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ISSN 2176-1213 - Semin. de IC. da UFPA, Belém, v. 22, n.1, 2011 1.07.00.00-5 GEOCIÊNCIAS

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ISSN 2176-1213 - Semin. de IC. da UFPA, Belém, v. 22, n.1, 2011

1.07.00.00-5 GEOCIÊNCIAS

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1.07.01.00-1 GEOLOGIA

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ISSN 2176-1213 - Semin. de IC. da UFPA, Belém, v. 22, n.1, 2011

CADERNO TEMÁTICO – IGARAPÉ: EROSÃO, TRANSPORTE E INTEMPERISMO.

Tiago Lopes Cirino (Bolsista PIBIC/AF/UFPA) – [email protected]

Curso de Ciências Naturais, Faculdade de Ciências Naturais, Instituto de Ciências Exatas e Naturais.

Prof. Dr. Ronaldo Lopes Rodrigues Mendes (Orientador) – [email protected]

Programa de Pós-Graduação em Gestão de Recursos Naturais e Desenvolvimento Local da Amazônia (PPGEDAM), Núcleo de Meio Ambiente (NUMA).

Caderno temático (paradidático) sobre a temática Igarapé, voltado para o ensino de Ciências Naturais. O presente caderno tem como objetivo apoiar professores e alunos do curso de Ciências Naturais na compreensão da dinâmica dos cursos d’água da Amazônia, bem como a influência do homem sobre esses igarapés, sem fronteira disciplinar (biologia, química, geologia, geografia, entre outros). Neste contexto, o caderno temático “Igarapé: erosão, transporte e intemperismo” trata de assuntos como a classificação dos igarapés, a cor de suas águas o fluxo hídrico no decorrer do ano, seu papel na bacia hidrográfica, a influência do avanço populacional sobre suas margens, o papel da mata ciliar e a importância dos igarapés para a fauna e flora. De forma específica, o Caderno também trata: da presença de sedimentos e matéria orgânica nas águas e na calha dos igarapés; da sazonalidade (períodos de cheia e de seca), destacando ainda que a grande densidade de drenagem da Amazônia decorre, em especial, do alto índice pluviométrico; enfatiza que os igarapés são de extrema importância para a bacia hidrográfica, pois são os responsáveis por canalizar a água provinda do escoamento superficial. Além disso, discute a importância da preservação desses pequenos cursos d’água para a manutenção da fauna e da flora, assim como para o próprio ser humano. Aborda também sobre contaminações destes cursos d’água, causados pelo homem através do lixo e do esgoto. Alerta sobre os riscos da ausência da mata ciliar, capaz de causar impactos ambientais como o assoreamento, os quais podem provocar a morte dos igarapés e conseqüentemente, escassez de água para consumo humano.

Palavras-chave: Caderno Temático, Igarapé, Amazônia

Título do projeto do orientador: Elaboração de Cadernos Temáticos

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.

Grande-área: Ciências Exatas e da Terra

Área: Outros

Subárea: Ciências Ambientais

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ANÁLISE MINERALÓGICA DOS PELITOS NEOPROTEROZÓICOS DA FORMAÇÃO DIAMANTINO, SUL DO CRÁTON AMAZÔNICO E FAIXA PARAGUAI, ESTADO DO MATO GROSSO

Anderson Felipe da Costa Freitas (Bolsista PIBIC/CNPQ ) – [email protected] de Geologia, Universidade Federal do Pará

Prof. Dr. Afonso César Rodrigues Nogueira (Orientador) - [email protected] de Geologia, Universidade Federal do Pará

A Formação Diamantino representa depósitos siliciclasticos que datam da transição Neoproterozóico-Cambriano, e representam a aglutinação de blocos continentais que deram origem ao supercontinente Gondwana. Durante a colisão desses blocos continentais (Amazônico e Paranapanema) ocorreu o confinamento do oceano clymine e soerguimento de áreas a sudeste, servindo como fontes parciais que abasteceram os depósitos sedimentares do Grupo Alto Paraguai, o qual esta inserida a Formação Diamantino em seu topo, representando a última deposição deste segmento. A pelítica da Formação Diamantino representa os depósitos de origem lacustre, de cor avermelhada. A análise mineralógica indica a presença de quartzo, hematita, illita e esmectita. A análise de Fluorescência de Raios-X destaca a presença de SiO2 (69%), Al2O3 (17,48%), Fe2O3 (3,48%) e K2O (2,69%) como os elementos maiores. Os elementos menores são TiO2 (0,68%), MnO (0,05%), MgO (0,84%), CaO (0,04%), P2O5 (0,09%), ZrO2

(0,04%) e Rb2O (0,01%). A maior parte de Fe2O3 está associada ao cimento de hematita que dá uma coloração avermelhada aos depósitos da Formação Diamantino. MnO também pode estar presente na estrutura deste mineral. Uma parte de potássio ocupa o espaço interlayer das camadas 2:1 de illita. O P2O5 e ZrO2 podem estar associados a minerais acessórios e pesados que não foram identificados na difratometria de raios-x. O domínio de esmectitas detríticas revela deposição a partir de suspensões em praticamente toda a extensão do sistema deposicional, sendo condizente com ambientes calmos, típicos de sistemas lacustres. A presença de illita no topo da sucessão esta associada a transformação da esmectita detrítica, sugerindo uma flutuação da lâmina d’água. Assim, propõe-se um modelo onde esmectitas detríticas teriam sido introduzidas em grande volume para áreas profundas durante períodos de nível de base elevado.

Titulo do projeto do orientador: Hidrocarbonetos em carbonatos pré-cambrianos do sul do cráton amazônico: um estudo inicial dos sistemas petrolíferos pós- snowball earth

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.Grande-área: Ciências Exatas e da TerraÁrea: GeociênciasSubárea: Estratigrafia

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PERFIS PALEOECOLÓGICOS DA FORMAÇÃO PIRABAS (MIOCENO INFERIOR), ESTADO DO PARÁ

Saulo da Silva NUNES (Bolsista PIBIC/FAPESPA)- [email protected] Curso de Geologia/Faculdade de Geologia/Instituto de Geociências

Prof. Dr. Vladimir de Araújo TÁVORA (Orientador)- [email protected] de Geologia/Faculdade de Geologia/Instituto de Geociências

A estratigrafia dos ecossistemas trata a evolução da comunidade para definição dos seus avanços ecológicos ao longo do tempo, e estruturada por cenozonas, comunidades e ecotratos que resultam na sequência estratigráfica com seu detalhamento ecológico, favorecendo a reconstrução das mudanças do nível do mar em escala regional e/ou global. Com base nas informações geológicas e paleontológicas nos afloramentos e perfurações nas dez localidades estudadas, que incluiu caracterização litofaciológica, paleontológica e paleobiológica- feições preservacionais, além da mineralogia e relação siliciclásticos/carbonatos. Por esta razão estão fora desta estrutura ecoestratigráfica os estratos afossilíferos, muito embora sejam relacionados geneticamente. A combinação destes dados de acordo com modelos estabelecidos na literatura específica sobre o tema resultou na caracterização de unidades paleoecológicas, descritas e definidas em dez geológicos, sendo cinco de superfície e cinco de subsuperfície. Os perfis de superfície trabalhados foram Ilha de Fortaleza- Município de São João de Pirabas, a seção tipo da Formação Pirabas, Baunilha Grande- Município de Quatipuru, Mina B-17- Município de Capanema, Aricuru- Município de Maracanã e Salinópolis- município homônimo. As litofacies identificadas incluem biocalcarenitos estratificados, biocalcarenitos maciços, biocalcirruditos, calcilutitos, margas, folhelhos e biohermitos, além de argilas com e sem concreções com crustáceos decápodes em seu interior e arenitos afossilíferos.Os elementos fósseis associados a estas rochas são pólen, nanofósseis calcários, foraminíferos, poríferos, corais, micro e macrobriozoários, moluscos biválvios, gastrópodes e cefalópodes, crustáceos decápodes, ostracodes, cirrípedes balanomorfos, equinodermas, peixes, mamíferos sirenídeos e répteis crocodilianos e quelônios, além de restos vegetais e icnofósseis. Já os perfis de subsuperfície investigados foram as perfurações CB-UFPa-P1(85) e São Bernardo, realizados no Município de Capanema, bem como os furos F-NC/05 e F-NC/18 na região de Nova Canindé e RKS-03 na planície costeira, todos no município de Bragança. A caracterização litofaciológica individualizou biocalcarenitos não estratificados, biocalcirruditos argilosos, biocalcirruditos, margas, argilitos e arenitos maciços. A paleobiota está representada por fragmentos de conchas de equinóides, biválvios e gastrópodes, poríferos, corais, cirrípedes balanomorfos, colônias de macrobriozoários e microbriozoários, espinhos de equinóides, foraminíferos, prováveis cistos de algas e ostracodes. As análises qualitativas e quantitativas do conteúdo fossilífero da Formação Pirabas associadas às suas morfologias funcionais e afinidade filogenética a luz do atualismo, possibilitou a caracterização desta unidade como uma associação de diferentes paleoambientes interligados entre si. As análises dos paleoinvertebrados e microfósseis caracterizaram o mar de Pirabas como raso e de fundo rochoso com freqüentes variações desde marinho plataformal (principalmente plataforma interna) a costeiro e transicional (incluído lagunas e mangues). As análises tafonômicas dos fósseis encontrados nos estratos dessa formação condicionam à ambientes de águas calmas, quentes e limpas, com salinidade normal que diminuia em direção as bordas. Essas interpretações são consistentes com as informações obtidas pelas características faciológicas, embora há registros de momentos de maior agitação justificada pela presença de ondas de tempestades. Assim, foram definidas quatro unidades paleoecológicas relacionadas a ambientes de plataforma interna, recife, laguna e mangue, cujo arranjo evidencia padrão geral progradacional depositados em sistema estuarino. A consecução desta pesquisa permitiu a caracterização das unidades paleoecológicas nos dez perfis estudados, através da integração entre os dados litofaciológicos e paleobiológicos, e a correlação das unidades definidas entre as localidades, avaliar a extensão e distribuição das mesmas e, visualizar o arranjo dos depósitos da Formação Pirabas.

Palavras-Chave: Paleobiologia, Unidades Paleoecológicas, Formação Pirabas

Título do projeto do orientador: EVOLUÇÃO PALEOAMBIENTAL DAS PLANICIUES COSTEIRAS DE CURUÇA E DE MARACANÃ (NE DO PARÁ)

Classificação do trabalho na Tabela de áreas do Conhecimento no CNPq.Grande-área: Ciências Exatas e da TerraÁrea: GeologiaSubárea: Paleontologia Estratigráfica

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BIOTITIZAÇÃO DE ROCHAS GABROICAS MINERALIZADAS EM Cu E Au NO ALVO VISCONDE, REGIÃO DE CARAJÁS.

Camila Marques dos SANTOS (Bolsista PIBIC/FAPESPA) - [email protected] Curso de Geologia, Faculdade de Geologia, Instituto de Geociências.

Prof. Dr. Raimundo Netuno Nobre VILLAS (Orientador) - [email protected] de Geologia, Faculdade de Geologia, Instituto de Geociências.

Biotitização de rochas gabroicas mineralizadas em Cu e Au no alvo Visconde, região de Carajás. A área do Alvo Visconde revela litotipos diversos, que incluem rochas granitoides, gabroicas e vulcânicas félsicas. O enfoque deste trabalho é dado às rochas gabroicas e à biotitização, processo este durante o qual a área foi mais intensamente mineralizada com cobre e ouro. As rochas gabroicas são, de modo geral, cinza escuro, de granulação média e apresentam variedades isótropas, foliadas e bandadas. Estão variavelmente alteradas e ocorrem em contato com rochas vulcânicas félsicas e máfico/ultramáficas. Quanto à alteração, são reconhecidas variedades pouco, moderada e intensamente alteradas. Constatou-se que sericitização e silicificação são os principais tipos de alteração observados nos litotipos pouco alterados, enquanto que nos moderadamente alteradas são registradas também biotitização e escapolitização. Nas variedades intensamente alteradas, biotitização e escapolitização são ubíquas e obliteram todas as feições primárias da rocha. A biotita é o principal mineral de alteração na maioria dos casos, principalmente nas variedades moderada e intensamente alteradas, substituindo parcial ou totalmente quase todos os minerais primários ou preenchendo fraturas, caso em que é acompanhada de anfibólio e algum sulfeto. Nesses veios ela é substituída preferencialmente por calcopirita. Do ponto de vista químico, observa-se que, das menos para as mais alteradas, houve aporte de K 2O (de 2,5 para 5,3%), MgO (de 6,2 para 9,9%), Fe2O3 (de 12,4 para 15%) e remoção de CaO (6,3 para 2,9%), Na2O (3,3 para 1,8%) e SiO2 (53,2 para 46,5%). Não houve mudanças significativas nos teores de Al2O3 (de 13,6 para 12,6%). A biotitização foi favorecida principalmente em contatos litológicos e zonas de cisalhamento. Os fluidos devem ter sido enriquecidos em K, Mg e Fe, e a presença de escapolita aponta para altas salinidades, enquanto a associação magnetita + calcopirita do minério assinala condições relativamente redutoras.

Palavras-chave: rochas gabroicas, alteração hidrotermal, biotitização

Titulo do projeto do orientador: Instituto de Geociências da Amazônia – Magmatismo, Evolução Crustal e Metalogênese.

Grande-área: Ciências Exatas e da TerraÁrea: GeociênciasSubárea: Geologia

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ISSN 2176-1213 - Semin. de IC. da UFPA, Belém, v. 22, n.1, 2011

GEOCRONOLOGIA DAS ROCHAS ENCAIXANTES E HOSPEDEIRAS E DO MINÉRIO AURÍFERO SULFETADO NO ALVO CENTRAL, PROVÍNCIA AURÍFERA DO TAPAJÓS, ESTADO DO PARÁ

Carlos Alberto Dos Santos SILVA Junior (Bolsista PIBIC/CNPq) – [email protected] de Geologia, Instituto de Geociências

Prof. Dr. Evandro Luiz KLEIN (Orientador) – [email protected] de Pós Graduação em Geologia e Geoquímica, Instituto de Geociências

Este trabalho concentra-se no Alvo Central do depósito Aurífero do Cuiú-Cuiú, Província Tapajós, e está inserido no objetivo global de fortalecer o entendimento da metalogênese do depósito do Cuiú-Cuiú por meio da caracterização petrográfica da alteração hidrotermal e das rochas hospedeiras do minério; obtenção da idade das rochas hospedeiras da mineralização aurífera; a estimativa da idade de deposição do minério aurífero sulfetado; relacionar a formação do depósito com a evolução conhecida da província. Concentrados minerais (zircão e pirita) para análises isotópicas foram obtidos por meio de técnicas convencionais de redução de amostras. A análise petrográfica das rochas do Alvo Central indica que as principais rochas hospedeiras são sienogranitos e monzogranitos. São compostos por quartzo, feldspato alcalino, plagioclásio e muscovita. Essas rochas encontram-se fortemente alteradas por hidrotermalismo, responsável pela mineralização de minerais opacos e pela forte alteração do plagioclásio. As rochas são cortadas por fraturas preenchidas por carbonato, muscovita, sericita e clorita, além de sulfetos, que, na maioria das vezes, mascaram as feições texturais primárias. A análise geocronológica de um granito porfirítico encaixante e hospedeiro da mineralização no Alvo Central utilizou o método Pb-Pb por evaporação em zircão. Foi obtida uma idade média de 1884.1 ± 3.3 Ma (MSWD=1,9). Essa idade, interpretada como a de cristalização do granito, pode ser correlacionada com o posicionamento da Suíte Intrusiva Parauari. A análise dos sulfetos por lixiviação sequencial de Pb, para estimativa da idade de deposição do minério, estava em curso no momento da redação deste resumo.

Palavras-chave: Metalogênese, Geocronologia, Tapajós, Pb-Pb.

Título do projeto do orientador: Metalogênese do campo mineralizado do Cuiú-Cuiú, Província Aurífera do Tapajós, Estado do Pará.

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.Grande-área: Ciências Exatas e da TerraÁrea: MetalogeniaSubárea: Geocronologia

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ISSN 2176-1213 - Semin. de IC. da UFPA, Belém, v. 22, n.1, 2011

ARRANJO GEOMÉTRICO DAS ROCHAS ENCAIXANTES E DO DEPÓSITO AURÍFERO DA MINA DE AURIZONA (MA).

Iara Maria dos SANTOS (BolsistaPIBIC/CNPq) - [email protected] . Curso de Geologia, Faculdade de Geologia, Instituto de Geociências.

Prof. Dr. Roberto Vizeu Lima PINHEIRO (Orientador) - [email protected]. Curso de Geologia, Faculdade de Geologia, Instituto de Geociências.

Este estudo propõe investigar, em escala de detalhe, a distribuição da deformação em rochas vulcânicas do Grupo Aurizona e na Suíte Tromaí com destaque para o Tonalito Cândido Mendes, onde ocorre a mineralização aurífera em destaque. Ajazida está posicionada no contato entre tonalito e metavulcânicas, comdireção principal NE-SW, discordante da direção geral NW- SE do Cinturão de Cisalhamento Gurupi, adjacente.A Mina de ouro do Aurizona estálocalizada na região de Godofredo Viana-MA. O trabalho foi executado em parceria com a Mineração Aurizona S/A e geroua cartografia geológica e estrutural na mina, em escala de detalhe (1:2.000), acompanhada de texto descritivo e explicativo.Usou-se ferramentas básicas de mapeamento estrutural, destacando o Sensoriamento Remoto, Geologia Estrutural e Geologia de Depósitos Auríferos, com atenção para as tramas hidrotermais e geometria de condutos de fluidos mineralizados em nível crustal médio e raso. O depósito possui evidências tectônicas de um típico depósito hidrotermal, com tramas cataclásticas relacionadas à presenta de fluidos auríferos. O tonalito mostra-seafetado por processos hidrotermais destacando-se rochas sericitizadas, caulinizadas, silicificadas, e grafitosas, com texturas neoformadas sobrepostas àtrama ígnea pretérita. O depósito possui faixas NE-SW intercaladas de rochas com diferentes graus de alteração, truncadas por bandas de cisalhamento cataclásticas. Tramas brechadas e em stockingwork são bastante comuns reforçandoa ligação do depósito à ação de fluidos hidrotermais. Veios de quartzo, auríferos ou não, cortam as rochas, com espessuras centimétricas a métricas. Os veios apresentam baixos ângulos de mergulho, por vezes sub-horizontais,associadados ao resfriamento da cúpula do tonalito e a fases finais do bombeamento hidrotermal. Admite-se a possibilidade de implantação de importantes zonas cataclásticas tardias, ajustadas em parte pela presença do contato entre as rochas vulcânicas e a intrusão discordante a trama regional do Cinturão Gurupi, caracterizando um importante conduto de fluidos hidrotermais em escala regional.

