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Deficiência de vitamina A A deficiência de Vitamina A tem repercussões que afetam as estruturas epiteliais de diferentes órgãos, sendo os olhos os mais atingidos. A Vitamina A é essencial ao crescimento e desenvolvimento do ser humano. Atua também na manutenção da visão, no funcionamento adequado do sistema imunológico (defesa do organismo contra doenças, em especial as infecciosas), mantém saudáveis as mucosas (cobertura interna do corpo que recobre alguns órgãos como nariz, garganta, boca, olhos, estômago) que também atuam como barreiras de proteção contra infecções. Estudos mais recentes vêm mostrando que a Vitamina A age como antioxidante (combate os radicais livres que aceleram o envelhecimento e estão associados a algumas doenças). Porém, recomenda-se cautela no uso de vitamina A, uma vez que, em excesso, ela também é prejudicial ao organismo. Sintomas: - Um dos epitélios severamente afetados é o do revestimento ocular, levando à xeroftalmia (nome dado aos diversos sinais e sintomas oculares da hipovitaminose A). A forma clínica mais precoce da xeroftalmia é a cegueira noturna onde a criança não consegue boa adaptação visual em ambientes pouco iluminados; nos estágios mais avançados a córnea também está afetada constituindo a xerose corneal, caracterizada pela perda do brilho, assumindo aspecto granular, e ulceração da córnea; a ulceração progressiva pode levar à necrose e destruição do globo ocular provocando a cegueira irreversível, o que é chamado de ceratomalácia. - Infecções freqüentes podem indicar carência, pois a falta de Vitamina A reduz a capacidade do organismo de se defender das doenças. Vitamina D

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Vitaminas e Deficiencias Nutricionais

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Page 1: Vitaminas e Deficiências Nutricionais A

Deficiência de vitamina A

A deficiência de Vitamina A tem repercussões que afetam as estruturas epiteliais de diferentes órgãos, sendo os olhos os mais atingidos. A Vitamina A é essencial ao crescimento e desenvolvimento do ser humano. Atua também na manutenção da visão, no funcionamento adequado do sistema imunológico (defesa do organismo contra doenças, em especial as infecciosas), mantém saudáveis as mucosas (cobertura interna do corpo que recobre alguns órgãos como nariz, garganta, boca, olhos, estômago) que também atuam como barreiras de proteção contra infecções. Estudos mais recentes vêm mostrando que a Vitamina A age como antioxidante (combate os radicais livres que aceleram o envelhecimento e estão associados a algumas doenças). Porém, recomenda-se cautela no uso de vitamina A, uma vez que, em excesso, ela também é prejudicial ao organismo.

Sintomas:

- Um dos epitélios severamente afetados é o do revestimento ocular, levando à xeroftalmia (nome dado aos diversos sinais e sintomas oculares da hipovitaminose A). A forma clínica mais precoce da xeroftalmia é a cegueira noturna onde a criança não consegue boa adaptação visual em ambientes pouco iluminados; nos estágios mais avançados a córnea também está afetada constituindo a xerose corneal, caracterizada pela perda do brilho, assumindo aspecto granular, e ulceração da córnea; a ulceração progressiva pode levar à necrose e destruição do globo ocular provocando a cegueira irreversível, o que é chamado de ceratomalácia.- Infecções freqüentes podem indicar carência, pois a falta de Vitamina A reduz a capacidade do organismo de se defender das doenças.

Vitamina D

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Atualmente existe uma epidemia mundial de deficiência de vitamina D (calciferol). Pesquisadores no mundo todo estudam os benefícios da vitamina para a saúde. Pesquisas brasileiras mostram que mesmo em países tropicais como o Brasil, a hipovitaminose D é prevalente. Um estudo realizado pelos pesquisadores Silva, B.C.C, Camargos, B.M. e colaboradores, publicado em 2008 na revista Arq Bras Endocrinol Metab, avaliou 180 pacientes atendidos em ambulatório de endocrinologia em Belo Horizonte e os pacientes tiveram os níveis de 25(OH) VD mensurados. Os autores encontraram a prevalência de insuficiência de vitamina D na população estudada = 42.4%, o que serviu para um alerta sobre a importância de políticas de prevenção. Como a síntese de vitamina D é dependente da exposição solar, países mais frios e com período de verão mais curto apresentam maior prevalência de deficiência, comparados com países tropicais.Quais as principais funções da vitamina D?- A participação no metabolismo do cálcio. A forma ativa da vitamina D, 1.25(OH)₂D estimula a transcrição gênica dos receptores de ligação do mineral cálcio, contribuindo com a saúde óssea, aumentando a densidade óssea.

