visita de estudo
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Relato de alunosTRANSCRIPT
VISITA DE ESTUDO AO JARDIM BOTÂNICO DA AJUDA
História elaborada pelos alunos do 3.º Ano, Turma B
Escola Básica com Valência do 1.º Ciclo João Gonçalves Zarco
No dia 13 de março de 2013, pelas nove horas e trinta
minutos, saímos da escola para visitar o Jardim Botânico da Ajuda.
Fomos dois a dois, com os pares que quisemos, até ao autocarro,
que nos aguardava no cimo da rua. Entramos com cuidado,
colocamos os cintos de segurança e fomos a cantar até ao Jardim
Botânico.
Quando chegámos à entrada do jardim, começamos logo a
observar. O jardim era enorme, tinha uma grande variedade de
espécies de plantas, várias estátuas, em pedra, alguns pavões a
passear, e sentiu-se logo um cheiro a natureza...
Apareceram logo várias pessoas para nos receberem. Um
deles era o guia que nos iria acompanhar ao longo da visita, para
nos explicar diversas curiosidades sobre as plantas e responder às
nossas dúvidas. Ele chamava-se Francisco, era alto, tinha cabelos
e olhos castanhos, era moreno e muito simpático.
Antes de começarmos a nossa visita, ele colocou-nos em
semicírculo e explicou-nos o que iriamos fazer e quais as regras
que teríamos de cumprir.
A partir desse momento, começou a nossa visita! Seguimo-lo
até à primeira paragem. Nesse local começou por nos perguntar o
que sabíamos sobre o jardim e contou-nos que o Jardim Botânico
da Ajuda tem cerca de 245 anos, é um espaço com
aproximadamente 400 metros, dividido em dois tabuleiros. O
superior com várias espécies de plantas, de vários continentes, que
iriamos conhecer, e o inferior com vários labirintos em arbustos.
Este jardim foi construído para ser um espaço de estudo para
os príncipes reais, que viviam no palácio da Ajuda. Este palácio foi
construído aquando o terramoto de 1755, mas com as invasões
francesas, a família foi obrigada a fugir, razão pela qual o palácio
nunca acabou de ser construído.
Continuamos até ao primeiro tabuleiro do jardim e paramos
novamente. O nosso guia perguntou se alguém sabia o que queria
dizer a palavra fitogeográfica. O Afonso respondeu, dizendo que
achava que eram plantas que estavam separadas de acordo com
as suas características e semelhanças. O nosso guia concordou, e
disse que era exatamente isso que iriamos ver ao longo da visita,
várias espécies, divididas em cinco partes, de acordo com os
continentes onde vivem.
Explicou-nos que iriamos ver folhas de várias formas,
tamanhos, aspetos e recortes. Algumas com espinhos, carnudas,
macias, fofinhas ou até com pelo. Também informou que iriamos
encontrar muitas árvores, umas mais antigas, outras recentes, de
diferentes tamanhos e formas (altas, baixas, grossas...). Se nós
escutássemos com atenção ouvíamos o barulho do vento a abaná-
las. Muitas das árvores que ali estavam eram centenárias.
O nosso guia, também nos disse que tal como os animais,
também há plantas que estão em vias de extinção, quer isto dizer
que a sua espécie está a acabar. Para que não deixem de existir
devemos protegê-las, evitando que sejam cortadas ou destruídas.
Começámos então a conhecer várias espécies ao pormenor.
Parámos junto de cada uma delas, ouvimos com atenção as suas
características e colocámos as nossas questões. Seguidamente,
apresentamos cada uma delas.
Orelhas de Elefante (África). Foi-lhe atribuído este nome
porque tinha a forma semelhante a umas orelhas de elefante. O
nosso guia pediu-nos para ordenadamente tocarmos nessa folha.
Todos ficaram muito admirados quando se perceberam que a planta
tinha pelo! Era um pelo curto, macio e branco. Como nos ensinou o
guia, servia para proteger a planta e evitar que ela perdesse tanta
água.
