vii congresso dos jovens geocientistas

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Geociências e Sociedade

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VII Congresso dos Jovens Geocientistas

Geociências e Sociedade

LIVRO DE RESUMOS

2 DE MARCO DE 2012

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VII Congresso dos Jovens Geocientistas “Geociências e Sociedade”

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Departamento de Ciências da Terra, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra

3000-272 Coimbra, Portugal Tel.: 239860500 Fax: 239860501 http://www.uc.pt/cienterra/

TÍTULO

VII Congresso dos Jovens Geocientistas, “Geociências e Sociedade”

AUTORES

Vários

COMISSÃO CIENTÍFICA

Alcides Pereira

Alexandre Tavares

Celeste Romualdo Gomes

Elsa Carvalho Gomes

Fernando Carlos Lopes

Jorge Leitão Dinis

Lídia Gil Catarino

Luís Gama Pereira

Luís Vítor Duarte

Maria Manuela Silva

Pedro Callapez

COMISSÃO ORGANIZADORA EDITORIAL

Celeste Romualdo Gomes; Elsa Carvalho Gomes; Fernando Carlos

Lopes; Jorge Leitão Dinis; Lídia Gil Catarino; Ana Isabel Rola

EDIÇÃO

Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Coimbra

ISBN

978-989-95009-8-3

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Departamento de Ciências da Terra, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra

3000-272 Coimbra, Portugal Tel.: 239860500 Fax: 239860501 http://www.uc.pt/cienterra/

ÍNDICE

O Departamento de Ciências da Terra 3

1. Enquadramento Institucional 3

2. O Ensino e a Investigação no Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Coimbra 5

Orientação dos trabalhos 8

Agrupamento de Escolas de Almeida 10

Agrupamento de Escolas de Figueira de Castelo Rodrigo 15

Agrupamento de Escolas de Santa Comba Dão 19

EBI/JI Prof. Doutor Ferrer Correia 21

Escola E.B.I. Dr. Joaquim de Barros – Grupo de Paleontologia 23

Escola Básica Eugénio de Castro 24

Escola Básica e Secundária de Lordelo 25

Escola Básica Nº 2 da Lousã 27

Escola Secundária/3 Amato Lusitano 32

Escola Secundária com 3º Ciclo D. Dinis 35

Escola Secundaria com 3º Ciclo da Lousã 42

Escola Secundária de D. Duarte 44

Escola Secundária de Jaime Cortesão 47

Escola Secundária de Viriato 51

Escola Secundária Eng. Acácio Calazans Duarte 54

Escola Secundária Infanta D. Maria 55

Escola Secundária José Falcão 56

Instituto Educativo do Juncal 62

Conferência 72

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O DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA TERRA

1. ENQUADRAMENTO INSTITUCIONAL

O Departamento de Ciências da Terra é uma unidade orgânica da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), uma das maiores escolas de Ensino Superior do país. Nesta Faculdade são oferecidas várias dezenas de cursos de 1º, 2º e 3º ciclo, abrangendo perto de 7000 alunos. A FCTUC dispõe de mais de 500 professores, maioritariamente doutorados, que asseguram a qualidade da formação ministrada e exercem atividades de investigação científica no âmbito de unidades de I&D com acreditação internacional.

O Departamento de Ciências da Terra situa-se no Pólo I da Universidade de Coimbra, no edifício do Colégio de Jesus (www.dct.uc.pt). As suas origens remontam à Reforma Pombalina, com a instalação, em 1772, neste mesmo edifício, do Gabinete de História Natural. Não surpreende, por conseguinte, que disponha de um assinalável espólio de caráter documental e instrumental, para além de coleções únicas de minerais, fósseis e rochas.

Solidamente fundado num passado de que se orgulha, o Departamento de Ciências da Terra tem efetuado uma adaptação às exigências do presente, através de uma oferta de formação graduada e pós-graduada que corresponda às necessidades de desenvolvimento do país. Neste sentido, é responsável pelos cursos de 1º ciclo em Geologia e em Geologia com Menor em Biologia, participando ainda na lecionação de diversos outros cursos da FCTUC (Arquitetura, Biologia, com menor em Geologia, Engenharia Civil e Engenharia do Ambiente), bem como da Faculdade de Letras (Arqueologia) ou inter-Faculdades (Conservação e Restauro). Oferece ainda o Menor em Geologia, com ligação privilegiada às licenciaturas de Biologia e Engenharia Civil. No âmbito da pós-graduação, assegura os Mestrados em Geociências, com áreas de especialização em Recursos Geológicos, Ambiente e Ordenamento do Território e Geologia do Petróleo, em Engenharia Geológica e de Minas, em Ciências da Terra, participando ainda noutros cursos da FCTUC e inter Faculdades, como são os casos dos mestrados em Ensino de Biologia e Geologia, em Dinâmicas Sociais, Riscos Naturais e Tecnológicos, e em Conservação e Restauro. No que respeita ao grau de doutoramento, o Departamento de Ciências da Terra assegura doutoramentos em Geologia e em Geotecnologias, em diferentes áreas de especialidade, e em Ensino das Ciências, especialidade em Ensino da Geologia. Os seus 28 docentes (todos eles doutorados) distribuem-se por diversos centros de investigação reconhecidos pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (Centro de Geociências, Centro de Geofísica, Instituto do Mar - Centro do Mar e Ambiente e Centro de Estudos Sociais).

Depois do assinalável sucesso das edições anteriores, é com grande prazer que o Departamento de Ciências da Terra acolhe o VII Congresso dos

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Jovens Geocientistas. Será uma grata ocasião para partilharmos o fascínio pela descoberta de um planeta tão singular como a Terra, bem como sobre as formas de o preservar para as gerações vindouras – caros Jovens Geocientistas, a palavra é vossa!

O Diretor

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2. O ENSINO E A INVESTIGAÇÃO NO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA TERRA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA

O Departamento de Ciências da Terra é uma Unidade Orgânica da

FCTUC que tem por objetivos: o Fomentar o desenvolvimento e a investigação das Ciências da Terra. o Realizar cursos de licenciatura, pós-graduação, formação de

professores, mestrado e doutoramento. o Apoiar a sociedade na resolução de problemas no âmbito da sua área

científica. As origens da Licenciatura em Geologia, no Departamento de Ciências

da Terra, remontam à Reforma Pombalina, de 1772, e estão relacionadas com a criação da Faculdade de Filosofia e de Matemática da Universidade de Coimbra. A Licenciatura em Ciências Geológicas foi implementada em 1930 e, em 1964, assumiu a designação de Licenciatura em Geologia.

No ano letivo de 2007/2008 iniciou-se a aplicação da nova estrutura curricular e plano de estudos da Licenciatura em Geologia e do Mestrado em Geociências, de acordo com o Processo de Bolonha.

Todos os cursos do Departamento de Ciências da Terra se encontram adequados ao modelo de Bolonha desde o ano letivo de 2007/2008.

1º Ciclo (6 semestres)

o Licenciatura em Geologia o Licenciatura em Geologia com menor* em Biologia o Licenciatura em Geologia com menor* em Biologia. o Licenciatura em Geologia com menor* em Ciências do Espaço. o Licenciatura em Geologia com outro menor* oferecido pela Faculdade de

Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. * conjunto coerente de cinco disciplinas de opção de uma determinada área temática.

2º Ciclo (4 semestres)

o Mestrado em Geociências: Áreas de Especialização em: Recursos Geológicos, Ambiente e Ordenamento, e Geologia do Petróleo.

o Mestrado em Engenharia Geológica e de Minas. o Mestrado em Ciências da Terra (na tipologia Mestrado de Formação ao

longo da vida), dirigido essencialmente a professores do Ensino Básico e do Ensino Secundário.

o Mestrado em Ensino de Biologia e Geologia, em parceria com o Departamento de Ciências da Vida da FCTUC.

o Mestrado em Dinâmicas Sociais, Riscos Naturais e Tecnológicos, em parceria com as Faculdades de Letras e de Economia da Universidade de Coimbra.

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o Mestrado em Conservação e Restauro, em parceria com a Faculdade de Letras

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO (2 semestres)

o Curso de Pós-graduação em Dinâmicas Sociais, Riscos Naturais e Tecnológicos, em pareceria com as Faculdades de Letras e de Economia da Universidade de Coimbra.

Os ciclos de estudos na área das Geociências conferem competências para:

o Colaborar em estudos de planeamento e ordenamento do território, bem como na avaliação de riscos geológicos (sismos, erupções vulcânicas, deslizamento de terrenos, efeitos de cheias, etc.), sua minimização e prevenção;

o Colaborar em estudos de impacto ambiental, na componente geológica; o Colaborar em trabalhos e estudos de avaliação, conservação, divulgação

e valorização do património natural; o Lecionar em diferentes graus de ensino público e privado, nacional e

internacional o Realizar trabalhos de cartografia geológica, hidrogeológica, geotécnica e

de outros temas no âmbito das Geociências; o Realizar trabalhos de prospeção, pesquisa e avaliação de recursos

naturais: água, combustíveis fósseis, minerais e rochas; o Recolher, analisar, interpretar e comunicar informação geológica para

especialistas e público em geral.

Condições de acesso à Licenciatura em Geologia 12º Ano (Curso Científico – Humanístico de Ciências e Tecnologias) e uma das seguintes provas de ingresso:

o 02 Biologia e Geologia; o 07 Física e Química; o 09 Geografia.

Condições de acesso ao Mestrado em Engenharia Geológica e de Minas Um aluno que planeie prosseguir para o Mestrado em Engenharia Geológica e de Minas deverá candidatar-se ao Mestrado Integrado em Engenharia Civil. No terceiro ano, inscreve-se em cinco disciplinas da área de Engenharia Geológica e de Minas e, findo o terceiro ano, estará em condições de ingressar no Mestrado em Engenharia Geológica e de Minas (que veio substituir os antigos cursos de Engenharia Geológica e de Engenharia de Minas).

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Saídas profissionais na área das Geociências o Autarquias e associações intermunicipais; o Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional; o Empresas especializadas em ambiente e ordenamento do território; o Empresas especializadas em conservação e restauro de materiais

pétreos; o Empresas especializadas em geotecnia; o Empresas de construção civil; o Empresas de exploração de pedreiras; o Empresas mineiras; o Empresas ou serviços de exploração de águas; o Empresas petrolíferas e de gás natural; o Estabelecimentos de ensino (públicos e privados, nacionais e

internacionais). o Grupos empresariais da área do turismo; o Organismos de investigação científica; o Profissão liberal ou PMEs de serviços especializados ou de

consultadoria técnico-científica, geoconservação e/ou geoturismo; o Serviços de Proteção Civil.

Contactos Largo Marquês de Pombal Universidade de Coimbra 3000-272 Coimbra Tel.: 239 860 500 Fax : 239 860 501 eMail: [email protected] Web: www.dct.uc.pt

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ORIENTAÇÃO DOS TRABALHOS

Agrupamento de Escolas de Almeida Lara Fonseca, Cláudia Sousa Agrupamento de Escolas de Figueira de Castelo Rodrigo

Ana Perpétuo Agrupamento de Escolas de Santa Comba Dão Ana Rola E. B. I. Dr. Joaquim de Barros (Paço de Arcos)

Celestino Coutinho EBI/JI Prof. Doutor Ferrer Correia (Senhor da Serra, Coimbra) Luísa Fernandes Escola Básica Eugénio de Castro (Coimbra) Carlos Marques Escola Básica e Secundária de Lordelo (Paredes) Rute Pinto Escola Básica n.º 2 da Lousã Armando Ferreira da Rocha e Carla Pratas Escola Secundária c/3º Amato Lusitano (Castelo Branco) Rui Duarte, José Tomé Escola Secundária com 3º Ciclo D. Dinis (Coimbra) Jorge Delícias Escola Secundária com 3º Ciclo da Lousã Anabela Correia, Ana Rola Escola Secundária de D. Duarte (Coimbra) Paulo Magalhães Escola Secundária de Jaime Cortesão (Coimbra) Fernanda Palrinhas Escola Secundária de Viriato (Viseu)

Margarida Morgado

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Escola Secundária Eng. Acácio Calazans Duarte (Marinha Grande) Marina Rosa

Escola Secundária Infanta D. Maria (Coimbra) Paula Ferreira Escola Secundária José Falcão (Coimbra)

Paula Paiva, Mariana Gomes Instituto Educativo do Juncal (Porto de Mós)

Ana Sílvia Malhado, Cláudio Santos, Jorge Miguel Guilherme

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SUSTENTABILIDADE É HABILIDADE

Manuela Casimiro; Ana Figueiredo; Ana Martins; Joana Monteiro

Agrupamento de Escolas de Almeida Escola Dr. José Casimiro Matias

10º Ano, Turma A

Palavras-chave: Recursos; Responsabilidade; Sustentabilidade. O tema do trabalho é a sustentabilidade. O objetivo com o qual o elaboramos foi, não apenas dar a conhecer este termo, mas essencialmente revelar a sua importância e fazer nascer em todos uma certa preocupação e responsabilidade quanto ao futuro. Percebeu-se que o Planeta é um sistema mais frágil do que pode parecer, pois qualquer alteração num dos seus ecossistemas terá consequências nos outros. Como forma a saber se um projeto é sustentável deve ter-se em conta os seguintes parâmetros: este terá que ser ecologicamente correto; economicamente viável; socialmente justo e culturalmente aceite. Com o objetivo de perceber o que realmente está mal, são realizados estudos. A partir das conclusões dos mesmos, é indicado à população o “caminho a seguir”. Assim, tem-se investido na sensibilização de toda a sociedade, cidadão comum, empresas, governadores, entres outros, para que, sempre que possível, haja uma atitude responsável perante esta questão. Hoje em dia, felizmente, já se “olha tanto a meios para atingir os fins” no sentido em que, em muitos casos, já não importa apenas o “desenvolvimento” mas sim o “desenvolvimento sustentável”. Já começa a haver uma certa consciencialização. No entanto, há situações em que a ambição do Homem fala mais alto. A ideia generalizada de que é urgente um desenvolvimento sustentável tem como implicações o facto de não nos permitir ficar indiferentes a estas questões e fazer, dentro dos possíveis, o que estiver ao nosso alcance para inverter o caminho para o abismo no qual a sociedade poderá cair se não ocorrer uma alteração da mentalidade.

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RECURSOS GEOLÓGICOS

Patrícia Limão; Inês Marques; Nuno Mendes; Tiago Monteiro; Liliana Silva

Agrupamento de Escolas de Almeida Escola Básica e Secundária de Vilar Formoso

Rua das Telecomunicações, 6355-337 Vilar Formoso

10º Ano, Turma A

Palavras-chave: Desenvolvimento sustentável; Impacte ambiental; Recursos não renováveis; Recursos renováveis. A introdução ao tema “recursos geológicos” será feita com a sua definição e exemplos, através da utilização de imagens. Pretende-se abordar os subtemas: recursos minerais, combustíveis fósseis, recursos hídricos, recursos energéticos, referindo as suas fontes e métodos de exploração. Pretende-se ainda abordar a utilização dos recursos geológicos em função do desenvolvimento sustentável e do impacte ambiental. Com esta informação, pretende-se contribuir para que no futuro haja uma exploração mais consciente dos recursos geológicos. O trabalho colaborativo, através da recolha de informação em livros, enciclopédias e Internet, e com o auxílio da professora, permitiu elaborar um poster para sensibilizar os colegas e aprofundar o nosso conhecimento sobre esta temática. Todos os recursos geológicos são importantes e a sua má exploração poderá afetar o nosso dia a dia e o das gerações futuras. Também se pretende sensibilizar os cidadãos, em particular os jovens, que aderiram a este projeto, para a preservação do património geológico.

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A TERRA NO ESPAÇO SISTEMA SOLAR

Bruno Filipe; Adair Junior; Bruna Lopes; Diogo Martins

Agrupamento de Escolas de Almeida

Escola Básica e Secundária de Vilar Formoso Rua das Telecomunicações, 6355-337 Vilar Formoso

10º Ano, Turma A

Palavras-chave: Cintura de Asteróides; Planetas; Sistema Solar; Sol; Terra. Este estudo foi elaborado no âmbito da disciplina de Biologia e Geologia com a finalidade de conhecermos melhor o nosso planeta Terra, que se situa no Sistema Solar pertencente à Via Láctea. O Sistema Solar é constituído por uma estrela, o Sol, planetas principais, planetas secundários, planetas anões, cometas e asteróides. Os planetas principais que constituem o Sistema Solar são, localizados a partir do Sol: Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Úrano e Neptuno. Entre os planetas Marte e Júpiter situa-se a cintura de asteroides. Os planetas situados antes da cintura de asteróides designam-se por “planetas telúricos”, por serem relativamente pequenos e rochosos, possuírem uma atmosfera ténue, não terem anéis e possuírem poucos satélites. Os planetas que se encontram depois da cintura de asteróides designam-se por “planetas jovianos ou gasosos”. São de grandes dimensões e praticamente gasosos, possuem uma atmosfera muito espessa e densa, têm complexos sistemas de anéis e muitos satélites. Com este trabalho pretendemos elaborar um poster elucidativo da constituição do Sistema Solar. Considerando uma origem comum para todos estes astros, o seu estudo contribui para o conhecimento da História da Terra e, permite inferir qual será o futuro do nosso planeta em função do futuro provável do Sistema Solar.

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HISTÓRIA DA TERRA ESCALA DO TEMPO GEOLÓGICO

Jéssica Alcaso; Manuel Cura; Vera Nunes Marta Pinto; Paulo Seixas

Agrupamento de escolas de Almeida, Escola EB 2,3/S Vilar Formoso

Rua das Telecomunicações, 6355-337 Vilar Formoso

10º Ano, Turma A

Palavras-chave: Éons; Eras; Origem da vida; Períodos; Terra.

