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LEIGOS HOSPITALEIROS GUIÃO/ ITINERÁRIO DAS SESSÕES Ano 2012 Província de Portugal

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LEIGOS HOSPITALEIROS

GUIÃO/ ITINERÁRIO DAS SESSÕES

Ano 2012

Província de Portugal

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INDICE

INTRODUÇÃO

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I - ANO 2012 – EM QUEM CREMOS

5

1. Janeiro - O leigo hospitaleiro busca o sentido da vida

5

2. Fevereiro - O leigo hospitaleiro está disponível para o encontro

7

3. Março - O leigo hospitaleiro bebe da fonte

9

4. Abril - O leigo hospitaleiro responde a Deus

12

5. Maio - O leigo hospitaleiro crê em Deus Pai-Amor

15

6. Junho - O leigo hospitaleiro crê em Jesus Cristo

17

7. Julho - O leigo hospitaleiro espera na Ressurreição

19

8. Agosto - O leigo hospitaleiro confia no Espírito Santo

21

9. Setembro - O leigo hospitaleiro é Igreja e vive em unidade

24

10. Outubro - O leigo hospitaleiro precisa da graça de Deus

28

11. Novembro - O leigo hospitaleiro crê na vida eterna

30

12. Dezembro - O leigo hospitaleiro diz “Amén”

32

II - ANO 2013 – COMO CELEBRAMOS 35

III - ANO 2014 – O QUE VIVEMOS

IV - ANO 2015 – COMO ORAMOS

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I - INTRODUÇÃO Este trabalho nasce para responder às preocupações dialogadas no último encontro de coordenadores de Leigos Hospitaleiros em que convergimos na necessidade de estruturação de um itinerário comum de crescimento na fé e vivência da espiritualidade hospitaleira. Para além da necessidade sentida, estamos em sintonia com a Igreja. O Papa Bento XVI decretou o ano 2012/2013 o “Ano da Fé”, com a carta Apostólica “PORTA FIDEI”. O ano terá início a 11 de Outubro de 2012, no cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II e completar-se-ão os 20 anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica e termina no dia 24 de Novembro de 2013, na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo. No mês de Outubro de 2012, realiza-se a Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos cujo tema é “A nova evangelização para a transmissão da fé Cristã”. Bento XVI convida a “intensificar-se a reflexão sobre a fé, para ajudar os crentes em Cristo a tornarem mais consciente e revigorarem a sua adesão ao Evangelho, sobretudo num momento de profunda mudança como este que a humanidade está a viver”1. Pretendemos com este itinerário suscitar nos Grupos de Leigos Hospitaleiros a descoberta da fé professada, celebrada, vivida e rezada, encarnada e comprometida numa espiritualidade hospitaleira, tendo presente a Sagrada Escritura, os textos carismáticos, o Catecismo para jovens Youcat e outros documentos da Igreja, nomeadamente o Catecismo da Igreja Católica2. Quanto à metodologia, todos os encontros seguem a mesma estrutura e são divididos em 2 momentos distintos:

1 Carta Apostólica PORTA FIDEI, 8

2 Consulta do Catecismo da Igreja Católica: http://www.vatican.va/archive/cathechism

po/index new/prima-pagina-cic po.html

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� Diálogo: um primeiro momento dedicado à introdução do tema, reflexão pessoal e diálogo aberto, tendo sempre o cuidado de terminar esta primeira fase esclarecendo a posição da Igreja (pontos 1 a 5).

� Oração: um segundo momento de intimidade com a Palavra,

silêncio, meditação e partilha em contexto de oração (pontos 6 a 8).

Ao lermos este itinerário, “deixemo-nos guiar pelo Espírito Santo para podermos amar cada vez mais a Palavra de Deus”3 e sermos testemunhas do amor misericordioso de Jesus no serviço na Missão Hospitaleira. “A proximidade de Jesus aos doentes não se interrompeu: prolonga-se no tempo, graças à acção do Espírito Santo na missão da Igreja, na Palavra e nos Sacramentos, nos homens e mulheres de boa vontade, nas actividades de assistência que as comunidades promovem com caridade fraterna, mostrando assim o verdadeiro rosto de Deus e o seu amor”.4 A Congregação das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus, desde os fundadores até à actualidade, é testemunha viva do verdadeiro amor de Deus. Os Leigos Hospitaleiros são convidados a professarem a sua fé e a viverem-na através da sua missão no mundo.

3 Exortação Apostólica Pós-Sinodal VERBUM DOMINI – A Palavra do Senhor, do

Papa Bento XVI, n. 5. 4 Idem, n. 106.

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II – ANO 2012 – EM QUEM CREMOS JANEIRO - O LEIGO HOSPITALEIRO BUSCA O SENTIDO DA VIDA

1. Mote inspirador “Tu criaste-nos para Ti e o nosso coração está inquieto até encontrar o descanso em Ti.” (Santo Agostinho)

2. Contexto A experiência da felicidade, do sofrimento, da morte e outras levam-nos a interrogar-nos sobre o sentido da vida. As ciências modernas, embora com os seus métodos, consigam explicar pormenores da existência humana, da natureza e da vida social, nada podem dizer sobre o sentido último e o fundamento da realidade. As ideologias pretendem reduzir a realidade total a um princípio único. É evidente que uma visão unitária não corresponde nem à multiplicidade dos fenómenos nem ao profundo mistério do homem e do seu mundo. O objectivo das ideologias políticas é construir e organizar humanamente a vida social, mas não são capazes de dar uma resposta última à realidade do homem. A ciência e as ideologias dão respostas importantes às nossas interrogações, mas não podem responder à questão do sentido último da vida. Sem esta resposta, falta-lhes orientação.

(Mensagem Cristã I – Patriarcado de Lisboa)

3. Interpelação pessoal

� Para que estás no mundo? Como vês a tua missão? � Tens necessidade de procurar Deus?

(Breves momentos de silêncio)

4. Diálogo

5. Esclarecimento da fé/A Igreja responde

(Youcat, n. 1-6 ou outras fontes)

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6. Textos: Bíblico e Carismático � Bíblico: Hebreus 1,1-2 Muitas vezes e de muitos modos, falou Deus aos nossos pais, nos tempos antigos, por meio dos profetas. Nestes dias, que são os últimos, Deus falou-nos por meio do Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, e por meio de quem fez o mundo. � Carismático: S. Bento Menni carta 574 A vida humana é um relâmpago que vem e passa como por encanto, mas tem consequências eternas; e felizes de nós se, compenetrados desta verdade, tudo orientarmos para que tais consequências sejam a Bem-aventurança! Então com razão exclamaremos: “Oh, feliz vida breve que a tão grande dita eterna nos conduziu! Para isso (…) toda a nossa diligência e aspiração deve ser cumprir sempre e em tudo a vontade do Senhor, que é a fonte de todo o bem.

