestão do Episódio - Fases Gerais

Dentro de cada prioridade operacional, os agendamentos devem ser realizados tendo em

conta a antiguidade na LIC, traduzida pelo TE, ou seja, serão agendados em primeiro lugar os utentes

com maior TE.

1.1.3.4.3.2. Tempos máximos para agendamento da cirurgia

De acordo com a classificação da prioridade e patologia/grupo de patologia do utente, é

definido o tempo máximo para a realização do agendamento (registo), assim como os tempos de

antecedência para a notificação do utente da data da cirurgia pela entidade hospitalar.

Prioridade

Clínica

Prioridade

operacional Grupo de Patologia

Notificação do utente

da data da cirurgia

(dias)

TE para transferência/ agendamento

(dias)

1

270 Patologia Geral 20 203

60

Oncologia 20 45

2

Patologia Geral 10 30

45 Oncologia 10 23

3 15 Todas Patologias 5 5 (a pedido)

4 3 Todas Patologias Logo que possível -

Prioridade Operacional

270

60

60

45

15

3

Prioridade Clínica

1

1

2

2

3

4

Grupo de patologia

Geral

Oncológico

Geral

Oncológico

Geral

Oncológico

Geral

Oncológico

TMRG

270 dias

60 dias

60 dias

45 dias

15 dias

3 dias

60

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[Volume IV - Área Administrativa] MGIC 2011

Gestão do Episódio - Fases Gerais| IV - 29/92

A data do agendamento da cirurgia não deve ultrapassar o TMRG. O agendamento só impede

a transferência do episódio nas situações em que não tenha sido excedido o tempo máximo de

resposta garantido em vigor.

Para um utente classificado com prioridade clínica de nível 1, agrupamento geral ou seja

prioridade operacional 270, a entidade hospitalar pode registar o agendamento da cirurgia até ao

202º dia do tempo de espera oficial, impedindo a emissão de NT/VC e consequentemente a

transferência para outras unidades hospitalares. Todavia, o agendamento não impede a

transferência se a data da cirurgia agendada exceder o TMRG. Se, por exemplo, é registado um

agendamento ao 190º dia do TE de uma cirurgia que será realizada ao 290º dia do TE, a transferência

pode ocorrer a qualquer momento, a partir do 203º dia, uma vez que o agendamento não está

conforme.

Se o TMRG tiver sido ultrapassado, o agendamento tem de ser registado com um máximo de

20 dias de antecedência em relação à data da cirurgia, ou seja, o registo do agendamento não deve

ser realizado com uma antecedência superior a 20 dias à data da cirurgia agendada. Caso o

agendamento seja registado com uma antecedência superior, não há impedimento à transferência

do episódio se estiverem reunidas todas as condições necessárias para a mesma.

1.1.3.4.3.3. Agendamentos na mesma LIC (intra)

De forma a respeitar o princípio de equidade no acesso à cirurgia, o regulamento do SIGIC

estabelece um conjunto de regras que visa garantir a aplicação deste princípio. Assim, as entidades

hospitalares são incentivadas a respeitar a ordenação do agendamento mencionada anteriormente.

Respeitando os critérios de agendamento por prioridade operacional e antiguidade (TE), a

data de agendamento da cirurgia pode variar entre cinco e quinze dias úteis, desde que essa variação

se fundamente na gestão mais eficiente dos tempos de funcionamento do BO.

1.1.3.4.3.4. Agendamento entre LIC (inter)

Sempre que dois serviços/unidades funcionais ofereçam o mesmo procedimento, precisam

ambos de:

Ou assegurar que têm tempos aproximados de resolução;

Ou transferir utentes de maior prioridade e com maior antiguidade para o

serviço/unidade funcional com melhor tempo de resolução.

Assim, sempre que um serviço/unidade funcional apresentar melhores tempos de resolução

na realização de uma determinada intervenção cirúrgica, ao agendar um seu utente deve verificar se

existe algum utente no outro serviço que, tendo a mesma prioridade e tipo de patologia, tem mais

30 dias de tempos de espera que aquele que irá ser operado. Se assim for, não deve intervencionar o

utente com menor tempo de espera.

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MGIC 2011 [Volume IV - Área Administrativa]

30/92 - IV | Gestão do Episódio - Fases Gerais

Para uma instituição hospitalar garantir a equidade no agendamento sem preocupação maior

de gestão, necessita de apresentar uma LIC cujos tempos máximos de espera entre serviços não

sejam superiores a 30 dias.

1.1.3.4.4. Registo e Contactos do agendamento

A aplicação informática de suporte ao SIGIC disponibiliza informação referente ao

agendamento da cirurgia. É recomendável que o processo e as boas práticas para este tipo de

agendamento sejam igualmente observados em todos os eventos que necessitam de planeamento e

convocação do utente.

Independentemente do tipo de evento a agendar, o hospital deve desenvolver práticas que

promovam a recolha da informação necessária para a correcta gestão do episódio. Por exemplo,

quando um utente não comparece a uma consulta pré-operatória para a qual foi notificado

atempadamente, o agendamento deve ser cancelado e o motivo registado. Se a justificação

apresentada não for um motivo considerado como plausível pela instituição deverá haver uma

conclusão por cancelamento por incumprimento do regulamento.

No esquema seguinte é apresentado o conjunto de acções a realizar para registo e contacto para o agendamento.

Agendamento

Inscrição

Re

sp

on

ve

l d

o

Se

rviç

o/U

nid

ad

eA

dm

inis

tra

tivo

/UH

GIC

Início

Determinar lista

final de utentes p/

agendar

Extrair lista de

utentes p/ agendar

Relatório SIH

Relatório

SIGLIC

NãoSim

Contactar utente

Registar resultado

do contacto no SI

Utente

contactável?

Registar (novo)

agendamento no

SI

Enviar carta

registada para

confirmação de

contactos

Utente

responde até

15 dias?

Utente desiste

da cirurgia?Sim

Não

Utente aceita

data proposta?

Utente pede

novo

agendamento?

Colocar episódio

pendente a pedido

do utente

Não Não

Agendar episódios

pré-operatórios

Comparência

aos episódios

pré-operatórios

Cancelar

agendamento e

registar motivo de

recusa no SI

Cancelamento

da inscrição

Fim

Validação do

motivo de

recusa

Motivo

plausível?

3ª recusa s/

motivo

plausível?

Sim

Não

Sim

Não

Sim

Sim

Inscrição

disponível para

agendamento

Não

Lista final

conforme regras

SIGIC?

Sim

Entregar lista final

de utente p/

agendarNão

Sim

Registar o

contacto no SI

Agendamento

ultrapassado?

Não

Sim

Registar o

contacto no SI

Nota: Todos os contactos realizados com o utente, independentemente do meio de comunicação utilizado, devem ser registados no sistema de informação.

1. Extrair lista de utentes para agendar

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[Volume IV - Área Administrativa] MGIC 2011

Gestão do Episódio - Fases Gerais| IV - 31/92

A lista de agendamento (LIC ordenada por prioridade operacional e antiguidade do utente)

pode ser retirada do SIGLIC ou do sistema de informação hospitalar. Contudo, qualquer que seja a

fonte, devem ser tidas em conta as regras de ordenação da LIC para o agendamento. Esta tarefa

pode ser desempenhada por elementos da UHGIC ou pelos respectivos serviços cirúrgicos, conforme

organização interna. A lista deve ser entregue ao responsável de serviço/unidade funcional.

2. Elaborar e entregar lista final de utentes para agendar

O responsável de serviço/unidade funcional deve planear a produção cirúrgica, tendo em

conta a lista que recebeu. Para que ocorra uma gestão mais eficiente dos tempos de funcionamento

do bloco pode existir a necessidade de alterar a ordenação. No entanto devem ser respeitadas as

tolerâncias na variação na data da marcação da cirurgia, como previstas no regulamento.

3. Registar os agendamentos no SI

Os agendamentos devem ser registados no SI logo após a entrega da lista de agendamento,

antes mesmo dos contactos com os utentes, ainda que estes possam vir a não aceitar a data

proposta. Este registo é importante para se cumprir mais tarde as regras do Regulamento do SIGIC,

em matéria de recusa das datas de agendamento por parte dos utentes, que podem originar a

conclusão por cancelamento da inscrição.

4. Contactar os utentes

O contacto para agendamento da cirurgia pode não ser tarefa exclusiva do assistente

técnico. Para gerir com maior eficácia as situações clínicas ou a proposta de reagendamento

apresentada pelo utente no decurso do contacto, este pode ser realizado pelo cirurgião. Os

contactos devem ser estabelecidos através de todos os meios de comunicação disponibilizados pelo

utente, devendo ser realizado prioritariamente por telefone e, se possível, em horário pós-laboral.

Para isso, sugere-se o recurso ao pessoal assistente técnico que dá apoio ao hospital após as 18

horas, devendo-se, em qualquer caso, assegurar que estes profissionais estão na posse de todos os

elementos necessários para contactar o utente.

A notificação dos agendamentos cirúrgicos deve anteceder a data da marcação da cirurgia

em pelo menos vinte, dez e cinco dias úteis, consoante os utentes se encontrem classificados

respectivamente nos níveis de prioridade clínica 1, 2 e 3. No caso de incumprimento do hospital dos

tempos regulamentares, o utente pode recusar o agendamento com motivo plausível. A data

proposta ao utente para a realização da cirurgia após este tipo de recusa devem ter um intervalo

entre si de, pelo menos, 5 ou 10 dias, consoante se trate de utentes classificados respectivamente

nos níveis 2 e 1.

Aquando do contacto para notificação da data do agendamento ou no prazo de dois dias, o

utente deve ser informado da documentação a apresentar no dia da sua intervenção e dos eventuais

procedimentos preparatórios que deve efectuar, ou seja, dieta, medicação, exames, tratamentos ou

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MGIC 2011 [Volume IV - Área Administrativa]

32/92 - IV | Gestão do Episódio - Fases Gerais

consultas pré-operatórias e outras indicações que sejam consideradas necessárias, tais como a

necessidade de jejum num período de tempo prévio à intervenção. O responsável pelo contacto deve

garantir o agendamento dos eventos pré-operatórios antes da data do internamento ou fornecer a

informação necessária para que utente possa proceder à marcação oportuna dos respectivos

eventos. Qualquer acontecimento da responsabilidade da instituição hospitalar que impeça, ainda

que temporariamente, a realização dos eventos pré-operatórios e obrigue ao adiamento da cirurgia,

requer o cancelamento do agendamento e a descrição do respectivo motivo. A nova data para a

realização da cirurgia não deve superar a anterior em mais de 5 ou 10 dias, consoante se trate

respectivamente de utentes classificados nos níveis 2 e 1.

Se o utente for informado presencialmente sobre a data de agendamento da cirurgia, a

informação deve ser registada no SI, nomeadamente a data do contacto (presencial) e teor do

mesmo.

Todos os contactos com o utente têm de ficar registados no sistema informático e anexados

ao processo clínico assim como o seu resultado, assegurando-se no mínimo a recolha da seguinte

informação:

Data do contacto;

Tipo de contacto utilizado (i.e., telefone, fax, carta, etc.);

Motivo do contacto (agendamento,…);

Resultado do contacto o Incontactável/Aceitou/Não aceitou; o Necessidade de transporte especial; o Preocupações expressas pelo utente; o Tipo de recusa (pessoais, clínicas); o Descrição da recusa; o Classificação do motivo de recusa apresentado (plausível/não plausível); o Acção subsequente (novo agendamento, pendência clínica ou pessoal

cancelamento das propostas); o Motivo de cancelamento (caso exista); o Consulta para averiguar a indicação cirúrgica (reinscrição).

Responsável pelo contacto (nome da pessoa que realizou o contacto).

5. Utente incontactável

Sempre que o utente estiver incontactável, deve ser enviada uma carta registada (carta ou

telegrama), dando-se-lhe um prazo de quinze dias para a resposta. No caso de não se obter resposta,

o agendamento deve ser cancelado por motivo utente incontactável e o episódio cancelado

posteriormente pelo mesmo motivo, com envio de carta de saída da LIC ao utente, no prazo máximo

de cinco dias úteis.

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Gestão do Episódio - Fases Gerais| IV - 33/92

6. Utente recusa agendamento

O assistente técnico/cirurgião responsável pelo contacto dos utentes para agendamento da

cirurgia pode, num único contacto, dar alternativas de datas ao utente para o caso de recusa da

primeira/segunda proposta de agendamento. No entanto, para que exista uma correcta gestão dos

agendamentos, é necessário registar todo e qualquer contacto e, em cada um deles, os vários

agendamentos que podem ter sido propostos ao utente. Deste modo, sempre que um utente for

informado de uma possível data de agendamento, esta deve ser inserida no SI e, caso não seja aceite

pelo utente, deve também ser registada a justificação da recusa da data do agendamento. Só assim,

pode ser fundamentada uma acção posterior de cancelamento da inscrição em LIC.

De modo a evitar situações sucessivas de cancelamento do agendamento por recusa, o

assistente técnico deve, durante o contacto com o utente, questionar se a sua falta de

disponibilidade para a data sugerida é pontual ou se é previsível encontrar-se indisponível por um

período de tempo prolongado (mais de 15 dias). Caso se confirme esta última situação, deve sugerir

ao utente que peça o adiamento temporário da sua cirurgia através do pedido de pendência pessoal

da sua inscrição para o respectivo período, apresentando ao hospital a justificação do mesmo, por

escrito.

No caso da programação cirúrgica ter sido efectuada com muita antecedência, sugere-se que

a instituição hospitalar efectue um segundo contacto para confirmar a disponibilidade do utente,

confirmando a data da intervenção, dois a três dias antes do internamento. Neste contacto, devem

ser de novo explicitadas as condições necessárias inerentes à sua admissão (tais como o local e

horário de recepção, material necessário e documentação a apresentar), com o objectivo de

minimizar as faltas dos utentes e suas consequências.

1.1.3.4.5. Cancelamento do Agendamento

O cancelamento do agendamento de qualquer evento deve ser realizado preferencialmente

logo após a sua recusa ou falta de comparência ao mesmo.

Sempre que o evento não é realizado ou há necessidade de o adiar, é essencial cancelar o

agendamento registado no SI, utilizando o motivo de cancelamento correcto, pois só assim estão

fundamentadas as acções de cancelamento da inscrição na LIC ou outras. Esse cancelamento deve

ser realizado no prazo de 10 dias úteis, após o qual a instituição hospitalar incorre numa

irregularidade no processo. Os vários motivos de cancelamento de um agendamento da cirurgia

existentes na aplicação informática de suporte ao SIGIC estão subdivididos em quatro grandes

categorias:

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MGIC 2011 [Volume IV - Área Administrativa]

34/92 - IV | Gestão do Episódio - Fases Gerais

Recomenda-se como prazo aceitável, cinco dias úteis para apresentação da

justificação, por parte do utente, da falta aos eventos agendados.

