violÊncia intrafamiliar

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VIOLÊNCIA VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR INTRAFAMILIAR CRIANÇAS E ADOLESCENTES CRIANÇAS E ADOLESCENTES Carlos Gusmão Carlos Gusmão Josenei Silva Josenei Silva Leonardo Melo Leonardo Melo Miriam Lopes Miriam Lopes SALVADOR - 2010 SALVADOR - 2010 UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE PSICOLOGIA INSTITUTO DE PSICOLOGIA CONTRA CONTRA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE PSICOLOGIA. VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR. CONTRA. CRIANÇAS E ADOLESCENTES. Carlos Gusmão Josenei Silva Leonardo Melo Miriam Lopes SALVADOR - 2010. FAMÍLIA. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR

VIOLÊNCIA INTRAFAMILIARVIOLÊNCIA INTRAFAMILIARCRIANÇAS E ADOLESCENTESCRIANÇAS E ADOLESCENTES

Carlos GusmãoCarlos GusmãoJosenei SilvaJosenei Silva

Leonardo MeloLeonardo MeloMiriam LopesMiriam Lopes

SALVADOR - 2010SALVADOR - 2010

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIAUNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIAINSTITUTO DE PSICOLOGIAINSTITUTO DE PSICOLOGIA

CONTRACONTRA

Page 2: VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR

FAMÍLIAFAMÍLIA• Chama-se família ao grupo de Chama-se família ao grupo de

pessoas com vínculos afetivos, de pessoas com vínculos afetivos, de consangüinidade ou de convivência.consangüinidade ou de convivência.

• Primeiro núcleo de socialização.Primeiro núcleo de socialização.

• Evolução da estrutura família.Evolução da estrutura família.

Page 3: VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR

FAMÍLIAFAMÍLIAÉ dever da família, da sociedade e do Estado É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. exploração, violência, crueldade e opressão.

Art. 227 da CF.Art. 227 da CF.

Page 4: VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR

VIOLÊNCIAVIOLÊNCIAUso intencional da força física ou do Uso intencional da força física ou do poder, real ou por ameaça, contra a poder, real ou por ameaça, contra a própria pessoa, outra pessoa, um grupo própria pessoa, outra pessoa, um grupo ou comunidade que pode resultar ou ou comunidade que pode resultar ou tem alta probabilidade em morte, tem alta probabilidade em morte, lesão, dano psicológico, problemas de lesão, dano psicológico, problemas de desenvolvimento ou de privação.desenvolvimento ou de privação.

OMS OMS

Page 5: VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR

VIOLÊNCIAVIOLÊNCIA• Primeira denúncia – 1895.Primeira denúncia – 1895.

• Primeiros projetos de lei – 1906 a 1912.Primeiros projetos de lei – 1906 a 1912.

• Reconhecimento de práticas culturais, Reconhecimento de práticas culturais, sociais e familiares contra os direitos das sociais e familiares contra os direitos das crianças e adolescentes no Brasil – 1960.crianças e adolescentes no Brasil – 1960.

Page 6: VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR

VIOLÊNCIA INTRAFAMILIARVIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR

Toda ação ou omissão que Toda ação ou omissão que prejudique o bem-estar, a prejudique o bem-estar, a integridade física, psicológica ou a integridade física, psicológica ou a liberdade e o direito ao pleno liberdade e o direito ao pleno desenvolvimento de outro membro desenvolvimento de outro membro da família. da família.

Page 7: VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR

VIOLÊNCIA INTRAFAMILIARVIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR

• Violência intrafamiliar X violência Violência intrafamiliar X violência doméstica.doméstica.

• Influência de papéis.Influência de papéis.

• Violência institucional.Violência institucional.

Page 8: VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR

TIPOS DE VIOLÊNCIA TIPOS DE VIOLÊNCIA INTRAFAMILIARINTRAFAMILIAR

FÍSICAFÍSICA

amarraramarrar

mordidasmordidas

queimarqueimar

empurrõesempurrões

beliscõesbeliscões

cortescortes

cascudocascudo

tapastapaschuteschutes

álcoolálcool

Page 9: VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR

PSICOLÓGICPSICOLÓGICAA

TIPOS DE VIOLÊNCIA TIPOS DE VIOLÊNCIA INTRAFAMILIARINTRAFAMILIAR

amarraramarrar

negar atençãonegar atenção

omissão de omissão de

carinhocarinho confinamento confinamento

ameaças

ameaças

exploração

exploração

manipulação manipulação

afetivaafetiva

rechaçarrechaçar

ridicularização

ridicularização

isolamentoisolamento

chantagem

chantagem

negligência

negligência

Page 10: VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR

• SexualSexual– É todo ato ou jogo sexual realizado por É todo ato ou jogo sexual realizado por

membros da família nuclear (pai, mãe, padrasto, membros da família nuclear (pai, mãe, padrasto, madrasta, irmãos) ou por membros da família madrasta, irmãos) ou por membros da família extensiva (avós, tios(as), primos(as), ou outros), extensiva (avós, tios(as), primos(as), ou outros), contra menores de 18 anos.contra menores de 18 anos.