7. Partilha

8. Oração conclusiva Jesus nossa alegria,

quando compreendemos que Tu nos amas,

algo nas nossas vidas é transformado.

Nós perguntamos-te: Que esperas tu de mim, Senhor?

E, pelo Espírito Santo, tu respondes:

que nada te perturbe. Eu rezo em ti,

ousa o dom da tua vida.

(Oração Taizé)

Proposta: Entrega da Mensagem para o Dia Mundial do Doente do Papa Bento XVI.

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FEVEREIRO – O LEIGO HOSPITALEIRO ESTÁ DISPONÍVEL PARA O ENCONTRO

1. Mote inspirador “A revelação significa que Deus se abre, se mostra e fala ao mundo por livre vontade.” Youcat

2. Contexto

A palavra “Revelação” provém do latim revelatio, revelare, que traduz o grego apokalitein, que significa “tirar o véu”, “desvelar”. Em sentido literal, falar de Revelação divina é o mesmo que dizer que Deus Se desvela, Se despoja do véu que cobre o seu rosto e Se dá a conhecer, para convidar cada pessoa a viver em comunhão com Ele. A Revelação apresenta-se como uma conversa entre Deus e os homens estabelecida por iniciativa divina, que se realiza através de acontecimentos e palavras, cuja plenitude é Jesus Cristo. Como diálogo, a Revelação realiza-se através da Palavra que se transforma em caminho de relação pessoal, suporte de testemunho e veículo de comunhão. Para que a Palavra de Deus possa ser acessível ao ser humano, é preciso que seja uma palavra encarnada. A Revelação tem lugar na história humana, onde Deus actua e Se torna presente. A acção salvadora realiza-se através do testemunho concreto de pessoas e de comunidades que se transformam em Sinais de Deus para outros crentes. Deus revelou-Se em plenitude em Jesus Cristo; n´Ele Deus disse tudo, e não haverá uma revelação posterior.

(Mensagem Cristã I – Patriarcado de Lisboa)

3. Interpelação pessoal

� Porque tomou Deus a iniciativa de se revelar? � Como se revela Deus no Antigo Testamento? � O que nos mostra Deus quando nos envia o Seu Filho?

(Breves momentos de silêncio)

4. Diálogo

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5. Esclarecimento da fé/A Igreja responde (Youcat, n. 7-11 ou outras fontes)

6. Textos: Bíblico e Carismático � Bíblico: 1 Jo 1,1-3 O que existia desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplámos e as nossas mãos tocaram relativamente ao Verbo da Vida, de facto, a Vida manifestou-se; nós vimo-la, dela damos testemunho e anunciamo-vos a Vida eterna que estava junto do Pai e que se manifestou a nós o que nós vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também vós estejais em comunhão connosco. E nós estamos em comunhão com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo.

� Carismático: Carta 660 Contemplai o Menino Jesus no presépio, e o seu doce olhar, sua pobreza e seu silêncio falarão muito ao vosso coração, se com vontade singela O vedes e contemplais.” (Carta 13) “Tornando-vos fortes e valentes na prática da santa caridade hospitaleira para com as pobres doentes, lembrando-vos de que cada uma delas representa ao vivo a Nosso Senhor Jesus Cristo e a Sua Mãe, Maria Santíssima, os quais tomam como feitos a Eles mesmos quanto se faz por cada uma delas, tanto mais quanto maior for a sua infelicidade.

7. Partilha

8. Oração conclusiva: Agora que a noite é tão pura E que não há senão Tu, Diz-me quem és… Diz-me também quem sou eu. Diz-me quem és e porque me visitas. Porque desces até mim que estou tão necessitado… Agora que a noite é tão pura E que não há senão Tu. Leopoldo Panero Proposta: Entregar a Mensagem do Papa Bento XVI para a vivência da Quaresma.

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MARÇO – O LEIGO HOSPITALEIRO BEBE DA FONTE

1. Mote inspirador “ A Bíblia é a carta do amor de Deus dirigida a nós.” Soren Kierkegaard

2. Contexto

A Bíblia (a Sagrada escritura) é o livro fundamental dos cristãos porque nela e na Sagrada Tradição está contida a Palavra de Deus, ou seja, o que Deus quis comunicar aos homens. Tal é a influência de Deus sobre os escritores bíblicos, que Ele mesmo é considerado o autor da Sagrada Escritura. Daí que, para o crente, a Bíblia seja o livro mais importante de todos os que se escreveram ou possam vir a escrever-se. A Bíblia é uma biblioteca – alguns dos seus escritos contam com mais de 25 séculos de existência – e na sua composição intervieram muitos e variados autores. A Bíblia é uma colecção dividida em dois grandes blocos: Antigo e Novo Testamento. Para bem interpretar a Escritura, é necessário prestar atenção ao que os autores humanos realmente quiseram dizer e àquilo que Deus pelas palavras deles quis manifestar-nos. Para descobrir a intenção dos autores sagrados, é preciso ter em conta as condições do seu tempo e da sua cultura, os “géneros literários” em uso na respectiva época, os modos de sentir, falar e narrar correntes naquele tempo.

(Mensagem Cristã I – Patriarcado de Lisboa)

A primeira condição para escutar a Sagrada Escritura como uma Palavra de amor

de Deus é acreditar e perceber que Jesus Cristo é a única Palavra que Deus

pronunciou, cuja mensagem de amor divino se foi explicitando progressivamente

através dos Profetas, nas próprias palavras humanas de Jesus e também nos

acontecimentos que manifestaram a solicitude de Deus pelo Seu Povo. Depois de

Jesus Cristo, Palavra eterna de Deus, a Igreja percebeu que escutar o Antigo

Testamento era escutar as palavras de amor que Deus foi dirigindo à humanidade

desde o início, expressões da sua única Palavra eterna, Jesus Cristo. D. José Policarpo,

Sé Patriarcal, 29 de Março de 2009

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3. Interpelação pessoal � A Sagrada Escritura é verdadeira? Porquê? � Que significado tem o Antigo e o Novo Testamento para os cristãos? � Que papel desempenha a Sagrada Escritura na Igreja?