A Terra é um planeta rochoso, com vida e ativo do ponto de vista geológico. Foi formada, à 4600 Ma, tal como todo o Sistema Solar, através de processos definidos pela hipótese nebular. A evolução do planeta prosseguiu com a acreção e posterior diferenciação. Antes de haver a verdadeira crusta continental, existiu uma crusta primitiva que foi totalmente reciclada. Foi já na crusta atual (secundária) que houve manifestações de atividade geológica. Também existiu uma atmosfera primitiva, a qual se formou devido ao arrefecimento da Terra. Esta atmosfera começou a ficar saturada de vapor de água que, por condensação, originou chuva, criando os mares e oceanos; arrastando consigo a maior parte de dióxido de carbono. As radiações ultravioletas atingiram a superfície da Terra e causaram a rutura de algumas moléculas de água, com a formação de oxigénio e hidrogénio. As reações químicas que ocorreram nos mares primitivos permitiram a formação dos primeiros compostos orgânicos e mais tarde o surgimento dos primeiros seres vivos unicelulares procarióticos. Com a evolução das formas de vida apareceram organismos capazes de realizar a fotossíntese. Com estes processos criaram-se condições favoráveis ao aparecimento de novas formas de vida que se foram desenvolvendo até aos seres vivos atuais. Para compreender melhor a História da Terra, criou-se a Escala do Tempo Geológico. Esta divide-se em Éons, Eras, Períodos, Épocas e Idades, e as suas transições são marcadas por repentinas extinções em massa ou por explosões de vida (quando um grande número de novas formas surge num curto intervalo de tempo).

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RISCOS NATURAIS SISMOS

Ana Augusto; Carina Fonseca; Daniela Mendes; Filipa Pereira; Elena Pinheiro;

Chen Zhe.

Agrupamento de Escolas de Almeida Escola Básica e Secundária de Vilar Formoso

Rua das Telecomunicações, 6355-337 Vilar Formoso

10º Ano, Turma A Palavras-chave: Epicentro; Hipocentro; Intensidade; Magnitude; Ondas sísmicas. Objetivos do trabalho: dar a conhecer a origem e as causas dos sismos, as suas consequências, e as medidas de prevenção para diminuir os estragos causados e a perda de vidas humanas. Identificação do problema: sismos são movimentos vibratórios da superfície terrestre, provocados pela libertação brusca de energia. O local onde ocorre a libertação de energia designa-se por hipocentro e encontra-se no interior da litosfera; o local à superfície da Terra que se situa na vertical do hipocentro designa-se por epicentro. Esta energia é libertada em todas as direções, a partir do hipocentro, sob a forma de ondas sísmicas. Definem-se quatro tipos de ondas sísmicas: P (primárias), S (secundárias), de Love e de Rayleigh. As ondas P e S são ondas internas, têm origem no foco e propagam-se no interior da Terra. Quando estas interagem com a superfície produzem as ondas de Love e de Rayleigh, sendo estas, ondas superficiais. A maior parte dos sismos ocorre nas fronteiras entre as placas tectónicas (divergentes, transformantes ou convergentes) e é gerada pelas interações que se estabelecem ao longo dos bordos das placas (sismos tectónicos). Em alguns casos, podem ainda ser de origem vulcânica. Mais raramente podem ter origem na ação humana (sismos artificiais). Os sismos são avaliados por diferentes escalas: a escala de Mercalli, que avalia a intensidade do sismo (que se relaciona com os efeitos macrossísmicos), e a escala de Richter, que avalia a sua magnitude (que se relaciona com a quantidade de energia libertada). Os efeitos que a atividade sísmica pode causar são diversos: rutura superficial, inundações, deslizamentos de terreno, tsunamis (no caso do epicentro ter origem no mar), quedas de blocos, avalanches e, consequentemente, originam danos materiais e vítimas mortais. Algumas formas de diminuir os danos são a identificação das zonas de risco, a identificação das falhas sismogenéticas, a avaliação do risco das edificações, a reabilitação das mais fragilizadas ou desprotegidas e a aplicação de normas de construção antissísmica nos em edificação.

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GUERRA CONSTANTE ENTRE A ATMOSFERA E A VIDA

Andreina Cavaleiro; Diogo Lima; André Quadrado; Ariane Romoaldo

Agrupamento de Escolas de Figueira de Castelo Rodrigo Avenida Heróis de Castelo Rodrigo, nº 60

6440-113, Figueira de Castelo Rodrigo

10º Ano, Turma A

Palavras-chave: Atmosfera; Evolução; Seres vivos; Terra; Vida. Devido à nossa participação no VII Congresso de Jovens Geocientistas formulámos o seguinte problema: de que forma a atmosfera e a vida interagiram durante a sua evolução? Definimos ainda vários subproblemas: Como era constituída a atmosfera primitiva? De que forma a evolução da vida provocou alterações na constituição da atmosfera? Quais as implicações da atividade antrópica na evolução da constituição da atmosfera e consequentes implicações na biosfera? Nesta investigação, usámos a seguinte metodologia: começámos por pesquisar a evolução da atmosfera e da vida ao longo da história da Terra. De seguida elaborámos uma fita que representa o tempo à escala geológica, destacando as principais transformações da atmosfera e respetiva influência na biosfera e vice-versa. Concluímos que a atmosfera primitiva era constituída por hidrogénio e hélio. Durante a fase de diferenciação, a desgaseificação do planeta levou à acumulação na atmosfera de CO2, vapor de água e azoto. Apareceram vestígios de amoníaco e metano. As radiações UV quebraram as moléculas de vapor de água, formando oxigénio. O aparecimento dos seres fotossintéticos levou à diminuição do CO2, reduzindo o efeito de estufa. Libertou-se muito O2 que se acumulou na atmosfera, originando mais tarde o ozono. Este permitiu a expansão da vida, pois permitiu filtrar as radiações solares prejudiciais aos seres vivos. Finalmente, com o aparecimento da sociedade moderna e com a invenção da máquina a vapor, o CO2 aumentou levando a um possível incremento do efeito de estufa. Além disso, com o aparecimento dos CFC, a camada do ozono começou a ser destruída. Estas alterações bruscas na constituição da atmosfera afetam drasticamente a Biosfera.

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TERRA, UM PLANETA ÀS CAMADAS!

Luís Lopes; André Martins; Andreia Monteiro; Paulo Silva

Agrupamento de Escolas de Figueira de Castelo Rodrigo Avenida Heróis de Castelo Rodrigo Nº 60

6440-113 Figueira de Castelo Rodrigo

10º Ano, Turma A

Palavras-chave: Descontinuidade de Gutenberg; Descontinuidade de Lehmann; Descontinuidade de Mohorovicic; Ondas Sísmicas. Esta investigação surge no âmbito da disciplina de Biologia e Geologia. Sendo a Terra um planeta complexo tivemos curiosidade em conhecer melhor o seu interior. Neste sentido, formulámos o seguinte problema: Quais os contributos do estudo das ondas sísmicas para o conhecimento do interior da Terra? Definimos os seguintes objetivos: dar a conhecer o interior da Terra, identificar métodos utilizados para o estudo do interior da Terra e relacionar o comportamento das ondas sísmicas com as descontinuidades estabelecidas para o interior da Terra. Para responder ao problema recolhemos e selecionámos informação e elaborámos um modelo da estrutura interna da Terra baseado nas propriedades físicas. O estudo do comportamento das ondas sísmicas permite-nos concluir que o interior da Terra não é homogéneo. À profundidade de 100 km, existe uma superfície que separa a litosfera da astenosfera, a descontinuidade de Mohorovicic. A litosfera é formada por rochas magmáticas, nomeadamente granodioritos no estado sólido, onde a velocidade das ondas é elevada e a astenosfera é constituída por materiais menos rígidos, tendo comportamentos plásticos e deformáveis, fazendo com que as ondas percam velocidade. Aos 2900 km de profundidade há uma descida acentuada de velocidade das ondas P devido ao enorme aumento da densidade e ao núcleo externo ser constituído por materiais no estado líquido, de tal modo que as ondas S deixam de se propagar neste meio. A passagem da mesosfera para a endosfera é designada por descontinuidade de Gutenberg. Aos 5100 km de profundidade as ondas P sofrem um aumento brusco de velocidade indiciando que o material se encontra no estado sólido, esta mudança é conhecida por descontinuidade de Lehmann.

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TERRA E A SAÚDE DE QUE FORMA O GRANITO AFETA A SAÚDE DA

POPULAÇÃO DE FIGUEIRA DE CASTELO RODRIGO?

Cristina Nunes; Mariana Rodrigues; Maryna Sobolyeva

Agrupamento de Escolas de Figueira de Castelo Rodrigo Avenida Heróis de Castelo Rodrigo, Nº 60

6440-113, Figueira de Castelo Rodrigo

10º Ano, Turma A

Palavras-chave: Granito; Pedreira; População; Radão. Esta investigação surge do nosso interesse pela saúde e insere-se na disciplina de Geologia e Biologia, tema “Intervenção do Homem nos subsistemas terrestres”. Sendo o granito a rocha que predomina no nosso concelho, encontram-se a funcionar diversas unidades de extração e transformação desta rocha, que desde há séculos é usada em diversas construções humanas. Neste sentido formulámos o seguinte problema: De que forma o granito e a sua exploração atinge a saúde da população de Figueira de Castelo Rodrigo? Definimos os seguintes objetivos: Saber se a população de Figueira de Castelo Rodrigo conhece o radão e as suas consequências e saber se os funcionários da Unidade de Transformação de Granito estão protegidos e conhecem as regras de saúde e segurança no trabalho. Nesta investigação utilizámos a seguinte metodologia: 1) realizámos uma pesquisa para fazer a contextualização teórica; 2) elaborámos um inquérito por questionário; 3) Construímos um guião para uma entrevista; 4) realizámos uma aula de campo numa Unidade de Transformação de Rochas Ornamentais e realizámos as entrevistas; 5) e aplicámos o questionário a elementos da comunidade escolar. Finda a investigação, concluímos que 70% da amostra nunca ouviu falar de radão e 80% não sabe o que é. Das pessoas que disseram saber, 75% respondeu que o radão é um gás radioativo, 35% concorda parcialmente que, na nossa região, há libertação de radão e 37% responderam que este se acumula nos edifícios de granito mal arejados. Na fábrica concluímos que os trabalhadores se encontram bem protegidos, pois usam botas de biqueira de aço, luvas, aventais e auscultadores. Os ruídos da fábrica estão nos parâmetros autorizados pela “Higiene, segurança e medicina no trabalho”.

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EVOLUÇÃO DA PAISAGEM E DAS ROCHAS EM FIGUEIRA DE CASTELO RODRIGO

Viviana Ferreira; Vanessa Martins; Sandra Silva

Agrupamento de Escolas de Figueira de Castelo Rodrigo

Escola Secundária de Figueira de Castelo Rodrigo Avenida Heróis de Castelo Rodrigo Nº 60

6440-113 Figueira de Castelo Rodrigo

10º Ano, Turma A

Palavras-chave: Classificação; Geologia; Metamorfismo; Paisagem; Rochas. O nosso trabalho surge no âmbito da disciplina de Biologia e Geologia do 10º ano de escolaridade e pretende relacionar os tipos de rochas existentes no Concelho de Figueira de Castelo Rodrigo com as paisagens naturais da região. Neste sentido, formulámos o seguinte problema: De que forma as rochas influenciam a formação da paisagem? Definimos também os seguintes objetivos: distinguir os vários tipos de rochas existentes, compreender os processos envolvidos na sua formação e compreender como estes processos podem afetar e/ou influenciar a paisagem. Para a realização deste trabalho usámos os seguintes métodos: realizámos uma pesquisa bibliográfica; observámos e estudámos cartas geológicas da região; escolhemos os locais com interesse geológico (LIG); realizámos uma aula de campo onde observámos as paisagens e recolhemos fotografias. Neste concelho encontrámos uma grande diversidade de rochas e minerais, tais como granitos, quartzitos, xistos e filões graníticos e filões de quartzo. Após a atuação de forças convergentes, as rochas afloraram à superfície dando origem às montanhas e dobras existentes no nosso concelho, acabando, assim, por se formar as formas de relevo a que chamamos a Serra da Marofa. Também concluímos que a paisagem granítica é caracterizada por caos de blocos e estes condicionam a agricultura. Não ocorrendo solos férteis, neles predominam azinheiras (Quercus rotundifólia), silvas (Rubus ulmifolius), giestas (Cytisus sp) e sobreiros (Quercus suber).

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VIAGEM NA NOSSA TERRA SANTA COMBA DÃO ATRAVÉS DAS ROCHAS

Laura Fernandes; Raquel Ferreira; Diogo Filipe; Rafaela Marques

Agrupamento de Escolas de Santa Comba Dão

Escola Secundária/3 de Santa Comba Dão Av. da Escola Secundária, n.º 1, 3440 - 321 Santa Comba Dão

8º Ano, Turma B

Palavras-chave: Geologia; Património arquitetónico; Roteiro; Santa Comba Dão. A geologia de Santa Comba Dão, essencialmente granítica, influencia a edificação nesta cidade desde tempos anteriores à portugalidade. Os edifícios mais antigos são construídos essencialmente por granito de duas micas, característico de Santa Comba Dão. No entanto, será que o mesmo se passa com os edifícios mais recentes? No sentido de comparar os recursos geológicos utilizados no património edificado com a geologia e simultaneamente divulgar a história de Santa Comba Dão, elaborámos um roteiro pedestre intitulado: “Viagem na minha Terra... Santa Comba Dão através das rochas!”. O percurso, com uma duração estimada de duas horas, tem início na Escola Secundária c/ 3º Ciclo de Santa Comba Dão e engloba paragens por alguns pontos mais emblemáticos do património arquitetónico da cidade. A região em estudo pertence à Zona Centro-Ibérica e nela predomina um granito com tonalidade essencialmente clara, porfiróide, com megacristais de feldspato (centimétricos), de grão médio a muito grosseiro, com biotite dominante. Em algumas zonas observa-se granito muito alterado que origina solos residuais. A implantação deste maciço granítico é sin-tectónica em relação à F3 da orogenia hercínica. No contacto com o Grupo das Beiras (Complexo Xisto-Grauváquico), constituído essencialmente por metafilitos e metagrauvaques, a intrusão magmática originou auréolas de rochas metamórficas relativamente estreitas, constituídas por corneanas pelíticas, por vezes bastante duras. Este roteiro será validado, por questionário, numa saída de campo, aberta à comunidade escolar e local, que decorrerá na semana da ciência, no final do segundo período. Consideramos que o roteiro possibilita uma oportunidade de estimular os nossos colegas para as Geociências, reforçar a importância da Geologia na Sociedade e divulgar o património geológico edificado de Santa Comba Dão.

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GEOTERMIA NO FUTURO DE SANTA COMBA DÃO

Jessica Abrantes; João Borges; Nadin Neves; Adriana Ribeiro

Agrupamento de Escolas de Santa Comba Dão Escola Secundária/3 de Santa Comba Dão

Avenida da Escola Secundária, n.º 1 3440-321 Santa Comba Dão

8º Ano, Turma B

Palavras-chave: Aproveitamento SGE; Energia Geotérmica; Santa Comba Dão. A energia geotérmica é a energia calorífica proveniente do interior da Terra. Em média, a temperatura aumenta, em profundidade, cerca de 33 °C por km. Este valor é superior em zonas vulcânicas que, por isso, revelam elevado potencial geotérmico. No entanto, avanços tecnológicos e científicos possibilitam também a exploração da energia geotérmica em zonas não vulcânicas, nomeadamente através dos designados sistemas geotérmicos estimulados, ou SGE. Esta é uma fonte de energia renovável, que possibilita a produção de energia elétrica de forma continuada, 24 horas por dia, com pouca produção de gases de efeito de estufa. Neste trabalho procurámos responder a duas questões: Será possível a instalação de um aproveitamento geotérmico, em Santa Comba Dão? Será que os santacombadenses têm conhecimento da exploração de energia geotérmica em Portugal? Para responder a estas questões, pesquisámos sobre os diferentes tipos de aproveitamento geotérmico (alta entalpia, baixa entalpia e SGE) e sobre a possibilidade de instalação de uma central geotérmica em Santa Comba Dão. Elaborámos um questionário, passado a duas turmas do 8º ano e respetivos pais e encarregados de educação, para identificar as conceções sobre geotermia e sobre a exploração geotérmica em Portugal e em Santa Comba Dão. Estudos realizados mostram que o granito de Santa Comba Dão tem capacidade para, no futuro, poder vir a ser instalado um aproveitamento do tipo SGE, com uma energia disponível de 2295 EJ. Considerando um cenário mais pessimista, com uma recuperação de 2% de energia (46 EJ), o valor produzido seria superior ao consumo de energia elétrica em Portugal em 2006 (0,18 EJ). Portanto, é possível produzir energia com um impacto pequeno no ambiente. Concluímos que a maioria dos santacombadenses conhece o conceito de geotermia, mas desconhece a sua utilização em Portugal. Uma percentagem importante (44% dos alunos e 30% dos pais) considera possível a exploração deste tipo de energia em Santa Comba Dão. No entanto, não temos dados para inferir o tipo de aproveitamento geotérmico a que se referiam. Consideramos importante esclarecer o conceito de geotermia e os aproveitamentos geotérmicos, pelo que iremos divulgar o nosso trabalho à comunidade escolar e local. Queremos que os nossos conterrâneos compreendam a importância da geotermia na produção de energia de forma sustentável.

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ONDE A TERRA ENCONTRA O MAR

AS ARRIBAS CALCÁRIAS DE S. PEDRO DE MOEL

Bruna Cardoso, Cláudia Carvalho; Diana Cristo; Ana Luísa; Sofia Santos

EBI/JI Prof. Doutor Ferrer Correia Rua Fonte dos Castanheiros, Senhor da Serra, 3220-431 Semide

9º Ano; Turma H

Palavras-chave: Arriba; Erosão; Litoral; Oceano. O termo oceano tem origem grega e é um corpo principal da água salina e um componente principal da hidrosfera. Antes dos europeus descobrirem outros oceanos, o termo "oceano" foi sinónimo de todas as águas que circundam a Europa Ocidental. O contacto entre o continente e o oceano faz-se através de uma área que habitualmente designamos por litoral e que está em evolução permanente, modelada pelo contributo dos rios, das ondas e das correntes marítimas. Metade da fronteira portuguesa é marítima e o oceano que rodeia Portugal é o Oceano Atlântico, exercendo uma grande influência sobre a costa litoral. O litoral português, que se estende ao longo de 848 km, tem um contorno quase retilíneo, apresentando, contudo, algumas formas de relevo litoral (praias, dunas, estuários, arribas, cabos, golfos e deltas) que resultam da interação entre as rochas e a ação erosiva do mar. Com a elaboração deste trabalho, pretendemos estudar as alterações que o oceano tem provocado ao longo dos anos nas arribas calcárias de S. Pedro de Moel. Para o efeito, realizámos pesquisas sobre o tema, nas aulas de Geografia, utilizando recursos bibliográficos e tecnológicos, durante as quais foram recolhidos materiais diversos como notícias científicas, textos, fotografias e pequenos documentários. A beleza da Praia de S. Pedro de Moel, considerada a mais bela da costa ocidental de Portugal, deve-se à geomorfologia do local. As rochas calcárias das suas arribas tiveram a sua génese no Jurássico Inferior, num processo de sedimentação marinha. Após a deposição dos sedimentos e a sua subsequente diagénese, toda a estrutura foi afetada por um conjunto de deformações que se traduzem em dobras, fraturas e inclinação intensa das camadas. As arribas de São Pedro de Moel, onde se destaca o lendário Penedo da Saudade, são consideradas de grande interesse paisagístico e científico, no que diz respeito à idade das rochas e fósseis presentes. Ao longo do tempo, toda esta estrutura geológica tem vindo a ser modelada pela forte erosão marítima. Em algumas praias, onde a areia era abundante, atualmente, esta escasseia ou ficou submersa pelas rochas que foram caindo das arribas. Não tendo o Homem contribuído diretamente para a instabilidade das arribas, de uma forma indireta potenciou a sua erosão. As alterações climáticas, o aquecimento global, o aumento do nível médio do mar, a urbanização excessiva e a instalação de estruturas de “proteção costeira” são fatores potenciadores de erosão. Concluindo, o Homem é um dos principais responsáveis pelo aumento da erosão litoral.