Palavras-chave: Hidrotermalismo; Faixa Gurupi; Veios Auríferos.

Titulo do projeto do orientador: Controle Estrutural do Depósito Jiboia - Rio Gurupi PA.

Grande-área: Ciências Exatas e da Terra.Área:Geociências.Subárea:Geologia.

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GEOLOGIA E GEOCRONOLOGIA DO GRANITO PALITO, ROCHA HOSPEDEIRA DO DEPÓSITO AURÍFERO DO PALITO

Leonardo Bruno Marreira de AQUINO (Bolsista PIBIC/UFPA-AF) - [email protected] Curso de Geologia, Faculdade de Geologia, Instituto de Geociências.

Prof. Dr. Marcio Dias SANTOS (Orientador) - [email protected] de Geologia, Faculdade de Geologia, Instituto de Geociências.

O depósito aurífero do Palito consiste em um sistema de veios de quartzo com sulfetos mineralizado a Au e Cu, hospedado nos granitos paleoproterozóicos Palito e Rio Novo e localizado na região do rio Jamanxim, extremo leste da Província Aurífera Tapajós, Município de Itaituba, sudoeste do Estado do Pará.O Granito Palito é intrusivo no Granito Rio Novo e ambos cortam o Granodiorito Fofoquinha. Trabalhos geocronológicos anteriores determinaram as idades Pb-Pb do Granodiorito Fofoquinha (1946 ± 57 Ma) e do Granito Rio Novo (1881 ± 4 Ma). Entretanto, para avançar na questão do modelo genético do depósito Palito seria necessário determinar a idade geocronológica do Granito Palito, o que constituiu no objetivo central deste trabalho. As análises isotópicas para a determinação da idade do Granito Palito foram realizadas no Laboratório de Geologia Isotópica (Pará-Iso) do Instituto de Geociências da UFPA, utilizando a metodologia da evaporação de Pb em cristais de zircão. Os Granitos Palito e Rio Novo são constituídos por feldspato potássico, plagioclásio, quartzo, biotita, hornblenda e titanita e como acessórios ocorrem apatita, zircão, rutilo, pirita e esfalerita. Os dois granitos foram caracterizados petrograficamente como monzogranito, de caráter cálcio-alcalino, típicos de arco magmático. O minério do Palito é constituído por pirita, calcopirita, esfalerita, bismutinita, além de pirrotita, galena e ouro e os principais minerais de ganga são quartzo, sericita, clorita e carbonato. Os veios mineralizado estão instalados ao longo de uma zona de cisalhamento subvertical transcorrente sinistral de direção principal NW-SE que faz parte de uma estrutura maior denominada Lineamento Tocantinzinho.Os resultados geocronológicos obtidos, revelaram uma idade médiade 1883 ± 11 Ma para a cristalização do Granito Palito que se superpõe à idade de 1881 ± 4 Ma obtida anteriormente para o Granito Rio Novo. As idades dos granitos Palito e Rio Novo permitem interpretá-los como granitos orogênicos tarditectônicos do evento Parauari de idade Orosiriana.

Palavras-chave: Província Aurífera do Tapajós, Granito Palito, Geocronologia

Titulo do projeto do orientador:Magmatismo, evolução e Metalogênese da Amazônia (Instituto de Geociências da Amazônia)

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.Grande-área: Ciências Exatas e da TerraÁrea: GeologiaSubárea: Metalogênese

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EXTRAÇÃO DE FEIÇÕES MORFOTECTÔNICAS A PARTIR DE MDE (MODELO DIGITAL DE ELEVAÇÃO): APLICAÇÃO EM ÁREA CHAVE NA ÁREA DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO ITACAIUNAS NA SERRA DOS CARAJÁS.

Thiago do Nascimento ARAÚJO (Bolsista PIBIC/INTERIOR) – [email protected] de Geologia, Faculdade de Geologia de Marabá, Campus Universitário de Marabá.

Prof. M. Sc. Francisco Ribeiro da COSTA (Orientador) - [email protected] Curso de Geologia, Faculdade de Geologia de Marabá, Campus Universitário de Marabá.

Extrações de Feições Morfotectônicas na Bacia Hidrográfica do Rio Itacaiunas na Serra dos Carajás foram extraídas a partir da morfologia e tectônica utilizando dados de MDE (Modelo Digital de Elevação) e SRTM (Shuttle Radar Topography Mission) lineamentos, rede de drenagens e informações morfométricas gerados a partir do DEM-SRTM, seguindo a utilização de programas computacionais (Global Mapper 11; ARCGIS 9.2) em conjunto com bases cartográficas do IBGE, DSG e imagens de satélite CBERS 2, CBERS 2B e LANDSAT, reprocessadas em um ambiente de SIG (Sistema de Informações Geográficas). O processamento destes dados em SIG permitiu a caracterização do estudo de processos do sistema terrestre em abordagem espacializada. Uma vez estruturados, estes dados em analogia às imagens de satélite puderam ser integrados a outras informações diretamente ou após serem operados para a determinação de variáveis topográficas derivadas dos dados SRTM. Nesse contexto, a análise interpretativa tem como objetivos contribuir para o estudo do sensoriamento remoto a partir de técnicas em geoprocessamento disponíveis, servindo de parâmetro para análise e interpretação das feições morfoestrurais, tendo resultado, a geração de mapas bases como produto final.

Palavras-chave: Sensoriamento Remoto, Geoprocessamento, Modelo Digital de Elevação.

Titulo do projeto do orientador: EVOLUÇÃO GEOLÓGICA PRÉ-CAMBRIANA DA AMAZONIA ORIENTAL E OS DEPOSITOS MINERAIS ASSOCIADOS: EXEMPLOS DA PROVINCIA MINERAL DOS CARAJÁS.

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.Grande-área: Ciências Exatas e da Terra. Área: Geologia Subárea: Sensoriamento Remoto

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COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DE ELEMENTOS DE RELEVO E DE DRENAGEM NA FOLHA CHAVAL (SA-24-Y-C-H), NW DO CEARÁ.

Renato Sol Paiva de Medeiros (Bolsista PIBIC/UFPa) – [email protected] de Geologia, Instituto de Geociências, Laboratório de Cartografia Geológica (GEOCART).

Prof. Dr. Francisco de Assis Matos de Abreu (Orientador)- [email protected] de Geologia, Instituto de Geociências.

A área compreendida pela Folha Chaval, NW do Ceará, está inserida no contexto geológico da Bacia do Parnaíba e da Província Borborema. A Província Borborema é um retalho de terrenos de várias litologias, separados por falhas e lineamentos continentais, e representa a parte mais ocidental (território brasileiro) de uma unidade tectônica bem maior que compreende os crátons de São Luis-África Ocidental (norte) e S. Francisco-Congo-Kasai-Angola (sul), espaço no qual se encerram, de forma principal, os processos geológicos do evento orogênico Brasiliano-Panafricano. (Almeida et al., 1977, Brito Neves et. al, 2000). A Bacia do Parnaíba recobre escudos cristalinos do Pré-Cambriano. Suas bordas são melhor delineadas a leste, sul e oeste, sendo que o seu preenchimento sedimentar comporta a evolução a partir de ciclos de sedimentação em ambiente marinho no Paleozóico e em ambiente deltáico a continental no Mesozóico. Os litotipos presentes na Folha Chaval são quase que totalmente pertencentes a terrenos pré-Cambrianos, os quais são divididos nas Unidades C (Granitóide tipo Chaval), B (migmatitos e quartzitos) e A (quartzitos, filitos e xistos) com base na organização proposta no Projeto Jaibaras (1973). Nesta folha também ocorrem terrenos paleozóicos, tanto do Siluriano Superior quanto do Devoniano Inferior, representados pelo Grupo Serra Grande. Os terrenos cenozóicos dos períodos Terciários e Quaternário são encontrados na Folha Chaval e são representativos do Grupo Barreiras, detritos inconsolidados e aluviões. Utilizando-se a metodologia de Soares e Fiori (1976), foi possível determinar zonas homólogas de relevo e de drenagem na Folha Chaval, a partir de imagens de SRTM e Landsat. Na análise do relevo utilizou-se critérios texturais e estruturais para definir três Zonas Homólogas: a Zona A localizada na porção sudoeste da folha, compreendendo cerca de 20% de toda a área. Nesta zona são destacados os processos intempéricos e erosivos que deram origem a morros residuais espalhados por toda a área, os quais preservaram os trends de paleo-deformações. Essa zona corresponde ao Planalto da Ibiapaba, onde ocorrem as rochas do Grupo Serra Grande; a Zona B localiza-se na porção nordeste da folha, da qual recobre cerca de 20%. Apresenta um relevo no qual se evidencia um padrão deformacional onde pontuam dobras, desenhadas principalmente pelos quartzitos da Unidade B; a Zona C localiza-se na porção norte da Folha Chaval, compreendendo aproximadamente 60% da área estudada. Litoestratigraficamente ali ocorrem a Unidade C (Granitóide de Chaval) e sedimentos do Terciário. Também baseado na análise dos elementos texturais e estruturais, definiu-se três Zonas Homólogas de drenagem: na porção norte da Zona A, de forma evidente, as drenagens possuem direções preferenciais NE-SW, as quais ao se dirigirem para sul passam a se orientar NW-SE; na Zona B as direções preferenciais das drenagens voltam a ser NW-SE; a Zona C apresenta-se com traços de drenagem alinhados, de forma principal, NE-SW.

Palavras – Chaves: Província Borborema,Bacia do Parnaíba, Zonas Homólogas, Folha Chaval.

Titulo do projeto: A borda do Craton São Luis e a evolução tectono – sedimentar da porção norte da Bacia do Parnaíba e das bacias costeiras.

Grande – área: Ciências da TerraÁrea: GeologiaSubárea: Geologia Estrutural, Sensoriamento Remoto.

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ISSN 2176-1213 - Semin. de IC. da UFPA, Belém, v. 22, n.1, 2011

COMPORTAMENTO ESTRUTURAL DE ELEMENTOS DE RELEVO E DE DRENAGEM NA FOLHA COCAL (SA.24-Y-C-I), NE PIAUÍ.

Maurício Victor Elleres Jorge (Bolsista/UFPa) – [email protected] de Geologia, Instituto de Geociências, Laboratório de Cartografia Geológica (GEOCART).

Prof. Dr. Francisco de Assis Matos de Abreu (Orientador)- [email protected] de Geologia, Instituto de Geociências.

A região de estudo está inserida majoritariamente na Bacia do Parnaíba e parcialmente na província Borborema, localizando-se a nordeste do estado do Piauí, quase na fronteira com o estado do Ceará. A Bacia do Parnaíba é definida como uma anfíclise, formada pela Bacia Paleozóica e Epicontinental Mesozóica, parcialmente sobreposta, com forma de um hexágono irregular que compõe um conjunto intracratônico, cuja diagonal maior está disposta, na direção NE-SW, segundo LIMA & LEITE (1978). Esta bacia encontra-se encaixada no escudo cristalino Pré-Cambriano. A Província Borborema, é definida como sendo um terreno que possui diferentes litotipos, sendo estes delimitados por falhas e lineamentos de extrema importância para o entendimento do contexto da região. Neste quadro se enfeixa a folha Cocal (SA.24-Y-C-I), na escala de 1:100.000. A folha apresenta na Bacia do Parnaíba um arcabouço litoestratigráfico que vem sendo considerado por alguns autores como representado apenas pelos sedimentos paleozóicos correspondentes aos Grupos Serra Grande (Siluriano), Canindé (Devoniano) e Balsas (Carbonífero-Triássico), visto que tais grupos tiveram seu desenvolvimento tectono-sedimentar associado à subsidência do embasamento da bacia, (COSTA et al., 1973). Na Folha, as rochas do embasamento são pertencentes aos granitóides tipo Chaval e Migmatitos Híbridos, pertencentes a Unidade “C” do Pré- Cambriano, segundo a organização proposta pelo Projeto Jaibaras(1973). Segundo as propostas cartográficas mais recentes de divisão da província Borborema, esta unidade estaria inserida no Domínio Médio Coreaú. Já no Paleozóico são encontradas: Formação Serra Grande, Formação Pimenteiras, Formação Cabeças, Formação Longá, Formação Poti. No Mesozóico temos a Formação Mosquito. No Cenozóico, a Formação Formação Pirabas, Grupo Barreiras Indiviso e Aluvião. O estudo e determinação das zonas homólogas de relevo e drenagem da Folha Cocal, foi realizado aplicando-se a metodologia de SOARES e FIORI, 1976. O relevo foi dividido em duas zonas homólogas, usando-se critérios litológicos, morfogenéticos e deformacionais. A primeira zona recobre a maior área, onde as propriedades de textura e estrutura estão praticamente ausentes. A segunda zona é mais restrita, com textura de relevo mediana à alta e alinhamento de relevo com direção preferencial NW-SE, localizando-se a direita do mapa. Para a drenagem, foram utilizadas propriedades como: densidade de textura, sinuosidade dos elementos texturais, angularidade, tropia, assimetria e formas anômolas. Foram compostas, assim, três zonas homólogas de drenagem. A primeira apresenta densidade média, sinuosidade mista, angularidade média, tropia multidirecional, assimetria fraca e formas anômolas de meandros isolados e de cotovelo, na esquerda do mapa; a segunda zona apresenta densidade alta, sinuosidade mista, angularidade média, tropia multidirecional e assimetria forte, estando na direita do mapa; a terceira zona apresenta densidade baixa, sinuosidade mista, angularidade média, tropia tridirecional e assimetria é fraca, centralizada na mapa.

Palavras – Chaves: Bacia do Parnaíba, Província Borborema, Relevo e Drenagem.

Titulo do projeto: Comportamento Estrutural de elementos de Relevo e de Drenagem na Folha Cocal (SA-24-Y-C-I), NE Piauí.

Grande – área: Ciências da TerraÁrea: GeologiaSubárea: Cartografia Geológica.

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MINERALOGIA E QUIMISMO DO PERFIL LATERÍTICO DERIVADO DE BIF - PROVÍNCIA MINERAL DE CARAJÁS – PA

Aline Cristina Sousa da SILVA (Bolsista PIBIC/CNPq) – [email protected] de Geologia, Faculdade de Geologia, Instituto de Geociências

Prof. Dr. Marcondes Lima da COSTA (Orientador) – [email protected] de Geologia, Faculdade de Geologia, Instituto de Geociências

O presente trabalho tem como objetivo a caracterização mineralogica e o comportamento dos elementos químicos de um perfil laterítico da Formação Ferrífera Bandada (Bandad Iron Formation - BIF) localizado na Província Mineral de Carajás - PA, Serra Norte (mina N8), sobre os jaspilitos da formação Carajás. A expressão dessas BIFs em Carajás é regional, desponta-se com grande potencial para exploração geológica. Essa potencialidade de reservas de ferro tornou o Brasil um dos maiores produtores mundiais com a segunda maior reserva. Embora já tenha sido motivo de diversas pesquisas, as informações a respeito são muito limitadas. Com intuito de avançar no conhecimento das alterações supergênicas, selecionou-se um perfil completo ao longo furo de sondagem (FN8-0021), onde foram coletadas 28 amostras em diferentes profundidades. As análises realizadas foram: determinações mineralógicas por difração de raio-X, micromorfologia por microscopia eletrônica de varredura (MEV/EDS) e microscopia óptica (em andamento) em laboratórios do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Pará (IG – UFPA); e ainda, análises químicas que estão em andamento em laboratório comercial. Os minerais identificados por difração de raio-X foram: na rocha máfica alterada, entre 119,75 e 99,33m: quartzo, clorita, vermiculita, muscovita, goethita, hematita e caulinita; na BIF: entre 97,7 e 84,4m, hematita, quartzo, goethita; no saprolito e nas crostas cavernosas, entre 78 até a superfície do perfil: hematita, goethita aluminosa, caulinita e gibbsita. Como era de se esperar os principais elementos químicos identificados de acordo com resultados preliminares foram: Fe, O, Si; demais como Al, P, Mg, Pb, Ni, Zn, Ba, Co encontram-se em valores baixos, em que o Al, Mg e Si se destacam na rocha máfica. Esses elementos se mostram expressivos nas camadas superficiais, porém ainda não se pode afirmar que os resultados serão os mesmos para profundidades abaixo de 13m, devido ao fato de que as análises ainda serão realizadas.

Palavras-chave: Lateritos, Minério de Ferro, Carajás.

Titulo do projeto do orientador: Mineralizações Supergênicas

Grande-área: Ciências Exatas e da TerraÁrea: GeologiaSubárea: Geoquímica

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MINERALOGIA E COMPOSIÇÃO DE PERFIL LATERITICO NIQUELÍFERO EM CARAJÁS.

Ana Paula Oliveira de ABREU (Bolsista PIBIC/UFPA) – [email protected] Curso de Engenharia Química, Faculdade de Engenharia Química, Instituto de Tecnologia.

Prof. Dr. Marcondes Lima da COSTA (Orientador) - [email protected] de Geologia, Faculdade de Geologia, Instituto de Geociências.