(Breves momentos de silêncio)

4. Diálogo

5. Esclarecimento da fé/A Igreja responde

(Youcat, n. 14-19 ou outras fontes)

6. Textos: Bíblico e Carismático

� Bíblico: 2 Cor 3, 2-6 A nossa carta sois vós, uma carta escrita nos nossos corações, conhecida e lida por todos os homens. É evidente que sois uma carta de Cristo, confiada ao nosso ministério, escrita, não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo; não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne que são os vossos corações. Tal confiança, porém, nós a temos diante de Deus, por meio de Cristo. Não é que sejamos capazes de conceber alguma coisa como de nós mesmos; é de Deus que provém a nossa capacidade. É Ele que nos torna aptos para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do Espírito; porque a letra mata, enquanto o Espírito dá a vida.

� Carismático: Missão Hospitaleira – Boa Notícia, n. 14 A Palavra de Deus é farol na vida pessoal e comunitária, e referência obrigatória para o discernimento das opções apostólicas. As nossas primeiras irmãs fizeram a experiência de que a Palavra escutada, orada e contemplada, era o fundamento e o dinamismo de onde brotava a sua missão sanadora em favor dos doentes. … Hoje afirmamos que a Palavra do Senhor “nos ajuda a ver os acontecimentos da nossa vida e da vida dos outros como um tempo de Deus”. A Palavra “conta histórias de vida, alimenta a esperança, purifica o nosso olhar sobre o mundo” e “dá-nos luz para discernir os caminhos de Deus no seguimento de Jesus Cristo”. A Palavra “é fonte de renovação da comunidade na medida em que nos apropriamos dela; ajuda, orienta, ensina, repreende, aconselha, dá energia, faz-nos sonhar, dá força e é transformadora”. Estamos convictas da necessidade de continuar a criar espaços para partilhar a fé à luz da Palavra,

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e reconhecemos a necessidade de promover a formação bíblica para uma leitura aprofundada da Palavra de Deus e uma compreensão teológica do carisma e da espiritualidade hospitaleira.

7. Partilha

8. Oração conclusiva: Salmo 119, 105-106.111-112

A tua palavra é farol para os meus passos e luz para os meus caminhos.

Jurei e vou cumprir: hei-de guardar os teus justos decretos.

Os teus testemunhos são a minha herança para sempre,

a alegria do meu coração.

O meu coração decidiu cumprir as tuas leis;

seja essa para sempre a minha recompensa.

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ABRIL – O LEIGO HOSPITALEIRO RESPONDE A DEUS

1. Mote inspirador “Crer é essencialmente o acolhimento de uma Verdade que a nossa razão não consegue atingir, um acolhimento simples e incondicional, como se se tratasse de uma prova.“ Beato John Henry Newman

2. Contexto Há um antes e um depois na vida daqueles que têm fé na ressurreição de Jesus. É o que acontece ao grupo dos discípulos, a Tomé de modo especial. Mesmo depois de muitos anos de dizermos que acreditamos há momentos em que temos dúvidas, em que não nos apetece rezar porque não sentimos a presença de Jesus. Tomé estava assim incrédulo, precisava de “ver” com os sentidos físicos da visão e do tacto para acreditar. Mas os nossos impedimentos não impedem Jesus de se manifestar. Ele passa no meio das portas fechadas e vence o medo dos discípulos, que na experiência da paz, O reconhecem, e enchem-se de alegria ao ver o Senhor. Também Tomé, depois de O reconhecer faz uma extraordinária confissão de fé. Quem faz a experiência do encontro com Deus sabe como ela é motivadora de uma alegria duradoura, que ninguém poderá tirar, porque é uma alegria que não se esquece nunca, que permanecerá gravada no coração para sempre. Experimentar que Jesus está vivo, que confia em nós e que, por isso, nos envia a continuar a sua missão é proposta que se torna irrecusável para quem a faz. Por isso, Jesus diz esses são felizes. Mas precisamos renovar constantemente a nossa fé, deixando que Jesus se faça presente cada dia na nossa vida.

(Agenda Verbum Dei)

3. Interpelação pessoal

� Como podemos responder a Deus? � O que tem a minha fé a ver com a Igreja?

(Breves momentos de silêncio)

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4. Diálogo

5. Esclarecimento da fé/A Igreja responde (Youcat, n. 20-24 ou outras fontes)

6. Textos: Bíblico e Carismático

� Bíblico: Jo 20, 19-31 Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, com medo das autoridades judaicas, veio Jesus, pôs-se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco!» Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o peito. Os discípulos encheram-se de alegria por verem o Senhor. E Ele voltou a dizer-lhes: «A paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio a vós.» Em seguida, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ficarão retidos.» Tomé, um dos Doze, a quem chamavam o Gémeo, não estava com eles quando Jesus veio.5Diziam-lhe os outros discípulos: «Vimos o Senhor!» Mas ele respondeu-lhes: «Se eu não vir o sinal dos pregos nas suas mãos e não meter o meu dedo nesse sinal dos pregos e a minha mão no seu peito, não acredito.» Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez dentro de casa e Tomé com eles. Estando as portas fechadas, Jesus veio, pôs-se no meio deles e disse: «A paz seja convosco!» Depois, disse a Tomé: «Olha as minhas mãos: chega cá o teu dedo! Estende a tua mão e põe-na no meu peito. E não sejas incrédulo, mas fiel.» Tomé respondeu-lhe: «Meu Senhor e meu Deus!» Disse-lhe Jesus: «Porque me viste, acreditaste. Felizes os que crêem sem terem visto!» � Carismático: Carta 664 Prostrei-me diante da estátua do glorioso S. Pedro, reguei com abundantes lágrimas seus pés, pois repetidamente pus a cabeça debaixo deles, pedindo-lhe que se dignasse obter para mim, para os meus e para cada uma de vós, uma fé viva, mais forte que as rochas, que nos conduza todos

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pelo caminho da vida sobrenatural, vida espiritual, vida de união com o Céu e especialmente com Jesus Nosso Divino Redentor.

7. Partilha

8. Oração conclusiva – Oração do Abandono Meu Pai,

Eu me abandono a Ti,

faz de mim o que quiseres.

O que fizeres de mim,

eu Te agradeço.

Estou pronto para tudo, aceito tudo.

Desde que a Tua vontade se faça em mim

e em tudo o que Tu criastes,

nada mais quero, meu Deus.

