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1 Pressclipping em 02.junho.2014 "É preciso pagarem-se as dívidas de dinheiro, que as de amor nunca se pagam." Camilo Castelo Branco Você acha que torcer contra a seleção resolve o problema do Brasil? Você diz que ama seu País. Que amor é este? Publicado por Michael Pereira de Lira - 3 dias atrás SÃO PAULO (Reuters) - Milhões de brasileiros irão torcer como loucos durante a Copa do Mundo, mas nem todos pelo Brasil. A duas semanas do início do Mundial e com as tensões em alta devido aos custos do evento que durará um mês, alguns estão demonstrando a sua revolta dizendo que irão torcer contra a seleção brasileira, talvez o símbolo de maior destaque do país na arena internacional. “Nunca antes a Copa provocou estes sentimentos de ódio entre os brasileiros”, disse o cineasta e comentarista esportivo Ugo Giorgetti. “Tem gente que ama futebol, ama o Brasil, mas está torcendo contra a seleção como nunca fez antes”. Esse coro contra o Brasil é um enorme contraste com a típica caricatura do torcedor de rosto pintado de verde e amarelo, cantando e gritando pela sua seleção ao som de tambores de escola de samba. “Estou torcendo pela Holanda”, disse Marco Silva, consultor de 33 anos do subúrbio do Rio de Janeiro. “Se o Brasil for campeão, toda a corrupção relacionada ao torneio vai ser esquecida. O país não irá acordar”. IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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Pressclipping em 02.junho.2014

"É preciso pagarem-se as dívidas de dinheiro, que as de amor nunca se pagam."

Camilo Castelo Branco

Você acha que torcer contra a seleção resolve o problema do Brasil? Você diz que ama seu País. Que amor é este? Publicado por Michael Pereira de Lira - 3 dias atrás

SÃO PAULO (Reuters) - Milhões de brasileiros irão torcer como loucos durante a Copa do Mundo, mas nem todos pelo Brasil. A duas semanas do início do Mundial e com as tensões em alta devido aos custos do evento que durará um mês, alguns estão demonstrando a sua revolta dizendo que irão torcer contra a seleção brasileira, talvez o símbolo de maior destaque do país na arena internacional.

“Nunca antes a Copa provocou estes sentimentos de ódio entre os brasileiros”, disse o cineasta e comentarista esportivo Ugo Giorgetti. “Tem gente que ama futebol, ama o Brasil, mas está torcendo contra a seleção como nunca fez antes”.

Esse coro contra o Brasil é um enorme contraste com a típica caricatura do torcedor de rosto pintado de verde e amarelo, cantando e gritando pela sua seleção ao som de tambores de escola de samba.

“Estou torcendo pela Holanda”, disse Marco Silva, consultor de 33 anos do subúrbio do Rio de Janeiro. “Se o Brasil for campeão, toda a corrupção relacionada ao torneio vai ser esquecida. O país não irá acordar”.

A maioria dos brasileiros, de fato, irá cerrar fileiras com a seleção, que busca um inédito sexto título mundial, mas o governo teme que os críticos ocupem as ruas aos milhares e prejudiquem a imagem do país.

Nesta semana, manifestantes revoltados deram socos e pontapés no ônibus que levava os jogadores da seleção do Rio de Janeiro para a Granja Comary, na cidade fluminense de Teresópolis, o centro de treinamento da equipe.

Os críticos dizem que a Copa do Mundo, com seus estádios superfaturados, projetos de infraestrutura atrasados ou não entregues e o potencial constrangimento com os problemas de organização, fez mais mal do que bem ao desviar fundos de programas sociais e projetos de investimento mais importantes.

Para eles, uma eliminação precoce do Brasil no Mundial ajudaria o país a voltar a se concentrar nas necessidades mais prementes e, talvez, até ensejaria mudanças políticas.

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“Eu e muitas pessoas que conheço estamos torcendo para que o Brasil seja eliminado logo, embora nem todos sejam sinceros a esse respeito”, afirmou Edson Alves, químico de 52 anos fanático por futebol. “É triste, mas neste momento estou pensando mais no Brasil país, não no Brasil seleção de futebol”.

Alves, como muitos que estão torcendo contra a seleção nas mídias sociais, é crítico feroz da presidente Dilma Rousseff, que apresentou a Copa como uma oportunidade de ouro de exibir um Brasil moderno. Ele torce para que uma derrota na competição enfraqueça o apoio a Dilma antes da sua campanha de reeleição em outubro.

POLÍTICA E FUTEBOL

Embora a história recente mostre pouca correlação entre um título da Copa do Mundo e uma vitória eleitoral, poucos brasileiros estão convencidos disso.

Em 1970, durante o período mais sangrento da ditadura militar de 1964 a 1985, o general Emilio Médici desfrutou de uma onda de popularidade, já que a seleção brasileira, liderada por Pelé e amplamente considerada a melhor da história, trouxe para casa um terceiro título da Copa do Mundo.

Ativistas pró-democracia na época exortaram os brasileiros a se voltar contra a seleção, mas a maioria estava muito encantada com o "jogo bonito" dos seus heróis.

A seleção brasileira é, talvez, o time de futebol mais popular do mundo, associada a uma lista de lendas como Pelé, Zico, Romário, Ronaldo e agora Neymar.

Muitos brasileiros, no entanto, tendem a ter uma atitude mais fria em relação à camisa amarela e verde. Parte disso é devido a uma ligação mais fraca hoje em dia entre torcedores e jogadores, a maioria dos quais joga em clubes na Europa ou até mesmo mais longe. Enquanto todos os jogadores da seleção de 1970 jogava no Brasil, apenas quatro do atual elenco atuam no país.

Ainda assim, a Copa do Mundo acontece apenas uma vez a cada quatro anos e, se a Copa das Confederações do ano passado servir de indicativo, as atitudes podem mudar caso a seleção dê um show nos campos

O torneio, organizado no Brasil como um teste para a Copa do Mundo, foi marcado pelos maiores protestos de rua no país em décadas. Apesar do tumulto, a maioria dos brasileiros ficou do lado da seleção na luta pelo título.

A história mais distante indica que o “ódio do Brasil” pode só durar até a bola começar a rolar.

“Meus amigos estavam entre aqueles que pediram para os outros torcerem contra o Brasil em 1970", lembra Giorgetti. “Ninguém resistiu os primeiros 15 minutos."

Fonte: http://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRKBN0E91AS20140529?pageNumber=1&virtualBrandChannel=0

Nós brasileiros devemos ter uma atitude mais positiva para gritar contra as coisas negativas que estão acontecendo em nosso país, há décadas.

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Escândalos políticos, corrupção, mensalões, cuecas milionárias, anões, refinaria de Pasadena, saúde pública caótica, educação precária, violência, doleiros, campanhas eleitoreiras milionárias com dinheiro público... E a lista não termina nem nas próximas cinquenta palavras.

Estes são fatos negativos que devemos SIM rejeitar, criticar, denunciar.

Se estão querendo transformar uma paixão brasileira, que é o futebol e a nossa seleção "canarinho", que tantas alegrias nos deu (somos a única seleção que participou de todas as Copas do Mundo e a única que pode ser Hexa), em "ópio" para o povo esquecer da podridão que se amontoa e se agiganta sobre as nossas cabeças e ainda servir de palanque político, não será torcendo contra os "meninos de verde e amarelo" que entrarão nas arenas para defender a cor de nosso país neste megaevento, que daremos nossa resposta.

Amamos nosso país, amamos nossa seleção e não podemos mais tolerar que destruam aquilo que amamos. Se a Sra Presidenta está preocupada com a imagem do nosso País, ela deve se lembrar que a imagem do Brasil já está borrada com as manchetes negativas de corrupção, violência, pobreza e estrutura educacional e da saúde falida, enquanto se gasta quase 30 bilhões na Copa.

Não vamos transformar a copa em algo que venha envergonhar mais ainda nosso País e povo. Vamos sim, com civilidade, mostrar nossa insatisfação. Onde está a juventude de "caras pintadas" que movimentou o país no impeachment histórico, que gritou e bradou em alto som pelas "diretas já"?

Se alguém tem acesso ao Felipão ou à imprensa, peça que solicitem aos nossos jogadores que entrem em campo para jogarem com uma tarja preta amarrada no braço, em sinal de protesto e luto pelas condições de nosso País e dediquem a vitória em cada partida em homenagem aos brasileiros que estão sofrendo com o abandono. Vamos protestar, mas, vamos protestar de forma positiva.

Protestar nem sempre é agredir, realizar quebra quebra, profanar, ofender, desrespeitar autoridades. Mas, acima de tudo é demonstrar de forma criativa e positiva que não concordamos com o que está errado. E, acima de tudo, trabalhar para que o que está errado se concerte, e teremos esta oportunidade nas próximas eleições, não promovendo violência, vandalismo e rejeição à seleção brasileira.

Vamos fazer diferente do que os políticos oportunistas querem. Vamos dizer SIM para o Brasil; vamos apoiar e torcer pela nossa seleção; vamos cantar em uníssono, em alto tom e volume, com todo nosso fôlego, o Hino Nacional, como se estivéssemos gritando uma carta de amor ao nosso País; vamos nos vestir de verde e amarelo, pintar nossas caras com as belas cores de nossa bandeira; vamos dizer NÃO para os políticos corruptos e dar a resposta que eles merecem nas urnas.

Quem ama não destrói. Se amamos nosso País e queremos mudança, não será promovendo quebradeira nas propriedades sejam públicas ou privadas; não será rejeitando a seleção; não será provocando e causando tumulto.

Vamos dar aos estrangeiros a ideia do que é ser um povo guerreiro, mas, ordeiro; insatisfeitos mas civilizados em nossa postura de gritar BASTA!

No máximo, depois de se vestir e pintar-se de verde, amarelo, azul e branco, ponha uma tarja preta, no braço, na testa, onde quiser, em protesto, pois, estamos de luto pela morte de nossa saúde; da nossa educação; de nossas crianças, jovens e adolescentes jogadas no mundo das drogas, criminalidade e prostituição; das nossas instituições que nada fazem...

Façamos a melhor copa não porque alguém disse que faremos "a copa das copas". Mas porque apesar de tudo e de todos amanhã poderá ser um novo dia para nosso País e para nossos filhos e netos, não por causa da Copa, mas porque o povo despertou da sonolência e do torpor letárgico e resolveu mudar a sua história.

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É correto cobrar pela impressão de boletos? Publicado por Izabela Gonçalves - 3 dias atrás

Tem se tornado cada vez mais comum a prática da cobrança pela impressão de boletos.

Mas, isto é ou não permitido à luz do Código de Defesa do Consumidor?

Na prática, tal cobrança vem em forma de taxa e é imposta ao consumidor, o qual passa a arcar com a impressão dos boletos bancários.

Essa taxa já vem embutida no valor final descrito no boleto, passando muitas vezes despercebida pelo consumidor (o valor, em sua maioria, é bem pequeno), que acaba por efetuar o pagamento ou, até mesmo, quando percebe o acréscimo, acredita que o ônus é realmente dele.

Todavia, não é o que Código de Defesa do Consumidor diz. Esta cobrança, na verdade, é considerada abusiva e ilegal!

Dessa forma, aquele que efetua tal cobrança pode ser multado, haja vista que é quem emite o boleto bancário que deve arcar com o custo de impressão.

Portanto, caso você seja alvo desta ilegalidade, simplesmente se recuse a pagar o valor referente a esta taxa e comunique imediatamente a prática ao Procon de sua região.

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A Lei da Copa matou 29 artigos do Estatuto do Torcedor Ressucitá-los, só com outro estatuto Publicado por Tiago Albuquerque - 3 dias atrás

O tema deste artigo-notícia o povão desconhece. É possível que alguém da mídia dele tenha ouvido falar, mas não divulga, não comenta, não debate, nem alerta. O silêncio é absoluto. É o nosso blog, sem mordaça e sob o signo da liberdade, que o torna público, para o conhecimento de todos, principalmente do torcedor brasileiro, maior lesado nessa capciosa trama urdida para atingi-lo.

Como tudo começou

Em 2011, a FIFA pediu à presidência da República que suspendesse, durante a Copa do Mundo, a vigência do CODECON (Código de Defesa do Consumidor, Lei 8.078/90), do EI (Estatuto do Idoso, Lei 10.741/2003) e do ET ( Estatuto do Torcedor, Lei 10.671/2003). O pedido era tão velhaco, mas tão velhaco, que o governo, dessa vez, não pode atender, embora entenda de velhacaria. O Executivo não pode anular, suspender, revogar ou, minimamente, alterar lei que o Legislativo votou e aprovou. Então, obediente às determinações da FIFA e ao documento denominado “Garantia Máster“, que Lula e o ministro do Esporte, Orlando Silva, assinaram em Junho de 2007 e entregaram a Joseph Blatter, no qual o Governo Federal se curva às imposições da FIFA, foi aprovada pelo Congresso Nacional a LGC (Lei Geral da Copa, nº 12.663/2012), que o STF, por 9 a 2, considerou constitucional, em julgamento recente.

Brevíssima explicação

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O Direito Brasileiro não admite o fenômeno implícito da Repristinação, que vem a ser o restabelecimento, a restauração, a ressurreição da lei revogada pela extinção da lei que a revogou. Se a lei “B“, revogou a lei “A“, esta não volta a vigorar quando a lei “B” deixar de existir. “A lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência“, dispõe a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (artigo 2º, § 3º). Para que a lei revogada repristine, ou seja, volte a vigorar com o término da vigência da lei que a revogou, é necessário que esta determinação conste, expressamente, na lei revogadora.

A morte de 29 artigos do Estatuto do Torcedor

A LGC soma 71 artigos. Ardiloso e fatal é o artigo 68. Isto porque, expressamente, suspende as disposições dos capítulos II, III, VII, IX e X da Lei 10.671/2003 (Estatuto do Torcedor). A ordem jurídica nacional não autoriza que as leis vigentes deixem de ser aplicadas em determinadas circunstâncias, salvo as previstas na Constituição Federal, como, por exemplo, o Estado de Sítio. A lei que ordena a perda da vigência de uma lei, revoga-a. Logo, 29 dos 45 artigos que compõem o Estatuto do Torcedor foram revogados pelo artigo 68 da Lei Geral da Copa. E para que voltem a ter vigência será preciso a edição de nova lei restabelecendo os artigos que foram revogados por colidirem diretamente com as disposições da Lei da Copa.