O níquel é considerado um metal de grande valor agregado em razão da sua utilização na fabricação de aço inoxidável, ligas metálicas, catalisadores, cunhagem de moedas e outras diversas aplicações industriais. Dentre as reservas nacionais destacam-se as do estado de Goiás e Minas Gerais por serem os dois maiores produtores do país, a mais recente unidade de processamento de níquel em operação situa-se em Onça Puma, estado do Pará. Atualmente existem quatro processos utilizados para a produção de níquel, o processo pirometalúrgico, o de lixiviação amoniacal, o de ferroníquel smelting e o de lixiviação ácida conhecida como PAL (pressure acid leach) sendo estes três últimos classificados como processos hidrometalúrgicos. Os depósitos de níquel são classificados em sulfetados, lateríticos e veios hidrotermais. Vários depósitos de níquel laterítico vêm sendo prospectados, no entanto, poucos trabalhos técnicos-cientificos foram desenvolvidos, deste modo o estudo mineralógico e químico, dos lateritos niquelíferos provenientes da Mina do Cachimbo em Niquelândia, estado de Goiás, e da jazida de Jacaré em São Féliz do Xingu, estado do Pará, foram abordados neste trabalho visando a expansão desse estudo. As metodologias empregadas para caracterização do níquel foram Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV/EDS), Difração de Raios-X (DRX) e Absorção Atômica (AA). Na amostra de Niquelândia os principais minerais encontrados foram as asbolanas, saponitas, nontronita e ferripirofilita, já nas amostras de Jacaré as lizarditas estão presentes em 60% das amostras analisadas, minerais como crisotila, cromita e nepouita também compõe a amostra. Por meio de análises químicas registraram-se teores médios de níquel em torno de 6,5%, de cobalto em torno de 2,5% e de ferro em torno 7,5%. Deste modo relacionam-se os teores elevados de níquel às serpentinas e aos argilominerais identificados nas amostras, já os teores de cobalto estão associados às asbolanas e os teores de ferro referem-se à presença de goethita e hematita identificadas em algumas amostras.

Palavras-chave: Lateritos Niquelíferos, Mineralogia, Composição Química.

Titulo do projeto do orientador: Mineralizações Supergênicas

Grande-área: Ciências Exatas e da TerraÁrea: GeologiaSubárea: Geoquímica

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ANÁLISE ISOTÓPICA DE Pb POR ESPECTROMETRIA DE MASSA ICP–MS APLICADA AO ESTUDO DE PROVENIÊNCIA DE AZULEJOS DE FACHADAS HISTÓRICAS DE BELÉM, PA.

Mirlane Almeida da Silva (Bolsista PIBIC/CNPQ) – [email protected] de Geologia, Faculdade de Geologia, Instituto de Geociências, UFPA.

Prof. Dr. Jean Michel Lafon (Orientador) – [email protected] de Geologia, Faculdade de Geologia, Instituto de Geociências, UFPA.

Muitas fachadas de edificações antigas da cidade de Belém são revestidas por azulejos históricos de origem européia. Grande parte desses azulejos foi produzida no final do século XIX e início do XX e constitui um patrimônio histórico da cidade. Este estudo consiste na aplicação de ferramentas isotópicas em arqueometria com objetivo de auxiliar na identificação da origem dos azulejos das fachadas históricas da cidade de Belém através da determinação das assinaturas isotópicas específicas de Pb. O procedimento experimental envolve uma dissolução ácida (ácido fluorídrico) de lascas ou fragmentos de vidrado dos azulejos (≈ 2 mg) para a extração do Pb e a posterior determinação da composição isotópica desse Pb por espectrometria de massa ICP-MS. Um primeiro conjunto de cinco amostras foi analisado, sendo três amostras de azulejos brasileiros de fabricação recente e duas de azulejos de fabricação européia, provavelmente do século XIX. Os resultados das análises isotópicas obtidas no espectrômetro ICP-MS foram lançados em diagramas 208Pb/206Pb vs. 207Pb/206Pb. As duas amostras de origem européia localizaram-se nos domínios de depósitos europeus (franceses, alemães, belgas ou ingleses), enquanto que todas as amostras recentes, de fábricas brasileiras, caíram fora desses campos e apontaram para uma provável mistura de Pb proveniente de diversos depósitos brasileiros. A análise de um segundo conjunto de amostras de azulejos históricos de fabricantes portugueses conhecidos está em andamento.

Palavras-chave: Assinatura isotópica, Pb, Proveniência azulejos.

Título do projeto do orientador: PRONEX - DOS MINERAIS AOS NOVOS MATERIAIS – MINOMAT: “Caracterização de matérias-primas e rejeitos minerais, modificação, síntese e aplicações industriais” subprojeto “Caracterização isotópica e proveniência de materiais de construção civil.

Grande-Área: Ciências Exatas e da Terra.Área: Geologia.Subárea: Geoquímica isotópica.

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PALEOAMBIENTE DE DEPÓSITOS PERMIANOS COM MADEIRA FOSSILIZADA DA FORMAÇÃO PEDRA DE FOGO, BACIA DO PARNAÍBA, REGIÃO DE FILADÉLFIA.

Caio Alves de MORAES (Bolsista PIBIC/CNPq) - [email protected] Curso de Geologia, Faculdade de Geologia, Instituto de Geociências.

Prof. Dr. Afonso César Rodrigues NOGUEIRA (Orientador) - [email protected] de Geologia, Faculdade de Geologia, Instituto de Geociências.

Fragmentos de lenhos fósseis sílicificados ocorrem em depósitos permianos da Formação Pedra de Fogo da Bacia do Parnaíba. Embora descritos desde o início do século XIX, estes representantes da paleoflora permiana foram classificados predominantemente no gênero Psaronius, e as interpretações paleoambientais destes depósitos ainda são incipientes. A análise de fácies sedimentares da Formação Pedra de Fogo na região de Filadélfia (TO) permitiu individualizar três associações de fácies representativas de parte de um sistema desértico: 1) dunas eólicas, caracterizadas por arenitos finos a médios, alaranjados, com grãos arredondados, foscos e estratificação cruzada de médio porte; 2) lacustres, constituído por pelitos laminados, estromatólitos/travertinos, e fragmentos centimétricos a métricos de lenhos silicificados; e 3) depósitos de wadi/inunditos caracterizados por conglomerados e arenitos com estratificações cruzadas, contendo fragmentos centimétricos de lenhos silicificados. Lenhos fósseis in situ da Formação Pedra de Fogo são descritos na literatura em sítios paleontológicos nas regiões de Filadélfia (TO) e Teresina (PI), como florestas petrificadas. Os fragmentos de lenhos na área de estudo foram depositados em ambiente de baixa energia (lacustre) e, esporadicamente por fluxos fluviais efêmeros canalizados (wadis). Posteriormente, os lenhos foram submetidos a processos de fossilização epigenética, que substituiu a matéria orgânica original por sílica, e preservou a morfologia vegetal. Admite-se que a fossilização ocorreu logo após a fragmentação dos troncos. A presença dos lenhos no sistema desértico sugere a formação de sítios húmidos/oásis que permitiam a proliferação dessa vegetação em águas supersaturadas em sílica.

Palavras chave: Lenho fóssil, Formação Pedra de Fogo, Permiano.

Titulo do projeto do orientador: Análises petrográficas e diagenéticas, atualização de banco de dados e formação de recursos humanos.

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.Grande-área: Ciências ExatasÁrea: GeologiaSubárea: Geologia Sedimentar/Paleontologia

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FÁCIES E ESTRATIGRAFIA DA SEDIMENTAÇÃO PROXIMAL DA FORMAÇÃO BARREIRAS, EXTREMO SUL DO SISTEMA DE GRÁBEN DO MARAJÓ, REGIÃO DE MARABÁ

Samille Cristine dos Reis de Souza (Bolsista PIBIC/UFPA) – [email protected] de Geologia, Faculdade de Geologia, Universidade Federal do Pará

Prof. Dr. Antônio Emídio de Araújo Santos Júnior (Orientador) – [email protected] de Geologia, Faculdade de Geologia, Universidade Federal do Pará

O Mapeamento de Fácies e Estratigrafia da sedimentação proximal da Formação Barreiras, aflorante ao longo da Rodovia Transamazônica, região de Marabá, borda Sul da Bacia de Mocajuba (Gráben do Marajó), Norte do Brasil, revela pela primeira vez aspectos sedimentológicos/estratigráficos detalhados que permitem contribuir com o entendimento paleogeográfico da região. Anteriormente, trabalhos de geologia básica consideraram os depósitos da Formação Barreiras (Mioceno) como pertencente à Bacia do Parnaíba, e outros, relacionaram esta formação ao Grupo Itapecuru (Albo-Cenomaniano) da Bacia de São Luís-Grajaú. Entretanto, os resultados obtidos neste trabalho confirmam que os depósitos pertencem a Formação Barreiras, porém, da Bacia de Mocajuba. Este fato se baseia no contato basal discordante erosivo com a Formação Ipixuna (Cretáceo Superior) e contato discordante erosivo/laterítico colunar com os depósitos Pós-Barreiras (Plio-Pleistoceno) no topo. Internamente, a Formação Barreiras apresenta superfície de descontinuidade laterítica, separando esta formação em duas sequências distintas, da base para o topo: canal fluvial influenciado por maré e complexo deltaico (?); e canal fluvial entrelaçado. Esta unidade litoestratigráfica caracteriza-se por conglomerados; arenitos quartzosos caulínicos, maciços e/ou friáveis, por vezes com estratificações cruzadas com pares de argila associados ou não; siltitos maciços; argilitos maciços/laminados; pelitos; acamamentos heterolíticos com pares argilosos ou não; formando ciclos de granodecrescência ascendente. Ocorrência do fácies Skólitos. As superfícies de topo e base da Formação Barreiras, bem como a superfície que separa as sequências, têm caráter regional e registram exposição subaérea durante queda do nível relativo do mar. O registro de fácies proximal/transicional da Formação Barreiras na região de Marabá sugere que a sedimentação miocênica atingiu cerca de 600 km da atual linha de costa, e representa a parte proximal do sistema estuarino dominado por maré que vem sendo reconhecido ao longo das bacias costeiras e plataforma Bragantina do Meio Norte do Brasil.

Palavras-chave: Fácies e Estratigrafia. Formação Barreiras. Bacia de Mocajuba.

Titulo do projeto do orientador: Mapeamento Geológico da Folha Marabá SB22-X-D

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.Grande-área: Ciências exatas e da TerraÁrea: GeologiaSubárea: Sedimentologia

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MINERAIS PESADOS DA SEQUÊNCIA DEPOSICIONAL DA SERRA DAS ANDORINHAS, SUDESTE DO CRÁTON AMAZÔNICO.

Luis Antonio Raposo Bonfim (Bolsista PIBIC/CNPq) – [email protected] Curso de Geologia, Faculdade de Geologia de Marabá, Campus Universitário de Marabá.

Prof.Dr. Marivaldo dos Santos Nascimento (Orientador) - [email protected] Curso de Geologia, Faculdade de Geologia de Marabá, Campus Universitário de Marabá.

Minerais Pesados da Seqüência Deposicional da Serra das Andorinhas (Sudeste do Cráton Amazônico) foram analisados para investigar a proveniência de arenitos pré-cambrianos, tendo em vista contribuir com estudos sedimentológicos e estratigráficos das coberturas sedimentares da Província Mineral de Carajás. Os minerais pesados foram extraídos de arenitos da Serra das Andorinhas, na Região de Rio Maria, e apresentam assembléia constituída principalmente de zircão, turmalina e rutilo. Esporadicamente, ocorrem topázio, anfibólio, granada, estaurolita e cianita. O zircão é euédrico a subédrico, incolor, amarelo e castanho, zonado e com inclusões. A turmalina é euédrica a subédrica, às vezes bem arredondada, verde e marrom. O rutilo é subédrico e vermelho intenso. O índice de ZTR é elevado e indica alta maturidade mineralógica dos arenitos e sugere tanto reciclagem, retrabalhamento expressivo ou tempo de transporte podem ter influenciado a composição dos sedimentos. Entretanto, a pouca quantidade de minerais pesados menos instáveis nestes arenitos, também indicam que os processos do ciclo sedimentar podem ter exercido importante controle na composição das assembléias. Idades Pb-Pb em zircão detríticos distribuem-se entre 2.788+6 Ga a 3.536+9 Ga e indicam fontes arqueanas relacionadas ao Terreno Granito-Greenstone de Rio Maria.

Palavras-chave: Minerais pesados, Serra das Andorinhas, Cráton Amazônico.

Titulo do projeto do orientador: EVOLUÇÃO GEOLÓGICA PRÉ-CAMBRIANA DA AMAZONIA ORIENTAL E OS DEPOSITOS MINERAIS ASSOCIADOS: EXEMPLOS DA PROVINCIA MINERAL DOS CARAJÁS.

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.Grande-área: Ciências Exatas e da Terra. Área: Geologia Subárea: Geologia Sedimentar

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SEDIMENTAÇÃO LAMOSA EM AMBIENTES DE INTERMARÉS VEGETADOS POR MANGUES, BRAGANÇA – PA

Luiza Santos REIS (Bolsista PIBIC/CNPq) - [email protected] Curso de Oceanografia, Faculdade de Oceanografia, Instituto de Geociências.

Prof. Dr. Pedro Walfir Martins e SOUZA FILHO (Orientador) - [email protected] de Oceanografia, Faculdade de Oceanografia, Instituto de Geociências.

O ecossistema manguezal influencia fortemente a hidrodinâmica, a geomorfologia e a sedimentologia dos ambientes de planície de maré, em especial as zonas de intermarés cuja variação vertical da maré é superior a 4 m. Nestes casos, o ambiente passa a ser dominado por macromarés. É neste contexto que está inserida a área em estudo, localizada na planície costeira de Bragança que apresenta uma planície de progradação lamosa com 25 km de extensão, vegetada por mangue e desenvolvida durante os últimos 2.000 anos. Este trabalho tem como objetivo investigar o padrão de sedimentação, através do reconhecimento do tamanho dos grãos. Para tal fim, foram coletados 4 testemunhos sedimentares, utilizando tubos de PVC (3 m de comprimento e 7,5 cm de diâmetro). Os testemunhos foram cortados em seções de 40 cm e subdividido em intervalos de 2 cm. A matéria orgânica foi eliminada através da utilização de H2O2. As amostras foram processadas em um granulômetro a laser. Os intervalos analisados apresentaram uma textura lamosa com predominância de silte muito fino 3,9 µm e silte fino 7,8 µm, sujeito a processos hidridinâmicos de alta energia. Observa-se ao longo do testemunho uma granodecrescência ascendente indicando um aumento da energia das maré em direção ao topo do testemunho. A planície de intermaré vegetada por mangue favorece a deposição de sedimentos siltosos, pois a vegetação minimiza a intensidade das correntes de maré, propiciando a deposição de sedimentos finos.

Palavras-chave: Sedimentação, Planície de maré, Granulometria

Titulo do projeto do orientador: Sedimentação lamosa em ecossistema de manguezal dominado por macromarés na amazônia oriental

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.Grande-área: Ciências Exatas e da TerraÁrea: GeociênciasSubárea: Sedimentologia

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FÁCIES E RECONSTRUÇÃO PALEOAMBIENTAL DAS ROCHAS SEDIMENTARES DO SINFORME DE ANDORINHAS, PROVÍNCIA MINERAL DE CARAJÁS (SE DO PARÁ)

Camila Vilar de Oliveira (Bolsista PIBI/CNPq) – [email protected] de Geologia, Faculdade de Geologia, UFPA – Campus de Marabá

Prof. Dr. Marivaldo dos Santos Nascimento (Orientador) – [email protected] de Geologia, Faculdade de Geologia, UFPA – Campus de Marabá

Fácies e reconstrução paleoambiental das rochas sedimentares do Sinforme de Andorinhas, Província Mineral de Carajás (SE do Pará). Este trabalho descreve fácies sedimentares e suas associações para reconstituição paleoambiental de depósitos pré-cambrianos da Serra das Andorinhas que ocorrem sobre o Terreno Granito-Greenstone de Rio Maria, em uma área de aproximadamente 400 km2, no SE da Província Mineral de Carajás. Os depósitos alcançam mais de 50m de altura e exibem estruturas sedimentares primárias excepcionalmente bem preservadas. Embora em alguns locais os afloramentos se encontrem isolados, às vezes são lateralmente contínuos por dezenas de metros. Foram identificadas 22 fácies sedimentares representativas de uma sucessão de arenitos finos a grossos (no topo), siltitos e pelitos (na base). As fácies foram agrupadas em quatro associações: Af1- barras distais-prodelta (na base), Af2- frente deltaica-shoreface superior (dominados por tempestade), Af3- planície deltaica braided-canais distributários (com influência de maré) e Af4- canais fluviais entrelaçados. Estes depósitos não mostram superfícies de descontinuidade com conotação estratigráfica, sendo, portanto, considerados estratos geneticamente relacionados inseridos em uma mesma seqüência deposicional. A arquitetura deposicional, as associações e sucessões de fácies configuram um sistema flúvio-deltaico estabelecido na borda do Craton Amazônico, em ambiente de ampla plataforma continental de margem passiva, cuja evolução tectônica ainda é motivo de investigação.

Palavras-chave: Serra das Andorinhas, Carajás.