Após este prazo a instituição hospitalar deve cancelar a inscrição, nos termos do

Regulamento do SIGIC e do manual.

A entidade hospitalar pode criar uma nomenclatura própria de motivos no seu SI, no entanto

tem sempre de relacioná-los (mapeá-los) com os seguintes motivos existentes no SIGLIC:

1. Responsabilidade do utente por motivos não clínicos;

2. Motivos clínicos;

3. Responsabilidade da instituição hospitalar;

4. Responsabilidade de terceiros.

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Gestão do Episódio - Fases Gerais| IV - 35/92

1.1.3.4.5.1. Responsabilidade do utente por motivos não clínicos

1.1.3.4.5.2. Motivos clínicos

•Utente recusa data de agendamento do evento sem apresentar motivo plausível. Deve ser registado o motivo apresentado.

Utente recusa s/ motivo plausível

•Utente recusa data de agendamento do evento apresentando motivo plausível. Deve ser registado o motivo apresentado.

Utente recusa c/ motivo plausível

•Utente falta ao evento (cirurgia, consulta, MCDT, …) sem apresentar motivo ou sem motivo plausível. Caso se adeque, deve ser registado o motivo apresentado.

Utente falta a evento s/ motivo plausível

•Utente falta ao evento (cirurgia, consulta, MCDT, …) mas apresenta motivo plausível. Deve ser registado o motivo apresentado.

Utente falta a evento c/ motivo plausível

•Quando o utente no decurso do contacto do agendamento ou posteriormente desiste da realização da cirurgia e pretende o cancelamento da sua inscrição. Deve ser registada a razão apresentada.

Utente desiste da cirurgia

•Motivo utilizado após ter recorrido a todos os meios de contacto disponibilizados pelo utente, sendo o último obrigatoriamente por carta registada ou telegrama,sem resposta nos 15 dias posteriores ao envio. Devem ficar registados os contactos efectuados (data e via).

Utente incontactável

•Situação de morte do utente. Deve ser registada a data do óbito.

Óbito

•Motivos clínicos que impedem a realização da cirurgia. Pode ser devido a instabilidade clínica, realização de tratamentos que impeçam a intervenção ou mesmo perda de indicação cirúrgica.

Outros motivos clínicos

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36/92 - IV | Gestão do Episódio - Fases Gerais

1.1.3.4.5.3. Responsabilidade da instituição hospitalar

•Para que exista uma gestão eficaz do BO, pode ser necessário agendar um número superior de utentes relativamente ao tempo de BO disponível. Deve ser usado este motivo, caso não seja possível operar um utente agendado nesta situação.

Suplentes agendados não operados

•Insuficiência de recursos físicos ou humanos a nível do bloco operatório.

Incapacidade de resposta do BO

•Insuficiência de recursos físicos ou humanos a nível do serviço/enfermaria do serviço/unidade funcional.

Incapacidade de resposta do serviço/enfermaria

•Situação clínica de um utente resolvida no mesmo tempo cirúrgico durante a resolução de outra situação. Deve ser registado o episódio funcional que resolveu o plano de cuidados.

Operado no âmbito de outro episódio no hospital

•Quando a instituição hospitalar perde a capacidade para executar a intervenção e cancela o agendamento, para realizar uma transferência da responsabilidade por acordo entre instituições hospitalares (caso seja um HO) ou para devolver o utente ao HO (caso seja um HD).

Perda de capacidade de intervenção

•Quando o utente foi intervencionado no decurso de um agravamento súbito da sua situação clínica no serviço de urgência da instituição hospitalar em que se encontra inscrito. Deve ser registada a data da cirurgia.

Operado no serviço de urgência do HO

•Este motivo deve ser utilizado sempre que a necessidade de cancelar o agendamento decorre de um erro de introdução do registo. Deve ser descrito o motivo.

Erro administrativo

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Gestão do Episódio - Fases Gerais| IV - 37/92

1.1.3.4.5.4. Responsabilidade de terceiros

A instituição hospitalar deve solicitar ao utente a comunicação da sua decisão de recusa do

agendamento por qualquer meio escrito, carta, fax, correio electrónico, comprovada, sempre que

seja adequado, por documento oficial comprovativo da impossibilidade de aceitação da data

proposta. Antevendo a dificuldade da recolha por escrito das intenções manifestadas pelo utente,

realça-se a necessidade do registo e teor pormenorizado dos contactos efectuados com o mesmo, de

forma a constituir fundamento da acção de cancelamento do agendamento e outras. Em sede de

auditoria, todos os episódios que não contenham esta fundamentação, são considerados não

conformes.

Os motivos apresentados pelos utentes para a recusa de um agendamento ou falta a um

evento podem ser classificados como plausíveis ou não. A determinação da lista de motivos

plausíveis é da responsabilidade de cada instituição hospitalar, não podendo, contudo serem

excluídos os seguintes motivos definidos em lei (Lei n.º 7/2009, de 12 de Fevereiro):

Maternidade, paternidade e adopção;

Assistência a membros do agregado familiar;

Licença de casamento;

Falecimento do cônjuge, parente ou afim;

Prestação de prova em estabelecimento de ensino;

•Operado no âmbito de outro episódio no âmbito do SIGIC ou fora dele. Deve ser registado o nome da instituição e a data da cirurgia.

Operado noutra instituição

•Este motivo só deve ser utilizado por um HD para cancelar o agendamento de uma cirurgia que o HO irá realizar.

A pedido do HO p/ agendamento

•Este motivo só deve ser utilizado por um HD para cancelar um agendamento de uma cirurgia que o HO realizou indevidamente.

Operado de forma programada no HO

•Este motivo deve ser utilizado quando ocorre um erro da tutela ou de terceiros no processo de transferência do episódio que obriga ao cancelamento do agendamento e respectiva devolução do episódio. Deve ser registado o motivo apresentado.

Erro no processo de transferência

•Cancelamento decorrente de greve dos profissionais da instituição hospitalar que sejam impeditivos da realização da cirurgia.

Greve

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38/92 - IV | Gestão do Episódio - Fases Gerais

Baixa ou prescrição médica;

Deslocação a estabelecimento de ensino para reuniões necessárias sobre a educação do

menor a cargo;

Trabalhador eleito para estrutura de representação colectiva dos trabalhadores, no

âmbito dessas funções;

Candidato a cargo público, nos termos da correspondente lei eleitoral, no âmbito dessas

funções;

Instituição hospitalar notifica os utentes da data de realização da cirurgia num prazo

inferior a vinte, dez ou cinco dias, correspondente ao nível de prioridade 1, 2 e 3

respectivamente.

De acordo com o contexto em que a instituição está inserida e a sua política, pode existir a

necessidade de aceitar outros motivos como plausíveis. Assim sendo, a instituição hospitalar deve

listá-los e publicá-los, informando os serviços para os devidos efeitos.

Os reagendamentos decorrentes dos cancelamentos imputáveis à instituição hospitalar, não

devem distar mais de dez ou cinco dias da data de agendamento anterior, para prioridade clínica 1 e

2 respectivamente, respeitando-se sempre os TMRG em vigor. Os motivos de cancelamento são os

seguintes:

Suplentes agendados não operados;

Incapacidade de resposta do BO;

Incapacidade de resposta do serviço/enfermaria;

Utente recusa c/ motivo plausível (motivo: agendamento notificado pela entidade

hospitalar fora dos prazos legais em vigor).

O utente pode recusar duas vezes a data proposta para o agendamento sem apresentar

motivo plausível, ainda que sejam sempre respeitados pelo hospital os direitos dos utentes e os

prazos legais em vigor para a notificação do agendamento. Aquando do terceiro agendamento, após

recusa dos dois primeiros sem motivo plausível, o utente deve ser alertado que uma terceira recusa

sem motivo plausível dará origem a um cancelamento da inscrição.

1.1.3.5. Comparência aos eventos pré-operatórios

Após a aceitação do agendamento proposto, devem ser iniciados os preparativos do utente

para a cirurgia, tendo em conta a data prevista. O assistente técnico responsável deve contactar o

utente no prazo máximo de 2 dias a contar da data da notificação do agendamento para marcação

dos eventos clínicos pré-operatórios, onde será reavaliada a sua situação clínica e eventualmente

efectuada a actualização de MCDT e conformidade da proposta. O processo clínico do utente deve

ser actualizado atendendo às linhas programáticas definidas pela instituição hospitalar e pelo

serviço/unidade funcional cirúrgico para compor este conjunto de informação.

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Gestão do Episódio - Fases Gerais| IV - 39/92

O utente deve ser informado da documentação a apresentar no dia da sua intervenção e de

eventuais procedimentos preparatórios que deva efectuar tendo em vista a cirurgia, (dieta,

medicação, exames, tratamentos ou consultas pré-operatórias e outras indicações que sejam

consideradas necessárias, tais como a necessidade de jejum num período de tempo prévio à

intervenção).

A instituição hospitalar deve garantir que a avaliação do utente para a cirurgia é

efectuada com a antecedência necessária a fim de não comprometer o programa

operatório3.

Como norma, a instituição hospitalar deve protocolar os exames complementares de

diagnóstico e as indicações de avaliação pré-anestésica, assim como estabelecer o

prazo de validade dos estudos pré-operatórios. As marcações devem ter em conta a

validade dos estudos e a data previsível de cirurgia para evitar repetições de exames.

A UHGIC deve assegurar o acompanhamento do utente desde o início do processo.

Deste modo, qualquer eventualidade que impeça a cirurgia, ainda que

temporariamente, será automaticamente actualizada no registo do utente na LIC,

evitando-se agendamentos inconsequentes.

Recomenda-se que a instituição hospitalar na véspera dos eventos notifique o utente,

via telefone ou SMS, do respectivo agendamento do evento, de forma a evitar faltas

de comparência aos eventos.

Após a comparência do utente aos episódios pré-operatórios, deve ser efectuado o registo

informático da realização desses eventos. Destaca-se que a falta de comparência do utente aos

eventos, tem de ser registada no processo clínico, assim como o motivo e a sua classificação de

plausível ou não.

A inscrição do utente deve ser cancelada na LIC, sempre que aquele não comparece a um

episódio pré-operatório ou à cirurgia e se verifique uma das seguintes situações:

a) Falta sem apresentar um motivo plausível;

b) Falta mais de 2 vezes mesmo apresentando motivo plausível.

Caso o utente não compareça a um evento pré-operatório mas apresente um motivo

plausível e não ultrapasse o número máximo de faltas permitidas (duas), o assistente técnico deve

cancelar o agendamento do utente no sistema de informação, passando o registo a estar novamente

disponível para novo agendamento.

3 Programa operatório – lista de participantes (utentes e equipas) numa determinada actividade do bloco operatório.

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40/92 - IV | Gestão do Episódio - Fases Gerais

Obrigatoriamente o hospital deve realizar uma consulta de reavaliação (pré-operatória ou pré-

transferência) que serve para actualizar o processo clínico do utente classificado com nível de

prioridade 1, para a realização da cirurgia ou para a transferência (70% do TMRG).

1.1.4. Etapa da Transferência

Sempre que a instituição hospitalar de origem não consiga garantir a realização ou o

agendamento da cirurgia até 100% do TMRG, o serviço/unidade funcional tenha perdido a

capacidade técnica para realizar a cirurgia ou apresente piores tempos de acesso que outro que

tenha a mesma capacidade cirúrgica, pode dar-se início à etapa de transferência. As transferências

encontram-se organizadas da seguinte forma:

Ilustração 12 – Tipos de Transferência

Quando por qualquer razão o serviço/UF estabelece que não vai prosseguir com as acções

previstas no plano de cuidados e por esse motivo ocorre uma transferência da responsabilidade do

tratamento integral do utente entre serviços/unidades funcionais da mesma instituição, o episódio

funcional é concluído por transferência e é criado um novo plano de cuidados associado a um novo

episódio funcional, que carece de ser validado pelo responsável do novo serviço e objecto de

renovação do consentimento por parte do utente. Não obstante, o episódio único mantém-se e o TE

do utente agrega os TE dos dois episódios funcionais. Estas transferências são promovidas pelo

próprio hospital.

Transferência

Da responsabilidade

Intra-hospitalar

Por acordo

Inter-hospitalar

Por acordo Por emissão de

NT/VC

Da cirurgia

Por emissão de NT/VC

Transferência da responsabilidade do episódio entre instituições hospitalares por acordo entre

responsáveis de serviço/unidade funcional (inter-hospitalar por acordo)

Transferência da responsabilidade do episódio na mesma Instituição hospitalar (intra-hospitalar)

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Gestão do Episódio - Fases Gerais| IV - 41/92

Se a transferência ocorrer no âmbito da rede de referenciação nacional, a instituição que

transfere deve proceder ao registo da transferência integral do plano de cuidados do utente e a

instituição que recebe, deve validar a informação. Assim, o episódio é concluído por transferência da

responsabilidade, no hospital que envia e, no que recebe, é inscrita uma nova proposta cirúrgica,

devendo as situações serem registadas nos SIH das respectivas instituições.

Nesta modalidade de transferência, o conceito de episódio único do utente não se altera,

mantendo-se agregada no SIGLIC a informação de ambos os hospitais e a contagem ininterrupta do

tempo de espera, embora seja exigida revalidação do plano de cuidados por parte do responsável do

novo serviço/unidade funcional e novo consentimento do utente.

A transferência da responsabilidade integral para a instituição que recepciona o utente, com

emissão e cativação de NT/VC, ocorre no âmbito de programas especiais, de acordo com tempos

regulamentados, como é o caso do PTCO, e envolve não só a realização da intervenção cirúrgica, mas

a responsabilidade de solução global da doença, incluindo a avaliação do doente e da doença e o

seguimento pós-cirúrgico, durante um período determinado. Assim é necessário que haja validação

do responsável de serviço/UF, no entanto a nota de consentimento do utente é coincidente com o

acto de cativação pelo utente. Estas transferências estão sujeitas às regras gerais, excepto no que

respeita aos requisitos para avaliação da proposta e ao período de catamnese.

Esta transferência, operada pela emissão e cativação de NT/VC, implica apenas a

transferência da prestação dos procedimentos cirúrgicos relativos ao(s) problema(s) identificado(s) e

às eventuais intercorrências da responsabilidade da instituição hospitalar ou complicações

identificadas até 60 dias após a alta hospitalar. Após a cirurgia, os restantes tratamentos

complementares, quando necessários e a avaliação dos serviços prestados no HD, são da

responsabilidade do HO que inscreveu o utente em LIC.

