visÃo holÍstica da enfermagem no cuidado ao paciente · morais como resposta para um convívio...
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VISÃO HOLÍSTICA DA ENFERMAGEM NO
CUIDADO AO PACIENTE
É imprescindível, respeitar a dignidade do ser humano,
aceitando-o, tratando-o em suas necessidades básicas e
específicas, dando-lhe todas as garantias, já que se encontra
debilitado e sob os cuidados da Enfermagem. É
extremamente importante, compreender sua dependência e
fragilidade proporcionando-lhe conforto e segurança.
Quando o Enfermeiro envolve o paciente em seus cuidados e
realiza os procedimentos necessários, consultando-o sobre
seus costumes e preferências, consolida o valor e respeito ao
ser humano.
Olhar, aceitar e tratar o paciente com dignidade e desprendimento,
respaldado no conhecimento técnico-científico, denota
responsabilidade no desempenho profissional e antecipa a visão do
novo milênio, de que o ponto de apoio e de partida de qualquer
iniciativa será o investimento no ser humano, fazendo desabrochar seus
talentos, promovendo a oportunidade de praticar e ensinar seus
talentos, promovendo a oportunidade de praticar e ensinar valores
morais como resposta para um convívio humano mais ameno, racional
e humanitário.
Se entendermos nossa profissão nessa dimensão, poderemos nos
considerar parte daqueles que acreditam e agem para que aconteça
uma mudança de comportamento que vá refletir não somente no
relacionamento social, na realização e satisfação pessoal e profissional.
Mas, mais do que isso, seremos os grandes responsáveis por impulsionar
a Enfermagem ao desenvolvimento e à evolução.
VISÃO ORGANIZACIONAL VOLTADA PARA O SÉCULO XXI
Gerenciamento Baseado na Competência
E o que são competências?
São habilidades técnicas e conhecimento científico que, aliados a
características pessoais, distinguem os profissionais pelo seu alto que o
funcionário faz dentro da função, mas sim aquilo que o diferencia dos outros.
Em decorrência dos sistemas de Gerenciamento Baseado na Competência,
podemos concluir que alguns pontos importantes ficam em evidência e
favorecem a organização.
Um deles é que a competência permanecer na organização assim como os
talentos também são conservação, aperfeiçoados e valorizados
Competências Gerais dos profissionais de Nível Técnico da Área de Saúde
( PESQUISA INTERNET);
Além das competências gerais dos profissionais de nível técnico da Área
de Saúde, o Auxiliar de Enfermagem deverá demonstrar a apropriação de
competências específicas, como desdobramento das atividades previstas
na Lei do Exercício Profissional ( PESQUISA INTERNET).
Além das competências gerais dos profissionais de nível técnico da Área
de Saúde e das competências específicas do Auxiliar de Enfermagem, o
Técnico em Enfermagem deverá demonstrar a apropriação de mais
outras competências, como desdobramento das atividades previstas pela
Lei do Exercício Profissional ( PESQUISA INTERNET).
O SERVIÇO DE ENFERMAGEM
Atuação
Visão
Missão
Organização
Atuação
O Serviço de Enfermagem dentro do Marco Sistema Hospitalar interage em
todas as áreas sob a sua responsabilidade de forma independente,
interada e com a co-responsabilidade da qualidade no atendimento ao
paciente.
A atuação desse Serviço é sempre feita com responsabilidade,
competência, conhecimento técnico-científico e muita dedicação.
Busca através de técnicas e condições ambientais solucionar o problema
eficaz e economicamente, objetivando o pronto restabelecimento do
paciente e seu breve retorno à família e à sociedade.
Visão
A visão da Equipe de Enfermagem deve ser direcionada
no sentido de simplificar a assistência, através de
qualidade que deve ser desenvolvida diuturnamente,
levando à prática, por meio de providências concretas,
as relações pessoais e profissionais de forma mais
saudável e compartilhando o trabalho de auto-gestão,
para autonomia da equipe.
Missão
O Serviço de Enfermagem tem por missão desenvolver líderes capazes de
servir de elo entre as pessoas e a instituição, objetivando prepara-los para
conduzir o serviço com maestria, mesmo em situações adversas e
favorecendo-lhes condições para que possam prestar ao paciente um
atendimento de qualidade.
O respeito e a valorização dos funcionários, bem como, sua constante
atualização, também devem ser metas do Serviço de Enfermagem para
um futuro promissor.