Nas Tuas mãos entrego a minha vida.

Eu Te a dou, meu Deus,

com todo o amor do meu coração,

porque Te amo.

E é para mim uma necessidade de amor dar-me,

entregar-me nas Tuas mãos sem medida

com uma confiança infinita.

Porque Tu és...

Meu Pai!

Charles de Foucauld

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MAIO – O LEIGO HOSPITALEIRO CRÊ EM DEUS PAI-AMOR

1. Mote inspirador “Depois de ter descoberto que existe um Deus, tornou-se-me impossível não viver só para Ele.” Beato Charles de Foucauld

2. Contexto:

A lembrança deste Pai ilumina a mais profunda identidade do ser humano: donde vimos, quem somos e quão grande é a nossa dignidade. Nós provimos, naturalmente, dos nossos pais e somos seus filhos; porém, nós vimos de Deus, que nos criou à Sua imagem e nos chamou a sermos Seus filhos. Por isso, não é o acaso ou concorrência do destino que se encontra na origem de cada ser humano, mas um plano do amor divino. Isto nos revelou Jesus Cristo, verdadeiro Filho de Deus e homem perfeito. Ele sabia de onde vinha e de onde vimos nós todos: do amor do Seu Pai e de nosso Pai.

Bento XVI, 09.07.2006

Veneramos Deus, antes de mais, por ser Pai, porque Ele é o Criador e Se encarrega das Suas criaturas cheio de amor. Jesus ensinou-nos a considerar o Seu Pai como “nosso Pai” e a mostrou-nos tal como Ele é: «Quem Me vê, vê o Pai.»

(Youcat)

3. Interpelação pessoal:

� Porque cremos em um só Deus? � Porque se apresenta Deus com um nome? � O que significa “Deus é Amor”? � O que deve fazer uma pessoa quando descobre Deus?

(Breves momentos de silêncio)

4. Diálogo

5. Esclarecimento da fé/A Igreja responde (Youcat, n. 30-34 ou outras fontes)

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6. Textos: Bíblico e Carismático � Bíblico: 1Jo 4,7-10a Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus, e todo aquele que ama nasceu de Deus e chega ao conhecimento de Deus. Aquele que não ama não chegou a conhecer a Deus, pois Deus é amor. E o amor de Deus manifestou-se desta forma no meio de nós: Deus enviou ao mundo o seu Filho Unigénito, para que, por Ele, tenhamos a vida. É nisto que está o amor: não fomos nós que amámos a Deus, mas foi Ele mesmo que nos amou.

� Carismático: Carta 238 Esta manhã, ao fazer a meditação, vieram-me uns desejos grandes de ser todo, todo de meu Deus, procurando ter meu espírito mui sujeito e Ele e, com o santo olhar interior mui fixo n`Ele. (Carta 506). “O Senhor nos faça compreender o nada deste mundo e de todas as criaturas; e que só Deus nos encha o coração.

7. Partilha

8. Oração conclusiva Admonição: Pensando no Pai-Nosso, podemos dizer que o objectivo da oração é colocar-nos no Pai, inscrever-nos no seu coração: eu sou no Pai, existo no Pai. A principal das orações cristãs não é um argumentário de pedidos, mas a expressão de uma relação confiante. Oração do Pai Nosso

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JUNHO – O LEIGO HOSPITALEIRO CRÊ EM JESUS CRISTO

1. Mote inspirador “Fala de Cristo apenas quando te perguntarem! Mas vive de tal maneira que te perguntem por Cristo!” Paul Claudel

2. Contexto: Uma das coisas que mais me encanta em Deus e que Jesus nos manifesta é a proximidade com as pessoas, especialmente com as mais desfavorecidas «Ele que era de condição divina… fez-se igual a nós». Com ele não há aquelas cerimónias que temos que fazer com pessoas importantes; não há coisas que não se possam dizer porque não vão ser aceites. Ele chama-nos amigos e com os amigos está-se à vontade, não há distâncias, não há vergonha. Jesus vem para nos dar a conhecer o amor de Deus e faz referência ao “como”. Essa é a medida do amor: «Como Eu vos amei, assim vos deveis amar uns aos outros.» Como é que Jesus nos amou? Até onde? Qual foi o limite do seu amor? Diz ele que «Não há maior amor que dar a vida pelos amigos». Então não há limite para amar; o limite é até não poder amar mais; «A medida do amor é amar sem medida» Santo Agostinho. Tudo isto é para nos dar uma alegria completa.

(Agenda Verbum Dei)

3. Interpelação pessoal:

� O que significa o nome “Jesus”? � O que significa dizer que Jesus é o “Filho Unigénito de Deus”? � Por que motivo Deus se tornou homem em Jesus? � O que significa dizer que Jesus Cristo é ao mesmo tempo verdadeiro

Deus e verdadeiro homem?

4. Diálogo

5. Esclarecimento da fé/A Igreja responde (Youcat, n. 72-79 ou outras fontes)

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6. Textos: Bíblico e Carismático � Bíblico: Mt 16, 13-17 Ao chegar à região de Cesareia de Filipe, Jesus fez a seguinte pergunta aos seus discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?» Eles responderam: «Uns dizem que é João Baptista; outros, que é Elias; e outros, que é Jeremias ou algum dos profetas.» Perguntou-lhes de novo: «E vós, quem dizeis que Eu sou?» Tomando a palavra, Simão Pedro respondeu: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo.» Jesus disse-lhe em resposta: «És feliz, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que to revelou, mas o meu Pai que está no Céu.»

� Carismático: Carta 434 “Todo o grande e único bem é procurar que o nome de Jesus esteja inscrito em nossas próprias almas e nas dos nossos próximos; e em todas as nossas obras, nossas palavras, nossos desejos, nossos pensamentos… enfim, em todo o nosso ser. Jesus é a nossa única e verdadeira vida.

7. Partilha

8. Oração conclusiva Jesus, nossa alegria,

pela tua presença contínua em nós,

tu levas-nos a dar a nossa vida.

E mesmo que te esqueçamos,

o teu amor permanece,

e envias sobre nós o Espírito Santo.