- Estimula o sistema imune, participa na diferenciação de células precursoras de monócitos e linfócitos.

- Ação anticancerígena (modulação de proliferação celular)

- Tem influência na secreção de insulina, melhora a função das células ß (beta) e a tolerância à glicose, favorecendo o controle glicêmico de pacientes que apresentam diabetes.

- Exerce influência na função muscular (aumento da força e redução de dores).

- Atua na síntese e secreção de hormônios da tireoide.Quais os fatores de risco para a deficiência de vitamina D?- Pouca exposição à luz solar (UVB), confinamento em locais onde não há exposição à luz UVB

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- Deficiência alimentar

- Envelhecimento (idosos apresentam menor eficiência na síntese cutânea)

- Doenças que alteram o metabolismo da vitamina D (fibrose cística, doenças do trato gastrointestinal, síndrome de má absorção, hematológicas, renais, insuficiência cardíaca, imobilização)

- Países de pouca insolação (alta latitude)

- Pouca penetração da luz UVB durante o inverno na atmosfera

- Uso de bloqueadores solares

E as consequências dessa deficiência para o organismo?Crianças: O raquitismo é uma doença comum na infância e é caracterizada por uma deposição insuficiente de fosfato de cálcio na matriz óssea, deixando os ossos fracosAdultos: A deficiência de vitamina D pode resultar em osteomalácia, osteoporose e contribuir para o desenvolvimento de alguns tipos de câncer (mama, cólon, próstata, pâncreas), depressão, infecções, problemas respiratóriosQuais as fontes alimentares de vitamina D?Manteiga, queijos gordurosos, nata, gema de ovo, fígado, óleo de fígado de peixes. Vale lembrar que a vitamina D não está presente em quantidades suficientes em muitos alimentos. Dependendo da estação do ano, as concentrações de vitamina D nesses alimentos acima podem ser alteradas, sendo menores no inverno.

A fortificação de alimentos com vitamina D pode ser uma solução para as populações com risco de deficiência, como crianças e idosos. É importante o cuidado para que a ingestão de alimentos não ultrapasse os limites fixados de vitamina D.

Qual a dosagem necessária de vitamina D ?A dosagem da vitamina sofrerá variação conforme a idade, o estado fisiológico (gestantes, lactantes) e status nutricional. Assim, torna-se necessária uma avaliação bioquímica associada ao estilo de vida para determinar a necessidade da suplementação e dosagem correta.

Qual a melhor suplementação nutricional?Sugere-se que a suplementação seja necessária para se evitar a deficiência da vitamina D. No entanto, a quantidade, forma de suplementar deverá ser fornecida após consulta com o seu médico e/ou nutricionista, objetivando manter os níveis sanguíneos adequados.

E o tratamento da hipovitaminose D?É realizado através da reposição oral de vitamina D, o que o torna fácil e barato. No entanto, a quantidade, forma de suplementar deverá ser fornecida após consulta com o seu médico e ou nutricionista, objetivando manter os níveis sanguíneos adequados. No Brasil, a exposição solar ocorre praticamente durante todo o ano, entretanto, com o aumento da incidência de câncer de pele, os médicos dermatologistas têm recomendado a utilização de protetores solares com fatores de proteção muito altos, que podem limitar a biodisponibilidade da vitamina D. Por esse motivo, é recomendável a avaliação

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de um médico dermatologista quanto às orientações de exposição solar (melhores horários, uso de protetor solar)

O consumo excessivo pode ser tóxico?A vitamina D pode ser tóxica. Ingestões excessivas resultam em hipercalcemia, levando a depósitos do mineral cálcio nos rins, artérias, coração e pulmões. Por essa razão a suplementação deve ser cautelosa e com acompanhamento.