Organização
O Serviço de Enfermagem organiza-se através dos seguintes
instrumentos:
I – Regimento Interno
II- Organograma
III- Sistema de Comunicação
IV- Sistema de Controle
V - Rotinas e Técnicas de Enfermagem
REGIMENTO INTERNO DO SERVIÇO DE ENFERMAGEM
Definição
O regimento é um ato normativo, aprovado pela
administração superior da organização de saúde, de caráter
flexível e que contém diretrizes básicas para o funcionamento
do serviço de enfermagem. O regimento especifica as
disposições do regulamento para o serviço, devendo,
portanto, estar nele embasado.
Composição
O regimento do serviço de enfermagem dispõe sobre:
• A filosofia e objetivo do serviço;
• A posição do serviço na estrutura da organização e descrição das
linhas hierárquicas;
• As atividades a serem desenvolvidas;
• A competência de cada membro da equipe de enfermagem;
• Quadro de pessoal;
• Horário de trabalho;
• Disposições Gerais.
Organograma
É a representação gráfica da estrutura organizacional.
Funções:
1 – Definir a divisão do trabalho e responsabilidades
2 – Definir tipo de autoridade
3 – Definir sistema de comunicação
Sistema de Comunicação
Para estabelecer comunicação entre equipe, pacientes e
instituição o Serviço de Enfermagem utiliza vários recursos,
dentre eles:
• Passagem de Plantão;
• Prontuário Médico;
• Livro de Ocorrências com Registro de Fatos Notáveis;
• Reuniões;
• Comunicação por Escrito;
• Ordens de Serviço;
• Quadro de Avisos;
• Relatórios Mensal e Anual;
• Visitas a Pacientes e às Unidades de Serviço;
Ao final da jornada de trabalho, o plantão é transferido
verbalmente, e todas as informações pertinentes aos recursos
são registradas nas unidades via computador, quando houver,
com livre acesso a quem precisar.
Sistema de Controle
As unidades de Enfermagem utilizam um sistema de controle de seus suprimentos da seguinte forma:
Medicamentos
• Estoque mínimo da unidade, que poderá ter sistema de reposição automática da farmácia;
• Estoque ou reserva de medicamentos controlados deverão sofrer controle diário pela Equipe de Enfermagem e periodicamente pelo serviço de farmácia;
• Com o uso de “dose unitária”, o controle fica mais fácil e rápida, pois a sobra deverá ser justificada.
Material de Consumo
• O controle de material de consumo deve ser diário e sua
requisição deve ser individual e para o uso imediato (manual
ou via sistema informatizado);
• Desnecessário o estoque se a farmácia atender 24 horas;
• O material de consumo como soluções desinfetantes e
outros, necessários ao uso geral, deverão ser requisitados
semanalmente e sofrer controle a cada requisição.
Material permanente e equipamento
• Verificação periódica dos materiais e equipamentos em
relação às condições de uso, necessidade de conserto,
manutenção e reposição;
• Inventário elaborado anualmente pelo Serviço de
Patrimônio do hospital e com a colaboração da Equipe de
Enfermagem, através do número do patrimônio e sua
depreciação pelo uso, durabilidade e estado geral.
Rouparia
• Serviço terceirizado, cabendo à Equipe de
Enfermagem o bom uso e controle das roupas,
enquanto estiver na unidade, no sentido quantitativo
e qualitativo;
• Em caso de rouparia própria, seguir as orientações
do serviço da instituição.
Funcionários
Este controle deverá pautar-se mais no sentido da motivação profissional,
observando:
• Assiduidade;
• Interesse pelo Trabalho;
• Participação e Atualização;
• Observação feita pelos Pacientes
• Avaliação Periódica de Desempenho e Conduta Profissional, que
poderão ser registradas em ficha própria.
Observação: A ficha de avaliação será elaborada em conjunto com o
departamento de Recursos Humanos e poderá ser utilizada também para
promoção ou elogio.
MANUAL DE ENFERMAGEM
O manual de normas e procedimentos o Serviço de
Enfermagem é considerado um recurso utilizado para reunir, de
modo organizado, o conjunto de normas e procedimentos
técnico-administrativos estabelecidos para a execução das
ações de saúde, bem como outras informações significativas
para o adequado, eficiente e eficaz desenvolvimento do
trabalho de enfermagem. O manual constitui uma fonte de
referência objetiva, clara e acessível ao pessoal de
enfermagem, sempre que necessário, favorecendo melhor
interpretação das bases ou linhas de orientação requeridas em
termos de elaboração de planos de ação, execução,
coordenação, controle, supervisão e avaliação das ações de
enfermagem.
