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Vírus : Estrutura, multiplicação e classificação

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Page 1: Vírus: Estrutura, multiplicação e classificação. 1392: na Inglaterra o primeiro relato sobre vírus = veneno 1728: primeiro relato de sua relação com infecção

Vírus:

Estrutura, multiplicação e

classificação

Page 2: Vírus: Estrutura, multiplicação e classificação. 1392: na Inglaterra o primeiro relato sobre vírus = veneno 1728: primeiro relato de sua relação com infecção

1392: na Inglaterra o primeiro relato sobre “vírus” = veneno

1728: primeiro relato de sua relação com infecção

1796: Edward Jenner criou a vacina contra a varíola

Introdução

Page 3: Vírus: Estrutura, multiplicação e classificação. 1392: na Inglaterra o primeiro relato sobre vírus = veneno 1728: primeiro relato de sua relação com infecção

1892: Dmitry Ivanowski: vírus do mosaico do fumo (TMV:

tobacco mosaic virus) através do método de filtragem

(filtro Chamberland)

1898: Beijerinck (contagium vivum fluidum)

1935: Wendell Stanley

vírus constituídos de proteína e ácidos nucléicos = vírion

executou o isolamento do TMV

1949: John Enders: cultivo dos vírus em culturas de células

História

Page 4: Vírus: Estrutura, multiplicação e classificação. 1392: na Inglaterra o primeiro relato sobre vírus = veneno 1728: primeiro relato de sua relação com infecção

Mundo de DNA viral

LUCA(Genoma de RNA)

LUCA = last universal common ancestor

Archaea

Eukarya

BacteriaLinhagens extintas

Transição deRNA a DNA

fvA

fvE

fvB

Evolução

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Hipótese regressiva/degenerativa: através de pequenas células que

parasitavam células maiores (Rickettsia e Chlamydia)

Hipótese da origem celular: originados de pedaços de DNA e RNA

que “escaparam” de células maiores (plasmídios, transposons)

Hipótese co-evolutiva: evoluíram de moléculas complexas de

proteínas e ácidos nucléicos junto com as demais formas de vida

Origem

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* São entidades infecciosas não celulares (acelulares) cujos

genomas são constituídos de DNA ou RNA

* Não são organismos vivos com replicação somente no

interior de células vivas – necessita, portanto, de uma célula

hospedeira

* Usam sistemas de produção de energia e biossíntese do

hospedeiro para sintetizar cópias e transferir seu

genoma para outras células

* Podem ser intra ou extracelulares

Definição

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a) Tamanho médio: 20-300 nm (10-100 vezes menores que as bactérias)

1 nm = 10-3 μm (0,001 μm)

1 μm = 10-3 mm (0,001 mm)

portanto, 1 nm = 10-6 mm (0,000001 mm)

20 nm = 0,00002 mm 300 nm = 0,0003 mm

Morfologia básica

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ou 0,2 mm

ou 0,0002 mm

ou 0,00006 mm

0,00002 mm

0,00009 mm

0,0002 mm

0,0015 mm

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capsídeo

capsômeros

ácido nucléico

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c) simetria- simetria helicoidal (cilíndrica): TMV, sarampo,

gripe

Morfologia básica

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c) simetria- simetria icosaédrica (esférica)

Morfologia básica

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Vírus envelopados: nucleocapsídeo envolvido por uma membrana de lipoproteínas

Morfologia básica

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Vírus segmentados: vírus da influenza (gripe): 8 segmentos

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d) ácido nucléico viralDNA ou RNADNA e RNA (nunca simultaneamente)

o genoma pode ser:linear: vírus de animais com RNAcircular: vírus da herpes

fita simples - fsDNA ou fsRNA

fita dupla - fdDNA ou fdRNA

segmentado: vírus da influenza (gripe): 8 segmentos

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Sistema BaltimoreExemplos

ClasseDescricção do genoma e estratégia de replicação

Vírus bacterianos Vírus de animais

I DNA fd Lambda, T4Herpesvirus, poxvirus

II DNA fs ɸΧ174Vírus de anemia de aves

III RNA fd ɸ6 Reovírus

IV RNA fs (sentido +) MS2 Poliomielite

V RNA fs (sentido -) Influenza, raiva

VIRNA fs (replicação interm. DNA)

Retrovírus (AIDS, cânceres)

VIIDNA fd (replicação interm. RNA)

Hepatite B

Classificação e síntese de mRNA após a infecção celular por diferentes tipos de vírus

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Depende do ciclo que assumem:

1. Lítico

2. Lisogênico

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Ligação/adsorção

Penetração

Síntese de ácidos nucleicosMontagem dos capsídeos

Liberação

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Ciclo lisogênico

a) ligação ou adsorção

b) penetração do genoma

c) síntese de proteínas funcionais (inserção)

d) integração do genoma viral ao genoma da célula

Sem montagem nem liberação do novo vírus

Replicação dos vírusReplicação dos vírus

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Viróides

- unidade viral desprovida de envoltório proteico (não necessita de receptor para penetrar a célula): RNA de fita simples e circular

- menores agentes infecciosos conhecidos (246 a 399

nucleotídeos)

- muita homologia de sequência entre si (ancestral comum)

- sem genes codificando enzimas ou outras proteínas:

total dependência do hospedeiro

- localizados no núcleo ou no citoplasma

- interferência direta com a regulação gênica (qdo no

núcleo)

- possível origem: riborganismos

Outros agentes infecciosos

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Cadang-cadang(coqueiro – 246 nuc.)

Exocortis dos citros(375 nuc.)

PSTV(359 nuc.)

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Príons (proteinaceous infectious particles)

- proteínas PrPc codificadas pelo gene Prnp em

indivíduos sadios

- a proteína tem função de permitir comunicação entre as

células cerebrais normais (ao ligar-se ao Cu)

- forma patogênica da proteína: PrPSc

- somente proteínas (?) ou AN não detectado (?)

- não são encontrados em plantas (já vistos em

leveduras)

- localizam-se nas céluas do SNC (crônica)

- incubação longa (anos)

- alta resistência a UV e calor

- ex.: kuru, scrapie (ovinos), encefalopatia espongiforme

bovina (mal da vaca louca)

Outros agentes infecciosos

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Kuru,

Transmitida durante rituais canibalísticos entre os membros da etnia Fore em Papua, Nova Guiné:

Consumo de partes do cérebro de mortos.

Entre esse povo, as mulheres e crianças comiam o cérebro, pés e mãos:

Partes mais nobres eram deixadas para os homens.

Mulheres e crianças eram as principais vítimas da doença.

A incubação é de até 30 anos mas, uma vez aparecendo os sintomas, a doença progride rapidamente.

Morte: 3 a 12 meses após o aparecimento dos sintomas

A incidência da doença diminuiu após a abolição do canibalismo nessas etnias.

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Vaca louca