viver em comunhÃo, formar para a comunhÃo · youcat - catecismo jovem da igreja católica ......

48
1 Paróquias Arreigada, Ferreira e Frazão VIVER EM COMUNHÃO, FORMAR PARA A COMUNHÃO N.º 6 Novembro 2011 Revista Anual

Upload: dinhnhi

Post on 28-Jan-2019

217 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

1

Parquias Arreigada, Ferreira e Frazo

VIVER EM COMUNHO, FORMAR PARA A COMUNHO

N. 6Novembro

2011Revista

Anual

INSCREVE-TE

A CAPA

Famlia e Juventude.Viver em comunho, formar para a Comunho.

SECRETARIA GERAL DAS TRS PARQUIASCasa Paroquial de Arreigada Tel. 255 880 890 / Fax: 255 880 899E-mail: [email protected]

PARQUIA S. PEDRO DE ARREIGADA E-mail: [email protected]: diariamente, das 9 s 12h30 e das 15h30 s 20 h.CENTRO SOCIAL E PAROQUIAL Tel. 255 871 035 - Fax: 255 880 899 E-mail: [email protected]

PARQUIA DE S. PEDRO DE FERREIRA E-mail: [email protected]: 4 s 20h30. Tel. 255 865 605 Mosteiro - Tel. 255 865 157CENTRO SOCIAL E PAROQUIAL E-mail: [email protected]. 255 865 011 - Fax: 255 880 899

PARQUIA S. MARTINHO DE FRAZO E-mail: [email protected]: 3 s 20h30.Igreja Paroquial - Tel. 255 871 248 Igreja de So Brs - Tel. 255 891 222CENTRO SOCIAL E PAROQUIAL E-mail: [email protected]. 255 880 720 - Fax: 255 880 729Pavilho Gimnodesportivo Tel. 255 880 726

NDICE

Igreja Universal ..................................................... 4 O recente livro do Papa na simples leitura dum bispo YOUCAT - Catecismo Jovem da Igreja catlica Beatifi cao do papa Joo Paulo II Jornadas Mundiais da Juventude Papa convoca ano da f lembrando Vaticano II Igreja Diocesana .................................................. 16 Morreu D. Jlio Tavares Rebimbas Quinta-Feira Santa Missa Crismal Famlia e Juventude D. Pio Alves Novo Bispo Auxiliar do Porto Papa aceita renncia de D. Joo Miranda Teixeira

As nossos Comunidades ...................................... 26 Festas de Natal Noite solidria Peregrinao da Esperana Festas da catequese Celebrao da Confi rmao Espaos Renovados Peregrinao a Ftima Festa do Rosrio Ro Kyao entre ns

Os Nossos Centros Sociais ................................... 35 Montepio faz donotivo ao Complexo Voluntariado nas nossas Instituies Noites de Fados Convvio Anual Almoo de Natal Festa de Reis Festa da Amizade Desfolhada Novos projectos para o Complexo Social Inter-Paroquial

Voz do Pastor ........................................................ 44

Agenda Pastoral .................................................... 46

Ficha tcnica - Propriedade e edio: Parquias de Arreigada, Ferreira e Frazo. NIPC: 501537910Casa Paroquial de Arreigada Tel. 255 880 890 / Fax: 255 880 899E-mail: [email protected]

Director: P.e Samuel GuedesRedaco: Albino PintoProduo grfica: O Progresso - Edies e Publicidade, LdaImpresso: Dirio do MinhoPeriodicidade: Anual Tiragem: 1500 ex.Depsito Legal: 251458/06N. de Registo na E.R.C.: 125067

informaes teis

EditorialEste ano, e de harmonia com a proposta

feita pelo Bispo Diocesano, propomo-nos viver sob o signo da famlia. Vamos, por isso, dar especial relevo a todas as dimen-ses da famlia, enquanto famlia biolgica, famlia paroquial, famlia crist; a famlia, clula da sociedade.

na famlia o lugar onde germina a vida; no seio da famlia que as pessoas apren-dem os primeiros passos em direco fe-licidade e realizao pessoal. A famlia a primeira e principal clula da sociedade onde se aprendem e desenvolvem os valo-res fundamentais da convivncia humana.

Mas no mundo que esta clula mais pequena da sociedade tem a sua expres-so, tambm na Igreja, na comunidade pa-roquial, etc. A famlia com todos os seus intervenientes, marcam o percurso dos v-rios organismos e movimentos de todos os sectores da vida eclesial. Por isso fazemos memorial dos acontecimentos e factos mais marcantes.

Procuremos que as nossas famlias sejam verdadeiras escolas de vida, de sociabilida-de, de iniciao vida comunitria. Sejam as nossas famlias transmissoras de valores humanizantes e sinal no mundo do amor de Deus aos homens. Assim a famlia, co-munidade eclesial, torna-se mais completa, porque se faz expresso da beleza da comu-nho.

O recente livro do Papa na simples leitura dum bispo

11 de Maro de 2011Apresentao de Jesus de Nazar.

Da Entrada em Jerusalm at Ressurreio, Universidade Catlica, Porto

I g r e j a U n i v e r s a l

De Roma nos chega agora este livro do Papa, meditado e escrito em tempos de no-vas ou reeditadas desconfianas e contra-dies. E a resposta dada em duas cen-tenas e meia de pginas, com as mesmas qualificaes requeridas: dando razes da esperana, com mansido, respeito e lim-pidez de conscincia. Serenamente, pois, e abertamente. A apologia possvel e opor-tuna, ao modo suave de Deus, como in-dica a certo passo (cf. p. 224).

No tem propriamente tema, por se tratar antes de mais duma figura. Figura no s tematizvel, mas realssima de fac-

to. A historiografia, enquanto recuperao de notcias e enquadramentos originais, atesta-lhe a existncia, mas ultrapassada pela convivncia.

Sabe-se historicamente de Jesus da Nazar mais do que doutras figuras an-teriores ou coevas, indiscutveis tambm. Mas, como de qualquer pessoa, sabe-se dele pela convivncia que teve e o rasto que deixou, porque a definio de cada um recproca em relao queles com quem directa ou indirectamente convive. Da que no haja memria sem testemunhos, nem histria sem interpretao, compre-

4

5

enso, por parte de quem v, ouve ou con-ta. Creio coincidir neste ponto com o que o Papa escreve, logo ao princpio: Tal exe-gese [bblica cientfica] deve reconhecer que uma hermenutica da f, desenvolvi-da de forma justa, conforme ao texto e pode unir-se a uma hermenutica histrica ciente dos prprios limites para formar um todo metodolgico (p. 10).

Digamos ainda que, se a personalidade em causa menos consistente, as inter-pretaes imediatas ou sucessivas podem recri-la e at contrafaz-la, ao ponto de a tornarem irrecupervel. Quando aconte-ce o contrrio, ela impe-se de tal modo que mesmo as interpretaes distintas acabam por ser sinfnicas. Concluamos que assim sucede em relao a Jesus de Nazar, como se acentua a propsito dos discpulos de Emas: No foram as pala-vras da Escritura que suscitaram o relato dos factos, mas sim os factos [a Pscoa de Cristo], que num primeiro tempo eram in-compreensveis, que levaram a uma nova compreenso da Escritura (p. 168).

Dos vrios autores referidos e comenta-dos na bibliografia, sobressai John P. Meier, exegeta americano. Dele escreve o Papa: Esta obra, em vrios volumes, [] cons-titui, sob muitos aspectos, um modelo de exegese histrico-crtica no qual esto pa-tentes tanto a importncia como os limites desta disciplina (p. 238). Mas foi o prprio Meier que, depois de ter concentrado em poucas linhas um percurso exegeticamente certificvel de Jesus, acrescentou:

contra o pano de fundo desse escas-so referencial cronolgico que procurare-mos agora entender o que Jesus de Nazar disse e fez durante esses dois breves anos [de ministrio pblico] que mudaram a face do mundo (Um judeu marginal. Repensando o Jesus histrico. Rio de Ja-neiro: Imago, 1993, vol. 1, p. 402).

patente o crescimento, do historica-mente verificvel, enquanto disciplina cientfica, repercusso mundial que atingiu, enquanto convivncia comeada, transmitida e alargada em nmero e con-sequncia. E poderemos acrescentar que a histria de Jesus incide sobre o que ele disse e fez e as repercusses imediatas e mediatas que tal obteve nos seus discpu-los, dos primeiros aos actuais.

Admitamos tambm que, da historio-grafia positivista sculo XIX, que pretendia recuperar o passado tal e qual, atravs da documentao conseguida e independentemente da subjectividade de quem a lesse e seleccionasse, evolumos entretanto para uma historiografia perso-nalista, que reconhece cada um atravs da relao que manteve com os demais e das consequncias mentais e existenciais que neles originou e continua a originar. No estar longe disto a seguinte aluso do Papa aos contornos escatolgicos de Jesus: O verdadeiro acontecimento a pessoa em quem, no obstante a passagem do tempo, permanece realmente o presen-te. Nessa pessoa est agora presente o fu-turo. Em ltima anlise, o futuro no nos colocar numa situao diversa daquela que j se realizou no encontro com Jesus (p.51).

Personalidade consistente - e por isso verdadeira -, a de Jesus, sumamente impressiva na conscincia dos seus dis-cpulos e bastante para lhes legitimar o testemunho, de h dois milnios para c. Tanto que Bento XVI se sente levado a perguntar-nos: Porventura no irradia de Jesus um raio de luz que cresce ao longo dos sculos, um raio que no podia provir de nenhum simples ser humano, um raio mediante o qual entre verdadeiramente no mundo o esplendor da luz de Deus?

55

6

Teria o anncio [pascal] dos apstolos podido encontrar f e edificar uma co-munidade universal se no operasse neles a fora da verdade? (p. 224). Que isto seja assim, atesta-o certamente o interes-se que o livro do Papa desperta, dentro e fora do crculo confessional. E, mesmo sendo o tom muito sereno e fluente, den-tro das balizas culturais geralmente acei-tes, consente aqui e ali a manifestao duma alma crente e mstica, quando a descrio dalgum passo se abre directa compaixo. Ser porventura este o mais revelador, em torno de Jesus em Gets-mani: Ali, Jesus experimentou a solido extrema, toda a tribulao do ser homem. Ali, o abismo do pecado e de todo o mal penetrou at ao fundo da sua alma. Ali foi assaltado pela turvao da morte imi-nente. Ali O beijou o traidor. Ali todos os discpulos O abandonaram. Ali Ele lutou tambm, por mim (p. 126).

Na ltima frase, o exegeta e o telogo do lugar ao mstico, porque a relao se

torna directa e agradecida com a persona-gem estudada. Da inteligncia, acedemos alma de Bento XVI. E a esperana aqui j no precisa de razes, embora esteja pronta a d-las, com mansido e respeito.

ainda desta ordem e muito coeren-te com o fio condutor da verificao pela convivncia o antepenltimo pargrafo do texto papal: E porque no pedir-Lhe que nos conceda tambm hoje testemu-nhas novas da sua presena, nas quais Ele mesmo se aproxime de ns? (p. 236).

Bastar assim, como convite leitura. O livro cuja excelente edio temos de agradecer tambm Princpia Editora - trata de muitos outros pontos, da maior relevncia. Fui particularmente sensvel histria viva que Jesus de Nazar vai fa-zendo com Bento XVI e os seus leitores.

Manuel Clemente

7

YOUCAT Catecismo Jovem da Igreja catlica

O Youcat foi apresentado no dia 13 de Abril. um instrumento, com uma linguagem mais compreensvel, para levar os jovens a aprofundar a F da Igreja, lendo de novo e de maneira nova, o Catecismo da Igreja Catlica. O livro, segunda assinala a Agncia Ecclesia uma sntese da doutrina catlica, em formato de pergunta-resposta .

A Paulus Editora a responsvel pela publicao do YOUCAT (abrevia-tura de Youth Catechism) e trata-se de um catecismo pensado fundamental-mente para os jovens, com uma linguagem apropriada, com muitas imagens e textos complementares, sendo que a sua a estrutura bsica semelhante do Compndio do Catecismo da Igreja Catlica l-se num comunicado de imprensa da Paulus enviado Agncia Ecclesia.