Normas, Rotinas e Técnicas dos Serviços de Enfermagem
a) NORMAS;
b) ROTINAS;
c) PROCEDIMENTO
a) NORMAS
PROCESSO: SALA DE URGÊNCIA
Descrição do Processo:
É de responsabilidade do profissional de enfermagem da sala de urgência:
1. Organizar a sala;
2. Realizar limpeza concorrente (com água e sabão nas superfícies e após
realizar
desinfecção com álcool a 70%) no início de cada plantão e a cada
paciente pós-alta;
3. Solicitar ao zelador que realize limpeza terminal sempre que houver
atendimento de urgência;
4. Checar funcionamento dos equipamentos - aspirador,
cilindro de oxigênio e eletrocardiógrafo, chamando a
manutenção se necessário e comunicando o enfermeiro;
5. Checar medicação e material de urgência, conforme
padronizados pela Secretaria Municipal de Saúde,
diariamente. Solicitar reposição após uso;
6. Manter a sala limpa, organizada e abastecida
b) ROTINAS
É essencial ao Serviço de Enfermagem que as rotinas assegurem
racionalização, econômica no trabalho, uniformidade na condução do
serviço e melhor desempenho da Equipe de Enfermagem nas funções.
Espera-se que os profissionais de todas as unidades tenham domínio das
técnicas de Enfermagem para assegurar aos pacientes um atendimento
diferenciado e eficiente.
A seguir, elucidamos o desdobramento de algumas rotinas que
compõem o Sérviço de Enfermagem.
Rotina em caso de Óbito
• Após constatação do falecimento, pelo médico, comunicar à
família se esta não acompanhou o momento final;
• Preparar o corpo, fazendo a higiene e procedendo ao
tamponamento, se a religião o permitir. Se for caso de notificação
por acidente ou outro, encaminha-lo ao Instituto Médico Legal ou
Serviço de Verificação de óbito (SVO);
• Preparar o prontuário, preencher toda a documentação e
encaminhar aos serviços de Internação e Tesouraria com o aviso de
óbito;
• Encaminhar uma cópia do aviso de óbito ao Serviço de Apoio, para
proceder os cuidados no velório e iniciar a limpeza terminal no quarto
que vagou;
• Encaminhar o corpo identificado ao velório, avisar a família e tomar
as providências necessárias para o momento;
• Manter o corpo em condições de vela-lo, vestido e maquiado, se a
família preferir.
Observação: Tratando-se de óbito por moléstia infecto-contagiosa,
orientar a família para solicitar caixão lacrado e avisa-la sobre os
cuidados necessários. Em caso de cremação há necessidade da
assinatura no atestado de óbito de 02 médicos como testemunha.
Visita
As acomodações em apartamentos individuais permitem que a visita seja
livre aos familiares. Espera-se somente que a família não permita um
grande número de pessoas em um determinado horário.
Ficará a critério da Instituição a visita em enfermarias quanto ao horário e
número de visitantes.
O horário preferencial para facilitar o atendimento hospitalar é das 10:00
às 21:00 horas.
À noite é permitido um único acompanhante no quarto. Se a família
quiser aumentar o número de acompanhantes. Precisará, de autorização
especial do Serviço de Internação.
A Equipe de Enfermagem deve manter um bom relacionamento com
familiares e acompanhantes, auxiliando-os e orientado-os no que for
necessário.
Solicitação de Avaliação do Paciente por outro Profissional
A solicitação médica para avaliação por um especialista, deve ser
autorizada pelo convênio do paciente ou pela tesouraria. Os
departamentos que autorizam, devem encarregar-se de avisar ao
médico.
Em casos de urgência, o Enfermeiro deverá interferir no processo e
agilizar a avaliação comunicando aos departamentos responsáveis pela
autorização.
O Enfermeiro da unidade deverá acompanhar o médico e apresenta-lo
ao paciente, atendendo-os no que se fizer necessário.
O médico e o Enfermeiro deverão fazer as deverão fazer as devidas
anotações no prontuário do paciente.
Solicitação de Exames
Todos os exames solicitados ao paciente devem ser
prescritos no prontuário, pelo médico.
O pedido deve ser preenchido, preferencialmente, pelo
próprio médico com sua assinatura ou pela escrituraria da
unidade.
Todos os exames complementares devem ter impresso
próprio, diferenciado por especialidade.
Sinais Vitais
É importante controlar a cada turno, a regularidade ou irregularidade dos sinais vitais. Os turnos em serviço estabelecem o melhor horário para os controles dos sinais vitais do paciente.