Hospital de origem

UCGIC Emissão NT/VC

Cativação do NT/VC

no HD

Transferência da cirurgia

Transferência da responsabilidade do episódio entre instituições hospitalares por utilização de

NT/VC (inter-hospitalar por emissão de NT/VC)

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42/92 - IV | Gestão do Episódio - Fases Gerais

Ilustração 13 – Etapas da tranferência

Nos próximos números é descrito o processo de transferência por emissão de NT/VC, quer

seja com transferência integral do episódio, quer apenas da cirurgia.

1.1.4.1. Gestão das Transferências até cativação de NT/VC

1.1.4.1.1. Preparativos para a transferência

Nos casos em que o episódio é transferível, o hospital de origem é responsável pela

preparação do processo clínico do utente, para posterior envio ao hospital de destino seleccionado

pelo utente.

A aplicação SIGLIC sinaliza os utentes que atingem 45% (prioridade 2 e 3) e 70%

(prioridade 1) do TMRG, assim como de todos os que atingem 95% daquele tempo,

solicitando a preparação do processo.

Sempre que haja agendamento da cirurgia ou se atinja 70% do TMRG, o utente classificado

no nível de prioridade 1 (patologia geral) deve ser convocado para reavaliação da sua situação clínica,

eventual actualização de MCDT e verificação da conformidade da proposta. Esta consulta de

reavaliação serve para completar e actualizar o processo clínico do utente para a cirurgia ou para

uma eventual transferência.

A preparação do processo clínico do utente que inclui a revisão do plano de cuidados inicial,

os resultados dos eventos clínicos pré-operatórios (exames, consultas e tratamentos) e qualquer

informação adicional que o hospital considere importante para a realização da cirurgia proposta ao

utente. Pressupõe-se que no processo clínico se encontre registada toda a informação necessária e

pertinente -à construção de um juízo independente sobre a adequação da proposta cirúrgica à

patologia do utente e à preparação para a realização da cirurgia.

Embora não esteja estabelecido nenhum prazo para actualização do processo clínico, entre a

data do último MCDT/observação clínica e a data da consulta no HD, o processo clínico deve estar

actualizado seja para efeito da transferência, seja para efeito da realização da cirurgia. O hospital

deve proceder de acordo com a legis artis, para que o processo clínico se encontre suficientemente

completo e actual, de modo a permitir documentar o médico, com actualidade, sobre a situação

clínica do utente, programar e realizar a cirurgia.

Como indicação geral, os exames não devem ter mais de 2 meses de antiguidade à

data da cirurgia.

A informação relativa à existência de patologias ou problemas associados, relevantes para os

tratamentos e necessidades peri-operatórias específicas do utente, deve estar actualizada no SIH e

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Gestão do Episódio - Fases Gerais| IV - 43/92

constar do processo do utente. A UHGIC deve verificar atempadamente se o processo contém a

informação devidamente actualizada, caso contrário, deve providenciar a actualização da mesma.

Todos os elementos relevantes do processo devem ser digitalizados para poderem ser transferidos

para o HD.

Após a transferência do utente, o processo clínico deve ser enviado ao hospital de destino no

prazo máximo de cinco dias úteis. O envio do processo clínico ao HD ou novo HO4 e o pagamento das

despesas inerentes a esse envio são da responsabilidade da instituição hospitalar de origem.

1.1.4.1.1.1. Episódios sem condições para transferência

Existem situações que impedem a transferência de episódios para outras instituições

hospitalares. Essas situações podem ser de dois tipos: as que carecem de correcção ou complemento

da informação registada no processo e proposta para que ocorra a transferência e as que só são

passíveis de serem resolvidas na instituição hospitalar de origem.

Ilustração 14 – Situações que impedem a transferência de episódios para outras instituições hospitalares

4 Instituição que recepciona o utente no âmbito de uma transferência da responsabilidade integral, com emissão e cativação de NT/VC e ocorre no âmbito de programas especiais, de acordo com tempos regulamentados, como é o caso do PTCO, e envolve não só a realização da intervenção cirúrgica, mas a responsabilidade de solução global da doença, incluindo a avaliação do doente e da doença e o seguimento pós-cirúrgico, durante um período determinado.

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44/92 - IV | Gestão do Episódio - Fases Gerais

Deste modo, o HO deve analisar os motivos impeditivos da transferência e agir em

conformidade com a situação identificada, para que possa ser oferecida ao utente outra hipótese de

resolução da sua necessidade cirúrgica.

As situações que requerem análise e correcção/complemento da informação dizem respeito

a erros de codificação, exigindo-se por isso a rectificação dos códigos inválidos e dos dados ou falta

dos mesmos no processo do utente.

Ilustração 15 – Análise das situações que impedem a transferência de episódios para outras instituições hospitalares

A falta de oferta pode ser transitória e verifica-se quando a capacidade de cativação do HD se

encontra acima do limite estipulado ou definitiva, quando não existe oferta do procedimento

noutros prestadores de cuidados cirúrgicos.

Os episódios classificados como intransferíveis, sem oferta no exterior, com patologias

impeditivas de transferência ou suspensos por indicação do serviço/UF devem ser sinalizados, a

partir dos 75%/50% do TMRG e comunicados ao responsável do serviço/UF para que este decida em

conformidade.

Tal como já foi referido, os episódios com agendamento activo válido ou

suspensão/pendência activa adequada, impedem a emissão de NT/VC e consequentemente a

transferência para outros prestadores.

1.1.4.1.2. Transferências para outra instituição hospitalar

A transferência para outra instituição hospitalar, através da emissão de NT/VC, pode ocorrer

com responsabilidade integral para a instituição que recepciona ou apenas com responsabilidade

cirúrgica. O primeiro caso ocorre no âmbito de programas especiais, como o PTCO e envolve não só a

realização da intervenção cirúrgica, mas também a responsabilidade pela solução da doença,

incluindo o seguimento pós-cirúrgico, durante um período determinado. O segundo caso surge

quando o HO não garante a realização da cirurgia no tempo máximo de resposta garantido,

mantendo-se, no entanto, o acompanhamento integral do utente na esfera da responsabilidade da

instituição de origem.

SITUAÇÕES IDENTIFICADAS ANÁLISE ACÇÕES

Incorrecção nos dados de identificação do utente

1. Morada incompleta

2. Data de nascimento não preenchida

Contactar utente para validação e correcção/registo de dados

Codificação inválida

1. Códigos de diagnósticos inválidos

2. Códigos de procedimentos inválidos

Reportar ao médico codificador responsável

para correcção

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Gestão do Episódio - Fases Gerais| IV - 45/92

Ambas as transferências estão sujeitas às mesmas regras, excepto nas fases pós-cirúrgicas.

1.1.4.1.2.1. Tempos de Transferência e Cirurgia

A transferência de utentes para outras instituições hospitalares integradas no SNS ou

unidades convencionadas é obrigatória sempre que o hospital de origem, com os seus recursos, não

possa garantir a realização da cirurgia dentro dos TMRG estabelecidos por prioridade e por

patologia/grupo de patologia, presumindo-se a falta de garantia quando a cirurgia não for agendada

dentro dos prazos legais em vigor.

1.1.4.1.2.2. Emissão de NT/VC e Cancelamento de NT/VC

1.1.4.1.2.2.1. Emissão de NT/VC

Quando são atingidos os tempos de espera em vigor para a transferência, os episódios são

transferidos para a UCGIC. Iniciada esta fase de transferência, a instituição hospitalar de origem fica

impedida de realizar o agendamento de consultas, tratamentos pré-cirúrgicos ou a intervenção

cirúrgica, excepto o pedido do HD ou da URGIC de consultas e MCDT em falta, com vista à

actualização do processo clínico. Nas situações em que a transferência é da responsabilidade integral

do tratamento do utente, o HO deixa de ter qualquer responsabilidade sobre o mesmo.

No entanto, é necessário reunir previamente um conjunto de informações/condições para

que a emissão de NT/VC possa ocorrer:

1. Dados pessoais do utente correctamente preenchidos:

a) Morada completa (incluindo código postal);

b) Data de nascimento registada.

2. Proposta cirúrgica correctamente codificada:

a) Códigos de diagnóstico e procedimento válidos.

3. Episódio classificado como transferível;

4. Utente sem patologia associada impeditiva de transferência;

5. Instituições hospitalares com disponibilidade:

a) Que ofereçam todos os procedimentos propostos;

b) Que não tenham a aguardar utentes com mais do que 25% TMRG (mais tolerância do

registo nos prazos legais em vigor);

c) Que apresente as condições de suporte peri-operatório necessárias ao utente.

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46/92 - IV | Gestão do Episódio - Fases Gerais

Automaticamente, podem no limite ser emitidos dois NT/VC. Sempre que possível, a primeira

emissão (75% TMRG para nível de prioridade 1 e 50% TMRG para nível de prioridade 2), é realizada

para instituições hospitalares do SNS, através de nota de transferência. No caso de indisponibilidade

de hospitais no distrito de residência do utente, é emitido um vale cirurgia para todos os hospitais

disponíveis. Se o utente optar por permanecer no HO ou o episódio for devolvido à origem, aos 100%

do TMRG é-lhe emitido novo VC. Se utente mantiver a sua oponibilidade à transferência, o sistema

não realiza mais emissões automáticas de VC, podendo emitir manualmente apenas a seu pedido,

decorridos, no mínimo, 30 dias, sobre a data de expiração do prazo de validade do VC recusado.

Ilustração 16 – Emissão de NT/VC

Caso o utente contacte a UHGIC/URGIC, a pedir a emissão de NT/VC, o assistente técnico

deve solicitá-lo à UCGIC, através do SIGLIC. Em situação de dúvida da entrega do NT/VC ao utente, o

assistente técnico pode identificar o número de registo da carta, associado ao NT/VC emitido,

através da aplicação SIGLIC, podendo pesquisar na página da internet dos CTT, na área de pesquisa

de objectos, o percurso da correspondência enviada com o NT/VC.

Emissão de NT/VC

Nota de transferência

Hospitais do SNS

Vale cirurgia

Hospitais do sector privado e social convencionados e do SNS

Vale cirurgia

Hospitais do sector privado e social convencionados e do SNS

50% ou 75% do

TMRG

100% do TMRG

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Gestão do Episódio - Fases Gerais| IV - 47/92

1.1.4.1.2.2.2. Regras de emissão de NT/VC

O processo de selecção de hospitais para encaminhamento e emissão do NT/VC é

automático e inclui um algoritmo com as regras do regulamento do SIGIC.

Assim, para cada episódio transferido aos 75%/50% do TMRG, o SIGLIC procura as

instituições hospitalares do SNS5 com capacidade para realizar o(s) procedimento(s) cirúrgico(s)

classificado(s) na proposta, de acordo com a seguinte ordem: em primeiro lugar, do concelho da área

de residência do utente; seguidamente, dos concelhos limítrofes; e, por último, do distrito. Caso

exista disponibilidade para receber o utente, a UCGIC emite através do SIGLIC uma nota de

transferência a favor do mesmo, propondo-lhe a selecção de uma das unidades hospitalares

constante da listagem anexa de hospitais do SNS disponíveis, de acordo com as regras de emissão,

nomeadamente, no que diz respeito a disponibilização dos procedimentos do plano de cuidados e a

capacidade para receber utentes do exterior.

Não havendo disponibilidade para transferir o utente nas condições descritas, a UCGIC emite

um vale cirurgia que o utente pode cativar em qualquer hospital disponível, que constam do

directório anexo.

Quer a nota de transferência, quer o vale cirurgia habilitam o utente a marcar a cirurgia

directamente numa das entidades de destino, referenciadas no directório anexo à proposta de

transferência. O utente poderá cativar noutra instituição que não conste no VC, mas que se encontre

disponível, no entanto, terá de suportar todas as despesas de deslocação inerentes.

1.1.4.1.2.2.3. Cancelamento de NT/VC

Um NT/VC pode ser cancelado tanto pela UCGIC, como pela URGIC e pela UHGIC do hospital

de origem do utente. Associado ao NT/VC recebido, encontra-se um impresso com as hipóteses de

justificação de recusa. Caso o utente se oponha à transferência, deve enviar a sua recusa para

qualquer uma das três unidades do SIGIC, que devem cancelar a transferência com um dos seguintes

motivos constantes do impresso:

5 Nos casos em que o TE do utente é superior a 100% do TMRG, é emitido um vale cirurgia.

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MGIC 2011 [Volume IV - Área Administrativa]

48/92 - IV | Gestão do Episódio - Fases Gerais

Para além dos motivos de cancelamento de NT/VC referidos no quadro anterior, existem

outros que são da responsabilidade do HO:

MOTIVO DESCRIÇÃO/ACÇÃO ADMINISTRATIVA ACÇÃO NO SIGLIC

P/ motivos pessoais a pedido do

utente

Aquando da utilização deste motivo, para cancelamento do NT/VC, o assistente técnico deve

inquirir o utente sobre o tempo pensa estar indisponível;

Devolver ao HO

Utente desiste da

cirurgia

A recusa de transferência com este motivo requer a especificação do mesmo, no campo de observações;

Devolver ao HO

Óbito A utilização deste motivo exige que o hospital registe a data de óbito no SI.

Devolver ao HO

MOTIVO DESCRIÇÃO/ACÇÃO ADMINISTRATIVA ACÇÃO NO SIGLIC

Utente não quer mudar de

médico/hospital

Na sequência da utilização deste motivo para uma recusa de transferência, o HO não deve classificar o episódio como intransferível, mas sim, informar o utente que pode receber novo NT/VC quando o

TE do episódio atingir os 100% TMRG;

Devolver ao HO

Utente não quer/pode

deslocar-se para fora da área de

residência

Este motivo deve ser utilizado aquando da recusa de um NT/VC, caso o utente não deseje ser transferido

para nenhum hospital fora da sua área de residência;

Devolver ao HO

Operado noutra instituição

A recusa de transferência com este motivo requer o registo do nome da instituição e a data da cirurgia;

Devolver ao HO

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[Volume IV - Área Administrativa] MGIC 2011

Gestão do Episódio - Fases Gerais| IV - 49/92

Existe ainda um motivo que responsabiliza o utente ou o HD pela não utilização do NT/VC,

obrigando ao cancelamento do mesmo:

Existem três motivos de cancelamento de NT/VC que só são utilizados pela UCGIC ou pela

URGIC:

Não activação do NT/VC dentro do prazo;

Devolução dos CTT;

Erro administrativo no processo de transferência.

MOTIVO DESCRIÇÃO/ACÇÃO ADMINISTRATIVA

ACÇÃO NO SIGLIC

Operado de forma programada no

HO

Este motivo é utilizado no caso de a cirurgia já ter sido realizada no âmbito de outro episódio

terapêutico, no mesmo tempo de bloco.