Vitamina C Calorias & Nutrientes - Vitaminas

O termo vitamina C é uma denominação genérica para todos os compostos que apresentam atividade biológica de ácido ascórbico. É um cofator para enzimas envolvidos na biossíntese do colágeno, hormônios adrenais, carnitina e de neurotransmissores, participa do processo da inativação de radicais livres e é capaz de regenerar a forma antioxidante da vitamina E (SILVA, 2001). O metabolismo da tirosina é interrompido na ausência dessa vitamina. E ainda, além de aumentar a absorção e utilização do ferro não-heme mesmo na presença de fatores inibidores (fitatos, polifenóis, fosfatos, carbonatos e taninos) nas refeições permite a transformação da forma férrica para forma ferrosa, porém elevada ingestão de vitamina C pode causar depleção de cobre (FRANCO 1998).

Deficiência de vitamina C em gestantes é relacionada ao surgimento de DHEG (doença hipertensiva específica da gravidez) e pré-eclampsia (VITOLO, 2003).

Muitos estudos relatam que a vitamina C atua na proteção da peroxidação lipídica, especialmente do HDL colesterol, apresentando efeito cardioprotetor e inibidor da arterogênese (HILLSTRONS, 2003).

Ingestão de 80 a 120 mg de vitamina C pode reduzir o risco de doenças crônicas não infecciosas. Já os fumantes necessitam de aporte maior que 140 mg/dia (SILVA, 2001), isso porque a vitamina C atua como antioxidante, combatendo os radicais livres que são liberados pelos fumantes, ajudando a prevenir o envelhecimento precoce das células, além de melhorar a circulação sanguínea cardíaca, que é danificada pelo tabagismo.

Em relação á biodisponibilidade, não há diferenças entre as formas naturais e sintéticas. Mas a forma sintética esta relacionada a uma maior produção de radicais ascorbil. Já a forma natural, por estar associada aos bioflavonóides (presente em frutas, verduras e legumes) tem uma formação menor de ácido ascorbil, uma vez que os bioflavonóides reduzem o processo oxidativo (MAHAN & ARLIN, 2002).

Sua absorção ocorre em 80 a 90% na dieta oral, no intestino delgado por transporte ativo, depende da presença de sódio na luz intestinal. Sua excreção é urinária (FRANCO, 1998). Altas quantidades excessivas ingeridas até o nível de saturação de vários tecidos são excretadas na urina como ácido oxálico; ingestões maiores que

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100g/dia levam à eliminação do excesso, como ácido ascórbico ou como dióxido de carbono exalado (MAHAN & ARLIN, 2002).

Os principais efeitos adversos após o consumo elevado de vitamina C são: diarréia osmótica e distúrbios gastrointestinais, aumento da excreção de oxalato e formação de cálculo renal e aumento da excreção de ácido úrico. Sendo assim pacientes com histórico de gota, pedras nos rins ou doenças renais não devem ultrapassar 1g por dia (MAHAN & ARLIN, 2002), exceto sob orientação médica.

Considerando todas as ações bioquímicas e enzimáticas da vitamina C, os sintomas de deficiência incluem: cabelos fracos e quebradiços, hemorragias, fraqueza muscular, gengivites, anemia, falta de apetite, inchaço nas articulações, confusão mental, histeria e até mesmo esquizofrenia (MAHAN & ARLIN, 2002).

O clássico sintoma da deficiência da vitamina C é o escorbuto, afetando o sistema mesenquinal, uma vez que esta substância é fundamental na síntese do colágeno. Este quadro clínico é acompanhado pela redução da concentração de vitamina C no plasma e leucócitos. A incidência desta doença foi diminuída, a partir do século XVII, com a introdução da batata ( vinda da América do Sul) como fonte de vitamina C na dieta alimentar européia. Hoje em dia é uma doença muito rara, porém uma alimentação sem ingestão de verduras e frutas frescas pode causar esta doença. (AZULAY, 2003).