• EconômicaEconômica– São todos os atos destrutivos ou omissões do(a) São todos os atos destrutivos ou omissões do(a)

agressor(a) que afetam a saúde emocional e a agressor(a) que afetam a saúde emocional e a sobrevivência dos membros da família. sobrevivência dos membros da família.

TIPOS DE VIOLÊNCIA TIPOS DE VIOLÊNCIA INTRAFAMILIARINTRAFAMILIAR

Page 11: VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR

• AbandonoAbandono– Considera-se abandono a ausência temporária Considera-se abandono a ausência temporária

ou o afastamento total do grupo familiar, ficando ou o afastamento total do grupo familiar, ficando as crianças expostas a várias formas de perigo. as crianças expostas a várias formas de perigo.

• NegligênciaNegligência– Privar a criança de algo de que ela necessita, Privar a criança de algo de que ela necessita,

quando isso é essencial ao seu desenvolvimento quando isso é essencial ao seu desenvolvimento sadio. Pode significar omissão em termos de sadio. Pode significar omissão em termos de cuidados básicos.cuidados básicos.

TIPOS DE VIOLÊNCIA TIPOS DE VIOLÊNCIA INTRAFAMILIARINTRAFAMILIAR

Page 12: VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR

FATORES QUE AUMENTAM A FATORES QUE AUMENTAM A PROBABILIDADE DA VIOLÊNCIA PROBABILIDADE DA VIOLÊNCIA

INTRAFAMILIARINTRAFAMILIAR• Distribuição desigual de autoridade e poder;Distribuição desigual de autoridade e poder;• Papéis rígidos;Papéis rígidos;• Ausência de limites;Ausência de limites;• Dificuldade de diálogo e descontrole da Dificuldade de diálogo e descontrole da

agressividade;agressividade;• Famílias fechadas;Famílias fechadas;• Situação de crise;Situação de crise;• Histórico de violência;Histórico de violência;• Uso e abuso de drogas;Uso e abuso de drogas;• História de antecedentes criminais ou uso de História de antecedentes criminais ou uso de

armas;armas;

Page 13: VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR

• Gravidez sem suporte psicossocial;Gravidez sem suporte psicossocial;• Pai/mãe com múltiplos parceiros;Pai/mãe com múltiplos parceiros;• Expectativas altas em relação à criança;Expectativas altas em relação à criança;• Delegação à criança de tarefas domésticas ou Delegação à criança de tarefas domésticas ou

parentais;parentais;• Pais possessivos e/ou ciumentos em relação Pais possessivos e/ou ciumentos em relação

aos filhos;aos filhos;• Comprometimento psicológico/psiquiátrico dos Comprometimento psicológico/psiquiátrico dos

indivíduos;indivíduos;• Dependência e baixa auto-estima.Dependência e baixa auto-estima.

FATORES QUE AUMENTAM A FATORES QUE AUMENTAM A PROBABILIDADE DA VIOLÊNCIA PROBABILIDADE DA VIOLÊNCIA

INTRAFAMILIARINTRAFAMILIAR

Page 14: VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR

RELAÇÃO PARENTALRELAÇÃO PARENTAL

Page 15: VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR

• Qualidade da relação parental e distúrbios Qualidade da relação parental e distúrbios emocionais na criança;emocionais na criança;

• Conflito conjugal e disponibilidade parental;Conflito conjugal e disponibilidade parental;

• Aspectos Multidimensionais do Conflito Conjugal;Aspectos Multidimensionais do Conflito Conjugal;

• Freqüência;Freqüência;

• Intensidade;Intensidade;

• Tópico;Tópico;

CONFLITO CONJUGAL E CONFLITO CONJUGAL E DESENVOLVIMENTO INFANTILDESENVOLVIMENTO INFANTIL

Page 16: VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR

• Resolução;Resolução;

• Outros aspectos;Outros aspectos;

• Conflitos conjugais e violência intrafamiliar;Conflitos conjugais e violência intrafamiliar;

• Adolescentes podem ter uma percepção crítica Adolescentes podem ter uma percepção crítica sobre o impacto da violência intrafamiliar;sobre o impacto da violência intrafamiliar;

• Toda situação de conflito é negativa?Toda situação de conflito é negativa?