O YOUCAT foi desenvolvido por um nmero considervel de padres, te-logos e professores de religio sob a tutela do cardeal Christoph Schnborn.

O prefcio do Catecismo Jovem foi escrito por Bento XVI. Nele o Pont-fice assinala que algumas pessoas dizem-me que o catecismo no interessa juventude moderna, mas no acredito nesta afirmao e estou certo de que tenho razo.

A juventude no to superficial como acusada de ser, os jovens que-rem saber deveras no que consiste a vida escreve o Papa

8

Beatificao do papa Joo Paulo II

No incio do corrente ano, o Papa Bento XVI aprovou a publicao do decreto que comprovava um milagre atribudo interces-so de Joo Paulo II (1920-2005), concluin-do assim o processo para a sua beatificao. A cerimnia de beatificao decorreu a 1 de Maio, Domingo da Divina Misericrdia, no Vaticano, presidida por Bento XVI.

O milagre comprovado refere-se cura de uma freira francesa Marie Simon Pierre, que sofria da Doena de Parkinson. A deci-so abriu caminho, em definitivo, beatifi-cao do Papa Joo Paulo II.

Bento XVI anunciou no dia 13 de Maio de 2005, quarenta e dois dias aps a morte de Joo Paulo II, o incio imediato do pro-cesso de canonizao de Karol Wojtyla, dis-pensando o prazo cannico de cinco anos para a promoo da causa.

Em Dezembro de 2009, o actual Papa as-sinou o decreto que reconhece as virtudes hericas de Karol Wojtyla, primeiro passo em direco beatificao.

A data escolhida para a beatificao recor-dava a celebrao litrgica mais prxima da morte de Joo Paulo II, que faleceu na vs-pera da festa da Divina Misericrdia, por ele criada em 2000. Bento XVI na sua homilia afirmou que o beato Joo Paulo II enfrentou sistemas polticos e econmicos, incluin-do o marxismo e ideologia do progresso para cumprir o seu desafio de viver a f sem medo. Karol Wojtyla subiu sede de Pe-dro trazendo consigo a sua reflexo profun-

da sobre a confrontao entre o marxismo e o cristianismo, centrada no homem. A sua mensagem foi esta: o homem o caminho da Igreja, e Cristo o caminho do homem, disse, na homilia da missa a que presidiu, na Praa de So Pedro, diante de centenas de milhares de pessoas.

O atual Papa lembrou as palavras me-morveis pronunciadas por Joo Paulo II na missa de incio de pontificado, em outu-bro de 1978: No tenhais medo! Abri, me-lhor, escancarai as portas a Cristo!.

Aquela carga de esperana que de certo modo fora cedida ao marxismo e ideologia do progresso, Joo Paulo II legitimamente reivindicou-a para o cristianismo, restituin-do-lhe a fisionomia autntica da esperana, indicou.

Bento XVI disse aos presentes que esta herana se deve viver na histria com um esprito de advento, numa existncia pes-soal e comunitria orientada para Cristo,

9

plenitude do homem e realizao das suas expectativas de justia e de paz.

Aquilo que o Papa recm-eleito pedia a todos, comeou, ele mesmo, a faz-lo: abriu a Cristo a sociedade, a cultura, os sistemas polticos e econmicos, invertendo, com a fora de um gigante fora que lhe vinha de Deus , uma tendncia que parecia irrevers-vel, prosseguiu.

Para o Papa, Karol Wojtyla (1920-2005) deixou atrs de si um testemunho de f, de amor e de coragem apostlica, acompanha-do por uma grande sensibilidade humana.

Em polaco, tambm ao som das palmas - apesar de as mesmas terem sido desacon-selhadas aps o rito da beatificao - Bento XVI falou num filho exemplar da Polnia, que ajudou os cristos de todo o mundo a no terem medo de se dizerem cristos, de pertencerem Igreja, de falarem do Evange-lho.

Ele conferiu ao cristianismo uma renova-

da orientao para o futuro, o futuro de Deus, que transcendente relativamente histria, mas incide na histria, acrescentou.

O atual Papa quis tambm agradecer a sua experincia de colaborao pessoal, com o novo beato, enquanto prefeito da Congrega-o para a Doutrina da F.

Durante 23 anos pude permanecer junto dele crescendo cada vez mais a minha vene-rao pela sua pessoa, declarou, sublinhan-do o exemplo da sua orao.

Bento XVI disse ainda ter sido a humil-dade profunda do seu predecessor que lhe permitiu continuar a guiar a Igreja e a dar ao mundo uma mensagem ainda mais elo-quente, justamente no perodo em que as for-as fsicas definhavam.

Feliz s tu, amado Papa Joo Paulo II, porque acreditaste! Continua do Cu ns te pedimos a sustentar a f do Povo de Deus, concluiu.

In ecclesia

10

Quatro dias em Madrid para que Bento XVI apelasse ao compromisso das novas geraes de catlicos, ainda que em cen-rios de hostilidade

Bento XVI insistiu na necessidade de uma gerao sem medo de se assumir catlica face cultura relativista domi-nante, indiferena e mesmo hostilidade de muitos.

Os milhes de jovens que tero pas-sado pelas diversas atividades religiosas, ldicas e culturais da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), na capital espanhola, podem ler em casa uma mensagem que

a chuva tirou da boca do Papa, na viglia de sbado: Que nenhuma dificuldade vos paralise. No tenhais medo do mundo, nem do futuro.

Por mais de uma vez, Bento XVI con-vidou a nova gerao de catlicos a no desanimar com as contrariedades que, de diversos modos, se apresentam nalguns pases.

Sem qualquer referncia aos inciden-tes de contestao que rodearam a visita a Madrid, consideradas marginais pelo Vaticano, o Papa apontou como prioridade dar testemunho da f nos mais diversos

Jornadas Mundiais da Juventude Uma Igreja que no se rende

Quatro dias em Madrid para que Bento a chuva tirou da boca do Papa, na viglia

11

ambientes, incluindo nos lugares onde prevalece a rejeio ou a indiferena. Falando em portugus, como fez vrias vezes, admitiu que os catlicos se podem sentir em contracorrente no meio duma sociedade onde impera a cultura relati-vista que renuncia a buscar e a possuir a verdade.

Por diversas vezes, Bento XVI apelou a uma presena junto dos menos favore-cidos e defendeu uma compreenso dife-rente do sofrimento, tanto na via-sacra nas ruas de Madrid como valorizando os jovens portadores de deficincia como aqueles que fazem nascer gestos de ternu-ra. Por Cristo, sabemos que no estamos a caminhar para o abismo, para o silncio do nada ou da morte, mas seguindo para a terra prometida, diria aos seminaristas.

Num encontro com milhar e meio de re-ligiosas indicou, por outro lado, que face ao relativismo e mediocridade, surge a necessidade desta radicalidade que teste-munha a consagrao como uma pertena a Deus.

Aos professores universitrios, com quem se encontrou pela primeira vez num contexto de JMJ, falou dos abusos duma cincia que no reconhece limites para alm de si mesma. Foi tambm uma JMJ com marca portuguesa, com a presena recorde de 12 mil participantes, para l da assumida candidatura a organizar um evento deste gnero a mdio prazo. O encontro entre 17 bispos e os peregrinos lusos deixou diversos apelos a um com-promisso em favor do bem comum, do esforo urgente e necessrio para superar a atual crise - econmica, mas tambm de valores que atinge o pas, no entender dos responsveis da Igreja Catlica.

No final, a Jornada de Madrid fica como um momento de esperana de uma gerao que no se rende perante sinais

de desnorte e mesmo descarrilamento so-cial que chegavam dos recentes motins do Reino Unido ou dos atentados da Norue-ga, para alm das pesadas consequncias do desgoverno financeiro internacional, sobretudo no aumento da precariedade e do desemprego.

Apesar do pouco tempo que, em 79 ho-ras, o Papa passou entre os jovens, a nova gerao JMJ respondeu presente e nem o calor, o p, o cansao, a chuva ou o ven-to conseguiram trav-la, sendo justo, por isso, o que disse Bento XVI aps a tem-pestade da viglia de sbado: Vivemos uma aventura juntos.

In ecclesia

12

Papa convoca ano da f lembrando Vaticano II

O Papa Bento XVI anunciou no passado dia 16 de Outubro a celebrao de um ano da f, entre outubro de 2012 e novembro do ano seguinte, para assinalar o 50. aniver-srio do Conclio Vaticano II (1962-1965), para relana o anncio da f sociedade contempornea.

A revelao foi feita pelo Papa na homilia da missa a que presidiu, na baslica de So Pedro, no final de um encontro internacional com pessoas empenhadas, em muitas par-tes do mundo, nas fronteiras da nova evan-gelizao. Decidi proclamar um Ano da F, que terei modo de ilustrar com uma Carta Apostlica. Ter incio a 11 de outu-bro de 2012, no quinquagsimo anivers-rio da abertura do Conclio Vaticano II, e concluir-se- a 24 de novembro de 2013, solenidade de Cristo Rei do Universo. Ser um momento de graa e de empenho para uma cada vez mais plena converso a Deus, para reforar a nossa f e para anunci-lo com alegria ao homem do nosso tempo, indicou. O encontro internacional foi pro-movido, entre sbado e domingo, pelo Con-selho Pontifcio para a Promoo da Nova Evangelizao, sobre o tema Novos evan-gelizadores para a Nova Evangelizao A Palavra de Deus cresce e se multiplica, contando com a participao do padre Ma-nuel Morujo, secretrio da Conferncia Episcopal Portuguesa (CEP). Aps o final da missa, na recitao do Angelus, o Papa voltou a anunciar aos peregrinos reunidos na Praa de So Pedro (Vaticano) a cele-brao de um especial ano da f, meio sculo depois da abertura do Conclio Va-ticano, por considerar oportuno recordar a

beleza e centralidade da f, a exigncia de refor-la e aprofund-la a nvel pessoal e comunitria, numa perspetiva no tanto celebrativa, mas antes missionria.

Na homilia que pronunciara na baslica do Vaticano, o Papa afirmou que a teologia da histria um aspeto importante, essen-cial, da nova evangelizao, porque aps a nefasta poca dos imprios totalitrios do sculo XX, [os homens] tm necessidade de reencontrar um olhar abrangente sobre o mundo e sobre o tempo, um olhar verdadei-ramente livre, pacfico.

Trata-se daquele olhar que o Conclio Vaticano II transmitiu nos seus documentos e que Paulo VI e Joo Paulo II ilustraram com o seu magistrio, sublinhou. Na missa, o Papa deslocou-se atravs do corredor cen-tral da baslica na plataforma mvel que era utilizada por Joo Paulo II.

O motivo exclusivamente facilitar o labor do Santo Padre, da mesma forma que j se faz com o papamvel nas procisses em ambientes exteriores e na Praa de So Pedro, explicou o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi.

No sbado, Bento XVI esteve na sala do Snodo, no Vaticano, para saudar os partici-pantes no encontro sobre a nova evangeliza-o, num encontro precedido por uma atua-o do tenor italiano Andrea Bocelli. O Papa mostrou-se otimista quanto ao crescimento e difuso da Palavra de Deus no mundo, mesmo se o mal faz mais barulho. Bento XVI convidou os catlicos a serem um sinal de esperana para comunicarem a alegria da sua f, mesmo no meio da indiferena.

In ecclesia

13

14

I g r e j a D i o c e s a n a

Morreu, no passado dia 6 de Dezembro de 2010, aos 88 anos, D. Jlio Tavares Rebim-bas, antigo bispo do Algarve, auxiliar do Pa-triarca de Lisboa, primeiro prelado de Viana do Castelo e arcebispo-bispo do Porto,

Em todos estes relevantes cargos ecle-siais, o Senhor D. Jlio foi um dedicado Pastor do Povo de Deus, concretizando o es-prito e as determinaes do Conclio Vatica-no II, quer nas iniciativas que tomou quer no seu modo cordial e prximo de estar e pro-ceder com todos, escreve o bispo do Porto, D. Manuel Clemente, em texto publicado no site da diocese.