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PLANETA VS. ECONOMIA

Catarina Carvalho; Rafael Desidério; Ricardo Dias; Ana Sequeira; Carolina Simões

EBI/JI Prof. Doutor Ferrer Correia

Rua Fonte dos Castanheiros, Senhor da Serra, 3220-431 Semide

9º Ano, Turma H

Palavras-chave: Estratégias; Mudanças climáticas; Protocolos Todos os dias acompanhamos na televisão, nos jornais e revistas as catástrofes climáticas e as mudanças que estão a ocorrer rapidamente no clima mundial. O ciclo atual de aquecimento global está a mudar! O que podemos fazer para diminuir este aquecimento? Que medidas estão a ser adotadas pelos países? Com a realização deste trabalho procurámos encontrar resposta para estas questões, através da realização de algumas pesquisas. Nos últimos 50 anos, uma série de eventos ajudou a construir um consenso mundial em torno da gravidade dos processos ambientais das alterações climáticas e da necessidade de procurar soluções para minimizar os seus impactos. Nas Conferências de Estocolmo (1972), do Rio de Janeiro (1992) e de Joanesburgo (2002) foram definidos objetivos e princípios da política ambiental mas o sucesso destas medidas não foi o esperado dado que as estratégias definidas colidiam com o interesses económico de alguns países e não tinham caráter vinculativo. Mais recentemente, em 16 fevereiro de 2005, entrou em vigor o Protocolo de Quioto que visava a redução da emissão dos poluentes que aumentam o efeito de estufa no planeta. O objetivo principal era a diminuição da temperatura global até 2012 mas os EUA, país que emite maior quantidade de poluentes no mundo, não aceitou o acordo, pois prejudicaria o seu desenvolvimento industrial. Em 2007, na Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, realizada em Bali, foi estabelecido um cronograma de negociações e acordos para troca de informações sobre as mudanças climáticas, entre os 190 países participantes (entre os quais EUA). Na 15ª Conferência da ONU sobre Mudanças do Clima, realizada em Copenhague, onde se reuniram os líderes de centenas de países do mundo, com o objetivo de tomarem medidas para evitar as mudanças climáticas e o aquecimento global, novo impasse surgiu devido a conflito de interesses entre os países ricos, principalmente EUA e UE, e os que estão em processo de desenvolvimento (principalmente Brasil, Índia, China e África do Sul). Do estudo que efetuámos, concluímos que, enquanto os interesses económicos se sobrepuserem aos ambientais, poucas serão as medidas implementadas, com sucesso, para resolver os problemas ambientais.

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CENSOS DE BIOMASSA DE VERTEBRADOS PARA O CRETÁCICO INFERIOR DO ALGARVE

INFERÊNCIAS SOBRE DINÂMICA DAS COMUNIDADES E ESTATUTO METABÓLICO

Carolina Barata; Eduardo Barros; Jorge Ledesma; Irma Pimenta; Daniela Tinoco

Escola E.B.I. Dr. Joaquim de Barros – Grupo de Paleontologia

R. Elvira Velez, 2780 Paço de Arcos

9º e 10º Ano

Palavras-chave: Biomassa; Fisiologia; Icnologia; Mesozóico; Vertebrados. A fisiologia dos animais extintos, particularmente dos dinossáurios mesozóicos, é importante para a reconstrução da sua autecologia, comportamentos, história de vida. A questão – será que eram ectotérmicos (“sangue frio”) ou endotérmicos (“sangue quente”)? – é complexa. Neste projeto pretendemos inicialmente estimar o número de produtores individuais de pegadas / pistas presente em vários níveis de um intervalo de tempo limitado do Cretácico inferior (Barremiano) de uma zona restrita do Barlavento Algarvio, obtendo assim um censo icnológico, que pode ser expresso em termos de abundância relativa do número de produtores de pistas atribuíveis a carnívoros e a herbívoros (a maioria das pegadas foi descoberta por alunos do nosso Grupo). Posteriormente, a partir das dimensões das pegadas atribuídas a cada tipo de vertebrado (dinossáurios e outros), estimamos a massa corporal presente para os animais carnívoros e herbívoros - biomassa de vertebrados. A partir destes valores, podemos estimar a razão entre a biomassa de predadores e de presas e comparar estes resultados com os que ocorrem para populações animais atuais. Os dados obtidos para o Barremiano do Algarve sugerem razões de biomassa de dinossáurios predadores / presas muito semelhantes aos que ocorrem com as grandes populações de mamíferos (endotérmicos) modernos e muito distintos das que se baseiam em comunidades de répteis (ectotérmicos) atuais. Estes resultados estão de acordo com as mais recentes análises publicadas, que sugerem que a endotermia estava amplamente desenvolvida nos grandes dinossáurios não avianos. Note-se que para este intervalo de tempo e para todo o Algarve não temos um único osso de vertebrado!

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RISCOS GEOLÓGICOS NA CIDADE DE COIMBRA ANÁLISE DE CONDIÇÕES ASSOCIADAS A MOVIMENTAÇÃO

EM ZONAS DE VERTENTE

José Almeida; Luís Antunes; Mariana Monteiro; José Rodrigues; Maria Romão

Escola Básica Eugénio de Castro Rua Almirante Gago Coutinho, Solum, 3030 Coimbra

8º Ano, Turma C

Palavras-chave: Experimentação laboratorial; Fatores de risco; Movimentos de vertente; Risco geológico. O risco geológico associado a movimentos em vertentes leva à necessidade de identificar locais de forma a evitar danos materiais e/ou humanos. Assim, este trabalho tem com objetivo a identificação de locais de risco geológico associados a movimentação de massa, queda de blocos e reptação e o estudo de alguns fatores de risco que podem condicionar a movimentação de vertentes. Para compreender de que forma alguns fatores geológicos podem condicionar movimentos de vertente, fez-se uma experiência que procurou simular uma vertente, variando-se e controlando-se algumas características geológicas. Os fatores geológicos manipulados foram: a composição dos materiais da vertente, a existência de descontinuidades, o pendor dos estratos da vertente e a saturação em água. Com a simulação dos materiais aflorantes na vertente, pretendeu-se reproduzir, de forma muito simples, sequências que podem aflorar em diversas vertentes da cidade de Coimbra. Através do registo e análise dos resultados laboratoriais conclui-se que a compartimentação dos materiais condiciona e facilita a movimentação de blocos pela vertente. O pendor das camadas é preponderante, pois quanto maior for a inclinação, maior será o risco de existir movimentação de material pela vertente. A experiência aponta que o tipo de materiais presentes e a saturação em água influenciam o ângulo crítico que leva à movimentação na vertente, devido à redução de atrito.

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PORTUGAL, UM PAÍS DE RECURSOS MARINHOS E LITORAL PROBLEMÁTICO

Nuno Ferreira; João Leal; Diogo Sousa; Paulo Sousa

Escola Básica e Secundária de Lordelo

Estrada Nacional 209, nº 3638, 4580-439 Lordelo PRD

12º Ano, Turma A

Palavras-chave: Erosão; Litoral; Oceano; Ordenamento; Recursos. Este trabalho baseia-se em pesquisa bibliográfica e visa responder à questão: Quais as potencialidades do litoral português e as estratégias para o seu uso sustentável? Ao longo da História, os litorais sempre tiveram um elevado poder de atratividade para o Homem, sobretudo pelos recursos alimentares, pela amenidade do clima e pela mobilidade dada pela navegação, fatores que ainda hoje são determinantes pela positiva na economia e qualidade de vida das populações. Porém, tem também perigosidades próprias, algumas das quais associadas já às atividades humanas. Apesar dos avanços no conhecimento, muito permanece por descobrir no que diz respeito à utilização dos oceanos para benefício da humanidade e do ambiente e na minimização dos riscos em habitar em redor das margens continentais. Por exemplo, os oceanos têm enorme potencial energético nas ondas, marés e ventos, que podem contribuir significativamente para a crescente procura global de energia. Também no litoral se concentra grande parte da principal atividade económica exportadora: o turismo. Em relação aos problemas, salienta-se o da erosão costeira, associado à retenção de sedimentos nas barragens e, em menor escala, à subida global do nível do mar, bem como o fraco ordenamento de uma região com acelerado crescimento demográfico. Com a realização deste trabalho foi possível concluir que a gestão integrada das zonas costeiras é um processo complexo, difícil, longo e de interação entre diferentes entidades, interesses e perspetivas, o que não permite importar soluções diretamente de outras regiões. Neste contexto, a divulgação de novos conhecimentos científicos, a adoçam de tecnologias inovadoras e mais eficientes, a sistematização dos fatores condicionantes e a troca de experiências adquirem especial relevância para delinear estratégias de ordenamento do litoral e identificar as potencialidades do território oceânico português.

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A GEOMEDICINA AO LONGO DOS TEMPOS

Elisabete Machado; Joana Manso; Anabela Silva

Escola Básica e Secundária de Lordelo Estrada Nacional 209, 3638, 4580-439 Lordelo PRD

12º Ano, Turma A

Palavras-chave: Geologia; Geoprodutos; História; Saúde. Existem várias definições ou abordagens no que se pode designar como Geomedicina: a relação entre os fatores naturais geológicos e a saúde animal e humana, a influência dos fatores ambientais na distribuição geográfica de problemas de saúde ou mesmo o ramo da medicina tratando das relações entre o clima e as condições ambientais (sobretudo geológicas) com a saúde humana. Assim, podem-se enfatizar os aspetos geológicos (geoquímica, mineralogia, etc.) como causadores de doença (por exemplo pela sua toxicidade), ou na utilização de materiais geológicos para fins médicos, tão antiga como a própria Humanidade. De facto, a geologia tanto pode fornecer materiais com efeitos positivos, como pode ter efeitos tóxicos para a saúde: fenómenos, como erupções vulcânicas, podem ser bastante prejudiciais, pelos materiais que expelem, como foi o caso do vulcão Eyjafjllajokull, na Islândia em 2010. Com este trabalho pretende-se remontar ao passado, numa tentativa de conhecer casos de doenças associadas à geologia, bem como de aplicações de geoprodutos na saúde e cosmética e a forma como estes influenciaram a sociedade até aos dias de hoje. Em 1275, Marco Pólo descreveu que o consumo excessivo de selénio pelos cavalos, em regiões montanhosas de território chinês, tinha efeitos tóxicos, no entanto a falta deste elemento no organismo traz consequências igualmente nefastas. Este viria a constituir um dos primeiros registos escritos que se inserem no que é, atualmente, a Geologia Médica. A Geomedicina é uma área interdisciplinar onde convergem conhecimentos das mais variadas áreas da ciência, tais como a medicina, farmacologia e cosmética, entre outros, encontra-se em franca expansão e é no âmbito desta ciência que se poderá solucionar vários problemas ambientais e de saúde já existentes. Com a realização deste trabalho foi possível conhecer melhor esses mesmos efeitos e assim sensibilizar a sociedade quanto à Geomedicina, podendo-se afirmar quanto ao seu futuro que “o céu é o limite”.

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O TSUNAMI NO JAPÃO EM 11 DE MARÇO DE 2011

Leonardo Duarte; Guilherme Gaspar; Edgar Lima; Renato Simões

Escola Básica Nº 2 da Lousã, Rua Gil D´Orey, Lousã 7º Ano, Turma A

Palavras-chave: Epicentro; Japão; Magnitude; Richter; Sismos; Tsunami. Neste trabalho planeámos estudar os sismos, no âmbito do tema: “Consequências da dinâmica interna da Terra – atividade sísmica: riscos e proteção das populações”, utilizando como exemplo o sismo do Japão de 11 de março de 2011. Para orientar o nosso trabalho delimitámos a seguinte questão: “Quais os riscos da atividade sísmica, com epicentro no oceano, para as populações e, em particular, para a população do Japão?” Os objetivos do nosso trabalho foram: estudar a atividade sísmica e reconhecer os seus riscos. Para desenvolver o tema, recorremos, sobretudo, à pesquisa na Internet e à pesquisa bibliográfica na biblioteca da Escola. Um sismo é um processo natural resultante de uma rutura mais ou menos violenta no interior da crosta terrestre, de que resulta uma súbita libertação de uma grande quantidade de energia. Esta energia transmite-se através do interior da Terra sob a forma de ondas elásticas, provocando vibrações. Um tsunami é um processo constituído por uma série de ondas oceânicas, desencadeado quando há uma deformação súbita do fundo marinho. “Tsunami” é uma palavra japonesa que significa “onda de porto”, formada por dois carateres Kanji (“tsu” significa porto e “nami”, onda). Os tsunamis, com impacto significativo nas zonas costeiras, são geralmente originados por sismos de magnitude superior a grau 7 na escala de Richter, que ocorrem no mar a profundidade inferior a 30 km. Estas ondas viajam em todas as direções, desde o epicentro do sismo, a velocidades superiores a 750 km/h. Quando se aproximam da costa, com águas menos profundas, a sua velocidade diminui e a sua altura aumenta drasticamente. O epicentro do sismo do Japão de 11 de março de 2011, localizou-se no oceano, a 24 km de profundidade, a 130 km a leste da cidade de Sendai, tendo atingido o grau 9 na escala de Richter. É considerado o terramoto mais violento registado no Japão, seguido de um tsunami que arrasou a costa nordeste. Em consequência do sismo/tsunami morreram mais de 15 mil pessoas, ficaram muito destruídas estradas, ferrovias e infraestruturas e habitações sem energia elétrica e água. As instalações da central nuclear de Fukushima, situadas na costa nordeste, ficaram danificadas, tendo ocorrido, posteriormente, a explosão do reator nuclear nº 1, com a consequente fuga de material radioativo para a água e para a atmosfera, levando as autoridades a evacuar as populações num perímetro de 20 km. Atualmente, o Japão, assim como outros países com costa oceânica, possuem equipamentos capazes de identificar a formação e propagação de tsunamis. Prever a ocorrência de tsunamis continua a ser muito difícil, no entanto depois do seu início, é possível calcular a sua propagação. Alguns sistemas de alerta precoce, desenvolvidos sobretudo pelos japoneses, têm permitido prever com alguma eficiência, a propagação dos tsunamis. Quase todos estes sistemas passam pela utilização de dispositivos colocados no oceano, com detetores de movimentos oceânicos a grande profundidade e medidores de ondulação.

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POLUIÇÃO POR PARTÍCULAS NA VILA DA LOUSÃ

Joana Barata; Bruno Costa; Ana Monteiro; Paulo Rodrigues; Ana Trindade

Escola Básica Nº 2 da Lousã, Rua Gil D´Orey, 3200-240 Lousã 8º Ano, Turmas B, C e D

Palavras-chave: Líquenes; Lousã; Partícula; Poluição; Tráfego rodoviário. Planeámos estudar a poluição por partículas na vila da Lousã, recorrendo a

colheita de amostras de líquenes em vários locais de tráfego automóvel elevado. Estas amostras, recolhidas em troncos de árvore, fundamentalmente tílias, a 3 níveis de altura (0,5 m, 1 m e 1,5 m), medidos a partir da base do tronco, foram depois medidas no Laboratório de Magnetismo Ambiental do Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Coimbra. Este trabalho enquadra-se no tema organizador “Sustentabilidade na Terra – Perturbações no equilíbrio dos ecossistemas”, do 8º ano de escolaridade. Para fazer este estudo delimitámos as seguintes questões: Como variam os níveis de partículas na vila da Lousã, em resultado do tráfego automóvel? Como se acumulam as partículas nos líquenes função da altura? Para desenvolver este trabalho definimos os seguintes objetivos: estudar as partículas emitidas pelo tráfego automóvel e comparar o grau de poluição por partículas nos locais amostrados. A metodologia utilizada incluiu o trabalho e pesquisa na Internet, leitura e reflexão de textos informativos, trabalho de campo e de laboratório e interpretação dos dados. As partículas podem ter origens variadíssimas, ser naturais e artificiais, inorgânicas e orgânicas, e contribuem para poluir o ar. Fontes importantes de partículas são as atividades que queimam combustíveis fósseis, com destaque para o tráfego automóvel. Para além destas partículas, os veículos automóveis produzem também outras a partir do desgaste dos materiais dos pneus, das carroçarias e dos travões. Todas estas partículas são de origem inorgânica e uma elevada percentagem são óxidos de ferro. A concentração destes óxidos de ferro é avaliada, facilmente, através da medição de uma propriedade física, a magnetização remanescente isotérmica a 1 tesla (MRI1T). Quanto maior o valor da MRI1T, maior o nível de poluição por óxidos de ferro. Muitas destas partículas, com diâmetro inferior a 10 micra e mesmo a 2,5 micra, são prejudiciais ao ambiente, em geral, e à saúde dos seres vivos, em particular. Para avaliar os níveis de poluição por partículas na vila da Lousã, procedemos à amostragem de líquenes, no dia 29 de novembro de 2011, em 10 pontos diferentes e distantes entre si, num total de 27 amostras. Os valores médios de MRI1T encontrados foram de 106,48 Am

-1kg

-1, a 0,5 m de altura,

115,45 Am-1

kg-1

a 1 m de altura e 127,82 Am-1

kg-1

a 1,5 m de altura. Por sua vez o ponto onde foi detetado o valor médio mais elevado (325,06 Am

-1kg

-1) refere-se à

amostragem LL1.6, junto a um cruzamento no centro da vila. Em conclusão, em média, para os níveis medidos, a concentração de partículas é da mesma ordem de grandeza, não havendo diminuição quando nos afastamos da altura a que são emitidos os poluentes. O local com valores médios mais elevados pode ser assinalado como de elevado tráfego automóvel.