CONFLITO CONJUGAL E CONFLITO CONJUGAL E DESENVOLVIMENTO INFANTILDESENVOLVIMENTO INFANTIL

Page 17: VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR

CONSEQUÊNCIAS PSICOLÓGICAS CONSEQUÊNCIAS PSICOLÓGICAS DA VIOLÊNCIA INFANTO-JUVENILDA VIOLÊNCIA INFANTO-JUVENIL

• Aversão ao contato físico, apatia ou avidez afetiva;Aversão ao contato físico, apatia ou avidez afetiva;• Retardo psicomotor;Retardo psicomotor;• Transtorno do sono ou da alimentação;Transtorno do sono ou da alimentação;• Episódios de medo e pânico;Episódios de medo e pânico;• Isolamento e depressão;Isolamento e depressão;• Conduta agressiva e irritabilidade;Conduta agressiva e irritabilidade;• Interesse precoce em brincadeiras sexuais ou Interesse precoce em brincadeiras sexuais ou

conduta sedutora;conduta sedutora;• Choro fácil sem motivo aparente;Choro fácil sem motivo aparente;

Page 18: VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR

• Comportamento regressivo, autodestrutivo Comportamento regressivo, autodestrutivo ou submisso;ou submisso;

• Desenho ou brincadeiras que sugerem Desenho ou brincadeiras que sugerem violência;violência;

• Baixo nível de desempenho escolar;Baixo nível de desempenho escolar;• Fugas, mentiras, furto;Fugas, mentiras, furto;• Tentativa de suicídio;Tentativa de suicídio;• Fadiga;Fadiga;• Baixa auto-estima;Baixa auto-estima;• Aversão a qualquer atividade de Aversão a qualquer atividade de

conotação sexual.conotação sexual.

CONSEQUÊNCIAS PSICOLÓGICAS CONSEQUÊNCIAS PSICOLÓGICAS DA VIOLÊNCIA INFANTO-JUVENILDA VIOLÊNCIA INFANTO-JUVENIL

Page 19: VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR

ATUAÇÃO DO PROFISSIONALATUAÇÃO DO PROFISSIONAL• Considerações éticasConsiderações éticas

– Sigilo e segurançaSigilo e segurança

– A intervenção não pode provocar maior danoA intervenção não pode provocar maior dano

– Respeitar o tempo, o ritmo e as decisões das pessoasRespeitar o tempo, o ritmo e as decisões das pessoas

– Os profissionais devem estar conscientes do impacto Os profissionais devem estar conscientes do impacto da violência sobre si mesmos da violência sobre si mesmos

Page 20: VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR

ATUAÇÃO DO PROFISSIONALATUAÇÃO DO PROFISSIONAL• DiagnósticoDiagnóstico

Diante de uma suspeita de violência, é imprescindível questionar:Diante de uma suspeita de violência, é imprescindível questionar:

1. 1. A lesão está de acordo com o que está sendo A lesão está de acordo com o que está sendo relatado?relatado?2. Ela realmente pode ter ocorrido desta forma?2. Ela realmente pode ter ocorrido desta forma?3. A relação temporal está correta?3. A relação temporal está correta?4. Poderia ter sido provocada por violência intencional?4. Poderia ter sido provocada por violência intencional?5. A postura da família está adequada com a gravidade 5. A postura da família está adequada com a gravidade do ocorrido?do ocorrido?6. Houve retardo na busca de auxílio?6. Houve retardo na busca de auxílio?7. Existem dados contraditórios na historia da lesão?7. Existem dados contraditórios na historia da lesão?8. Existe história anterior semelhante?8. Existe história anterior semelhante?

Page 21: VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR

DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO DIFERENCIALDIFERENCIALÉ aquele realizado por uma equipe É aquele realizado por uma equipe multidisciplinar. É extremamente multidisciplinar. É extremamente importante que todos os profissionais importante que todos os profissionais da equipe de saúde reúnam os dados e da equipe de saúde reúnam os dados e evidências observados, de acordo com evidências observados, de acordo com suas competências, para a construção suas competências, para a construção de uma história precisa sobre o evento. de uma história precisa sobre o evento. Quando possível, são úteis informações Quando possível, são úteis informações colhidas na comunidade.colhidas na comunidade.