Foi constante amigo do seu clero e dei-xou em todas as Dioceses que serviu um rasto de gratido e simpatia, inteiramente merecidas, acrescenta.

Depois de recordar que D. Jlio Tavares Rebimbas residia na Casa Diocesana de Vi-lar, estrutura de grande importncia para a actividade pastoral, que edificou e bem denota o seu empenho e clarividncia, D. Manuel Clemente sublinhou que a Diocese do Porto est profundamente grata ao arce-

bispo-bispo, guarda no corao o seu teste-munho e pede a Deus a maior recompensa dos seus muitos e generosos trabalhos.

A celebrao exequial decorreu na S Ca-tedral do Porto, seguindo o cortejo fnebre para Bunheiro, Murtosa (diocese de Aveiro), terra natal do prelado, onde foi sepultado em jazigo de famlia.

Filho de Sebastio Tavares e Maria Ant-nia Tavares Rebimbas, ele pequeno agricul-tor, ela costureira, D. Jlio Tavares Rebim-bas nasceu a 21 de Janeiro de 1922.

A 29 de Junho de 1945 foi ordenado pa-dre, tendo recebido a ordenao episcopal a 26 de Dezembro de 1965, depois da nomea-o para bispo do Algarve, a 27 de Setembro do mesmo ano.

Foi nomeado arcebispo de Mitilene e au-xiliar de Lisboa em 11 de Julho de 1972, e a 3 de Novembro de 1977 recebeu a respon-sabilidade de se tornar o primeiro bispo de Viana do Castelo.

No dia 18 de Fevereiro de 1982 foi nome-ado arcebispo-bispo do Porto, tendo resigna-do a 13 de Junho de 1997, aos 75 anos.

Morreu D. Jlio Tavares RebimbasArcebispo-Bispo Emrito do Porto 6 de Dezembro de 2010

15

Amados irmos, muito especialmente carssimos sacerdotes

Missa crismal esta, amados irmos e irms, pois toda ela obra do Esprito, s assim acesso inteno de Deus e partici-pao na obra de Jesus, o ungido.

Dedicmos um ano inteiro Misso diocesana e talvez nos perguntemos agora: - Que fazer? Ou, mais precisamente, como

havemos de continu-la, aprofundando e alargando o que tenha resultado mais, se-gundo a avaliao feita?

Melhor perguntaremos ainda: - Como se ho-de traduzir em ns, Igreja portucalense de 2011, as palavras de Jesus: O Esprito do Senhor est sobre mim, porque Ele me un-giu para anunciar a boa nova aos pobres?!

H certamente ideias e sugestes, que sero proximamente oferecidas e com-

QUINTA-FEIRA SANTA MISSA CRISMALOrao, para continuar em misso

16

partilhadas. Mas, nesta circunstncia feliz em que nos reunimos tantos e em tal va-riedade ministerial e carismtica na igreja me da diocese, deixai-me sublinhar o que primeiro nos disse o aludido trecho evan-glico.

Jesus leu aquele passo de Isaas, certo. Como certssimo e fundamental que de seguida tenha identificado em si mesmo a profecia do Ungido, que se traduz por Messias e Cristo. Lembrando o progra-ma, como o cumpriu risca no tempo que se seguiu: anunciar a boa nova aos pobres, aos pobres de todas as pobrezas, salutares e desejveis, ou injustas e insuportveis.

E daqui poderamos partir imediatamen-te, pois no faltam brechas a preencher e urgncias a acudir. Tudo compreensvel e justificvel, certamente. Mas correndo o risco de ainda no ser completamente cristo.

Na verdade, o que escutmos no co-meava assim. Dizia antes: Segundo o seu costume, Jesus entrou na sinagoga a um sbado. Segundo o seu costume, Jesus orava. Orava repetidamente e, ao sbado, comunitariamente. Depois leu a Palavra e, a seguir, decifrou-a e incarnou-a na fora do Esprito, manifestando-se como Evangelho vivo.

um percurso indispensvel para todos ns, Igreja que peregrina na diocese do Porto, se nos quisermos garantir em Cris-to para a salvao do mundo, prximo ou mais distante. Aprofundemos a nossa na-tureza orante, pessoal e comunitariamen-te orante. A evangelizao obra divina, passando atravs daqueles que, em Cristo e no Esprito, cumprem a vontade do Pai, que s no corao se comunica. Do co-rao de Deus, que se oferece, ao corao do mundo, que procura.

No foi por acaso que, lanando a nova evangelizao, o Papa Joo Paulo II, de

abenoada memria, a sequenciou deste modo: nova no ardor, nova nos mtodos e nova nas expresses. Nova no ardor, no impulso interior que s de Deus pode partir, no alcance e no mbito que deve ganhar. Nova no ardor, como fogo inapa-gvel da divina caridade; esse mesmo que abrasava o corao de Cristo e lhe urgia a ultimao da obra que o Pai dispusera: Eu vim lanar fogo sobre a terra; e como gostaria que ele j se tivesse ateado! (Lc 12, 49).

Vinte sculos de cristianismo nos de-monstram saciedade que as nicas vi-trias do Evangelho foram sempre pro-tagonizadas pelo amor de Deus, atravs dos coraes que o seu fogo abrasou tambm.

- H porventura algum momento apos-tlico e evangelizador de Jesus que no parta do amor do Pai e pelo Pai, que aca-bar por nos incandescer a todos, no ardor do Esprito?

A evangelizao parte da prece, para ser legtima e garantida. E no precisamos de sair do 3 Evangelho para o verificar sem margem de dvida ou demora. Pergunta-mo-nos tantas vezes sobre o modo e a ca-pacidade de manifestarmos Jesus ao mun-do, na verdade salutar que o seu nome j transporta (Jesus = Deus salva) Mas em orao que tal acontece, como primei-ramente sucedeu no Jordo: tendo Je-sus sido baptizado tambm, e estando em orao, o Cu abriu-se e o Esprito desceu sobre Ele em forma corprea, como uma pomba. E do cu veio uma voz. Tu s o meu Filho muito amado; em ti pus o meu encanto (Lc 3. 21-22).

Irmos carssimos: Nenhum de ns se pode convencer a si mesmo e muito me-nos aos outros desta verdade essencial de Jesus, como Filho muito amado de Deus, sem a revelao divina que a orao oca-

17

siona. Aprendamo-lo de vez, que j perde-mos demasiado tempo, pois ainda sucede que quem no junta com Cristo, disper-sa (cf. Lc 11, 23).

E tudo o mais assim decorre. Podemos dizer que a orao comunho essencial com o Pai era a vida de Jesus, to pro-funda e permanente que a sua aco ex-terior s nela se fundava e dela extrava-sava. Como depois suceder nos grandes contemplativos-activos, assim com Jesus, como no deixa de assinalar So Lucas: A sua fama espalhava-se cada vez mais, juntando-se grandes multides para o ser-virem e para que os curasse de seus males. Mas Ele retirava-se para lugares solitrios e a se entregava orao (Lc 5, 15-16).

No acontecia isto para fugir a tan-ta procura, mas precisamente para lhe responder a partir de Deus. Sabia-o bem e modernamente Teresa de Calcut, que, assoberbada por crescentes trabalhos e di-ficuldades, imediatamente disps que to-das alargassem de uma para duas horas o tempo de orao matutina exactamen-te por termos muito que fazer e inovar que precisamos de rezar muito mais e melhor, ns e as comunidades que servimos. A

evangelizao obra divina e s em Deus nova e criativa. - Deus, a permanente no-vidade do mundo!

E ns todos, os que na Igreja do Porto buscamos agora continuar a Misso, com renovada intensidade comunitria - par-quia a parquia, vigararia a vigararia, ins-tituto a instituto, movimento a movimen-to - teremos de seguir idntico caminho, como o seguiu Jesus, sempre o ungido do Esprito, para cumprir a vontade do Pai e anunciar a boa nova aos pobres.

Verificamo-lo, por exemplo maior, quando decidiu partilhar com outros o divino envio, j em evangelizao cor-responsvel. Tomou decises e escolheu pessoas, certamente. Mas, ainda e sempre, a partir da orao, em constante escuta do Pai. Continua o evangelista: Naqueles dias, Jesus foi para o monte fazer orao e passou a noite a orar a Deus. Quando nasceu o dia, convocou os discpulos e es-colheu doze dentre eles, aos quais deu o nome de Apstolos (Lc 6, 12-13).

Estas e outras passagens evidenciam sem margem para dvidas a nica fonte do apostolado cristo. No se trata basi-camente de fazer, mas de permanecer em

18

Deus, cumprindo a sua vontade de criar e salvar a criao inteira, recuperando a hu-manidade de que ela depende e com quem sofre ou exulta; pois, como inspiradamente escreveu So Paulo, a criao encontra-se em expectativa ansiosa, aguardando a revelao dos filhos de Deus (Rm 8, 18).

Nas actuais e graves circunstncias da ecologia natural, social e humana, es-tas palavras ganham redobrada urgncia. Como discpulos de Cristo, recuperemos o nimo para ir at ao fim na resposta a dar, em rendio absoluta vontade do Pai, para que o horto da agonia se transmude em jardim reencontrado. Rendio absolu-ta que s pode ser acolhimento inteiro do Esprito do Ungido, que acompanharemos esta noite e tantas vezes: Depois afastou-se deles, distncia de um tiro de pedra, aproximadamente; e, pondo-se de joelhos, comeou a orar, dizendo: Pai, se quiseres, afasta de mim este clice; contudo no se faa a minha vontade, mas a tua (Lc 22, 41-43).

Amados irmos e irms, e muito espe-cialmente todos vs, carssimos sacerdotes e demais responsveis pelas comunidades crists da diocese, seculares, regulares ou laicais: a reflexo fez-se em torno de Jesus na sinagoga de Nazar, onde sem-pre participava na orao comunitria. A mesmo se declarou ungido pelo Esprito, para anunciar a boa nova aos pobres. Pois bem, assim queremos estar ns agora, continuando em misso.

Da avaliao que fizemos Misso 2010, resultaram apuramentos e urgncias. Apurou-se especialmente o bom resultado de quanto foi ao encontro das pessoas, das Janeiras e Compassos, aos Frgeis e Fiis Defuntos. Apurou-se com igual nota o res-peitante orao, do encontro com Taiz grande manifestao mariana de Maio. Ressaltaram urgncias, em relao s fa-

mlias, aos jovens e formao crist em geral.

Deixai-me propor-vos que, a par do que se est a reflectir e perspectivar nos r-gos centrais da diocese, tambm em cada uma das vossas comunidades se reze em conjunto, pedindo a Deus esclarecimento e nimo para cumprir a sua vontade, para a evangelizao nova evangelizao! dos vossos meios particulares, em aces concretas do prximo ano pastoral.

Aces concretas, especialmente comu-nitrias e intercomunitrias, vicariais ou outras. Porque no preparar, em cada um desses mbitos, uma misso especfica e situada, de zona ou sector? Pode pensar-se, por exemplo, em incidir vez numa ou mais parquias, continuando noutras e nos anos seguintes; ou num sector social ou cultural preciso, como o meio esco-lar ou laboral, ou a juventude, a famlia, os idosos e outros mais. Criando para tal equipas de trabalho, com representantes de parquias, institutos e movimentos. Mas sempre e prioritariamente em grande persistncia orante, pois s do corao de Deus brota criativamente a misso.

Como a nova evangelizao agora, quando tanta perplexidade se abate sobre a nossa sociedade portucalense e portugue-sa, em profunda crise social e econmica, que tambm cultural e espiritual. - Em cada comunidade crist, unida ao corao pastoral de Cristo, est tem necessaria-mente de estar um princpio de reposta e a fermentao da esperana!

Nenhuma previso nossa suprir o que s Deus pode sugerir e no tocaremos o corao e a inteligncia de ningum se no formos transformados pela caridade e a sabedoria de Deus. Daqui sim, poderemos incansavelmente partir.