É importante respeitar o sono, quando não há irregularidade e estabelecer horários na prescrição de Enfermagem com intervalos menores, adaptando-se às necessidades do paciente, anotando no prontuário ou em gráfico próprio.
Observação: É importante que cada paciente receba seu termômetro ao internar-se e os quartos tenham instalado o aparelho de pressão arterial em local fixo. Cada funcionário deve possuir seu estetoscópio, evitando infecção cruzada e contaminação pessoal.
Em casos de moléstias infecto-contagiosas, usar as precauções universais e segui-las rigidamente, orientando o paciente e familiares sobre o autocuidado, para evitar contato no período de contágio.
c) PROCEDIMENTO
Definição
Procedimento é a descrição detalhada e seqüencial de como
uma atividade deve ser realizada. É sinônimo de técnica.
O procedimento, ao contrário da rotina, geralmente é
uniforme para toda a organização, pois está baseado em
princípios científicos e, assim, não se modifica,
independentemente de quem o realiza. Por exemplo, um
procedimento de sondagem vesical é realizado por um
enfermeiro, por um auxiliar ou por um médico sempre da
mesma maneira. O tipo de material utilizado pode ser
modificado, mas o como fazer a sondagem geralmente não.
Elaboração
É importante que os passos do procedimento sejam suficientemente
detalhados e explicativos, para redimir todas as dúvidas de quem vai
executá-lo.
Assim como a rotina, o procedimento também deve ter uma
identificação exata. O procedimento pode conter as seguintes
informações:
• Nome da organização de saúde;
• Nome da unidade de enfermagem;
• Título do procedimento;
• Finalidade;
• Princípios a serem observados;
• Material Necessário;
• Preparo do paciente;
• Preparo do Ambiente;
• Descrição dos passos;
• Anotação no prontuário.
Para ser mais explicativos, o procedimento pode conter
também ilustrações.
Tipos de procedimento
Existem dois tipos principais de procedimento: textual e
de colunas.
O procedimento textual é descritivo como um texto.
HOSPITAL MENINO DEUS AMBULATÓRIO DE PEDIATRIA PROCEDIMENTO DE
VERIFICAÇÃO DE PESO CORPORAL DE CRIANÇAS
Finalidade:
- Analisar o ganho de peso da criança e comparar com a curva normal para a sua idade.
Princípios:
- Assepsia, mecânica corporal, economia de tempos e movimentos.
Material necessário:
- Balança adequada para a idade da criança;
- 02 folhas de papel toalha; lápis e papel;
- Prontuário da criança.
Preparo do paciente e do ambiente:
- Orientar a mãe e a criança, quando possível, sobre o
procedimento que será realizado, explicando como será
feito e para quê;
- Certificar que o ambiente está em condições para a
realização do procedimento, verificando a existência de
correntes de ar, portas, janelas abertas, outras pessoas
estranhas na sala;
- Colocar biombo para respeitar a privacidade da
criança, quando for necessário.
Descrição do passos:
- testar se a balança está tarada, soltando a trava e verificando o equilíbrio
do fiel, movimentar a tara com movimentos circulares para frente e para
trás, até deixar o fiel equilibrado;
- travar a balança, baixando o pino de segurança, com movimento suave;
- forrar a balança com papel toalha;
- retirar toda a roupa da criança;
- colocar a criança na balança e levantar o pino de segurança da trava;
- colocar o peso maior (quilo) no valor aproximado do peso da criança;
- movimentar o peso marcado pelo peso maior, referente aos quilos, e
pelo peso menor, referente aos gramas, olhando para o número
marcado no lado interno (direito) dos pesos;
- travar a balança, baixando o pino da trava de segurança;
- vestir a criança com a ajuda da mãe.
Anotação no prontuário:
- registrar o dia, hora, peso preciso, intercorrências, se houverem, e
assinatura.
O procedimento de colunas pode unir várias
informações, como, por exemplo, finalidade e descrição
dos passos, material e descrição dos passos, e outros, de
acordo com a informação que quer salientar.
HOSPITAL MENINO DEUS AMBULATÓRIO DE PEDIATRIA PROCEDIMENTO DE VERIFICAÇÃO DE TEMPERATURA AXILAR
Descrição dos Passos Material
1. Enxugar a axila da criança.
2. Afastar as roupas, deixando a axila da criança livre.
3. Baixar a coluna de mercúrio do termômetro, segurando-o firmemente
com a mão e fazendo movimentos centrípetos.
4. Fazer a assepsia do termômetro, passando a bola de algodão, de cima
para baixo.