Devolver ao HO

Operado de urgência no

HO

Caso a cirurgia tenha sido realizada no âmbito do serviço de urgência, sempre que possível,

deve ser registado o nº do episódio de urgência.

Devolver ao HO

A pedido do HO p/

agendamento

Este motivo só deve ser utilizado quando por lapso a instituição se esqueceu de registar o

agendamento já comunicado ao utente.

Devolver ao HO

Por duplicação Sempre que por erro administrativo a proposta

cirurgia for duplicada, o cancelamento do NT/VC deve ser realizado com este motivo.

Devolver ao HO

Outro Caso seja utilizado este motivo, a instituição hospitalar deve, no campo das observações

,especificar o motivo seleccionado.

Devolver ao HO

Erro na utilização/

cativação de NT/VC

Este motivo deve ser utilizado nas situações em que é identificado um lapso na utilização da NT/VC: o utente deixa expirar a data de validade do documento ou na cativação do mesmo pelo HD. Este motivo só deve ser utilizado após a data limite de validade do NT/VC ter

expirado e pelo prazo de 1 mês.

Nova Emissão de

VC

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MGIC 2011 [Volume IV - Área Administrativa]

50/92 - IV | Gestão do Episódio - Fases Gerais

1.1.4.1.2.2.4. Cativação de NT/VC

A cativação do NT/VC consiste no registo da vontade do utente em efectivar a transferência

para um novo hospital e pode ser realizada por fax, correio, mensagem de correio electrónico ou

serviços online do Portal da Saúde (e-SIGIC).Consoante o tipo de transferência, com ou sem

responsabilidade integral no tratamento do utente, assim devem ser executados os procedimentos

adequados no âmbito cativação.

A transferência da responsabilidade implica a realização de um novo processo de validação e

consentimento da proposta cirúrgica. O acto da cativação traduz o consentimento do utente para o

tratamento integral da doença na nova instituição. A validação do plano de cuidados pelo

responsável de serviço manifesta o acordo da instituição no tratamento proposto para o utente e

obriga a mesma a executar todos os procedimentos necessários à resolução da patologia subjacente

à proposta, incluindo exames, consultas, tratamentos pré e pós-operatórios. Após estas formalidades

do processo, o novo hospital de origem fica obrigado a emitir e entregar ao utente um certificado de

inscrição com a informação do programa e do tratamento específico em que se encontra inserido.

Na transferência apenas com responsabilidade cirúrgica, o consentimento do utente para a

transferência é manifestado através do pedido de cativação, sendo entregue de imediato o

certificado de cativação e dispensada nova validação pelo responsável de serviço/UF.

Transferência da responsabilidade integral no tratamento do utente

• Cativação de NT/VC pelo utente - Nota consentimento

• Validação da proposta pelo responsável de serviço/UF

• Emissão e entrega do certificado de inscrição

Transferência da cirúrgica

• Cativação de NT/VC pelo utente

• Emissão e entrega do certificado de cativação

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[Volume IV - Área Administrativa] MGIC 2011

Gestão do Episódio - Fases Gerais| IV - 51/92

1.1.4.2. Gestão de transferência após cativação

1.1.4.2.1.1. Avaliação pré-operatória do utente em instituição

hospitalar convencionada

Após a cativação da NT/VC, o HD deve convocar o utente transferido, num prazo não

superior a cinco dias úteis, para avaliar a proposta cirúrgica e desencadear os mecanismos

necessários à realização da cirurgia. Só após a cativação do vale cirurgia, o HD pode ter acesso a

quaisquer dados clínicos, nomeadamente aos dados da proposta cirúrgica e ao processo clínico

enviado pelo HO. O HD deve dispor dos exames complementares necessários à caracterização cabal

da patologia e órgãos afectados, de forma a poder executar os procedimentos propostos. Estes

exames são da responsabilidade do HO que os deve realizar em tempo. O HD deve proceder à

avaliação da situação clínica actual do utente, realizando os meios complementares inerentes à

rotina pré-operatória. Assim, compete ao HD, nos casos necessários, realizar um conjunto mínimo de

exames que caracterizem o utente à data da cirurgia, os tratamentos pré-operatórios e as consultas

pré-operatórias, cujo custo está incluído no valor a pagar pelo episódio cirúrgico. Estão incluídos no

vale cirurgia, para além da cirurgia, os seguintes exames:

Electrocardiograma;

Radiografia convencional ao tórax;

Análises de rotina ao sangue e urina:

Hemograma;

Glicemia;

Uremia;

Creatininemia;

Tempo de protrombina;

Tempo parcial de tromboplastina (activado);

Ionograma;

Proteinograma;

TGO (ASAT – aspartato amino transferase);

TGP (ALAT – alanina amino transferase);

Gama glutamil transpeptidase;

Urina tipo II.

Os meios complementares de diagnóstico que não constam da lista, não são considerados

MCDT inerentes à rotina pré-operatória, pelo que devem ser solicitados ao HO, se necessários.

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52/92 - IV | Gestão do Episódio - Fases Gerais

1.1.4.2.2. Pedidos ao HO e URGIC

O HD ou o novo HO têm ao seu dispor uma funcionalidade na aplicação SIGLIC que auxilia o

processo de gestão do episódio. Assim, devem utilizar o ecrã comunicação na rede para dialogar com

qualquer unidade do SIGIC, nomeadamente a UHGIC do hospital de proveniência do utente, a URGIC

da sua região de saúde ou a UCGIC.

As comunicações podem ser agrupadas em quatro tipos diferentes:

Pedido de informação/autorização;

Pedido de devolução de episódios (com e sem responsabilidade);

Pedido de conclusão por cancelamento do plano de cuidados (com

responsabilidade);

Outros pedidos.

1.1.4.2.2.1. Pedido de Informação/Autorização

Este tipo de comunicação é dirigido ao HO ou à URGIC e visa os seguintes pedidos ou

autorizações:

Pedido/ Autorização

Descrição /Acção Administrativa Prazos

Pedido de processo clínico

Após cativação o hospital deve solicitar o envio do processo clínico do utente ao hospital de proveniência do mesmo

HO envia processo clínico em 5 dias úteis

Realização de MCDT e outros

eventos

O HD deve solicitar a realização do evento primeiramente ao HO e na ausência de resposta do mesmo, à URGIC

HO possui 15 dias para entregar informação necessária ou

contestar pretensão (este prazo serve também para a

reformulação de proposta)

Reformulação de Proposta

O HD pode solicitar a alteração da proposta cirúrgica, nomeadamente os diagnósticos e procedimentos a realizar.

Se existir validação da parte do HO é necessário consentimento do utente e validação do reponsável de

serviço/UF

HO posui 15 dias para apresentar parecer

Suspensão do TE

No melhor interesse do utente, o HD ou novo HO pode solicitar a suspensão do TE à URGIC para resolução

URGIC possui 5 dias para apresentar resposta

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[Volume IV - Área Administrativa] MGIC 2011

Gestão do Episódio - Fases Gerais| IV - 53/92

Nas situações em que o HD solicita actualização do processo clínico pelo HO (Realização de

MCDT e outros eventos), ocorre uma suspensão da transferência no HD para que o utente volte ao

HO para actualização do processo, realizando os eventos necessários.

Caso o HO não consiga responder à solicitação do HD por facto imputável ao utente (ex. não

comparência aos exames agendados), a contagem do TE, suspende-se até à realização dos exames

(cf. nº. 8 do art.º 10º. da Portaria nº. 852/2009, 7 de Agosto). Se o utente não invocar, entretanto,

uma justificação para a sua falta aos eventos agendados que possa ser considerada plausível, o

episódio terá de ser cancelado nos termos do Regulamento do SIGIC e de acordo com os

procedimentos constantes neste manual.

1.1.4.2.2.2. Pedido de Devolução de Episódio

O HD pode solicitar à URGIC a devolução do episódio ao HO por impossibilidade de realização

da cirurgia, por motivos clínicos ou administrativos. Assim:

A selecção de um motivo do foro clínico deve ser acompanhada de um relatório médico que

detalhe e justifique plenamente o motivo da devolução, de autoria do responsável clínico ou do

médico que efectuou a consulta da especialidade que originou a subsequente opinião clínica.

Do relatório médico deve constar uma declaração do utente nos seguintes termos:

“Tomei conhecimento que o hospital vai realizar a devolução do meu episódio, nos termos do

presente relatório médico, o qual me foi explicado pelo médico que o assinou, que compreendi e

aceitei/não aceitei (riscar o que não se aplicar) ”

Motivos Clínicos

S/ condições operatórias por motivos clínicos

Proposta não adequada à situação clínica actual do

utente

Sem indicação cirúrgica

Processo clínico não enviado ou c/ informação insuficiente

Óbito

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MGIC 2011 [Volume IV - Área Administrativa]

54/92 - IV | Gestão do Episódio - Fases Gerais

Motivos Administrativos

Responsabilidade do Utente

Utente recusa HD por motivos pessoais

Utente desiste da cirurgia

Utente faltou consulta/cirurgia s/ motivo

plausível

Utente faltou consulta/cirurgia três vezes

c/ motivo plausível

Utente incontactável

Recusa terceiro agendamento s/ motivo

plausível

Responsabilidade do HO

Operado de urgência no HO

A pedido do HO p/ agendamento

Operado de forma programada pelo HO

P/ duplicação

Responsabilidade do HD

Incumprimento do regulamento/convenção

Desacordo com a Proposta Cirúrgica

Perda de Capacidade Cirúrgica

Sem suporte peri-operatório necessário

Outro

Outros motivos

Erro na utilização/cativação de NT/VC

Erro administrativo no processo de transferência

Operado noutra instituição

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[Volume IV - Área Administrativa] MGIC 2011

Gestão do Episódio - Fases Gerais| IV - 55/92

A selecção de um motivo do foro administrativo deve ser acompanhada de um documento

que detalhe e justifique plenamente o motivo da devolução, de autoria do responsável da UHGIC.

Se a devolução do episódio for a pedido do utente, este deve apresentar por escrito a sua

fundamentação, declarando ainda no documento justificativo o seguinte:

“Tomei conhecimento que o hospital vai realizar a devolução do meu episódio, nos termos da

minha declaração /informação URGIC/ informação UHGIC (riscar o que não se aplicar), compreendendo

que, caso a URGIC ou o HO não aceite a minha justificação, serei cancelado da LIC. Tomo ainda

conhecimento que, desde que se mantenha a minha indicação cirúrgica, posso solicitar reinscrição na

LIC a todo o momento, devendo para tal contactar a UHGIC do meu HO.”

No âmbito de uma devolução, o HD fica obrigado a entregar a seguinte documentação à

URGIC:

Nota de transferência/Vale cirurgia;

Relatório médico ou justificação administrativa;

Declaração do utente.

Nesta situação, o episódio do utente será cancelado no hospital de origem.

1.1.4.2.2.3. Pedido de Conclusão por Cancelamento do Plano de

Cuidados

Tratando-se de uma transferência da responsabilidade pelo tratamento integral do utente,

esta é gerida pela instituição na óptica de HO. Assim sendo, se for necessário concluir por

cancelamento a proposta ou o plano de cuidados, o novo HO convencionado pode fazê-lo através de

um pedido à URGIC, devendo aduzir para o efeito um dos seguintes motivos:

Utente desiste da cirurgia;

Utente incontactável;

Utente faltou consulta/cirurgia s/ motivo plausível;

Utente faltou consulta/cirurgia três vezes c/ motivo plausível;

Utente recusa terceiro agendamento s/ motivo plausível;

Operado de urgência no HO;

Operado noutra instituição;

Sem indicação cirúrgica para o PTCO;

Óbito.

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MGIC 2011 [Volume IV - Área Administrativa]

56/92 - IV | Gestão do Episódio - Fases Gerais

O hospital deve apresentar à URGIC, o relatório médico ou o documento de justificação que

detalhe o motivo de cancelamento, assim como a declaração do utente em como tomou

conhecimento.

Caso a URGIC aceite o motivo de cancelamento e o episódio seja retirado da LIC, o novo HO

deve emitir uma carta de saída da LIC a enviar ao utente.

1.1.4.2.2.4. Outros pedidos

Existem outras situações que podem necessitar de serem comunicadas à URGIC ou UCGIC,

sempre através da comunicação na rede, tais como:

Falta de sincronismo da base de dados;

Resultado da validação sobre indicadores disponibilizados;

Outros.

Fase da Realização 1.2.

A fase da realização inicia-se com a admissão para a realização do primeiro evento crítico que

pode corresponder à cirurgia e prolonga-se até à alta do último evento crítico, incluindo as seguintes

etapas:

Ilustração 17 – Fase da realização

1.2.1. Admissão ao Internamento/Cirurgia de Ambulatório

No acto da admissão, o assistente técnico com a supervisão médica deve confirmar a

existência das condições necessárias para a realização da cirurgia:

Registo do agendamento conforme (agendamento para o dia, procedimento(s) e

equipa previstos);

Documentação pessoal e clínica essencial à cirurgia;

Cumprimento dos procedimentos preparatórios para a cirurgia;

Fase daRealização Outros eventos críticos possíveis

Fase daproposta

Fase da catamnese

Admissão Hospitalar

Consultas pós-alta hospitalar

Evento Crítico 1 Ex.Cirurgia

Evento Crítico 2 Ex.Quimioterapia A

lta

Alt

a in

tern

ame

nto

/

Cir

urg

ia a

mb

ula

tóri

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Outros Eventos

pós-operatórios

Outros Eventos

Cirurgia segura

Último evento pré-admissão

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[Volume IV - Área Administrativa] MGIC 2011

Gestão do Episódio - Fases Gerais| IV - 57/92

Todos os resultados de MCDT requisitados;

Efectivação das consultas pré-operatórias necessárias;

Consentimento informado para o acto cirúrgico e anestésico do utente;

Processo clínico em suporte de papel completo segundo norma em vigor na instituição

ou no serviço/unidade funcional e desde que contenha os documentos mínimos

estabelecidos pelo presente manual (MGIC), no Volume V.