As perdas para o torcedor

Os prejuízos para os torcedores brasileiros são de grande monta, notadamente (apenas para citar alguns), o que diz respeito à não mais vigente proibição da venda e consumo de bebidas alcoólicas nos estádios; a não-responsabilização pela segurança do torcedor, que a lei revogada atribuía à entidade detentora do mando de jogo e de seus dirigentes; à obrigatoriedade de policiamento público dentro e fora dos estádios; à dispensa da obrigação de proporcionar transporte e higiene para os torcedores; limite máximo de torcedores nas partidas; contratação de seguro de acidentes pessoais em favor do torcedor; disponibilização de um médico e dois enfermeiros e ambulância para cada dez mil torcedores presentes à partida; estacionamento, meio de transporte, ainda que oneroso, para condução de idosos, crianças e portadores de deficiência física aos estádios; proibição de impor preços excessivos ou aumentar, sem justa causa, os preços dos produtos alimentícios comercializados nos locais dos jogo; sorteio público dos árbitros, com prévia e ampla divulgação, etc., etc., etc.. Tudo isso — e muito e muitos mais –, antes previstos no Estatuto do Torcedor, tudo resta revogado pela Lei Geral da Copa. E para voltar a valer dependerá de nova lei.

Por Jorge Béja - Fonte: http://tribunadaimprensa.com.br/?p=85730

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Lei da Copa começa a valer. Veja o que muda pelo Brasil Exército e Força Nacional vão para a rua fazer com que regras não sejam desobedecidas

Clique aqui: http://tiagoalbuquerque.jusbrasil.com.br/noticias/120902479/lei-da-copa-comeca-a-valer-veja-o-que-muda-pelo-brasil?utm_campaign=newsletter&utm_medium=email&utm_source=newsletter

Diretora do Comitê Organizador Local: "O que tinha para ser roubado já foi" Joana Havelange compartilha texto em que critica manifestações contra a Copa. Marco Polo Del Nero cita protesto de professores: "O que a Copa tem a ver?"

Publicado por Luiz Paulo Pinho - 5 dias atrás

Joana Havelange, diretora do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo (COL), e Marco Polo Del Nero, presidente eleito da CBF (assume em 2015), fizeram críticas às recentes manifestações contrárias à realização da Copa do Mundo no Brasil.

Filha de Ricardo Teixeira e neta de João Havelange, Joana postou um texto em sua conta no Instagram. Um trecho do texto, compartilhado aos seus 671 seguidores, diz que "o que tinha que ser roubado já foi".

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- Não apoio, não compartilho e não vestirei preto em dia nenhum de jogo do Mundial. Quero que a Copa aconteça da melhor forma. Não vou torcer contra, até porque o que tinha que ser gasto, roubado, já foi. Se fosse para protestar, que tivesse sido feito antes. Eu quero mais é que quem chegue de fora veja um Brasil que sabe receber, que sabe ser gentil. Quero que quem chegue, queira voltar. Quero ver um Brasil lindo. Meu protesto contra a Copa será nas eleições. Outra coisa, destruir o que temos hoje não mudará o que será feito amanhã.

Del Nero se manifestou no Twitter (Foto: Reprodução / Twitter)

Marco Polo Del Nero, hoje vice-presidente da CBF e integrante do Comitê Executivo da Fifa, não gostou de a chegada da seleção brasileira ao Rio ser alvo de uma manifestação de professores. Em sua conta no Twitter, Marco Polo escreveu:

- O professor reclama de seu salário. Acho que o educador deve ter o mesmo salário de uma autoridade pública. Mas o que a Copa tem a ver?

PSDB e PT têm maiores índices de homicídios da história Publicado por Luiz Flávio Gomes - 5 dias atrás

Em 2012 chegamos à maior taxa de homicídios de toda nossa história (devidamente contabilizada): 29 assassinatos para cada 100 mil pessoas (veja Mapa da Violência, em O Globo 27/5/14, p. 4). Em 1980 a taxa era de 11,7 para cada 100 mil. O Governo de Fernando Henrique entregou (em 2002) o índice de 28,5; o governo do PT começou com 28,9 (2003) e, agora, bateu o recorde de 29 homicídios para cada 100 mil (2012). A peste da violência persegue todos os governos brasileiros. Aliás, nos persegue desde a descoberta, em 1500. No campo da prevenção da violência o Brasil é um desastre. Nenhum governo (de esquerda ou de direita, conservador ou liberal) jamais conseguiu domar o bacilo dessa peste. Ao contrário, todos se caracterizam por serem (também) gestores de mortes (assim como executores de grande parte delas). Das 50 cidades mais violentas do planeta, o Brasil conta com 16. Campeão do mundo nesse item e isso representa um aparente paradoxo quando olhamos outros índices nacionais, que melhoraram.

Nunca nossa renda per capita foi tão alta: superior a US$ 12 mil em 2013 (veja Valor Econômico de 23, 24 e 25/5/14, Suplemento, p. 5). De qualquer modo, estamos muito longe da elite paradisíaca mundial, cuja renda per capita gira em torno de US$ 50 mil. O Brasil ainda ocupa a vergonhosa posição 79 em termos de renda per capita (segundo o Fundo Monetário Internacional). De qualquer modo, não há dúvida que nos distanciamos muito da média dos países africanos, dos quais nos aproximávamos até 1980. Nas últimas décadas foi impressionante o aumento de alunos nas escolas (hoje mais de 7 milhões estão frequentando cursos superiores; o dobro de dez anos atrás). A taxa de analfabetismo completo diminuiu para 9% da população com mais de 15 anos de idade (já não estamos na casa dos dois dígitos), mas ainda somos o 8º país do mundo com mais analfabetos. Quando consideramos os analfabetos funcionais (quem sabe ler e escrever rudimentarmente, mas não consegue entender o conteúdo de um texto ou fazer operações matemáticas básicas), a tragédia é muito grande: ¾ da população brasileira são analfabetos funcionais (segundo o Inaf). Melhorou nossa escolaridade; aumentou nossa renda per capita, mas continuamos muito primitivos e violentos.

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A estabilização econômica de 1994 (governo PSDB) e a política social do governo PT melhoraram o país em muitos itens, menos no que diz respeito à peste da violência. É que a violência está intimamente ligada à intensa igualdade material da população. Dentre os melhores países do mundo temos: PIB per capita de USD 50.084, Gini de 0,301 (pouca desigualdade e, ao mesmo tempo, pouca concentração da riqueza nas mãos de pouquíssimas pessoas), 1,1 homicídios por 100 mil habitantes, 5,8 mortos no trânsito por 100 mil pessoas, 18.552 presos (na média) e 98 encarcerados para cada 100 mil pessoas. A exceção nesse grupo fica por conta dos EUA: 5 assassinatos para cada 100 mil pessoas. O Brasil aparece na tabela abaixo com 27 mortes para cada 100 mil pessoas. Em 2012, a taxa pulou para 29. Todo país que planta errado colhe frutos amargos. É o nosso caso. Enquanto não promovermos mais igualdade material em grande volume, o sangue continuará correndo pelas ruas e calçadas do país. Vejamos:

Publicado por Luiz Flávio Gomes

Indicadores de Desenvolvimento Brasileiro 2001-2012 Notícia disponibilizada no Portal www.cmconsultoria.com.br às 08:43 hs.29/05/2014 - APRESENTAÇÃO

Desenvolvimento com inclusão social e agenda estratégica das políticas públicas nos últimos anos têm proporcionado avanços sociais significativos no País, como revela esta segunda edição do relatório Indicadores de Desenvolvimento Brasileiro – IDB”. Níveis crescentes de emprego e renda, ampliação do acesso à educação, saneamento e moradia, queda sistemática da mortalidade infantil e aproximação da taxa de extrema pobreza a patamares próximos de sua superação são algumas das principais tendências apontadas pelos indicadores trazidos nesse relatório e em várias outros estudos realizados por pesquisadores brasileiros e instituições internacionais.

Essa evolução positiva do panorama social do País não é fortuita. Ao contrário, resulta da conjugação de uma série de decisões no campo da política social, da política econômica e de investimentos em

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infraestrutura. Por um lado, há esforços concretos de destinação crescente de recursos orçamentários, construção de equipamentos públicos e alocação de pessoal técnico especializado em políticas e programas de natureza universal, na educação, saúde, trabalho, assistência e seguridade social. De outro lado, o governo brasileiro vem propondo e implementando programas e ações inovadoras, reconhecidos internacionalmente, voltados a assegurar às parcelas mais pobres, vulneráveis e historicamente marginalizadas da população brasileira acesso diferenciado ao conjunto de direitos sociais consagrados na Constituição Brasileira de 1988, dos quais o Plano Brasil Sem Miséria e Programa Mais Médicos são exemplos mais recentes.

Essa estratégia de política social, conjugada com as políticas de valorização real do salário mínimo, de qualificação profissional massiva pelo Pronatec – presente em 3,8 mil municípios brasileiros - e de ampliação do acesso ao crédito, em ambiente de baixa inflação, mostrou-se essencial para criação de um círculo virtuoso de crescimento, com contínua geração de emprego formal e ampliação da renda. O consequente fortalecimento do mercado interno tornou-se um dos motores do modelo de desenvolvimento brasileiro, demonstrando que a promoção social, decorrente da redução das desigualdades, é também uma estratégia de política econômica.

Outro elemento importante deste período foi a consolidação de uma dinâmica positiva entre investimento público e privado, por meio do resgate da capacidade de realizar investimentos em infraestrutura econômica, social e urbana. Medidas como o Programa de Aceleração do Crescimento - PAC, o “Minha Casa Minha Vida” e o Programa de Investimento em Logística (PIL), combinados à aprovação de novos marcos regulatórios setoriais, garantiram a reorientação da atuação do Estado para promoção desses investimentos, ampliando as potencialidades econômicas e sociais do País.

Certamente, tais determinações em termos de política social, econômica e de infraestrutura tiveram seus efeitos expandidos em função dos esforços de natureza político-institucional de recuperação da capacidade de planejamento e gestão do setor público brasileiro, de aprimoramento da articulação federativa e intersetorial na implementação de políticas públicas e de reconhecimento do diálogo aberto e franco com a sociedade e os movimentos sociais como princípio básico de governança.

Os efeitos desta estratégia de Desenvolvimento com Inclusão Social são apresentados no presente relatório.

Acesse o relatório completo em: http://www.cmconsultoria.com.br/news/arquivos/IDB_portugues.pdf

Joaquim Barbosa: popular ou populista? Publicado por Luiz Flávio Gomes - 2 dias atrás

Por força da parábola “A tábua e os pregos” se sabe que uma ferida verbal (uma ofensa) é tão maligna para a alma como uma agressão física. Quando você ofende alguém, ficam as marcas. Você pode enfiar uma faca em alguém e depois retirá-la. Não importa quantas vezes você peça desculpas, a cicatriz ainda continuará lá. Joaquim Barbosa, que disse que vai deixar em breve a magistratura, foi um juiz independente e corajoso, mas deixa cicatrizes profundas nas almas de todas as pessoas que foram vítimas das suas temperamentais ofensas. Muitos vão comemorar sua saída; outros irão lamentar profundamente. Para alguns ele já vai tarde; para muitos ele fará muita falta na desprestigiada magistratura brasileira. De qualquer modo, para quem nunca acreditou na punição dos poderosos no Brasil, JB se mostrou, especialmente no julgamento do mensalão do PT, um exemplo de juiz autônomo e idealista.

Precisamente porque fugiu do figurino demarcado pelo exercício do poder no Brasil, JB se tornou o mais popular julgador do país (de todos os tempos). Jamais um juiz da Suprema Corte foi tão adorado, mas, ao mesmo tempo, tão odiado, inclusive pelos seus colegas de tribunal, pelo seu irascível temperamento, pela

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sua incapacidade de dialogar, de buscar consensos. Penso que a melhor comparação para se definir JB é com Ayres Britto. A personalidade de ambos encaixa-se na demarcação esquadrinhada por Nietzsche, no final do século XIX, que distinguia duas morais: a nobre (aristocrática) e a plebeia (rancorosa). São duas escalas de valores completamente opostas: guerras nobres, aventuras, a dança, os jogos, os exercícios físicos, a poesia, o diálogo, a busca de consenso, as atividades robustas, livres, alegres: isso tudo faz parte da moral nobre, que não tem nada a ver a moral rancorosa, ressentida, odiosa, vingativa, impotente etc.

JB se mostrou independente porque não compactuava com os grandes conchavos entre os donos do poder (elites econômicas e políticas), terrivelmente perniciosos para os interesses da nação. Mas ao mesmo tempo maltratava os advogados assim como seus pares, mostrando-se muitas vezes (como diz a mídia compartilhada) um imbatível “barraqueiro”, identificando-se nessas horas com o pensamento ressentido das massas rebeladas. Daí, aliás, seu prestígio grandioso perante as massas de todas as classes sociais. Respeitando-as, sabiamente decidiu não ingressar na política partidária, que não é mesmo a sua praia (como disse FHC). A política não é o locus adequado para quem gosta de tomar decisões sozinho, sem apego, muitas vezes, às formas e solenidades (como fez no mensalão, ao não separar o julgamento dos que não tinham foro privilegiado, negando-lhes o duplo grau de jurisdição, assegurado pelo sistema interamericano de direitos humanos).

JB, que mandou para a cadeia quem violou as bases sagradas da democracia, comprando votos de parlamentares venais e corruptos, se tornou extremamente popular justamente porque conta com perfil populista. Nunca titubeou, mesmo como magistrado ou presidente da Corte, em performar para as massas, usando inclusive gestos e linguagem inteligíveis por elas. Nessa arte mostrou-se insuperável. Proferiu votos importantes (quando aprovou o aborto anencefálico, por exemplo), mas nunca deixou de se mostrar agressivo, autoritário e deselegante em suas manifestações. Ficará para a memória do tempo como um juiz controvertido, sem meio termo: tanto quanto todos os populistas da história (Getúlio, Jânio, Peron etc.), sempre será amado por alguns e odiado por outros (sobretudo pelos que ainda não curaram as cicatrizes nas suas almas dilaceradas pelas ofensas barbosianas).

O que é a religião? Um debate teológico sobre uma (má) decisão jurídica. Publicado por Wagner Francesco - 5 dias atrás

Causou polêmica a decisão de um juiz do Rio de Janeiro que indicava que "o candomblé e a Umbanda não são religiões". O principal argumento do magistrado caminha no sentido de que "somente quem tem um livro central é religião." Tal ideia, no entanto, é de uma ignorância gritante que afronta a Constituição Federal, Art. 5º, VI, e todo um conjunto de conhecimentos na área das Ciências Sociais.