Os alimentos fontes de vitamina C incluem vegetais folhosos, legumes e frutas. Exemplos:

Alimento Vitamina C (mg/100g)

Acerola 1677,5

Pimentão vermelho cru 190

Goiaba 184

Kiwi 98

Brócolis crú 93,2

Brócolis cozidos 74,6

Maracujá 70

Mamão papaya 61,8

Repolho crú 57

Morango 56,7

Laranja 53,2

A vitamina C é sensível ao calor, luz e oxigênio. Nos alimentos, pode ser parcialmente ou completamente destruída por um armazenamento longo ou pelo cozimento. Dessa maneira, o cozimento dos alimentos deve ser no menor

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tempo possível, para que não sejam oxidados, e ainda com pouca água, ou no vapor com consumo imediato.

A recomendação diária de vitamina C de acordo com a Recommended Dietary Allowances para população masculina com idade acima de 18 anos é de 90 mg e para a população feminina com idade acima de 18 anos é de 75 mg. Os limites máximos de ingestão de Vitamina C de acordo com as Dietary Reference Intake e ANVISA para homens e mulheres com idade acima de 18 anos são de 2000mg. (DRIs, 2000)

O escorbuto é uma doença que surge como conseqüência da falta extrema de vitamina C no organismo.A falta de vitamina C desencadeia uma série de desequilíbrios no organismo, sobretudo na produção do colágeno.

Os principais sintomas do escorbuto são:

- Hemorragias nas gengivas sem causa aparente- Hemorragias na pele com demora no processo de cicatrização.- Dentes soltos- Dor muscular e nas articulações- Cansaço

O escorbuto foi uma doença muito comum na Idade Média. Principalmente na Europa, nos invernos intensos quando as pessoas deixavam de produzir, e, portanto de consumir alimentos ricos em vitamina C e na época das navegações, pois os marinheiros ficavam muito tempo no mar, e por isso não se alimentavam de frutas e verduras.

Por volta do séc. XVII, os ingleses passaram a produzir e consumir batatas, o que diminuiu significativamente o número de casos de escorbuto.

Porém, sem perceber a relação entre a mudança na alimentação e a diminuição dos casos da doença, entre os marinheiros o escorbuto se tornou uma “epidemia”.

Segundo pesquisas, de 1500 a 1900, morreram aproximadamente 2 milhões de marinheiros vitímas da doença. Foram várias as teorias dos estudiosos da época, sendo que a doença tinha diferentes nomes, como "a peste das naus" (espanhóis), o "mal de Luanda" (portugueses) e "peste do mar" (ingleses).

Um médico da marinha inglesa, chamado James Lindt (1716-1794), desconfiou que a causa do escorbuto pudesse estar na alimentação, pois percebeu a deficiência em relação aos vegetais nas grandes viagens. Selecionou então 12 marinheiros que apresentavam os sintomas da doença, e para eles administrou 6 dietas diferentes, cada uma com um tipo de vegetal. Percebeu então, que os 2 marinheiros que consumiram laranjas e limões em suas dietas, apresentaram melhora imediata. Apesar de não ter clareza que a vitamina C era a responsável pela cura, em pouco tempo laranjas e limões passaram a fazer parte da alimentação dos marinheiros da maioria dos países.

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Referências:

SILVA, CRM; NAVES, MMV. Suplementação de vitaminas na prevenção de câncer. Rev. Nutr., Ago 2001, vol.14, no.2, p.135-143

FRANCO, G. Tabela de Composição Química dos Alimentos. 9 ed. São Paulo: Atheneu, 1998.

VITOLO, M.R.Nutrição: da gestação à adolescência. Rio de Janeiro, Reichman & Affonso Editores, 2003.

HILLSTRONS, R.J; AMMONS, AKY; LYNCH, SM. Vitamin C Inhibits lipid oxidation in human HDL. J Nutr2003, 133:3047-305

MAHAN, K.L.; ARLIN, T.M. Vitaminas. In: KRAUSE, M.V. Alimentos, nutrição e dietoterapia. 10.ed. São Paulo: Roca, 2002. cap.6, p.71103.AZULAY, M.M.;LACERDA, C.A.M.;PEREZ M.A;FILGUEIRA A.L.;CUZZI L. Vitamina C. An. Bras. Dermatol. V.78 no.3 Rio de Janeiro , 2003

OLIVEIRA, J.E.P; MILECH, A. Diabetes Mellitus: clínica, diagnóstico, tratamento multidisciplinar. São Paulo: Atheneu, 2004

Deficiência de iodo

O iodo é um micronutriente essencial para o homem e outros animais. No organismo humano ele é utilizado na síntese dos hormônios produzidos pela tireóide, uma glândula que se localiza na base frontal do pescoço. Estes hormônios têm dois importantes papéis: atuam no crescimento físico e neurológico e na manutenção do fluxo normal de energia, principalmente na manutenção do calor do corpo. São muito importantes para o funcionamento de vários órgãos como o coração, fígado, rins, ovários e outros.