5. Colocar o bulbo do termômetro no centro da axila e fechar o braço da
criança junto ao tronco, dobrando o antebraço sobre o tórax.
6. Aguardar de 7 a 10 minutos.
7. Afastar o braço da criança e retirar o termômetro, segurando-o com o
dedo polegar e indicador.
8. Fazer a leitura da temperatura.
9. Recompor as roupas da criança.
10. Baixar a coluna de mercúrio do termômetro, com movimentos
centrípetos, fazer a assepsia do mesmo e guardá-lo.
11. Anotar na evolução de enfermagem a data, o horário e providências,
se necessário, com a caneta azul; completar o gráfico com o valor da temperatura encontrada, com caneta vermelha.
1 toalha
1 termômetro
1 bola de algodão com álcool
1 relógio
1 suporte para termômetro
Caneta azul e caneta vermelha
A ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS NA ENFERMAGEM
A administração de Recursos Materiais
Os recursos materiais, bem como os recursos humanos e financeiros, são
essenciais para o funcionamento de qualquer tipo de organização,
pública ou privada, de serviço ou de fabricação, com finalidade lucrativa
ou não, e constituem fator que possibilita o alcance dos objetivos
propostos por essas organizações. A administração de materiais “é um
ramo especializado da ciência da administração, pois trata
especificamente de um conjunto de normas relacionadas com a gerencia
de artigos essenciais à produção de um determinado bem ou serviço”.
Para gerenciar com eficiência e eficácia esses “artigos essenciais”, um
ciclo contínuo de operações correlatas e interdependentes, válidas para
qualquer instituição independentemente do seu tamanho, sendo elas:
previsão; - transporte;- armazenamento;- distribuição;- aquisição; -
recebimento;- conservação; - controle.
A finalidade e os objetivos nas instituições de saúde.
As instituições de saúde, como organização de prestação de serviços,
também têm valorizado, em sua estrutura, a administração dos
recursos materiais, pois estes contribuem para a infra-estrutura
indispensável ao desempenho de suas funções junto à clientela.
Considerando-se esses fatores, pode-se dizer a administração dos
recursos materiais nas instituições de saúde tem como objetivo
coordenar todas as atividades necessárias para garantir o suprimento
de todas as áreas da organização, ao menor custo possível e de
maneira que a prestação de seus serviços não sofra interrupções
prejudiciais aos clientes.
As funções do serviço de materiais nas instituições de saúde são:
• Compra;
• Armazenamento;
• Distribuição;
• Controle;
O serviço de compras
Aquisição de material mediante as solicitações de reposição de estoque
emitidas pelo almoxarifado ou por um outro serviço interessado em
adquirir um equipamento ou um material que ainda não faça parte do
estoque do almoxarifado, proceder à negociação com os fornecedores
segundo as normas de compra da instituição, consultando os serviços
interessados em relação às especificações e à qualidade do material,
encaminhando, após a compra, as notas ao serviço de tesouraria, para
que se efetue o pagamento dos fornecedores.
Recebimento, o armazenamento, a distribuição e o controle
dos materiais
São efetuados pelo serviço de almoxarifado. O controle do material de
consumo é feito pelo almoxarifado, a fim de manter os estoques em níveis
ideais. O controle do material permanente (equipamentos, mobiliário) é
efetuado pela seção de patrimônio, que pode estar ou não ligado ao
serviço de almoxarifado ou ao de compras, ou ainda constituir um serviço
do departamento de recursos materiais.
O serviço de patrimônio
Controla os extravios, as saídas de equipamentos da instituição para
consertos, empréstimos, as transferências internas de materiais entre os
serviços, além de dar a baixa no número de controle de patrimônio dos
materiais sem condições de uso. Estabelece ainda formas e períodos
para o levantamento patrimonial da instituição, que é a contagem de
todo o material existente.
Os serviços que mais utilizam a área de recursos materiais nas
instituições hospitalares são.
Nutrição e dietética;
Lavanderia;
Farmácia;
Manutenção;
A enfermagem vem se tornando um grande usuário do serviço
de materiais nas instituições de saúde, devido ao número
crescente de procedimentos que exigem o uso de materiais
específicos.
A importância da administração de recursos materiais
para a enfermagem
Os enfermeiros preocupam-se com a adequação do ambiente físico, em
relação à iluminação, ventilação, limpeza, conservação, e com a
dotação de materiais e equipamentos necessária à execução dos
procedimentos e tratamentos de enfermagem e médicos.