A religião africana, Candomblé e Umbanda, está estabelecida principalmente na oralidade, na transmissão dos conhecimentos dos mais antigos para os mais novos. Nem o cristianismo nasceu com um livro central - muito pelo contrário: os ensinamentos de Jesus eram passados de boca em boca, em roda de conversas, em reuniões familiares. A formação do cânone demorou muito tempo, estimado em 1500 anos.

O que caracteriza uma religião não é um livro central, mas, segundo Mircea Eliade no livro "O sagrado e o profano", "a percepção de uma realidade inteiramente diferente das realidades"naturais". Também

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poderíamos usar a concepção do teólogo e filósofo Schleiermacher quando, em seu livro “Sobre a religião”, disse que

A religião não é ciência, tão pouco moralidade. Sua sede não está na razão (dogmatismo – limitação a textos centrais). E considerando que a religião é contato com o divino (perceba: ele falou divino e não Deus, um Deus...), sua sede só pode estar no sentimento.

Que sentimento? Eliade diz: no sentimento de pavor diante do sagrado, diante desse mysterium tremendum, dessa majestade que exala uma superioridade esmagadora de poder.

Faltou ao nobre magistrado um pouco de entendimento sobre Sociologia das Religiões, o que deixa demonstrado que decisões jurídicas não podem andar desconexas de outros saberes, sob pena de que o magistrado, por falta de conhecimento, deixe prevalecer suas opiniões e não uma sentença justa, baseada em análise profunda do assunto.

Publicado por Wagner Francesco

Baiano preguiçoso e árabe sujo Publicado por Espaço Vital - 1 semana atrás

Duas condenações recentes por dano moral confirmadas pelo TST sinalizam que, a partir da Emenda Constitucional nº 45/2004, certas situações até então toleradas no ambiente de trabalho são agora consideradas atentatórias à dignidade do trabalhador.

Nos dois casos, as decisões puniram ofensas relacionadas à origem dos trabalhadores e aos estereótipos a ela relacionados.

No primeiro o TST dobrou o valor da indenização que a TVA Sul Paraná pagará a um empregado que era chamado por seu superior hierárquico de "baiano preguiçoso". A empresa também terá de divulgar o teor da decisão a todos os seus empregados.

Na outra ação, a Doux Frangosul S. A. Agro Avícola não conseguiu reverter a obrigação de indenizar um trabalhador congolês que era chamado de "árabe sujo". (RR nºs 305-63.2012.5.09.0009 e 861-24.2011.5.04.0661).

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A farra tributária ataca novamentePublicado em 28 de maio de 2014 por Caroline Renner

Rio – Em dezembro de 2012, os livros eletrônicos respondiam por apenas 0,5% do total do mercado editorial brasileiro. Pelas previsões, essa parcela deve ficar em algo entre 3,5% e 4% até o fim deste ano. Poderia ser melhor, porque a verdade é que os e-readers são caros — sobretudo para estudantes, que seriam os maiores beneficiados se estivéssemos falando de aparelhos de baixo custo.

Gerente-geral da Amazon no Brasil, Alex Szapiro lembra que a empresa está acompanhando bem de perto a briga por corte de impostos na venda dos e-readers. A cada Kindle ou similar que você compra, acredite, são uns 70% de farra tributária: ICMS (18%), PIS-Cofins (9,65%), IPI (15%), II (10%) e por aí segue, na velha cascata.

Existe projeto de lei tramitando em Brasília, tomando o rumo do Congresso. Mas, como bem sabemos, os meandros políticos são complicados, quando se trata de grana.

Dava, portanto, para baratear. Se considerarmos que os e-readers são nada mais que livros duráveis (com conteúdo variável), o trabalho agora é pressionar os legisladores, para que essas maquininhas paguem tanto imposto quanto os velhos livros em papel: zero. Faz sentido.

“É um equívoco pensar que nós queremos ganhar com a venda dos Kindles. Queremos vender o conteúdo, não exatamente os e-readers”, diz Szapiro.

É a venda pingadinha de livros digitalizados, afinal, que faz a grana da unidade Kindle.

MAPEANDO O FUTURO

A Microsoft inaugurou ontem, no nosso Vidigal, um projeto que vai ganhar filhotes em todo o mundo. Trata-se do mapeamento de todos os serviços disponíveis na comunidade — e eles não são poucos. Os próprios moradores já estão abraçando o projeto, selecionando e fotografando alguns pontos de referência.

Não será, por ora, algo semelhante ao Google Street View, com o mapeamento real das ruas (até porque seria um trabalho bem delicado). A proposta é mais semelhante a uma edição participativa de ‘Páginas Amarelas’ da região. É uma iniciativa bem válida.

Todo o material recolhido ficará disponível no Bing, a plataforma de buscas da MS.

Com as lições aprendidas no projeto, batizado de “Na área”, a Microsoft vai investir no mapeamento de comunidades semelhantes não só no Brasil, mas na Índia e em outros tantos cantos do planeta com as mesmas características. A coluna torce para que o projeto tenha vida longa.

Por Nelson Vasconcelos

Fonte: O Dia – RJ

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Governo quer votação de projeto que amplia Supersimples sem alteraçõesExecutivo é contra mudanças que beneficiam advogados e fisioterapeutas.Uma das emendas pode gerar queda de R$ 5 bilhões na arrecadação.

Felipe Néri Do G1, em Brasília

O governo fez um apelo nesta terça-feira (27) para que os deputados votem a proposta que amplia as categorias profissionais incluídas no Estatuto do Supersimples sem alterações no texto. Em reuniões com parlamentares, ministros reafirmaram o compromisso de criar, no prazo de até 90 dias, novo projeto com reajuste na tabela que define a alíquota de cada setor.

O Supersimples é um programa de pagamento simplificado de tributos para micro e pequenas empresas com faturamento de até R$ 3,6 milhões por ano. O sistema unifica impostos federais, estaduais e municipais em alíquota única. A proposta em tramitação na Câmara inclui mais de 140 segmentos que antes não eram contemplados, como consultórios médicos, empresas de advocacia, de arquitetura e jornalísticas.

O objetivo do governo é que, apesar da universalização do Supersimples, com a desburocratização do pagamento de impostos para novos setores, não sejam definidas ainda as alíquotas de cada categoria. O Executivo teme a redução da arrecadação de tributos.

O ministro da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif, participou de reunião na Câmara com membros da base aliada do governo e afirmou que é preciso que os parlamentares compareçam à votação para garantir que a matéria seja aprovada sem emendas que alteram o teor do texto principal e quebram acordo entre Executivo e Legislativo.

“A nossa posição é a defesa da inteireza do projeto, até porque o grande ponto de polêmica se refere às tabelas [com as alíquotas de cada setor]. Nessas tabelas há o compromisso de revisão profunda no estudo que vamos fazer nos próximos 90 dias na Secretaria [da Micro e Pequena Empresa] junto ao Sebrae e a grande instituições”, disse Afif.

Redução de R$ 5 bilhões na arrecadaçãoDe acordo com o líder interino do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), que se reuniu na manhã desta terça-feira com o ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, uma das emendas apresentadas ao projeto pode gerar uma redução de mais de R$ 5 bilhões na arrecadação.

“O governo tem o desejo de encontrar uma alternativa, mas as duas emendas que a oposição coloca neste momento, que reduz em 20% toda a arrecadação de uma das tabelas e que cria um sistema de progressividade na tabela, têm um impacto de bilhões de reais na arrecadação. [...] São mais de R$ 5 bilhões só no corte de 20 %”, declarou Fontana.

O ministro Afif também informou haver preocupação em outras quatro emendas apresentadas pela oposição que beneficiam advogados, fisioterapeutas, e corretores de imóveis e seguros. De acordo com o ministro, essas categorias querem o ajuste a curto prazo no valor pago em impostos. O governo quer a presença maciça de membros da base aliada na sessão de votação para derrubar as emendas.

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A expectativa de parlamentares e governo é que a votação do projeto no Supersimples ocorra só na quarta-feira devido as duas medidas provisórias que devem ser votadas em sessão da Câmara nesta terça. Além disso, haverá sessão conjunta de deputados e senadores na terça para análise de vetos presidenciais.

categoria Notícia da edição impressa de 28/05/2014

Garoto suspeito de 9 estupros é solto por falta de local para cumprir pena Mãe não concorda com liberação do filho de 17 anos: 'Morro de medo'

Publicado por Vanessa Franklin - 4 dias atrás

Um adolescente de 17 anos suspeito de cometer nove estupros foi liberado do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, por decisão da Justiça. Conforme a medida, o local não tem condição de abrigar o menor, pois não possui ala de isolamento e ele não pode ficar na mesma área que os outros internos por representar riscos. A mãe do garoto não concorda com a soltura do filho: “Morro de medo. Estou levando ele para a casa da minha filha. Eu tenho até dó dela porque minha filha tem dois bebezinhos”.

O adolescente ficou 45 dias internado. Como não há ala de isolamento noCase, ele ficou em uma sala do setor administrativo. O garoto também não participou de nenhuma atividade educativa durante o período.

Segundo uma funcionária do Case, que não quis ser identificada, laudos apontam que o adolescente sofre de vários transtornos psiquiátricos e não deveria ser solto. “Com certeza, ele não está preparado para voltar para o convívio social, pois a gente não conseguiu desenvolver um trabalho com ele devido ao processo de greve. E, além do trabalho desenvolvido aqui, ele precisaria de outros tipos de acompanhamentos”, afirmou.

Como o menor, outros nove adolescentes infratores foram liberados devido àfalta de estrutura do local. A situação do Case piorou depois de uma rebelião há cerca de 15 dias, quando internos destruíram duas alas e a capacidade do prédio diminuiu ainda mais.

A coordenação do centro socioeducativo informou que tinha comunicado ao Grupo Executivo de Apoio a Crianças e Adolescentes que a unidade não tinha condições de abrigar o menor. Como não houve resposta do órgão, o Case recorreu ao Ministério Público, que pediu à Justiça a liberação do adolescente.

Mesmo com a decisão judicial, o presidente do grupo de apoio, André Luis Gomes Schroder, alega que o Case de Luziânia tem condições para internar o adolescente. Ele informou ainda que o menor estava instalado de forma provisória apenas enquanto as alas destruídas na rebelião passavam por reforma.

Fonte: http://g1.globo.com/goias/noticia/2014/05/garoto-suspeito-de-9-estuprosesolto-por-falta-de-local-p...

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O desânimo na profissão contábil é justo?Por vezes encontramos colegas desanimados com a profissão de contador. As reclamações são muitas e por vezes justas. Mas temos o direito de desistir? Existe profissão sem pedras pelo caminho?

postado 27/05/2014 08:08 - 1882 acessos

Na profissão de contador, os motivos para nos entregarmos ao desânimo são tantos que em alguns momentos desejamos que nossos filhos nunca optem pela contabilidade. A extrema exigência por parte da fiscalização com pesadas multas, colegas menos experientes que aviltam os honorários, excessiva legislação tributária (mais de duas por hora) que nos obrigam a estudar constantemente, perda de clientes e redução da lucratividade são alguns dos principais motivos que desestimulam os profissionais da contabilidade e os fazem pensar que qualquer outra atividade os farão sofrer menos e serem melhores reconhecidos.

Mas necessário se faz a reflexão, pois há tantas situações que também apresentam barreiras tão grandes como as nossas, ou talvez ainda maiores. Vejamos o caso de Tony Melendez, o homem sem braços, mas que superou seus limites e tocou violão numa linda apresentação para o Papa Joao Paulo II; ou Vanderlei Cordeiro de Lima, o atleta brasileiro que sonhou com a medalha de ouro nas Olimpíadas de 2004 em Atenas, mas que devido ao protesto de um irlandês foi tolhido, porém não perdeu a alegria pela conquista da terceira colocação; ou da mãe etíope que vê seu filho morrer em seus braços por fome, mas alegremente o entrega a Deus.

Entendo que nós, contadores, exercemos uma profissão com tantos privilégios que só deveríamos agradecer a Deus por nos iluminar nesta escolha. Vejam alguns dos privilégios da profissão: toda empresa deve ser assessorada por um contador; o trabalho é exercido num ambiente saudável; a remuneração é acima da média do rendimento dos cidadãos brasileiros; a acirrada concorrência incentiva o profissional a manter-se constantemente atualizado, inclusive em relação à tecnologia; muitos cursos, congressos e seminários são promovidos, o que, além de contribuir para a constante qualificação profissional, permite ao contador viajar e conhecer novos lugares e pessoas; é um profissional respeitado pela sociedade, sendo o único que pode declarar, e ser aceito por todas as esferas, o rendimento de um indivíduo; por fim, digo que a magnitude da profissão é tão extraordinária que teve o seu início na Idade Moderna, dentro da igreja, por um frei.

Um pai não tem o direito de desanimar, pois é o alicerce da família. Um bom político deve dar exemplo de persistência e demonstrar que vai melhor; o piloto de um avião desgovernado deve lutar com todas as forças e calma até o último minuto na certeza que vencerá o iminente acidente; o professor da periferia sem as mínimas condições de lecionar faz o impossível e dá o que tem de melhor aos seus alunos; o maratonista não se entrega mesmo diante das adversidades e demonstra toda a alegria por finalizar a prova e o mundo o aplaude de pé pelo o que fez.

O contador é um maratonista sabedor de que a sua jornada é longa e exigirá determinação. Ele desconhece todos os obstáculos que podem surgir – alguns assustadores -, mas logo busca forças para superá-los. Pode ser até que ele não chegue em primeiro lugar, mas o pódio está garantido na vida dos nossos familiares e daqueles que torcem por nós.

Dizer que já lutou muito pela classe e isto de nada adiantou é atitude de um perdedor, pois sabemos que todas as barreiras colocadas podem e devem ser superadas. Assim conquistará forças suficientes para ultrapassar os próximos obstáculos. Quem desiste está acabado!

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Não precisamos ser o profissional contábil reconhecido por toda a sociedade, mas dar o melhor de nós, sempre e sem desânimo, para contribuir com o crescimento da categoria é um dever a ser exercido com alegria, como o aviãozinho do Vanderlei Cordeiro de Lima ao final de cada nova conquista.

PEC do Trabalho Escravo: uma vitória da sociedade Aprovada a Pec 57A/1999, conhecida como Pec do Combate ao Trabalho Escravo Publicado por Cristiane Araújo Advogada Trabalhista - 3 dias atrás

Segundo definição, Trabalho escravo contemporâneo é o trabalho forçado que envolve restrições à liberdade do trabalhador. O trabalhador é obrigado a prestar um serviço, sem receber um pagamento ou recebem um valor insuficiente para suas necessidades e as relações de trabalho costumam ser ilegais. Diante destas condições, as pessoas não conseguem se desvincular do trabalho. A maioria é forçada a trabalhar para quitar dívidas, muitas vezes contraída por um ancestral.