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O GÁS RADÃO NAS ROCHAS DA REGIÃO DA LOUSÃ

Pedro Rodrigues; Patrícia Santos; Rita Santos

Escola Básica Nº 2 da Lousã, Rua Gil D´Orey, 3200-240 Lousã

8º Ano, Turma C

Palavras-chave: Gás; Radão; Rochas; Radioatividade; Lousã. Neste trabalho delineamos estudar o gás radão produzido em amostras de rochas da região da Lousã, no âmbito do tema “ Sustentabilidade na Terra – Recursos Naturais – Utilização e Consequências”. Como ponto de partida, para orientar a nossa investigação, formulámos a seguinte questão: Será que os níveis do gás radão presente nas rochas da região da Lousã podem colocar em risco a saúde da sua população? Definimos como objetivos para desenvolver este trabalho: aprender mais sobre o gás radão e estudar os riscos que este gás pode causar na saúde das populações. A metodologia utilizada incluiu o trabalho e pesquisa na Internet, leitura e reflexão de textos informativos e uma amostragem, no dia 13 de janeiro de 2012, de 5 amostras de rochas, no concelho da Lousã. Recolhidas as amostras, foi medida a quantidade do gás radão libertado na sua superfície, no Laboratório de Radioatividade Natural, do Departamento Ciências da Terra da Universidade de Coimbra. O radão (

222Rn) é um gás radioativo gerado na

cadeia de decaimento do urânio, que ocorre nas rochas, nos solos e na água. Caracteriza-se por ser um gás inodoro e incolor, pelo que não se torna claro o risco a ele associado. Este gás tende a concentrar-se no interior das habitações, tornando-se um risco para a saúde ao ser inalado. Para compreender a radioatividade natural de uma região é essencial ter informação mineralógica e geoquímica das diversas litologias da área, sabendo-se que o potencial de radão se encontra diretamente relacionado com o teor de urânio (U) das diferentes unidades geológicas. Todavia, os estudos, nesta área de investigação, apontam as rochas graníticas como tendo os teores mais elevados de U, a que correspondem também as concentrações mais elevadas de gás radão. Por outro lado, as rochas do Complexo Xisto-Grauváquico são as que possuem menores teores de U e, como tal, as que apresentam as concentrações mais baixas de gás radão. As amostras deste estudo foram obtidas na serra da Lousã, constituída, maioritariamente, por rochas metamórficas, desde os metalutitos, passando pelos xistos mosqueados até aos metagrauvaques (com inúmeras variedades intermédias). Ocorrem também pequenos afloramentos graníticos, sendo as formações aquíferas dominantes os xistos e os metagrauvaques. Os valores de radão produzidos pelas rochas analisadas, expressos na taxa de emanação, são baixos, típicos das rochas metamórficas, e variáveis entre 1,2 a 53,2 mBq.kg

-1.h

-1, pelo não constituem perigo para a saúde das

populações.

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OS SOLOS - CONSTITUIÇÃO E PROPRIEDADES

Beatriz Cancela; Ana Cruz; Marisa Ferreira; Kristie Pereira; Tiago Pessoa

Escola Básica Nº 2 da Lousã Rua Gil D’Orey, 3220- 240 Lousã

9º Ano, Turma C

Palavras-chave: Estrutura; Granulometria; Sedimentação; Solos; Textura. Considera-se o solo como uma mistura natural de materiais sólidos resultantes da alteração e desagregação das rochas, associada a uma fração orgânica, entre os quais existe água e ar. Os solos, em consequência da atuação diferenciada de fatores como o clima, organismos, rocha mãe, relevo e tempo de formação, apresentam diferentes características definidas pelas suas propriedades físicas e químicas. Este estudo incide sobre as propriedades físicas dos solos, nomeadamente a textura e a estrutura. A fração sólida do solo é constituída por material orgânico e inorgânico. No material que constitui a porção mineral podem ser encontrados desde fragmentos de rochas até partículas de dimensões coloidais. Esta mistura de grãos com formas e tamanhos variados define a textura de um solo que está relacionada com as proporções relativas das frações de areia, limo e argila que existem na fração fina a muito fina (diâmetro inferior a 2 mm). A estrutura de um solo corresponde ao arranjo dos seus constituintes sólidos. As partículas de areia, limo e argila podem ligar-se, formando agregados de tamanho e formato variados. O trabalho teve como objetivos: recolher amostras de solo; identificar os diferentes constituintes do solo; reconhecer diferentes texturas e estruturas num solo; interpretar resultados de uma atividade experimental e concluir com base em resultados obtidos através de atividades experimentais. O projeto compreendeu as fases: definição do problema e das questões a pesquisar; planificação do trabalho; pesquisa, seleção e organização de informação; trabalho no campo; trabalho laboratorial; análise dos resultados; apresentação dos resultados sob a forma de poster. No trabalho de campo identificaram-se os locais de amostragem em diferentes substratos geológicos e colheram-se amostras da manta morta e de solo. O trabalho laboratorial incluiu a análise granulométrica através da utilização de peneiros e a determinação das frações de silte e argila recorrendo à sedimentação. Foi possível observar diferentes texturas e características nas várias amostras de solo analisadas. Concluiu-se que a textura e a estrutura condicionam a circulação da água e do ar e a penetração das raízes.

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OS SOLOS - INTERDEPENDÊNCIA ENTRE O MUNDO MINERAL E O MUNDO VIVO

Sara Lucas; Daniela Martins; Diana Matias; Sandra Moreira; Beatriz Rocha

Escola Básica Nº 2 da Lousã

Rua Gil D’Orey, 3220- 240 Lousã

9º Ano, Turma B

Palavras-chave: Húmus; Permeabilidade; Retenção; Solo; Vida. Para permitir a existência de vida, o solo deve possuir determinadas características físico-químicas as quais, na sua maioria, estão dependentes da dimensão e natureza químico - mineralógica das partículas que o constituem. Um perfil vertical no solo revela, em geral, uma variação das suas características com a profundidade, identificando-se diferentes horizontes. As plantas retiram nutrientes do solo e incorporam-nos nos seus tecidos. Se o solo é fértil, estes tecidos são normalmente ricos em nutrientes. Quando as plantas morrem e os tecidos são decompostos, o húmus que se forma é rico, alcalino e escuro. As plantas que se desenvolvem em solos inférteis formam tecidos pobres em nutrientes que se decompõem em húmus ácido. A quantidade de água no solo é muito variável, encontrando-se nos poros e adsorvida à superfície das partículas. Esta última não pode ser utilizada pelas plantas. Este trabalho teve como objetivos: recolher amostras de solo para determinar as suas características; interpretar resultados em função da atividade experimental e concluir com base nos resultados obtidos. O projeto compreendeu as fases: definição do problema e das questões a pesquisar; planificação do trabalho; pesquisa, seleção e organização de informação; trabalho no campo; trabalho laboratorial; análise dos resultados; apresentação dos resultados sob a forma de poster. No trabalho de campo identificaram-se os locais de amostragem, observaram-se características dos diferentes horizontes bem como da cobertura vegetal e recolheram-se amostras de solo. O trabalho laboratorial incluiu a análise da permeabilidade e capacidade de retenção de água, a determinação do teor em água e determinação da percentagem de húmus. Verificou-se que quanto maior a permeabilidade menor é a quantidade de água retida e disponível para os seres vivos. Constatou-se que os solos com partículas mais finas (argilosos) têm grande capacidade de retenção de água, no entanto os coloides húmicos têm ainda maior capacidade de adsorção. Concluiu-se que a existência de diferentes tipos de solo constitui um fator condicionante da distribuição dos seres vivos.

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A IMPORTÂNCIA DAS ANÁLISES FÍSICAS, QUÍMICAS E BACTERIOLÓGICAS NO QUADRO DAS REDES DE

ABASTECIMENTO DE ÁGUA: O EXEMPLO DE CASTELO BRANCO

Rita Ferreira; Inês Frade; João Lima

Escola Secundária/3 Amato Lusitano

Avenida Pedro Álvares Cabral

10º Ano, Turma CSE2 Palavras-chave: Abastecimento de água; Água; Análises Físico-químicas e Bacteriológicas; Laboratório; Tratamento e qualidade da água. Com a construção da Barragem de Stª Águeda, nos anos 80, estão já afastados os tempos em que só com grande custo a população de Castelo Branco se abastecia de água. Neste contexto, orientámos a nossa investigação para a importância da verificação e purificação da água consumida na urbe. Assim, com o objetivo de analisar a qualidade da água, recolhemos duas amostras distintas: uma recolhida diretamente da barragem (amostra 1) e outra de uma torneira privada dentro da malha urbana. Em seguida, no laboratório, procedemos à realização das análises físico-químicas e bacteriológicas da água das duas amostras. Obtivemos resultados bastante desiguais para as duas amostras. A água recolhida diretamente da barragem de Sta. Águeda não é própria para consumo, uma vez que os resultados obtidos não se encontram dentro dos valores estipulados por lei, quer na componente físico-química, quer na parte bacteriológica. Pelo contrário, a água da torneira (amostra 2) é potável, visto que tem todos os valores dentro dos intervalos paramétricos legalmente definidos. Podemos concluir que a água da barragem, a fim de poder ser consumida, necessita de tratamento adequado, e este é, por sua vez, indispensável para garantir a sua qualidade e consequente potabilidade.

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AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE A TEMPERATURA E OS VALORES DE OZONO TROPOSFÉRICO REGISTADOS EM

CASTELO BRANCO ENTRE JUNHO DE 2011 E JANEIRO DE 2012

Sílvia Almeida; Ana Cacheira; Carolina Mateus

Escola Secundária/3 de Amato Lusitano

Av. Pedro Alvares Cabral, 6000-085 Castelo Branco

12º Ano, Turma CT3

Palavras-chave: Castelo Branco; janeiro; junho; Ozono troposférico; Temperatura. Algumas das principais consequências do ozono troposférico na saúde humana são, inicialmente, a tosse, dor de cabeça, náuseas, dores peitorais e falta de ar. Para casos mais graves, quando os valores de ozono são superiores 360 µg/m

3,

durante uma hora, podem verificar-se danos na função pulmonar. Para além da saúde pública, o ozono presente na baixa atmosfera afeta também produções agrícolas que, consequentemente, causam danos económicos devido a culturas perdidas. Dado que a bibliografia evidencia o aumento dos valores do O3 troposférico com o aumento da temperatura, procurámos encontrar esta relação. Assim, foram colocadas, dentro da malha urbana, fitas específicas para monitorização do O3 por um sensor de ozono troposférico. Expostas ao ar, em junho de 2011 (Medição 1) e janeiro de 2012 (Medição 2), durante uma hora, permitiram-nos depois avaliar a presença deste gás em partes por bilião de volume (ppbv). Concluímos que, em junho de 2011, o valor de ozono se aproximava dos 40 ppbv e em janeiro de 2012 era de 35 ppbv. No entanto, os valores de temperatura de junho terão sido algo inferiores ao normal, pelo que os valores obtidos neste mês poderão ter refletido essa realidade. Relativamente aos valores do mês de janeiro, a quase inexistência de nebulosidade, precipitação (inverno muito seco) e as temperaturas anormalmente elevadas (21 °C no momento da Medição 2 e com a média da temperatura máxima deste mês de 11,8 °C), poderão ter condicionado os resultados. Parecendo verificar-se a relação esperada entre a temperatura e os valores de ozono troposférico, há lugar para a continuação do projeto de investigação.

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AS “COBRAS PINTADAS” DE PENHA GARCIA A PALEONTOLOGIA AO SERVIÇO DO DINAMISMO LOCAL

Rui Capinha; Joana Galvão; Filipe Henriques

Escola Secundária/3 Amato Lusitano

Avenida Pedro Álvares Cabral, 6000-085 Castelo Branco

12º Ano, Turma CSE/CT3

Palavras-chave: “Cobras Pintadas”; Desenvolvimento sustentável; Icnofósseis; Penha Garcia Penha Garcia, no concelho de Idanha-a-Nova, é uma das freguesias mais marcadas pela ruralidade em todo o distrito de Castelo Branco. O envelhecimento da população caminha lado a lado com a “fuga” dos poucos jovens que ainda restam. Neste quadro, procurámos identificar potencialidades de índole territorial que pudessem, pelo menos, atenuar o esquecimento a que aquelas áreas tenderiam a ser votadas. Os icnofósseis de Penha Garcia, localmente designadas “Cobras Pintadas”, correspondem aos rastos fossilizados de trilobites que aqui prosperaram, num mar pouco profundo, durante o Período Ordovícico, no Paleozóico Inferior. A qualidade da sua preservação em rochas quartzíticas, integrada num contexto de valorização patrimonial de índole material e imaterial, no quadro de um vasto território, integrado no Geopark Naturtejo, poderá ser uma das últimas oportunidades de potenciar um processo de desenvolvimento sustentável para a região em causa. Tem vindo a ser efetuado algum esforço, por parte de algumas entidades locais e regionais, de forma a dar a conhecer este património, bem como a integrá-lo numa oferta turística diversificada, que aposta num turismo exigente, ao nível cultural e ambiental. No entanto, há que reconhecer que a sobrevivência destes territórios, fragilizados e esquecidos, vai muito para além de um mero conjunto de vontades locais ou regionais. Apenas uma inequívoca aposta dos governantes e uma clara adesão de uma sociedade no sentido de valorizar o local, o endógeno, o diferente poderá, em parte, cercear o caminho para a desertificação humana.

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GEOLOGIA DE PORTUGAL: A ZONA DE OSSA MORENA

Mónica Gonçalves; Mariana Henriques; Daniela Salzone

Escola Secundária com 3º Ciclo D. Dinis Rua Adriano Lucas, 3020-264 Coimbra

12º Ano, Turma A

Palavras-chave: Ciclo de Wilson; Geopatrimónio; Litologia; Orogenia varisca; Tectónica. Este trabalho pretende dar a conhecer uma das zonas tectono-estratigráficas de Portugal – a Zona de Ossa Morena. Os terrenos desta zona cavalgam os da Zona Centro-Ibérica e estendem-se para sul, sendo limitados em Portugal pelo cavalgamento de Ferreira do Alentejo-Ficalho. Na parte portuguesa desta Zona são identificados de norte para sul vários setores com estratigrafia e estrutura diferenciadas: Faixa Blastomilonítica, Alter do Chão-Elvas, Estremoz-Barrancos (onde se diferencia o Anticlinal de Estremoz), Montemor-Ficalho (com individualização do Sinclinal de Cabrela) e o Maciço de Beja (com o subsetor Santa Suzana-Odivelas). O Pré-câmbrico está representado ao longo de uma faixa descontínua e é formado por rochas gneisso-magmáticas e outras metamórficas, mais antigas, e por uma série superior designada por série negra. Discordantemente aparece-nos o conglomerado de idade Câmbrico, ao qual se seguem algumas formações de rochas carbonatadas. Após terem sido sujeitas a metamorfismo originaram, por vezes, mármores de grande interesse ornamental. A evolução tectonomagmática desta zona, durante o ciclo varisco, iniciou-se no Câmbrico inferior mostrando evidências de um estado inicial de rifting intracontinental e de um estádio final colisional. O estádio intermédio apresenta magmatismo de cristas médias-oceânicas, associadas a bacias de margem passiva, o qual está representado na zona em estudo pelos afloramentos das “Sequências Ofiolíticas Internas”. Ao longo do tempo verificaram-se variações nas características geológico/geoquímicas do magnetismo do SW da Cadeia Varisca correspondentes às típicas de um Ciclo de Wilson. Na zona de Ossa Morena podemos destacar alguns locais de interesse geológico, tais como as pedreiras de Estremoz como afloramentos de excelência (são dos principais centros mundiais de extração de mármores ornamentais), e a zona de Barrancos relativamente a fósseis de valor mundial.

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GEOLOGIA DE PORTUGAL: A ZONA CENTRO-IBÉRICA

Tiago Carvalho; Mário Oliveira; Leonardo Santos; Flávio Simões

Escola Secundária com 3º Ciclo D. Dinis Rua Adriano Lucas, 3020-264 Coimbra

12º Ano, Turma A

Palavras-chave: Geoparque Arouca; Livrarias do Mondego; Maciço Hespérico; Orogenia hercínica; Paleozóico.

Tentando aprofundar o nosso conhecimento acerca da Geologia de Portugal, apresentamos neste trabalho a litologia, a estratigrafia e a Tectónica da Zona Centro-Ibérica. Referem-se alguns lugares de interesse geológico da zona. A Zona Centro-Ibérica é a mais extensa das zonas tectono-estratigráficas em Portugal, integra o Maciço Hespérico (cobre 70% da superfície de Portugal). Corresponde ao núcleo de uma antiga cadeia montanhosa formada pela orogenia hercínica ou varisca entre o Devónico e o Carbónico, que formou a maior parte das rochas ígneas e metamorfizou as rochas do Pré-câmbrico e do Paleozoico inferior. A uma grande unidade estratigráfica conhecido por Complexo Xisto-Grauváquico, mas hoje designado formalmente como “Grupo das Beiras” (Pré-câmbrico Superior a Câmbrico), que se encontra bem representado em algumas serras, como por exemplo no Maciço Central. Na nossa região podemos observar este complexo na zona da Portela do Mondego. Em discordância, assentam os metaquartzitos do Ordovícico inferior, a que se sobrepõem rochas xistentas, por vezes ardosíferas. Nas rochas ígneas são também muito extensas; dominam os granitos alcalinos e calco-alcalinos, com rochas básicas muito subordinadas. Dos locais com interesse geológico na nossa zona, escolhemos as livrarias do Mondego, o principal Património Paisagístico da Serra do Buçaco, constituídas predominantemente por camadas de quartzitos do Ordovícico dispostas quase verticalmente - como livros numa estante. Outro local de interesse geológico é o Geopark de Arouca (refiram-se as “pedras parideiras”), e em particular paleontológico (as trilobites de Canelas), sendo mesmo considerado Património Geológico de relevância internacional. Podemos então concluir que a Zona Centro-Ibérica contém diversos locais com uma enorme riqueza Geológica e Paisagística.