Page 22: VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR

• Entrevistar toda a família em conjunto;Entrevistar toda a família em conjunto;

• Utilizar um espaço reservado para a entrevista e fazer com Utilizar um espaço reservado para a entrevista e fazer com que todos se sintam o mais confortáveis possível;que todos se sintam o mais confortáveis possível;

• Afirmar que as condições físicas ou o comportamento do Afirmar que as condições físicas ou o comportamento do paciente são os seus principais motivos de preocupação;paciente são os seus principais motivos de preocupação;

• Formular as perguntas de forma aberta, imparcial;Formular as perguntas de forma aberta, imparcial;

• Procurar não ser acusador, concentrando-se nas condições da Procurar não ser acusador, concentrando-se nas condições da criança e possíveis causas que justifiquem seu estado atual;criança e possíveis causas que justifiquem seu estado atual;

• É fundamental estar atento aos detalhes.É fundamental estar atento aos detalhes.

DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO DIFERENCIALDIFERENCIAL

Page 23: VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR

DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO DIFERENCIALDIFERENCIAL

Posturas a serem terminantemente evitadas:Posturas a serem terminantemente evitadas:

1.1.Perguntar diretamente se um dos pais foi responsável pelo Perguntar diretamente se um dos pais foi responsável pelo ocorrido.ocorrido.

2.2.Insistir em confrontar dados contraditórios ou aferir registros.Insistir em confrontar dados contraditórios ou aferir registros.

3.3.Confrontar os pais com descrições trazida pela criança ou Confrontar os pais com descrições trazida pela criança ou adolescente, especialmente nos casos de abuso.adolescente, especialmente nos casos de abuso.

4.4.Demonstrar seus sentimentos em relação à situação – como Demonstrar seus sentimentos em relação à situação – como desaprovação, raiva, indignação.desaprovação, raiva, indignação.

5.5.Assumir postura de policial ou detetive.Assumir postura de policial ou detetive.

Page 24: VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR

ABORDAGEM TERAPÊUTICAABORDAGEM TERAPÊUTICA

• Medidas GeraisMedidas Gerais

• HospitalizaçãoHospitalização

• Medidas LegaisMedidas Legais

Page 25: VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR

ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOA HISTÓRIA DE TERESAA HISTÓRIA DE TERESA

Page 26: VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR

NOTIFICAÇÃONOTIFICAÇÃO• A notificação é um instrumento duplamente A notificação é um instrumento duplamente

importante no combate à violência: ela importante no combate à violência: ela produz benefícios para os casos singulares produz benefícios para os casos singulares e é instrumento de controle epidemiológico e é instrumento de controle epidemiológico da violência.da violência.

• O profissional de saúde é legalmente O profissional de saúde é legalmente obrigado a notificar casos confirmados ou obrigado a notificar casos confirmados ou apenas suspeitos de violência e apenas suspeitos de violência e desempenha papel vital nessa área.desempenha papel vital nessa área.

Page 27: VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR

NOTIFICAÇÃONOTIFICAÇÃO• Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de

maus-tratos contra criança ou adolescente serão maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais. providências legais.

• Art. 245. Deixar o médico, professor ou responsável Art. 245. Deixar o médico, professor ou responsável por estabelecimento de atenção à saúde e de ensino por estabelecimento de atenção à saúde e de ensino fundamental, pré-escola ou creche, de comunicar à fundamental, pré-escola ou creche, de comunicar à autoridade competente os casos de que tenha autoridade competente os casos de que tenha conhecimento, envolvendo suspeita ou confirmação conhecimento, envolvendo suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente: Pena de maus-tratos contra criança ou adolescente: Pena - multa de três a vinte salários de referência, - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de reincidência (ECA).aplicando-se o dobro em caso de reincidência (ECA).

Page 28: VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR

NOTIFICAÇÃONOTIFICAÇÃO• Obstáculos a serem superados para que a Obstáculos a serem superados para que a

notificação ocorra.notificação ocorra.

– esclarecimento da noção legal de maus-tratos e da esclarecimento da noção legal de maus-tratos e da concepção de suspeita;concepção de suspeita;

– preparação de manuais técnicos de orientação;preparação de manuais técnicos de orientação;– melhoria da infra-estrutura de serviços;melhoria da infra-estrutura de serviços;– realização de outros estudos sobre as conseqüências realização de outros estudos sobre as conseqüências

do ato de notificar, especialmente sobre a concepção do ato de notificar, especialmente sobre a concepção de justiça que a notificação transmite à família de justiça que a notificação transmite à família brasileira. brasileira.