Portanto, os enfermeiros têm exercícios atividades referentes à
administração de materiais em suas unidades de trabalho, sendo
responsáveis pela previsão, provisão, organização e controle desses
materiais.
Os materiais a serem gerenciados pelo enfermeiro
A limitação dos materiais sob o controle do enfermeiro parece
uma coisa óbvia; porém não é o que ocorre na prática.
Unidade de enfermagem se tornam verdadeiros depósitos de
equipamentos e instrumentos de outras equipes de saúde, sem
nenhum controle, e somente quando ocorrem problemas,
como extravios, roubos e quebras, é que o enfermeiro é
responsabilizado. Por isso, há necessidade de deixar bem
definido, junto à administração da instituição de saúde, quais
os materiais pelos quais o enfermeiro será responsável.
A classificação dos materiais;
Finalidade;
Duração;
Porte;
Custo;
Matéria-Prima
A classificação dos materiais
Para efeito de compra, previsão, provisão, preparo,
armazenamento, utilização e controle, os materiais podem ser
classificados e agrupados em categorias de acordo com a
convivência do serviço. Para a administração dos materiais nas
unidades de enfermagem, o enfermeiro pode classifica-lo
quanto à finalidade, à duração, ao porte, ao custo, à matéria-
prima.
Finalidade
Como o próprio termo diz, os materiais podem ser agrupados
quanto ao uso a que se destinam. Exemplo: materiais para
oxigenoterapia, cateterismo de veias e outros.
Duração
Quanto à duração, os materiais podem ser agrupados como
permanentes ou de consumo. Permanentes são materiais cuja
duração é superior a dois anos, sendo inconsumíveis pelo
simples uso; são geralmente os materiais que constituem o
patrimônio da instituição, tais como equipamentos, mobiliários,
instrumentais, suportes de soro, macas, e outros.
Porte
Os materiais podem ser de pequeno, médio e grande porte.
Esta classificação é estabelecida de acordo com as
necessidades de instalação e guarda correlacionada com as
dimensões do material. Materiais de grande porte, por
exemplo, são as autoclaves de vapor ou de óxido de etileno;
de médio porte, os respiradores, os aspiradores; e, de pequeno
porte, os inaladores, os pacotes de curativo e outros.
Custo
Esta classificação pede auxiliar na seleção e compra e na
propriedade de controle dos materiais. Os de consumo regular
geralmente possuem um custo unitário menor que os de
consumo ocasional. Porém, devido à quantidade e à
freqüência de uso, poderão representar um custo elevado para
a instituição, como é caso dos termômetros, esparadrapos,
seringas, agulhas e outros.
Matéria-Prima
Esta classificação é muito complexa, pela variedade dos produtos
hospitalares e, conseqüentemente, pelas matérias-primas utilizadas na sua
classificação. Às vezes um único equipamento possui componentes de
diversas matérias-primas é muito importante na administração dos
materiais, pois determina as formas de utilização, limpeza, esterilização,
acondicionamento, guarda e manutenção. Fornece ainda subsídios para a
seleção e a compra em relação a duração das matérias-primas diferentes
utilizadas na confecção do mesmo produto, porém de marcas diferentes.
Este conhecimento oferece ainda subsídios quanto aos prováveis riscos na
utilização dos materiais para a equipe de saúde e da clientela. As matérias-
primas mais utilizadas têm sido os plásticos (borracha, polietileno, p.v.c., e
outros), silicone, metais (aço inoxidável, ágata, prata, mercúrio e outros),
vidro, tecido etc.
A administração dos recursos materiais nas
unidades de enfermagem
A gerência dos materiais é definida como um levantamento
das necessidades da unidade de enfermagem,
identificando a quantidade e a especificidade deles para
suprir essas necessidades.
A previsão dos materiais nas unidades de enfermagem
A prisão dos materiais é definida como um levantamento das
necessidades da unidade de enfermagem, identificando a
quantidade e a especificidade deles para suprir essas
necessidades.
Não há uma fórmula matemática já estabelecida para se
fazer o cálculo do material necessário.
Para se fazer uma previsão, deve-se fazer o diagnóstico
situacional da unidade em relação às quantidades e a
especificidade, analisando os seguintes fatores:
• Especificidade da unidade;
• Características da clientela;
• Freqüência no uso dos materiais;
• Número de leitos na unidade;
• Local de guarda;
• Durabilidade do material;
• Periodicidade da reposição do material;
A provisão dos materiais nas unidades de
enfermagem
A provisão consiste na reposição dos materiais necessários para
a realização das atividades da unidade mediante o
encaminhamento do impresso de solicitação aos serviços que
fornecem materiais. No caso das unidades de enfermagem, as
solicitações são para os serviços de almoxarifado, farmácia,
nutrição, lavanderia e manutenção (ou de convenção e
reparos).