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GEOLOGIA DE PORTUGAL: A ZONA GALAICO-TRANSMONTANA

José Bugalho; Fernando Dias; Renato França

Escola secundária com 3º Ciclo D. Dinis Rua Adriano Lucas, 3020-264 Coimbra

12º Ano, Turma A

Palavras-chave: Alóctones; Granitos; Metamorfismo; Orogenia Hercínica; Paleozoico. O objetivo deste trabalho é dar a conhecer a Zona Galaico-Transmontana, nomeadamente no que respeita à geologia, geomorfologia, estratigrafia e tectónica. Esta zona aflora essencialmente na extremidade setentrional de Portugal, sendo as suas características mais marcantes a presença de rochas paleozóicas e grandes extensões de rochas do Pré-câmbrico. Ocupa áreas significativas do norte de Portugal, grande parte da Galiza, parte de Castela e Leão e a província de Cáceres. Nesta zona destaca-se também a abundância de granitos e outras rochas plutónicas, cujo estudo permitiu datar a sua formação de há cerca de 280 milhões de anos (Pérmico). Quanto ao metamorfismo, as formações Pré-Câmbricas mais antigas experimentaram um primeiro metamorfismo de grau elevado, ainda no Pré-câmbrico, e um segundo, de grau mais baixo, durante a orogenia hercínica. O Maciço de Bragança-Vinhais é composto pelos complexos alóctones superiores e intermédio, sendo um complexo polimetamórfico, com características litológicas, estruturais e morfológicas bem marcadas. Na área sul do Concelho de Bragança e na parte oeste do Concelho de Vimioso, surgem terrenos que pertencem ao alóctone inferior e ao ofiolito do maciço metamórfico de Morais, localizado no concelho de Macedo de Cavaleiros. Estas rochas metamórficas correspondem a grandes conjuntos afetados pela orogenia Hercínica, uma colisão continental que fechou o antigo Oceano Rheic no Paleozóico Superior (Devónico a Pérmico). Neste brutal processo de colisão de placas, os complexos polimetamórficos correspondem a materiais sedimentares marinhos e parte da crosta oceânica (o ofiolito) que foram enrugados e transportados ao longo de falhas sub-horizontais (os carreamentos) para cima dos materiais mais antigos da placa Ibérica - o Pré-Câmbrico já anteriormente metamorfizado. Os granitos formaram-se nas zonas de mais intensa compressão, sobretudo na fase final da orogenia.

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GEOLOGIA DE PORTUGAL: A ZONA SUL PORTUGUESA

Zhibek Abdukarimova; André Cruz; Bernardo Rocha

Escola Secundária com 3º Ciclo D. Dinis Rua Adriano Lucas, 3020-264 Coimbra

12º Ano, Turma A

Palavras-chave: Estratigrafia; Litologia; Orogenia varisca; Paleozóico; Tectónica. O objetivo deste estudo é a Zona Sul Portuguesa (ZSP), com especial relevo para a Faixa Piritosa (FP), no âmbito de um mais vasto sobre a Geologia de Portugal. Abordamos a sua litologia e tectónica, bem como locais de interesse geológico/económico. A ZSP situa-se na zona sul-ocidental do Maciço Hespérico e é constituída pelos seguintes domínios: Faixa Piritosa, Grupo do Flysch do Baixo Alentejo, Setor Sudoeste e Antiforma do Pulo do Lobo. A FP constitui a principal fração desta zona, com cerca de 300 km de comprimento. Tem, na sua constituição, rochas sedimentares e vulcânicas, tendo a atividade vulcânica submarina dado origem a importantes jazigos de sulfuretos maciços polimetálicos, explorados em numerosas minas, como por exemplo: São Domingos, Aljustrel, Lousal; Neves-Corvo e Canal-Caveira. A antiforma do Pulo do Lobo é constituída por uma sucessão estratigráfica predominantemente detrítica, do Devónico Superior, com rochas metassedimentares. Outro setor, Setor Sudoeste, tem três entidades estratigraficamente bem diferenciadas: o substrato detrítico, a sequência pelítico-carbonatada e os turbiditos. Os materiais da ZSP formaram-se no âmbito da orogenia hercínica ou varisca, em que o supercontinente Laurásia colidiu com o supercontinente Gondwana, fechando o oceano Rheic. O fecho iniciou-se no Devónico Inferior, e culminou com levantamento generalizado da Cadeia Varisca, no Carbónico Superior-Pérmico. Na fase inicial, partir do final do Devónico, a crusta continental da região sofreu distensão, originando horsts e grabens. Ao longo destas falhas emergiram magmas, o que veio a originar numerosos aparelhos vulcânicos. Já no Carbónico inferior, a zona esteve em franca compressão, recebendo materiais erodidos nas zonas mais centrais da Ibéria, onde as montanhas estavam já elevadas. Podemos concluir que a ZSP é uma zona muito característica e diferente das outras zonas. Contém rochas muito mais recentes em relação às que afloram nas zonas centrais.

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GEOLOGIA DE PORTUGAL: AS ORLAS MESO-CENOZÓICAS

Diogo Carvalho; Daniel Ferreira; Mariana Gil; Dídia Pereira

Escola Secundária com 3º Ciclo D. Dinis Rua Adriano Lucas, 3020-264 Coimbra

12º Ano, Turma A

Palavras-chave: Nível do mar; Orlas; Rochas Sedimentares; Tectónica.

Este trabalho, inserido num projeto com a Geologia de Portugal como tema principal, foca as Orlas Meso-Cenozóicas e sintetiza como se formaram e qual a sua constituição, com base em documentos fornecidos pelo professor, Internet e trabalho de campo. Como o nome indica, localizam-se na zona litoral, Ocidental e Algarvia. As Orlas resultam da acumulação de sedimentos, maioritariamente clásticos do desgaste do Maciço Hespérico e da deposição carbonatada, com controlo tectónico e das transgressões e regressões marinhas. A série mesozóica está associada à abertura do Atlântico e inicia-se por uma série continental detrítica com conglomerados, arenitos e argilas, geralmente de cor vermelha, correspondente ao Triásico Superior. O Jurássico Inferior e Médio são predominantemente carbonatos marinhos. No Jurássico Superior podem-se observar depósitos de fácies marinhos cada vez menos profundos, com calcários recifais, margas lagunares com leitos de carvão, etc., terminando em depósitos clásticos continentais. O Cretácico Inferior é caracterizado por alternâncias clástica-carbonatadas, culminando numa transgressão marinha originando uma série calcária fossilífera. Seguiu-se o Cretácico Superior, com o início da formação de bacias compressivas e fenómenos de vulcanismo. Estas bacias receberam essencialmente depósitos continentais durante o Terciário, com importante controlo tectónico, com ocasionais materiais marinhos transgressivos. No Quaternário, domina a incisão da rede de drenagem, com formação de terraços. Atualmente, algumas deformações continuam a dar-se. O nosso trabalho incluía a pesquisa de locais de interesse geológico na área em estudo. Escolhemos sítios onde ocorrem pegadas de dinossauros. Estas estruturas formaram-se pela passagem destes seres vivos em sedimentos finos, em seguida coberta por sedimentos, com posterior consolidação do conjunto. A erosão acabou por fazer aflorar estas estruturas, como sucede nos locais que destacamos: Cabo Mondego, Pedreira do Avelino e Cabo Espichel, entre outros.

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GEOLOGIA DE PORTUGAL: A BACIA DO BAIXO TEJO E DO SADO

Beatriz Pais; Catarina Martins; Maria Santos; Tiago Pereira

Escola Secundária com 3º ciclo D. Dinis Rua Adriano Lucas, 3020-264 Coimbra

12º Ano, Turma A

Palavras-chave: Bacias Sedimentares; Cenozóico; Geomonumento; Sado; Tejo. No âmbito de um vasto trabalho sobre a Geologia de Portugal, coube-nos tratar a Bacia do Baixo Tejo e do Sado, incluindo o estudo de um geomonumento. A bacia é delimitada a norte e noroeste pelos depósitos mesozóicos da Bacia Lusitânica, a nordeste pela Zona Centro-Ibérica, a nordeste, leste e sudeste pela Zona de Ossa-Morena, a sul pela Zona Sul Portuguesa e a oeste pelo Oceano Atlântico. As bacias sedimentares são zonas de subsidência onde se acumulam materiais transportados, neste caso desde o interior da Ibéria essencialmente pelas águas dos rios Tejo e Sado. De idade terciária, o enchimento é constituído essencialmente por areias mais ou menos grosseiras, com intercalações conglomeráticas e argilosas, e calcários lacustres, constituindo uma película sedimentar sobre rochas da Orla e do Maciço Antigo/Ibérico. A bacia consiste num grande e complexo graben, cuja subsidência resultou do dobramento crustal, marginado por horsts mais elevados a norte (ex.: Sistema Montejunto - Estrela). A compressão que originou estas movimentações verticais resultou da colisão entre as placas Ibérica e Euroasiática, primeiro (fase Pirenaica), e depois entre as placas Africana e Euroasiática (fase Bética). O geomonumento de que tratámos foi as Portas de Ródão, junto ao limite nordeste da bacia em estudo. Aqui, a ação do rio Tejo pode ser visualizada, nomeadamente por terraços sedimentares, resultado da erosão remontante. O geomonumento foi originado pelo encaixe do rio, escavando o seu vale, e que ao encontrar as duas cristas quartzíticas originou uma garganta de rara beleza, estando hoje classificado como um geomonumento. Note-se que o encaixe dos rios se dá, maioritariamente em zonas de falha. Concluímos, portanto, que o rio Tejo e o rio Sado, e logo as suas bacias, são relativamente recentes à escala geológica, mas desde que se formaram são agentes principais da definição da paisagem em vastas áreas do centro de Portugal.

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GEOLOGIA DE PORTUGAL: OS ARQUIPÉLAGOS DA MADEIRA E AÇORES

João Brito; Bruno Carvalho; Gonçalo Martinho

Escola Secundária com 3º Ciclo D. Dinis Rua Adriano Lucas, 3020-264 Coimbra

12º Ano, Turma A

Palavras-chave: Atlântico; Erosão; Geodinâmica; Geomorfologia; Vulcanismo. Este trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de Geologia, tendo como objetivo aprofundar o conhecimento da Geologia de Portugal em geral, e dos arquipélagos da Madeira e Açores em particular, estudando a sua geologia, o seu enquadramento tectónico e a geomorfologia. Os Açores são um arquipélago com vulcanismo ativo, situado sobre um ponto-triplo onde se juntam a Dorsal Média Atlântica (separando a placa Americana das placas Euroasiática e Africana) e a grande falha transformante Açores-Gibraltar, que separa as placas Africana da Euroasiática. As ilhas de Flores e Corvo fazem parte da placa Americana, ao passo que as restantes sete integram a placa Africa ou estão diretamente sobre a falha Açores-Gibraltar (caso de Graciosa, Terceira e S. Miguel). O vulcanismo dos Açores reflete tensões tectónicas diferentes, dominadas pela distensão e com importantes desligamentos. Os efeitos sísmicos verificados no arquipélago estão relacionados com estas tensões e com as movimentações magmáticas. Ao contrário, a Madeira está desde há muito afastada das fronteiras de placas, pelo que o vulcanismo é considerado extinto. Em ambos aos arquipélagos, o vulcanismo é natureza básica, alternando as rochas provenientes de escoadas lávicas com a acumulação de produtos piroclásticos, resultantes de fases explosivas. Com efeito, os piroclásticos constituem uma parte importante dos materiais vulcânicos que formam as ilhas, sendo por natureza pouco coesos. A geomorfologia destes arquipélagos reflete a idade do vulcanismo, Enquanto os açores possuem muitas morfologias típicas das áreas ativas, como cones (como o excelente exemplo da ilha do Pico), caldeiras de colapso, ou escoadas, a ilha da Madeira é montanhosa mas muito irregular, com uma rede hidrográfica extremamente com vales profundos, e litoral escarpado. Toda a região adjacente é crosta oceânica com idade Jurássico ou posterior. Concluímos que os Arquipélagos da Madeira e dos Açores são, no território nacional, as mais evidentes manifestações de atividade vulcânica, bem como da erosão atuante sobre paisagens com esta origem.

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FALHA DA LOUSÃ – RISCO SÍSMICO ASSOCIADO

Laura Barros; Sara Costa; Pedro Filipe; Pedro Marques; Mariana Mendes; Luís Miguez

Escola Secundaria com 3º Ciclo da Lousã

Rua Dr. Antonino Henriques, 3200-232 Lousã

10º, Turma C

Palavras-chave: Falha da Lousã – Seia; Falhas geológicas; Risco Sísmico; Sismos. As falhas geológicas estão diretamente associadas à ocorrência de sismos. Este trabalho pretende avaliar o risco sísmico associado à falha da Lousã, tendo como objetivos mais específicos: conhecer, localizar e caracterizar a falha Lousã – Seia, identificar e avaliar o risco sísmico associado a esta falha e sobretudo aprofundar os nossos conhecimentos sobre falhas e sismologia. A metodologia implementada consistiu na pesquisa junto de várias entidades, nomeadamente, dos Bombeiros Municipais da Lousã e da Proteção Civil, na Biblioteca Municipal da Lousã e do Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Coimbra e na internet. Foi também elaborado e aplicado um inquérito sobre ocorrência de sismos, junto da população local, acima dos 50 anos de idade, numa amostra de 55 pessoas. A pesquisa bibliográfica realizada permitiu-nos conhecer, localizar e caracterizar a Falha da Lousã. Quanto ao risco sísmico associado a esta falha, a pesquisa junto dos Bombeiros Municipais da Lousã e da Proteção Civil revelou-se infrutífera. Já a pesquisa bibliográfica revelou que a região da Lousã se insere na zona de intensidade VII da Escala do Sistema Internacional de Mercalli Modificada, com características de risco sísmico muito forte. Dos inquéritos aplicados junto da população, verificou-se que, num total de 55 pessoas, 37 já sentiram um ou dois sismos locais, com intensidade máxima de grau V na escala de Mercalli. Da análise dos resultados obtidos, verificamos que, apesar da Lousã se localizar numa região de grau de intensidade VII, foram poucos e de baixa intensidade os sismos sentidos, pelos habitantes com idade superior a 55 anos. Assim, podemos concluir que, pelo menos nas últimas décadas, a falha da Lousã não tem potenciado o risco sísmico nos terrenos que interseta.

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UM ITINERÁRIO GEOLÓGICO NA SERRA DA LOUSÃ

Mariana Colaço; Catarina Ferreira; Raquel Ferreira; Ana Gomes; Adriana Lopes; Lisa Lucas; Mariana Neves

Escola Secundária com 3ºciclo da Lousã

Rua Dr. Antonino Henriques, 3200-232 Lousã

11º Ano, Turma B

Palavras-chave: Geologia; Geomorfologia; Geopatrimónio; História; Itinerário. A vila da Lousã situa-se num graben, definido pela faixa de cisalhamento de Porto-Coimbra-Tomar e pela falha Lousã-Seia, em que o soco varisco é coberto por depósitos de origem continental, com idades desde o Albiano médio ao Quaternário. Desde a formação deste graben, essencialmente no Miocénico, funciona como uma bacia sedimentar autónoma, quase isolada do setor litoral. A depressão é ladeada a SE pela Serra da Lousã, um horst de orientação SW-NE, relevo integrante da Cordilheira Central Portuguesa e do complexo montanhoso Luso-Castelhano. A unidade mais antiga pertence ao Grupo das Beiras (Complexo Xisto-Grauváquico Ante-Ordovícico), do Neoproterozóico, constituído por alternâncias de metafilitos e metagrauvaques, que denunciam metamorfismo regional hercínico ou varisco. A Serra da Lousã soergueu-se devido à reativação em inversão da falha tardi-hercínica Lousã-Seia no Tortoniano (Miocénico), pela tectónica compressiva alpina. O ponto mais alto da Serra da Lousã, Alto do Trevim, encontra-se a 1205 m de altitude. Pretendemos construir e validar um itinerário geológico na Serra da Lousã. Este itinerário tem como finalidades: a) dar a conhecer como ocorreu o soerguimento da Serra da Lousã; b) explicar, com base no contexto geológico e pedológico, a localização da vila da Lousã; c) divulgar pontos de interesse do geopatrimónio da Serra da Lousã. Para a elaboração do trabalho, realizámos uma pesquisa em sítios eletrónicos, livros e artigos científicos. Após seleção e organização da informação, construímos um itinerário com duas componentes, uma geológica, outra histórica – Itinerário Geológico da Serra da Lousã. Em colaboração com a Câmara Municipal da Lousã, validámos o percurso. No Trevim observam-se metafilitos e metagrauvaques e, nas rochas originalmente mais arenosas, encontram-se marcas de ondulação. Outro ponto de paragem é a aldeia do Candal, onde as casas são construídas com metafilitos e metafilitos mosqueados, resultantes de metamorfismo de contacto imposta por intrusões graníticas sobre as rochas do Proterozóico. Do miradouro do Gevim, observa-se a vila da Lousã, que está implantada sobre depósitos aluviais e de vertente e, por isso, muito férteis. Pretendemos que, no futuro, este trabalho contribua para desenvolver o turismo geológico da nossa vila.

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SAÚDE E BELEZA? A TERRA CONSEGUE!