No mesmo sentido o Art. 149 do Código Penal ressalta que trabalho escravo é aquele que "reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto"

O trabalho degradante afronta os direitos humanos laborais consagrados pela Declaração Universal dos Direitos Humanos e abrigados pela Constituição da Republica Federativa do Brasil, assim como pela Consolidação das Leis do Trabalho e pelas Normas Regulamentadoras, as já populares “NRs”, entre outras normas jurídico-laborais.

Estima-se que existam no mundo entre 12 a 27 milhões de pessoas escravizadas nos diversos ramos da indústria, serviços e agricultura. Em geral, os escravos provêm de regiões muito empobrecidas, com pouco acesso à educação e saúde e ao crédito formal. São locais onde as leis de proteção são fracas, ou sua aplicação é restrita, de forma que a ação dos aliciadores é facilitada. São jovens, a maioria do sexo feminino. Muitos são forçados a se deslocar de sua região de origem em busca de oportunidades e são aliciados para este tipo de trabalho.

Mas essa realidade está prestes a sofrer um incrível golpe - golpe esse a favor dos escravizados.

Por unanimidade, o Plenário aprovou nesta terça-feira (27.05.2014), a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 57A/1999, que prevê a expropriação de imóveis rurais ou urbanos em que se verifique a prática de trabalho escravo.A proposta, que altera o artigo 243 da Constituição, será promulgada em sessão solene na próxima quinta-feira (5), ao meio-dia.

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A definição definitiva (embora seja prevista no artigo 149 do CP) de trabalho escravo, porém, ainda depende de regulamentação, já que foi aprovada subemenda que incluiu a expressão "na forma da lei" na PEC.

A aprovação da Proposta de Emenda Constitucional "do Trabalho Escravo" representa uma vitória da sociedade e uma resposta dos parlamentares quanto ao cenário vergonhoso do trabalho escravo no Brasil.

É uma resposta da indignação social diante das corriqueiras notícias de "verificação de trabalho escravo ou análogo ao trabalho escravo" ocorridas em território nacional e representa um avanço significativo na legislação no combate a trabalhos degradantes a toda comunidade brasileira.

Economia brasileira enfrenta queda no consumo e pouco investimento Notícia disponibilizada no Portal www.cmconsultoria.com.br às 08:48 hs.

31/05/2014 - A economia brasileira está andando devagar, com queda no consumo das famílias e pouco investimento, segundo números divulgados hoje pelo IBGE. No primeiro trimestre de 2014, o PIB cresceu apenas 0,2% em relação ao trimestre anterior, quando o crescimento foi de 0,4%.

Há enormes diferenças entre os diferentes setores da economia. O setor de serviços subiu 0,4%, mas foi a agropecuária que ajudou bastante a evitar a retração do PIB, com crescimento de 3,6% e deve continuar assim.

A expectativa para a agropecuária é de mais expansão em 2014. Especialistas acreditam que o setor vai crescer acima do PIB porque os preços das commodities vão continuar elevados e as safras de grãos deverão ser recordes.

Entre os produtos agrícolas, a soja foi um dos destaques. A última safra registrou aumento de 10%. Quase metade da produção do grão está na região Centro-Oeste.

Já na pecuária, o destaque foi a carne bovina. O volume exportado aumentou 13% de janeiro a abril, principalmente em Mato Grosso do Sul. Segundo os produtores, o resultado positivo é reflexto de investimentos em tecnologia e genética animal, que tornam o produto mais competitivo no mercado mundial.

INDÚSTRIA EM QUEDA

No caso da indústria, os sinais de que o setor estava ruim se confirmaram: queda de 0,8% no trimestre. A indústria começou o ano com resultados bem piores que em 2013.

Este foi o terceiro trimestre seguido com queda do PIB do setor, o que leva analistas de mercado a apontar que a indústria nacional está em recessão. As atividades caíram, principalmente, em áreas como a construção civil e na indústria de transformação.

A redução na demanda levou uma fábrica na cidade de São Paulo, que fabrica fios e cabos elétricos, a cortar custos.

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Eu estou no mercado há mais de 50 anos e eu nunca vi uma situação desse jeito. Nem em 2008 nós chegamos em uma situação como hoje. O pessoal inibiu investimento, de todo mundo. Nós mesmos tínhamos uma previsão de investimento e paramos tudo, encolhemos um pouco, explica Ademar Camardella, presidente da fábrica.

POUCO INVESTIMENTO

A falta de confiança na economia caracteriza o comportamento não só de empresários, mas também de consumidores. Agora, a verdadeira má notícia dos números divulgados é menos 2,1% de investimentos, um baixo nível. Se não há investimento, não há crescimento.

A expansão dos gastos públicos vão sempre na direção de despesas correntes e benefícios. Uma redução de 0,1%. Parece pouco, mas a tendência que importa no consumo das família. Isso é a primeira vez que acontece, essa redução do consumo, desde 2011.

A inflação pegou o consumidor de jeito. Segundo economistas ouvidos pelo Jornal da Globo, o aumento do preço dos alimentos corroeu a renda real das famílias, que tiveram menos dinheiro para gastar em outros setores.

O que também tirou o fôlego do consumidor foi o aumento do custo do crédito: juros altos demais. Economistas também dizem as famílias ainda estão muito endividadas, devido aos gastos dos últimos cinco anos. A orientação é evitar compras a crédito.

ECONOMIA AINDA CRESCE?

Diante dos dados do IBGE, os economistas revisaram para baixo as previsões de crescimento da economia brasileira para 2014. O que, segundo eles, deve crescer entre 1% e 1,5% ao ano.

"Tudo o que foi feito para incentivar o crescimento não está dando resultado. Em uma das questões que são mais importantes para explicar os resultados e o desempenho, principalmente dos investimentos, é a deteriorização dos indicadores de confiança do empresariado. Ainda tem muito dado para aparecer e para a gente, de fato, fechar um número do PIB para o segundo trimestre. Mas, nos indicadores até agora apresentados, são muito ruins, analisa Margarida Gutierrez, economista da Coppead/UFRJ (Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro).

O governo diz que continua insistindo na fórmula mais crédito, mais consumo.

O governo não pretende tomar nenhuma medida adicional neste momento para estimular investimento. Já há estimulo suficiente para o investimento brasileiro. O que nós estamos precisando é de uma recuperação do consumo, que também vai estimular a continuidade do investimento. Vamos ter, provavelmente um segundo trimestre melhor do que o primeiro trimestre, que teve um crescimento moderado de 0,2%, declara Guido Mantega, ministro da Fazenda.

Fonte: Jornal da Globo - São Paulo/SP.

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Sonegação de impostos ultrapassa R$ 200 bilhões no Brasil em seis mesesPublicado em 27 de maio de 2014 por Júlia Pereira

Em menos de seis meses, o Brasil já deixou de arrecadar R$ 200 bilhões devido à sonegação de impostos. O placar da sonegação fiscal, o “Sonegômetro” alcançou a marca no último domingo.

Os dados fazem parte da campanha “Quanto custa o Brasil pra você?”, realizada pelo Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz). De acordo com o levantamento, o valor é 25 vezes maior que o gasto na construção das arenas para a Copa do Mundo.

— Estamos sempre falando sobre a alta carga tributária, mas também precisamos discutir o efetivo combate à sonegação e um sistema de cobrança mais justo para com os que ganham menos — afirma o presidente do Sinprofaz, Heráclio Camargo.

Camargo ressalta que os R$ 200 bilhões seriam suficientes para beneficiar mais de 2,7 milhões de pessoas com o Bolsa-Família ou com a construção de cinco milhões de casas populares. O estudo encomendado pelos procuradores da Fazenda mostra que se não houvesse sonegação fiscal, o peso da carga tributária poderia ser reduzido em 28,2% e ainda sim, manter o mesmo nível de arrecadação.

O monitoramento da sonegação, apelidado de “Sonegômetro”, foi lançado em 2013 pelo sindicado e fechou o ano na marca de R$ 415 bilhões.

— Foi a forma que encontramos para mobilizar e esclarecer a sociedade sobre os impactos da sonegação fiscal no Brasil. O dinheiro que poderia ser investido na saúde ou na educação está indo pelo “ralo” porque a administração pública faz vista grossa para os grandes devedores e, com isso sacrifica cada vez mais os pobres e a classe média — ressalta Heráclio Camargo.

Fonte: Diário Catarinense

O futuro do técnico em contabilidade em xequeAriel Engster

Originalmente, era uma medida provisória que tratava apenas de incentivos para infraestrutura da indústria petrolífera. Nas idas e vindas das tramitações parlamentares, no entanto, a Lei 12.249, de 2010, passou a abarcar outros temas e atingiu diretamente o mundo contábil. Uma das muitas emendas inseridas na medida original determina que, a partir de 2015, só poderão obter registro profissional em Contabilidade quem tiver Ensino Superior. Com isso, o futuro dos técnicos ficou incerto e duas vertentes duelam: os que acreditam que é só uma mudança de prerrogativas e os que veem nisso o fim da profissão.

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A Lei 12.249, de 2010, alterou o Decreto-Lei 9.295, de 1946, que regulamenta a profissão contábil, determina a criação do Conselho Federal de Contabilidade e define as atribuições dos contadores e guarda-livros que, depois, tornaram-se os técnicos em contabilidade. As novas definições passam a exigir o Ensino Superior para obter o registro da categoria, mas mantêm as prerrogativas profissionais dos técnicos já registrados e permite que os que estão se formando obtenham registro até o dia 1 de junho do ano que vem. Após esta data, técnicos não registrados não poderão realizar algumas das atividades que hoje cumprem.

As mudanças não representam o fim da categoria, pois, enquanto houver pessoas com essa formação, haverá técnicos no mercado. É o que garante a professora do Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais da Ufrgs e vice-presidente do CRCRS, Ana Tércia Rodrigues. “Não está sendo extinta a categoria dos técnicos em contabilidade. Na verdade, o que se está eliminando são os novos registros. O que acontece é que, a partir de 2015, os técnicos não terão mais algumas prerrogativas profissionais como, por exemplo, assinar balanços ou ser titular de uma organização contábil. Quem já tem o registro, entretanto, vai manter essas possibilidades”, acredita.

A procura pelos serviços dos técnicos não deve diminuir. A consequência, avalia a professora, é a continuidade de uma tendência atual, da utilização dos técnicos em funções mais auxiliares. “A atividade de cunho mais gerencial e estratégico é exercida pelo profissional de nível superior”, afirma Ana Tércia. “O mercado contábil continua muito aquecido e todas as empresas e organizações contábeis contam com técnicos, mas na grande maioria dos casos em atividades auxiliares – e isso vai continuar acontecendo”. Essas diferentes atribuições devem garantir, segundo a professora, uma definição mais clara no mercado de qual é o papel do contador.

A exigência do curso superior para o exercício da profissão se justifica pela necessidade de conhecimentos que vão além da parte estritamente operacional, como métodos quantitativos ou de direito. “No nível superior, o profissional tem uma visão da Ciência Contábil de uma forma bem mais ampla, principalmente da interação com outras áreas de conhecimento. Não tenho a menor dúvida de que, no patamar em que a contabilidade se encontra enquanto profissão, enquanto área de conhecimento, o Ensino Superior é indispensável para uma boa formação de um profissional”, garante Ana Tércia.

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Os técnicos em contabilidade são, no Rio Grande do Sul, 40% dos profissionais da área. Existem quase 15 mil técnicos e mais de 22 mil contadores. No Brasil, a proporção é semelhante. Mesmo com o grande número de profissionais, existe um temor de que os técnicos acabem se extinguindo. “Nós estamos indo na contramão de algo que o governo federal incentiva”, reclama o técnico em contabilidade Daniel de Souza. Para ele, as novas medidas contrastam com o grande incentivo que a União tem dado aos cursos técnicos, por meio de iniciativas como o Pronatec.

O impacto das mudanças, analisa Souza, não deve ser sentido imediatamente, mas em longo prazo. “O Conselho Federal de Contabilidade diz que isso não é a extinção dos técnicos, mas nós entendemos que, por tabela, ninguém vai querer fazer um curso que não dá a habilitação para exercer a profissão”, reclama Souza. Para ele, deveria ter ocorrido uma revisão na carga horária dos profissionais. “Foi feita uma simplificação, sem discutir junto à sociedade. O que se alega é que os cursos técnicos não formam mais como antigamente, mas também existem muitas faculdades que não preparam adequadamente os profissionais de nível superior da nossa área”, critica. Souza considera que as medidas são prejudiciais à contabilidade, uma vez que a profissão é tanto operacional quanto analítica, e o trabalho dos técnicos complementa o dos contadores.

O presidente do Sindicato dos Contabilistas de Porto Alegre (SCPA), Clésio Luís da Silva, compartilha das críticas de Souza. Para ele, há contradição com os incentivos aos cursos técnicos, além de ter faltado estudo junto à sociedade quando da implementação das mudanças, que teriam sido feitas sem considerar as escolas técnicas, os alunos e os profissionais que estão entrando na área. Segundo o presidente, o que se deverá ver em breve é uma falta de mão de obra. “Vai sobrecarregar a profissão dos bacharéis contadores na prestação de serviço, tanto nas grandes quanto nas micro e pequenas empresas”, analisa.

O possível fim da categoria já foi discutido até mesmo no Senado Federal, em uma audiência da Comissão de Assuntos Sociais (CAS). O objetivo das entidades é pelo menos adiar a efetivação das mudanças e aplicação da lei, para que outras organizações interessadas possam analisá-las e propor soluções.

Mudanças devem se refletir nas escolas técnicasA Escola Técnica Estadual Irmão Pedro, de Porto Alegre, possui 1,2 mil alunos divididos em três cursos técnicos e o Ensino Médio. Desses, 240 fazem o técnico em contabilidade, tornando-o o curso mais procurado e com mais turmas. “É uma área que tem uma demanda muito grande por profissionais. A todo semestre, as turmas de contabilidade estão cheias”, garante a diretora Raquel Dimer da Rocha.

Dentro da instituição, assim como nas outras escolas técnicas, as mudanças no registro de profissionais é um tema discutido há muito tempo nos corredores e salas de aula. As dúvidas partem tanto dos próprios institutos quanto dos seus alunos. Para Raquel, não há motivo para grandes preocupações, pois a legislação do MEC não foi afetada e a demanda pelos técnicos deve se manter, garantindo assim a

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continuidade dos cursos. “A estrutura do técnico, do curso de nível médio, não muda. Ele seguirá existindo como está”, garante.