+ Manuel Clemente

S do Porto, 21 de Abril de 2011

19

Em Cristo e nos que vivem em Cristo est a resposta, como sempre e esplendida-mente esteve!

Amados irmos, especialmente vs os que a vrios ttulos vos corresponsabilizais comigo e com os Senhores Bispos Auxilia-res nos servios centrais e rgos colegiais da Diocese do Porto, ou nas 22 Vigararias e na leccionao de Moral e Religio Catli-ca, em pleno incio dum novo ano escolar:

1. Ano pastoral, contexto social e nova evangelizao a fazer

A Dedicao da S proporciona-nos anualmente a feliz ocasio de retomar a normalidade das actividades diocesanas naquilo a que se convencionou chamar um novo ano pastoral. j uma desig-nao corrente, mas nem por isso indis-tinta. Na verdade, s se pode dizer assim se realmente participar participarmos ns todos, os que, na responsabilidade de cada um, nos dispomos a protagoniz-lo dos sentimentos e da atitude de Cristo, o Bom Pastor que d a vida pelas suas ovelhas (Jo 10, 11).

E muito significativo que o discurso

do Bom Pastor seja colocado pelo evange-lista no contexto da festa da dedicao do templo de Jerusalm. Templo que Jesus j purificara, num episdio anterior o que acabmos de escutar -, para responder sur-preendentemente: Destru este templo e em trs dias o levantarei. E o evangelista esclarece: Jesus falava do templo do seu Corpo (cf. Jo 2, 13 ss). Anunciava, po-demos diz-lo, uma nova dedicao e um novo templo. Jesus dedica-se a si mesmo como o novo templo em que nos encontra-mos agora, na oferta ao Pai para a salvao de todos.

Esta a verdade da Igreja e a sua ope-rao no mundo: a Pscoa de Cristo, feita, tambm por ns, Pscoa do mundo, com a verdade primeira e ltima de que s na en-trega nos realizamos plenamente. o nosso segredo, que - aqui positivamente - ser proclamado sobre os telhados (cf. Lc 12, 3). Com o novo ardor, novos mtodos e novas expresses que caracterizam a nova evangelizao, to inadivel e premente.

O ano pastoral que inauguramos 2011-2012 acontece num preciso momento

20

da sociedade e da Igreja que no podemos nem queremos ignorar. Muito pelo contr-rio, este o cronos que o Esprito de Deus quer fazer kairos, por entre as alegrias, as esperanas, as tristezas e as angstias (cf. Gaudium et Spes, 1) que a todos geralmen-te respeitam.

A sociedade portuguesa como tantas outras da Europa e alm desta sofre uma crise que verdadeiramente se pode cha-mar assim, tanto por sobressaltar o curso normal de muitas existncias, como por exigir um srio juzo sobre o que a origi-nou e como sair dela.

Na encclica Caritas in Veritate, Bento XVI j fez tal juzo e apontou-nos as ne-cessrias mudanas a empreender, decerto na sociedade e na economia, mas priori-tariamente nas conscincias individuais e colectivas, se assim se pode dizer. Trata-se de levar muito mais a srio do que se tem feito e a todos os nveis da sociedade civil e poltica aquele conjunto de princpios que a Doutrina Social da Igreja enuncia basicamente como: a dignidade da pessoa humana, o bem comum, a subsidiarieda-de e a solidariedade (cf. Compndio da Doutrina Social da Igreja, n 160). No que nos diz directamente respeito, como Igreja Portucalense, sugiro e quase requeiro que, neste ano pastoral, cada comunidade crist e cada associao de crentes no deixe de reler esta parte do Compndio da D.S.I., para ajuizar do que faz e deve fazer, muito concretamente, a partir da.

2. Jornadas Mundiais da Juventude: um sinal dos tempos

Quanto Igreja em geral, temos de tirar concluses e consequncias do que de mais relevante aconteceu ultimamente. Selec-ciono em especial as Jornadas Mundiais da Juventude, que vivemos com o Santo Padre e mais de um milho de jovens em Madrid, h menos de um ms.

O que ali experimentmos e agora con-tinua no esprito de tantos jovens que nelas participaram inclusive da nossa diocese , sem dvida alguma, um sinal dos tempos de primeirssima ordem. Compe-te-nos agora como o urgiu o Conclio h quase meio sculo perscrutar e interpre-tar evangelicamente tal sinal (cf. Gaudium et Spes, 4) dando-lhe o melhor seguimen-to na vida eclesial. O que se passou nas Jornadas configura j aquela performativi-dade da esperana a que Bento XVI aludiu na sua segunda encclica (cf. Spe Salvi, 2): pela sua alegria e disponibilidade, pela sua procura e adeso ao convite papal, aqueles jovens j davam substncia e actualidade esperana que inegavelmente constituem para a Igreja e para o mundo.

Foi, de facto, um magnfico sinal dos tempos, porque tantos jovens do catoli-cismo mundial se evidenciaram vidos de comunho autntica, nas duas dimenses que cristmente a definem: a busca de Deus e a disponibilidade para os outros. Nas mltiplas manifestaes que preen-cheram aqueles abenoados dias, este ver-dadeiro essencial cristo demonstrou-se exuberantemente.

E, bem assim, o sentido pascal da exis-tncia. As Jornadas Mundiais da Juventu-de configuram propositadamente um tr-duo, que leva da meditao da Paixo, grande viglia de sbado e Missa final do Domingo. Isto mesmo, com o misto de cansao e alegria, com as catequeses e o culto eucarstico, com as oportunidades de convvio, reflexo e celebrao da Re-conciliao, tudo proporciona aos jovens participantes uma forte experincia de encontro com Cristo vivo na sua Igreja e nos mltiplos sinais em que nela se evi-dencia. Tambm no por acaso que todas as edies destas Jornadas redundam em descobertas e decises vocacionais, sem-

21

pre na ordem das centenas e com as mais variadas especificaes.

3. Famlia e Juventude: viver em comu-nho, formar para a comunho

Amados irmos: Se me detive um pou-co mais nas Jornadas Mundiais da Juven-tude foi tambm para reforar o que j foi anunciado, ou seja que na Diocese do Porto nos dedicaremos neste ano e por-ventura alm dele aos pontos centrais da Famlia e da Juventude. Assim decorreu da avaliao feita Misso 2010 e assim foi colegialmente decidido que se fizesse.

claro e sabido que a programao pastoral duma diocese j est previamente preenchida com tudo o que ocupa quase a cem por cento a normalidade das aces comuns dos pastores e das comunidades, ou seja, com a pregao e a catequese, a piedade e os sacramentos, a aco scio-caritativa. Mas tambm sabemos que conveniente destacar algum ponto mais ur-gente, quer em todas essas aces habitu-ais, quer com realizaes mais oportunas. agora o caso da Famlia e da Juventude, continuando e especificando a misso.

Quer isto dizer que parquias e vigara-rias, congregaes e institutos, associaes e movimentos, todos so convidados a ter tais pontos muito presentes no que fizerem por si ou conjuntamente. J em Maio pas-sado tive ocasio de escrever aos padres, pedindo-lhes que combinassem entre si e inter-paroquial ou vicarialmente algumas aces especficas para a Famlia e a Ju-ventude. Na ltima reunio de vigrios e adjuntos j se partilharam algumas ideias nesse sentido, cuja concretizao avanar certamente agora.

Por seu lado, os nossos Secretariados Diocesanos tambm tero estes dois pon-tos particularmente em vista, na aco conjugada que desenvolvem. Perspecti-va-se desde j uma grande actividade para

toda a Diocese, quase um encontro geral de famlias e jovens, nos trs primeiros dias de Junho.

E, com esta dupla incidncia, de novo se evidenciaro quer a referida essen-cialidade crist, quer o sentido pascal da existncia. O lema poder ser, ligando o significado da famlia com a pedagogia ju-venil: Viver em comunho, formar para a comunho.

4. Com exemplos concretos de santidade reconhecida

Estimados vigrios e adjuntos, que ago-ra iniciais ou continuais a importantssima tarefa de coordenao pastoral que vos in-cumbe; estimados professores de Educa-o Moral e Religiosa Catlica que estais a comear um novo ano escolar, com to relevante encargo; carssimos irmos to-dos, aqui felizmente presentes, numa de-dicao que, relembrando a desta vener-vel catedral, sobretudo nossa: Deixai-me acrescentar ainda uma sugesto prtica, muito recebida de Joo Paulo II e Bento XVI, qual seja a da importncia dos exem-plos concretos de santidade reconhecida.

Todos lembramos a preciosa indicao de Paulo VI, de que O homem contem-porneo escuta com melhor boa vontade as testemunhas do que os mestres, ou en-to, se escuta os mestres, porque eles so testemunhas (Evangelii Nuntiandi, n 41). Pois bem, sugiro-vos a todos que, em relao Famlia ou Juventude, deis os exemplos magnficos de quantos foram recentemente elevados aos altares porque demonstraram, ao longo do sculo XX, o que uma famlia crist e o que um jo-vem cristo.

Sobre a famlia, tendes o exemplo dos esposos Lus e Maria Beltrame Quatrocchi, beatificados conjuntamente h dez anos e pelas virtudes de cada um, sendo a primei-ra vez que tal aconteceu. Deles escreveu o

22

bispo e telogo Bruno Forte: [A de Lus e Maria Beltrame Quattrocchi] antes de mais a histria dum profundssimo amor humano, feito de paixo e delicadeza, de doao e fidelidade totais, de partilha e comum empenho em amar e servir a vida em si e nos outros, comeando pelos ama-dssimos filhos. [] As cartas, os gestos, as atenes destes dois enamorados, que assim se mantiveram no obstante o cor-rer do tempo e a fadiga dos dias, so um hino beleza e dignidade de tudo o que verdadeiramente humano, um testemunho do valor altssimo duma vida vivida a dois com sabedoria e responsabilidade, que em tudo e para tudo souberam ser como um s (Cf. prefcio de Bruno Forte ao livro de Giorgio Papsogli, Questi Borghesi I Beati Luigi e Maria Beltrame Quattrocchi, Siena, Edizioni Cantagalli, 2001, p. 5).

Sobre a juventude, tendes os vrios jo-vens beatificados pelos dois ltimos papas, de Marcel Callo, militante do Escutismo e da Aco Catlica, morto num campo de concentrao nazi porque a mesmo prosse-guia o seu apostolado com os outros prisio-neiros, a Chiara Luce Badano (Clara Luz), luminosa focolarina a que nem a doena tirou a alegria e a f irradiantes. Indico-vos ainda um outro jovem, beatificado em 1990 por Joo Paulo II, que lhe chamou o jovem das oito bem-venturanas, e que j marcou tantos jovens catlicos, sempre sensveis sua espantosa irradiao de vigor e cari-dade. Refiro-me obviamente a Pedro Jorge Frassati, a quem o grande telogo Karl Rah-ner dedicou as seguintes palavras: Frassati representava o jovem cristo puro, alegre, dedicado orao, aberto a tudo o que livre e belo, atento aos problemas sociais, que trazia no corao a Igreja e os seus des-tinos (Karl Rahner. Cf. Maria Di Lorenzo, Pier Giorgio Frassati. O amor nunca diz: J chega!, Lisboa, Paulinas, 2003, p. 133).

Amados irmos: estes e outros bem-aventurados nos guiaro no presente ano pastoral, em torno da famlia e da juventu-de, que eles to exemplarmente figuraram. Com eles saberemos motivar as nossas famlias e jovens, nas comunidades e nas escolas, para continuarem a ser resposta de Deus ao mundo. - Em Cristo e nos que vivem em Cristo est tal resposta, como sempre e esplendidamente esteve!

Importa ento receb-la, para a pro-longar agora. E aqui nos encontramos imprescindivelmente nos encontramos! com Maria Santssima, Me de Cristo e da Igreja, magnfico modelo de ns todos no acolhimento da Palavra divina e na sua transmisso ao mundo.