Figueira Estranguladora (Austrália). Esta árvore, com um
nome assustador, tem cerca de 60 anos, é semelhante a uma
figueira, o que se destacou foi o seu tronco em forma de espiral, e
tem um fruto comestível parecido com um figo. O guia explicou-nos
que esse fruto, quando cai próximo de outra árvore, começa a
crescer, e as suas raízes enrolam-se à volta dessa árvore,
estrangulando-a, até ela desaparecer.
Pata de Elefante (América). Outra árvore com um tronco
diferente, é semelhante à pata de um elefante, daí o seu nome.
Este seu tronco, ao ser mais largo em baixo, permite à planta
armazenar muita água para sobreviver e mantê-la mais segura.
Palmeira (Regiões Tropicais). É uma árvore, com cerca de
130 metros de altura, era a mais alta do jardim. Tinha um tronco em
forma de espique. Ela era mais grossa junto ao solo e mais fina
junto às folhas, para não partir facilmente com o vento.
Flor de Coral (América). As flores desta árvore têm uma forma
tubular, cor vermelha, amarela ou branca, em grande número e são
muito bonitas. As suas folhas parecem um coração e são macias. É
uma flor é muito bonita.
Planta do Tabaco (América, África e Austrália). É uma planta
que tem uma pequena flor, ramos muito grandes e folhas pequenas.
É da América. Das suas folhas que é feito o tabaco. Embora seja
uma coisa natural, fumar tabaco prejudica a saúde.
Jacarandá (América). Uma árvore com aproximadamente 50
metros de altura, era grande, tinha uma flor muito pequenina e as
folhas eram muito fininhas. O seu fruto era oco e castanho.
Dragoeiro (Ilhas do Atlântico). Quando chegámos perto desta
árvore, o nosso guia disse-nos que era muito especial, porque era a
árvore mais antiga e o símbolo do Jardim Botânico da Ajuda. É uma
árvore muito grande e já tinha uns suportes metálicos para agarrar
os seus ramos, para que estes não se partissem.
Nós dramatizamos a lenda do dragoeiro, que o nosso guia
nos contou. Falava sobre um príncipe, que para salvar a sua
princesa, teve de lutar com um dragão, muito grande e forte. Ele
conseguiu enfrentá-lo e matá-lo. O dragão caiu no oceano Atlântico
e o seu sangue começou a ser derramado. Esta planta, como
absorveu esse sangue, ficou com ele marcado nas suas folhas,
ficando assim com o nome de dragoeiro.
Depois de ouvirmos a história do dragoeiro, fomos para um
arbusto, que tinha uns bancos, partilhar o nosso lanche.
Conseguimos ver de perto os pavões que passeavam pelo
jardim. O nosso guia explicou-nos que havia os pavões machos e
as fêmeas. Nós conseguiríamos distingui-los se observássemos
com atenção as suas cores e atitudes. As fêmeas são brancas e
não tão bonitas como os machos, que têm umas cores mais
vistosas e bonitas, e a sua cauda abria em forma de leque com
cores magníficas.
A seguir preparámo-nos para fazer um jogo de pistas. O
nosso guia explicou-nos as regras. Primeiro ele mostrava-nos as
folhas e flores e nós, tínhamos que associar a árvore
correspondente.
Começámos a jogar, e percorremos novamente o jardim à
procura dessas árvores. À medida que acertávamos ele dava-nos
as folhas para colocarmos no nosso herbário.
A nossa visita terminou quando o acabamos o jogo das pistas.
O nosso guia levou-nos até ao portão, pelo tabuleiro inferior,
permitindo-nos dar um passeio pelos labirintos.
À entrada, já estavam à nossa espera os nossos colegas, que
tinham ido noutro grupo de visita, bem como o autocarro, pronto
para nos levar novamente para a escola. Desta vez fizemos uma
viagem mais calma.
Todos os alunos gostaram muito desta visita. Foi muito
importante termos tido um bom comportamento, ouvido com
atenção o nosso guia, colocado as nossas dúvidas e respondido de
forma ordenada. Na nossa opinião as visitas de estudo são muito
importantes porque podemos aprender muitas coisas novas e
diferentes, sobre aquilo que falamos na sala de aula. Curiosidades
sobre a natureza, o nosso passado e futuro... Deveríamos fazer
mais visitas de estudo!
FIM