A professora do Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais da Ufrgs, Ana Tércia Rodrigues, acredita que as escolas não têm muito o que fazer em relação às novas medidas, mas que precisam, sim, se preparar para uma diminuição na procura. “Provavelmente, muitas pessoas deixarão de procurar o Ensino Técnico por não haver mais a possibilidade de efetuar o registro junto ao conselho”, prevê. “Ainda existe uma incógnita de como irá se comportar esse mercado dos cursos técnicos. Já se tem notícias de escolas fechando ou não oferecendo mais o curso técnico, mas acredito que isso seja uma medida precipitada, já que o mercado deve continuar absorvendo esses novos técnicos em contabilidade.”

Na análise da vice-presidente de registro do CRCRS, Marlene Chassot, a falta de registro deve desmotivar os profissionais. “O técnico com registro procura ter educação continuada. Sem o incentivo do registro, ou as pessoas vão procurar uma faculdade ou vão deixar de fazer o técnico e optar por outra área”, diz. No entanto, mesmo no nível superior ainda existe uma defasagem entre o conhecimento que os profissionais obtêm e o que o mercado exige na atividade prática, alerta Ana Tércia. “Mas o profissional com ensino de nível superior tem muito mais condição de se inserir no mercado do que um com pouco tempo de formação, o que é a realidade hoje dos cursos de nível técnico”.

Para avaliar os alunos formados tanto nos cursos de nível superior quanto no técnico, a Lei 12.249/10 também definiu a volta do Exame de Suficiência. A existência da prova de qualificação é mais um ponto utilizado pelos defensores do Ensino Técnico, já que ele garantiria o bom nível tanto dos formados em faculdades quanto em escolas técnicas. “Por se saber que as formações não são das melhores, se criou esse filtro. O profissional que não tenha qualificação não vai conseguir passar. Por que não continuar assim?”, questiona o técnico em contabilidade Daniel de Souza. A professora Ana Tércia contesta: “O Exame de Suficiência ainda é uma prova teórica, na qual muito pouco de conhecimento prático pode ser explorado. Ele não dá totais garantias de que o profissional, sendo aprovado no exame, teria plenas condições de se inserir no mercado de trabalho”. Reflexo disso, garante a professora, é a necessidade dos profissionais se especializarem, buscando treinamentos específicos, já que a contabilidade abrange diferentes segmentos como auditoria, perícia e consultoria.

As cinco estratégias favoritas dos ricos para sonegar impostosMarcelo Justo

Da BBC Mundo

Atualizado em  24 de maio, 2014 - 09:04 (Brasília) 12:04 GMT

Credit Suisse foi multado pelos EUA, acusado de ajudar milionários a sonegar impostos

A multa de mais de US$ 2,5 bilhões imposta ao banco Credit Suisse, acusado de ajudar milionários americanos a sonegar impostos, evidenciou uma trama complexa que envolvia advogados, banqueiros, contadores e contas secretas.

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Empresários, esportistas, artistas endinheirados e funcionários do mercado financeiro estão entre as pessoas que pertencem a uma "elite" frequentemente acusada de não cumprir suas obrigações com o Fisco de seus respectivos países.

Estima-se que a evasão fiscal movimente um montante cinco vezes maior que a economia global, com impactos sobre a desigualdade social.

Um relatório calcula que as 91 mil pessoas mais ricas do planeta controlem um terço da riqueza mundial (e respondam pela metade dos depósitos em paraísos fiscais). Um total de 8,4 milhões de pessoas (0,14% da população mundial) concentra 51% da riqueza.

A evasão fiscal ajuda a aprofundar esse abismo.

Conheça as cinco formas comumente escolhidas por milionários para pagar menos:

1 - Subdeclarar impostosO primeiro passo costuma ser declarar menos rendimentos do que os realmente obtidos.

Patrick Stevens, diretor de política fiscal do Chartered Institute of Taxation, órgão britânico que prepara funcionários da Receita do país, diz que isso ocorre em duas etapas.

"De um lado, a pessoa declara menos do que ganha. De outro, esconde a diferença, para que não seja encontrada pelo Fisco", disse à BBC Mundo.

E isso depende de uma rede profissional que, segundo críticos como James Henry, da Universidade de Colúmbia, virou parte estrutural do atual sistema financeiro.

"É uma indústria dedicada à evasão fiscal e à potencialização de ganhos financeiros", acusa.

2 - Registrar empresas em paraísos fiscaisNo estudo The Price of Offshore Revisited (O preço dos paraísos fiscais, em tradução livre), James Henry calcula que haja ao menos US$ 21 trilhões nos chamados paraísos fiscais, soma próxima aos PIBs de Estados Unidos e Japão (a primeira e a terceira economias globais).

Um dos paraísos favoritos são as Ilhas Cayman, que têm 85 mil empresas registradas - mais do que o total de habitantes.

As Bahamas, por sua vez, têm 330 mil habitantes e 113 mil empresas - uma para cada três pessoas.

Nessas ilhas, poucas perguntas são feitas para quem quer abrir empresas.

"Um milionário dos Estados Unidos monta o que chamamos de empresa fantasma em um paraíso fiscal e a usa para fazer transações com preços falsos para transmitir dinheiro para lá, onde não pagará impostos", diz Henry.

O presidente americano, Barack Obama, costuma citar em seus discursos o caso do edifício Ugland, sede de 18 mil empresas nas Ilhas Cayman.

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E Obama nem precisava ir tão longe. O Estado de Delaware, no nordeste dos Estados Unidos, tem 917 mil habitantes e 945 mil companhias registradas.

O mecanismo se tornou um clássico da evasão. O site de análise financeira em espanhol Fútbol Finanzas publicou recentemente uma lista de jogadores que usaram técnicas parecidas nos últimos 20 anos.

Desde o craque argentino Lionel Messi até lendas do esporte, como o brasileiro Roberto Carlos, o português Luis Figo e o búlgaro Hristo Stoichkov estavam na lista.

3 - Usar "laranjas"Uma maneira de esconder rastros é nomear um "laranja" que atue como proprietário do ativo ou da empresa.

"Se pode nomear um testa de ferro por razões legítimas, por exemplo, para não atrair publicidade sobre o investimento em questão, no caso de uma pessoa pública. Desde que as autoridades sejam informadas, não há 'evasão'. O problema começa quando não se informa, porque o que se está fazendo é pagar impostos por uma massa menor de dinheiro", afirma Stevens.

Não é necessário para esse propósito que a companhia e o "laranja" operem em um paraíso fiscal. Ambos podem atuar no mesmo país onde o multimilionário em questão paga seus impostos.

Uma variante dessa situação é o Trust, um antigo instrumento legal inglês no qual o dono de um bem cede seu controle para uma pessoa que o administra em benefício de um terceiro.

"Os beneficiários dessa cessão podem se multiplicar ao infinito. Pode ser a mulher, os filhos, tios, primos, etc. Pelas regras de pagamento de impostos nos Estados Unidos, esses representantes podem enviar do exterior parte desse dinheiro sem pagar impostos", disse Henry.

Isso facilita o movimento de grandes massas de dinheiro - seja usando uma complexa rede de Trust, empresas fantasmas ou "laranjas", o principal objetivo do sonegador é um só: apagar seu rastro.

4 - Estabelecer residência em outro paísOs países com baixos impostos são os favoritos de músicos, artistas e esportistas. Nos anos 1970, Mick Jagger se mudou para a França e depois para os Estados Unidos para fugir dos impostos de seu país natal.

Em dezembro de 2012 o ator francês Gerard Depardieu renunciou à sua cidadania francesa em protesto contra os altos impostos propostos pelo governo de Francois Hollande. Ele se mudou para a Bélgica e obteve um passaporte russo, onde há um imposto único de 13%.

"Uma pessoa pode escolher o país que queira para viver. É seu direito se mudar para um país para pagar menos impostos. O que é ilegal é dizer que vive em um país para pagar menos impostos quando na realidade vive em outro com uma carga de impostos mais alta, disse Stevens.

Foi o que aconteceu com o tenista alemão Boris Becker. Ele declarou a autoridades alemãs que viveu em Mônaco entre 1991 e 1993, quando realmente estava em Munique. Ele acabou tendo que pagar uma dívida de US$ 3 milhões.

5 - Aproveitar brechas legaisIPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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A rede de assessores e especialistas que rodeiam os milionários é especialista em encontrar brechas legas dos sistemas de impostos.

Em muitos casos não se trata de evasão fiscal, mas de supressão fiscal, um mecanismo perfeitamente legal: todos temos direito de pagar menos impostos, desde que o façamos dentro da lei.

As isenções de impostos que os governos colocam em prática para estimular a economia e as doações a organizações de caridade frequentemente oferecem grande oportunidades.

Neste mês, um juiz britânico considerou que o cantor Gary Barlow, dono de fortuna estimada em US$ 80 milhões, havia investido em 51 sociedades financeiras criadas exclusivamente para pagar menos impostos.

Organizações de caridade também costumam servir para evasão fiscal. "Nos Estados Unidos, houve um boom de fundações privadas que permitem deduções de impostos. Alguém sabe o que elas fazem? Ninguém as audita", argumenta Henry.

O futuroOs problemas fiscais enfrentados por todos os países desenvolvidos e a fragilidade do sistema financeiro internacional têm colocado a evasão fiscal na mira do público e no centro de um debate global.

A multa ao Credit Suisse foi apresentada como um grande trunfo do Fisco americano e como um suposto fim da era de segredo bancário na Suíça - um dos pilares desse sistema.

Mas, para Henry, o acordo é na verdade um grande trunfo para o banco.

"O Credit Suisse não foi obrigado a revelar o nome de nenhum dos sonegadores. O segredo bancário permaneceu. Ninguém da atual diretoria teve de renunciar, e eles não perderam a licença para operar nos Estados Unidos. Seu valor em bolsa subiu. O negócio segue intacto."

Especialista em processar desafetos sofre série de derrotas na Justiça28 de maio de 2014, 09:21h

Por   Elton Bezerra

Especialista em processar desafetos, o engenheiro Luiz Eduardo Auricchio Bottura sofreu recentemente uma série de derrotas na Justiça. Frequentes na Justiça comum, os revezes agora também acontecem na trabalhista.

Bottura perdeu, na primeira instância, processo que moveu contra pessoa física para quem disse ter trabalhado sem registro, requerendo R$ 3 milhões em indenização. Recorreu e, mais uma vez, seu pedido foi considerado descabido. Como costuma fazer, alegou suspeição do desembargador Benedito Valentini, do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, que decidiu seu caso. Mas a corte concluiu tratar-se de uma manobra típica de um litigante de má-fé, acostumado a abusar do direito de pedir e conhecido por mentir nos processos, além das reiteradas tentativas de intimidar magistrados.

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“O excipiente [Bottura] é useiro e vezeiro no abuso de direito de ação, com incontável produção de processos que, por sua vez, geram um sem número de recursos e incidentes deles derivados”, afirmou a desembargadora Iara Ramires da Silva, da 12ª Turma. Segundo ela, “a interposição da presente medida pelo excipiente caracteriza, inegavelmente, a condição de litigante de má-fé”.

Ao rejeitar a exceção de suspeição, Iara afirmou que não há nenhum indício de prova capaz de demonstrar que Valentini seja inimigo capital de Bottura ou qualquer demonstração de interesse pessoal do desembargador no caso.

Sobre a atuação do engenheiro, afirma a desembargadora: “Sua conduta reiterada não deixa dúvidas quanto à sua tentativa de intimidar magistrados, a fim de obter êxito nas ações propostas, por mais infundadas que sejam as respectivas pretensões”. Segundo ela, “são de conhecimento público as suas reiteradas tentativas de se utilizar dos processos com todas as medidas e recursos possíveis e imagináveis, estejam ou não previstos em lei”.

A decisão diz ainda que, “para obter seu intento, o excipiente não hesita em alterar a verdade dos fatos, opondo resistência injustificada ao andamento dos processos, procedendo de forma temerária e provocando incidentes manifestamente infundados”.

Considerado um especialista em acionar a Justiça, Bottura já foi condenado pelo menos 239 vezes por litigância de má-fé. Ao todo, acumula cerca de três mil processos contra pessoas e tem contra si quantidade semelhante. A ConJur e seus jornalistas, ao noticiarem a prática, também foram processados por ele.

Justiça gratuitaO mesmo fim têm tido suas ações no Tribunal de Justiça de São Paulo. A corte tem barrado a concessão da gratuidade judiciária requerida pelo empresário em praticamente todos os processos. Em janeiro deste ano, a 13ª Câmara de Direito Criminal, por exemplo, manteve decisão de 1º Grau que negou o benefício. Segundo os desembargadores, há no processo provas suficientes de que Bottura não precisa da Justiça gratuita.

De acordo com a decisão, o fato de nunca ter recorrido à Defensoria Pública, mas sempre preferido contratar advogados às suas custas, mostra que o engenheiro não faz jus ao benefício. O acórdão menciona apenas as últimas nove ações penais privadas impetradas por Bottura, sem contar inúmeros outros processos não só na comarca de São Paulo, como no estado de Mato Grosso do Sul, em tribunais superiores e até mesmo no Conselho Nacional de Justiça, o que indica ter condições de suportar as despesas processuais.

“A prova que advém dos autos desmente a afirmativa do querelante de que não se acha em condições de prover às despesas do processo, senão sacrificando o próprio sustento”, afirmou o relator, desembargador Renê Ricupero.

O caso em questão é o de recurso interposto por Bottura contra decisão que rejeitou suas queixas-crimes contra quatro pessoas por supostas ofensas. Segundo o empresário, essas ofensas teriam sido feitas na petição inicial de uma ação cível. Mas de acordo com decisão de primeira instância, houve decadência do direito de queixa, já que Bottura protocolou as ações penais quase um ano depois dos fatos. O prazo de decadência do direito de queixa é de seis meses.

“Ao formular nove ações quase um ano depois, há muito decaído o prazo para sua pretensão, [o empresário] o fez já sabendo fadadas ao insucesso, não restando dúvidas, diante do exposto, que litigou de forma temerária, tentando induzir em erro o Poder Judiciário, notoriamente sobrecarregado, ensejando o

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dispêndio de tempo precioso, e buscando gerar prejuízo à parte contrária”, afirmou o relator. Dessa maneira, o desembargador Renê Ricupero manteve a multa estipulada de R$ 500 para cada ação intentada.

O mesmo destino tiveram outras seis ações judiciais em que Bottura pediu o benefício. Nas decisões, o TJ-SP afirma que sua alegada hipossuficiência é incompatível com as qualificações de um engenheiro, detentor de pós-graduação e de diversos certificados em instituições renomadas, que contrata advogado particular para defender seus interesses.