Celebrmos ontem a Natividade da Virgem Maria, nove meses depois da sua Imaculada Conceio, que de novo tere-mos em Dezembro. Viro depois o Natal de Cristo, que por Ela aconteceu, e Santa Maria Me de Deus, para comearmos re-ligiosamente o novo ano civil Proponho-vos instantemente, amados irmos e irms, que no deixeis passar nenhuma destas e outras datas litrgicas sem aprofundardes criativamente a necessria dimenso ma-riana da existncia crist, particularmente com as famlias e os jovens.

Estou certo e certssimo de que o acolhi-mento filial e confiante da Me de Cristo da Me que Ele mesmo nos deu ao p da Cruz - condio bsica para a compre-enso profunda e o seguimento certo do Evangelho eterno.

- E, como foi no Cenculo, com Maria e os discpulos a inaugurarem a primeira evangelizao, assim ser agora, com Ela sempre, justamente proclamada Estrela da Nova Evangelizao!

+ Manuel Clemente

S do Porto, 9 de Setembro de 2011

23

Pio Gonalo Alves de Sousa, de 65 anos, foi nomeado bispo auxiliar da diocese do Porto por Bento XVI, deciso que acolhe com surpresa e perplexidade por implicar recomear em vrias frentes.

Na saudao que escreveu por ocasio da nomeao, tornada pblica ao meio-dia em Roma (11 horas em Lisboa), D. Pio Al-ves esclarece que respondeu positivamen-te a uma nomeao inesperada, que marca uma nova etapa na sua vida.

Surpreendeu-me descansado, por que no corri para ela; livre, porque pude di-zer que no; perplexo, porque, necessaria-mente, implica recomear em vrias fren-tes, afirma o sacerdote de Braga agora nomeado bispo.

Nesta mensagem, Pio Gonalo Alves de Sousa sada a diocese do Porto e agrade-

ce a amizade e a colaborao recebida em Braga, diocese na qual trabalhou e onde ser ordenado bispo no dia 10 de Abril, no Santurio do Sameiro.

Cnego da Catedral bracarense, D. Pio Alves, natural de Viana do Castelo, onde nasceu em Abril de 1945, tem um percur-so marcado pelo trabalho acadmico, no-meadamente na Universidade de Navarra onde se doutorou em Teologia Patrstica em 1971 e, entre 1972 e 1983, leccionou disciplinas teolgicas nas Faculdades de Teologia, Farmcia, Cincias Biolgicas e Filosofia e Letras.

Tendo regressado a Braga em 1983, foi professor no Instituto Superior de Teolo-gia (Seminrio Conciliar de Braga) e, com incorporao deste Instituto na Faculdade de Teologia da Universidade Catlica Por-

D. Pio AlvesNovo Bispo Auxiliar do PortoNovo Bispo Auxiliar do Porto

24

tuguesa, passou a integrar o quadro docen-te desta Faculdade, da qual foi director-ad-junto (Ncleo de Braga).

Na Universidade Catlica Portuguesa, onde professor catedrtico desde 2003, Pio Alves de Sousa foi vice-reitor, entre 1994 e 2000, e presidente da Comisso Instaladora do Centro Regional de Braga (2007-2009). Para alm do trabalho aca-dmico, com investigao e publicao bi-bliogrfica sobre a vida das comunidades crists nos primeiros sculos do cristianis-mo, Pio Alves de Sousa liderou o trabalho de conservao e restauro do patrimnio da S de Braga, onde dirigiu o Arquivo, a Biblioteca e o Tesouro-Museu.

No obstante os muitos e aliciantes projectos que tinha minha frente nos trabalhos que me tinham sido confiados, decidi, diante de Deus, dizer que sim, pela mesma razo pela qual tive que recome-ar em outras tantas ocasies ao longo da vida, afirma D. Pio Alves.

No documento hoje tornado pblico, o agora nomeado bispo auxiliar manifesta a

sua disponibilidade para ser um trabalhador na Misso em curso na diocese do Porto.

Estarei disponvel, com o que sou, com as minhas limitaes e capacidades, para ser um trabalhador mais, com Caridade na Verdade, na Misso para que estamos convocados, sublinha.

Como bispo auxiliar do Porto, D. Pio Alves vai juntar-se a D. Antnio Bessa Taipa, D. Joo Lavrador e D. Joo Miran-da Teixeira, sendo que este ltimo j com-pletou 75 anos de idade, limite imposto pelo direito cannico.

A diocese do Porto, ao longo do litoral atlntico do norte de Portugal, prolonga-se em direco ao interior pela margem es-querda do rio Ave e Vizela at ao vale do Tmega (inclusive), e limitada a sul pelo vale do rio Douro.

A Diocese do Porto tem uma rea de 3010 quilmetros quadrados, que engloba 26 concelhos, 17 dos quais pertencem ao distrito do Porto, oito ao distrito de Aveiro e um ao distrito de Braga.

In ecclesia

25

Papa aceita renncia de D. Joo Miranda Teixeira,

bispo auxiliar do Porto

O Santo Padre Bento XVI aceitou a re-nncia do Senhor D. Joo Miranda Teixeira ao mnus de Bispo Auxiliar do Porto, que muito dedicadamente exercia desde 1983. A renncia decorreu do estabelecido nos cno-nes 401 e 411, por ter completado 75 anos de idade em 1 de Dezembro passado.

Em nome pessoal e de toda a Diocese, expresso ao Senhor D. Joo o mais cordial agradecimento pelo muito trabalho desen-volvido, com o discernimento e a bondade que tanto o caracterizam. Teremos prxima ocasio de lhe expressar publicamente quan-

to lhe queremos e devemos.O Senhor D. Joo deixa de exercer o m-

nus de Bispo Auxiliar do Porto, mas no deixa de ser um Bispo no Porto, contando a Diocese com tudo o que a sua sade e boa vontade lhe puderem continuar a dar.

- Peo a Deus que lhe d todo o prmio garantido aos bons servidores do Evangelho de Cristo!

+ Manuel Clemente, Bispo do Porto

7 de Outubro de 2011,

memria de Nossa Senhora do Rosrio.

26

A s N o s s a s C o m u n i d a d e s

Festas de Natal As festas de Natal tiveram grande soleni-

dade nas trs comunidades paroquiais. Dois acontecimentos marcaram estes dias festi-vos: A Bno das mes grvidas e a Bn-os dos casais que durante o ano de 2010 completaram o 25, 50 e 60 aniversrio do seu matrimnio.

No quarto domingo do Advento, domin-go da Senhora do , cerca de 40 senhoras grvidas, das trs parquias, receberam a bno, numa celebrao que marcou este momento de louvor e aco de Graas ao Senhor, pelo Dom da Vida. Na homilia, o P. Samuel afirmou que a bno s mes gr-vidas exprime a gratido da me, do pai, da famlia e da Igreja, pelo dom de um filho ou de mais um filho. E convidou a pedir ao Menino Jesus, que a notcia da gravi-dez seja sempre, para a me e para o Pai, uma boa nova, uma fonte de alegria. Que o egosmo conjugal de uma vida a dois ou o medo do futuro, no impeam o milagre do nascimento de uma criana. Os filhos no so um acessrio do casamento ou um peso

na famlia. Sejam acolhidos como rebentos de alegria e promessa de um mundo melhor. No final da celebrao, o Proco ofereceu uma pequena lembrana para recordar este belo dia.

Tambm no dia da Sagrada Famlia, na Igreja de S. Brs, Frazo, 30 casais das trs parquias, fizeram a renovao das suas promessas matrimoniais, na presena do P-roco e de toda a comunidade. Na homilia, o P. Samuel dirigindo-se aos casais referiu: Tambm vs, meus caros casais jubilares es-tais aqui hoje, mais uma vez, para celebrar a graa do sacramento do matrimnio, com a alegria de terem sabido vencer as dificul-dades sentidas ao longo de tantos anos. maravilhoso este vosso testemunho que dais Igreja e sociedade, de que possvel e bom. com a presena de Deus nas vossas vidas que o mundo acontece. Pedimos ao Pai Celeste que vos cumule das maiores Graas e Bnos do Cu. No final da celebrao, o Proco cumprimentou todos os participantes oferecendo uma recordao deste dia.

Festas de Natal

27

O ilustre professor Doutor Jos Neto, pu-blicou um livro que se intitula: Exerccio e actividade fsica preveno, manuteno e recuperao Pa(ss)os para a sade. Por vontade do autor o produto da venda deste livro reverteu a favor de vrias instituies sociais. Uma delas foi o complexo social e Paroquial de Arreigada, Ferreira e Frazo. No passado dia 3 de Maro, na casa do mos-

teiro, em Ferreira, propriedade do Dr. Arnal-do Meireles, decorreu uma sesso de apre-sentao do livro, feita pelo autor, seguida de um momento de autgrafos. A casa en-cheu e a noite rendeu 1000 euros a favor das nossas instituies. O nosso complexo social agradece a generosa oferta ao professor Jos Neto e ao Dr. Arnaldo Meireles que nos ce-deu a sua bela casa para to nobre evento.

aaaaNoite solidria

28

Peregrinao da Esperana

No passado dia trs de Abril as nossas co-munidades deslocaram-se, em peregrinao, ao Santurio de Nossa Senhora do Sameiro, em Braga.

Em tempos difceis e de crise quisemos dar um sinal de alento e de esperana num futuro mais prspero, combatendo o des-nimo que nos pode assaltar, tendo como es-perana a f em Jesus Cristo e o carinho e amparo de Maria sua e nossa me. Por isso intitulamos este acontecimento de Peregri-nao da Esperana.

Era uma imensa multido que se reuniu neste santurio mariano para celebrar a sua f e pedir ao Pai do Cus que os abenoe e lhes d sempre o po de cada dia e a alegria da Salvao. A celebrao foi presidida pelo Senhor D. Antnio Couto, Bispo Auxiliar de Braga, que na sua homilia apresentou uma

bela catequese sobre a cura do cego de nas-cena e convidou todos os fieis a tomar cons-cincia de que temos todos algo a ver com o cego de nascena: os baptizados recebe-ram como ele o dom baptismal da Luz para ver e ouvir e viver a vida divina; os catec-menos receb-lo-o. Temos todos a ver com o Enviado, Aquele-que-vem: Ele o nico enviado do Pai para fazer a sua obra; ns somos enviados por Ele (Joo 20,21) para continuar no mundo a sua obra. Mas te-mos de reconhecer que muitas vezes ainda vemos as pessoas e as coisas de forma bem diferente de Jesus!

Aps a homilia houve a bno dos objec-tos de trabalho que cada um levou consigo, smbolos das suas preocupaes, canseiras, sofrimentos e esperanas. Foi um gran-de momento de simbologia onde se viram crianas com o seu estojo de lpis da escola, costureiras com a sua tesoura e dedal, mar-ceneiros com o serrote e martelo, enfim, at advogados com o seu cdigo civil. Nesta in-vocao de bno valeu a f em Jesus Cris-to, fonte da nossa alegria e esperana.

No final da celebrao o Pe Samuel, P-roco, fez a consagrao das parquias Me de Deus, sob o ttulo de Senhora do Sameiro. Nesta orao fez-se tambm a consagrao do mundo do trabalho, espao onde o ho-mem desenvolve com a sua inteligncia e habilidade a obra da criao.

No passado dia trs de Abril as nossas co-

29

Os meses de Maio e Junho foram mar-cados com as festas da catequese, nomea-damente, com as primeiras comunhes e profisses de f.

Estas celebraes tm uma caractersti-ca interessante: os pais das crianas tm uma participao muito grande na liturgia. Toda a semana, antes da festa, vm Igre-ja todas as noites para ensaiar os cnticos, pois o grupo coral formado apenas pe-los pais. Foram celebraes carregadas de simbolismo e de vivncia, marcos impor-tantes do itinerrio catequtico das nossas Crianas. Fizeram a primeira comunho: Arreigada - 24, Ferreira - 65, Frazo - 51; e fizeram a profisso de f: Arreigada - 24, Ferreira - 60, Frazo - 40. Na homilia, o P. Samuel, procurou entusiasmar as crianas a conhecer cada vez melhor, Jesus Cristo o amigo das crianas: Ele tem sempre uma

novidade para vos dizer. Sede curiosos sobre a vida dele. Ides ver o quanto ides gostar. Dirigindo-se aos pais falou-lhes da importncia da participao de todos na vida da catequese: Vs sois os primeiros catequistas. A catequese sem os pais fica incompleta. Procurai ter um papel activo na formao crist dos vossos filhos. E al-guns de vs podereis ser realmente cate-quistas na comunidade paroquial.