Os distúrbios por deficiência de iodo – DDI - são fenômenos naturais e permanentes amplamente distribuídos em várias regiões do mundo. Populações que vivem em áreas deficientes em iodo sempre terão o risco de apresentar os distúrbios causados por esta deficiência, cujo impacto sobre os níveis de desenvolvimento humano, social e econômico são muito graves. A deficiência de iodo pode causar cretinismo em crianças (retardo mental grave e irreversível), surdo-mudez, anomalias congênitas, bem como a manifestação clínica mais visível – bócio (crescimento da glândula tireóide). Além disso, a má nutrição de iodo está relacionada com altas taxas de natimortos (nascimento de bebês mortos) e nascimento de crianças com baixo peso, problemas no período gestacional, e aumento do risco de abortos e mortalidade materna.

Causas dos distúrbios por deficiência de iodo:

- consumo de alimentos oriundos de solos pobres em iodo;

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- uso de sal não iodado na alimentação;- baixo consumo de alimentos ricos em iodo.

Alimentos ricos em iodo:

Os principais alimentos ricos em iodo são os de origem marinha (ostras, moluscos, mariscos e peixes de água salgada); leite e ovos também são fontes de iodo, desde que oriundos de animais que tenham pastado em solos ricos em iodo ou que foram alimentados com rações que continham o nutriente; vegetais oriundos de solos ricos em iodo também são boas fontes.

Orientações para o uso do sal iodado:

- ao comprar o sal, observe no rótulo se ele é iodado;- se você faz tempero caseiro ou tempero completo em casa, USE SEMPRE O SAL IODADO na mistura. Faça em pequenas quantidades e não guarde na geladeira;- se você compra tempero completo, PROCURE VARIAR usando também o sal iodado. Não há garantia de que a fábrica usou o sal iodado para fazer este tempero;- ao comprar o sal iodado, prefira aquele com maior prazo de validade, pois caso esteja vencido, ocorre prejuízo da qualidade do iodo;- ao armazenar o sal iodado em casa, coloque-o sempre em local fresco e ventilado, longe do calor. Evite colocá-lo perto do fogão a gás ou a lenha, pois o calor pode prejudicar a qualidade do iodo;-ao abrir o saco do sal iodado, não retire o sal desta embalagem, mas sim o coloque dentro de um pote ou vidro com tampa, mantendo-o sempre fechado;- não coloque o pote de sal iodado na geladeira;- mantenha o sal iodado longe de locais úmidos e não coloque colheres molhadas dentro da embalagem. A umidade pode prejudicar o teor do iodo.

Vitamina B3 Calorias & Nutrientes - Vitaminas

A niacina, assim como as outras vitaminas do complexo B, é uma vitamina hidrossolúvel e pode ser encontrada em produtos vegetais e animais (ALMEIDA ; CARDOSO, 2006).

Uma importante fonte para satisfazer as necessidades de niacina é a sua biossíntese a partir do triptofano. Porém, esse processo depende de vários fatores nutricionais e hormonais.

Deficiências de vitamina B6, B2 ou ferro podem retardar a conversão, uma vez que são cofatores para as enzimas que participam desse processo (ALMEIDA ; CARDOSO, 2006).

A niacina engloba duas substâncias ativas, a nicotinamida e o ácido nicotínico, sendo que o ácido nicotínico é convertido facilmente em nicotinamida. Tanto a absorção da nicotinamida, como a do ácido nicotínico ocorre por difusão no estômago e no intestino delgado (ROBERTO et al., 2009).