Titulo do projeto do orientador: EVOLUÇÃO GEOLÓGICA PRÉ-CAMBRIANA DA AMAZÔNIA ORIENTAL E OS DEPÓSITOS MINERAIS ASSOCIADOS: EXEMPLOS DA PROVÍNCIA MINERAL DOS CARAJÁS – CT-Mineral/CNPq

Grande-área: Ciências Exatas e da Terra. Área: Geologia Subárea: Geologia Sedimentar

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PETROLOGIA MAGNÉTICA DA SUÍTE GUARANTÃ, PROVÍNCIA CARAJÁS

Nathan Abner Diniz RAMIRES (Bolsista PIBIC/CNPq) – [email protected] de Geologia, Instituto de Geociências

Roberto DALL’AGNOL (Orientador) – [email protected] de Pós-graduação em Geologia e Geoquímica, Instituto de Geociências

Os leucogranodioritos e granitos da Suíte Guarantã estão localizados na porção sul do Terreno Granito-Greenstone de Rio Maria na Província arqueana Carajás. Estudos de suscetibilidade magnética (SM) na Suíte Guarantã revelaram valores entre 10-2 e 10-4 SI. Magnetita, rutilo e hematita são fases comuns a todos os plutons da Suíte Guarantã, mas as proporções modais desses minerais são variáveis. A comparação entre SM e dados de composição modal e química da Suíte Guarantã disponíveis na literatura revelaram correlações positivas entre conteúdo modal de opacos e de máficos, bem como dos primeiros e a razão Fe/(Fe + Mg) em rocha total; e correlações negativas entre o conteúdo modal de opacos e o de epidoto e entre o primeiro e os óxidos de Fe, Ti , Mg, e Ca em rocha total. Análises semi-quantitativas realizadas por EDS mostraram que os valores da razão Fe/(Fe + Mg) da biotita variam de 0,4 a 0,6 e aqueles em rocha total de 0,6 a 0,8. Cristais de epidoto euédricos, interpretados como magmáticos, apresentaram teores de pistacita variando de 25 a 35, enquanto que os grãos de epidoto bordejando cristais de magnetita revelaram teor de pistacita de 23 a 31 e o epidoto de veio de 16 a 24. Os valores de SM obtidos e a associação mineralógica dos leucogranitos estudados indicam sua formação em condições moderadamente oxidantes. Os teores de pistacita do epidoto se mostraram coerentes com o esperado para epidoto magmático. A presença de epidoto magmático formando coroas em torno da magnetita sugere uma reação peritética da magnetita com o líquido residual durante a evolução magmática. Esta hipótese explicaria o fato de rochas granodioríticas a monzograníticas com moderadas razões Fe/(Fe+Mg) (<0,8) apresentarem valores de SM correspondentes aos de rochas apenas moderadamente oxidadas, quando sua formação pode ter se dado em condições mais severamente oxidantes.

Palavras-chave: Petrologia Magnética, granito, Província Carajás

Titulo do Projeto do Orientador: Petrologia dos Granitóides Arqueanos e Paleoproterozóicos da Província Mineral de Carajás, processo: 48454/2007.

Grande-área: Ciências Exatas e da TerraÁrea: Geociências Subárea: Petrologia, Mineralogia e Geoquímica

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PETROGRAFIA E MINERALOGIA DOS GABROS DA ÁREA DE SERRA DOURADA, PROVÍNCIA CARAJÁS

Adriel Quésede de Oliveira PEREIRA (PIBIC/CNPq). – [email protected] de Geologia, Instituto de Geociências

Roberto DALL’AGNOL (Orientador) – [email protected] de Pós-graduação em Geologia e Geoquímica, Instituto de Geociências

Nas cercanias de Serra Dourada, a sul da Serra dos Carajás, sudeste do Estado do Pará, afloram rochas máficas de idades provavelmente arqueanas, ainda pouco estudadas. Com base em relações de campo, petrografia e mineralogia, foram distinguidas três variedades dessas rochas máficas: 1) olivina-gabros: são rochas isotrópicas, com textura subofítica a ofítica e granulação grossa, compostas por plagioclásio, piroxênio, olivina, magnetita, ilmenita tendo com fases secundárias mica branca, serpentina e calcopirita. As análises semi-quatitativas mostraram que o plagioclásio é de composição labradorítica (An 57), o piroxênio tem composição de augita, e a olivina mostra teores mais elevados de FeO do que de MgO. 2) Os gabros do segundo grupo são classificados como piroxênio-hornblenda-gabro, hornblenda-ortopiroxênio-gabro, hornblenda-clinopiroxênio-norito, piroxênio-hornblenda-norito e norito. Mostram-se isotrópicos, exibem textura subofítica e granulação média ou grossa. Os minerais dominantes são plagioclásio, ortopiroxênio, clinopiroxênio, anfibólio, magnetita e ilmenita, e as fases acessórias são mica branca, escapolita, biotita, clorita, quartzo, pirita e calcopirita. As análises semi-quatitativas mostraram que o plagioclásio apresenta composição predominantemente labradorítica (An = 52). O clinopiroxênio possui composições de augita, pigeonita e clinoenstatita, e o ortopiroxênio tem composição de enstatita. O anfibólio apresenta composição variável de ferrotschermakita a ferrohornblenda. Essa variação de composição se dá por substituições tschermakíticas. 3) O terceiro grupo engloba os gabros associados a xistos de Greenstone Belts, classificados como piroxênio-hornblenda-gabro, hornblenda-gabro e melagabro. São rochas levemente foliadas, com textura subofítica, granulação média ou grossa, fortemente hidrotermalizadas. São formadas por plagioclásio, anfibólio, piroxênio, magnetita, ilmenita, e contem, subordinadamente, mica branca, escapolita, biotita, clorita, quartzo, pirita e calcopirita. As análises semi-quatitativas mostraram que o plagioclásio tem composição predominante de labradorita (An = 53) e o anfibólio possui composição de ferrotschermakita.

Palavras-chave: Gabros, química mineral, Província Carajás

Titulo do Projeto do Orientador: Petrologia dos Granitóides Arqueanos e Paleoproterozóicos da Província Mineral de Carajás, processo: 48454/2007.

Grande-área: Ciências Exatas e da TerraÁrea: Geociências Subárea: Petrologia, Mineralogia e Geoquímica

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PETROLOGIA MAGNÉTICA DOS GRANITOS DA SUÍTE PLANALTO REGIÃO DE CANAÃ DOS CARAJÁS, PROVÍNCIA CARAJÁS

Ingrid R. Viana da CUNHA (Bolsista PIBIC/CNPq) – [email protected] de Geologia, Instituto de Geociências

Prof. Dr. Roberto DALL’AGNOL (Orientador) – [email protected] de Pós-graduação em Geologia e Geoquímica, Instituto de Geociências

A Suíte Planalto é formada por diversos plutons subalcalinos de idade neoarqueana (~2.73 Ga) que ocorrem ao longo de toda a extensão sul do domínio Carajás, da província homônima. Estudos de suscetibilidade magnética (SM) em 70 amostras de seis diferentes plutons localizados na área de Canaã dos Carajás forneceram valores de SM variáveis, os quais permitiram distinguir três populações: (1) população “A” (43% das amostras estudadas) apresenta valores de SM entre 1,02x10 -5 e 1,704x10-4 SI (sistema internacional), enquanto que a (2) população “B” (21% das amostras) exibe valores de SM entre 2,041x10-4 a 1,72x10-3 SI. Ambas mostram afinidade com granitos reduzidos; (3) população C (36% do total de amostras) apresenta valores de SM entre 2,06x10-3 a 1,57x10-2 SI, o que indica caráter moderadamente oxidado. Nas populações A e B os opacos são essencialmente ilmenita, enquanto que na população C predominam magnetita e ilmenita, com pirita e calcopirita subordinadas; hematita ocorre na forma de martita, produto da alteração da magnetita. O comportamento magnético da população C é contraditório com a alta razão FeO/(FeO+MgO) em rocha total, acima de 0.9 obtida nesses granitos (típica de granitos reduzidos). Além disso, estudos adicionais de química mineral em anfibólio de amostras da população C permitiram classificá-los como Fe-tschermakita, hornblenda Fe-tschermakitíca e, numa única análise, Fe-hornblenda. Os anfibólios dessa população apresentam razão Fe+2/(Fe+2+Mg) acima de 0,9, indicando que se formaram sob baixa fugacidade de oxigênio, provavelmente abaixo ou ligeiramente acima do tampão FMQ. Conclui-se que as amostras dominantes no Granito Planalto (populações A e B) se formaram em condições redutoras. As amostras da população C ou se formaram em condições ainda redutoras, porém ligeiramente acima do tampão FMQ, permitindo assim a estabilidade da magnetita, ou alternativamente, a magnetita nessas rochas formou-se em condições subsolidus que não refletem aquelas reinantes durante a cristalização magmática.

Palavra-chave: Petrologia magnética, Granito Planalto, Carajás

Título do Projeto do Orientador: Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Geociências da Amazônia (Geociam) - Convênio CNPq/UFPA/FADESP proc. CNPq no 610010/2009-3

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do conhecimento do CNPq:Grande-área: Ciências Exatas e da TerraÁrea: GeociênciasSubárea: Petrologia, Mineralogia e Geoquímica

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CARTOGRAFIA E CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA DOS BASALTOS ALMOFADADOS E ROCHAS ASSOCIADAS DO CINTURÃO ARAGUAIA – REGIÃO DE JUARINA-TO

Juvenal Juarez Andrade da SILVA NETO (Bolsista PIBIC/FAPESPA) – [email protected] de Geologia, Instituto de Geociências.

Prof. Dr. Paulo Sérgio de Sousa GORAYEB (Orientador) - [email protected] de Geologia, Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica, Instituto de Geociências.

A área de estudo está localizada na região de Juarina-Pau D’Arco no noroeste do estado do Tocantins. Geologicamente faz parte do Cinturão Araguaia, de idade Neoproterozóica, situada no centro-norte do Brasil. O mapeamento geológico revelou duas unidades principais: a Formação Couto Magalhães pertencente ao Supergrupo Baixo Araguaia/Grupo Tocantins e a Suíte Ofiolítica Juarina. A primeira é constituída por rochas metassedimentares de baixo grau metamórfico (ardósias, muscovita-clorita filitos, quartzitos). Estruturalmente apresentam direção preferencial NNW-SSE com baixos valores de mergulho para NE. A Suíte Ofiolítica Juarina compreende uma associação de metabasaltos com estruturas almofadadas, serpentinitos, listwanitos, clorita-filitos, silexitos e magnetita-hematita quartzitos (cherts). Esta suíte está distribuída na forma de corpos lentiformes orientados concordantemente à foliação dos filitos encaixantes. Os metabasaltos apresentam cor verde clara devido aos minerais metamórficos, discreta foliação, e ainda tem preservadas estruturas tipo almofadas (pillows) com zonas interalmofadas (interpillows) de granulação muito fina (vidro?). Ao microscópio apresentam texturas primárias destacando fenocristais de Ca-plagioclásio, deformados e saussuritizados envolvidos em matriz intergranular constituída por cristais ripiformes de plagioclásio (albitizados) e clinopiroxênio (parcialmente transformado por tremolita-actinolita) nos interstícios. Além dos minerais primários a associação mineralógica completa-se com albita, epídoto, tremolita-actinolita, clorita, minerais opacos e quartzo. Os serpentinitos encontram-se intensamente cisalhados, seccionados por expressiva rede de veios de quartzo e carbonatos. Os aspectos petrográficos revelam texturas pseudomórficas tipo mesh (olivina) ou agregados fibroradiais de serpentina. Outro tipo de serpentinito é caracterizado por expressiva quantidade de carbonatos entremeados à serpentina, caractrizando listwanito. O presente estudo revelou novos corpos de rochas máficas, ultramáficas e cherts que representam associações de rochas ofiolíticas indicado a formação de substatos oceânicos no início da evolução do Cinturão Araguaia, no Neoproterozóico. Posteriormente, todo o conjunto de rochas foi metamorfizado em condições da fácies xisto-verde baixo, com temperaturas estimadas entre 300 e 350°C.

Palavras-chave: Ofiolitos, basaltos almofadados, cartografia geológica, petrografia, Cinturão Araguaia.

Titulo do projeto do orientador: Instituto de Geociências da Amazônia – GEOCIAM. Financiamento: INCT/MCT/CNPq/FAPESPA, Proc. No. 573733/2008-2

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPqGrande-área: Ciências Exatas e da TerraÁrea: GeociênciasSubárea: Petrologia

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ESTUDO DE SUSCETIBILIDADE MAGNÉTICA E MINERAIS ÓXIDOS DE Fe e Ti DO MAGMATISMO TIPO PLANALTO DA REGIÃO DE VILA FEITOSA, MUNICÍPIO DE CANAÃ DOS CARAJÁS – PROVÍNCIA MINERAL DE CARAJÁS

Fernando Fernandes da SILVA (Bolsista CNPq/UFPA) – [email protected] de Geologia, Faculdade de Geologia, Universidade Federal do Pará – Campus Marabá.

Davis Carvalho OLIVEIRA (Orientador) – [email protected] de Geologia, Faculdade de Geologia, Universidade Federal do Pará – Campus Marabá.

Estudo de suscetibilidade magnética e minerais óxidos de Fe e Ti do magmatismo tipo Planalto da região de Vila Feitosa, município de Canaã dos Carajás – Província Mineral de Carajás. A área de estudo está inserida no contexto geológico do Domínio de Transição entre o Terreno Granito-Greenstone de Rio Maria e a Bacia Carajás. Trabalhos anteriores mostraram que os stocks graníticos de Vila Feitosa são formados por monzogranitos arqueanos (2.77 Ga) com graus variados de deformação, associados a um corpo sienogranítico de aspecto isotrópico, similar aqueles paleoproterozóicos (1.88 Ga). Em termos de suscetibilidade magnética (SM), estas rochas apresentam valores moderados a baixos variando de 0,06 x10-3 SIv a 12,77 x10-3SIv com média de 4,11 x10-3 Siv. Estes apontam para um comportamento bimodal para estas rochas, que se agrupam em duas populações magnética: A, formada pelas rochas menos magnéticas (0,06 x10-3SIv a 1,471 x10-3 Siv), com ampla ocorrência dos monzogranitos fortemente deformados; B, formada pelas rochas com valores mais altos de SM (2,55x10 -3 a 12,77x10-3), que compreendem as variedades moderadamente a fracamente deformadas, além daquelas de caráter isotrópico. Isto sugere que a intensidade da deformação pode ser o principal fator controlador da distribuição destes valores nos corpos do tipo-Planalto de Vila Feitosa, uma vez que o conteúdo modal de minerais opacos são bastante equivalentes entre as variedades petrográfica identificadas, com as variedades mais ricas em anfibólio possuindo valores mais baixos de SM. A presença de escapolita em quantidades expressivas nas rochas com baixos valores de SM, indica qua a alteração hidrotermal sódica pode influenciar no comportamento magnético destas rochas.

Palavra de chave: Suscetibilidade Magnética; Granitóides; e Carajás;

Titulo do projeto de pesquisa: Evolução geológica pré-cambriana da Amazônia oriental e os depósitos minerais associados: exemplos da província mineral de Carajás.

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.Grande-área: Ciências Exatas e da TerraÁrea: GeologiaSubárea: Petrologia

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GEOLOGIA E PETROGRAFIA DAS ROCHAS GRANITÓIDES RELACIONADAS AO COMPLEXO XINGU DA REGIÃO DE OURILÂNDIA DO NORTE (PA) - PROVÍNCIA MINERAL DE CARAJÁS

Maria Nattânia Sampaio dos SANTOS (Bolsista PIBIC/UFPA) – [email protected] Curso de Geologia, Faculdade de Geologia, Universidade Federal do Pará – Campus Marabá. Prof. Dr. Davis Carvalho de OLIVEIRA (Orientador) – [email protected] Curso de Geologia, Faculdade de Geologia, Universidade Federal do Pará – Campus Marabá.

Geologia e Petrografia das Rochas Granitóides Relacionadas ao Complexo Xingu da Região de Ourilândia do Norte (PA) - Província Mineral de Carajás. A região de Ourilândia do Norte está inserida no contexto geológico do Domínio e Transição entre o Terreno Granito-Greenstone de Rio Maria e a Bacia Carajás. Com base em critérios petrográficos e estruturais, os granitóides aflorantes na área mapeada foram individualizados como: (i) Associação Tonalito-Trondhjemítica; (ii) Granodioritos; (iii) Quartzo-Diorito e Monzodioritos; (iv) Monzogranitos; e (v) Sienogranitos. Diferem entre si pelas diferentes razões plagioclásio/feldspato potássico, que são maiores nas variedades dioríticas e tonalíticas e/ou pelas variações no conteúdo modal de minerais máficos e razão anfibólio/biotita, que também possuem valores mais acentuados nestas rochas. Tais granitóides são constituídos por quartzo, plagioclásio e feldspato potássico, como fases essenciais, tendo a biotita como principal mineral ferromagnesiano, além do anfibólio e epídoto, como varietais; minerais opacos, zircão, allanita, titanita, muscovita, epidoto, como fases acessórias magmáticas e, como secundárias, clorita, epidoto, escapolita e muscovita. Além destas unidades foram identificados diques básicos de composição gabronorítica dispostos principalmente na direção NW-SE. Enclaves anfibolíticos e félsicos de composição tonalítica a monzogranítica são bastante frequentes nesta rochas, em especial naquelas de composição granodiorítica, onde feições de magma mingling são observadas com os enclaves máficos. As principais estruturas planares identificadas são: foliação milonítica e bandas de cisalhamento que são concordantes com o trend regional (ENE-WSW), sugerindo que a deformação destes granitóides está relacionada à evolução do Cinturão de Cisalhamento Itacaiúnas, além de dobras intra-foliais e de arrasto com cinemática dextral a norte da área e sinistral na porção sul da mesma. As estruturas rúpteis estão presentes nos granitóides através de fraturas, falhas e veios félsicos.

Palavras-chaves: Petrografia; Granitóide; Carajás.

Título do Projeto de Pesquisa: Evolução Geológica Pré-Cambriana da Amazônia Oriental e os Depósitos Minerais Associados: Exemplos da Província Mineral de Carajás.

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.Grande-área: Ciências Exatas e da TerraÁrea: GeologiaSubárea: Petrologia

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GEOLOGIA E PETROGRAFIA DAS ROCHAS ENCAIXANTES DO GRANITO ANOROGÊNICO SERINGA, OESTE DO MUNICÍPIO DE ÁGUA AZUL DO NORTE (PA), PROVÍNCIA MINERAL DE CARAJÁS

Raquel Souza da CRUZ (Bolsista PIBIC/CNPq) - [email protected] de Geologia, Faculdade de Geologia, Universidade Federal do Pará – Campus Marabá.

Prof. Dr. Carlos Marcello Dias FERNANDES (Orientador) - [email protected] de Geologia, Faculdade de Geologia, Universidade Federal do Pará – Campus Marabá.