Este grande tempo da celebrao da f terminou com a festa de Corpo de Deus, onde participaram todas as crianas da catequese, os seus pais, e todo o povo da comunidade paroquial, nas trs procisses eucarsticas, que se realizaram nas trs pa-rquias.

No fim de cada uma fez-se, como j hbito, a bno do po que depois foi dis-tribudo a todos os participantes.

Festas da catequese

30

Foi em ambiente de festa que no dia dez de Julho do corrente ano o Sr. D. Joo Miranda, Bispo Auxiliar do Porto, presidindo solene eucaristia celebrada na Capela de S. Brs, em Frazo, crismou oitenta e um membros das nossas comunidades paroquiais, sendo dezassete de Arreigada, quarenta e quatro de Ferreira e vinte de Frazo. A grande maio-ria dos crismados eram jovens com idades compreendidas entre os dezanove e os vinte anos, mas tambm gente madura, que junta-mente com este jovens aprofundaram e fo-ram amadurecendo a sua f, num percurso catequtico de um ano e meio.

Na sua homilia D. Joo Miranda co-meou por referir que O Crisma o sa-cramento do Esprito Santo. O Esprito de Deus como o vento e como o fogo. Vento que entra, impele a andar para a frente e no se v. Fogo que queima, ilu-mina e purifica.

Depois reforou o significado do Sa-cramento do Crisma, colocando alguns desafios queles que ali estavam para serem crismados, dizendo: Crismar-se ser ungido na fronte com o leo da for-taleza, do bom senso e da audcia, para enfrentar as situaes difceis da vida e tomar atitudes de harmonia com a nossa f, por palavras, sempre que for neces-srio, e pelo exemplo em todas as cir-cunstncias. Crismar-se ligar-se mais Igreja de Jesus e assumir a responsabili-dade de se tornar missionrio da palavra. Provavelmente as vossas parquias tm falta de catequistas.() Crismar-se de-finitivamente optar por Jesus Cristo. () Estamos ligados a Cristo, desde o baptis-mo, como o enxerto ao tronco da videira. Cristo deu a vida por ns, por mim, por vs, na cruz. No devo eu dar um pou-co ou muito de mim pela Igreja e para que nasa um mundo melhor? A est o desafio! E terminou com um apelo aos jovens ali presentes dizendo-lhes : Ca-ros crismandos: Recebei o Esprito Santo com a disposio de serdes anunciadores de Cristo. Mas isso s acontecer, se ti-verdes Cristo no vosso corao.

Este dia foi ainda marcado pelo dci-mo stimo aniversrio de ordenao do Pe Samuel Guedes, Proco das trs co-munidades paroquiais. No final da cele-brao as Comisses para os Assuntos Econmicos, em representao das trs comunidades quiseram assinalar esta data e significar, numa singela lembrana, es-tes dezassete anos de vida sacerdotal e de dedicao a este povo que ama, bem como Igreja de Jesus Cristo.

Celebrao da ConfirmaoCrisma 2011

31

As capela de N S da Luz, em Ferreira e de N S da Piedade, em Moinhos Fra-zo, tm um ambiente renovado, graas substituio das velhas cadeiras por ban-cos. J alguns anos, que temos verificado que o espao no era devidamente acolhe-dor para as celebraes litrgicas.

Fomos fazendo alguns esforos no sen-

tido deste grande melhoramento. Graas ao empenhamento de alguns benfeitores e das comisses de festas, conseguiu-se os fundos necessrios para a construo dos bancos. Hoje os referidos espaos, apresentam um ambiente acolhedor, fino e fidalgo para neles celebrarmos a beleza da f.

Espaos RenovadosCapelas de N S da Luz e de N S da PiedadeCapelas de N S da Luz e de N S da Piedade

32

Como acontece todos os anos, no dia 24 de Setembro, decorreu a peregrinao anual a Ftima das nossas trs parquias. Supe-se que, este ano, estiveram presen-tes mais de 2000 pessoas. A peregrinao comeou logo de manh com a via-sacra nos Valinhos, seguida de uma caminhada com uma numerosa multido at ao san-turio. A parte da manh terminou com uma breve adorao e bno do Sants-simo Sacramento na igreja da Santssima Trindade.

O tema da peregrinao foi: A fam-lia, escola da vida Crist. Neste novo ano pastoral, a diocese do Porto vai viver esta temtica da famlia e da juventude. A nossa peregrinao que coincide com a abertura do ano pastoral assim uma es-pcie de lanamento da vivncia proposta para o novo ano.

tarde, tambm na Igreja da Santssi-ma Trindade, celebramos a Eucaristia de encerramento. Na homilia, o Pe Samuel, Proco das trs parquias, luz do evan-

gelho prprio do domingo, convidou to-das as famlias a viverem o sim ao convite para trabalhar na vinha do Senhor: A fa-mlia, tambm, espao de vinha, porque Igreja domstica. A famlia pode evan-gelizar-se a si prpria, mediante o amor recproco, atravs da escuta da palavra de Deus e da orao, atravs da cateque-se na famlia e da edificao mutua.

Num mundo secularizado onde os va-lores do evangelho comeam a ficar es-quecidos ou apagados, a famlia pode ainda evangelizar a sociedade civil, dan-do-lhe novos cidados, incrementando as virtudes sociais, ajudando os mais po-bres, mostrando disponibilidade para as associaes e grupos civis, promovendo uma cultura e uma poltica favorvel famlia e aos seu direitos.

Que Nossa Senhora de Ftima, a Se-nhora e a Me da famlia, abenoe e pro-teja todas as nossas famlias na vivencia do Evangelho de Jesus. Terminou o Pe Samuel.

Peregrinao a Ftima

33

Festa do Rosrio

aaaa

Mais de 2000 pessoas participaram no domingo, dia 16 de Outubro, no Pavilho gimnodesportivo de Frazo na grande celebrao da festa de nossa Senhora do Rosrio, que tambm chamamos a festas das Senhoras ou das rosas. A festa cons-tou de uma procisso de velas, no sbado noite, com o andor de Nossa Senhora, que saiu de cada um dos centros de Culto onde se celebra, durante o ano, uma festa em honra de Nossa Senhora. No Domin-go, logo de manh, a grande celebrao comeou no largo da Igreja Paroquial de Frazo, com a bno das rosas que todas as mulheres, de todas as idades, levaram consigo, a orao do tero e procisso das rosas para o pavilho Paroquial, onde se celebrou a solene Eucaristia e consagra-o de todas as famlias.

O P. Samuel Guedes, Proco, que pre-

sidiu celebrao, na sua homilia falou da importncia do Cristo na sua fam-lia viver o evangelho de Jesus Cristo e de se tornar testemunha dele, dentro e fora da famlia. Maria a grande mulher cris-t, para ns um modelo de testemunho da vivencia desse evangelho ao longo da sua vida precisamos de aprender do seu exemplo necessrio que cada cristo sinta a necessidade de o viver na sua vida, no s por que baptizado, porque vai missa ao domingo, mas nas suas atitudes e palavras, nas suas decises e opes, nos seus gestos e compromissos se veja que ele realmente Cristo.

No final da celebrao, todos os presen-tes fizeram a consagrao das suas fam-lias a nossa Senhora e todas as mulheres ofereceram, a sua rosa diante da Imagem de Nossa senhora.

34

Inserido na comemorao dos setenta e cinco anos do Seminrio de S. Paulo de Almada, Diocese de Setbal, foi produzido um CD pelo conhecido msico Ro Kyao, tocador de flauta de bambu. um trabalho intitulado Sopro de Vida ao Ritmo da Li-turgia, uma coletnea de cnticos criados para a liturgia e de autores portugueses.

No sentido de divulgar este seu tra-balho contamos, no passado dias 17 de Outubro, com a presena de Ro Kyao, no Mosteiro de Ferreira, que nos propor-

cionou um verdadeiro e excelente Mo-mento Espiritual com os cnticos que fo-ram sendo executados. Com o Mosteiro repleto, tratou-se de um momento medi-tativo e contemplativo no qual o msico foi convidando os presentes a trautear os cnticos, todos eles conhecidos, numa verdadeira simbiose entre espao medie-val, msica e canto. No final do concerto todos quiseram levar para suas casas este trabalho autografado que gentilmente Ro Kyao se disponibilizou a fazer.

Ro Kyao entre ns

35

O Montepio geral assinalou a quadra natalcia com a oferta de 200 mil euros de donativos a 10 instituies de solida-riedade e convidmos personalidades do jornalismo nacional para apadrinharem os projectos sociais.

Ftima Campos Ferreira (RTP), Nico-lau Santos (Expresso), Pedro Camacho (Viso), Brbara Reis (Pblico), Laura Luzes Torres (Mxima), Fernanda Freitas (RTP 2), Sofia Carvalho (SIC Mulher), Joo Marcelino (Dirio de Notcias),

Pedro Guerreiro (Jornal de Negcios) e Guilherme Borba (OJE) foram as dez personalidades do jornalismo nacional que aceitaram o convite do Montepio para participarem na iniciativa de solidarieda-de, responsabilidade social e cidadania que preparmos para esta quadra a en-trega dos Donativos de Natal Montepio.

O Montepio, coerente com a boa pr-tica de afectar o montante habitualmente dispendido com a aquisio de presentes de Natal concesso de donativos desti-

Montepio faz donotivo ao Complexo Social Inter-Paroquial

O s n o s s o s c e n t r o s

36

nados a reconhecer o trabalho meritrio e apoiar as actividades desenvolvidas por instituies particulares de solidarieda-de social nacionais, assinalou, uma vez mais, a quadra natalcia com a atribuio de donativos, no valor unitrio de 20 mil euros, em benefcio de cada uma das se-guintes dez instituies:

- Associao para a Promoo da Segu-rana Infantil APSI;

- Liga Portuguesa Contra a SIDA;- Liga Portuguesa Contra o Cancro;- Olhar o Futuro (Vila Nova de Gaia);- Centro Social e Paroquial do Bairro 6

de Maio (Amadora);- Complexo Social e Inter-Paroquial de

Arreigada Ferreira e Frazo (Paos de Ferreira);

- Associao Portuguesa de Paralisia Cerebral de Leiria;

- Obra do Padre Coutinho (Viana do Castelo);

- Patronato de So Miguel (Regio Au-tnoma dos Aores);

- Creche, Jardim-de-Infncia de Grn-dola.

Este ano, a iniciativa teve por objecti-vo responder a necessidades da sociedade civil, mas tambm apoiar a divulgao e o reconhecimento pblico dos projectos so-ciais desenvolvidos por cada entidade be-neficiada. Para tal, propusemo-nos reunir dez conceituados jornalistas portugueses e, dessa forma, associar a sociedade civil (promotora e receptora dos apoios) aos l-deres de opinio, que conhecem em pro-fundidade a realidade do Pas.

Para o Presidente do Conselho de Ad-ministrao desta Instituio, Antnio

Toms Correia, a ocasio constituiu um momento muito importante e, explican-do os contornos de um projecto que mar-ca o Natal do Montepio h j sete anos, salientou: uma opo diferente relati-vamente s prendas de Natal. Em vez de darmos prendas de Natal aos clientes e associados damos esse dinheiro s insti-tuies. Investimos em prol da sociedade atravs das instituies que trabalham no terreno. uma causa importante e est na natureza do Montepio.

Gostaria de ver as empresas mais preocupadas com os princpios inerentes responsabilidade social, tanto a nvel externo como interno, e no apenas sos-segar as conscincias. um problema de cultura nas empresas. A responsabilidade social uma bandeira e uma prtica cons-tante do Montepio, o que traz uma abor-dagem humana, mais rica e que chega mais rpida e eficazmente s pessoas.