Em uma das decisões consta, inclusive, que Bottura passou uma temporada de quatro semanas na Argentina estudando espanhol e a origem do tango. “Tais situações revelam contraste com a afirmação de necessidade para fins de obtenção dos benefícios da gratuidade”, diz o acórdão.

Elton Bezerra é repórter da revista Consultor Jurídico.

Revista Consultor Jurídico, 28 de maio de 2014, 09:21h

Google lança serviço na Europa que apaga dados pessoais de buscas online Publicado por Nelci Gomes - 2 dias atrás

Novo serviço foi criado após decisão do Tribunal Europeu de Justiça

O Google lançou nesta sexta-feira um serviço para permitir que europeus solicitem que seus dados pessoais sejam removidos dos resultados de buscas online.

A ferramenta foi criada após o Tribunal Europeu de Justiça, sediado em Bruxelas, na Bélgica, decidir no início deste mês que as pessoas têm o "direito de serem esquecidas". Links para dados "irrelevantes" e ultrapassados devem ser apagados a pedido, diz a decisão.

O Google informou que vai avaliar cada pedido e equilibrar "os direitos à privacidade do indivíduo com o direito do público de conhecer e distribuir informações."

"Ao avaliar o seu pedido, iremos analisar se os resultados incluem informações desatualizadas sobre você, bem como se há um interesse público na informação", diz o Google no formulário que os requisitantes devem preencher.

Google disse que iria analisar informação sobre "fraudes financeiras, negligência profissional, condenações penais ou conduta pública dos funcionários do governo" ao decidir sobre o pedido.

No início deste mês, a BBC apurou que parte de pedidos feitos àquela época ao Google de pessoas do Reino Unido envolvia criminosos condenados e que cumpriram pena.

Um deles, por exemplo, era um homem condenado por posse de imagens de abuso infantil que queria que links para páginas sobre sua condenação fossem apagados.

Pedidos fraudulentos

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O caso original foi levado ao tribunal por um homem espanhol. Ele reclamou que os resultados de buscas do Google que mostravam um aviso de leilão de sua casa por falta de pagamento - uma dívida que depois foi quitada por ele - infringiam seu direito a privacidade.

A decisão do tribunal europeu causou surpresa uma vez que contradiz uma declaração do advogado-geral da União Europeia. No ano passado, ele afirmou que buscadores de internet não eram obrigados a acatar tais solicitações.

Nesta sexta-feira, o Google disse que os cidadãos da União Europeia que solicitarem a remoção de dados privados da ferramenta de busca terão que fornecer os links para o material que desejam remover, seu país de origem e uma razão para seu pedido, ao preencher um formulário online.

Os indivíduos também terão que anexar uma identidade válida com foto.

"O Google recebe frequentemente pedidos de remoção fraudulentos de pessoas se passando por outros, tentando prejudicar concorrentes, ou indevidamente buscando suprimir informação legal", disse a empresa. "Para evitar esse tipo de abuso, é preciso verificar a identidade."

Menos inovação?

Em uma entrevista concedida ao Financial Times, o chefe executivo do Google, Larry Page, disse que a empresa vai cumprir a decisão, mas ressaltou que isso poderia danificar a inovação.

Ele também afirmou que o regulamento daria ânimo a regimes repressivos.

Page disse ainda que se arrependia de não ter "se envolvido mais em um debate real" sobre a privacidade na Europa, e que a empresa agora vai tentar "ser mais europeia".

Mas, advertiu, "ao regular a internet, acho que não vamos ver o tipo de inovação que temos visto".

O diretor acrescentou que a decisão iria encorajar "outros governos que não são tão para progressivos como a Europa a fazer coisas ruins".

Embora a decisão do Tribunal de Justiça da Europa envolva especificamente sites de busca e indique que apenas links – e não a informação em si – possam ser retirados da rede, a imprensa vem relatando um aumento considerável no número de pedidos de remoção após a deliberação da corte.

Fonte:http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/05/140530_google_privacidade_ms.shtml

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Compadre Washington nega ofensa: 'Ordinária é apelido carinhoso' Líder do É o Tchan diz que foi chamado pelo site de classificados Bom Negócio por causa de seus bordões Publicado por Fernanda F. - 3 dias atrás

O cantor Compadre Washington nega ter ofendido as mulheres no comercial em que chama uma atriz de "ordinária", que o Conar mandou tirar do ar na última terça (27) por considerar "desrespeitoso". O órgão vetou o anúncio, mais conhecido pelo bordão "Sabe de nada, inocente", após receber reclamações de 50 pessoas que o julgaram ofensivo às mulheres. O músico diz que "ordinária" é uma expressão "carinhosa".

"Não houve intenção alguma de ofensa a figura da mulher, uma vez que a palavra 'ordinária' se insere em um contexto de admiração a ela. A expressão, na propaganda, é seguida de outro bordão que falo: 'Assim você vai matar papai', que tem a intenção de dar a ideia de 'admiração pela mulher'. É um jeito meu de falar, uma forma que considero carinhosa de apelidar uma mulher", disse o cantor ao Notícias da TV, por e-mail.

O líder do É o Tchan diz que foi chamado pelo site de classificados Bom Negócio por causa de seus bordões, e que chama as mulheres de "ordinárias" desde o início de sua carreira musical, há mais de 20 anos.

"Este não é um bordão novo, falo ele desde a época do Gera Samba. É um bordão antigo e os nossos fãs sempre entenderam, sem criar especulações negativas. Se não tem maldade dentro de quem fala, para mim, não há nada de errado", explica o cantor.

Na última terça-feira (27), os conselheiros do Conar (Conselho de Autorregulamentação Publicitária) aprovaram por unanimidade que o anúncio só poderá voltar ao ar se a empresa retirar a palavra "ordinária", que, segundo o órgão, "extrapolou os limites do bordão" e foi "desrespeitoso" às mulheres. O Bom Negócio tem dez dias para recorrer da decisão.

O comercial mostra um casal na piscina quando o rosto de Compadre Washington aparece em um velho aparelho de som, falando sem parar: "Êta, mainha! Danada! Que abundância, mermão! Assim você vai matar papai, viu? Esse aí que é seu marido, é? Sabe de nada, inocente! Vem, vem, ordiná..." , sem terminar de dizer "ordinária".

A peça publicitária com Compadre Washington é a mais bem sucedida do site Bom Negócio, com mais de 8 milhões de visualizações na internet

Fonte: Notícias da TVUOL - http://www.tribunahoje.com/noticia/104502/entretenimento/2014/05/29/compadre-washington-nega-ofensa-...

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Instrução normativa

Receita regulamenta aplicação da lei que altera tributação de multinacionais29 de maio de 2014, 18:19h

A Receita Federal publicou nesta quarta-feira (28/5) Instrução Normativa que regulamenta a aplicação da Lei 12.973/14, que trata de alterações na tributação dos lucros obtidos por multinacionais brasileiras.

Segundo a instrução, a pessoa jurídica poderá optar pela aplicação para o ano de 2014 das disposições contidas nos artigos 1, 2 e 4 a 70 e nos artigos 76 a 92 da Lei 12.973/14. As opções são independentes e deverão ser manifestadas na Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF), de acordo com o primeiro parágrafo.

O segundo parágrafo do mesmo artigo prevê que no caso de início de atividade ou surgimento de nova pessoa jurídica em razão de fusão ou cisão, em 2014, as opções citadas também deverão ser manifestadas na DCTF referente aos fatos ocorridos no primeiro mês de atividade.

O item seguinte especifica que o disposto no parágrafo anterior não se aplica caso o primeiro mês de início de atividade ou de surgimento de nova pessoa jurídica, nas mesmas circunstâncias, ocorrer entre janeiro e abril deste ano. Nessa hipótese, as opções a serem exercidas na DCTF devem se referir aos fatos geradores ocorridos em maio.

Segundo a advogada tributarista Mary Elbe Queiroz, presidente do Instituto Pernambucano de Estudos Tributários, as novas regras exigirão cautela das empresas pois ampliam o conceito de receita bruta. “Poderá haver mais tributo a pagar tendo em vista os ajustes que terão de ser feitos na contabilidade para atender à nova lei fiscal”, afirma.

Mudança legalA Lei 12.973/2014 altera a legislação tributária federal relativa ao Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas, à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, à Contribuição para o PIS/Pasep e à Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social. Revoga ainda o Regime Tributário de Transição, instituído pela Lei 11.941/2009. As mudanças foram publicadas no Diário Oficial da União do último dia 14.

As novas regras sobre a tributação dos lucros das empresas controladas ou coligadas no exterior por empresas brasileiras vêm sendo debatidas na Justiça desde 2011, sendo que as principais modificações da lei entrarão em vigor a partir de 2015.

Clique aqui para ler a Instrução Normativa.

Revista Consultor Jurídico, 29 de maio de 2014, 18:19h

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Desoneração da folha de pagamento será permanente, diz MantegaPublicado em 28 de maio de 2014 por Caroline Renner

BRASÍLIA – O governo federal decidiu tornar permanente a política de desoneração da folha de pagamentos, mas, sem espaço fiscal, não conseguiu atender o pleito dos empresários de ampliar o benefício para novos setores.

Mesmo assim, e sem a definição se a presidente Dilma Rousseff continuará no poder a partir do próximo ano, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, fez promessas. “Para os próximos anos, novos setores serão incorporados, dando mais competitividade a toda estrutura produtiva brasileira”, afirmou.

A desoneração da folha, que começou em 2011 e beneficia hoje 56 segmentos da indústria, serviços, transportes, construção e comércio, terminaria no fim deste ano. Para tornar a medida permanente, o governo enviará uma medida provisória ao Congresso Nacional ou articulará para incluir em uma emenda. “Como isso começa a valer em 2015, temos tempo para ver qual o melhor caminho, não acredito que possa haver qualquer dificuldade dessa lei por parte do Congresso”, disse Mantega, após reunião com Dilma e empresários em Brasília.

Para sustentar as desonerações da folha de pagamentos nos quatro primeiros meses do ano, o governo já abriu mão de R$ 7,663 bilhões. Isso porque a desoneração da folha de pagamentos permite que as empresas contempladas deixem de pagar 20% da folha de pagamento como contribuição patronal à Previdência Social e passem a pagar 1% ou 2% do faturamento, dependendo da atividade.

Em 2014, a expectativa é que a renúncia chegue a R$ 21,6 bilhões. Para os próximos anos, Mantega não apresentou novos valores. “Deverá ser esse o número que vai se replicar nos próximos anos. É claro que nos próximos anos você vai ter um aumento da força de trabalho e, portanto, pode ser que a renúncia seja um pouco maior”, disse. Apesar do tom de anúncio e da expectativa dos empresários em relação ao assunto, Dilma já havia dito em dezembro que a desoneração da folha seria uma política permanente.

Aproximação. A reunião desta terça-feira foi o terceiro encontro da presidente Dilma com empresários em menos de um mês. Na semana passada, ela se reuniu com representantes de 36 segmentos da indústria brasileira. No dia 8 de maio, conversou com líderes do varejo em São Paulo.

Nesta terça, Dilma apresentou ao empresariado um cenário otimista do País e afirmou acreditar que a previsão da taxa de crescimento em 2014 “será revista para mais”. A presidente “colocou uma pulga atrás da orelha” dos participantes ao falar de futuro e do momento “complexo” que o País vive, misturando cenários de eleições, economia e Copa. “Vocês já viram o filme Quando Setembro Chegar? Pois então eu digo, esperem quando novembro chegar”, disse Dilma, enigmática, sinalizando a tomada de novas medidas após as eleições, que beneficiariam diversos setores.

Dilma foi aplaudida de pé quando anunciou que tornaria permanente a desoneração da folha. Sobre as taxas de juros, que poderão ou não ser alteradas nesta quarta-feira pelo Banco Central, a presidente reconheceu, de acordo com relato de um empresário ouvido pelo Estado: “Nós praticamos taxas de juros absurdas e qualquer um sabe que elas são desproporcionais em relação a outros países”. Apesar disso, um dos presentes relatou que a presidente reiterou mais de uma vez que “vai combater a inflação de qualquer jeito”.

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A manutenção da desoneração foi comemorada pelo presidente da Bosch, Besaliel Botelho, que participou da reunião. “Essa medida contribui muito com o setor, que tem um uso intensivo de mão de obra, o que gera um alto custo e ajuda na competitividade com os importados”, disse. O economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, viu de maneira positiva a decisão do governo.”Era uma medida amplamente esperada e celebrada pelos empresários e ela faz sentido”, disse.

Entenda a desoneração. Antiga reivindicação do setor privado, a desoneração da folha é geralmente classificada com positiva, sempre com um porém. Primeiro, porque ela só atendeu a alguns setores, já que o caixa não permitia bondade mais ampla.

Segundo, porque não eliminou totalmente a tributação, como o reivindicado pelas empresas. Também por causa do cobertor curto, o governo transferiu a cobrança do tributo da folha para o faturamento. Dessa forma, criou situações diferentes dentro de um mesmo setor. Para algumas empresas, a mudança representou economia. Para outras, aumento de custo.

Especialistas apontam também para a perda de lógica da política. Inicialmente desenhada para ajudar os setores mais prejudicados com a concorrência com produtos importados, o sistema foi aos poucos cedendo a outras pressões.

Crítico da expansão do programa, o economista José Roberto Afonso, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV) cita como exemplo o setor hoteleiro. Ele questiona por que, num momento em que o próprio governo alardeava estar próximo do pleno emprego e às vésperas da Copa do Mundo, esse setor foi incluído.

Por Rafael Moraes Moura, Laís Alegretti e Nivaldo Souza

Fonte: O Estado de S.Paulo

Desoneração é um tiro no escuro?Retorno da medida que reduz os custos trabalhistas para a indústria, anunciada na última terça-feira, é contestada por especialistas em emprego e em contas públicas

Aline Salgado [email protected] , Fernanda Nunes [email protected] e Patrycia Monteiro Rizzotto [email protected]

Em consulta a empresários de 13 setores beneficiados pela isenção, a CNI registrou que 92% apoiavam a manutenção da medida

A desoneração na folha de pagamento de 56 setores foi anunciada na última terça-feira sem que tivesse sido formado o comitê que avaliaria os efeitos da primeira fase da medida, iniciada em 2011, como prometeu o governo ainda naquele ano. Sem essa análise, não há como avaliar se a desoneração teve o retorno esperado — de manutenção ou geração de vagas de trabalho e de redução dos custos trabalhistas que pudesse ser revertida em investimento. Pesquisador de Economia Aplicada do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), José Roberto Afonso tem se debruçado no tema nos últimos anos.