O assistente técnico deve ainda registar com a supervisão médica a admissão ao

internamento/cirurgia de ambulatório no sistema de informação, tendo em conta a seguinte

informação:

1. Identificação completa do utente (conforme RNU)

Nome completo

Filiação (obrigatório nos menores)

Número do processo

Número do Bilhete de Identidade ou Cartão de Cidadão

Data de nascimento

Sexo

Morada completa com código postal, freguesia e concelho

Contactos telefónicos

2. Identificação institucional

Nome da instituição hospitalar

Serviço/unidade funcional proponente

Médico responsável pela admissão

3. Data e hora de admissão

Data e hora de admissão

Secção/equipa

Número edifício, piso, sala e cama

4. Caracterização dos problemas a abordar, definidos em termos de diagnósticos

Descrição do(s) problema(s)

Classificação dos diagnósticos de acordo com a versão da CID na versão vigor

Codificação das patologias associadas

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MGIC 2011 [Volume IV - Área Administrativa]

58/92 - IV | Gestão do Episódio - Fases Gerais

5. Identificação dos tratamentos propostos para cada um dos problemas independentes, identificados no nº anterior

Descrição da resolução

Classificação dos procedimentos de acordo com a versão CID na versão em vigor

6. Se mulher indicar

Se está grávida ou não;

Nº de semanas de grávidez (quando adequado);

Nº de gestas;

Nº de paras;

Se está a tomar ou não contraceptivos;

Outros dados considerados relavantes.

7. Recém-nascido (até ao 6 meses)

Nº de semanas de gestação;

Peso a nascença;

Índice de Apgar: 1'; 5' e 10';

Outros dados considerados relevantes.

8. Dados biométricos

Peso (kg);

Altura (cm);

Pulso;

TA (mHg);

Freq. Cardíaca;

Freq. Respiratória (ciclos por minuto);

Descrever situações anómalas observadas.

9. Dados de Admissão

Tipo de admissão (programada, não programada);

Motivo de admissão (tratamento electivo, urgente, sociais ou diagnóstico);

Proveniência (outro serviço, serviço de urgência, outro hospital/serviço, serviço de urgência de outro hospital, consulta, utente, cirurgia de ambulatório);

Admissão para (internamento, cirurgia de ambulatório, hospital de dia, quimioterapia, radioterapia ou hotelaria (lares de acolhimento das instituições hospitalares.)

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[Volume IV - Área Administrativa] MGIC 2011

Gestão do Episódio - Fases Gerais| IV - 59/92

O modelo do impresso, com a informação mínima obrigatória pode ser consultado no

Volume V, deste manual.

Se uma cirurgia proposta em regime de ambulatório der origem a posteriori a um

internamento superior a 24 horas, o registo efectuado não deve ser alterado. No caso de existir uma

admissão e alta hospitalar, sem que ocorra pelo menos um evento crítico. Estes eventos serão

classificados na fase da Proposta, na etapa da inscrição. Se uma proposta for realizada num

internamento médico, a admissão nesse episódio passará também a fazer parte do episódio

terapêutico. A fase da Proposta terá tempo igual a zero (0).

10. Identificação de alergias, deficiências e outros constrangimentos devidamente especificados.

11. Indicações especiais a ter em conta no internamento

Medicação;

Alimentação;

Mobilidade;

Oxigénio;

Monitorização;

Consultas;

Exames.

12. Registo dos documentos clínicos que o utente trouxe para o internamento

13. Quando a admissão ao internamento decorre de uma transferência

GDH do internamento anterior;

Tempo de internamento anterior (dias);

Razão para a transferência;

Observações.

14. Validação do documento

Médico que preencheu o documento (nº ordem dos médicos, rúbrica, data);

Médico validador (nº ordem dos médicos, rúbrica, data).

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MGIC 2011 [Volume IV - Área Administrativa]

60/92 - IV | Gestão do Episódio - Fases Gerais

1.2.2. Realização da cirurgia

A data de saída da inscrição do utente da LIC coincide com a data da intervenção cirúrgica. Os

serviços/unidades funcionais responsáveis devem elaborar um relatório da intervenção cirúrgica,

com toda a informação pertinente, que deve ser integrado no processo clínico e do qual deve ser

enviada cópia ao médico assistente do utente, com o consentimento deste.

O relatório da cirurgia deve ser fornecido pelo sistema informático e deve conter

obrigatoriamente a seguinte informação:

1. Identificação completa do utente

•Informação que vem na vinheta do utente, nomeadamente com a identificação

do nº processo e do nº episódio no hospital

2. Data em que a cirurgia ocorre, ou seja, data em que o procedimento cirúrgico é efectuado.

3. Identificação da instituição hospitalar e do serviço/UF

•Instituição hospitalar

•Serviço de cirurgia ou unidade funcional

4. Identificação das Unidades Nosológicas

•Diagnósticos cirúrgicos: descrição, códigos CID da versão em vigor e

lateralidade

•Procedimentos cirúrgicos: descrição, códigos CID da versão em vigor e

lateralidade; localização precisa

5. Resultados esperados e os procedimentos instituidos na proposta.

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[Volume IV - Área Administrativa] MGIC 2011

Gestão do Episódio - Fases Gerais| IV - 61/92

6. Identificação da equipa

•1º Cirurgião, na equipa é necessário sempre estar identificado um médico com especialidade cirúrgica concluída, que seja responsável pelo evento cirúrgico. (nome clínico e nº ordem profissional). Deve ser codificado como 1º cirurgião o médico que conduz os procedimentos cirúrgicos. No caso deste ser interno deve estar presente um especialista registado como 2º cirurgião e assinalado como chefe de equipa.

•2º cirurgião (nome clínico e nº ordem profissional)

•Cir. ajudante (nome clínico e nº ordem profissional)

•Anestesista (nome clínico e nº ordem profissional)

•Enf. instrumentista (nome clínico e nº ordem profissional)

•Enf. circulante (nome clínico e nº ordem profissional)

•Enf. anestesia (nome clínico e nº ordem profissional)

•Outros (função, nome e nº mecanográfico)

7. Detalhe da cirurgia realizada

•Descrição da cirurgia/localização de incisões

•Características da cirurgia:

•Regime de cirurgia (ambulatório ou internamento)

•tipo de produção (MRC, MRA, pequena cirurgia, Urgente ou outro)

•tipo de anestesia (Geral, Regional central, Regional periférica, Local, Sedação ou sem Anestesia). Podem ser assinaladas multiplas opções, excepto a opção sem anestesia.

•tipo de procedimento P, S1, S2 ou S3(Limpo, Limpo contaminado, Contaminado ou Sujo)

•Administração de sangue ou derivados (assinalar se ocorrer)

•Destino após Bloco (Domicílio, Unid. Nível I (Enfermaria), Unid. Nível II (Intermédios), Unid. Nível III (Intensivos), Outras ou Falecido)

•Na descrição pode indicar o nome da técnica e descrever todas as variantes introduzidas, achados operatórios, suturas efectuadas, material utilizado (fios, ...)

8. Recobro no BO

•Internamento/ambulatório

•Data/hora de saída

9. Recém-nascido

•Peso à nascença (em gramas)

•Nº Semanas de gestação

•Índice de Apgar ao 1º, 5º e 10º minutos

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62/92 - IV | Gestão do Episódio - Fases Gerais

6

6 cf. o n.º 3, do Despacho nº 16397/2010 de 28 de Outubro e Decreto-Lei n.º 145/2009 de 17 de Junho

10. Tempos e local de actividade

•Hora entrada na sala de BO

•Hora início da anestesia

•Hora ínicio da intervenção

•Hora fim da intervenção

•Hora fim da anestesia

•Data e Hora saída da sala de BO

•Bloco (designação)

•Sala (designação)

•Aspectos relevantes sobre a anestesia

11. Aspectos revelantes da anestesia

Devem ser descritos todos os aspectos relevantes incluindo todos os farmácos administrados durante o periodo que o utente esteve no BO.

12. Observações

Entre outras, descrever especimens enviados para análise.

13. Dispositivos médicos implantados

•Nº total de dispositivos implantados

•Designação comercial

•Tipo de material

•Marca

•Modelo

•Fabricante

•Lote

•Fornecedor

•Nº Série

•Preço (+ IVA)

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Gestão do Episódio - Fases Gerais| IV - 63/92

1.2.3. Alta de internamento/cirurgia de ambulatório

O assistente técnico, após comunicação do médico, é responsável pelo registo no sistema de

informação da alta de internamento/cirurgia de ambulatório, sendo que a data do registo não deve

ultrapassar os prazos legais em vigor. Cabe ao mesmo confirmar se o registo da alta do processo está

conforme, podendo recorrer em caso de dúvida aos restantes intervenientes do processo.

14. Complicações cirúrgicas ou anestésicas

•Complicações hemorrágicas;

•Choque;

•Complicações neurológicas;

•Complicações respitarórias;

•Complicações cardíacas;

•Complicações digestivas e outras abdominais;

•Complicações genito-urinárias/renais;

•Complicações vasculares;

•Medicamentos/sangue;

•Outras.

15. Administração de (nº de unidades):

Sangue ou concentrado de eritrócitos

Plasma

Plaquetas

16. Observações

Entre outros aspectos deve ser anexada a informação sobre cuidados a ter no pós-operatório imediato

17. Cirurgia Segura

18. Validação do documento

• Médico que preencheu o documento (Nº ordem dos médicos, rúbrica, data);

•Chefe de equipa (Nº ordem dos médicos, rúbrica, data).

•No caso do médico que prenche ser o chefe de equipa deve constar só um campo.

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MGIC 2011 [Volume IV - Área Administrativa]

64/92 - IV | Gestão do Episódio - Fases Gerais

Aquando do registo da alta de internamento/cirurgia de ambulatório no SI, deve ser emitida

a nota de alta a fornecer ao utente e o relatório de alta a fornecer ao médico assistente, com o

consentimento daquele. Ambos os documentos devem ser assinados pelo médico e anexados ao

processo clínico.

1.2.4. Nota de alta

A nota de alta é um documento essencial, elaborado pelo médico que efectiva a alta,

que deve ser entregue ao utente, em suporte de papel como consta no n.º. 124, da

Portaria n.º 45/2008, de 15 de Janeiro. Deve ser um documento simples com

informação abreviada e escrito em linguagem compreensível ou seja o seu conteúdo

deve ser apresentado em linguagem comum para que seja compreendido pelo

utente.

Os dados mínimos obrigatórios a constar no documento devem ser os seguintes:

1. Identificação da instituição hospitalar, serviço/UF e utente

•Identificação do episódio (utente/plano de cuidados)

•Identificação da instituição hospitalar, serviço/UF

•Identificação do médico responsável pela alta

2. Identificação das cirurgias realizadas

•Datas das cirurgias

•Diagnósticos pós-operatório

•Procedimentos efectuados

•Cirurgiões responsáveis

3. Informação sobre o período de internamento

•Data/hora da admissão e alta do Internamento

•Complicações/Intercorrências em período de internamento

•Terapêutica durante o internamento

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[Volume IV - Área Administrativa] MGIC 2011

Gestão do Episódio - Fases Gerais| IV - 65/92

Além dos dados supra referidos, é necessário detalhar a terapêutica medicamentosa no

internamento e a terapêutica e outras indicações, para o pós alta.

1.2.5. Intercorrências e complicações no período de internamento

O hospital é responsável por registar no SI e resolver todas as complicações 7 e

intercorrências8 que possam ocorrer ao utente durante a cirurgia e o período de internamento. O

registo deve ser efectuado no documento da cirurgia, se se refere a uma ocorrência intra operatória

ou nos registos da alta hospitalar. Se a complicação obrigar a nova intervenção cirúrgica, esta deve

ser registada no SIH como um evento associado ao episódio funcional.

Todas as intercorrências verificadas durante o internamento devem ser registadas no SIH e

associadas ao registo cirúrgico. A instituição hospitalar é responsável por estas ocorrências e deve

tomar as medidas apropriadas à sua abordagem durante o internamento, independentemente de

serem ou não da sua responsabilidade. Se a responsabilidade da complicação/intercorrência for do

hospital, este tem o ónus da sua resolução, ainda que esta ultrapasse o período de internamento e

mesmo o do episódio9. Utentes com complicações/intercorrências que não são da responsabilidade

do hospital, podem vir a ser transferidos para o hospital, de acordo com as regras de referenciação,

uma vez garantida a resolução da situação referente aos procedimentos efectuados e verificada a

possibilidade do utente poder ser transferido sem dano.

O registo no SI de complicações e intercorrências deve ser efectuado no respeito pelos

prazos estipulados em vigor, caso contrário o hospital incorre numa não conformidade.

Sempre que durante a cirurgia ou o internamento ocorram situações atípicas tais como

procedimentos associados não previstos inicialmente, terapia antibiótica em situações sem infecção

prévia e internamentos significativamente mais prolongados, deve ser efectuado um registo no

processo clínico e no SI, que clarifique a razão destas ocorrências.

7 Todas as situações novas indesejáveis de doença ou limitação funcional não esperada que surjam na sequência e durante um período máximo de 60 dias após a instituição das terapêuticas e não sejam comprovadamente imputáveis a situações independentes dos procedimentos instituídos. 8 Todas as situações passíveis de causar limitações à normal função de órgãos e sistemas do utente, não directamente decorrentes da patologia ou dos cuidados prestados, como acidentes ou eclosão de patologias independentes. 9De acordo com o programa em causa, os episódios têm prazos para determinação da responsabilidade, no caso geral 2 meses após alta do internamento e no PTCO 3 anos.

4. Informação pós-alta

•Destino após a alta

•Terapêutica, outros eventos clínicos e outras indicações para o pós alta

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MGIC 2011 [Volume IV - Área Administrativa]

66/92 - IV | Gestão do Episódio - Fases Gerais

Fase da Catamnese (follow-up) 1.3.

Esta fase consiste no acompanhamento do tratamento cirúrgico prestado ao utente e deve

incluir os eventos de seguimento previstos no plano de cuidados. O episódio só passa para este

estado quando é registado o primeiro evento de seguimento, normalmente a primeira consulta pós-

cirúrgica, logo após a alta do último evento crítico. Esta fase termina com a consulta de síntese.

Os eventos clínicos que podem ter lugar nesta fase são os seguintes:

Consultas de seguimento (follow-up), incluindo a consulta de síntese

Realização de MCDT

Tratamentos pós-cirúrgicos (fisioterapia, quimioterapia, radioterapia)

Podem também ocorrer os seguintes eventos administrativos, que auxiliam na marcação e

realização dos eventos clínicos:

Requisições/agendamento de eventos

Contacto com os utentes

A fase de catamnese é constituída pelos seguintes eventos:

Ilustração 18 – Fase da Catamnese

Esta fase pode variar conforme a instituição hospitalar e tipo de cirurgia em causa. Se se

tratar de uma cirurgia de tratamento da obesidade, num centro de tratamento de obesidade (CTO)

no âmbito do programa especial PTCO, esta fase pode durar até três anos, se tudo correr bem. Se se

tratar de um hospital de origem, cujo utente foi operado num hospital de destino, o utente deve ser

acompanhado, nesta fase, por ambos os hospitais, HD e HO. No HD ocorrem as consultas normais

pós cirúrgicas e o HO deve convocá-lo para prosseguir com os tratamentos ou consultas posteriores

necessárias, estando além disso obrigado a convocá-lo sempre para uma consulta de revisão

destinada a:

1. Avaliar o utente;

2. Concluir sobre a prestação no HD;

3. Verificar se há necessidade de outras acções.

Fase daConclusão

Fase daCatamneseContactos com

o utente

Consultas pós-altahospitalar Consulta de

síntese

Fase daRealização

Alta do Internamento

ConclusãoCirurgia

Admissãohospitalar

Requisições/ agendamentos

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Gestão do Episódio - Fases Gerais| IV - 67/92

O assistente técnico deve retirar regularmente as listagens dos utentes operados em

hospitais de destino para poder agendar a consulta de revisão, até 45 dias após a alta hospitalar do

utente.