Geologia e petrografia das rochas encaixantes do Granito Anorogênico Seringa, oeste do município de Água Azul do Norte (PA), Província Mineral de Carajás. Mapeamento geológico e caracterização petrográfica individualizaram alguns corpos granitóides encaixantes do Granito Anorogênico Seringa, ocorrente nas proximidades do município de Água Azul do Norte, SE do Estado do Pará. Parte desses corpos foram classificados como Biotita tonalito foliado e Biotita-hornblenda tonalito, sendo estes diferenciados com base na razão anfibólio/biotita e nos seus aspectos texturais. Adicionalmente, ocorre ainda um extenso corpo de Biotita granodiorito foliado, com variações petrográficas desde trondhjemito até monzogranitos. Processos deformacionais e metamórficos ainda não descritos na região propiciaram a geração de migmatitos e milonitos associados, os quais são relacionados com uma zona de cisalhamento que secciona toda a área. As informações estruturais e análise dos dados fotointerpretados sugerem a existência de dois regimes estruturais, a saber: o domínio dúctil-rúptil localizado nas porções NW-NE e SSE; bem como o domínio rúptil, na porção SW-SE. Os dados coletados e as interpretações realizadas sugerem que a colocação do Granito Anorogênico Seringa foi condicionada por um sistema falhas/fraturas conjugadas relacionado ao regime tectônico rúptil. A colocação deste afetou diretamente o corpo granodiorítico que se encontra intensamente deformado, por vezes com bandamento gnáissico e está distribuido numa faixa leste–oeste entre o Granito Anorogênico Seringa e o Complexo Xingu.

Palavras-chave: Seringa, Granitóides, Metamorfismo

Título do Projeto de Pesquisa: Magmatismo, evolução crustal e metalogênese da Amazônia

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.Grande-área: Ciências Exatas e da TerraÁrea: GeologiaSubárea: Petrologia

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PETROGRAFIA E MINERALOGIA DO VULCANO-PLUTONISMO PALEOPROTEROZÓICO DA REGIÃO DE VILA DE TANCREDO, NE DE SÃO FÉLIX DO XINGU (PA), CRÁTON AMAZÔNICO

Tatiane de Souza NASCIMENTO (Bolsista PIBIC/UFPA) - [email protected] de Geologia, Faculdade de Geologia, Universidade Federal do Pará – Campus Marabá.

Prof. Dr. Carlos Marcello Dias FERNANDES (Orientador) - [email protected] de Geologia, Faculdade de Geologia, Universidade Federal do Pará – Campus Marabá.

Petrografia e mineralogia do vulcano–plutonismo paleproterozóico da região de Vila de Tancredo, NE de São Félix do Xingu (PA), Cráton Amazônico. Na região de São Félix do Xingu, sul–sudeste do Estado do Pará, ocorre amplo vulcano–plutonismo efusivo e explosivo paleoproterozóico agrupado nas formações Sobreiro (1,88 Ga) e Santa Rosa (1,87 Ga). Estudos petrográficos detalhados na Formação Sobreiro permitiram a identificação de texturas porfirítica, glomeroporfirítica, e comumente estruturas de fluxo magmático; onde a associação dos fenocristais nestas rochas possibilita classificá-las composicionalmente em plagioclásio-clinopiroxênio-anfibólio andesito basáltico fírico e feldspato potássico-plagioclásio dacito fírico. Nestas rochas foram observados vários tipos e estilos de alterações hidrotermais, com presença constante de propilitização e epidotização, evidenciadas pela paragênese clorita + epídoto + carbonato + sericita ± quartzo, o que pode hospedar potenciais mineralizações epitermais High– e Low-sulfidation de metais de base e preciosos. As informações geológicas e análises de imagens de sensores remotos sugerem que esta unidade pode ter sido formada em um complexo de ash-flow calderas, assim como o exemplo descrito na Província Aurífera do Tapajós. As rochas da Formação Santa Rosa apresentam composição predominantemente riolítica e subordinados representantes riodacíticos e dacíticos, além de texturas porfirítica a glomeroporfirítica; geralmente com plagioclásio em presença modal semelhante ao do quartzo e feldspato potássico. Rochas vulcanoclásticas encontram-se geneticamente associados aos riolitos, evidenciado pela composição félsica dos clastos presentes. Ocorrem ainda diques de pórfiros graníticos associados com composição semelhante. Nesta unidade, foram identificadas alterações hidrotermais dos tipos sericítica e potássica, às quais podem estar associadas mineralizações de Sn e W, tanto nas rochas vulcânicas como nos pórfiros graníticos. Não se descarta também a possibilidade da ocorrência de sistemas mineralizantes do tipo IRGS (Intrusion Related Gold Systems) nessas intrusões.

Palavras-chave: Metalogênese, Alteração Hidrotermal, Estratigrafia

Título do Projeto de Pesquisa: Magmatismo, evolução crustal e metalogênese da Amazônia

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.Grande-área: Ciências Exatas e da TerraÁrea: GeologiaSubárea: Petrologia

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SUSCETIBILIDADE MAGNÉTICA DAS SEQÜÊNCIAS VULCÂNICAS PALEOPROTEROZÓICAS DA REGIÃO DE SÃO FÉLIX DO XINGU.

Luanda Thalita de Brito SILVA (Bolsista PIBIC/CNPq/AF ) – [email protected] de Geologia, Faculdade de Geologia – Campus Marabá.

Prof. Dr. José de Arimatéia Costa de ALMEIDA (Orientador) - [email protected] de Geologia, Faculdade de Geologia, Universidade Federal do Pará – Campus Marabá.

Suscetibilidade Magnética das seqüências vulcânicas paleoproterozóicas da região de São Félix do Xingu. As vulcânicas paleoproterozóicas da região de São Felix do Xingu são individualizadas em duas associações denominadas de Formação Sobreiro (andesitos à riodacitos) e pela Formação Santa Rosa (riolitos e rochas vulcanoclásticas).Os andesitos, litotipos predominantes da Formação Sobreiro, apresentam os maiores valores de Suscetibilidade Magnética (SM), variando entre 0,098 e 46,75 x10-

3SiV(média de 11,21 x 10-3SiV), ao passo que as amostras da Formação Santa Rosa exibem valores entre 0,054 e 19,65 x 10-3SiV(média de 2,77 x 10-3SiV). A variação de SM dos andesitos da Formação Sobreiro pode ser explicada pelo conteúdo modal, grau de preservação e tamanho da magnetita, já os baixos valores de SM registrados na maioria das amostras da Formação Santa Rosa podem ser justificados pela escassez de magnetita, ao passo que os maiores valores podem estar ligados a maior abundância desses cristais.A SMda Formação Santa Rosa exibe uma correlação positiva com Fe2O3, FeO, MgO e TiO2e negativa para SiO2 e K2O, justicando uma tendência das rochas menos evoluídas em apresentar os maiores valores de SM e as mais evoluidas exibir os mais baixos valores. Provavelmente, o magma parental da Formação Santa Rosa evoluiu sob condições oxidantes, e proporcionou condições favorável para a origem da magnetita nos estágios iniciais, porém com o avanço da cristalização a disponibilidade de Fe2O3 foi reduzida ocasionando a diminuíção doconteúdo de magnetita.Em comparação com as suítes de granitos paleoproterozóico da Província Carajás, o maior pico dos valores de SM da Formação Sobreiro é coincidente com aquele dos granitos da Suíte Jamon, ao passo que a maioria dos dados de SM da Formação Santa Rosa incide entre aquela pertecente aos granitos das suítes Velho Guilherme e Serra dos Carajás.

Palavras-chave: Sucetibilidade magnética (SM), Formação Sobreiro, Formação Santa Rosa.

Título do Projeto de Pesquisa: Petrologia dos granitóides arqueanos e paleoproterozóicos da Província Mineral de Carajás.

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.Grande-área:Ciências Exatas e da TerraÁrea:GeologiaSubárea:Petrologia

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ESTUDO DE SUSCETIBILIDADE MAGNÉTICA E MINERAIS ÓXIDOS DE Fe e Ti DAS ROCHAS GRANÍTICAS ASSOCIADAS AO COMPLEXO PIUM – PROVÍNCIA MINERAL DE CARAJÁS.

Thiago Carvalho de CASTRO (Bolsista PIBIC/CNPq) – [email protected] de Geologia, Faculdade de Geologia, Universidade Federal do Pará – Campus Marabá.

Prof. Dr. Davis Carvalho de OLIVEIRA (Orientador) – [email protected] de Geologia, Faculdade de Geologia, Universidade Federal do Pará – Campus Marabá.

Estudo de suscetibilidade magnética e minerais óxidos de Fe e Ti das rochas graníticas associadas ao Complexo Pium – Província Mineral de Carajás. As rochas graníticas que ocorrem na área de trabalho são representadas por três corpos subcirculares e orientados segundo o trend regional E-W e intrusivos nas rochas máficas do Complexo Pium. São formados por monzogranitos, granodioritos e, subordinadamente, sienogranitos, com proporções variáveis de hornblenda e biotita. Os minerais óxidos de Fe e Ti identificados neste granito foram magnetita , ilmenita, hematita e goethita. Pirita foi o único sulfeto descrito. A ilmenita é representada por três tipos texturais: 1- como cristais isolados, classificada como ilmenita individual; 2- em cristais geralmente mais regulares associados a magnetita (composite externa); 3- como faixas contínuas no interior da magnetita (sanduíche). Dados de suscetibilidade magnética (SM) apontam para estas rochas valores moderados a altos, que variam de 0,123 x 10-3 SIv a 42,25 x 10-3 SIv. Os valores mais elevados de SM estão diretamente relacionados às rochas com conteúdos modais de minerais opacos mais significativos, indicando que estes valores estão diretamente associados à magnetita. A ausência de uma relação clara entre estes valores e os conteúdos modais de anfibólio e biotita, reforçam esta hipótese. A distribuição dos valores de SM no mapa geológico mostra que aqueles mais baixos estão concentrados no corpo onde predominam amostras da variedade hornblenda-biotita monzogranito. Já os valores intermediários a altos encontram-se amplamente distribuídos em dois corpos formados pela variedade biotita-hornblenda monzogranito, e ainda com alguma relevância nas amostras da variedade biotita sienogranito.

Palavras-chave: Suscetibilidade magnética, Granitóide, magnetita.

Titulo do projeto de pesquisa: Evolução geológica pré-cambriana da Amazônia oriental e os depósitos minerais associados: exemplos da província mineral de Carajás.

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPqGrande-área: Ciências Exatas e da TerraÁrea: GeologiaSubárea: Petrologia

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1.07.02.00-8 GEOFÍSICA

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IMAGEAMENTO SÍSMICO DE REFLEXÕES PRIMÁRIAS E/OU MÚLTIPLAS USANDO A APROXIMAÇÃO DE TEMPOS DE TRÂNSITO CRS DE 4ª. ORDEM

Ordilei Pantoja e Silva (Bolsista PIBIC/CNPq) - [email protected] de Geofísica, Instituto de Geociências (Campus Belém).

Prof. Dr. Pedro Andrés Chira Oliva (Orientador) - [email protected] de Estudos Costeiros (Campus Universitário de Bragança).

A melhora da qualidade das seções sísmicas é muito importante e relevante para a interpretação sísmica. Principalmente na localização de falhas geológicas, estruturas em formas de cunha, flancos de domos ou presença de saltos ou terminações de soleiras. Nas bacias sedimentares brasileiras, principalmente na região amazônica, a presença de rochas intrudidas (diques, soleiras de diabásio, etc) nas camadas paleozóicas, é um dos principais problemas para o imageamento sísmico desta região. Estas rochas deterioram a qualidade das seções sísmicas porque causam perda do sinal, formação de reflexões múltiplas e divergência esférica e podem prejudicar a interpretação dos dados sísmicos devido à formação de falsas estruturas. Existem diversos métodos de imageamento sísmico que tem ganhado importância nos últimos anos. O método de empilhamento sísmico Superfície de Reflexão Comum (CRS) pertence a este grupo. Este método, independente do macro-modelo de velocidades, permite o empilhamento dos dados de cobertura múltipla para simular seções com afastamento (fonte-receptor) nulo no domínio do tempo e com uma melhor razão sinal/ruído. Neste trabalho foi simulada satisfatoriamente uma seção de afastamento nulo a partir da aproximação de tempos de trânsito CRS de 4ª ordem. Este operador destaca pela apresentação do bom posicionamento dos tempos de trânsito e a boa visualização dos eventos de reflexões primárias e múltiplas de primeira ordem.

Palavras-chave: Múltiplas de primeira ordem, Imageamento Sísmico, Aproximação de tempos de trânsito CRS de 4ª. Ordem

Titulo do projeto do orientador: Aplicação de GPR em hidrogeologia e meio ambiente, com ênfase na detecção do nível freático, intrusão salina e caracterização paleoambiental da região costeira bragantina (PA) (Edital MCT/CNPq 03/2009-Consolidação de Novos Campi e Novas Universidades)

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.Grande-área: Ciências Exatas e da TerraÁrea: GeofísicaSubárea: Sísmica

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ESTUDO BATIMÉTRICO E ANÁLISE DO ASSOREAMENTO NO RIO ATURIAI (BRAGANÇA – AUGUSTO CORRÊA, PA)

Luis Fernando Soares Delgado (Bolsista PIBIC/CNPq) - [email protected] de Engenharia de Pesca, Instituto de Estudos Costeiros (Campus Universitário de Bragança).

Prof. Dr. Pedro Andrés Chira Oliva (Orientador) - [email protected] de Estudos Costeiros (Campus Universitário de Bragança).

O rio Aturiaí faz parte da Planície Costeira Bragantina (Nordeste do Estado do Pará, Brasil) e está situado no litoral amazônico oriental. É influenciado principalmente pelas marés semidiurnas e pela pluviosidade. A paisagem do rio Aturiaí está seriamente exposta a perturbações antrópicas, que podem ser fatores altamente perturbadores do equilíbrio ecológico da região, refletindo-se diretamente na qualidade de vida dos diferentes usuários dos recursos hídricos. Existem currais construídos e abandonados que geram o acúmulo de areia e lama e isto já começa a interferir diretamente na capacidade de escoamento da produção de algumas comunidades ribeirinhas. A navegação é realizada na maioria das vezes durante as marés cheias, já que durante a maré seca fica praticamente impossível a navegação para as embarcações maiores. Portanto, com a finalidade de ampliar a base de dados na região bragantina (Pará), contar com um estudo mais completo e regional e entender melhor a dinâmica do estuário do Caeté pretende-se estudar os rios que contribuem com o estuário do Caeté (região costeira bragantina, PA). Neste trabalho foi realizado um estudo batimétrico do rio Aturiaí segundo os dois tipos de marés (enchente e vazante). Esta batimetria foi representada através da modelagem 2-D e 3-D. Este rio apresenta variações espaciais ao longo de seus respectivos percursos e em relação as suas respectivas profundidades. O percurso de mesmo não é necessariamente retilíneo e apresentam também certas sinuosidades. Conseqüentemente foram constatados alguns indícios de assoreamentos em determinados trechos do rio Aturiaí.

Palavras-chave: Batimetria, Modelagem 2-D e 3-D, rio Aturiaí, assoreamento.

Titulo do projeto do orientador: Aplicação de GPR em hidrogeologia e meio ambiente, com ênfase na detecção do nível freático, intrusão salina e caracterização paleoambiental da região costeira bragantina (PA) (Edital MCT/CNPq 03/2009-Consolidação de Novos Campi e Novas Universidades)

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.Grande-área: Ciências Exatas e da TerraÁrea: GeofísicaSubárea: Geofísica Aplicada

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1.07.03.00-4 METEOROLOGIA

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ANÁLISE DA VARIABILIDADE DO CLIMA DO NORDESTE DO ESTADO DO PARÁ

Luan ROOSEWEL costa NUNES (bolsista PIBIC/CNPQ) – [email protected] de Meteorologia, Faculdade de Meteorologia, Instituto de Geociências.

Profa. Dra. Maria AURORA Santos da MOTA (Orientadora) – [email protected] de Meteorologia, Faculdade de Meteorologia, Instituto de Geociências.

O estudo apresenta uma análise da variabilidade da precipitação, temperatura e umidade relativa do ar para região nordeste do Estado do Pará, interessante para a sociedade já que a Amazônia desempenha um papel fundamental na dinâmica da atmosfera global. Os dados utilizados foram coletados por estudantes de escola publica da área rural dos municípios de Santo Antônio do Tauá, Vigia, Colares e São Caetano de Odivelas, durante o ano de 2010. A precipitação acumulada anual, média entre as localidades, foi de 1987,12 mm, apresentando no período chuvoso precipitação média de 1341,42 mm, temperatura média as 07:00 Horas local (HL) de 25,4 0C e as 14:00 HL de 30,1 0C e umidade relativa média (UR) as 07:00 HL de 86,5 %, e 74,4% as 14:00 HL. No período menos chuvoso a precipitação acumulada, média entre as localidades, foi de 645,7 mm, temperatura média as 14:00 HL de 31,0 0C e de 24,6 0C as 07:00 HL e UR de 87,1 % (07:00 HL), e de 70,6 % (14:00 HL). Então, a maioria da precipitação, aproximadamente 67,4 %, ocorreu no período chuvoso, sendo o município de Colares a localidade mais chuvosa da região, com 21 dias de chuva mensais e maior precipitação acumulada anual de 2662,7 mm. No período menos chuvoso, o mês de setembro apresentou a menor precipitação média mensal (30 mm). Na localidade de Maracajá Município de Vigia, a precipitação foi de 2,8 mm e 0,7 mm nos meses de setembro e outubro, respectivamente. Apresentando precipitação acumulada anual de 1056,4 mm, diferente localidade de São Sebastião do Guarimã, também pertencente ao Município de Vigia, com 2197,5 mm. A pesquisa verificou contraste acentuado entre o período chuvoso (janeiro a junho) e o período menos chuvoso (julho a dezembro). Com o período menos chuvoso apresentando variabilidade maior em todas as variáveis analisadas.

Palavras-chave: Chuva, Temperatura, clima rural.

Titulo do projeto do orientador: Entendendo o clima do nordeste do Estado do Pará

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.Grande-área: Ciências Exatas e da TerraÁrea: GeociênciasSubárea: Meteorologia

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ESTUDO DA VARIAÇÃO DIURNA DA CONVECÇÃO OCORRIDA EM BELÉM DURANTE OS EXPERIMENTOS MINI-BARCA E BARCA.

Thiago Melo Souza (Bolsista PIBIC/CNPq) - [email protected] Curso de Meteorologia, Faculdade de Meteorologia, Instituto de Geociências.

Prof. Dra. Maria Aurora Santos da Mota (Orientador) – [email protected] de Meteorologia, Faculdade de Meteorologia, Instituto de Geociências.