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A niacina é indispensável para formar importantes coenzimas do metabolismo, a nicotinamida-adenina dinucleotídeo (NAD) e a nicotinamida-adenina dinucleotídeo fosfato (NADP). Essas coenzimas podem ocorrer na forma oxidada (NAD+ e NADP+) ou reduzida (NADH e NADPH) (ALMEIDA ; CARDOSO, 2006; MOREIRA, 2007).

O NAD e o NADP são necessários em vários processos metabólicos. O NAD desempenha uma função de transportador de elétrons na respiração intracelular e participa da oxidação das moléculas energéticas. O NADP age como doador de hidrogênio nas biossínteses redutoras de ácidos graxos e esteróides, além de também participar da oxidação das moléculas energéticas (ALMEIDA ; CARDOSO, 2006; MOREIRA, 2007).

A deficiência de niacina acarreta a pelagra, cujos sintomas consistem em alterações cutâneas, digestivas e neurológicas. Na pele, ocorrem alterações na forma de eritema, descamação e pigmentação dos membros inferiores e superiores. As alterações digestivas consistem em acloridria, gastrite, estomatite, glossite, podendo ocorrer vômitos, diarréia ou constipação. Os sintomas neurológicos consistem em depressão, apatia, tremores, cefaléia, fadiga, perda de memória e demência profunda (ALMEIDA ; CARDOSO, 2006; MOREIRA, 2007).

De acordo com as DRIS, a recomendação para o consumo de niacina é de 16 mg/dia para homens adultos e de 14 mg/dia para mulheres adultas.

Alguns alimentos que são boas fontes dessa vitamina são as carnes, aves, peixes, fígado, leite, cereais, leguminosas e oleaginosas (ALMEIDA ; CARDOSO, 2006).

Em certos alimentos, como o trigo e o milho, a niacina pode estar ligada a macromoléculas, impedindo sua disponibilidade. Perdas da vitamina também podem ocorrer durante o preparo dos alimentos por hidrólise e dissolução na água de cocção. (ALMEIDA ; CARDOSO, 2006).Na tabela 1 abaixo encontram alguns alimentos e suas respectivas quantidades de niacina por 100g do alimento.

Tabela 1 – Quantidade de niacina por 100g do alimento.

Alimento (100g) Quantidade de niacina (mg)

Arroz branco 1,83Amendoim 12,07Atum grelhado 10,54Aveia 0,96Feijão 0,58Figado 17,47Filé-mignon assado 3,41Frango (peito) assado

13,71

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Leite 0,11Lentilha 1,06

FONTE: Tabela de Composição Química dos Alimentos da UNIFESP, 2001.

Nota: O ácido nicotínico tem sido usado em grandes doses como fármaco, com o intuito de reduzir as concentrações séricas de colesterol, triglicérides e aumentar os níveis de HDL colesterol. Aliás, o ácido nicotínico é considerado uma das drogas hipolipemiantes que mais aumenta o HDL colesterol (SANTOS, 2005; ALMEIDA ; CARDOSO, 2006).

Nesses casos, as altas doses podem estar associadas a efeitos colaterais que desaparecem após diminuição das doses ou interrupção da administração, como enrijecimento e rubor da pele, prurido, urticária, vômitos, diarréia, timpanismo, constipação, hiperuricemia, hiperglicemia e anomalias da função hepática e ocular (SANTOS, 2005; ALMEIDA ; CARDOSO, 2006).

Referências Bibliográficas

ALMEIDA, L.C; CARDOSO, M.A. Tiamina, Riboflavina e niacina. In: Cardoso MA, coordenadora. Nutrição e metabolismo: nutrição humana. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2006. p. 133-53.

MOREIRA, A.V.B. Vitaminas. In: Silva SMCS, Mura JDP. Tratado de alimentação, nutrição e dietoterapia. São Paulo: Ed Roca; 2007. p.77-104.

ROBERTO, T.S; MAGNOI, D; CUKIER, C. Aplicações Clínicas das Vitaminas do Complexo B [artigo online] [acesso em 27 fev 2009] Disponível em: <http://www.amway.com.br/downloads/misc/Vitaminas_ComplB_IMEN.pdf>

SANTOS,R.D. Farmacologia da niacina ou ácido nicotínico. Arquivo Brasileiro de Cardiologia,v.85, n.5, p.17-9, 2005.