Na sequência da avaliação, o hospital de origem pode encaminhar o utente para o HD com

vista à resolução de complicações que tenham sido identificadas dentro do prazo de 60 dias após a

alta hospitalar. Caso o hospital de destino não resolva as situações identificadas, o HO deve tratar as

ocorrências e cobrar o valor respectivo ao HD.

O relatório de alta é um conjunto de informações/documentos, em linguagem clínica, sobre

as ocorrências durante o período de internamento, incluindo anatomia patológica, codificação (folha

de codificação), etc. que deve instruir o processo da conclusão. Tem de ser realizado e enviado, até

30 dias após a alta, ao HO e ao utente e caso este solicite, feita cópia para o seu médico assistente.

Os elementos necessários para preenchimento do relatório são os seguintes:

1. Identificação completa do utente

•Informação que vem na vinheta do utente, nomeadamente com a identificação do

nº processo e do nº episódio no hospital

2. Identificação da instituição hospitalar e do serviço/UF

•Instituição hospitalar

•Serviço ou unidade funcional cirúrgica responsável pelo episódio

3. Datas e dados gerais do internamento

•Data de internamento

•Data da alta de internamento

•Data de alta clínica

•Proveniência (consulta (nome), urgência, serviço/UF de outro hospital (transferência) ou do mesmo hospital)

•Edifico e piso

•Sala de internamento

•Cama de internamento

•Admissão programada/não programada

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68/92 - IV | Gestão do Episódio - Fases Gerais

4. Plano de cuidados/episódios associados a este internamento (inscrever nº episódio e nº de LIC)

•Nº dias ventilado

•Nº dias em cuidados intermédios

•Nº dias em UCI

•Administração de sangue ou derivados

•Antibioterapia terapêutica

5. Identificação das Unidades Nosológicas

•Diagnósticos cirúrgicos: descrição, código CID na versão em vigor e lateralidade;

•Procedimentos cirúrgicos: descrição, código CID na versão em vigor e lateralidade

6. Complicações/intercorrências no internamento

•Complicações durante o internamento, assinalando as não resolvidas

•Intercorrências durante o internamento, assinalando as não resolvidas

•Observações sobre complicações e intercorrências

•Devem ser descritas as acções tomadas relativas à abordagem das complicações/intercorrências

7. Situações particulares no internamento

•Nº dias ventilado

•Nº dias em cuidados intermédios

•Nº dias em UCI

•Administração de sangue ou derivados (descrever quais as quantidades)

•Antibioterapia terapêutica

•Nº dias no recobro cirurgico do internamento

•Nº dias em U.C. intermédias.

8. Recém nascidos

•Peso à nascença

•Semanas de gestação

•Índice de Apgar

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Gestão do Episódio - Fases Gerais| IV - 69/92

Exceptuando os casos integrados em programas especiais e não ocorrendo nenhum outro

internamento, o relatório de alta pode coincidir com o relatório da conclusão.

1.3.1. Intercorrências e complicações pós-alta hospitalar

A instituição hospitalar que operou o utente, é responsável por resolver todas as

complicações e intercorrências da sua responsabilidade que possam ser identificadas até 60 dias

após a alta hospitalar. A instituição hospitalar deve assegurar a continuação dos tratamentos

necessários na sequência dos procedimentos instituídos, bem como o registo dos mesmos.

Exceptuam-se desta obrigação, os cuidados crónicos que advenham naturalmente, como

consequência obrigatória ou muito provável, do procedimento realizado (por exemplo, os cuidados

com colostomas).

Tratando-se de uma instituição convencionada, se existir um internamento na unidade de

cuidados intensivos (UCI) por complicação/intercorrência, passados os primeiros três dias de

admissão na unidade, o utente pode ser transferido para um hospital do SNS sem quaisquer

encargos para a instituição. Passado o período de 60 dias e existindo ainda complicações ou

intercorrências da responsabilidade do hospital por resolver, este deve acordar com o utente os

processos para a resolução das mesmas, recorrendo caso necessário à mediação da UHGIC do

hospital de origem. Salvo outro acordo, decorridos os 60 dias, o hospital deve prosseguir com os

tratamentos que sejam ainda necessários. Na fase de catamnese, se existirem eventos isolados

respeitantes a complicações ou intercorrências, deverão ficar associados ao episódio funcional em

questão. Se os eventos necessários para a sua resolução forem prolongados (sessões de fisioterapia,

radioterapia ou quimioterapia, internamento médico ou cirúrgico) devem ser registados no âmbito

de outro episódio funcional, o qual ficará associado por complicações ao primeiro. A conclusão do

primeiro episódio só poderá ser registada, quando o episódio de complicações for concluído, não

podendo exceder o período de tolerância de registos (10 dias úteis).

Numa instituição do SNS, se existirem eventos isolados respeitantes a complicações ou

intercorrências, deverão ficar associados ao episódio funcional em questão até à data de conclusão.

9. Outros campos

•Destino após alta: hospital de dia, consulta externa do hospital, consulta externa de outro hospital, centro de saúde/médico de familia.

•Saída contra parecer médico.

•Transferência entre hospitais: hospital de destino e motivo da transferência (realização de exames, seguimento, falta de recursos, tratamento de condição associada ou cuidados paliativos

•Observações gerais

•Equipa associada ao internamento

•Médico responsável pela informação da alta

•Médico responsável pelo internamento

•Data do registo

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70/92 - IV | Gestão do Episódio - Fases Gerais

Após essa data ou se se tratar de eventos prolongados ficarão registados num episódio único

associado ao que lhe deu origem.

O processo clínico do doente deve conter todos os documentos relacionados com esta fase

referida Volume V-Anexos e apêndices.

Fase da Conclusão 1.4.

A conclusão é um processo administrativo de encerramento do episódio que visa garantir a

qualidade da informação respeitante a episódios terapêuticos, mediante recolha de dados essenciais

e respectiva validação. É uma tarefa que deve ser realizada pelo assistente técnico (recolha e registo

da informação) e pelo médico codificador (validação da informação). Este assistente tem de estar

nomeado pela instituição para o trabalho em questão, sob a responsabilidade do médico codificador

e com um termo de confidencialidade assinado.

Para encerrar o episódio, o assistente técnico deve proceder à recolha/registo de um

conjunto de informação específica validada pelo médico codificador, a ser introduzida no SI aos 60

dias após a alta do internamento/cirurgia de ambulatório (vide Volume V) com período de tolerância

de registo (10 dias úteis), a saber:

1. Identificação completa do utente

•Informação que vem na vinheta do utente, nomeadamente com a identificação

do nº processo e do nº episódio no hospital.

2. Identificação da instituição hospitalar e do serviço/UF

•Instituição hospitalar;

•Serviço ou unidade funcional cirúrgica.

3. Tipo de conclusão

•Período do episódio (data de início e fim);

•Episódio completo/incompleto;

•Com realização completa;

•Com realização em HD;

•Por cancelamento e motivos de cancelamento.

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Gestão do Episódio - Fases Gerais| IV - 71/92

4. Identificação das Unidades Nosológicas

•Diagnósticos cirúrgicos: descrição, códigos CID versão em vigor e lateralidade;

•Procedimentos cirúrgicos: descrição, códigos CID versão em vigor e

lateralidade; localização precisa.

5. Episódio antecedente (se aplicável)

Identificação do(s) episódio(s);

Associação para procedimentos múltiplos; associação para continuidade

terapêutica; associação para complicações; contra lateral; isolado.

6. Episódio subsequente (se aplicável)

7. Complicações/intercorrências cirúrgicas ou anestésicas

• Complicações hemorrágicas;

•Choque;

•Complicações neurológicas;

•Complicações respitarórias;

•Complicações cardíacas;

•Complicações digestivas e outras abdominais;

•Complicações genito-urinárias/renais;

•Complicações vasculares;

•Medicamentos/sangue;

•Outras.

8. Resumo do episódio

•Relatar eventos relevantes, evolução do utente, intercorrências, constrangimentos e resultados.

9. MCDT

•MCDT e procedimentos terapêuticos realizados.

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72/92 - IV | Gestão do Episódio - Fases Gerais

10. Relatório anatomo-patológico

11. Terapêutica e medicamentos

•Descrever terapêutica instituída;

•Administração de sangue ou derivados;

•Antibioterapia terapêutica.

12. Plano de cuidados pós-operatório

•Incluir exames e eventos realizados;

•Protocolos de catamnese;

•Recomendações e alertas.

13. Destino após conclusão do episódio:

•Para o domicílio (consulta externa do hospital; consulta externa de outro hospital; centro de saúde/médico de família; sem outra especificação);

•Falecido (data, hora e causa directa do óbito, código de diagnóstico);

•GDH do episódio de internamento;

•Cuidados continuados (convalescença; média duração; longa duração; serviço domiciliário; cuidados paliativos);

•Transferido para que hospital/serviço/UF (realização de exames; seguimento; por falta de recursos, tratamento condição associada).

14. Estasiamento oncológico

• T; M; N; estadio;

•Doença primária activa;

•Doença metástase activa;

•Não recidiva/1ª recidiva;

•Terapêuticas já efectuadas (cirurgia; radioterapia; quimioterapia; outros);

•Codificação da morfologia (descrição do tecido, CID morfologia).

15. GDH episódio

• Preencher um GDH por cada unidade nosológica indepenedente.

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Gestão do Episódio - Fases Gerais| IV - 73/92

Existem os seguintes tipos de conclusões:

1.4.1. Conclusão por Cancelamento de episódio no HO

Após a inscrição de um utente na LIC e em qualquer altura do processo SIGIC, pode existir

motivo para concluir por cancelamento o plano de cuidados pela instituição hospitalar de origem.

Esta situação consiste no fecho do episódio por saída da LIC devido a incumprimento do regulamento

imputável ao utente, por perda de indicação cirúrgica, por desistência ou por erro administrativo do

HO.

Quando ocorre um cancelamento de uma inscrição em LIC, a instituição hospitalar de origem

formaliza a saída da LIC mediante emissão de documento, onde consta a data e o motivo de saída da

LIC, que é entregue ao utente pessoalmente ou através de carta registada, no período máximo de 5

dias úteis.

16. Validação do documento

• Médico que preencheu o documento (nº ordem dos médicos, rúbrica, data);

•Chefe de equipa - validador (nº ordem dos médicos, rúbrica, data);

•Médico que codificou o documento (nº ordem dos médicos, rúbrica, data).

Documentos constantes do processo de conclusão do episódio

•Plano de cuidados

•Relatório cirúrgico

•Relatório dos eventos associados ao episódio, incluíndo os resultados dos MCDT, nos casos apropriados;

•Acordos estabelecidos para resolução de complicações ou intercorrências

•Nota e relatório de alta

1. Conclusão por cancelamento de episódio no HO;

2. Conclusão por transferência da responsabilidade do episódio.;

3. Conclusão do episódio no hospital que realiza a cirurgia;

4. Conclusão do episódio HO com cirurgia no HD.

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74/92 - IV | Gestão do Episódio - Fases Gerais

Nos quadros seguintes, são descritas as situações que podem levar ao cancelamento do

episódio, as respectivas acções a realizar pelo HO, o motivo pelo qual devem cancelar e a data a que

corresponde a saída do utente da LIC.

Motivos de cancelamento imputáveis à instituição hospitalar de origem

Situação Acção HO Motivo de

cancelamento da

inscrição

Data de saída da

LIC

O HO comete um erro administrativo ao duplicar o episódio ou ao associá-lo ao processo errado

Registar o tipo de erro no acto de cancelamento da inscrição

Erro do HO Data do registo de cancelamento

Utente é operado de urgência na instituição hospitalar de origem

Registar a data de cirurgia no acto de cancelamento da inscrição

Operado de urgência no HO

Data da realização da urgência

Utente é operado para resolução da patologia no âmbito de um outro episódio, no mesmo tempo cirúrgico para seu benefício

Registar o n.º de episódio terapêutico que resolveu a sua patologia no acto do cancelamento da inscrição

Operado no âmbito de outro episódio

programado no HO

Data da realização da cirurgia

Motivos de cancelamento da responsabilidade do utente

Situação Acção HO

Motivo de

cancelamento da

inscrição

Data de saída

da LIC

Utente não contactável por todos os meios de contacto por ele indicados e registados no SI e que não respondeu, em 15 dias, à carta registada enviada pelo HO para a morada oficial do utente

Cancelar a inscrição Utente

incontactável

Data em que foi verificada o

incumprimento do regulamento

O utente faltou a um evento sem apresentar justificação ou com motivo não plausível

Solicitar por escrito o motivo, no caso de ser apresentado, e registar o mesmo, no acto de cancelamento de agendamento. Cancelar a inscrição

Utente faltou consulta/cirurgia s/

motivo plausível

Data em que foi verificada o

incumprimento do regulamento

O utente faltou a três eventos mesmo apresentando motivos plausíveis

Solicitar por escrito os motivos e registar os mesmos no acto de cancelamento de cada um dos agendamentos. Cancelar a inscrição

Utente faltou consulta/cirurgia 3

vezes c/ motivo plausível

Data em que foi verificada o

incumprimento do regulamento

O utente recusa terceiro agendamento de um evento sem motivo não plausível

Solicitar por escrito os motivos e registar os mesmos no acto de cancelamento de cada um dos agendamentos. Cancelar a inscrição

Utente recusa terceiro

agendamento s/ motivo plausível

Data em que foi verificada o

incumprimento do regulamento

Episódio devolvido pela URGIC com a indicação que o utente não deseja ser intervencionado no HD por motivos pessoais

Cancelar a inscrição

Reinscrever utente

Utente recusa HD por motivos

pessoais

Data da devolução de

episódio ao HO

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Gestão do Episódio - Fases Gerais| IV - 75/92