Ana Barreira; Vanessa Barreira; Inês Peralta; Bruna Rodrigues; Carina Rodrigues

Escola Secundária de D. Duarte Rua António Augusto Gonçalves, 3041-901 Coimbra

12º Ano, Turmas A e B

Palavras-chave: Água; Beleza; Geologia; Minerais; Saúde. De uma maneira geral, já todos ouvimos falar que a matéria da Terra influencia a nossa saúde e beleza e esse conhecimento, desde que há registos, tem sido usado pela sociedade. O nosso trabalho pretende encontrar uma explicação para essa influência. Para isso, o nosso grupo pesquisou diversos subtemas. As águas termais, por terem uma origem profunda e serem sujeitas a elevadas temperaturas, têm propriedades únicas que as tornam importantes para a saúde. Os minerais, presentes em vários materiais, atuam de forma diferente no nosso organismo, sendo de extrema importância sabermos quais as consequências da exposição do nosso corpo a estes. A argila é uma rocha sedimentar e, por ser composta por sílica, alumínio, ferro, cálcio e sódio, que são elementos de iões negativos, é usada em tratamentos de saúde e de beleza. A argila é importante também em tratamentos que envolvem banhos de lama. As cinzas vulcânicas, por serem constituídas por materiais de reduzida dimensão e por se propagarem pelo ar, entram nas nossas vias respiratórias, provocando, principalmente, o agravamento de certas doenças respiratórias. Com este trabalho, o grupo compreendeu que a Terra é vital para o bem-estar do Homem, sendo importante o estudo da Geologia para identificar o que é benéfico e prejudicial para esse bem-estar. Tudo isto nos impulsiona a fazer um estudo mais detalhado sobre a Terra, a fim de melhorar a saúde e contribuir para a beleza e bem-estar do Homem.

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RISCOS GEOLÓGICOS PREVÊNÇÃO, CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS

André Silveiro, Pedro Correia, Pedro Simões, Renato Teixeira

Escola Secundaria de D. Duarte

Rua António Augusto Gonçalves, 3041-901 Coimbra

12º Ano, Turmas A e B Palavras-chave: Catástrofes; Geologia; Ocupação Antrópica; Prevenção; Riscos Geológicos. Com este trabalho o grupo pretende identificar os riscos que afetam o planeta terrestre na vertente geológica. Como esse objetivo, começaremos por identificar quais os problemas que se levantam no âmbito desta temática, recorrendo a análise da literatura, procurando na sua exposição, ainda que de forma sucinta, explicá-los no seu contexto. Numa fase seguinte, analisaremos as causas e os vários possíveis efeitos dos riscos geológicos identificados. As análises anteriores irão permitir mostrar quais os riscos geológicos, classificar os mesmos, bem como identificar algumas formas de prevenção, desenvolvendo um conjunto de argumentos através dos quais pretendemos alertar para os perigos de uma prevenção deficiente e sem regras. O nosso objetivo central é, assim, desenvolver um trabalho que permita ao público em geral melhor conhecer os riscos geológicos e os pressupostos em que deve assentar uma prevenção segura.

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DIGRESSÃO PELO LITORAL

Cadidjatu Baldé; Adriana Ferreira; Hugo Lucas; Rita Malaguerra; Diogo Serôdio

Escola Secundária de D. Duarte Rua António Augusto Gonçalves, 3041-901 Coimbra

12º Ano, Turma B

Palavras-chave: Dinamismo Geológico; Erosão Costeira; Litoral; Riscos Geológicos. O litoral português é reconhecido pela sua importância a nível paisagístico, patrimonial e ecológico. Portugal exibe uma extensa linha costeira que está a ser ameaçada pelo homem e a levantar consequências e problemas graves aos quais o homem não conseguirá responder. O objetivo deste trabalho é saber se a erosão costeira é apenas uma causa natural ou se há intervenção do homem, identificar quais as suas consequências e causas, como prevenir a erosão costeira intensiva, investigar e aplicar os nossos conhecimentos aos casos de erosão costeira na figueira da foz e nas praias algarvias e aprender mais sobre este tema de uma forma interessante partilhando as nossas ideias. Este trabalho está enquadrado na disciplina de geologia sobre o estudo das zonas costeiras, da área de ciências e tecnologias. Para o desenvolvimento do trabalho pretendemos investigar em manuais, livros e via internet e aplicar os nossos conhecimentos aos casos da Figueira da Foz e de algumas praias do algarve genericamente. Com este trabalho pretendemos ficar a conhecer melhor a dinâmica do litoral e as causas pelas quais a costa portuguesa está a ser cada vez mais ameaçada pela intensa erosão costeira. Este conhecimento permitirá ter uma ideia de como se apresentará a costa portuguesa daqui a alguns anos e que medidas de prevenção será necessário tomar para evitar a degradação da nossa costa.

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A VIDA NO PRÉ-CÂMBRICO

Jano Fontes; Fábio Gomes; Flávio Reis

Escola Secundária de Jaime Cortesão Rua Olímpio Nicolau Rui Fernandes, 3000 Coimbra

12º Ano, Turmas 1 e 2

Palavras-chave: Estromatólitos; Fauna de Ediacara; Pré-Câmbrico; Procariontes. Este trabalho foi realizado no âmbito do estudo do tema “Geohistória” e teve como objetivo pesquisar sobre a vida no Pré-Câmbrico. Pré-Câmbrico é a designação dada aos Éons anteriores ao Fanerozóico e está compreendido entre o início da formação da Terra, há cerca de 4600 milhões de anos, até aos 540 milhões de anos, quando tem início o Período Câmbrico. Neste longo intervalo de tempo apareceram as primeiras formas de vida unicelulares e procariontes quando a atmosfera se tornou propícia à sua sobrevivência. Este facto é comprovado por jazidas paleontológicas excecionais, incluindo as que possuem fósseis de estromatólitos. Terá sido no final do Pré-Câmbrico que surgiram também os primeiros metazoários, sendo os seus vestígios encontrados em Ediacara, na Austrália.

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PALEOZÓICO

Daniel Caramelo; Joana Rodrigues

Escola Secundária de Jaime Cortesão Rua Olímpio Nicolau Rui Fernandes 3000 Coimbra

12º Ano, Turmas 1 e 2

Palavras-chave: Evolução da biosfera; Explosão Cambriana; Extinção em Massa; Paleozóico. O Paleozóico é uma Era do Fanerozóico que se divide em 6 Períodos: Câmbrico, Ordovícico, Silúrico, Devónico, Carbónico e Pérmico. No Câmbrico dá-se uma grande diferenciação de formas de vida (Explosão Cambriana). No Ordovícico, continua a diversificação da vida, nos mares surgem os primeiros agnatas (peixes ainda sem mandíbulas) e vertebrados. No Silúrico, aparecem os primeiros peixes com mandíbulas e as primeiras plantas vasculares que começam a colonização da parte emersa dos continentes. No Devónico, continua a diversificação da vida, surgem os primeiros amonóides, dá-se a diferenciação dos primeiros anfíbios com integração de respiração aquática com respiração aérea e alguns grupos de artrópodes conquistam e colonizam o ambiente continental; este período termina com a extinção de cerca de 80% das espécies vivas existentes. No Período Carbónico, o clima quente e húmido favorece o desenvolvimento de vastas florestas de plantas com esporos (fetos e gimnospérmicas), surgem os primeiros répteis e há uma grande difusão de insetos que incluem libélulas gigantes. No Pérmico, os animais continuam a colonização dos mares e da terra firme e surgem os primeiros mamíferos. No final do Pérmico, extinguem-se cerca de 96% das espécies de seres vivos, no que foi o maior episódio de extinção em massa registado.

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A VIDA NO MESOZÓICO

Filipa Aguiar; Mário Coelho

Escola Secundária de Jaime Cortesão Rua Olímpio Nicolau Rui Fernandes, 3000 Coimbra

12º Ano, Turmas 1 e 2

Palavras-chave: Cretácico; Extinção; Jurássico; Mesozóico; Triásico. Este trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de Geologia (12º ano) e teve como objetivo fazer uma pesquisa sobre a Geohistória da Era Mesozóica. Para a sua realização fizemos pesquisa bibliográfica, recorrendo ao manual escolar e a sítios da Internet. A Era Mesozóica, também conhecida como “Era dos Répteis”, pertence ao Éon Fanerozóico, está compreendida entre os 251 e os 65 Ma e divide-se em três períodos: Triásico, Jurássico e Cretácico. O início do Mesozóico é marcado pela fragmentação do supercontinente Pangea em dois continentes separados pelo Mar de Tétis: a Laurásia e a Gondwana. Nesta Era houve um grande desenvolvimento do grupo dos répteis, incluindo os dinossáurios, que dominaram tanto o ambiente marinho como o continental; surgiram os primeiros mamíferos de pequenas dimensões e as plantas com flor; nos ambientes marinhos profundos proliferaram os cefalópodes como as amonites e os belemnites; criaram-se grandes estruturas recifais de rudistas e coraliários. O fim da Era ficou marcado por uma grande extinção em massa que vitimou cerca de 75% das espécies vivas e extinguiu grandes grupos de animais como os dinossauros e as amonites. Os poucos sobreviventes foram animais que viviam no subsolo, animais necrófagos e plantas com raízes a grandes profundidades. Várias teorias têm vindo a ser formuladas para tentar explicar o sucedido, nunca chegando a um consenso.

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A VIDA NO CENOZÓICO

Bruno Dinis; Filipe Ribeiro; Ruben Santos

Escola Secundária de Jaime Cortesão Rua Olímpio Nicolau Rui Fernandes 3000 Coimbra

12º Ano, Turma 2

Palavras-chave: Cenozóico; Mamíferos; Neogénico; Paleogénico; Quaternário. Este trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de Geologia 12º Ano, como estratégia de estudo do capítulo “Geohistória”. Desenvolveu-se uma pesquisa bibliográfica com o objetivo de conhecer as características da vida no Cenozóico. O Cenozóico iniciou-se há 65 milhões de anos, prolongando-se até à atualidade e divide-se em três períodos: Paleogénico, Neogénico e Quaternário. Quando, no final do Cretácico, os dinossáurios, répteis e muitas plantas que dominaram durante o Mesozóico se extinguiram, foram rapidamente substituídos por novas formas de vida que se desenvolveram no Cenozóico. Esta Era é, assim, caracterizada pela evolução dos mamíferos, das aves e das plantas com flor. Durante o Paleogénico e Neogénico o clima sofreu períodos de arrefecimento moderado, alternando com períodos de aquecimento, e durante o Quaternário a Terra sofreu grandes glaciações, que influenciaram a diversidade biológica.

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DOS RECURSOS GEOLÓGICOS AOS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO UTILIZADOS NA CIDADE DE VISEU

UM PERCURSO DA RUA DIREITA À SÉ

Ana Abreu; Patrick Carvalho; Mafalda Cautela; Cátia Guimarães; Daniel Santos

Escola Secundária de Viriato Estrada Velha de Abraveses, 3511-951 Viseu

12º Ano, Turmas A e C

Palavra-Chave: Guia de campo; Materiais de construção; Percurso geológico; Recursos geológicos. No desenvolvimento da cidade de Viseu são utilizados materiais de construção muito diversificados, que têm origem nos recursos geológicos da região e de outras partes do país. Os materiais de construção podem ser agrupados em: pedra natural; agregados e ligantes; cerâmicas e vidros; metais e ligas metálicas. Neste trabalho procuramos respostas para a questão-problema: De que modo os recursos geológicos são utilizados no percurso que liga a Rua Direita à Sé de Viseu? Damos a conhecer a forma como os recursos geológicos são utilizados no percurso definido e refletimos sobre a necessidade de promovermos a sustentabilidade dos mesmos. Na disciplina de Geologia (12º ano), aquando da lecionação da temática Exploração de minerais e de materiais de construção e ornamentais, vamos construir um guia de campo com atividades muito diversificadas para o percurso que liga a Rua Direita à Sé de Viseu. Estas recaem sobre: identificação de diferentes materiais de construção e das suas aplicações no percurso definido; estabelecimento de relações entre os materiais de construção utilizados e os minerais e as rochas que lhe deram origem; e reflexão acerca da importância dos recursos geológicos no desenvolvimento da cidade de Viseu. Este documento vai ser disponibilizado à comunidade educativa para que possa ser utilizado por professores de Ciências Naturais e de Biologia e Geologia (7º, 10º e 11º anos de escolaridade) na abordagem da temática da gestão sustentável dos recursos geológicos. Conhecer o percurso de transformação e os critérios que foram utilizados na seleção dos recursos geológicos convoca-nos para uma maior sensibilização e valorização dos mesmos na sociedade atual e para a necessidade de promovermos a sua gestão sustentável.

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DOS RECURSOS GEOLÓGICOS AOS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO UTILIZADOS NA CIDADE DE VISEU

UM PERCURSO DA CAVA DE VIRIATO À SÉ

Ana Aparício; Beatriz Costa; Fábio Gomes; Cátia Lopes; Marlene Martins

Escola Secundária de Viriato Estrada Velha de Abraveses, 3511-951 Viseu

12º Ano, Turmas A e C

Palavras-chave: Guia de campo; Materiais de construção; Percurso geológico; Recursos geológicos. Os recursos geológicos constituem uma fonte de matérias-primas que são utilizadas pelo Homem para produzir materiais de construção essenciais para o desenvolvimento da sociedade. A sua exploração tem crescido muito nos últimos anos devido, sobretudo, ao aumento da população e às exigências da mesma. Neste trabalho procuramos respostas para a questão-problema: De que modo os recursos geológicos são utilizados no percurso que liga a Cava de Viriato à Sé de Viseu? Ao revelarmos o modo como os recursos geológicos são utilizados no percurso definido, na forma de pedra natural, de agregados e ligantes, de cerâmicas e vidros e de metais e ligas metálicas, suscitamos a reflexão acerca da necessidade de promovermos a sua sustentabilidade. No âmbito da disciplina de Geologia (12º ano), no decorrer da lecionação da temática Exploração de minerais e de materiais de construção e ornamentais, vamos conceber um guia de campo com atividades muito diversificadas. Estas recaem sobre: identificação de materiais de construção e das suas aplicações no percurso definido; estabelecimento de relações entre os materiais de construção utilizados e os minerais e as rochas que lhes deram origem; e reflexão acerca da importância dos recursos geológicos no desenvolvimento da cidade de Viseu. Este documento vai ser partilhado com os professores de Ciências Naturais e de Biologia e Geologia (7º, 10º e 11º ano de escolaridade) da nossa escola, de modo a que também eles possam utilizá-lo com os seus alunos, despertando-os para a importância dos recursos geológicos nos materiais de construção utilizados na cidade de Viseu e sensibilizando-os para a necessidade de fazerem uma gestão sustentável dos mesmos, contribuindo para a sustentabilidade do planeta Terra.

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DOS RECURSOS GEOLÓGICOS AOS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO UTILIZADOS NA CIDADE DE VISEU

UM PERCURSO DA RUA FORMOSA À SÉ

Pedro Correia; Melissa Ferreira; Fábio Jesus; Diana Rodrigues; Lucas Simões

Escola Secundária de Viriato Estrada Velha de Abraveses, 3511-951 Viseu

12º Ano, Turmas A e C

Palavras-chave: Guia de campo; Materiais de construção; Percurso geológico; Recursos geológicos. O Homem usa recursos geológicos para obter materiais de construção que utiliza no desenvolvimento da sociedade. O aumento da população e das necessidades de consumo a ela inerentes tem contribuído para a sobre-exploração dos recursos geológicos. Neste trabalho procuramos respostas para a questão-problema: De que modo os recursos geológicos são utilizados no percurso que liga a Rua Formosa à Sé de Viseu? Revelamos o modo como os recursos geológicos são utilizados no percurso definido, na forma de pedra natural, de agregados e ligantes, de cerâmicas e vidros e de metais e ligas metálicas e refletimos acerca da necessidade de promovermos a sua sustentabilidade. Na disciplina de Geologia (12º ano), aquando da lecionação da temática Exploração de minerais e de materiais de construção e ornamentais, vamos construir um guia de campo que permita dar a conhecer o modo como são utilizados os recursos geológicos no percurso que liga a Rua Formosa à Sé de Viseu. Vamos procurar analisá-los de forma integrada e compreendê-los sob o ponto de vista geológico, social, económico, artístico e histórico. Os recursos geológicos que integram grande parte das construções da cidade de Viseu devem ser utilizados de forma sustentável, de modo a não comprometer o desenvolvimento das gerações futuras. Torna-se, por isso, importante que outros alunos da comunidade educativa utilizem, no futuro, o guia de campo que vamos construir, para que, também eles, possam reconhecer a importância dos recursos geológicos nos materiais de construção utilizados na cidade de Viseu e sejam sensibilizados para a necessidade de fazerem uma gestão sustentável dos mesmos, contribuindo para a sustentabilidade do planeta Terra.

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APRENDER GEOLOGIA NA PRAIA DA CONCHA

Ana Lourenço; João Magalhães; Adriana Nobre; Joana Santos; Manuel Santos

Escola Secundária Eng. Acácio Calazans Duarte

Rua Professor Alberto Nery Capucho, 2430-231, Marinha Grande

10º Ano, Turma C

Palavras-chave: Abrasão costeira; Ação antrópica; Deformação; Geodiversidade; Paleontologia. O trabalho que nos propusemos realizar surgiu no âmbito da disciplina de Biologia e Geologia do 10º ano de escolaridade e com ele quisemos compreender a importância de conservar a geodiversidade da Praia da Concha e compreender a evolução que a Praia tem vindo a sofrer nas últimas décadas. Para tal, foram definidos os seguintes problemas centrais: O recuo da linha de costa, na Praia da Concha, poderá estar relacionado com a natureza das suas arribas? Qual a riqueza geológica e paleontológica das suas arribas? Posteriormente, definimos os seguintes objetivos específicos: Conhecer a litologia da Praia da Concha; Identificar estruturas de deformação das rochas; Reconhecer a diversidade paleontológica; Identificar ações antrópicas que contribuem para o recuo da linha de costa. Para respondermos aos problemas formulados utilizámos diversas metodologias: pesquisa bibliográfica em artigos científicos, jornais e internet, colaboração na construção de um guião de campo e aulas de campo, onde pudemos observar in loco, elaborar esquemas e tirar fotografias, para mais tarde analisarmos. Chegámos à conclusão que a Praia da Concha está em risco, pelo avanço rápido do mar e abrasão marítima, o que leva ao desabamento de arribas que são de natureza calcária e calco-margosa. Com a sua destruição, perde-se a exposição de um conjunto paleontológico, bem como duma série de estruturas geológicas (dobras e falhas) de enorme interesse pedagógico. Para além da evolução natural, as ações antrópicas estão a causar o aceleramento do seu desaparecimento. Inevitavelmente, o Homem sofrerá as consequências, não só através da perda de uma área de grande interesse a vários níveis, como o didático, de lazer e turístico, como também da perda da geodiversidade exposta. Daí a importância da divulgação da situação em que se encontra a Praia, visando a preservação deste sítio de interesse geológico.