Na Amazônia a estrutura termodinâmica da atmosfera é muito influenciada não só pela radiação solar mais também pelo alto teor de umidade presente. A quantidade de precipitação diária que ocorre na Amazônia certamente sofre influencia local, de forma que o comportamento diurno das variáveis termodinâmicas pode ser um indicador do controle do ambiente, na forte atividade convectiva da região. O objetivo desta pesquisa foi analisar a estrutura termodinâmica da atmosfera em Belém, durante os experimentos Mini-BARCA e BARCA, avaliando a variação temporal da Energia Potencial Disponível para Convecção (CAPE), das temperaturas potencial equivalente e equivalente saturada e o índice de instabilidade da atmosfera K. Observou-se valores de CAPE, na maioria das vezes, acima de 1000J/kg, tendo valor médio de 1005,98J/kg no experimento Mini-BARCA e 1139,07J/kg no BARCA, com ciclo diurno bem definido que foi quebrado pela ocorrência de chuva fazendo com que, algumas vezes, CAPE ficasse muito pequena, no horário das 18 UTC. Do total de 125 sondagens analisadas, 60% tiveram valores de índice K acima de 30, reforçando a forte instabilidade. Então, durante os experimentos em Belém, apesar da forte atividade convectiva, nem sempre ocorreu precipitação, significando que a forçante termodinâmica não foi suficiente para gerar a precipitação.

Palavras-chave: Precipitação, Termodinâmica, CAPE.

Titulo do projeto do orientador: Rede de Monitoramento e Pesquisa de Fenômenos Meteorológicos Extremos na Amazônia (REMAM).

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.Grande-área: Ciências Exatas e da TerraÁrea: GeociênciasSubárea: Meteorologia

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CHUVA ASSOCIADA ÀS LINHAS DE INSTABILIDADE USANDO CMORPH.

Flávio Augusto Farias D’Oliveira (Bolsista PIBIC/CNPq) – [email protected] de Meteorologia, Faculdade de Meteorologia, Instituto de Geociências.

Prof. Dra. Julia Clarinda Paiva COHEN (Orientador) - [email protected] de Meteorologia, Faculdade de Meteorologia, Instituto de Geociências.

Esta pesquisa procurou avaliar a quantidade de chuva acumulada associada às linhas de instabilidade na Amazônia para os anos de 2003 a 2010 a fim de quantificar e estudar a importância do fenômeno ao regime de chuvas na região, além de identificar e classificar as linhas de instabilidade para o período de estudo. As linhas de instabilidade se classificam de acordo com sua propagação continente adentro: Linhas costeiras de convecção (CLC), que não se afastam mais de 170 km da costa, Linhas de Instabilidade do tipo 1 (SL1), que se movem entre 170 e 400 km e Linhas de Instabilidade do tipo 2 (SL2), que se movem mais de 400 km da costa. Após a classificação dos diferentes sistemas convectivos, utilizou-se a chuva estimada por satélite do CMORPH, a cada 3 horas para avaliar o papel dessas Linhas de Instabilidade sobre a distribuição da chuva no leste da Amazônia. Foi observado que existe uma grande quantidade de chuva associada às linhas de instabilidade com propagação do tipo 2 nas regiões de Santarém. Através de dados climatológicos de linhas de instabilidade dos anos de 2000 a 2010, pode-se observar que nos anos de 2005 e 2006 houveram as maiores ocorrências de linhas de instabilidade e no ano de 2007 ocorreu a menor ocorrência. Já o mês de maio é o mês com maior ocorrência dentre todos os anos, enquanto o mês de novembro é o mês que menos ocorre esse fenômeno durante o período analisado. Concluiu-se que as linhas de instabilidade tem uma importância muito grande no regime de chuvas da região de Santarém e noroeste do estado, onde se encontram os maiores valores pela porcentagem de chuva em relação ao total de chuva estimado para o período analisado.

Palavras-chave: Linhas de Instabilidade, Amazônia

Título do projeto do orientador: Influência das Circulações Locais e Regionais na Distribuição da Chuva Região de Santarém

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.Grande Área: Ciências Exatas e da TerraÁrea: GeociênciasSubárea: Meteorologia

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INFLUÊNCIA DAS CIRCULAÇÕES LOCAIS E REGIONAIS NA DISTRIBUIÇÃO DA CHUVA NA REGIÃO DE SANTARÉM.

Illelson Rafael da Silva BARBOSA (Bolsista PIBIC/CNPq) – [email protected] Curso de Meteorologia, Faculdade de Meteorologia, Instituto de Geociências.

Prof. Dra. Julia Clarinda Paiva COHEN (Orientador) - [email protected] de Meteorologia, Faculdade de Meteorologia, Instituto de Geociências.

Esta pesquisa possui como objetivo principal estudar a distribuição intra-regional e sazonal da chuva na região de Santarém, buscando entender os efeitos dos sistemas locais e regionais que podem não ter sido medidos nas estações meteorológicas que normalmente estão localizadas junto ao rio. Por conta disso, para avaliarmos o papel das circulações de brisa fluvial sobre a distribuição de chuva na região de Santarém utilizou-se o atual banco de dados de chuva estimada através do sensoriamento remoto do CMORPH, que utiliza os satélites geoestacionários nos canais de microondas e infravermelho. As chuvas estimadas pelo CMORPH possuem resolução espacial de 8km e temporal de 30 minutos, e de 0.25 graus a cada 3 horas. O período analisado foram os anos de 2009 e 2010 para resolução de 0.25 graus e 2010 com resolução de 8km. Durante os período do dia (12 a 21 UTC) observou-se chuva ao sul do Rio Amazonas, associada a circulação de Brisa fluvial e chuva ao longo da costa atlântica devido a formação de Linhas de Instabilidade. No período da noite (00 a 09 UTC) observou-se passagem das Linhas de Instabilidade sobre a região de Santarém. Conclui-se que a chuva na região de Santarém ocorre predominantemente pela parte da noite devido a sistemas convectivos, sendo o principal deles, as Linhas de Instabilidades, e durante o dia devido a brisa que gera sistemas convectivos locais. Palavras-chave: Circulação Fluvial, chuva, Santarém

Titulo do projeto do orientador:

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.Grande Área: Ciências Exatas e da TerraÁrea: GeociênciasSubárea: Meteorologia

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PREVISÃO CLIMÁTICA SAZONAL SOBRE A AMAZÔNIA NAS ESCALAS DE TEMPO SAZONAL, MENSAL E INTRASAZONAL.

Irene Cristina Pereira CORRÊA (Bolsista PIBIC/CNPq) – [email protected] Curso de Meteorologia, Faculdade de Meteorologia, Instituto de Geociências - UFPA

Prof. Dr. Everaldo Barreiros de SOUZA (Orientador) – [email protected] Curso de Meteorologia, Faculdade de Meteorologia, Instituto de Geociências - UFPA

Previsões climáticas são projeções de variáveis meteorológicas (precipitação e temperatura, por exemplo) numa escala de tempo futuro de 1 a 6 meses. Tais informações podem anteceder eventos climáticos extremos e por isso podem ser úteis ao planejamento e tomada de decisão em diversas atividades econômicas e ambientais. Através do projeto “Laboratório de Previsão Climática Regional da Amazônia Oriental - LABCLIMA” foi instalado o modelo climático denominado de Regional Climate Model Version 4 (RegCM4) na Faculdade de Meteorologia - UFPA, o qual utiliza o estado-da-arte em simulações climáticas usando computação de alto desempenho e processamento paralelo (Cluster de Workstation Intel Xeon Quad-Core com 64 processadores). Neste trabalho, o objetivo foi de avaliar os resultados das previsões climáticas regionais geradas pelo RegCM4 para a Amazônia, considerando as escalas de tempo mensal e sazonal. Os resultados preliminares para anos de ocorrência de eventos extremos de precipitação, 1982/83 considerado como ano extremamente seco, 1988/89 considerado como um ano extremamente chuvoso, quando comparados com dados observacionais coletados por uma rede de estações meteorológicas sobre a Amazônia oriental, mostraram-se bastante consistentes. As áreas em que o modelo é capaz de simular a precipitação sazonal com melhores resultados foram o sudeste (região de Marabá), oeste (região de Santarém) e ao longo da faixa litorânea e nordeste do Pará, incluindo a região de Belém. Nas outras áreas, verificaram-se erros sistemáticos, os quais podem ser melhorados com estudos de calibração dos processos físicos do modelo (parametrização de nuvens).

Palavras-chave: Modelagem climática, Precipitação, Amazônia oriental.

Titulo do projeto do orientador: Laboratório de Previsão Climática Regional da Amazônia Oriental – LABCLIMA.

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq. Grande-área: Ciências Exatas e da Terra. Área: Geociências. Subárea: Meteorologia.

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VARIABILIDADE HIDROLÓGICA NA AMAZÔNIA E RELAÇOES COM OS OCEANOS PACÍFICO E ATLÂNTICO

Thaiane Soeiro da Silva DIAS (Bolsista PIBIC/CNPq) – [email protected] Curso de Meteorologia, Faculdade de Meteorologia, Instituto de Geociências - UFPA

Prof. Dr. Everaldo Barreiros de SOUZA (Orientador) – [email protected] Curso de Meteorologia, Faculdade de Meteorologia, Instituto de Geociências - UFPA

Na Amazônia, que abriga a maior bacia hidrográfica do globo, a variabilidade fluviométrica (variação da cota/vazão dos rios, isto é, os períodos de enchente e vazante) é regulada primariamente pela variabilidade da precipitação pluviométrica. Ou seja, a chuva é a principal entrada de água no sistema hidrológico da Amazônia. A variabilidade da precipitação por sua vez é dependente dos mecanismos de grande escala que se processam nos Oceanos tropicais adjacentes: o Pacífico e Atlântico. Neste trabalho aborda-se a relação entre a variabilidade hidrológica com ênfase a setor sudoeste da Amazônia, com ênfase a sub-bacia do rio Madeira na região de Rondônia. Os resultados mostraram que as estações de verão (Dezembro a Fevereiro - DJF) e do outono (Março a Maio – MAM) correspondem ao período de ocorrência dos máximos fluviométricos do rio Madeira em Porto Velho-RO. Estudo de correlações evidenciaram que a variabilidade da cota fluviométrica do rio Madeira em Porto Velho é modulada primariamente pelos padrões anômalos de temperatura da superfície do mar (TSM) sobre o Oceano Atlântico, ao invés do Oceano Pacífico. A influência do Atlântico também associa-se diretamente com os padrões de convecção tropical da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS). Eventos extremos de cota muito acima do normal (eventos de enchente intensa) e de cota abaixo do normal (eventos de seca ou vazante intensa) são influenciados por ambos os Oceanos Pacífico (episódios El Niño e La Niña) e fases do dipolo do Atlântico.

Palavras-chave: Modelagem climática, Precipitação, Amazônia oriental.

Titulo do projeto do orientador: Laboratório de Previsão Climática Regional da Amazônia Oriental – LABCLIMA.

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq. Grande-área: Ciências Exatas e da Terra. Área: Geociências. Subárea: Meteorologia.

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INTERAÇÃO ENTRE A VARIABILIDADE ESPACIAL COM TEMPERATURA E UMIDADE RELATIVA EM DIFERENTES ALTURAS DE DOSSEM, NA GRADE DO PPBIO EM CAXIUANÃ (PA).

Brenda Santos SIQUEIRA (Bolsista PIBIC/CNPq-af) – [email protected] de Meteorologia, Faculdade de Meteorologia, Instituto de Geociências.

Prof. Dr. José Henrique CATTANIO (Orientador) – [email protected] de Meteorologia, Instituto de Geociências.

Interação entre a variabilidade espacial com temperatura e umidade relativa em diferentes alturas de dossem, na grade do Ppbio em Caxiuanã (PA), consiste em avaliar diariamente o comportamento da temperatura e umidade relativa em uma área de floresta natural na FLONA de Caxiuanã, em diferentes níveis topográficos e de altura do dossel (baixio e platô), foram instalados, aparelhos de “datalogger” para coleta automática de temperatura e umidade relativa: a) Os dados foram análisados, através de cálculos e gráficos, para o período chuvoso (maio) e para o mês mais seco (dezembro). b) A temperatura do ar não possui grande amplitude sazonal, e nem diária no interior da floresta, sendo que as maiores amplitudes diárias acontecem no período seco. c) A temperatura do ar aumenta com a elevação do dossel, sendo que as alturas de copa respondem mais rápidos aos eventos de chuva e as alturas mais baixas só respondem aos eventos de chuva mais prolongados.d) Quando ocorre precipitação em um período muito seco ocorre o processo de inversão térmica, isto acontece no período da tarde, com a umidade relativa ocorre o inverso. e) Para um período chuvoso, a umidade relativa alcança sua saturação máxima, respondendo rapidamente a todas as alturas o evento de chuva prolongada. f) Parece existir em alguns momentos um forte influencia da baia de Caxiuanã sobre a temperatura em todos os níveis de dossel estudados.Palavras-chave: Microclima, variação espacial, floresta primária Caxiuanã.

Titulo do projeto do orientador: CENÁRIOS PARA A AMAZÔNIA: USO DA TERRA, BIODIVERSIDADE E CLIMA (CENÁRIOS)

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPqGrande-área: Ciências ExatasÁrea: Ciências Exatas e da TerraSubárea: Micrometeorologia

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ESTUDO COMPARATIVO DE MÉTODOS DE ESTIMATIVA DE EVAPOTRANSPIRAÇÃO POTENCIAL NO PROJETO ESECAFLOR – LBA, NA FLORESTA NACIONAL DE CAXIUANÃ, MELGAÇO, PARÁ.

Haroldo Magano Júnior (Bolsista PIBIC/CNPq) – [email protected] Universidade Federal do Pará, Curso de Meteorologia, Faculdade de meteorologia, Instituto de Geociências.

Prof. Dr. Antonio Carlos Lôla da Costa (Orientador) - [email protected] Federal do Pará, Curso de Meteorologia, Faculdade de meteorologia, Instituto de Geociências.

Esta pesquisa teve como objetivo estudar a evapotranspiração potencial (ETP) na Floresta Nacional de Caxiuanã, utilizando-se de vários métodos de estimativas, de modo a dar subsídios a outros estudos de interações entre floresta e a atmosfera. Os métodos utilizados foram Penman-Monteith (FAO/56), Hargreaves, Jensen-Haise, Linacre, Makkink, Priestley & Taylor e Thornthwaite. O período estudado compreendeu foi de 2005 a 2009. Os dados obtidos para este trabalho foram obtidos em uma torre micrometeorológica de 40 metros de altura, monitorada pelo projeto Estudo da Seca da Floresta – ESECAFLOR-LBA, localizada na Estação Científica Ferreira Pena (ECFPN), na Floresta Nacional de Caxiuanã – FLONA Caxiuanã, Melgaço – Pará. Para o cálculo da evapotranspiração potencial foi utilizado o programa SEVAP (Sistema de Estimativa de Evapotranspiração). Observou-se que a evapotranspiração potencial apresentou variação sazonal, sendo menores no período chuvoso (janeiro a maio) e maiores no período menos chuvoso (junho a novembro). Os métodos de Penman-Monteith, Priestley-Taylor e Thornthwaite, foram os que apresentaram os melhores resultados, caracterizando bem a sazonalidade da ETP da região. Já o método de Linacre subestimou a ETP, quase não apresentando variação sazonal, enquanto que o método de Hargreaves foi o que mais se aproximou da media dos demais, apresentando pouca variabilidade. Os métodos de Makkink e Jensen-Haise superestimaram a ETP, embora tenham apresentado boa sazonalidade. Conclui-se deste modo que para a Floresta Nacional de Caxiuanã, os métodos de Penman-Monteith, Priestley-Taylor e Thornthwaite são os mais adequados para estudos de evapotranspiração potencial.

Palavra-chave: Evapotranspiração, Floresta Tropical, Amazônia.

Titulo do projeto do orientador: Estudo da seca da floresta- ESECAFLOR- LBA.

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.Grande-área: Ciências Exatas e da TerraÁrea: Geociências Subárea: Meteorologia

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MONITORAMENTO DO CONFORTO TÉRMICO EM CIDADES DE DIFERENTES DIMENSÕES NO ESTADO DO PARÁ.

Ingrid Monteiro Peixoto de Souza (PIBIC/CNPq) – [email protected] Federal do Pará, Curso de Meteorologia, Faculdade de meteorologia, Instituto de Geociências

Prof. Dr. Antonio Carlos Lôla da Costa (Orientador) - [email protected] Universidade Federal do Pará, Curso de Meteorologia, Faculdade de meteorologia, Instituto de Geociências

Amazônia, ampla região natural que se estende entre o maciço das Guianas e o Planalto Brasileiro, e desde o Oceano Atlântico até os Andes, na América do sul, e com uma área de, aproximadamente 7x106

quilômetros quadrados. Tudo na Amazônia é grandioso: A maior floresta tropical chuvosa do mundo, a maior rede fluvial do mundo, que por sua vez, movimenta a maior quantidade de água doce da terra. A descarga de água doce lançada no oceano Atlântico é de 100 m³.seg. Uma das mais marcantes modificações climáticas provocadas pela urbanização é o aumento da temperatura do ar, em relação ao seu entorno rural adjacente. Este fenômeno é conhecido com o nome de “ilha de calor urbana”. Estas alterações térmicas têm como principal consequência o aumento do desconforto térmico aos habitantes dessa região. Muitas cidades localizadas na Amazônia Brasileira, apesar de se localizar em uma Região Brasileira relativamente pouco desenvolvida, nas últimas décadas vêm apresentando um grande crescimento urbano, até certo ponto carente de um planejamento adequado, caracterizando-se pela verticalização e expansão horizontal indiscriminada, onde as superfícies naturais são bruscamente substituídas por construções e outros tipos de superfícies artificiais (Costa, 1998). A presente pesquisa teve como objetivo principal monitorar a variabilidade média horária do conforto térmico em duas cidades Amazônicas de diferentes dimensões. Para o cálculo do conforto térmico utilizou-se o Índice de Temperatura Efetiva – ITE. Foi observado que no período chuvoso a cidade de Belém apresentou-se ligeiramente mais desconfortável termicamente do que a cidade de Santarém, enquanto que no período menos chuvoso esta característica de desconforto térmico sofre uma inversão entre estas cidades. Esta característica pode estar mais relacionada com a localização geográfica do que com a própria dimensão destas cidades.