Motivos de cancelamento da responsabilidade do utente

Situação Acção HO

Motivo de

cancelamento da

inscrição

Data de saída

da LIC

Utente não entrega nota de consentimento no prazo legal em vigor

Cancelar a inscrição provisória Sem consentimento

do utente

Data em que foi verificada o

incumprimento do regulamento

Utente não utiliza a nota de transferência ou vale cirurgia dentro do prazo legal em vigor

Cancelar a inscrição Não activação do NT/VC dentro do

prazo

Data em que foi verificada o

incumprimento do regulamento

Utente pretende que o seu episódio seja cancelado, pois não deseja a realização da sua cirurgia

Solicitar por escrito e registar motivo da desistência no acto de cancelamento

Utente desiste da cirurgia

Data em que HO tomou

conhecimento formal

Utente pede para ser transferido para outra instituição do SNS como seu novo HO por mudança de residência ou outro motivo

Cancelar a inscrição

Pedido transferência da responsabilidade

pelo utente

Data da validação do episódio

criado na nova instituição

Outros motivos clínicos

Situação Acção HO Motivo de

cancelamento da

inscrição

Data de saída da

LIC

Utente perde indicação cirúrgica ou não é possível realizar a cirurgia por contra-indicação

Cancelar a inscrição Perda de indicação cirúrgica

Data do evento onde é identificada a situação

Utente sem indicação cirúrgica no âmbito do PTCO após avaliação em consulta AMTCO

Cancelar a inscrição Sem indicação cirúrgica para PTCO

Data do evento que valida a perda de indicação cirúrgica

Utente operado para resolução de problema noutra instituição hospitalar

Registar o nome da instituição hospitalar no qual foi resolvida a presente inscrição a cancelar

Operado noutra instituição

Data em que HO tomou conhecimento formal

Falecimento do utente Identificar e registar data de óbito no acto de cancelamento

Óbito Data de óbito

Motivos de cancelamento da responsabilidade de terceiros

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76/92 - IV | Gestão do Episódio - Fases Gerais

Situação Acção HO Motivo de cancelamento da

inscrição

Data de saída

da LIC

URGIC ou UCGIC solicita o cancelamento do episódio

Cancelar a inscrição Indicação da tutela Data em que o HO tomou

conhecimento formal

Cancelamento de episódios por necessidade de reestruturação do contrato ou convenção ou devido a outros normativos

Cancelamento automático da inscrição

Contrato/Convenção/Outros normativos

Data do registo do

cancelamento

1.4.2. Conclusão por transferência de responsabilidade

1.4.2.1. Entre serviços/unidades funcionais da mesma instituição

Sempre que ocorre uma transferência da responsabilidade integral do plano de cuidados do

utente entre serviços/unidades funcionais da mesma instituição hospitalar, o episódio funcional deve

ser concluído por transferência e criado novo.

O assistente técnico desencadeia o processo de validação de um novo plano de cuidados

pelo respectivo responsável de serviço/unidade funcional e pedido de consentimento ao utente.

Ilustração 19 – Transferência da responsabilidade entre serviços/UF da mesma instituição

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Gestão do Episódio - Fases Gerais| IV - 77/92

1.4.2.2. Entre instituições hospitalares distintas

1.4.2.2.1. Por protocolo entre responsáveis de serviços/unidades

funcionais

Se a transferência ocorrer no âmbito da rede de referenciação nacional, por acordo entre os

responsáveis dos serviços/unidades funcionais implicados na mesma, o episódio, no hospital que

envia, é concluído por transferência da responsabilidade e é inscrito um novo plano de cuidados na

instituição que recebe o utente.

Ilustração 20 – Transferência da responsabilidade entre instituições hospitalares distintas por acordo

1.4.2.2.2. Por emissão de NT/VC

Sempre que ocorre uma transferência integral do plano de cuidados do utente entre

diferentes instituições hospitalares, no âmbito de um programa específico como é o caso do PTCO, o

SIGLIC emite uma NT/VC, que, após cativação, deve ser validado pelo responsável de serviço/unidade

funcional que efectiva a transferência.

No SIH do hospital de origem, o episódio passa automaticamente ao estado de concluído por

transferência da responsabilidade, passando o hospital que recebe o utente a novo HO, com a

responsabilidade pelo seu tratamento integral e com a obrigação de o intervencionar no TMRG.

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MGIC 2011 [Volume IV - Área Administrativa]

78/92 - IV | Gestão do Episódio - Fases Gerais

Ilustração 21 - Transferência da responsabilidade entre instituições hospitalares distintas por emissão de NT/VC

1.4.3. Conclusão do episódio no hospital que realiza a cirurgia

A conclusão do episódio no HO ou no HD consiste no fecho do episódio por realização de

cirurgia.

Após o registo da conclusão, o assistente técnico deve verificar se o sistema detectou alguma

irregularidade no episódio, podendo para o efeito apoiar-se nos avisos do SIGLIC e corrigir a

informação. Se a conclusão do episódio não for realizada aos sessenta dias após a alta hospitalar com

a tolerância de registo (10 dias úteis), o SIGLIC procede automaticamente à sua conclusão, caso não

exista uma resolução registada de uma complicação/intercorrência relacionado com o episódio.

Quando a resolução do(s) problema(s) for diferente da que consta do plano de cuidados, a

instituição hospitalar tem de fundamentar a diferença com as seguintes justificações:

Identificação intra-operatória de unidades nosológicas relevantes na cirurgia

relativas a complicações;

Identificação intra-operatória de unidades nosológicas relevantes na cirurgia

relativas a novas situações identificadas;

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Gestão do Episódio - Fases Gerais| IV - 79/92

Não execução de todas as unidades nosológicas ou procedimentos por não ser

necessário (episódio incompleto);

Não execução de todas as unidades nosológicas ou procedimentos para benefício do

utente (episódio incompleto).

Sempre que a última opção for assinalada, ou seja existe uma resolução incompleta do plano

de cuidados, o assistente técnico deve proceder da seguinte forma:

1.4.4. Conclusão do episódio no HO com cirurgia no HD

Todos os episódios que apresentem cirurgia registada, efectuada por um HD e consequente

conclusão, necessitam também de ser concluídos no HO. Este processo decorre da necessidade do

HO realizar as seguintes validações (n.º 128 da Portaria n.º 45/2008, de 15 de Janeiro):

UCGIC Comunicar ao HO (pela comunicação na rede) e solicitar o desdobramento da proposta

HO Realizar nova inscrição com a data de inclusão da

primeira proposta e com a(s) unidade(s) nosológica(s) que contenha(m) o(s) procedimento(s) não realizados

VALIDAÇÃO ACÇÃO ATENÇÃO

Avaliar o utente Aferir sobre a condição actual do utente face à proposta cirúrgica

realizada -

Concluir sobre a prestação no

HD

Avaliar sobre os cuidados de saúde prestados e incorrecções no

processo administrativo do utente

Caso seja detectada alguma irregularidade, negligência médica do HD, o HO deve

imediatamente informar a URGIC, através da comunicação na rede

Verificar a necessidade de outras acções

Verificar o cumprimento de todos as terapêuticas propostas no

âmbito do episódio e desencadear as acções necessárias

Verificar a existência de pedido do HD na comunicção na rede

para um desdobramento de proposta, no caso de resolução

incompleta de proposta

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80/92 - IV | Gestão do Episódio - Fases Gerais

Assim, o HO deve convocar o utente até 60 dias após a alta de internamento/cirurgia de

ambulatório para realizar uma consulta de revisão e consequente relatório.

1.4.4.1. Regras de Facturação

A conclusão da facturação corresponde ao fecho económico dos episódios. Nos hospitais do

SNS este processo é executado segundo as regras constantes do contrato-programa. Nas instituições

convencionadas, no programa geral (exclui PTCO e outros programas especiais) a facturação é

efectuada no SIGLIC, após a elaboração do relatório de conclusão, de acordo com as seguintes

etapas:

Ilustração 22 – Regras de facturação

Este processo inicia-se aquando da emissão da nota apensa à factura e termina quando é

processado e efectuado o pagamento ao hospital convencionado.

Juntamente com a nota apensa e para que a ARS possa proceder à facturação, devem ser

enviados os seguintes documentos:

Vale cirurgia;

Identificação de todos os eventos realizados (consultas, MCDT,…);

Identificação das intercorrências e complicações. No caso de terem dado origem a

novo episódio terapêutico, tem de ser anexada a informação relevante para efeito de

identificação do episódio associado;

Cópia do ofício e relatório clínico enviado ao HO;

Identificação das próteses utilizadas (descrever dados e informação obrigatória).

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Gestão do Episódio - Fases Gerais| IV - 81/92

1.4.4.2. Preços e metodologias para a produção adicional

Aquando da geração da nota apensa, o sistema informático valida um conjunto de

informações para calcular o valor a pagar pelo episódio. A facturação está sujeita às regras definidas

na Portaria n.º852/2009, de 7 de Agosto, devendo processar-se da seguinte forma:

Para os outros GDH o valor associado deve ser retirado directamente da tabela de preços do anexo II, da portaria nº 852/2009

Se, gerou GDH 755, 756, 806, 807 e se a UN possui um dos ICD de procedimentos 81.63 ou 81.64 então o valor a facturar por dia de internamento corresponderá a 247€, valor diária de enfermaria e/ou 588€, valor da unidade de cuidados intensivos. O valor das próteses de fixação acresce ao valor facturado, não podendo estes ser superiores

ao preço do mesmo material no catálogo de aprovisionamento público de saúde.

Em doentes traqueostomizados, submetidos a ventilação mecânica por 96 horas ou mais (possui ICD 96.72) será considerado o GDH 483

No caso de entidades convencionadas, se gerou outros GDH médicos, o valor do GDH corresponde a 53,63% do GDH da tabela de preços da portaria 132/2009 (art. 8º, nº5) e devem ser facturados ao hospital de origem

correspondente. No caso dos hospitais do SNS, estes GDH estão incluídos noutra linha de financiamento, pelo que o valor de GDH associado será igual a 0 (zero)

Se, gerou outro GDH médico e a UN possui um dos ICD de procedimentos 43.19, 44.62, 46.14, 46.39, 69.59, o valor do GDH corresponde a 53,63% do GDH da tabela de preços da portaria nº132/2009 (art. 8º, nº3)

Se gerou GDH 351 (GDH médico) e a UN possui um dos ICD de procedimentos 63.70, 63.71, 63.72, 63.73, o valor do GDH corresponde ao referido na tabela de preços da portaria nº852/2009 (art. 8º, nº1)

Se, gerou GDH 288 e se a UN possui um dos ICD de procedimentos 44.69, 44.95, 44.31 e 44.38, então encontram se em vigor as regras de facturação do Programa de Tratamento Cirúrgico da Obesidade (PTCO), publicadas na

Portaria nº1454/2009, 29 de Dezembro, só, possíveis de facturar no caso do hospital ser um CED ou CT e cumprir critérios mencionados na linha directa nº2/2010

Se, gerou GDH 261, se a UN é pós NM (contém o ICD de diagnóstico V103 - História Pessoal de Neoplasia Maligna da Mama) e se o UN possui um dos ICD procedimentos 85.53, 85.6, 85.7, 85.87 e 85.95, então o valor do GDH =

2.270,00€ (art. 7º, nº 4)

Determinar o GDH para todas as unidades nosológicas - UN (retirada do registo de conclusão e que corresponde à associação de um diagnóstico com procedimento, podendo ter diagnósticos e procedimentos associados)

1ª Parte

UN (2) → GDH (2) UN (1) → GDH (1) Obtém-se então um valor do GDH para cada uma das UN:

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82/92 - IV | Gestão do Episódio - Fases Gerais

Se o GD possui procedimentos com complexidade (art. 7º, nº 13):

Valor da UN = Valor do GDH (1) + [ valor do GDH(1) x 20% ], caso não ultrapasse o valor da tabela de preços da portaria nº 132/2009, Se ultrapassar, valor da UN = Valor GDH da tabela de preços da

portaria nº 132/2009

Se a UN está classificada como NM (art. 7º, nº 12), independentemente se a UN possui ou não procedimentos com complexidade (art. 7º, nº 14)

Valor da UN NM = Valor do GDH (1) + [ valor do GDH(1) x 30% ], caso não ultrapasse o valor da tabela de preços da portaria nº 132/2009, Se ultrapassar, valor da UN = Valor GDH da tabela de preços da

portaria nº 132/2009.

2ª Parte

Se tiver sido autorizado pela ARS o pagamento excepcional da prótese, ao valor anterior acresce o valor da prótese (Não poderão ser pagos as próteses de UN que gerem os GDH 115, 116, 118, 209, 210, 211,

212, 548, 755, 756, 758, 806, 807, 817, 818, 849, 850, 851, 852, 853 e 854).

Se C < B, o valor a pagar ao hospital é A+C

Se C > B, então valor a pagar ao hospital é A+B;

Calcular o valor a considerar para as UN com GDH secundários, (C) = ∑(Valor GDH) x 45%

Caso exista mais do que uma UN, calcular 45% do valor da UN principal, (B)

Identificar UN com valor de GDH mais elevado. Essa UN é o GDH principal. (A) = Valor de UN principal (este valor decorre da aplicação das regras anteriormente descritas)

3ª Parte

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Acções transversais ao episódio| IV - 83/92

2. ACÇÕES TRANSVERSAIS AO EPISÓDIO

Readmissão 2.1.

Um cancelamento de uma inscrição pode ocorrer por vários motivos. Sempre que uma

conclusão por cancelamento for realizado indevidamente e a instituição ou o utente detectem o

erro, deve aquela proceder à readmissão da proposta, desde que a necessidade cirúrgica para

resolução do problema ainda se mantenha.

A readmissão consiste na activação do episódio que foi indevidamente cancelado da LIC pela

instituição hospitalar. Nesta situação, o utente mantém a sua posição na LIC, não perdendo a sua

antiguidade. Esta acção tem de ser fundamentada por escrito pelo utente ou no SI pela unidade do

SIGIC que identificou o erro. Se existir um contacto do utente, o assistente técnico deve registar o

mesmo no SI e anexar o documento em papel ao processo clínico. Os contactos da UCGIC e URGIC

são realizados pela comunicação na rede, sendo associados ao episódio funcional.

As readmissões têm lugar sempre que o utente fizer prova de um cancelamento indevido

(utilizar motivo erro HO) ou quando a instituição hospitalar determinar que o motivo apresentado

pelo utente é plausível para activação da inscrição cancelada (utilizar motivo plausível apresentado

pelo utente). Em ambas as situações, as justificações devem ser registadas no sistema de informação

e anexadas, em suporte de papel, ao processo clínico do utente.

Reinscrição 2.2.

A reinscrição ocorre posteriormente a uma conclusão por cancelamento de uma proposta.