A doença acontece por conta da deficiência da niacina, que é a vitamina B3.

A doença pode ser considerada rara e os pacientes que sofrem dessa

enfermidade geralmente são idosos, pessoas desnutridas e também quem faz

uso excessivo de álcool.

Umas das características da doença são osproblemas gastrointestinais e

muitas vezes, afetam também o cérebro do paciente.

O problema tem mais reflexos durante a primavera. Alguns pacientes passam

por todo o verão sofrendo com a doença.

A doença é caracterizada por problemas nutricionais, visto que acontece por

conta da deficiência de niacina, que é a vitamina B.

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A vitamina B1 faz parte do conjunto composto de vitaminas pertencentes ao complexo B, sendo que todas atuam de modo similar no organismo e quase todas são encontradas nas mesmas fontes.

Mólecula de vitamina B1 (tiamina)

Ela também recebe o nome de tiamina e é encontrada: na cutícula do arroz, no levedo de cerveja, nos grãos, na gema de ovo, no fígado, no rim, na carne de porco, no peixe, no amendoim, na noz, nos legumes, e em vegetais verdes e folhosos. Desempenha importante papel no sistema nervoso, nos músculos ecoração, além de auxiliar as células no metabolismo da glicose. Sua deficiência causa lesão cerebral potencialmente irreversível.

Sua carência pode provocar algumas alterações como:

Beribéri : inclui a perda de peso, distúrbios relacionados ao emocional, neurite, degeneração dos nervos, perda da força, perda de apetite, dor nos membros, períodos de arritmia cardíaca e edema.

Encefalopatia de Wernicke: esta afecção está relacionada com a falta de vitamina B1 e a ingestão excessiva de glicose. Os sintomas apresentados nessa situação caracterizados por uma tríade: ataxia, oftalmoplegia e confusão mental;

Síndrome de Korsakoff : esta é a manifestação crônica da falta de vitamina B1. Os indivíduos afetados apresentam amnésia anterógrada, confabulação e desorientação.

A deficiência dessa vitamina ocorre frequentemente em pessoas alcoólatras,desnutridos, êmese e em indivíduos que passaram por cirurgia bariátrica. Algumas substâncias podem prejudicar a absorção da tiamina, como: o álcool, a cafeína, anicotina e antiácidos. Existe suspeita de que algumas substâncias presentes em certos peixes de rio crus, ostras cruas e samambaias, produzam uma enzima que lisa a tiamina.

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Beribéri (b1)

As vitaminas são de grande importância para o funcionamento e saúde de nosso organismo. Quando, porém, apresentamos alguma carência ou até mesmo excesso podem-se gerar danos a nossa saúde. Por esse motivo, aconselha-se consumir todos os nutrientes, vitaminas e minerais presentes na pirâmide alimentar, não excluindo nem mesmo priorizando nenhum deles.A vitamina B1 (tiamina) é de grande importância para o bom funcionamento cerebral, relaxamento do sistema nervoso e fortalecimento do músculo do coração. Quando, contudo, há carência no organismo desenvolve-se uma patologia conhecida como Beribéri.Os sintomas característicos dessa patologia são: insônia, cansaço e fraqueza nos músculos, mal estar, perda no apetite, problemas respiratórios, dificuldade na memória, em alguns casos, o aumento no ritmo do coração, taquicardia, ou até mesmo algum tipo de insuficiência cardíaca. Para o tratamento adequado do Beribéri é indicado o consumo da vitamina B1 para que assim a sua carência possa ser revertida. A vitamina B1 está presente em cereais integrais, carnes, leite, verduras em geral, ovos e levedura de cerveja. Algumas espécies de peixes e frutos do mar e o chá preto apresentam fatores que inibem a absorção da vitamina B1 e por isso não são aconselhados durante o tratamento.Essa vitamina não é tóxica, portanto, quando consumida em quantidades elevadas, não gera problemas, sendo o excesso eliminado naturalmente pelos rins por meio da urina, sem deixar danos ao organismo.Com simples cuidados no consumo alimentar, pode-se evitar grandes problemas relacionados à alimentação inadequada.