(Oração Taizé)

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JULHO – O LEIGO HOSPITALEIRO ESPERA NA RESSURREIÇÃO

1. Mote inspirador “Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto.” Jo 12,24

2. Contexto: Encarnar a dinâmica do Mistério Pascal, na realidade, é levar a vida ressuscitadora e libertadora de Deus até aos limites da existência humana e a todos os confins da terra. Partilhar com Jesus o mistério da cruz leva a partilhar com Ele o mistério da ressurreição. Sentimo-nos chamadas a ser memória e presença do Cristo Misericordioso como “mulheres pascais”, alegres e animadas no anúncio do Ressuscitado.

Missão Hospitaleira – Boa Notícia, n. 16/17

3. Interpelação pessoal

� Porque escolheu Jesus a ocasião da festa da Páscoa Judaica para a Sua morte e a sua ressurreição?

� Deus quis a morte do seu próprio Filho? � Jesus teve realmente medo da morte, no monte das Oliveiras, na noite

antes da Sua morte? � Pode alguém ser cristão sem crer na ressurreição? � Como chegaram os discípulos à fé na ressurreição? � O que mudou no mundo com a ressurreição?

(Breves momentos de silêncio)

4. Diálogo

5. Esclarecimento da fé/A Igreja responde

(Youcat, n. 95-108 ou outras fontes)

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6. Textos: Bíblico e Carismático � Bíblico: Jo 20,1-10 No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo logo de manhã, ainda escuro, e viu retirada a pedra que o tapava. Correndo, foi ter com Simão Pedro e com o outro discípulo, o que Jesus amava, e disse-lhes: «O Senhor foi levado do túmulo e não sabemos onde o puseram.»

Pedro saiu com o outro discípulo e foram ao túmulo. Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo correu mais do que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. Inclinou-se para observar e reparou que os panos de linho estavam espalmados no chão, mas não entrou. Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira. Entrou no túmulo e ficou admirado ao ver os panos de linho espalmados no chão, ao passo que o lenço que tivera em volta da cabeça não estava espalmado no chão juntamente com os panos de linho, mas de outro modo, enrolado noutra posição. Então, entrou também o outro discípulo, o que tinha chegado primeiro ao túmulo. Viu e começou a crer, pois ainda não tinham entendido a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos. A seguir, os discípulos regressaram a casa.

� Carismático: Carta 452 Aleluia, minhas filhas, Aleluia, Jesus ressuscitou. Aleluia. Jesus visitou-me. Aleluia. Porque celebrei a Santa Missa. Aleluia. Porque Jesus me consolou. Aleluia, Aleluia, Aleluia. Jesus ressuscitou.

7. Partilha

8. Oração conclusiva Jesus, que eu possa ver-te cada dia, Fazer a experiência de que estás vivo, E que a Tua Ressurreição seja a grande força para poder viver também ressuscitado, sem medo, com confiança, com uma perspectiva nova sobre todas as coisas.

(Agenda Verbum Dei)

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AGOSTO - O LEIGO HOSPITALEIRO CONFIA NO ESPÍRITO SANTO

1. Mote inspirador Quem pede: «Vem, Espírito Santo!», tem de estar preparado para dizer: «Vem e incomoda-me onde tenho de ser incomodado». Wilhelm Stahlin

2. Contexto:

O Espírito Santo, que é a terceira pessoa da Santíssima Trindade, é Deus uno igual ao Pai e ao Filho, da mesma substância e também da mesma natureza… Contudo, não dizemos que Ele é somente o Espírito do Pai, mas ao mesmo tempo, o Espírito do Pai e do Filho”. Antes da Sua Páscoa, Jesus anuncia o envio de um “outro Paráclito” (Defensor), o Espírito Santo. Agindo desde a Criação e tendo outrora “falado pelos profetas”, o Espírito Santo estará agora junto dos discípulos e neles para os ensinar e os guiar para a verdade total. O Espírito Santo é assim revelado como uma outra pessoa divina em relação com Jesus e com o Pai. O Espírito Santo é enviado aos apóstolos e à Igreja tanto pelo Pai em nome do Filho como pelo Filho em nome próprio, depois de voltar para junto do Pai. O envio da pessoa do Espírito após a glorificação de Jesus revela em plenitude o mistério da Santíssima Trindade. A fé apostólica relativa ao Espírito foi confessada pelo II Concílio Ecuménico reunido em Constantinopla no ano 381: “Nós acreditamos no Espírito Santo, Senhor que dá a vida e procede do Pai”. A Igreja reconhece assim o Pai como a “fonte e a origem de toda a divindade.

(Mensagem Cristã I – Patriarcado de Lisboa)

3. Interpelação pessoal:

� O que significa “crer no Espírito Santo”? � Sob que nomes e sinais aparece o Espírito Santo? � O que aconteceu no dia de Pentecostes? � O que faz o Espírito Santo na Igreja? � O que faz o Espírito Santo na minha vida?

(Breves momentos de silêncio)

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4. Diálogo

5. Esclarecimento da fé/A Igreja responde (Youcat, n. 113-120 ou outras fontes)

6. Textos: Bíblico e Carismático

� Bíblico: 1Co12, 3-11 Quero que saibais que ninguém, falando sob a acção do Espírito Santo, pode dizer: «Jesus é Senhor», senão pelo Espírito Santo. Há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo; há diversidade de serviços, mas o Senhor é o mesmo; há diversos modos de agir, mas é o mesmo Deus que realiza tudo em todos. A cada um é dada a manifestação do Espírito, para proveito comum. A um é dada, pela acção do Espírito, uma palavra de sabedoria; a outro, uma palavra de ciência, segundo o mesmo Espírito; a outro, a fé, no mesmo Espírito; a outro, o dom das curas, no único Espírito; a outro, o poder de fazer milagres; a outro, a profecia; a outro, o discernimento dos espíritos; a outro, a variedade de línguas; a outro, por fim, a interpretação das línguas. Tudo isto, porém, o realiza o único e o mesmo Espírito, distribuindo a cada um, conforme lhe apraz.

� Carismático: Carta 587 Deste amor sobrenatural, nascido no coração de Jesus e comunicado pelo Espírito Santo ao meu pobre coração e ao coração das minhas filhas, fruto deste Divino Espírito, digo – conforme declarou a mesma Santa Sé – foi a fundação da vossa Congregação. Este mesmo amor de caridade quer agora que se estendam, muito mais do que pensávamos, os benéficos efeitos do vosso Instituto, o qual, como vos disse repetidamente e a Santa Sé confirmou, não é um Instituto fundado pelo espírito do homem, mas pelo Espírito do Senhor infundido nos corações daquelas almas que Ele se dignou escolher para obra tão do Seu agrado. Este amor não conhece limites, não sabe dizer basta; este amor quisera voar de uma parte a outra e fazer que em toda a redondeza da terra ardesse este divino fogo; e que todas as criaturas sentissem seus divinos benefícios.