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METEORIZAÇÃO EM MONUMENTOS DA ALTA COIMBRÃ

Ana Pires; Catarina Saraiva; Gabriel Vidinha

Escola Secundária Infanta D. Maria

Rua Infanta D. Maria, 3030-330 Coimbra

10º Ano, Turma C

Palavras-chave: Calcários; Desenvolvimento sustentável; Meteorização; Porta Especiosa; Sé Velha. Com este trabalho pretendemos refletir sobre os sinais de meteorização que são evidentes em alguns monumentos da alta coimbrã, em particular na Porta Férrea (Universidade de Coimbra) e na Porta Especiosa (Sé Velha). A adoçam de atitudes e valores relacionados com a consciencialização pessoal, social e ambiental, visando uma educação para a cidadania é uma das competências a desenvolver no âmbito da disciplina de Biologia e Geologia do 10º ano de escolaridade. Com vista ao desenvolvimento dessa competência, realizou-se esta pesquisa enquadrada nos temas “A Terra e os seus subsistemas em interação” e “As rochas, arquivos que relatam a História da Terra”, recorrendo à pesquisa bibliográfica e ao trabalho de campo. Os resultados obtidos mostram que os calcários utilizados nos monumentos da alta coimbrã apresentam notórios sinais de vários tipos de meteorização, o que traduz a fragilidade desta rocha. A ação da água acidificada é mais evidente nas imagens que adornam os dois locais referidos, pois apresentam maior área exposta. Assim sendo, há que zelar pela sua conservação e, na perspetiva de um desenvolvimento sustentável, consideramos que há uma necessidade premente de restrição da circulação automóvel nas zonas mencionadas, nomeadamente nos espaços circundantes da Porta Férrea. A utilização de transportes alternativos, como a bicicleta, o automóvel partilhado ou apenas os transportes públicos, seria uma solução a adotar para salvar um património emblemático da cidade onde sobressai o calcário de Ançã.

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O VESÚVIO

Hugo Agante; Ana Amaral; Patrícia Girão; Eduardo Mateus; Carolina Santos

Escola Secundária José Falcão Av. D. Afonso Henriques, 3001-654 Coimbra

10º Ano, Turma 1

Palavras-Chave: Estratovulcão; Nápoles; Pompeia; Riscos associados aos vulcões; Vesúvio. Existem regiões que, pelas suas características geológicas e localização, apresentam vulcanismo, como é o caso da Itália. Um dos vulcões italianos mais famosos é o Vesúvio, nomeadamente, devido à grande destruição da cidade de Pompeia, no ano 79 d.C.. Destacaram-se também as erupções dos anos 472, 512, 1631 e 1872. Assim sendo, com o desenvolvimento deste trabalho pretendemos responder a várias questões, como por exemplo: Como são as suas erupções? Qual o nível de alerta atual e plano de emergência? Como é feita a sua monitorização? O Vesúvio situa-se na província de Nápoles, em Itália, no limite das placas Euroasiática e Africana, o que proporciona grande atividade tectónica devido à convergência de placas. No passado, a erupção deste vulcão destruiu completamente a cidade de Pompeia com uma nuvem ardente. Atualmente, ameaça perigosamente a cidade de Nápoles, embora, desde 1944, se limite a expelir alguns gases, poeiras e vapor de água. Além disso, a cidade encontra-se agora prevenida e em constante alerta. O Vesúvio apresenta um tipo de vulcanismo central com erupções efusivas e explosivas alternadas, o que o caracteriza como estratovulcão, e a lava tem uma percentagem de sílica intermédia. Uma nova erupção matará uma percentagem reduzida de pessoas, relativamente à de Pompeia. Contudo, destruirá inevitavelmente a cidade e a paisagem, provocando uma grande queda na economia e no turismo. Com a realização deste trabalho ficámos a saber mais sobre a história deste vulcão e o quão importante é o plano de emergência de uma cidade na prevenção de catástrofes.

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VULCÃO MONTE STª. HELENA

João Braz; Luís Grilo; João Rosa; Miguel Rosendo; Pedro Sousa

Escola Secundária José Falcão Av. D. Afonso Henriques, 3001-654 Coimbra

10º Ano, Turma 1

Palavras-chave: Atividade vulcânica explosiva; Estado de Washington; Vulcão Monte St

a. Helena; Vulcanismo central.

Com este trabalho de pesquisa pretende-se compreender melhor o vulcanismo, mais especificamente, no caso do vulcão Monte Stª. Helena. Este, atualmente com uma altitude de 2549 metros, situa-se no estado de Washington, nos E.U.A. e faz parte do anel de fogo do Pacífico, na placa tectónica Americana. As erupções características deste vulcão são do tipo central e explosivas, portanto, com um tipo de lava ácida sendo a percentagem de sílica superior a 65%. Apesar do vulcão ter estado adormecido durante 120 anos, a 1 de abril de 1980 sucedeu-se uma violenta erupção que destruiu por completo uma vertente do cone vulcânico, originando sismos cuja magnitude atingiu os 5,1 na escala de Richter. Atualmente, o vulcão Monte de Stª. Helena encontra-se ativo, mas com um nível de alerta entre o verde e o amarelo. Isto significa que o vulcão, apesar de estar ativo, não apresenta um risco elevado de erupção. Devido ao facto de se localizar numa reserva natural, uma hipotética erupção representaria um reduzido perigo para o ser humano, pois devastaria sobretudo o habitat natural dos animais e plantas que se localizam neste parque. Para este vulcão não existe um plano de evacuação. Com este trabalho sobre o vulcanismo, ficámos a conhecer a sua importância, os seus perigos e as formas de prevenção.

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O ETERNO KRAKATOA

Mariana Gomes; João Patrício; Maria Silva; Inês Viseu

Escola Secundária José Falcão Av. D. Afonso Henriques, 3001-654 Coimbra

10º Ano, Turma 1

Palavras-chave: Atividade vulcânica explosiva; Krakatoa; Limites convergentes; Tsunami; Vulcão ativo. Com este trabalho, sobre o vulcão Krakatoa, pretende-se perceber com mais pormenor o tipo de vulcanismo que marcou a Terra, no fim do século XIX: a grande explosão, o tsunami e o nascimento do novo vulcão (Anak Krakatoa). O vulcão Krakatoa situa-se na Indonésia, numa zona de convergência entre a placa Euroasiática e a placa Australiana. Explodiu em 1883, dando origem a um tsunami que destruiu grande parte da ilha e que dizimou muitas vidas numa vasta região em redor. De modo a evitar mais mortes, evacuaram todas a zonas próximas da ilha vulcânica e, por isso, as ilhas à sua volta estão, atualmente, praticamente desertas. Conclui-se que foi uma erupção que constitui um marco na História, devido às suas grandes dimensões e, ainda, devido aos milhares de vítimas que causou. Uma explosão possível do ‘’filho’’ do Krakatoa provocaria danos mais desastrosos, comparados com os provocados pelo próprio Krakatoa, pois quando os três montes se transformaram num só criaram uma enorme caldeira com cerca de 50 km de profundidade e um depósito de lava de grandes

dimensões.

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MONTE FUJI – O GIGANTE ADORMECIDO

Elsa Carneiro; Francisco Nunes; Catarina Rodrigues; Duarte Rodrigues; Ana Silva

Escola Secundária José Falcão

Av. D. Afonso Henriques, 3001-654 Coimbra

10º Ano, Turma 1 Palavras-chave: Atividade vulcânica mista; Estratovulcão; Monte Fuji; Vulcão adormecido. Com este trabalho de pesquisa sobre o vulcão Fuji pretende-se perceber e dar a conhecer as suas características e a sua atividade vulcânica. O vulcão Fuji tem 3776 metros de altitude e está situado na ilha de Honshu, no Japão, no limite convergente entre a placa Euro-asiática e a placa das Filipinas, em que esta última subducta a primeira. A primeira vez a ser escalado foi em 663 por um monge. A sua última erupção data de 16 de dezembro de 1707 e foi explosiva, sendo uma exceção visto que todas as erupções anteriores foram efusivas, o que torna este vulcão estratiforme. Apesar de adormecido, uma vez que existe atividade sísmica e vulcanismo secundário na região, o Fuji representa um grande perigo para as populações próximas, pois localiza-se numa região perto de Tokyo, Osaka e Nagoya (cidades com mais de 65 milhões de habitantes). Assim, uma nova erupção poderia causar vários danos, tais como: irritações respiratórias e oculares, habitações sem água potável e eletricidade, estradas interditas e tráfego aéreo comprometido. Através do estudo deste vulcão, os cientistas tentam: explicar as suas particularidades, prever a próxima erupção, prever terramotos e conhecer melhor a dinâmica das placas tectónicas. Após a elaboração deste trabalho ficámos a saber que, apesar de um vulcão estar adormecido, pode entrar em erupção e provocar vários danos materiais e mortes.

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VULCÃO KILAUEA

Carolina Baena; Beatriz Costa; Carlos Polónio; Ana Reis;

Escola Secundária José Falcão Av. D. Afonso Henriques, 3001-654 Coimbra

10º Ano, Turma 1

Palavras-chave: Geologia; Vulcanismo; Vulcão Kilauea; Tectónica. Com este trabalho de pesquisa pretende-se compreender melhor o vulcanismo, mais especificamente, no caso do vulcão Kilauea. Este situa-se no arquipélago do Havai e está inserido no anel de fogo do Pacífico, no centro da placa do Pacífico. Tem de coordenadas 22°12′39″N, 159°24′34″W e situa-se na ilha Havai, integrando o Parque Nacional dos Vulcões do Havai. Tem origem num ponto quente e o vulcanismo é fissural. Todavia, forma um cone vulcânico. As erupções ocorrem com emissão de lavas básicas, sendo, por isso, a atividade vulcânica do tipo efusiva. Com o esvaziamento da câmara magmática, houve um abatimento do cone formando-se uma caldeira vulcânica. Em 1998, foi considerado o vulcão com maior atividade e também o vulcão mais visitado. Desde 1952, ocorreram 34 erupções e desde janeiro de 1983 que se encontra em erupção contínua. Os últimos impactos das erupções foram: estradas fechadas; doenças respiratórias e cardíacas devido à exposição a gases. Em face aos dados obtidos, através da monitorização do vulcão, foi possível detetar: anomalias físicas e químicas como a deformação no cone vulcânico, a variação da temperatura da água e do solo nas proximidades dos vulcões e a alteração da composição dos gases emanados. A partir dos danos causados e com a monitorização e estudo das características do vulcão é possível elaborar medidas de prevenção para a região, no entanto, o perigo para a população é reduzido, uma vez que este vulcão se situa num parque nacional longe de construções. Com este trabalho conclui-se que a Terra é um planeta muito ativo, como se pode comprovar pela existência de vulcões em atividade. Pode-se ainda afirmar que os vulcões podem ser perigosos para as populações, embora também possam trazer benefícios, pois são uma atração turística e são uma fonte de fertilização dos solos.

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ETNA, O VULCÃO DA ATUALIDADE

Sara Azevedo; Sofia Bachini; Maria João Carreira; Hugo Tellechea; Rita Pinto

Escola Secundária José Falcão

Avenida Afonso Henriques, 3001-645 Coimbra

10º Ano, Turma 1

Palavras-chave: Erupção submarina; Etna; Sicília. Com este trabalho de pesquisa pretende-se compreender melhor o vulcanismo, mais especificamente, no caso do vulcão Etna. Este é o vulcão mais alto da Europa. Localiza-se na Sicília, Itália e, tectonicamente, na Placa Euroasiática. Tem um diâmetro maior que 40 km e uma altura de 3350 metros. O Etna, com as suas erupções frequentes, que duram de poucos dias até alguns anos, muda constantemente. Estas mudanças traduzem-se na variação nos materiais emitidos. Normalmente, as erupções são de tipo construtivo, mas, às vezes, são de tipo destrutivo, com colapsos das vertentes que dão origem a depressões de cerca de 1 km de profundidade e, frequentemente, as lavas vão para o seu interior. O vulcão Etna nasceu de uma erupção submarina há cerca de 500.000 anos. No passado, o Etna entrou em erupção várias vezes, mas a pior erupção aconteceu em 1669, quando as escoadas de lava destruíram parte da Catânia. As erupções recentes mais famosas são: a de 1910, quando se formaram 23 novas crateras, a de 1917, quando a lava chegou até mais que 800 m acima da cratera e a de 1923, quando a lava permaneceu com temperaturas elevadas até 18 meses após o fim da erupção. O vulcão Etna emite continuamente gases e fumos da cratera e pode entrar em erupção a qualquer momento.

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EVOLUÇÃO CENOZÓICA DA MARGEM OCIDENTAL PORTUGUESA

André Bento; Diogo Coelho; Vanessa Leal

Instituto Educativo do Juncal

Rua de Santo António, 2480-852 Juncal

12º Ano, Turmas A e B

Palavras-chave: Cenozóico; Ciclo Alpino; Margem continental; Portugal. Este trabalho tem como finalidade dar continuidade ao estudo realizado no ano anterior sobre a evolução mesozóica da Margem Ocidental Portuguesa, dando a conhecer a evolução durante a era cenozóica. A Orla Meso-Cenozóica Ocidental de Portugal é constituída, essencialmente, por sedimentos mesozóicos depositados na Bacia Lusitânica, posteriormente remobilizados por atividade tectónica compressiva, e pelos depósitos cenozóicos ligados a essa tectónica e à drenagem do interior da Ibéria. A partir do fim do Cretácico, mas sobretudo durante o Paleogénico, a placa ibérica foi deformada por uma compressão N-S, rodando para NW-SE e intensificando-se a partir do final do Miocénico. No Paleogénico, a sedimentação é sobretudo constituída por material clástico continental, depositado no Sudeste da bacia Lusitânica e material clástico e carbonatos marinhos pouco profundos no Norte da bacia Lusitânica. No Neogénico ocorreu de novo um período de subsidência e transgressão no Sul da bacia Lusitânica, onde foram acumuladas espessas sequências de materiais terrígenos e de carbonatos marinhos pouco profundos. A transição Pliocénico-Quaternário corresponde a uma fase de aplanamento e formação de depósitos continentais característicos. Posteriormente, a conjugação das oscilações glácio-eustáticas do nível do mar e da elevação epirogénica conduziu à formação de terraços fluviais e marinhos

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PATRIMÓNIO PALEONTOLÓGICO DA MINA DA GUIMAROTA

Patrícia Nascimento; Pedro Lourenço

Instituto Educativo do Juncal Rua de Santo António, 248-852 Juncal

12º Ano, Turma B

Palavras-chave: Fósseis; Jurássico; Mamíferos; Mina; Património. A mina da Guimarota localiza-se na Rua Vale de Lobos, no bairro da Guimarota, na cidade de Leiria . É uma mina de onde se extraiu lenhite. Há 150 milhões de anos, no período do Jurássico Superior, o local onde se situa a Guimarota seria um pântano costeiro, onde entraria pontualmente água salgada. Este pântano era provavelmente evitado pelos dinossauros de grandes dimensões devido ao chão lamacento, o que permitiu a sobrevivência de pequenos mamíferos ancestrais de toupeiras e musaranhos. Após o fecho desta mina de lenhite em 1982, foram extraídos por paleontólogos alemães, da Universidade Livre de Berlim, milhares de fósseis que permitiram a construção do paleoambiente e permitiram também distinguir os ancestrais mamíferos. Nesta antiga exploração de carvão encontra-se encerrada nas suas camadas carbonáceas uma das mais importantes faunas de mamíferos mesozóicos a nível mundial. O conteúdo fossilífero revelou a presença de restos de plantas (macrorrestos, pólenes e carófitas), lamelibrânquios, gastrópodes, peixes, répteis, dinossauros, pterossauros, aves (próximas de Archaeopterix) e mamíferos representados por exemplares correspondentes a quatro ordens (Docodonta, Multituberculata, Dryolestida e Zatheria) dos quais ocorrem ossos, por vezes dando esqueletos completos incluindo crânios, peças bocais e inúmeros dentes. Foi nesta mina que foi encontrado o primeiro esqueleto de um mamífero do Jurássico. Os mais “famosos” mamíferos encontrados aqui são o Henkelotherium guimarotae, descoberto em 1976. É o esqueleto mais completo deste ser vivo, e serviu para o descrever. Era um mamífero insectívoro, do grupo dos Paurotodínios, que habitava nas árvores. Outro mamífero encontrado é o Haldanodon exspectatus, sendo o primeiro Docodonte descoberto a nível mundial. Este mamífero apresentava características diferentes do anterior, sendo um ser vivo com um estilo de vida semelhante ao das atuais toupeiras. Devido à importância mundial dos achados paleontológicos, ao valor cultural, científico, educacional, económico para a região deste local é importante que a mina seja musealizada de modo a ser protegida de agressões ambientais e antrópicas de que tem sido alvo nos últimos anos.

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A DESCOBERTA DE VESTÍGIOS DE LEOPARDO, PANTHERA PARDUS (LINEU, 1758), NO ALGAR DA MANGA LARGA

José Cardoso; João Carreira; Sabina Comendinha

Instituto Educativo do Juncal, Rua de Santo António, 2480-852 Juncal

12º Ano, Turmas A e B

Palavras-chave: Algar da manga larga; Leopardo; Paleontologia; Plistocénico. O Maciço Calcário Estremenho teve a sua origem em movimentos tectónicos da crusta terrestre, resultantes da colisão da placa africana com a placa euro-asiática, durante o ciclo Alpino, que emergiu após milhares de anos de movimentações das placas. Sendo que apresenta um relevo vigoroso e dada a natureza calcária da maior parte das rochas, tem paisagens bastante peculiares, como o Polje de Minde e os muitos algares. Localiza-se no centro de Portugal, a uma distância aproximada de 20 km do Oceano Atlântico e chega a atingir a altura de 680 m. Constitui parte do Parque Nacional da Serra de Aire e Candeeiros. O Algar da Manga Larga situa-se na parte ocidental do Planalto de Santo António, do Maciço Calcário Estremenho. É uma cavidade cársica de desenvolvimento vertical, que se desenvolveu através da dissolução de calcários jurássicos do Batoniano, com cerca de 160 Ma. É, também, o algar mais profundo conhecido em Portugal. Durante uma ação de reconhecimento do Algar, em 2003, promovida pela Associação de Estudos Subterrâneos e Defesa do Ambiente (AESDA), de Torres Vedras, permitiu concluir que se estava na presença de um grande felídeo, Panthera pardus. Uma nova descida ao local, que permitiu confirmar a determinação específica do leopardo, do ponto de vista biométrico. A ausência de grande parte do esqueleto, a distribuição espacial dos vestígios e o próprio local em que se encontram, indiciam a intervenção de fatores pós-deposicionais, pelo que se admite que o conjunto osteológico tenha provindo de um espaço subterrâneo superior, na sequência de um abatimento. Não existem elementos estratigráficos ou materiais que permitam um enquadramento cronológico deste conjunto. A expansão do leopardo na Europa atingiu o apogeu em finais do Plistocénico Médio, início do Plistocénico Superior. A degradação climática, no decurso de Wurn, parece estar na origem da extinção do leopardo europeu, que não terá sobrevivido para além do Aurignacense em território extrapeninsular. Na realidade, a Península Ibérica parece ter constituído o último reduto do leopardo na Europa, tendo em consideração alguns dos contextos arqueológicos de Portugal e de Espanha. Concluindo, fica definida uma vasta faixa temporal, com cerca de 700 mil anos, que abarca todo o Plistocénico Médio e Superior. O que permite admitir que o leopardo do Algar da Manga Larga poderá ter, com maior probabilidade, uma antiguidade de 20000 a 35 000 anos.