A cerimnia de entrega dos donativos teve lugar a 14 de Dezembro, no edifcio-sede do Montepio, e contou com a par-ticipao do Conselho de Administrao desta Instituio, dos representantes das instituies beneficiadas, dos jornalis-tas que, na ocasio, apadrinharam cada projecto social. P. Samuel Guedes, Presi-dente do complexo social e Dr. Joaquim Rodrigues, tesoureiro da Instituio rece-beram das mos Directora Executiva do Jornal Pblico o respectivo donativo no valor de 20.000.00.

O complexo social e Paroquial de Ar-reigada Ferreira e Frazo agradece ao montepio geral o generoso donativo e Dra Brbara Reis que aceitou ser madri-nha da nossa obra.

37

A ociosidade e a gratificao das incli-naes pessoais no do felicidade - a ver-dadeira felicidade s pode alcanar-se ser-vindo.

(Baden-Powell - fundador do Escutismo)A Comunidade Europeia lanou, este ano,

um grande desafio sociedade com a institui-o do Ano Europeu do Voluntariado, sob o lema S voluntrio! Faz a diferena! Neste sentido, por toda a europa, e no nosso pas, as pessoas foram-se mobilizando e foram sur-gindo bancos locais de voluntariado.

A igreja portuguesa, atenta evoluo da sociedade e no seguimento da implementa-o do voluntariado, lanou um documento no qual apela participao cvica e livre dos cristos neste nobre servio, referindo que para o cristo, em dilogo com todas as pessoas de boa vontade, a comunho com a Pessoa de Jesus implica chegar s causas ou razes das difceis questes que geram pobreza, excluso, abandono ou indiferena. Quem coerente com a f crist transforma a vida e adopta gestos de fraternidade, bus-

ca o conhecimento das situaes a socorrer e sonha vias criativas de soluo para os problemas.(in Nota Pastoral da CEP)

Tambm ns nos quisemos associar a este movimento e por isso foi feito um apelo doao generosa de cada um, den-tro das suas possibilidades, a tornarem-se voluntrios dos nossos centros sociais. Foi uma agradvel surpresa a manifestao de disponibilidade desinteressada das pessoas das nossas comunidades que se sentiram particularmente motivadas pela sua consci-ncia a oferecer comunidade um tempo de gratuidade ao servio dos outros. Conta-mos com um total de trinta e oito inscritos, que se integraram nos servios das nossas instituies e tm prestado um auxlio pre-cioso no acolhimento das crianas, apoio no servio de refeies e transporte/dis-tribuio dos nossos utentes no regresso a casa. Em tempos difceis esta doao uma mais-valia, um valor acrescentado, sinal humanizante da presena de Jesus Cristo no meio dos homens.

Voluntariado nas nossas InstituiesVoluntariado nas nossas Instituies

38

Vrias tm sido as formas de anga-riarmos fundos para dar resposta s nossas necessidades e mantermos uma boa sa-de financeira das nossas instituies. Um evento amplamente divulgado, participado e que se enraizou nas nossas gentes a Noi-te de Fados. Trata-se de um evento que se realiza em Ferreira e Frazo e que graas ao amor que as pessoas manifestam pelas nossas instituies conseguimos angariar uma boa receita que nos permite, ao longo do ano, fazer face s vrias situaes.

Este ano tivemos um pequeno percalo, que nos completamente alheio, pois em Ferreira o tempo quis pregar-nos uma parti-da. Com um bonito cenrio montado e casa cheia, a chuva lembrou-se de se fazer con-vidada quando j todos estavam sentados

mesa. No entanto tudo se realizou. Con-seguiu-se que todos estivessem abrigados e o mais confortveis possvel. Os fadistas fizeram a sua actuao no auditrio do cen-tro e no final contemplou-se a satisfao de todos, apesar da alterao de planos lti-ma da hora. Enfim, contingncias de quem realiza eventos ao ar livre.

J em Frazo o tempo proporcionou uma noite maravilhosa. Num ambiente rstico, com uma temperatura amena e agradvel, tudo decorreu sem sobressal-tos, dentro da perfeita normalidade e com muito boa disposio.

Uma palavra de agradecimento a todos quantos, de forma generosa e voluntria, e das mais variadas formas, se disponibili-zaram para a realizao destes eventos.

Noites de Fados

39

Convvio Anual

Mais um ano passado, novo passeio/convvio realizado. Foi no dia vinte e sete de Julho que os idosos das nossas institui-es partiram, manh cedo e na companhia de um bonito e radiante sol, em direco localidade transmontana de Ribeira de Pena, onde, no parque de Bragadas, tive-mos o nosso almoo/convvio. Pelo cami-nho fizemos uma paragem em Cabeceiras de Basto onde tivemos a oportunidade de visitar a igreja do mosteiro.

Chegados ao parque de Bragadas os idosos encontraram um grupo de funcio-nrias e os membros da Direco que lhes preparou uma agradvel e suculenta refei-o, tendo logo dado incio aos prepara-

tivos para o lanche, um porco assado no espeto.

Durante a tarde houve muita animao com jogos tradicionais, msica, dana e amenas cavaqueiras. Foi um dia em pleno tendo-se constatado a alegria estampada no rosto dos nossos idosos por este acon-tecimento.

Tambm as nossas crianas tiveram o seu dia de passeio final. Foi no dia vinte e nove de Julho. Partiram cedinho em di-reco a Vila do Conde para, a, passarem um dia de convvio e brincadeira em ple-na praia. Foi um dia com muita animao, mas tambm com todos os cuidados devi-do ao sol e s ondas do mar.

40

Com o objectivo de aumentar a auto-esti-ma do Idoso, promover o sentido de perten-a ao grupo, proporcionar um dia diferente e festejar o Natal realiza-se todos os anos o almoo de Natal. Este um dia tradicio-nal nas nossas Instituies.

O dia comeou com a celebrao da Eucaristia realizada na Igreja Paroquial de

Frazo. No final da Eucaristia teve lugar ento o almoo de natal. Tivemos o prazer de ter junto a ns os Presidentes de Junta das trs freguesias e o nosso presidente da cmara de Paos Ferreira. Contamos tam-bm com os voluntrios que durante todo o ano colaboram com as nossas Instituies. Foi assim um dia muito bem passado!

Almoo de Natal

Como habitual, no dia 7 de Janeiro as valncias de SAF e ATL, do Complexo Social Inter-paroquial de Arreigada, Fer-reira e Frazo, realizaram a habitual festa de reis.

Este ano as instalaes escolhidas para a realizao desta actividade foram as do Centro Social e Paroquial de Arreigada. Mais uma vez, houve um grande interes-

se das famlias das crianas, que fizeram questo de marcar presena nesta festa. Desta forma, vieram dar mais brilho ao espectculo.

Foi uma festa cheia de boa disposio, tanto da parte dos pais e familiares que es-tavam a assistir, como das crianas que no fim da festa ainda receberam como lem-brana um anjinho com guloseimas.

FESTADE REIS

41

No passado dia 1 de Julho de 2011, o Complexo Social e Inter-Paroquial de Ar-reigada, Ferreira e Frazo realizou a Festa da Amizade com as crianas das valncias da infncia dos trs plos sociais. A festa decorreu no Pavilho Desportivo e Frazo. Foi uma noite bastante animada, e contou com a presena das nossas crianas e seus familiares.

Foram vrias as danas e msicas que apresentaram depois de uma grande pre-parao com os seus educadores ao longo

do ano. O espectculo/convvio contou com danas, cantares prprios das idades dos nossos utentes. Foi interessante verifi-car a grande capacidade de unidade entre os vrios utentes daquela idade, bem como dos educadores e foram capazes de um excelente trabalho de conjunto. No final o grupo de crianas de todo o complexo, juntamente com os seus educadores e au-xiliares, cantaram e danaram a cano da amizade. Resta dizer, que esta amizade para continuar a cultivar e a crescer.

Festa da Amizade

Nas nossas instituies criamos um h-bito de, uma vez por ms, a terceira quinta-feira de cada ms, os idosos das valncias de Centro de Dia e Centro de Convvio se juntarem para um almoo/convvio. Trata-se de uma forma de se sentirem mais prxi-mos e unidos entre si e desta forma convi-verem e partilharem experincias mesa.

Para que o acontecimento no fique ape-nas por um almoo h sempre uma parte mais ldica, da parte de tarde, e que junta os idosos do complexo social interparoquial.

Desta vez foi a desfolhada, que se realizou na eira da quinta de S. Jos, em Ferreira. Em ambiente completamente rural os ido-sos puderam reviver momentos do seu pas-sado recente, bailar e cantarolar a modas tpicas da desfolhada, e nem faltou o milho rei para o abrao de felicidade.

Foi um dia em pleno em que a prpria na-tureza se associou a esta festa pois esteve um dia com um sol radiante e bem quentinho. Como quem trabuca tambm manduca no faltou, no final, o lanche tradicional.

DesfolhadaDesfolhada

42

A necessidade de responder a solicita-es da populao local, nomeadamente infncia e aos mais idosos, esteve na base da criao do Centro Social e Paroquial de Frazo, uma IPSS erigida canonica-mente em 1998. Foi seu mentor o Padre Joaquim Samuel, tambm proco de Ar-reigada e Ferreira, do concelho de Paos

de Ferreira, que, no querendo que estas duas ltimas se sentissem sem o mesmo tipo de apoio, imediatamente promoveu iniciativas semelhantes nestas comunida-des. Assim surgiu o denominado Com-plexo Social Inter-Paroquial de Arreiga-da, Ferreira e Frazo.

Com a mesma preocupao de respon-

Novos projectos para o Complexo Social Inter-Paroquial de Arreigada, Ferreira e Frazo

43

der s solicitaes locais, nesta rea es-pecial e com base no diagnstico social local o complexo lanou mos obra para a construo de mais trs equipamentos para a infncia e terceira idade. So eles: um lar de idosos com a capacidade de 30 camas e uma creche acoplada, numa capacidade de 33 crianas, em Ferreira, na quinta de S. Jos, no lugar da Orge; uma creche em Frazo, com a mesma ca-pacidade, junto ao actual centro social e paroquial e uma outra, em Arreigada, nos terrenos junto casa paroquial, tambm com capacidade para 33 crianas.

Os projectos, nas suas especialidades esto todos aprovados, pelas entidades competentes: o Bispo da Diocese, a C-mara Municipal, a Segurana Social, o Servio Nacional de Proteco Civil e a Delegao de Sade. Portanto, temos

neste momento a licena de construo pronta a ser levantada.

Os projectos e suas especialidades es-to totalmente pagos, graas a uma cam-panha de angariao de amigos a darem uma oferta de 500,00. Conseguiu-se um excelente grupo, no s a contribuir com esta quantia, mas alguns a contribuir com 10.000,00 e 5.000,00. Foi, sem dvida, uma maravilhosa ajuda para este comeo.

Trata-se de um investimento para um montante acima dos 2.000.000,00 (dois milhes de euros). Como o volume finan-ceiro muito alto, no podemos construir estes equipamentos com dinheiros pr-prios. S ser possvel com fundos comu-nitrios e outras parcerias locais. Sendo assim, aguarda-se a abertura de candida-turas a esses fundos, que esperamos para breve.

44

V o z d o P a s t o r

Carssimos Estamos a iniciar mais um ano pastoral.

E, como sempre nesta altura, dirijo-me a to-dos vs com uma saudao fraterna e apon-tando-vos uma proposta pastoral para o ano 2011/2012.

No passado dia 9 de Outubro, o Sr. D. Ma-nuel, nosso Bispo, convidou toda a diocese a dedicar-se, neste novo ano, temtica da fa-mlia e juventude. Tambm ns, dando cum-primento a este convite, nas nossas parquias e vigararia iremos trabalhar este tema. No podemos, ainda, esquecer que em Novembro prximo se celebram os 30 anos da publica-o da exortao apostlica do Beato Joo Paulo II: Familiaris Consortio.