7. Partilha

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8. Oração conclusiva: Quem sois VÓS, doce Luz? Quem sois Vós, doce Luz,

que me enche e ilumina as trevas do meu coração?

Vós me conduzis como a mão de uma mãe;

e para onde me levásseis, eu não saberia como tomar um outro rumo.

Vós sois o espaço que abraça meu ser e queima no meu interior.

Vós, mais próximo de mim do que eu mesma

e mais dentro de mim do que o meu mais íntimo interior.

Espírito Santo - eterno amor!

Espírito Santo - eterna vida!

Espírito Santo - raio que tudo penetra!

Espírito Santo - poder vitorioso!

Espírito Santo - mão modeladora de Deus!

Espírito Santo - Criador de tudo!

Edith Stein

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SETEMBRO – O LEIGO HOSPITALEIRO É IGREJA E VIVE EM UNIDADE

1. Mote inspirador “Amar Cristo e a Igreja: trata-se da mesma coisa.” Irmão Roger Schutz

2. Contexto

A Igreja, como povo de Deus, caminha no mundo como o universal sacramento de salvação que revela e realiza o mistério do amor de Deus para com o homem. Esse povo tem como condição a dignidade e a liberdade dos filhos de Deus… Tem como fim o Reino de Deus. A Igreja é indubitavelmente uma comunidade de homens que vivem os mesmos valores, partilham as mesmas convicções e trabalham pelos mesmos objectivos. Mas estes homens são chamados por Deus, redimidos por Cristo e santificados pelo Espírito. Portanto, a Igreja, apresenta-se como povo reunido na unidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e tem a função de ser sacramento e instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o género humano.

“Deus e a Liberdade” - Paul Poupard

3. Interpelação pessoal � O que significa “Igreja”? � Para que quer Deus a Igreja? � O que significa dizer que a Igreja é a “esposa de Cristo”? � O que temos de fazer pela unidade dos cristãos? � Como vê a Igreja as outras religiões?

(Breves momentos de silêncio)

4. Partilha

5. Esclarecimento da fé/A Igreja responde

(Youcat, n. 121-136 ou outras fontes)

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6. Textos: Bíblico e Carismático � Bíblico: Act 2, 37-47 Ouvindo estas palavras, ficaram emocionados até ao fundo do coração e perguntaram a Pedro e aos outros Apóstolos: «Que havemos de fazer, irmãos?» Pedro respondeu-lhes: «Convertei-vos e peça cada um o baptismo em nome de Jesus Cristo, para a remissão dos seus pecados; recebereis, então, o dom do Espírito Santo. Na verdade, a promessa de Deus é para vós, para os vossos filhos, assim como para todos os que estão longe: para todos os que o Senhor nosso Deus quiser chamar.» Com estas e muitas outras palavras, Pedro exortava-os e dizia-lhes: «Afastai-vos desta geração perversa.» Os que aceitaram a sua palavra receberam o baptismo e, naquele dia, juntaram-se a eles cerca de três mil pessoas. Eram assíduos ao ensino dos Apóstolos, à união fraterna, à fracção do pão e às orações. Perante os inumeráveis prodígios e milagres realizados pelos Apóstolos, o temor dominava todos os espíritos. Todos os crentes viviam unidos e possuíam tudo em comum. Vendiam terras e outros bens e distribuíam o dinheiro por todos, de acordo com as necessidades de cada um. Como se tivessem uma só alma, frequentavam diariamente o templo, partiam o pão em suas casas e tomavam o alimento com alegria e simplicidade de coração. Louvavam a Deus e tinham a simpatia de todo o povo. E o Senhor aumentava, todos os dias, o número dos que tinham entrado no caminho da salvação.

� Carismático: MHBN - Missão Hospitaleira Boa Notícia, n. 21 - 2º e

3º parágrafos A Comunidade Hospitaleira, caracterizada pelo pluralismo, transforma-se em agente evangelizador no exercício do ministério da sanação, através das diferentes tarefas e do impulso das diversas dimensões, quando realizado com qualidade, profetismo e criatividade. Há pessoas que contribuem para a evangelização com «a sua capacidade de compreensão e de acolhimento, a comunhão de vida e de destino com os demais e a solidariedade nos esforços de todos para tudo aquilo que é nobre e bom»; outras acolhem com sinceridade a Boa Nova e em virtude desse acolhimento e da fé partilhada, colaboram solidariamente para a construção do Reino; outras

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põem em prática todas as suas possibilidades humanas, cristãs e carismáticas no contacto com o doente e na realização do projecto hospitaleiro. As Irmãs testemunham o Absoluto de Deus no compromisso com a pessoa que sofre. A Comunidade Hospitaleira também se evangeliza a si mesma pela qualidade humana das relações, a valorização mútua, o respeito pelas diferentes tarefas e funções, o Espírito participativo e positivo, a promoção dos direitos individuais e com a partilha dos valores e da cultura hospitaleira. Todos, por conseguinte, através do testemunho, participamos no compromisso evangelizador.

7. Partilha

8. Oração conclusiva: Salmo da Testemunha

É hora, Senhor, de ser Tua testemunha, de construir todos juntos a civilização do amor, É hora de anunciar a vida a partir da Tua Vida, de gritar aos homens a Tua Salvação, de anunciar que, o Crucificado Ressuscitou. É hora de caminharmos unidos semeando a paz e o amor, de chamar ao homem irmão, de viver em harmonia, em laços de fraternidade, de comunhão. É hora de tocar o coração do homem para que acredite no Teu Evangelho, na Tua Palavra de Amor; de convidar as gentes para a mesa do pão vivo. É tempo de ser Tua testemunha: onde o Teu amor está ausente, onde a liberdade está atada, onde é necessário o perdão, onde os olhos estão vendados, onde existiu a traição,

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onde se mata o homem e a criança, onde a mentira mata a razão, onde as injustiças doem, onde o homem que sofre não tem voz, onde impera a lei do mais forte, onde o homem se converte em opressor, onde a vida se fez morte, onde o dinheiro é a lei do que manda. É tempo de sermos Tuas Testemunhas unidos como um só Povo, em Igreja; de sermos Tuas Testemunhas servindo o humilde, de testemunharmos Tua Cruz salvadora do mundo, Senhor, dá-nos a força do Teu Espírito Santo, do Teu Espírito de Amor, para que Ele anime nosso compromisso de mudar o mundo, para uma civilização de Amor.