Palavras-chave: Meteorologia, Conforto Térmico, Amazônia.

Titulo do projeto do orientador: Monitoramento do clima urbano na cidade de Belém – Pa. Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.Grande-área: Ciências AmbientaisÁrea: Meteorologia aplicadaSubárea: Meteorologia

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1.08.00.00-0 OCEANOGRAFIA

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CONECTIVIDADE HIDRODINÂMICA ENTRE ESTUÁRIOS DO TAPERAÇU E CAETÉ ATRAVÉS DO FURO DO TAICI: FLUXO DE ÁGUA, SAL E SEDIMENTO EM SUSPENSÃO.

Cleide Barbosa MARQUES (Bolsista PIBIC/FAPESPA) – [email protected] de Engenharia de Pesca, Instituto de Estudos Costeiros, Campus de Bragança

Prof. Dr. Nils Edvin ASP Neto (Orientador) – [email protected] de Engenharia de Pesca, Instituto de Estudos Costeiros, Campus de Bragança

Este estudo tem por objetivo identificar e quantificar os fluxos hidrosedimentológicos entre os estuários do Caeté e Taperaçu, através do Furo do Taici. Durante a maré de sizígia e quadratura dos meses de novembro/2010 (período seco) e março/2011 (período chuvoso) foram realizadas campanhas nas desembocaduras do furo do Taici. Os dados de velocidade superficial foram coletados com a utilização de um ADCP (Acoustic Doppler Current Profiler) modelo workhorse monitor (1200 kHz) Teledyne. A salinidade foi obtida a partir de uma sonda multiparâmetro HANNA HI 929828. Para análise da concentração de material particulado em suspensão por gravimetria (peso do material retido em filtro após filtragem) foram coletadas amostras de água a cada 30 min durante um ciclo de maré. A variação do nível da maré foi obtida por meio de um marégrafo equipado com sensor de pressão modelo SL2000M. Os resultados do período seco de velocidade de corrente indicam que durante a fase de enchente, as velocidades em ambos os lados (desembocaduras) são compatíveis, oscilando entre 0,5 e 1 m/s. Contudo, durante a fase de vazante, as velocidades de corrente são muito superiores no lado do Taperaçu (ponto 1). Esse mesmo resultado de velocidade pode ser observado no período chuvoso onde foram registrados valores na vazante entre 1,5 e 1,4 m/s nos pontos 1 e 2 (lado do Caeté), respectivamente. Durante a enchente, os pontos 1 e 2 apresentaram velocidades de 0,9 e 0,7 m/s, concomitantemente. O material particulado em suspensão nos dois períodos mostrou um comportamento padrão, com maiores concentrações no início de cada fase de maré e um gradativo decréscimo próximo à baixamar e preamar. A salinidade evidenciou a passagem de água do Caeté para o Taperaçu no início da enchente, em função de uma queda brusca no lado do Taperaçu, com valores iguais aos observados no Caeté.

Palavras-chave: Conectividade de estuários, fluxo de maré, Salinidade e MPS.

Título do projeto do orientador: Morfodinâmica de um estuário amazônico: processos hidrodinâmicos e geomorfológicos e suas interações (CNPq Universal – 2009).

Classificação do Trabalho na tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.Grande Área: Ciências Exatas e da TerraÁrea: OceanografiaSubárea: Oceanografia Geológica

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SEDIMENTOLOGIA DO ENTORNO DA ILHA DE BOIÇUCANGA (AJURUTEUA) E AS IMPLICAÇÕES DO TRANSPORTE DE SEDIMENTOS DOS ESTUÁRIOS E PLATAFORMA INTERNA ADJACENTES

José Diego GOMES (Bolsista PIBIC/CNPq) – [email protected] de Engenharia de Pesca, Instituto de Estudos Costeiros, Campus de Bragança

Prof. Dr. Nils Edvin ASP Neto (Orientador) – [email protected] de Engenharia de Pesca, Instituto de Estudos Costeiros, Campus de Bragança

Este estudo tem por objetivo avaliar as características sedimentares (especialmente granulometria e arredondamento) do entorno da Ilha de Boiçucanga (Praia de Ajuruteua, município de Bragança/PA), e correlacionar a variação destes parâmetros sedimentares com a circulação e transporte de sedimentos na área, considerando também as diferenças entre os estuários do Taperaçu e Caeté. Foram programadas coletas de sedimentos em pontos distribuídos ao longo da ilha de Boiçucanga, tanto no seu lado marinho (Ajuruteua), quanto interno (Furo Grande). Para a coleta de sedimento, foi utilizada draga (amostrador busca-fundo) do tipo Van Veen de 3L de volume interno, ou pá, quando o local se encontrava exposto (seco). Os locais foram posicionados com GPS (Sistema de Posicionamento Global). Todas as amostras foram encaminhadas ao laboratório, sendo lavadas para dessalinização e posteriormente secas em estufa a 60ºC durante 48h e então submetidas à análise granulométrica e morfoscópica (grau de arredondamento de grãos). Foram coletadas e analisadas 27 amostras até o presente momento. Os dados granulométricos revelaram sedimentos classificados essencialmente como areia fina a muito fina, bem selecionadas e com assimetria negativa, onde as variações parecem mais denunciar a influência de fatores morfodinâmicos locais do que diferentes fontes de sedimento. Os dados de arredondamento de grãos são mais contundentes, mas contrários ao esperado inicialmente. No geral os grãos de areia do lado do Taperaçu foram claramente mais angulosos que os grãos do lado do Caeté, indicando que a morfodinâmica estuarina em si pode ter um papel maior neste aspecto do que a origem do sedimento em si: marinha com contribuição fluvial (Caeté) ou exclusivamente marinha (Taperaçu). Os dados indicam bom potencial de pesquisa e os trabalhos devem continuar neste sentido. Espera-se que as últimas coletas e análises comprovem a questão do arredondamento maior do lado do Caeté, bem como se entenda melhor as variações granulométricas observadas.

Palavras-chave: Sedimento, praia-estuário, arredondamento e granulometria.

Título do projeto do orientador: Barreiras Arenosas na Zona Costeira Amazônica: Balanço entre Ondas e Marés, Suprimento de Sedimentos e o comportamento do Nível do Mar (Aprovado no Edital: MCT / CNPq no. 03/2009).

Classificação do Trabalho na tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.Grande Área: Ciências Exatas e da TerraÁrea: OceanografiaSubárea: Oceanografia Geológica

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ANÁLISE SEDIMENTOLÓGICA E MINERALÓGICA DO POÇO I DA VILA DO SUCURIJU. – AMAPÁ.

Priscila Valéria Tavares Gozzi (Bolsista PIBIC/FAPESPA) [email protected] de Oceanografia; Faculdade de Oceanografia; Instituto de Geociências.

PROFa.. Dra. Odete Fátima Machado da Silveira (Orientadora) [email protected] de Oceanografia; Instituto de Geociências.

O Poço I da Vila do Sucuriju, está situado no Estado do Amapá, região norte do Brasil, localiza-se à margem direita do Rio Sucuriju, na Foz do Rio Amazonas. Caracteriza-se como um poço de 102 metros de profundidade, perfurado utilizando sondagem à percussão. Foram coletadas 73 amostras à partir da profundidade de 30 metros, as quais foram processadas com o objetivo de determinar a granulometria e mineralogia, sendo o método de análise a granulometria a laser. Para uma tentativa de recuperação dos 30 metros superiores, do Poço I, foram também utilizados testemunhos coletados com o testemunhador Vibracore, POÇO SUCURIJU (59cm) VB 01 (175 cm) e PC – CANAL (72 cm). Os testemunhos foram descritos, fotografados e espacializados utilizando-se o SRTM, para a observação da morfologia aproximada do terreno, e construído, assim, um perfil esquemático. Os resultados obtidos mostram a predominância de partículas do tamanho síltico arenoso a areia síltica, com presença de silte argiloso e areia, segundo a classificação de Shepard. Nos primeiros 30m do perfil composto, foram observadas pequenas laminações de turfas. O teor de matéria orgânica (M.O) encontrada foi de ~3%. A partir de 102m a perfuração do Poço I foi interrompida devido à presença de uma camada de material totalmente oxidado, denominada crosta ferruginosa, que nos sugere que o material já esteve exposto.

Palavras chave: Poço I Sucuriju, Vila do Sucuriju.

Titulo do projeto do orientador: Integração de dados Geofísicos, Geológicos e Geoquímicos na Reconstituição da Paleogeografia da Costa Amazônica do Neógeno ao Recente – AMASIS.

Classificação do trabalho na tabela de áreas do conhecimento CNPq.Grande área: Ciências Exatas e da terra.Área: OceanografiaSub área: Sedimentologia.Oceanografia Geológica.

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ANÁLISE TEXTURAL, MINERALÓGICA E ANÁLISE DOS SEDIMENTOS BIOGÊNICOS DOS SEDIMENTOS DE FUNDO DA PLATAFORMA CONTINENTAL DO AMAZONAS, NA ÁREA DE ABRANGÊNCIA DO PROJETO PLAT-NNE.

Raiza Renne Leitão dos Santos (Bolsista PIBIC/FAPESPA) - [email protected] de Geologia, Faculdade de Geologia, Instituto de Geociências.

PROFa.. Dra. Odete Fátima Machado da Silveira (Orientadora) - [email protected] de Oceanografia, Faculdade de Oceanografia, Instituto de Geociências.

O presente trabalho teve como objetivo contribuir para a caracterização sedimentológica da Plataforma Continental do Amazonas (PCA), através da análise de sedimentos de fundo. Foram tratadas amostras pertencentes ao acervo de várias campanhas de coleta feitas em diferentes períodos (OUT/2008 e NOV/2008) na PCA, no âmbito do projeto PIATAM Oceano. Tal coleta foi realizada com o auxílio de amostrador de fundo tipo Van Veen. Posteriormente as amostras foram identificadas, armazenadas, e no Laboratório de Oceanografia Geológica e Geofísica Marinha (LIOG) submetidas a tratamento prévio: lavagem, secagem e quarteamento. Após tratamento preliminar, foram aplicadas as metodologias específicas para cada procedimento: quantificação de matéria orgânica (MO) e CaCO3, análise granulométrica e triagem (identificação de organismos que contribuem na produção de sedimentos biogênicos). Os resultados obtidos após a calcinação de MO mostraram que os pontos onde a sua concentração é maior estão relativamente próximos a foz do rio Amazonas, este fato o caracteriza como um grande contribuidor de MO para a PCA. A quantificação de CaCO3 apresentou valores entre 2 e 100%, após observações foi possível perceber que estes valores aumentam no sentido continente/oceano, ou seja, áreas próximas a costa possuem baixas concentrações, enquanto que regiões distais da PCA apresentam concentrações maiores de CaCO3. A análise granulométrica revelou predominância da fração areia (de muito fina a média), principalmente areia fina, sobre o silte encontrado em duas amostras caracterizando possivelmente que estas amostras estejam na área de transição de PCA, enquanto que as areias caracterizam a porção externa da mesma. Durante a triagem foram identificados moluscos, bivalves, gastrópodes, e equinodermas (equinóides e asteróides), corroborando os resultados de trabalhos anteriores realizados na área. A presença de organismos secretores do íon carbonato justifica as altas concentrações encontradas em algumas amostras.

Palavras-chave: geologia marinha, rio Amazonas.

Título do projeto do orientador: Caracterização fisiográfica da Plataforma Continental: Áreas Touros (NE) e Foz do Amazonas (N) Sigla: PLAT-NNE

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento CNPq:Grande-área: CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA.Área: OCEANOGRAFIASubárea: SEDIMENTOLOGIA MARINHA

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ISSN 2176-1213 - Semin. de IC. da UFPA, Belém, v. 22, n.1, 2011

ANÁLISE TEMPORAL DAS MACROALGAS (DIVISÃO CLOROPHYTA) NO FURO DO TAICI, PENÍNSULA DE AJURUTEUA, BRAGANÇA-PA

Pedro Henrique Dorta da SILVA (Bolsista PIBIC/CNPq) – [email protected] de Licenciatura em ciências Biológicas, Instituto de estudos Costeiros, Campus de Bragança.

Profº. Dr. Marcus Emanuel Barroncas FERNANDES (orientador) – [email protected] de Licenciatura em Ciências Biológicas, Instituto de Estudos Costeiros, Campus de Bragança.

O presente trabalho teve como objetivo analisar a distribuição temporal das macroalgas aderidas em rizóforos de Rhizophora mangle L. nas áreas de manguezal no Furo do Taici, na península de Ajuruteua, no município de Bragança – PA. Os dados foram coletados bimestralmente ao longo do ano de 2010. Foram coletados 25 rizóforos em cinco pontos diferentes, ao longo de uma transecção de 30 m perpendicular ao canal principal. Foram triadas três morfoespécies, sendo duas pertencentes ao gênero Rhizoclonium (Rhizoclonium sp.1 e Rhizoclonium sp.2) e uma morfoespécie sp.3 ainda sem identificação em nível de gênero. Do total de 145 amostras, 95 foram coletadas na estação seca (de setembro a dezembro) e 50 na estação chuvosa (de janeiro a agosto). A análise de similaridade, baseada em presença e ausência das morfoespécies, mostrou que não houve diferença significativa (ANOSIM, R=0,042; p>0,05) entre as duas estações do ano. Contudo, o teste do Qui-quadrado de partição mostrou que a morfoespécie sp.3 foi menos ocorrente do que as outras duas morfoespécies nas duas estações do ano (χ2=5,29; gl=1; p<0,05). Em suma, poucos morfotipos de macroalgas da Divisão Clorophyta foram registrados para os manguezais do Furo do Taici, mas, por outro lado, essas morfoespécies apresentam variação estacional na sua ocorrência ao longo de um ciclo anual.

Palavras chaves: clorofícea, período seco, período chuvoso, Bragança-Pará.

Título do projeto do orientador: ANÁLISE ESPAÇO TEMPORAL DAS MACROALGAS AO LONGO DA PENÍNSULA DE AJURUTEUA, BRAGANÇA-PA.

Grande-área: Ciências Exatas e da TerraÁrea: OceanografiaSubárea: Oceanografia Biológica

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MEDIDAS EXTERNAS E CRANIANAS DE MACHOS E FÊMEAS DA ESPÉCIE CAROLLIA PERSPICILLATA (CHIROPTERA, PHYLLOSTOMIDAE) COLETADOS NO PARÁ

Suzane Serrano CERVEIRA (Bolsista PIBIC/UFPA)- [email protected] de Licenciatura em Ciências Biológicas, Instituto de Estudos Costeiros, Campus de Bragança.

Prof. Dr. Marcus Emanuel Barroncas FERNANDES (Orientador) - [email protected] de Licenciatura em Ciências Biológicas, Instituto de Estudos Costeiros, Campus de Bragança.

No presente estudo foi investigada a variação geográfica dos caracteres morfológicos de Carollia perspicillata, no Estado do Pará. De acordo com a abrangência geográfica dessa espécie, a distribuição das amostras envolveu as três localidades do nordeste do Estado: Bragança, Augusto Correa e Viseu. Análises univariadas e multivariadas foram baseadas em 28 caracteres morfométricos externos e cranianos medidos em 260. Na Análise dos Componentes Principais, cinco componentes explicaram 63,3% da variação entre grupos. A distância de Mahalanobis (MD) foi utilizada para discriminar os grupos de morcegos. Os resultados demonstraram que a variação morfométrica apresentou menor similaridade entre os espécimes das localidades de Bragança e de Augusto Corrêa (MD=9,28; F=4,05; p<0,001), ao passo que as amostras mais similares foram provenientes das localidades de Augusto Corrêa e Viseu (MD=1,49; F=1,92; p<0,01). Adicionalmente, Bragança e Viseu apresentaram menor similaridade mesmo quando relacionadas com as outras localidades. Tais resultados sugerem que a variação na estrutura populacional de C.perspicillata, no Pará, pode estar associada ao isolamento causado por diferentes condicionantes físico-ambientais como, por exemplo, o relevo, a hidrografia, a cobertura vegetal e a temperatura do ar. Portanto, estudos adicionais abordando os fatores condicionantes e as variações genéticas são necessários para definir a similaridade entre as populações dessa espécie de morcego no Estado do Pará.

Palavras-chave: Carollia perspicillata, morfometria, variação geográfica, Pará.

Título do projeto do orientador: DIVERSIDADE E ABUNDÂNCIA DE MORCEGOS E DIAGNÓSTICO SÓCIO-AMBIENTAL EM LOCALIDADES COM REGISTRO DE RAIVA, EM HUMANOS E HERBÍVOROS, NO NORDESTE DO PARÁ.