“Quando foi criada a desoneração da folha, como medida bem localizada e temporária, foi dito que era um laboratório. Que seria examinado com critério o impacto da desoneração no volume de emprego, na massa

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salarial, na produção e nas exportações dos setores beneficiados. Foi até criada uma comissão tripartite para fazer esse acompanhamento”, conta. Ele acrescenta, no entanto, que nunca viu uma avaliação do governo ou da comissão sobre tais resultados. “Essa comissão, até onde eu soube, nunca recebeu uma estatística oficial do governo. Na verdade, isso já deveria ter sido feito antes mesmo da inclusão das outras dezenas e dezenas de setores, que não obedecem a qualquer lógica. Sem essa avaliação dos resultados, o que fica parecendo é que o anúncio de terça-feira não passa de uma medida apenas com finalidade eleitoral”, critica Afonso.

Pelas contas dos fabricantes de máquinas e equipamentos, reunidos na Abimaq, a medida representa uma folga de 2 a 3 pontos percentuais no faturamento das empresas. Além da reclamação contra a falta de transparência, especialistas questionam a validade da desoneração da folha considerando que o cenário atual é de pleno emprego. Portanto, não haveria motivo de preocupação com o mercado de trabalho, argumento utilizado pelo governo para justificar o benefício dado ao setor produtivo.

Já os economistas especializados em contas públicas analisam os meios pelos quais a União irá compensar o orçamento de 2015, após o Tesouro Nacional abrir mão de R$ 21,6 bilhões — se com a criação ou ampliação de impostos ou com cortes de gastos. Entre todos os especialistas, o que predomina, entretanto, é a crítica de que faltou a exigência de contrapartida da indústria em investimento.

O temor é que a desoneração funcione apenas como mais um instrumento de acúmulo de lucros, do que de geração de empregos, melhorias salariais e ganhos de competitividade, alerta o professor do Instituto de Economia da Unicamp Claudio Dedecca. “Caberia às empresas aproveitar essa possível folga no orçamento para melhorar suas condições competitivas e de produção. Assim, teríamos efeitos favoráveis para os salários. O que provavelmente ocorrerá, no entanto, é um uso da folga para a acumulação de lucros pelas empresas, dada a fragilidade do governo em negociar com os empresários, já que não foi demandado nada para eles”.

Em consulta realizada no início do ano pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com representantes de 13 setores beneficiados pela desoneração, 63% dos empresários disseram ter aumentado o número de contratações por causa da renúncia fiscal neste ano. Quase dois terços dos entrevistados também afirmaram que as exportações aumentaram ou irão aumentar por conta da medida. Sobre os investimentos, 42% disseram ter conseguido resultados positivos.

Um dos segmentos beneficiados pela desoneração, o setor calçadista declarou que, com a folga nas receitas propiciada pela medida, foi possível aumentar em 28% os investimentos no parque produtivo e em pesquisa e desenvolvimento nos últimos dois anos. “De 2011, quando foi implementada a medida, até 2013, a indústria deu um salto nos investimentos realizados (passou de R$ 521 milhões para R$ 668 milhões). Além disso, é importante ressaltar que, mais importante ainda do que o recurso para investimento, a redução deste custo possibilitou a formação de preços mais competitivos”, informou o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados, Heitor Klein. Ele diz ainda que “a desoneração contribuiu para que, ao menos, conseguíssemos manter empregos num período turbulento”.

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Valor sentimental

Jazigo é bem impenhorável por ser extensão do domicílio, decide TJ-DF27 de maio de 2014, 13:41h

O jazigo é bem impenhorável por se tratar de uma extensão do domicílio dos membros da família. Com base nesse entendimento, a 6ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, por unanimidade, confirmou sentença da 3ª Vara de Execução de Títulos Extrajudiciais e indeferiu pedido de penhora de jazigo.

No caso, uma empresa prestadora de serviços de cemitério indicou à penhora túmulo pertencente à parte devedora, sob o argumento de que ele não se caracteriza como bem de família.

A decisão de primeiro grau apontou, no entanto, que tal conceito evoluiu nos últimos tempos, principalmente após a Lei 8.009/90, que dispõe sobre a impenhorabilidade do bem de família. Com base no artigo 5º desta lei, o direito de uso de jazigo perpétuo pode ser equiparado ao bem de família, adquirindo caráter impenhorável.

Os desembargadores do TJ-DF ratificaram este entendimento, registrando que, quando o túmulo abriga os restos mortais dos familiares, não se admite a prática de atos que coloquem em risco a dignidade, a honra e o respeito à imagem dos sepultados.

“Com o intuito de atender à teleologia da lei que instituiu o bem de família, a jurisprudência tem assentado que ‘a finalidade da Lei 8.009/90 não é proteger o devedor contra suas dívidas, tornando seus bens impenhoráveis, mas, sim, reitera-se, a proteção da entidade familiar no seu conceito mais amplo, na dignidade da pessoa humana’”, apontou o desembargador José Divino de Oliveira, relator do acórdão.

Ainda segundo o desembargador, a interpretação da lei pode ser ampliada para estender a proteção legal “a bens de relevante valor sentimental para a família, como ocorre na hipótese em apreço, máxime porque o jazigo está sendo efetivamente utilizado para guardar os restos mortais da genitora da devedora”. Com informações da Assessoria de Imprensa do TJ-DF

Clique aqui para ler a decisão.

Revista Consultor Jurídico, 27 de maio de 2014, 13:41h

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Por que donos de pequenas empresas não querem crescer?Publicado em 29 de maio de 2014 por Júlia Pereira

Pamella Gonçalves, gerente de Pesquisa e Mobilização da Endeavor Brasil, afirma que muitos empreendedores temem o aumento da carga tributária ao sair do Simples

Um país cresce quando suas empresas crescem. Elas são as responsáveis pela criação de novos empregos e geração de venda, estimulando e fortalecendo a economia. Por isso, é preocupante saber que apenas 7% das pequenas empresas, hoje beneficiárias do regime tributário do Simples, desejam sair dele. Na prática, é como dizer que apenas 7% das micro e pequenas empresas brasileiras desejam crescer. Mas se é tão natural do homem querer evoluir, por que o brasileiro tem “síndrome de Peter Pan”?

O primeiro passo para entender isso é conhecer o regime do Simples. Tendo como um dos principais objetivos a redução da informalidade, a Lei Geral do Simples consolida uma série de tributos e permite que micro e pequenas empresas façam um único pagamento de imposto.

Para as menores, a alíquota de imposto é mais barata e cresce de forma gradual até que a empresa atinja o faturamento limite de 3,6 milhões de reais por ano. E é aí que o problema aparece: as empresas que ultrapassam o limite de faturamento perdem o benefício da alíquota única e passam a calcular e pagar mais de oito tributos separadamente.

Além do aumento na carga tributária, o processo para efetuar o pagamento do imposto se torna mais complexo. No entanto, não é do dia para a noite que uma pequena empresa possui a estrutura para conseguir cumprir com tanta exigência.

E desprovida do aconselhamento devido, essas empresas, ainda pequenas, acabam optando pelo “jeitinho” ao ver que a situação começa a sair do controle. É o que acontece com 62% das empresas que saem do Simples hoje: elas se tornam inadimplentes e retornam à informalidade em menos de dois anos.

Sabendo que pagar os impostos deixa de ser uma tarefa simples, quem julga os empreendedores por preferirem não crescer e não ter mais “dor de cabeça”? Essa é a “síndrome do Peter Pan”. Assim como um adolescente que resiste à ideia de amadurecer, é natural que o empreendedor brasileiro prefira não se arriscar. Aquele que em seu dia a dia já precisa correr atrás de clientes, treinar a equipe e pagar as contas, não precisa de mais uma complicação.

O governo, como grande beneficiário do crescimento das empresas, tem o papel de buscar formas de incentivar o desenvolvimento dos negócios, medindo qual é a dose de exigências que essas empresas conseguem cumprir passando pelo estirão.

Hoje, são só apenas 34 mil empresas (1,5% das empresas) que vem crescendo acima de 20%, gerando um impacto enorme para a economia: 48,5% dos novos empregos e 11,5% do valor agregado. Imagina como seria se tivéssemos 100 mil empresas de alto crescimento? Reduzindo a burocracia podemos reduzir essa “síndrome de Peter Pan” e ajudar mais empresas que crescem a prosperar.

Pamella Gonçalves é gerente de Pesquisa e Mobilização da Endeavor Brasil.

Fonte: Exame

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Ambiente inadequado

Bar é multado e fechado por permitir entrada de menor desacompanhada25 de maio de 2014, 14:26h

A 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Maranhão manteve decisão de 1ª instância e condenou o proprietário de um bar na cidade de Caxias a pagar multa de três salários mínimos por permitir que uma jovem de 17 anos ficasse no local desacompanhada. O estabelecimento também terá de ficar fechado por 15 dias. Segundo o relator do caso, desembargador Jorge Rachid, o ambiente é propício ao consumo de bebidas alcoólicas e, portanto, inadequado para menores.

De acordo com o Juizado da Infância e da Juventude da cidade, a presença da menor no bar fere uma portaria de sua própria autoria e o Estatuto da Criança e do Adolescente. O dono do estabelecimento pediu, no TJ-MA, a anulação do documento, que, segundo ele, estaria em desacordo com o artigo 149 do ECA. A norma lista os estabelecimentos nos quais menores de idade só podem ir desacompanhados com autorização judicial. Bares não são citados na lista.

O desembargador Rachid, porém, entende que quando o artigo lista "boate ou congêneres", engloba o bar em questão. Assim, adolescentes só poderiam entrar e permanecer em bares e boates acompanhados dos pais ou responsáveis.

Jurisprudência em debateA discussão sobre o consume de bebidas alcoólicas por menores de idade chega constantemente aos tribunais brasileiros. Em decisão noticiada no última sábado pela revista eletrônica Consultor Jurídico, a 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul julgou que quem oferece bebida a menor, não incorre no crime previsto no artigo 243 do ECA, que estipula pena de dois a quatro anos de detenção. Isso porque o ECA não reconhece a bebida alcoólica como causadora de dependência química ou psíquica. 

Com esse entendimento, a corte trancou Ação Penal intentada pelo Ministério Público contra uma mulher que ofereceu cerveja a menores durante festa em sua casa. De forma unânime, o colegiado se convenceu de que a conduta descrita na denúncia também não caracteriza a prática descrita no artigo, inciso I, da Lei das Contravenções Penais (Decreto-Lei 3.688/1941), como decidido no juízo de origem.

A relatora da Apelação, desembargadora Bernadete Coutinho Friedrich, citou dois incisos do artigo 81 do ECA para resolver a controvérsia. O dispositivo diz que é proibida a venda, à criança ou ao adolescente, de: bebidas alcoólicas (I); e ou produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica, ainda que por utilização indevida (III). Ou seja, o legislador fez a distinção entre as duas categorias. Com informações da assessoria de imprensa do TJ-MA.

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Planos econômicos: governo pode ter de criar imposto para bancar perdas, vê BCPublicado em 28 de maio de 2014 por Marina Freitas

Cenário ocorrerá se poupadores vencerem no STF; julgamento está agendado para esta quarta-feira (28), mas pode atrasar

Caso o Supremo Tribunal Federal (STF) decida a favor dos poupadores ao julgar os impactos dos planos econômicos Bresser, Verão e Collor 1 e 2, o dinheiro entrará por um bolso e sairá por outro. O argumento é do procurador-geral do Banco Central (BC), Isaac Sidney Menezes Ferreira, que vislumbra a possibilidade de o governo ter de vir a criar um imposto para arcar a conta que recair sobre os bancos públicos.

“Se Tesouro Nacional tiver de capitalizar o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal [responsáveis por metade da possível conta], eu não tenho dúvida que o governo terá de propiciar meios para o Tesouro capitalizar e uma desas possibildades poderá sim ser a cobrança de tributos”, disse Ferreira ao iG.

“Os consumidores que hoje pleiteam expurgos, serão os contribuintes de amanhã para suportar, com o conjunto dos demais brasileiros, essa conta amarga” (Isaac Sidney Menezes Ferreira, procurador-gerald o BC

A disputa sobre os planos econômicos chegou ao STF em 2008 e o julgamento teve início em novembro de 2013. A Corte reagendou a retomada para esta quarta-feira (28), mas o BC acha que “ainda não é o momento” pois o tamanho da possível conta é incerto: varia de R$ 8,4 bilhões nos cálculos do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) a R$ 341,5 bilhões nas da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Leia abaixo trechos da entrevista.

iG: Quando o Banco Central acredita que os planos econômicos devem ser julgados pelo STF? Isso deve acontecer ainda este ano.

O BC espera que o STF possa decidir quando efetivamente houver uma análise que consiga aferir com a maior precisão possível quais são os efeitos e as consequências que envolvem o contexto fático [referente aos fatos] do maior embate judicial sobre a moeda. Não é um julgamento simples, que requer da maior Corte do País uma avaliação de todas as variáveis, sobretudo aquelas que dizem respeito aos impactos para a sociedade como um todo. Se será agora, neste ano ou no próximo é uma decisão que pode caber aos próprios ministros do STF. O BC entende que ainda não é o momento que permite à Corte todos os esclarecimentos necessários.

O tempo necessário a todos esses esclarecimentos não pode levar à prescrição dos direitos dos poupadores? Refiro-me ao caso do Banco do Brasil e do Bamerindus, cujas prescrições ocorrem agora no segundo semestre.

O BC não enxerga risco de prescrição em relação às ações coletivas [movidas por sindicatos e associações] e as execuções individuais [momento em que cada poupador busca, na Justiça, o direito garantido por uma ação coletiva], sobretudo as ações movidas contra HSBC [atual dono do Bamerindus] e Banco do Brasil. Primeiro que as condenações do BB e do HSBC já transitaram em julgado [já tiveram decisão final]. Basta, portanto, que os consumidores que podem se beneficiar executem os seus créditos no

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prazo de cinco anos [a partir da decisão final na ação coletiva]. De toda a sorte, o BC não requereu o adiamento [do julgamento do STF] pensando na hipótese de prescrição. O BC declinou os motivos pelos quais pede audiência pública: para que a sociedade possa dimensionar qual é o contexto fático que diz respeito às estimativas de impacto.

Quantas ações coletivas existem que poderiam levar a algum desembolso por parte dos bancos?

Existem pelo três dezenas de ações coletivas que envolvem todos os planos econômicos objeto de debate, o que por si só seria suficiente para dar a magnitude e do potencial de impacto, na medida em que não se conhece o universo dos que podem se beneficiar dessas ações, “Os consumidores que hoje pleiteiam os expurgos serão os contribuintes de amanhã”

Existe algum valor projetado que poderia ter de ser desembolsado em razão dessas 30 ações?