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OUTUBRO – O LEIGO HOSPITALEIRO PRECISA DA GRAÇA DE DEUS

1. Mote inspirador “Onde abundou o pecado superabundou a graça”. Rm 5,20

2. Contexto: Deixar no passado aquilo que foi do passado. Fazei o vosso exame de consciência, mas seja como limpar mesmo os sapatos; não aconteça que leveis continuamente convosco a lama ou a recordação da lama do caminho”. Veio, Senhor, ao meu encontro esta frase de Charles Péguy e pareceu-me cheia de uma pertinente sabedoria. É necessário limpar o coração, purifica-lo de sombras, de vincos, de desgastes e ressentimentos. Mas, depois, há também que deixar para trás a lama dos dias passados e viver cada dia, cada encontro, cada compromisso de um modo inaugural e límpido.

Um Deus que dança – P. Tolentino Mendonça

3. Interpelação pessoal: � O que é o pecado? � Porque é necessário confessarmo-nos a um padre? � Como se chama o sacramento da penitência e reconciliação?

(Breves momentos de silêncio)

4. Diálogo

5. Esclarecimento da fé/A Igreja responde

(Youcat, n. 66-70; 150-151 ou outras fontes)

6. Textos: Bíblico e Carismático

� Bíblico: Lc 7, 36-49 Um fariseu convidou-o para comer consigo. Entrou em casa do fariseu, e pôs-se à mesa. Ora certa mulher, conhecida naquela cidade como pecadora, ao saber que Ele estava à mesa em casa do fariseu, trouxe um frasco de alabastro com perfume. Colocando-se por detrás dele e chorando, começou a banhar-lhe os pés com lágrimas; enxugava-os com os cabelos e beijava-os, ungindo-os com perfume.

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Vendo isto, o fariseu que o convidara disse para consigo: «Se este homem fosse profeta, saberia quem é e de que espécie é a mulher que lhe está a tocar, porque é uma pecadora!» Então, Jesus disse-lhe: «Simão, tenho uma coisa para te dizer.» «Fala, Mestre» - respondeu ele. «Um prestamista tinha dois devedores: um devia-lhe quinhentos denários e o outro cinquenta. Não tendo eles com que pagar, perdoou aos dois. Qual deles o amará mais?» Simão respondeu: «Aquele a quem perdoou mais, creio eu.» Jesus disse-lhe: «Julgaste bem.» E, voltando-se para a mulher, disse a Simão: «Vês esta mulher? Entrei em tua casa e não me deste água para os pés; ela, porém, banhou-me os pés com as suas lágrimas e enxugou-os com os seus cabelos. Não me deste um ósculo; mas ela, desde que entrou, não deixou de beijar-me os pés. Não me ungiste a cabeça com óleo, e ela ungiu-me os pés com perfume. Por isso, digo-te que lhe são perdoados os seus muitos pecados, porque muito amou; mas àquele a quem pouco se perdoa pouco ama.» Depois, disse à mulher: «Os teus pecados estão perdoados.» Começaram, então, os convivas a dizer entre si: «Quem é este que até perdoa os pecados?» 50E Jesus disse à mulher: «A tua fé te salvou. Vai em paz.» � Carismático: Carta 446 Vamos servir e amar a Jesus, e lancemo-nos com grande confiança em seus braços e nos de Nossa Mãe, a Imaculada Virgem Maria, Rainha e Mãe do Coração de Jesus e não tenhamos medo de nada, de nada absolutamente, porque Eles têm grande cuidado em velar por nós, muito mais do que podemos fazer ou imaginar. ” Tenhamos medo só do pecado, tenhamos medo da tibieza, tenhamos medo da indiferença ou pouco fervor no serviço de Deus.

7. Partilha

8. Oração conclusiva Rezo o Teu Amor, ó Deus. O Teu Amor que nos aceita por inteiro, Que abraça o que somos e o que não somos; O que nós fomos e o que nos tornámos.

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O Teu Amor que ama os nosso desabrochares esperançosos e as nossas quedas frustrantes; as nossas liberdades insensatas e a nossa timidez hesitante. O Teu Amor ensina-nos a confiança e continuamente relança a nossa história.

“Um Deus que dança” – José Tolentino

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NOVEMBRO – O LEIGO HOSPITALEIRO CRÊ NA VIDA ETERNA

1. Mote inspirador “Não morro; entro na vida”. Sta. Teresa de Lisieux

2. Contexto:

O Livro do Génesis diz que após o pecado de Adão, Deus expulsou-o do paraíso. Deste modo, Adão ficou sob o domínio da morte, pois ficou sem acesso à Árvore da Vida (Gn 3, 22-24). O Novo Testamento apresenta-nos Jesus como o Redentor que veio corrigir as distorções provocadas por Adão. Jesus ressuscitado é o Novo Adão, diz São Paulo. (Cf. Rm 5, 17) O evangelho de São João associa a missão de Cristo com a Vida eterna. Jesus tem dá-nos o fruto da Vida Eterna graças ao qual nós viveremos para sempre. O Novo Testamento não confunde Vida Eterna com simples imortalidade. Jesus dá-nos o fruto da Vida Eterna, a qual não é uma simples imortalidade. A Vida Eterna implica ressuscitar com Cristo. Eis as palavras de Jesus no evangelho de São João: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e eu hei-de ressuscitá-lo no último dia” (Jo 6, 54).

O fruto da Vida Eterna que Jesus nos dá é o Espírito Santo. No nosso íntimo, o Espírito Santo é como uma nascente de Água Viva que alimenta e fortalece em nós a Vida Eterna (Jo 7, 37-39). Ao romper a aliança com Deus, Adão fechou-nos as portas do paraíso (Gn 3, 22-24). Jesus Cristo é o Novo Adão fiel à vontade de Deus, aquele que tornou possível a realização da Nova e Eterna Aliança.

Pe. José dos Santos Calmeiro Matias

3. Interpelação pessoal:

� Porque cremos na ressurreição dos mortos? � Em que consiste o Céu? � O que é o Purgatório? � O que é o Inferno? � Se Deus é Amor, como pode então haver inferno?