Recordando esse grande documento, diz no seu n17: No plano de Deus Criador e Reden-tor a famlia descobre no s a sua identida-de, o que , mas tambm a sua misso, o que ela pode e deve fazer. As tarefas, que a famlia chamada por Deus a desenvolver na histria, brotam do seu prprio ser e re-presentam o seu desenvolvimento dinmico e existencial. Cada famlia descobre e encon-tra em si mesma o apelo inextinguvel, que ao

mesmo tempo define a sua dignidade e a sua responsabilidade: famlia, torna-te aquilo que s!

() a famlia tem a misso de se tornar cada vez mais aquilo que , ou seja, comu-nidade de vida e de amor, numa tenso que, como para cada realidade criada e redimida, encontrar a plenitude no Reino de Deus. E numa perspectiva que atinge as prprias ra-zes da realidade, deve dizer-se que a essncia e os deveres da famlia so, em ltima anli-se, definidos pelo amor. Por isto -lhe confia-da a misso de guardar, revelar e comunicar o amor, qual reflexo vivo e participao real do amor de Deus pela humanidade e do amor de Cristo pela Igreja, sua esposa.

Em tal sentido, partindo do amor e em permanente referncia a ele, o recente Sno-do ps em evidncia quatro deveres gerais da famlia: - a formao de uma comunidade de pessoas; - o servio vida; - a participao no desenvolvimento da socie-dade; - a participao na vida e na misso da Igreja. Procurando revitalizar este forte apelo, que se pode dizer bastante actual, lano-vos alguns desafios:

1. A famlia, escola da fA Igreja recebeu o mandato de anunciar

a todos os homens esta grande notcia: Ide, portanto, e fazei que todas as naes se tor-nem discpulos, baptizando-as em nome do Pai, do Filho e do Esprito Santo (Mt 28, 19) A famlia crist, como Igreja domstica, participa desta misso. Alm disso, a famlia tem como primeiros e principais destinatrios

Acreditar na famlia construir o futuro

Joo Paulo II

45

deste anncio missionrio os seus filhos e fa-miliares. Quantos esposos e pais cristos de todos os tempos assim o viveram? preciso que a famlia volte a ser a primeira educadora da f. O principal apostolado missionrio dos pais deve realizar-se na sua prpria famlia. Os pais transmitem a f aos seus filhos com o tes-temunho de sua vida crist e com sua palavra.

2. A famlia, objecto e sujeito da nova evangelizao.

A famlia no deve ser considerada s ob-jecto, mas tambm sujeito da evangelizao. A famlia pode evangelizar-se a si prpria, mediante o amor recproco, atravs da escu-ta da palavra de Deus e da orao, atravs da catequese na famlia e da edificao mtua. Pode evangelizar os vizinhos atravs das relaes com os seus vizinhos, com os seus familiares, amigos, colegas de trabalho, de convvio, na escola, etc. Pode evangelizar na parquia, mediante a fiel participao na eucaristia, a participao na catequese dos filhos, a participao nos movimentos, a pro-ximidade e acolhimento das famlias com di-ficuldades, a ajuda na preparao dos noivos para o matrimnio, na preparao dos pais e padrinhos para o baptismo dos filhos. Pode ainda evangelizar a sociedade civil, dando-lhe novos cidados, incrementando as virtudes sociais, ajudando os mais pobres, mostrando disponibilidade para as associaes e grupos civis, promovendo uma cultura e uma poltica favorvel famlia e aos seus direitos.

3. A famlia, comunidade do amor e fe-cundidade.

Deus criou o homem e a mulher com todo o amor, sua imagem e semelhana, e os aco-lheu ternamente, cheio de encanto e deslum-bramento, vendo que tudo era muito bom e belo como diz o texto bblico (Gn 1,31). Criando-os sua imagem e semelhana, Deus inscreveu no corao de cada homem e de cada mulher a capacidade de amar, de acolher. Esta a vocao do casal humano, na

conjugalidade quotidiana das vidas. o Beato Papa Joo Paulo II, escreveu: Deus que cha-mou os esposos ao matrimnio, continua a cham-los no matrimnio (FC21). por desgnio de Deus que a comunho conjugal se torna fecunda e tambm os vossos filhos recebem, com o dom da vida, a preciosa vo-cao famlia, para que nela cresam e se desenvolvam. vontade de Deus que a fam-lia se realiza numa teia harmoniosa de laos conjugais, parentais, filiais e fraternos, e que a humanidade se torne uma famlia de famlias. A beleza da famlia sobressai, de modo espe-cial, como bero da vida e do amor e como lugar primrio da humanizao da pessoa e da sociedade.

4. A famlia e a sociedade A mensagem crist incentiva a famlia a

fazer da sua vida algo de muito grande, de muito belo, e de promissor: a humanidade da famlia, graas presena do amor divino que a invadiu no seu ntimo, pode renovar a socie-dade segundo o desgnio de Deus seu Criador. Com efeito, a famlia o primeiro espao e a primeira escola onde se vive e aprende a viver o amor fraterno, a solidariedade, a justia, a honestidade, a rectido, as virtudes sociais to importantes para a cidadania responsvel. As-sim, o mundo pode tornar-se, mais justo, mais humano, com uma beleza extraordinria onde todos possam habitar com qualidade de vida promovendo sempre o bem comum.

Procuremos que este ano seja um forte ape-lo vivncia da beleza da famlia, animados pelo Esprito Divino e confiantes na protec-o maternal da me celeste, a Senhora da Fa-mlia. Que ela interceda, junto do seu querido filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, por todas as nossas famlias, pedindo a sua Bno e a sua proteco.

1 de Outubro de 2011

Memria de Santa Teresinha do Menino Jesus

Pe Samuel Guedes

46

NOVEMBRO DE 2011

01 - Dia de Todos os Santos02 - Dia dos Fiis Defuntos06 - Baptismos em Arreigada e Frazo07 - Viglia de Orao pelos Seminrios Arreigada08 - Viglia de Orao pelos Seminrios Frazo09 - Viglia de Orao pelos Seminrios Ferreira13 - Festa de S. Martinho, Padroeiro de Frazo14 - Encontro de aclitos e leitores Arreigada15 - Encontro de aclitos e leitores Frazo16 - Encontro de aclitos e leitores Ferreira20 - Festa de Cristo Rei21 - Conselho da Fbrica da Igreja Arreigada22 - Conselho da Fbrica da Igreja Frazo23 - Conselho da Fbrica da Igreja Ferreira27 - I Domingo do Advento (Ano B)28 - Encontro de catequistas - Arreigada29 - Encontro de catequistas - Frazo30 - Encontro de catequistas - Ferreira

DEZEMBRO DE 2011

06 - Inscries para Baptismos Arreigada e Frazo08 - Festa da Imaculada Conceio11 - Exposio e Adorao do Santssimo Sacramento nas Igrejas Paroquiais15 - Preparao para o Baptismo Arreigada e Frazo18 - Bno das Mes Grvidas25 - Dia de Natal - Neste dia Benzem-se as imagens do Menino Jesus31 - Baptismos em Frazo

JANEIRO DE 2012

01 - Santa Maria Me de Deus01 - Dia de Ano Novo04 - Inscries para Baptismos Ferreira06 - Incio da Catequese depois do Natal08 - Solenidade da Epifania do Senhor08 - Dia Paroquial da Famlia - Jubileu dos Casais09 - Conselho Inter-paroquial de Pastoral12 - Preparao para o Baptismo - Ferreira15 - Domingo do Baptismo do Senhor 15 - Baptismos em Ferreira

FEVEREIRO DE 2012

02 - Festa de N S das Candeias Frazo03 - Festa de S. Brs Frazo

06 - Reunio de pais das crianas do 3 e 6 ano Arreigada07 - Reunio de pais das crianas do 3 e 6 ano Frazo08 - Reunio de pais das crianas do 3 e 6 ano Ferreira10 - Dia Paroquial do Doente e do Idoso13 - Encontro de aclitos e leitores - Arreigada14 - Encontro de aclitos e leitores - Frazo15 - Encontro de aclitos e leitores - Ferreira17 - Primeiro Encontro de Preparao para o Matrimnio22 - Quarta-feira de Cinzas - Celebrao das Cinzas24 - Segundo Encontro de Preparao para o Matrimnio25 - Festa da Palavra nas trs parquias26 - Exposio e Adorao do Santssimo Sacramento nas Igrejas Paroquiais

MARO DE 2012

04 - Exposio e Adorao do Santssimo Sacramento nas Igrejas Paroquiais05 - Visita do Proco aos doentes de Arreigada05 - Encontro geral de catequistas06 - Visita do Proco aos doentes de Frazo06 - Encontro geral de catequistas07 - Visita do Proco aos doentes de Ferreira07 - Encontro geral de catequistas 11 - Exposio e Adorao do Santssimo Sacramento nas Igrejas Paroquiais12 - Celebrao do Sacramento da Reconciliao - Arreigada e Frazo13 - Celebrao do Sacramento da Reconciliao Ferreira18 - Exposio e Adorao do Santssimo Sacramento nas Igrejas Paroquiais24 - Festa do Pai Nosso nas trs parquias24 - Aniversrio da Tomada de Posse de D. Manuel Clemente25 - Exposio e Adorao do Santssimo Sacramento nas Igrejas Paroquiais

ABRIL DE 2012

01 - Domingo de Ramos01 - Dia Mundial da Juventude 05 - Quinta-feira Santa 05 - Missa da Ceia do Senhor06 - Sexta-feira Santa06 - Celebrao da Paixo do Senhor07 - Sbado Santo

A g e n d a

47

Ano Pastoral 2011 2012Arreigada Ferreira Frazo

07 - Viglia Pascal08 - Domingo da Pscoa da Ressurreio13 - Incio da Catequese depois da Pscoa23 - Viglia de Orao pelas Vocaes Consagradas Arreigada23 - Conselho da Fbrica da Igreja Frazo24 - Viglia de Orao pelas Vocaes Consagradas Frazo24 - Conselho da Fbrica da Igreja Arreigada24 - Inscries para o Baptismo - Frazo e Arreigada26 - Conselho da Fbrica da Igreja Ferreira 27 - Viglia de Orao pelas Vocaes Consagradas Ferreira28 - Festa da Vida nas trs parquias

MAIO DE 2012

03 - Reunio de preparao para o Baptismo Frazo e Arreigada06 - Primeira Comunho em Arreigada06 - Baptismos em Arreigada09 - Inscries para o Baptismo - Ferreira13 - Domingo da Ascenso13 - Festa do Anjo da Guarda - Arreigada 13 - Primeira Comunho em Frazo Baptismos em Frazo17 - Preparao para o Baptismo - Ferreira19 - Festa do Envio nas trs parquias20 - Domingo de Pentecostes20 - Primeira Comunho em Ferreira20 - Baptismos em Ferreira27 - Domingo da Santssima Trindade27 - Profisso de F Frazo

JUNHO DE 2012

03 - Festa de N S da Piedade - Moinhos07 - Festa do Corpo de Deus07 - Procisso do Corpo de Deus nas trs Parquias10 - Profisso de F Ferreira15 - Solenidade do Sagrado Corao de Jesus15 - Orao pela Santificao dos Sacerdotes17 - Profisso de F - Arreigada 24 - Solenidade de S. Joo Baptista - Frazo25 - Conselho Inter-paroquial de Pastoral

JULHO DE 2012

01 - Dia do Padroeiro e da comunidade paroquial Ferreira03 - Inscries de Baptismos - Arreigada e Frazo08 - Dia do Padroeiro e da comunidade paroquial Arreigada08 - Encontro de Geraes10 - Aniversrio da Ordenao Sacerdotal do P.e Samuel11 - Inscries de Baptismos - Ferreira25 - Reunio de preparao para o Baptismo Arreigada e Frazo25 - Festa de S. Tiago - Ferreira 26 - Reunio de preparao para o Baptismo Ferreira

AGOSTO DE 2012

05 - Baptismos em Arreigada12 - Baptismos em Frazo15 - Solenidade da Assuno de Nossa Senhora 15 - Baptismos em Ferreira

SETEMBRO DE 2012

09 - Festa de N S da Luz - Ferreira 16 - Festa de N S dos Remdios - Arreigada 22 - Peregri