Pode ser solicitada pelo utente ou por uma das unidades do SIGIC em favor do utente e ocorre

sempre que a indicação cirúrgica ainda se mantenha, sendo criado um novo plano de cuidados no

qual faz parte integrante uma nova proposta. Esta é em tudo semelhante à proposta cancelada,

diferindo na data de inclusão, sendo iniciada nova contagem do tempo espera.

Só pode existir reinscrição no âmbito de episódios cancelados com os seguintes motivos:

Utente não dá o seu consentimento para inscrição na LIC nos prazos legais em vigor;

Utente recusa, pela terceira vez, uma data para a realização da cirurgia sem

apresentar motivo plausível;

Utente falta aos episódios pré-operatórios ou à intervenção cirúrgica proposta sem

justificar a falta com motivo que possa ser aceite como plausível;

Utente falta, por três vezes, aos episódios pré-operatórios ou à intervenção cirúrgica

proposta mesmo apresentando motivos plausíveis;

Utente recusa a intervenção cirúrgica no HD após cativação do vale cirurgia ou da

nota de transferência, se o motivo invocado para a recusa não for considerado

plausível pela URGIC ou UCGIC;

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84/92 - IV | Acções transversais ao episódio

Utente fica incontactável pelos meios de contacto que indicou, inscritos no SIGLIC ou

no sistema de informação do hospital de origem;

Utente não activa ou cancela a nota de transferência ou o vale cirurgia dentro dos

prazos legais em vigor;

Utente desiste da cirurgia por motivos pessoais;

Utente pede uma pendência pessoal, por um período total de tempo superior ao

tempo máximo de resposta garantido na prioridade em que foi classificado.

Sempre que o utente solicitar uma reinscrição na LIC, o assistente técnico deve encaminhar o

pedido, para que o serviço/unidade funcional marque a consulta para reavaliação, o mais

rapidamente possível, a fim de o médico averiguar se a necessidade cirúrgica se mantém. Se assim

for, o utente é de novo inscrito na LIC, com data de inclusão igual à data da consulta, e realização dos

procedimentos administrativos necessários a uma nova inscrição, nomeadamente novo

consentimento do utente e validação do responsável do serviço/unidade funcional. Este novo

episódio funcional deve ficar associado ao episódio cancelado, sendo parte integrante do episódio

único do utente (resolução de um mesmo problema do utente já identificado).

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Organização da Informação do Hospital e funcionalidades do SIGLIC| IV - 85/92

3. ORGANIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO DO HOSPITAL E FUNCIONALIDADES DO

SIGLIC

Registo de informação em documento em versões 3.1.

Ilustração 23 – Registo de informação em documento em versões

3.1.1. Ficha do Hospital

A ficha do hospital é um documento disponibilizado na aplicação SIGLIC que serve para

recolher informação essencial sobre as instituições hospitalares e os seus recursos. Na figura

seguinte apresenta-se um resumo da informação que consta da ficha do hospital:

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86/92 - IV | Organização da Informação do Hospital e funcionalidades do SIGLIC

O assistente técnico responsável pela actualização da ficha do hospital deve recolher, junto

do conselho de administração e dos serviços/unidades funcionais correspondentes, a seguinte

informação referente à instituição hospitalar:

Ficha do Hospital

Moradas e outros contactos

Serviços / unidades funcionais e estatística

da LIC e produção

Entidades de referenciação

Capacidade instalada

Condições de pagamento às equipas

em MRA

Acompanhamento da actividade cirúrgica

programada do hospital

Estatística sobre a LIC e produção da

instituição hospitalar

•Morada completa da sede da instituição hospitalar;

•Telefone, fax e email da UHGIC para contactos gerais do utente (linha directa de acesso);

•Nome, telefone, fax e email do coordenador da UHGIC;

•Nome, telefone, fax e email do coordenador da codificação;

•Nome, telefone, fax e email do presidente do conselho de administração;

•Nome, telefone, fax e email do director clínico.

Moradas e outros contactos

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Organização da Informação do Hospital e funcionalidades do SIGLIC| IV - 87/92

•Serviços/UF existentes na instituição código e respectiva sigla;

•Regime da cirurgia (internamento e/ou ambulatório);

•Tipo de internamento (pediátrico e/ou adulto);

•Classificação do tipo de serviço a que pertence o serviço/UF.

Serviços/ unidades funcionais

•Informação sobre as entidades do SNS ou privadas que referenciam utentes para a instituição hospitalar (centros de saúde, hospitais, clínicas, etc.).

Entidades de referenciação

•Urgência externa (Polivalente, Médico-Cirúrgica, Básica e Pediátrica, Obstétrica);

•Urgência interna. Capacidade instalada

Capacidade instalada

Dados gerais da instituição hospitalar

Meios físicos

Dados da instituição hospitalar

Dados por serviço/unidade

funcional

Meios humanos

Dados por serviço/unidade

funcional

Dados do bloco operatório

Técnicas especiais disponíveis no(s)

BO(s)

Observações gerais

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88/92 - IV | Organização da Informação do Hospital e funcionalidades do SIGLIC

•Nº total de pessoal médico (médicos, cirurgiões e internos);

•Nº total de pessoal de enfermagem;

•Nº total de técnicos de MCDT;

•Nº total de pessoal assistente técnico;

•Nº total de pessoal auxiliar;

•Nº total de outros profissionais;

•Nº camas médicas (excluir as camas materno-infantis);

•Nº de camas cirúrgicas (excluir as camas das unidades de cuidados intermédios e intensivos, assim como as camas com ventilação assistida);

•Nº camas materno-infantis;

•Nº camas na(s) unidade(s) cuidados intermédios;

•Nº camas na(s) unidade(s) cuidados intensivos;

•Nº camas com ventilação assistida fora do BO (camas com ventilação assistida fora BO e unidade de cuidados intermédios e intensivos);

•Disponibilidade de imagiologia convencional (disponível, não disponível, disponível 24 horas);

•Disponibilidade de ecografia (disponível, não disponível, disponível 24 horas);

•Disponibilidade de TAC/MRN (disponível, não disponível, disponível 24 horas);

•Disponibilidade de laboratório de patologia clínica (disponível, não disponível, disponível 24 horas);

•Disponibilidade de imuno-hemoterapia (disponível, não disponível, disponível 24 horas).

Capacidade instalada

Detalhe dados gerais da Instituição Hospitalar

•Nº de camas na(s) sala(s) de indução anestésica no BO;

•Nº de camas na(s) sala(s) de recobro no BO;

•Nº total de salas do BO (Corresponde ao nº total de salas disponíveis em todos os blocos operatórios existentes na instituição hospitalar, incluindo as exclusivas à urgência e cirurgia de ambulatório);

•Nº total de horas semanais disponíveis nas salas do BO (Corresponde ao nº total de horas semanais disponíveis nas salas em todos os blocos operatórios existentes na instituição hospitalar, incluindo as exclusivas à urgência e cirurgia de ambulatório);

•Nº de salas de BO exclusivas para ambulatório;

•Nº de horas semanais de salas disponíveis de BO exclusivas para ambulatório;

•Nº de salas de BO exclusivas para urgência;

•Nº de horas semanais de salas disponíveis de BO exclusivas para urgência;

•Permanência/Não permanência de cirurgião 24 horas;

•Permanência/Não permanência de anestesista 24 horas.

Capacidade instalada

Meios físicos

Dados da Instituição Hospitalar

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Organização da Informação do Hospital e funcionalidades do SIGLIC| IV - 89/92

•Nº de horas semanais de salas disponíveis no BO para produção em MRC em internamento (nº de horas semanais disponíveis nas salas de BO para produção em regime de internamento, em modalidade remuneratória convencional, ou seja, em horário normal de trabalho das equipas cirúrgicas);

•Nº de horas semanais de salas disponíveis no BO para produção em MRC em Ambulatório (nº de horas semanais disponíveis nas salas de BO para produção em regime de ambulatório, em modalidade remuneratória convencional, ou seja, em horário normal de trabalho das equipas cirúrgicas);

•Nº de horas semanais de salas disponíveis no BO para produção em MRA em internamento (nº de horas semanais disponíveis nas salas de BO para produção em regime de internamento, em modalidade remuneratória alternativa, ou seja, fora do horário normal de trabalho das equipas cirúrgicas);

•Nº de horas semanais de salas disponíveis no BO para produção em MRA em ambulatório (nº de horas semanais disponíveis nas salas de BO para produção em regime de ambulatório, em modalidade remuneratória alternativa, ou seja, fora do horário normal de trabalho das equipas cirúrgicas);

•Nº de camas de enfermaria (no caso de existirem camas partilhadas entre serviços/unidades funcionais, deverá ser realizada uma estimativa de percentagem de ocupação através da seguinte fórmula – Σ dias internamento do serviço no ano (todos os episódios)/ Σ dias internamento de todos os serviços que partilham as mesmas camas (todos os episódios) X nº total de camas);

•Nº de camas de recobro cirúrgico (idem).

Capacidade instalada

Meios físicos

Dados por serviço/unidade

funcional

•Nº de cirurgiões e Nº de cirurgiões internos;

•Nº total de horas semanais de trabalho dos cirurgiões e dos cirurgiões internos (Não inclui horas extraordinárias. Refere-se as horas prestadas por todos os colaboradores independentemente do vínculo laboral, nos vários serviços, incluindo o serviço de urgência);

•Nº de horas semanais afectas ao BO dos cirurgiões e dos cirurgiões internos (não incluí horas de urgência, nem actividade em modalidade remuneratória alternativa – MRA);

•Nº de horas semanais afectas ao SU dos cirurgiões e dos cirurgiões internos;

•Nº de pessoal de enfermagem;

•Nº total de horas semanais de trabalho do pessoal de enfermagem;

•Nº de pessoal auxiliar;

•Nº total de horas semanais de trabalho do pessoal auxiliar;

•Nº de outros profissionais;

•Nº total de horas semanais de trabalho de outros profissionais.

Capacidade instalada

Meios humanos

Dados por serviço/unidade

funcional

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90/92 - IV | Organização da Informação do Hospital e funcionalidades do SIGLIC

•Nº de anestesistas e Nº de anestesistas internos;

•Nº total de horas semanais de trabalho dos anestesistas e dos anestesistas internos (Não inclui horas extraordinárias. Refere-se a horas prestadas por todos os colaboradores independentemente do vínculo laboral, nos vários serviços incluindo o serviço de urgência);

•Nº de horas semanais afectas ao BO dos anestesistas e dos anestesistas internos (não incluí horas de urgência, nem actividade em modalidade remuneratória alternativa – MRA)

•Nº de horas semanais afectas ao SU dos anestesistas e dos anestesistas internos;

•Nº de pessoal de enfermagem;

•Nº total de horas semanais de trabalho do pessoal de enfermagem;

•Nº de pessoal auxiliar;

•Nº total de horas semanais de trabalho do pessoal auxiliar;

•Nº de outros profissionais;

•Nº total de horas semanais de trabalho de outros profissionais.

Capacidade instalada

Meios humanos

Dados do(s) BO(s)

•Lista de recursos técnicos instalados e em funcionamento na instituição hospitalar, em particular o equipamento de diagnóstico e terapêutica, no âmbito de BO.

Capacidade instalada

Técnicas especiais disponíveis no(s) BO(s)

•Informações adicionais sobre a capacidade instalada do hospital que não constam nas restantes pastas. Por exemplo, o hospital faz subcontratação de médicos anestesistas para suprir as suas necessidades ou algumas salas de BO estão fechadas para obras.

Capacidade instalada

Observações gerais

•Informação sobre as condições específicas de pagamento às equipas cirúrgicas em actividade cirúrgica programada realizada em MRA. Esta funcionalidade, juntamente com a definição das equipas-tipo, permite simular o pagamento aos colaboradores das equipas cirúrgicas autorizados a trabalhar em regime MRA. Esta ferramenta está disponível caso a instituição hospitalar tenha interesse em utilizá-la.

Condições de pagamento às equipas

em MRA

•Conjunto de indicadores do hospital, a uma determinada data, sobre registo da actividade cirúrgica programada, em ambulatório e em internamento, e sobre a produção realizada face à contratada no âmbito do acompanhamento do contrato-programa do hospital com a ACSS.

Acompanhamento da actividade cirúrgica

programada do hospital

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Organização da Informação do Hospital e funcionalidades do SIGLIC| IV - 91/92

3.1.2. Carteira de Serviços, Contrato e Convenção

A carteira de serviços dos serviços/unidades funcionais é o conjunto de problemas que o

serviço/unidade funcional tem capacidade para tratar tendo em conta os seus recursos físicos

(equipamentos, número de camas, etc.) e as competências dos seus recursos humanos. Cabe à

UHGIC actualizar não só a informação no SI relativa à carteira de serviços, como também os

contratos ou convenções celebradas para receber utentes como hospital de destino.

Se a instituição hospitalar pertencer ao SNS pode preencher a informação constante do

Contrato, com a duração de um ano, para receber utentes de outros HO, de acordo com a sua

disponibilidade.

Se for um hospital convencionado, a instituição tem uma convenção por cinco anos e recebe

utentes da(s) ARS com quem assinou a(s) respectiva(s) convenção(s), de acordo com a oferta

disponibilizada.

3.1.3. Gestão de colaboradores/utilizadores

No ecrã da gestão de colaboradores/utilizadores deve estar contido o registo de todos os

colaboradores/utilizadores da instituição hospitalar (funcionários do hospital com acesso à aplicação

SIGLIC), assim como dos colaboradores que sejam subscritores de documentos no âmbito de

execução do plano de cuidados. Assim, é essencial a recolha da seguinte informação relativa a cada

colaborador:

•Conjunto de indicadores sobre a actividade cirúrgica programada do hospital, nomeadamente sobre LIC, operados, produção cirúrgica em MRA e MRC, cancelados, transferidos, devolvidos, entre outros.

Estatística sobre a LIC do hospital

Contrato/Convenção Contrato Interno

Serviço(s)/Unidade(s) Funcional(is)

Nº transferências

Oferta de procedimentos

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92/92 - IV | Organização da Informação do Hospital e funcionalidades do SIGLIC

Gestão de Colaboradores/

Utilizadores

Colaborador

Nome completo e nome profissional

Estatuto

Nº mecanográfico e/ou Nº ordem dos

médicos/enfermeiros

Endereço de correio elecrónico e telefone

Nº horas semanais de trabalho

Serviço(s)/Unidade(s) Funcional(is)

% Horas afectas ao serviço/unidade

funcional

%Horas afectas à consulta

% Horas afectas ao BO

Função do Colaborador

Utilizador

Perfil

Subscritor/acesso às notas clínicas/Código

diagnóstico e procedimento

Função de acesso à aplicação

Tipo de acesso aos dados