(Breves momentos de silêncio)

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4. Diálogo

5. Esclarecimento da fé/A Igreja responde (Youcat, 152-162 ou outras fontes)

6. Textos: Bíblico e Carismático

� Bíblico: 1 Cor 15, 3-8.12-14.20-21 Transmiti-vos, em primeiro lugar, o que eu próprio recebi: Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras; foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras; apareceu a Cefas e depois aos Doze. Em seguida, apareceu a mais de quinhentos irmãos, de uma só vez, a maior parte dos quais ainda vive, enquanto alguns já morreram. Depois apareceu a Tiago e, a seguir, a todos os Apóstolos. Em último lugar, apareceu-me também a mim, como a um aborto. Ora, se se prega que Cristo ressuscitou dos mortos, como é que alguns de entre vós dizem que não há ressurreição dos mortos? Se não há ressurreição dos mortos, também Cristo não ressuscitou. Mas se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã é também a vossa fé. Mas não! Cristo ressuscitou dos mortos, como primícias dos que morreram. Porque, assim como por um homem veio a morte, também por um homem vem a ressurreição dos mortos.

� Carismático: Carta 435 Nada deste mundo me enche o coração. Só o descansar no Coração de Jesus dá paz e alegria e sacia a sede do pobre faminto do Céu que sou eu. Do Céu onde somente teremos a satisfação de ser totalmente de Jesus, sem falhas nem imperfeições. Sim, lá no Céu nos embriagaremos eternamente no Amor do Pai, do Filho e do Espírito Santo, por todo o sempre. Ámen.

7. Partilha

8. Oração conclusiva

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Senhor ressuscitado, quando temos o simples desejo de acolher o teu amor, aos poucos, no mais profundo do nosso ser, acende-se uma chama. Animada pelo Espírito Santo, essa chama pode ser de início muito frágil. O que é espantoso é que ela arde sempre, quer nós o saibamos quer o ignoremos. E quando compreendemos que nos amas, a confiança da fé torna-se no nosso próprio canto.

(Oração Taizé)

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DEZEMBRO – O LEIGO HOSPITALEIRO DIZ “AMÉN”

1. Mote inspirador «Que o Símbolo do Credo seja para ti como um espelho. Revê-te nele, para ver se crês em tudo quanto dizes crer. E alegra-te todos os dias na tua fé»

(Catecismo da Igreja Católica)

2. Contexto: «AMEN». O Credo, tal como o último livro da Sagrada Escritura termina com a palavra hebraica Ámen, palavra que se encontra com frequência no final das orações do Novo Testamento. Do mesmo modo, a Igreja termina com um «Ámen» as suas orações. Em hebraico, Ámen está ligado à mesma raiz que a palavra «crer», raiz que exprime solidez, confiança, fidelidade. Assim se compreende porque é que o «Ámen» se pode dizer tanto da fidelidade de Deus para connosco como da nossa confiança n’Ele. No profeta Isaías encontramos a expressão «Deus de verdade», literalmente «Deus do Ámen», quer dizer, o Deus fiel às suas promessas: «Todo aquele que desejar ser abençoado sobre a terra deve desejar sê-lo pelo Deus fiel (do Ámen)» (Is 65, 16). Nosso Senhor emprega frequentemente a palavra «Ámen» (656), por vezes sob forma redobrada» (657), para sublinhar a confiança que deve inspirar a sua doutrina, a sua autoridade fundada na verdade de Deus. O «Ámen» final do Credo retoma e confirma, portanto, a palavra com que começa: «Creio». Crer é dizer «Ámen» às palavras, às promessas, aos mandamentos de Deus; é fiar-se totalmente n’Aquele que é o «Ámen» de infinito amor e perfeita fidelidade. A vida cristã de cada dia será, então, o «Ámen» ao «Creio» da profissão de fé do nosso Baptismo.

(Catecismo da Igreja Católica, n. 1061-1065)

3. Interpelação pessoal � Porque dizemos “Amén” ao terminar a confissão da nossa fé?

(Breves momentos de silêncio)

4. Diálogo

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5. Esclarecimento da fé/A Igreja responde

(Youcat, n. 165 ou outras fontes)

6. Textos: Bíblico e Carismático

� Bíblico: 2 Cor 1, 18-22 Deus é testemunha de que a nossa palavra dirigida a vós não é «sim» e «não.» Pois o Filho de Deus, Jesus Cristo, aquele que foi por nós anunciado entre vós, por mim, por Silvano e por Timóteo, não foi um «sim» e um «não», mas unicamente um «sim.» Nele todas as promessas de Deus se tornaram «sim» e é por isso que, graças a Ele, nós podemos dizer o «Ámen» para glória de Deus. Aquele que nos confirma juntamente convosco em Cristo e nos dá a unção é Deus, Ele que nos marcou com um selo e colocou em nossos corações o penhor do Espírito.

� Carismático: Carta 452

Não vivamos nem um instante senão pensando em Jesus, amando a Jesus, fazendo todos os sacrifícios por Jesus, trabalhando por Jesus e com Jesus, e descansando no Coração de Jesus. Para tudo isto acudamos a Maria. Ela é nossa Mãe, Ela assim o deseja vivamente, Ela será para isso nossa intercessora, Ela suprirá tudo o que a nós nos falta. Lancemo-nos nos braços de Maria e Ela nos levará a Jesus, nosso Sumo Bem, nosso Amor, nossa Vida, nossa Glória, nosso Tudo. Amen. Amen. Amen. Aleluia. Aleluia. Aleluia.

7. Partilha

8. Oração conclusiva

Admonição: O próprio Jesus Cristo é o «Ámen» (Ap 3, 14). É o Ámen definitivo do amor do Pai para connosco: assume e leva a bom termo o nosso «Ámen» ao Pai: «É que todas as promessas de Deus encontram n'Ele um «sim»! Desse modo, por seu intermédio, nós dizemos «Ámen» a Deus,

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a fim de lhe darmos glória» (2 Cor 1, 20): «Por Cristo, com Cristo, em Cristo, a Vós, Deus Pai todo-poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda a honra e toda a glória agora e para sempre. ÁMEN».

OS GRANDES TEMAS DOS ANOS SEGUINTES: II - ANO 2013 – COMO CELEBRAMOS A desenvolver pelo Núcleo de Leigos, caso este modelo seja aprovado. III - ANO 2014 – O QUE VIVEMOS A desenvolver pelo Núcleo de Leigos, caso este modelo seja aprovado. IV - ANO 2015 – COMO ORAMOS A desenvolver pelo Núcleo de Leigos, caso este modelo seja aprovado.