O sistema de reposição pode ser realizado de quatro formas:
• Sistema de reposição por tempo;
• Sistema de reposição por quantidade;
• Sistema de reposição por quantidade e tempo;
• Sistema de reposição imediata por quantidade.
A organização dos materiais nas unidades de
enfermagem
A organização consiste na maneira como o enfermeiro irá dispor
os materiais na unidade. Ele deve procurar centralizar-los em
locais de fácil acesso para facilitar o uso e o controle.
A fim de organiza-los melhor, é importante que se analisem os
seguintes aspectos:
Planta Física
É importante identificar quais são os locais centralizados, de livre acesso, de modo que se possa estabelecer um fluxo que obedeça aos princípios necessários para evitar o cruzamento de material esterilizado ou limpo com material sujo e lixo. Deve-se também estudar os locais e as dimensões para as instalações de armários e gavetas destinados aos materiais de consumo, as salas utilizadas para a guarda de equipamentos ou para a instalação destes (pontos de luz e água, ar comprimido, oxigênio e vapor). É importante manter os materiais em locais livres de poeira, umidade, agentes atmosféricos, ferrugem, corrosões, roubo, deterioração, e outros riscos. Deve-se também armazenar adequadamente os materiais infláveis e outros que possam causar danos à equipe de trabalho e ao paciente. Concluindo: a escolha da área para a instalação ou guarda de cada material deverá ser baseada nas preparo e limpeza, embalagem, forma de armazenamento, riscos, e custo do material
O controle dos materiais nas unidades de enfermagem
Os materiais são classificados nas categorias A, B, e C, cada
grupo se relacionando com os custos econômicos
Os materiais classificados na classe A são os que representam maior custo
para a instituição. Não significa que sejam os de maior custo urinário. Pode
ser que os custo unitário de certo material seja pequeno, porém, conforme
a quantidade em que é usado, pode representar um custo elevado
(como, por exemplo, os termômetros).
Basicamente, nas unidades tem-se utilizados, como instrumento de
controle de materiais de consumo, um caderno onde se anota o tipo de
material, o código de almoxarifado, e as quantidades solicitadas e gastas
ou as listas de materiais fornecidas pelo almoxarifado.
É muito difícil de se ter um controle efetivo do gasto de materiais de
consumo utilizando medidas paliativas, tais como o sistema de duas
gavetas, onde se coloca o estoque em uma, com chave, e se vai
transferindo aos poucos, para outra, para consumo.
Há ainda o sistema de troca/reposição, onde se apresentam os
materiais usados para serem trocados por um novo, como no caso
dos termômetros, ou a embalagem vazia como no caso dos
esparadrapos.
Utiliza-se também outro caderno onde se anotam os equipamentos,
o número de patrimônio e a quantidade e onde são checados
periodicamente para controle.
Outra forma de controle de equipamento que tem sido utilizada é o
de fichas técnicas. Montar-se um arquivo com ficha dos
equipamentos, onde são discriminados os seguintes dados:
• Tipo de material;
• Acessórios;
• Modelo, marca e código;
• Quantidade na unidade;
• Número de patrimônio;
• Data e aquisição;
• Defeitos apresentados;
• Data de envio e recebimento do conserto e empréstimo.
O processo de compra dos materiais utilizados nas
unidades de enfermagem
Atualmente o enfermeiro tem atuado, oficialmente, em
comissões de licitações, integrando os grupos de assessoria
de compra e emitindo pareceres técnicos nos processos de
compras; e alguns serviços de enfermagem em instituições de
saúde de grande porte têm criado, dentro de sua estrutura,
assessorias, seções ou setores de enfermagem para
executarem funções relacionadas com controle de
qualidade, seleção e compra de materiais utilizados pela
enfermagem.
Manutenção do serviço de enfermagem atualizado a
respeito dos novos materiais
Os avanços tecnológicos aplicados na área de saúde, para
tratamento e cuidados aos pacientes, têm propiciado o
surgimento de novas matérias-primas para a confecção de
produtos hospitalares ou ainda a criação de novos produtos.
Com isso, a enfermagem deve conhecer os materiais que
surgem e que podem colaborar na assistência de
enfermagem do paciente.