Grande-área: Ciências Exatas e da TerraÁrea: OceanografiaSubárea: Oceanografia Biológica

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ISSN 2176-1213 - Semin. de IC. da UFPA, Belém, v. 22, n.1, 2011

ESTRUTURA POPULACIONAL DE Petrolisthes armatus (GIBBES, 1850) (CRUSTACEA; PORCELLANIDAE) DO ESTUÁRIO DE MARAPANIM, PARÁ

Ana Carolina Melo RODRIGUES (Bolsista PIBIC/FAPESPA) – [email protected] Graduanda em Licenciatura em Ciências Biológicas, Instituto de Ciências Biológicas/UFPA

Jussara Moretto MARTINELLI (Orientadora) – [email protected] de Ciências Biológicas, Instituto de Ciências Biológicas/UFPA

Petrolisthes armatus tem ampla distribuição geográfica e é uma espécie de grande abundância nos afloramentos rochosos do estuário do Rio Marapanim, Amazônia brasileira e pouco se conhece a respeito de sua biologia na região equatorial. O presente estudo teve como objetivo verificar a estrutura populacional de P. armatus no estuário de Marapanim, Pará, Brasil. Porcelanídeos foram coletados mensalmente de agosto/2006 a julho/2007, totalizando 288 amostras (12 meses x 2 regiões x 4 locais x 3 subamostras). Um total de 2583 indivíduos foram examinados (1205 machos, 1066 fêmeas, 176 fêmeas ovígeras e 136 indivíduos de sexo indeterminado), sendo agrupados em 12 classes de tamanho de 1 mm. O tamanho dos indivíduos (LC-largura da carapaça) variou de 1,10 mm (sexo indeterminado) em janeiro a 11,06 mm (macho) em setembro, sendo a média de tamanho dos machos (média=4,67; DP=1,79) significativamente maior (t=2,01; p=0,04). A menor fêmea ovígera foi de 3,33 mm de LC. A razão sexual mensal de P. armatus não diferiu significativamente do esperado de 1:1 (razão=0,97:1; 2=0,56, p=0,45), com exceção de agosto que houve predominância das fêmeas (razão=0,72:1; 2=4,79; p=0,03). Em relação às classes de tamanho, a razão sexual foi significativamente diferente nas classes 5|-6, 8|-9 e 9|-10 mm, havendo predomínio das fêmeas na primeira (razão=0,66:1; 2=16,13; p<0,0001) e dos machos nas outras duas (razão=2,76:1; 2=14,06; p=0.0002; e razão=19,0:1; 2=16,2; p<0,0001, respectivamente), sendo as últimas classes compostas exclusivamente por machos. Estes resultados corroboram outros estudos desenvolvidos no litoral sudeste e sul do país, indicando ser um padrão para a espécie mesmo àquelas que ocorrem em menores latitudes.

Palavras-chave: Anomura, razão sexual, Amazônia

Titulo do projeto do orientador: RECURSOS PESQUEIROS ESTUARINOS DO MANGUEZAL DE MARAPANIM, LITORAL NORTE DO BRASIL

Grande-área: Ciências Exatas e da TerraÁrea: Oceanografia BiológicaSubárea: Interação entre os Organismos Marinhos e os Parâmetros Ambientais

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ISSN 2176-1213 - Semin. de IC. da UFPA, Belém, v. 22, n.1, 2011

OS RECIFES ARENOSOS DE SABELLARIA WILSONI (POLYCHAETA: SABELLARIIDAE) COMO HABITAT VITAIS PARA A FAUNA MACROBENTÔNICA DE PRAIAS ARENOSAS DA ILHA DE MAIANDEUA/ALGODOAL (PA)

Bruno de Jesus Barros Rodrigues (Bolsista PIBIC/CNPq) - Curso de Oceanografia, Laboratório de Oceanografia Biológica, Instituto de Geociências – e-mail: [email protected]

José Souto Rosa Filho (Orientador) - Curso de Oceanografia, Laboratório de oceanografia Biológica, Instituto de Geociências – e-mail: [email protected]

O presente trabalho teve como objetivo descrever a importância dos recifes de Sabellaria wilsoni para as populações dos Bivalvia Prothotaca pectorina e Cyrtopleura costata e do Crustacea Alpheus armillatus na ilha de Maiandeua/Algodoal (PA). As amostragens ocorreram mensalmente, de maio a dezembro de 2008. Por mês foram coletadas 16 amostras de recife utilizando-se um amostrador cilíndrico (5 cm de diâmetro e 40 cm de comprimento). Para cada amostra foi medido o volume, utilizando o método de deslocamento da coluna d’água em uma proveta de 2l. As amostras foram fixada em formalina salina a 5% tamponada com bórax. Em laboratório os bivalves tiveram o comprimento e altura da concha medidos. Os crustáceos foram sexados e posteriormente tiveram o comprimento da carapaça (CC) determinado, sendo ainda registrado o número de fêmeas ovígeras e o estágio de maturação dos ovos. Foram analisados 396 Prothotaca, 713 Cyrtopleura e 71 Alpheus. Os tamanhos dos bivalves (Prothotaca: altura - máximo 23,3 mm e mínimo 0,55 mm e largura - máximo 26,2 mm e mínimo – 0,6 mm; Cyrtopleura: altura - máximo 9,05 mm e mínimo 0,2 mm e largura - máximo 22,3 mm e mínimo – 0,4 mm) estavam abaixo do comprimento máximo alcançado pelas espécies, revelando a dominância de juvenis ou adultos jovens. Foram registrados indivíduos adultos e juvenis de Alpheus,com comprimento máximo de 10,8 mm e mínimo de 1,55 mm. A maioria (70%) dos crustáceos foi fêmea, das quais 43 eram ovígeras com ovos imaturos e maduros. Pode-se concluir que os recifes são de grande importância para a manutenção das espécies estudadas, dado que Prothotaca pectorina e Cyrtopleura costata utilizam-nos nas fases iniciais do ciclo de vida e Alpheus armilatus permanece no hábitat por toda a vida, inclusive durante o período reprodutivo.

Palavras-chave: Fauna Associada, Recifes Arenosos, Costa Norte do Brasil

Titulo do projeto do orientador: Influência das variações ambientais na estruturação de comunidades biológicas costeiras amazônicas: exemplo comunidade macrobentônica associada a recifes arenosos de Sabellaria wilsoni (POLYCHAETA: SABELLARIDAE)

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.Grande-área: Ciências Exatas e da TerraÁrea: OcenaografiaSubárea: Oceanografia Biológica

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MACROFAUNA BENTÔNICA ASSOCIADA A RECIFES DE Sabellaria wilsoni (POLYCHAETA: SABELLARIIDAE) NA ILHA DE ALGODOAL-MAIANDEUA (PA). A ESTRUTURA DO RECIFE COMO DETERMINADORA DA BIODIVERSIDADE

Thuareag Monteiro Trindade dos Santos (Bolsista PIBIC/CNPq) - Curso de Oceanografia, Faculdade de Oceanografia, Instituto de Geociências – e-mail: [email protected]

José Souto Rosa Filho (Orientador) - Faculdade de Oceanografia, Instituto de Geociências – e-mail: [email protected]

O trabalho teve por objetivo caracterizar e comparar as assembléias macrobentônicas associadas aos recifes arenosos de Sabellaria wilsoni (Polychaeta: Sabellariidae) na Ilha de Algodoal-Maiandeua (nordeste do Pará), com diferentes morfologias (cogumelo e plataforma) e situações hidrodinâmicas (praia exposta e protegida). As coletas foram realizadas no final do período chuvoso (junho) e seco (dezembro) do ano 2008. Em cada ocasião, foram retiradas 16 amostras de cada recife, com auxílio amostrador cilíndrico com 10 cm de diâmetro e 20 cm de altura. O material coletados foi acondicionado em sacos plásticos etiquetados e fixado em formalina salina a 4%. Foram calculadas para cada amostra os descritores densidade, riqueza, diversidade, equitabilidade. Para comparação entre recifes e meses de coleta foram realizadas análises univariadas (ANOVA e teste Tuckey) e multivariadas (ANOSIM, MDS e SIMPER). Foi coletado um total de 77.735 organismos distribuídos em 93 táxons pertencentes a onze filos, com dominância de Annelida (40 táxons), Mollusca (24 táxons) e Arthropoda (17 táxons). Entre os meses e os recifes houve uma evidente distinção quanto às associações bentônicas. De uma forma geral, o recife em plataforma, em praia protegida, apresentou fauna mais diversa e equitativa, tipicamente estuarina e de substrato não consolidado. Esta foi dominada por vermiformes, principalmente durante seu estado bem conservado (junho/2008). O recife em cogumelos, em praia exposta, apresentou uma fauna mais densa e rica, tipicamente marinha e de áreas de maior energia, com domínio de Crustacea e Mollusca. A estrutura da macrofauna foi influenciada pela morfologia dos recifes, que por sua vez, foram alteradas pelas variações sazonais da hidrodinâmica local. Os fatores ambientais considerados: salinidade, precipitação pluviométrica e principalmente as condições hidrodinâmicas, mostram forte influência nas modificações da morfologia dos recifes, densidade de seus construtores e a composição, abundância e diversidade da macrofauna.

Palavras-chave: macrobentos; recifes de poliqueta; Costa do Pará

Titulo do projeto do orientador: Influência das variações ambientais na estruturação de comunidades biológicas costeiras amazônicas: exemplo comunidade macrobentônica associada a recifes arenosos de Sabellaria wilsoni (POLYCHAETA: SABELLARIDAE).

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.Grande-área: Ciências exatas e da terraÁrea: OceanografiaSubárea: Oceanografia biológica

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ISSN 2176-1213 - Semin. de IC. da UFPA, Belém, v. 22, n.1, 2011

DISTRIBUIÇÃO TEMPORAL DO ZOOPLÂNCTON DO ESTUÁRIO DO TAPERAÇU (PARÁ, BRASIL)

Carlos Andrey do Rosário MELO (Bolsista PIBIC/CNPq) - [email protected] de Engenharia de Pesca, Faculdade de Engenharia de Pesca, Instituto de Estudos Costeiros

Prof. Dr. Rauquírio Marinho da COSTA (Orientador) - [email protected] de Ciências Biológicas, Faculdade de Ciências Biológicas, Instituto de Estudos Costeiros

Como componentes das redes tróficas pelágicas, os organismos que contituem o zooplâncton representam um dos principais responsáveis pela tranferência da matéria orgânica e energia oriunda dos produtores primários para os demais níveis tróficos destes ambientes. Com base neste contexto, o presente trabalho teve por objetivo determinar a composição, densidade e a distribuição temporal destes organismos no estuário do Taperaçu, relacionando-as aos parâmetros hidrológicos locais. As amostragens bimestrais foram realizadas entre os meses de março/09 e janeiro/10 em uma estação fixa (00°50'30.9''S e 46°43’02.4’’W), a cada 3 horas. Dados de salinidade e temperatura foram coletados através de um CTD. Amostras adicionais de água foram coletas para posteriores análises de pH e oxigênio dissolvido no laboratório. Arrastos horizontais na subsuperfície da água foram realizados com rede plâncton (120 µm) para coleta do zooplâncton. As variáveis que mais oscilaram entre os meses de coleta foram a salinidade (6,1 ± 1,1 a 37,9 ± 0,8 em maio e janeiro, respectivamente) e oxigênio dissolvido, o qual variou de 3,2 ± 0,8 mg/L (março) a 6,4 ± 0,9 mg/L (setembro). A temperatura da água variou entre 28,2°C ± 0,5 (março) e 29,1°C ± 0,2 (janeiro) e o pH oscilou entre 5,5 ± 0,3 (março) e 7,5 ± 0,2 (julho). Nos meses de março à julho, o zooplâncton esteve constituído por 44 táxons (maioria copépodos). Os valores de densidade variaram entre 13.136,1 ± 12.837 ind/m3 (março) e 141.388,3 ± 225.912,3 ind/m3 (julho). No mês de março destacaram-se as espécies Oithona oswaldocruzi, Paracalanus quasimodo e náuplius de Copepoda. No mês de maio, Acartia lilljeborgi, A. tonsa, P. quasimodo, P. marshi e Acari obtiveram os maiores valores de densidade, enquanto que em julho, as maiores densidades foram registradas para A. lilljeborgi, A. tonsa, P. quasimodo, E. acutifrons, O. oswaldocruzi, O. hebes, Parvocalanus crassirostris e Tisbe sp. De forma geral, em virtude das características geomorfológicas do estuário do Taeraçu e da ausência de aporte fluvial direto, a estrutura da comunidade zooplanctônica local sofreu uma forte influêcia sazonal da precipitação pluviométrica, a qual influenciou as demais variáveis hidrológicas – principalmente a salinidade –regulando assim a dinâmica destes organismos no estuário de estudo.

Palavras-chave: Salinidade, Densidade, Copepoda.

Titulo do projeto do orientador: Distribuição espaço-temporal do zooplâncton e das variáveis hidrodinâmicas e hidrológicas do estuário doTaperaçu (Reserva Extrativista Marinha Caeté-Taperaçu-PA, Brasil).

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.Grande-área: Ciências Exatas e da TerraÁrea: OceanografiaSubárea: Oceanografia BIológica

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ISSN 2176-1213 - Semin. de IC. da UFPA, Belém, v. 22, n.1, 2011

DISTRIBUIÇÃO TEMPORAL DO FITOPLÂNCTON DO ESTUÁRIO DO TAPERAÇU (PARÁ, BRASIL)

Tatiana Soares de OLIVEIRA (Bolsista PIBIC/CNPq) - [email protected] de Engenharia de Pesca, Faculdade de Engenharia de Pesca, Instituto de Estudos Costeiros

Prof. Dr. Rauquírio Marinho da COSTA (Orientador) - [email protected] de Ciências Biológicas, Faculdade de Ciências Biológicas, Instituto de Estudos Costeiros

O estudo das comunidades planctônicas estuarinas são indispensáveis para a compreensão das relações existentes entre os processos de produção e fluxo de energia entre os diversos organismos que habitam estes ecossistemas. O presente estudo apresenta dados sobre a variação nictemeral da composição do microfitoplâncton no estuário do Taperaçu (Bragança, Pará). As coletas foram realizadas em duas estações fixas no estuário, nos meses de março e maio de 2009 (período chuvoso), julho, setembro e novembro de 2009 (período seco) e janeiro de 2010 (período chuvoso). Para o estudo qualitativo, as amostras foram obtidas através de arrastos horizontais utilizando-se uma rede de plâncton (64 μm), enquanto que as amostras destinadas às análises quantitativas foram coletadas na subsuperfície da coluna d’água. Paralelamente as coletas de plâncton foram realizadas medições in situ de temperatura e salinidade. Amostras de água foram coletadas para posteriores análises de pH e oxigênio dissolvido no laboratório. Na área de estudo, os valores de salinidade oscilaram de 6,1 (maio/09) a 37,9 (janeiro/10). A temperatura da água variou de 27,7°C a 29,3°C e o pH apresentou valores que oscilaram entre 5,6 e 7,7. O microfitoplâncton esteve representado qualitativamente por um total de 76 taxóns, distribuídos entre as divisões Bacillariophyta, Cyanophyta, Dinophyta e Chlorophyta, sendo possível observar a predominância qualitativa das diatomáceas, representadas por 54 espécies. A diatomácea cêntrica Coscinodiscus perforatus foi a espécie mais abundante, representando 49,7% do microfitoplâncton local. As análises quantitativas revelaram a presença de organismos pertencentes às divisões Bacillariophyta, Dinophyta e Chlorophyta, as quais totalizaram 37 taxóns. A espécie que apresentou maior densidade foi Dimeregramma minor, variando de 105.000 céls.L-1 a 222.000 céls.L-1 nos meses de março e maio, respectivamente. Os fitoflagelados dominaram quantitativamente o microfitoplâncton local com densidades similares as observadas em outros estuários amazônicos.

Palavras- chave: Variação nictemeral, Plâncton, Estuário do Taperaçu

Titulo do projeto do orientador: Distribuição espaço-temporal do zooplâncton e das variáveis hidrodinâmicas e hidrológicas do estuário doTaperaçu (Reserva Extrativista Marinha Caeté-Taperaçu-PA, Brasil).

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.Grande-área: Ciências Exatas e da TerraÁrea: OceanografiaSubárea: Oceanografia BIológica

Page 56:  · Web viewtrata de assuntos como a classificação dos igarapés, a cor de suas águas o fluxo hídrico no decorrer do ano, seu papel na bacia hidrográfica, a …

ISSN 2176-1213 - Semin. de IC. da UFPA, Belém, v. 22, n.1, 2011

A INFLUÊNCIA DA COMPLEXIDADE DO SUBSTRATO NA DINÂMICA POPULACIONAL DE NERITINAZEBRA (MOLLUSCA: GASTROPODA) NA ILHA DE MOSQUEIRO, PARÁ.

Cassio Rubens Monteiro SILVESTRE (Bolsista PIBIC/UFPA) - [email protected] Curso de Licenciatura em Biologia, Faculdade de Ciências Biológicas, Instituto de Ciências Biológicas

Prof. Dr. James Tony LEE (orientador) - [email protected] de Oceanografia, Instituto de Geociências

A Neritina zebra é um herbívoro dominante do entremarés dos costões rochosos da Ilha de Mosqueiro, sendo uma importante reguladora das comunidades de algas. A complexidade do substrato pode ser importante na ocorrência destes moluscos, influenciando na disponibilidade de refúgio. O presente estudo teve como objetivo determinar a influência da complexidade dos substratos na dinâmica populacional de Neritina zebra, no entremarés de substrato consolidado das praias do Caruará e do Paraíso, na ilha de Mosqueiro, NE do Pará. As coletas ocorreram entre março e dezembro de 2009. As zonas média e inferior do entremarés foram coletadas com um quadrante de 0,25m2. Foram realizadas 15 réplicas por zona em cada uma das praias. A complexidade do substrato foi medida com uma corrente moldada ao substrato. Os espécimes foram separados em recrutas (comprimento ≤6mm) e adultos (comprimento >6mm). Um total de 10340 espécimes de Neritina zebra foi coletado, os quais 5629 foram na praia do Caruará e 4711 na praia do Paraíso. Após as análises, seis tipos de substratos foram quantificados: Matacão (29,3%), Argila (25,8%), Transição entre matacão e argila (24,0%), Seixo (10,1%), Calhau (7,55%) e Areia (3,37%). A densidade de N. zebranão se relacionou com a complexidade do substrato (rugosidade), nem com a porcentagem de cobertura dos substratos dominantes.Entretanto, as densidades de recrutasforamsignificativamente relacionadas com a pluviosidade do mês anterior à coleta (R2=0,74;p<0,05) e de dois meses anterioresà coleta, (R2=0,95;p<0,01). Não houve relação entre a densidade e a pluviosidade do mês de coleta. Os maiores níveis de precipitação podem ter estimulado a reprodução dos indivíduos adultos, refletindo no aumento de juvenis dois meses após. Esse sincronismo da produção de juvenis com o aumento da pluviosidade poderia propiciar um menor estresse fisiológico, possibilitando uma maior sobrevivência dos primeiros recrutas no entremarés.

Palavras-chave: Moluscos, Rugosidade, Costão rochoso.

Titulo do projeto do orientador: Determinação dos Processos Pós-Assentamento Reguladores do Recrutamento em Comunidades Bentônicas.

Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq.Grande-área: Ciências BiológicasÁrea: BiologiaSubárea: Biologia Aquática