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PERIGOSIDADE GEOLÓGICA NA CALÇADA DO BRAVO, LEIRIA

Bruno Silva; Ricardo Ferreira

Instituto Educativo do Juncal, Rua de Santo António, 2408-852 Juncal

12º Ano, Turmas A e B

Palavras-chave: Deslizamentos; Leiria; Perigosidade; Vulnerabilidade. Neste trabalho estudamos a perigosidade geológica existente em alguns locais da cidade de Leiria, em particular na Calçada do Bravo (Rua Pulo VI). Leiria situa-se no centro de Portugal, na Estremadura, com as coordenadas 39º 47′ 37”N, a 8º 48′ 30”W, a 113 m de altitude (Castelo de Leiria). Leiria foi construída no núcleo de uma estrutura anticlinal diapírica, cuja zona de charneira foi já erodida, que se sobrepões a uma falha orientada segundo NE-SW que corresponde ao alinhamento Pombal – Leiria - Caldas da Rainha. A maior parte deste núcleo é formado por rochas afetadas pelo processo de halocinése, e os flancos correspondem a formações jurássicas, cretácicas e terciárias. Os flancos apresentam pendores elevados, ou seja forte inclinação, podendo ocorrer camadas verticais e até invertidas. O anticlinal que atravessa Leiria é de perfil assimétrico, e resulta de uma compressão no sentido SE-NW a N-S. A zona em estudo localiza-se no flanco NE do anticlinal, correspondente à formação J3ab, Jurássico Superior (Lusitaniano Inferior - Oxfordiano). Esta formação é constituída por um conjunto de bancadas de calcários e margas. Nesta zona já foram registados movimentos de massa. Movimentos de massa são deslocações de grandes porções de rochas ou de terra provocadas pela inclinação acentuada, movidas essencialmente pela força gravítica. Os movimentos podem causar grandes danos materiais e humanos, assim como alterar de forma significativa a paisagem. As quedas de blocos são o tipo de movimento de massa associado ao local, condicionadas por agentes erosivos, como a vegetação ou a água. O sopé da zona foi alterado de modo a ser possível construir habitações, o que aumenta a vulnerabilidade das mesmas aos movimentos de massa. O aumento da vulnerabilidade deste local resulta do desaterro necessário para a construção dos edifícios, à existência de um lençol freático, que em períodos de maior pluviosidade torna ainda mais instáveis os taludes, associada à falta de mecanismo de estabilização dos taludes e à atividade antrópica (vibração causada pelo tráfico automóvel regular). Os deslizamentos de massas poderão ser minimizados através de estudos geológicos e geotécnicos que suportarão todas as decisões sobre o ordenamento da cidade de Leiria, restringido determinados locais à atividade antrópica.

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FIXAÇÃO DE CO2 ATRAVÉS DE MICROALGAS: DO TUBO DE ENSAIO À ESCALA INDUSTRIAL

Joana Amado; Catarina Augusto; David Calado; Jéssica Carreira; Verónica

Raposo

Instituto Educativo do Juncal Rua de Santo António, 2408-852 Juncal

12º Ano, Turma A

Palavras-chave: Biocombustível; Captura CO2; Efeito de Estufa; Microalgas; Projeto ambiental. O presente trabalho pretende abordar as potencialidades das microalgas como fixadoras de CO2 atmosférico, diminuindo a poluição e o efeito de estufa, ao mesmo tempo que produzem biomassa e, desta, biocombustível. Em particular, pretende-se esclarecer de que forma este processo pode ser implementado pelas indústrias emissoras de CO2. Através de uma visita orientada pela Cibra-Pataias, empresa de referência no fabrico de cimento branco, tivemos conhecimento de um projeto tecnológico – captação de CO2 e produção industrial de biomassa através de microalgas. Este projeto desenvolvido em parceria pelas empresas Secil e AlgaFuel na Fábrica Cibra-Pataias, foi galardoado na Feira Internacional Pollutec em Paris com o Prémio Environmental Innovation for Europe e distinguido ainda através do Prémio Nacional de Inovação Ambiental, em 2009. A estratégia da empresa no combate às alterações climáticas centra-se fundamentalmente na redução da pegada do carbono, que no caso desta unidade fabril está associada à libertação para a atmosfera de CO2 pelo uso de energia proveniente de combustíveis fósseis direta (combustão nos fornos e nos transportes) ou indiretamente (energia elétrica), e ao processo de fabrico do constituinte principal do cimento, o clinquer. Este projeto está ainda numa fase inicial e é necessário aumentar a sua escala, mas está já instalada na Cibra de Pataias uma unidade-piloto, formada por tubos transparentes onde as proliferam as algas – um sistema de “fotobioreactores tubulares” até atingir dimensão industrial. Trata-se de um projeto de grande interesse ambiental, em função do desenvolvimento sustentável e da regulação dos gases poluentes, e que deve servir de exemplo a todas as grandes unidades industriais poluidoras do nosso país e do mundo.

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GALOPIMNITES: AS BONECAS DE AREIA

Raquel de Almeida; Ricardo Batista; Rúben Marques; Flávia Monteiro

Instituto Educativo do Juncal Rua da Santo António, 2480-852 Juncal

11º Ano, Turma A

Palavras-chave: Areias quártzicas; Bonecas-de-areia; Galopimnites; Lapa. Como explicar a existência de “bonecas-de-areia” em pleno maciço calcário estremenho? A partir desta situação-problema definimos como objetivo localizar, identificar e caracterizar estas estruturas. Em particular, abordamos os exemplares que surgem numa lapa (uma caverna pouco profunda) da Serra dos Candeeiros. A partir do estudo da carta geológica 27-A à escala 1/50.000, de Vila Nova de Ourém e da respetiva notícia explicativa, identificámos uma faixa de arenitos a meia vertente da encosta oeste da Serra dos Candeeiros. Numa saída de campo conseguimos localizar a lapa, onde, de acordo com dados de pesquisa bibliográfica, existiriam as “bonecas-de-areia”. No campo, fizemos uma recolha fotográfica da área em estudo e recolhemos amostras de material geológico. Em laboratório realizámos vários procedimentos para verificar a reação à presença de HCl e água, analisámos as areias à lupa binocular e estudámos a sua dureza. Verificámos que as “bonecas-de-areias” correspondem a associações de concreções com formas muito variadas, normalmente de forma esférica, constituídas por areias aglutinadas por um cimento. O estudo em laboratório permitiu confirmar a existência de um cimento carbonatado (CaCO3), por reação com HCl. A análise da dureza revelou a existência de areias quartzíticas, devido à sua elevada dureza. À lupa binocular estas areias são constituídas por grãos de tamanho mais ou menos uniforme, redondos e subarredondados, incolores, amarelos e rosados. Os grãos de maiores dimensões apresentam um picotado eólico conforme referido na bibliografia. O termo “bonecas-de-areia” resulta da semelhança destas estruturas esferoidais em cachos com as conhecidas “bonecas-de-loess” e o termo galopimnites resulta de uma homenagem ao Prof. Galopim de Carvalho pelo trabalho de caracterização destas estruturas. As galopimnites são mais um ex-líbris da nossa região.

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ROCHAS MAGMÁTICAS EM PLENO CARSO

Lino Amado; Ricardo Casqueiro; Carina Damásio; João Pescada; Bárbara Vale

Instituto Educativo do Juncal Rua da Santo António, 2480-852 Juncal

11º Ano, Turma B

Palavras-chave: Afloramentos; Disjunção Esferoidal; Disjunção Prismática Meteorização; Rochas magmáticas. Existirão no maciço calcário estremenho rochas magmáticas? Foi este o ponto de partida para o nosso trabalho que tem como principal objetivo identificar, localizar e caracterizar rochas magmáticas existentes no maciço. Após a análise das cartas geológicas de Leiria, Alcobaça, Vila Nova de Ourém e Caldas da Rainha, verificámos que existem vários afloramentos de natureza magmática na nossa região, nomeadamente: Morro do Castelo – Leiria, Bairro dos Capuchos – Leiria, S. Bartolomeu – Nazaré, Morro do Castelo - Porto de Mós, Alqueidão da Serra – Porto de Mós e Portela de Teira – Rio Maior. Selecionámos, para visita e recolha de amostras, estes três últimos locais que se inserem na Orla Meso-Cenozóica Ocidental portuguesa e estão associados à abertura do norte do Oceano Atlântico, com as suas diversas fases de rifting. A segunda fase de atividade ígnea, do final do Jurássico e início do Cretácico inferior, de natureza alcalina, transicional, com idades entre aproximadamente 130 e 150 Ma, é representada por numerosos afloramentos, situados entre Rio Maior e Soure, e está associada ao regime distensivo que entre o Triásico Superior e o Cretácico Superior afetou a Margem Ocidental Ibérica onde se instalou a Bacia Lusitânica. Dado que a resistência destas rochas, mesmo se por vezes alteradas, tende a ser superior à das rochas sedimentares encaixantes, os corpos ígneos formam frequentemente afloramentos topograficamente elevados, tal é o caso do Morro do castelo de Porto de Mós, constituído por um dolerito profundamente alterado por meteorização química, enquanto em Alqueidão da Serra encontramos dolerito com disjunção esferoidal em que à meteorização química se junta a física. Na povoação de Portela da Teira existe um afloramento, explorado para pedreira, que faz parte de um enorme filão-camada basáltico com vários quilómetros de extensão, que se apresenta sob a forma de disjunção prismática. Concluímos, desta forma, que no maciço calcário estremenho existem vários afloramentos de rochas magmáticas, alguns dos quais de elevado interesse geológico e paisagístico.

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A EXPLORAÇÃO DE ROCHAS PARA CALÇADA PORTUGUESA

Rui Parrilha; Rafael Pereira; Carolina Ribeiro; Fábio Ribeiro

Instituto Educativo do Juncal Rua de Santo António, 2480-852 JUNCAL

10º Ano, Turma A

Palavras-chave: Calçada Portuguesa; Calcário preto; Jurássico; Maciço Calcário Estremenho; Pedreira. A realização deste trabalho teve como principal objetivo conhecer aspetos relacionados com a exploração de pedra para calçada portuguesa na freguesia de Alqueidão da Serra, pertencente ao concelho de Porto de Mós. Tendo em conta que a calçada faz parte da tradição e património português, há a salientar que em Portugal continental a maioria das rochas utilizadas para esse fim são provenientes de pequenas explorações a céu aberto de pequenas dimensões e muito pouco mecanizadas, envolvendo poucos trabalhadores. Na zona em estudo existem atualmente cerca de 5 pedreiras que exploram o calcário preto e 16 a explorar o calcário cinzento-escuro. Os calcários usados para calçada são compactos e de dureza média. Os mais utilizados apresentam cor branca, no entanto, devido a impurezas podem apresentar uma cor cinzenta, rosa ou negra. As diferentes cores dos calcários são função do ambiente aquando da sua génese ou da diagénese. As cores são tanto mais escuras quanto maior o teor de argilas, de óxidos, carbonoso ou de sulfuretos. O que despertou o interesse pelo tema foi o facto de existirem na zona as únicas pedreiras, a nível nacional, que extraem e produzem pedras de calçada de calcário negro. Exploram calcários micríticos do Batoniano (Jurássico Médio) e do Oxfordiano-Kimeridgiano (Jurássico Superior), formados em ambiente de baixa energia de plataforma litoral, em que a cor negra resulta de significativo teor carbonoso e de pirite, associada a uma intrusão dolerítica (rocha ígnea básica) que acentuou a incarbonização. Foi efetuada uma saída de campo para identificação de explorações de rocha para calçada portuguesa na localidade de Alqueidão da Serra. Foram recolhidas amostras de rochas do Jurássico Superior com diferentes tonalidades e no laboratório foram feitos ensaios da reação ao ácido, concluindo-se que todas as rochas amostradas eram calcários. Em Portugal, ocorrem nas orlas meso-cenozóicas. O trabalho desenvolvido permitiu constatar que estas explorações, com um desenvolvimento tecnológico ainda muito manual, têm reduzido impacto e são de fácil recuperação após encerramento, pelo que poderão conciliar o desenvolvimento da região com a preservação dos recursos geoambientais.

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UM RIO, UM PROJETO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

André Coutinho; Mário Coutinho; Luís Paulo; Manuel Rosa

Instituto Educativo do Juncal Rua Santo António, 2480-852 Juncal

10º Ano, Turma A

Palavras-chave: Antropização; Biodiversidade; Carso; Projeto Rios; Rio Lena. O principal objetivo deste trabalho é o estudo da bio e geodiversidade de um troço de 500 m do rio Lena, afluente do rio Lis, próximo da nascente e junto da povoação de Ribeira de Cima, concelho de Porto de Mós. O trabalho integra-se no Projeto Rios, que visa a participação social na conservação dos espaços fluviais e que tem mobilizado muitos alunos e escolas do país. A área analisada integra-se no Parque Natural das Serras d’Aire e Candeeiros (PNSAC), uma área protegida de elevado interesse geológico, biológico e paisagístico, extremamente rica em fenómenos cársicos. Os habitats cársicos são considerados peculiares e dinâmicos na sua geomorfologia, hidrologia e ecologia, mas muito vulneráveis a ações antrópicas, em especial quando há exploração de recursos. Mesmo na nascente os caudais são significativos, pois trata-se de uma exsurgência cársica permanente. O troço do rio analisado corre sobre aluviões do fundo do vale do diapiro de Porto de Mós, em que unidades argilo-evaporíticas afloram limitadas por falhas. A metodologia utilizada envolveu uma saída de campo para recolha de dados geográficos, físico-químicos, etnográficos e biológicos, no sentido de avaliar o estado do troço em estudo. Destes se concluiu que a margem direita se encontra mais naturalizada e com maior abundância de vegetação ripícola, enquanto a margem esquerda se encontra mais humanizada. Relativamente à biodiversidade, foram identificados diretamente em campo e, posteriormente, em laboratório, um conjunto de macroinvertebrados característicos de águas em boas condições, o que se deve, em parte, ao facto do troço analisado se encontrar próximo da nascente, onde os efeitos de poluição são menores. Por outro lado, constatou-se que a água tem sido aproveitada para regar as culturas e a sua corrente tem fornecido energia para o funcionamento de moinhos de água, mas na zona em estudo foi identificado um único moinho em funcionamento. Importa, assim, alertar para a fragilidade e preservação deste património aquífero, biológico e etnográfico, sendo que este sistema natural constitui um recurso indispensável ao Homem, no passado e no presente, sendo a água doce um bem cada vez mais precioso.

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LOURINHÃ - CAPITAL DOS DINOSSAUROS

Filipa Ferreira; Catarina Marques; Joana Paulino; Joana Ribeiro

Instituto Educativo do Juncal

Rua Santo António, 2480-852 Juncal

10º, Turma A

Palavras-chave: Dinossauros; Estratigrafia; Museologia; Paleontologia; Rochas Sedimentares. Partindo dos temas: “As rochas – arquivos que relatam a história da Terra” e “Princípios da Estratigrafia”, lecionados no 10.º ano, na disciplina de Biologia e Geologia, o trabalho pretendeu fazer uma análise das formações geológicas das praias do Caniçal e da Consolação, nos concelhos da Lourinhã e Peniche, respetivamente, salientando-se a importância dos princípios da estratigrafia e dos processos de fossilização. Como ponto de partida para a elaboração do trabalho, foi realizada, por um lado, uma visita de estudo às referidas praias e, por outro, uma visita guiada ao Museu da Lourinhã. A visita ao Museu permitiu contactar com espécimes pertencentes ao seu acervo e com o trabalho desenvolvido no âmbito da investigação em paleontologia. O museu alberga várias partes esqueléticas e pegadas de dinossauros herbívoros e carnívoros, descobertos na região da Lourinhã, os quais têm sido alvo de estudos científicos. De entre a diversidade de fósseis, salienta-se o dinossauro denominado Lourinhanossaurus antunesi. Na saída de campo à praia do Caniçal foram observados aspetos geológicos, nomeadamente os episódios de sedimentação detrítica com cerca de 150 Ma, do Jurássico Superior, uma falha tectónica e um filão magmático, o único vestígio de rochas magmáticas neste troço do litoral. O filão e a falha ilustram o princípio da interseção, sendo que a rocha que constitui o filão e a fratura são mais recentes que a sequência sedimentar que atravessam. Na praia da Consolação observou-se uma grande variedade de fósseis, nomeadamente corais, equinodermes, bivalves e gastrópodes, o que permitiu reconstituir o seu paleoambiente, que seria marinho de baixa profundidade, com águas relativamente quentes. Assim, o Museu da Lourinhã e o seu laboratório de Paleontologia comprovam que os locais visitados são privilegiados para a compreensão e aquisição de conhecimentos sobre a história da Terra, particularmente da região, devido à boa exposição das suas arribas e ao facto de ser o concelho da Europa mais produtivo em fósseis do Jurássico Superior.

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CONFERÊNCIA

No VII Congresso dos Jovens Geocientistas “Geociências e Sociedade” será

proferida uma conferência no âmbito de uma área de atuação das Geociências,

demonstrando a importância deste campo de conhecimento no passado, no

presente e no futuro.

1. “Petróleo: a luz de rocha” Conferencista: Rui Pena dos Reis, Professor Catedrático da Universidade de Coimbra, Departamento de Ciências da Terra