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM -
SAE
Série de passos (histórico, exame físico, diagnóstico
de enfermagem, prescrição de enfermagem,
evolução e anotação de enfermagem), que
focalizam a individualização de cuidados através
da solução de problemas
Registro de Enfermagem
a) Evolução de Enfermagem – PRIVATIVO DO ENFERMEIRO
Consiste na análise diária das respostas do paciente frente às intervenções de enfermagem, em função de resultados atingidos.
O Enfermeiro desenvolve a avaliação e afere os resultados da intervenção, possibilitando uma retro – avaliação contínua na intervenção necessária ao alcance dos resultados esperados.
• Deve ser anotada integralmente.
• Deve gerar outras ações a serem prescritas.
• Deve detectar problemas, caso não obtenha o resultado
esperado
• Privativo do Enfermeiro;
• Deverá sempre ser precedida de data e horário, finalizada com a
identificação completa do Enfermeiro;
• Realizada a cada 24 hs e refeita em parte ou totalmente na
vigência de alterações no estado do paciente;
• A evolução deve conter identificação de problemas novos, resposta
do paciente aos cuidados de enfermagem prestados e resolução dos
problemas abordados;
• A evolução deve comparar dados anteriores, reflexões e análise do
cuidado ministrado versos à resposta do paciente/cliente;
Exemplo:
Admitido no setor, as 11:00h, deambulado, acompanhado da mãe, para
tratamento clínico de amigdalite, apresentando os seguintes sintomas:
“dor de garganta”, dificuldade de deglutição, hipertermia, cefaléia e
“dor na nuca”. Com os seguintes sinais vitais: PA = 110x80mmhg e T = 38º.
Relata apresentar sono agitado, alimentar-se pouco, não fazer uso de
medicações e não apresentar reações alérgicas, não ser tabagista, nem
etilista, apresentar evacuação e diurese diários. Há mais ou menos seis
anos apresentou infecção urinária, sendo realizado apenas tratamento
clínico. Apresenta ressecamento da pele, dos MMSS e MMII, solução de
continuidade nos lábios, presença de placas na garganta
acompanhadas de dor, dificuldade de verbalizar e tumefação dos
gânglios. Foi instalado soroterapia –Jelco- no dorso da mão do membro
superior esquerdo, encontrando-se em repouso no leito. Alba da Crus –
Enfermeira COREN-SP 34556
Evolução X Anotação
ANOTAÇÃO DE ENFERMAGEM
Elaborado pela equipe
Dados brutos
Momento
Pontual
Observação
EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
Privativo do Enfermeiro
Dados analisados
Período
Reflexão
Resumo do registro em prontuário
a) Registrar os dados logo após a ocorrência para
estabelecer uma continuidade, ou seja, nunca antes nem
muito tempo depois dos fatos.
b) Anotar as informações sempre a caneta. Fazer o registro
em caneta azul ou preta para o dia, e vermelha para a noite,
segundo a rotina do hospital.
c) Indicar o horário toda vez que for fazer uma anotação e
ter sempre o cuidado para evitar ambiguidade. EX: 19 horas e
não 7 horas.
d) Preencher ou completar o cabeçalho do impresso não
esquecendo de colocar a data.
e) Anotar os dados com precisão e veracidade, ou seja, não
omitir dados nem registrá-los de forma incorreta.
f) Anotar sem deixar espaço em branco para que alguém
não altere o registro e cancelar o espaço com um traço.
g) Anotar sem rasurar, se acontecer, utilizar o método utilizado
pela instituição para fazer a correção. De preferência não
utilizar corretivo, escrever “nulo” ou “sem efeito” e continuar a
anotação deixando o texto nulo entre parênteses.
h) Fazer as anotações de forma objetiva e completa evitando
palavras desnecessárias como: “paciente” já que é sobre ele
que o relatório está sendo feito.
i) Evitar anotações subjetivas como: “sem queixas”, “passou bem
à noite”, “vomitou muito” etc.
j) Anotar as informações quando são dadas pelo paciente
utilizando-se os verbos na 3ª pessoa. EX: “informa que”, “refere
que”. Se for dada por outra pessoa, escreve-se: “segundo a mãe”,
“segundo o pai” etc.
k) Utilizar termos científicos por extenso a não ser as abreviaturas
padronizadas normalmente utilizadas como: IM, RX, ECG etc.
l) Terminar o registro com nome legível. Se for escola, colocar
também o nome da escola. EX: Al. Aux. Cristina.
m) Evitar assinar a anotação com apelidos. EX: Ro, Fá, Rê etc.
Escrever o nome por extenso evitando rubricas.