Page 29: VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR

NOTIFICAÇÃONOTIFICAÇÃO• Art. 9º – É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional Art. 9º – É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional

a fim de proteger, por meio da confidencialidade, a a fim de proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações, a que intimidade das pessoas, grupos ou organizações, a que tenha acesso no exercício profissional.tenha acesso no exercício profissional.

• Art. 10 – Nas situações em que se configure conflito entre Art. 10 – Nas situações em que se configure conflito entre as exigências decorrentes do disposto no Art. 9º e as as exigências decorrentes do disposto no Art. 9º e as afirmações dos princípios fundamentais deste Código, afirmações dos princípios fundamentais deste Código, excetuando-se os casos previstos em lei, o psicólogo excetuando-se os casos previstos em lei, o psicólogo poderá decidir pela quebra de sigilo, baseando sua decisão poderá decidir pela quebra de sigilo, baseando sua decisão na busca do menor prejuízo.na busca do menor prejuízo.

• Parágrafo único – Em caso de quebra do sigilo previsto no Parágrafo único – Em caso de quebra do sigilo previsto no caput deste artigo, o psicólogo deverá restringir-se a caput deste artigo, o psicólogo deverá restringir-se a prestar as informações estritamente necessárias (CFP, prestar as informações estritamente necessárias (CFP, 2005).2005).

Page 30: VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR

ONDE NOTIFICAR OU DENUNCIARONDE NOTIFICAR OU DENUNCIAR

• CEDECA/BA - Centro de Defesa da Criança e CEDECA/BA - Centro de Defesa da Criança e do Adolescente Yves de Roussando Adolescente Yves de Roussan

• Comitê Estadual de Enfrentamento à Comitê Estadual de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes Adolescentes

• Conselhos Tutelares de SalvadorConselhos Tutelares de Salvador• Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Conselho Municipal dos Direitos da Criança e

do Adolescente (BAHIA)do Adolescente (BAHIA)• Delegacia de Repressão ao Crime Contra a Delegacia de Repressão ao Crime Contra a

Criança e o Adolescente – DERCACriança e o Adolescente – DERCA

Page 31: VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR

REFERÊNCIASREFERÊNCIAS• Benetti, S.P.C. (2006). Conflito conjugal: impacto no desenvolvimento Benetti, S.P.C. (2006). Conflito conjugal: impacto no desenvolvimento

psicológico da criança e do adolescente. psicológico da criança e do adolescente. Psicologia Reflexão e CríticaPsicologia Reflexão e Crítica. . vol.19, n.2, pp. 261-268.vol.19, n.2, pp. 261-268.

• Pimentel, A.; Araujo, L.S. (2006). Violência sexual intrafamiliar. Pimentel, A.; Araujo, L.S. (2006). Violência sexual intrafamiliar. Revista Revista Paraense de MedicinaParaense de Medicina. set. vol.20, n.3, pp.39-42.. set. vol.20, n.3, pp.39-42.

• Goncalves, H.S.; Ferreira, A.L. (2002). A notificação da violência Goncalves, H.S.; Ferreira, A.L. (2002). A notificação da violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes por profissionais de saúde. intrafamiliar contra crianças e adolescentes por profissionais de saúde. Cadernos de Saúde Pública.Cadernos de Saúde Pública. vol.18, n.1, pp. 315-319. vol.18, n.1, pp. 315-319.

• Brasil. (2001). Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Brasil. (2001). Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Violência intrafamiliar: orientações para prática em serviço.Violência intrafamiliar: orientações para prática em serviço. Secretaria Secretaria de Políticas de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde.de Políticas de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde.

• Leal, M.FP. e César, M.A. (1998). (orgs.) Leal, M.FP. e César, M.A. (1998). (orgs.) Indicadores de Violência Indicadores de Violência Intrafamiliar e Exploração Sexual Comercial de Crianças e Adolescentes.Intrafamiliar e Exploração Sexual Comercial de Crianças e Adolescentes. CESE – MJ/SNDH/DCA – FCC –CECRIA. BRASÍLIA.CESE – MJ/SNDH/DCA – FCC –CECRIA. BRASÍLIA.

• BRASIL. (1988). BRASIL. (1988). Constituição da República Federativa do BrasilConstituição da República Federativa do Brasil: : promulgada em 5 de outubro de 1988. Contêm as emendas promulgada em 5 de outubro de 1988. Contêm as emendas constitucionais posteriores. Brasília, DF: Senado, 1988. Disponível em: constitucionais posteriores. Brasília, DF: Senado, 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.hthttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htmm Acessado em 02 de maio de 2010, às 15h10min. Acessado em 02 de maio de 2010, às 15h10min.