Não se sabe ao certo. O BC em 2009 teve a oportunidade de levar ao Supremo uma estimativa de impacto da ordem de R$ 105 bilhões, cujos valores atualizados montam a R$ 150 bilhões. Naquela época, o BC já colocava em suas estimativas o conjunto de ações coletivas.

Essas 30 ações cobririam todos os planos econômicos para todo o território nacional?

Ainda dependemos de uma decisão final do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A Corte Especial [órgão máximo do STJ] deliberou no sentido de que a abrangência das ações coletivas é nacional. Todavia há embargos declaratórios [recurso]. A prevalecer a decisão do STJ, bastaria que apenas uma só das ações envolvendo os planos tivesse transitado em julgado. Mas eu tenho conhecimento de três dezenas de ações coletivas, boa parte delas abrangem todos os planos.

O senhor julga que deve ser implementada alguma forma de imposto em razão desse ressarcimento aos poupadores, tanto no caso dos bancos públicos quanto dos privados?

Eu confio que o STF no mérito vá julgar constitucional os planos. Todavia, se outro for o entendimento, qualquer que seja a estimativa que prevaleça – do Idec [R$ 8,4 bilhões], do BC [R$ 150 bilhões] ou da LCA [consultoria contratada pela Febraban, de até R$ 341,5 bilhões] – certo é que haveria uma conta a pagar. Os bancos teriam de suportar esse impacto. Como metade do impacto repousa exatamente sobre Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, o Tesouro seria chamado a capitalizar esses bancos e, ao final, os consumidores que hoje pleiteam [ressarcimento pelos] expurgos [aplicados pelos planos à poupança], serão os contribuintes de amanhã para suportar, com o conjunto dos demais brasileiros, essa conta amarga.

E isso demandaria a criação de uma contribuição adicional tendo em visto o tamanho da conta ou não?

Não é de hoje que o Brasil tem uma legislação de responsabilidade fiscal e, se o Tesouro Nacional tiver de capitalizar o BB e a Caixa, na eventualidade de o STF declarar a inconstitucionalidade dos planos econômicos, eu não tenho dúvida que o governo terá de propiciar meios para o Tesouro capitalizar e uma dessas possibildades poderá sim ser a cobrança de tributos.

Há possibilidade de os bancos pedirem ressarcimento ao Estado brasileiro do que vierem a desembolsar por causa dos planos econômicos. Qual será a posição da procuradoria do BC nesse caso?

Julgo como remota essa possibilidade tendo em vista que confio no guardião da Constituição [STF]. Mas se, de todo modo, os bancos ingressarem com uma ação contra a União, o BC vai avaliará quais medidas tomará, que pode ser sim de atuar ao lado da União. O BC tem um lado só: o da moeda. O BC estará sempre ao lado da moeda.

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O cálculo do BC prevê impacto de R$ 150 bilhões. O Credit Suisse fala em R$ 33 bilhões. A Standard & Poor’s, R$ 12 bilhões. Por que o BC continua a usar a previsão de R$ 341,5 bilhões da LCA se ela tem sido questionada até mesmo por instituições do mercado financeiro?

O BC monitora e avalia os vários cenários e risco, o que inclui desde as estimativas menos elevadas até a mais elevadas. Nesse sentido, o BC tem analisado o cenário do Idec, do BC e da LCA [Febraban]. É preciso esclarecer que os levantamentos se baseam em premissas fáticas distintas. O BC não adota esta ou aquela estimativa numérica. O BC avalia e monitora os vários cenários de risco.

Governo quer apressar o SimplesPublicado em 28 de maio de 2014 por Júlia Pereira

O ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, defendeu ontem a rejeição dos destaques ao projeto que amplia os setores beneficiados pelo Simples Nacional – o regime de tributação das micro e pequenas empresas. O ministro participou de reunião com líderes da base aliada ao governo.

O governo defende o texto base do relator do Projeto de Lei Complementar (PLP) 221/12, deputado Cláudio Puty, que foi aprovado no dia 7 de maio. O texto aprovado prevê a criação de uma nova tabela para serviços (a Tabela 6), com alíquotas que variam de 16,93% a 22,45%. Entre os serviços novos que entram nesse regime de tributação estão os relacionados a medicina, odontologia, advocacia, despachantes, corretagem, psicologia, fisioterapia e jornalismo.

Porém, diversas categorias, entre elas advogados e setores de seguros, reivindicam, por meio de destaques apresentados por parlamentares, a inclusão em tabelas com alíquotas menores. “A maior parte dos destaques é corporativa, e o governo acredita que deve manter as mesmas alíquotas para todos os novos setores incluídos, e não beneficiar um ou outro setor”, argumentou o ministro.

Afif informou que o governo se compromete a apresentar em até 90 dias estudo para dar respaldo técnico à redução das alíquotas. O estudo será elaborado pela secretaria, juntamente com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas e outras entidades. “Queremos provar à Receita Federal que, quando todos pagam menos, pode-se até arrecadar mais”, completou o ministro.

O deputado Guilherme Campos, secretário da Frente Parlamentar em Defesa das Micro e Pequenas Empresas, explica que, com a aprovação do PLP 221/12, essas categorias terão benefícios como a simplificação de procedimentos burocráticos, mas não pagarão menos impostos. Porém, segundo ele, a frente apoiou o texto, diante do compromisso do governo de apresentar estudo no prazo de 90 dias.

Já o líder do governo em exercício, deputado Henrique Fontana, explicou que o governo se preocupa especialmente com dois destaques apresentados pela oposição: o que reduz em 20% toda a arrecadação da tabela 6 e o que cria um sistema de progressividade para essa tabela. “Esses destaques têm impacto de bilhões sobre a arrecadação do governo, e isso não é possível”, afirmou Fontana.

Votação – O governo vai tentar garantir quórum alto para votar hoje a proposta. Como se trata de projeto de lei complementar, cada destaque exige o voto favorável de 257 deputados para ser aprovado. Nas últimas votações, o quórum foi insuficiente para garantir a votação. “Existe uma janela legislativa de

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votação; se perdermos essa janela, não vamos votar neste primeiro semestre”, opinou Afif Domingos. “O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, me garantiu que vota hoje”, acrescentou.

Na reunião com os líderes da base realizada ontem o ministro fez apelo para que eles retirem alguns destaques. Os líderes discutiram ainda acordo de procedimentos, que prevê a simplificação do encaminhamento para os destaques não retirados.

Fonte: Agência Câmara

Empresários são presos por sonegação de impostos no ESNo estado, 6 pessoas foram presas na operação Sanguinello, nesta quarta.Ação foi do Ministério Público Estadual e também ocorreu em Minas Gerais.

Do G1 ES, com informações da TV Gazeta

Seis pessoas, suspeitas de não pagarem impostos na compra e venda de bebidas, foram presas na tarde desta quarta-feira (28), na Grande Vitória, durante a Operação Sanguinello, do Ministério Público Estadual (MP-ES). Entre os detidos, cinco foram presos em consequência dos mandados de prisão expedidos pela Justiça e o sexto envolvido se apresentou por livre e espontânea vontade, segundo o MP-ES. Dois empresários, apontados como chefes da quadrilha, foram para o Centro de Detenção Provisória de Viana. Os demais foram ouvidos pelo Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e encaminhados para presídios da Grande Vitória. A operação também ocorreu em Minas Gerais.

A operação, iniciada desde outubro de 2013, tem o objetivo de desarticular e colher provas sobre uma organização criminosa que atua no atacado e varejo de bebidas em todo o Espírito Santo e em estados vizinhos. As ações em terras capixabas apontam para fraudes da ordem de R$ 230 milhões. Na manhã desta quarta-feira, além dos mandados de prisão provisória, também foram expedidos pela Justiça, onze mandados de busca e apreensão.

Os empresários apontados como chefes da quadrilha foram presos em suas própria casas, em Vila Velha. Eles vão responder pelos crimes de sonegação de impostos, formação de quadrilha e outros. Também foi presa a mulher de um deles, que se apresentou à polícia no início desta tarde, além de três empresários que atuavam como "laranjas".

Ainda segundo o MP-ES, também foram identificadas duas empresas de Vila Velha que emitiam documentos fiscais falsos para distribuidoras "laranjas". Conforme apontam as investigações, uma das empresas envolvidas no esquema de sonegação de impostos atuava em Minas Gerais.

Empresário suspeito de chefiar quadrilha, preso em casa, em Vila Velha (Foto: Reprodução/TV Gazeta)

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Operação em Minas GeraisA Polícia Civil e o Ministério Público realizam a operação denominada Sanguinello, contra a sonegação de impostos em Divinópolis e Itaúna, e em outras cidades do estado. De acordo com informações da polícia foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão e três de prisão. A operação começou na madrugada desta quarta-feira (28) na sede da Polícia Civil de Divinópolis.

A maior parte da operação foi em Itaúna. Foram fiscalizadas várias empresas, entre elas uma do setor atacadista que é suspeita de coordenar um grupo especializado em sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e mercadorias adquiridas no Espírito Santo, estado que tem carga tributária menor que Minas Gerais. Um empresário foi preso em casa, em um dos bairros mais nobres da cidade. A suspeita é que com o esquema tenham sido sonegados cerca de R$ 100 milhões.

*Com colaboração de Roger Santana, da TV Gazeta.

Aposentadoria adiantada

Nem advogados nem juízes lamentam a aposentadoria de Joaquim Barbosa29 de maio de 2014, 21:58h

Por   Marcos de Vasconcellos

Os representantes da advocacia brasileira estavam reunidos quando o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, anunciou que se aposentará em junho. Na reunião dos presidentes das seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil, que acontece em Recife, a notícia foi mais do que bem recebida. Houve até quem propusesse, no microfone, que a festa programada para esta noite fosse em homenagem à aposentadoria do ministro. Rendeu risos e aplausos.

Entre juízes, a saída do ministro do STF e do Conselho Nacional de Justiça também é vista com bons olhos. “A magistratura não sentirá saudades de Joaquim Barbosa”, diz Nino Toldo, presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe).

Até mesmo no Plenário do Supremo, quando Barbosa contou a seus colegas que deixaria a corte em junho, as homenagens de costume foram trocadas por um discurso sem quaisquer adjetivos feito pelo ministro Marco Aurélio. Ministro mais antigo presente na sessão, Marco Aurélio fez uma fala de improviso e com muitos recados. “A cadeira do Supremo Tribunal Federal tem envergadura maior”, declarou, “mas devemos reconhecer que a saída espontânea é direito de cada qual”.

A tradição é que o discurso de despedida tenha tom elogioso, como na ocasião em que o ministro aposentado Cezar Peluso deixou a corte. Na última sessão de Peluso, o ministro Celso de Mello disse ser “lamentável que, não só o Poder Judiciário, mas esse país venha ficar privado de figuras eminentes como o ilustre juiz e ministro da Suprema Corte, Cezar Peluso”. O decano da corte também teceu elogios na despedida de Ayres Britto, "cujos julgamentos luminosos tiveram impacto decisivo na vida dos cidadãos desta República e das instituições democráticas do país", segundo Celso de Mello. Na vez de Joaquim Barbosa, não foi assim.

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O presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcus Vinícius Furtado Coêlho, não estava no Supremo duranta a sessão. O presidente da OAB também não deu declarações públicas sobre a carreira de Joaquim Barbosa. Procurado pela ConJur, disse que o ministro “prestou serviços ao pais, merecendo o respeito e a consideração de todos”.

Já o presidente da OAB do Rio de Janeiro, Felipe Santa Cruz (foto), faz questão de deixar claro que, em relação aos advogados, Barbosa não deixará saudade. “Ele sempre agiu de forma a diminuir o papel da advocacia. Fez isso quando falou que advogados acordavam tarde; quando não recebia advogados em seu gabinete; e quando fez críticas à representação da advocacia na magistratura, por exemplo”, listou Santa Cruz.

A opinião é compartilhada pelo advogado Marcelo Knopfelmacher, presidente do Movimento de Defesa da Advocacia. “Se para a população em geral [o ministro] passou a imagem de grande paladino da Justiça e de defensor da Constituição, em muitos momentos, para a comunidade jurídica, público mais especializado, transmitiu a sensação de intolerância quanto ao exercício da advocacia e em relação ao direito de defesa.”

Ator de diversos embates jurídicos no Supremo, o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, também critica a postura de Barbosa à frente do STF. “Infelizmente o ministro Joaquim vai deixar como marca o destempero e a arrogância no trato com as pessoas, sejam seus colegas de Casa, sejam juízes, sejam jornalistas ou advogados.” Ele faz votos para que Barbosa tenha mais afinidade com seus próximos passos na carreira. “Espero que seja feliz e que tenha a paz que parecia não ter com a toga nos ombros. A toga era muito maior do que ele.”

Frequentador assíduo da tribuna do Supremo, o criminalista Alberto Zacharias Toron também é categórico: "O ministro Joaquim Barbosa não deixará saudades entre os que foram vítimas de ofensas e atos arbitrários, leia-se advogados, juízes e muitos de seus próprios colegas no STF". O advogado diz também que não consegue lembrar de nada significativo que Barbosa tenha feito no âmbito do CNJ. "Por fim, resta dizer: Bem vindo, ministro Ricardo Lewandowski!", finaliza Toron. 

José Horácio Halfeld Rezende Ribeiro, presidente do Instituto dos Advogados de São Paulo, reclama da falta de explicações de Barbosa sobre sua saída. “A antecipação da aposentadoria, inclusive antes do término do exercício da presidência, abdicando de decidir questões de interesse da vida do cidadão brasileiro, por constituir um fato incomum, merece ser fundamentada, especialmente pelo compromisso público assumido e pela dimensão social atingida pela figura do ministro Joaquim Barbosa”.

Já o presidente da Associação dos Advogados de São Paulo, Sérgio Rosenthal, diz que o ministro teve um papel fundamental em um momento muito importante do STF e do país, mas não deixa de apontar que “sua personalidade forte e forma dura, e por vezes até mesmo ríspida, de agir e se expressar angariaram a antipatia de muitos”.

Presidente da OAB-SP, o advogado Marcos da Costa, ao mesmo tempo em que destaca que Barbosa é um magistrado qualificado, que soube ao longo da sua vida superar dificuldades, ressalta que o ministro tem "dificuldade em conviver com posições antagônicas às suas, promovendo discussões ásperas com seus pares e fugindo da tradição do Judiciário brasileiro de sempre buscar o diálogo e a serenidade a cada julgamento".

O advogado Wadih Damous, presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB e da Comissão da Verdade do Rio de Janeiro, disse que a aposentadoria antecipada do ministro "é uma boa notícia para os que amam o Direito e reverenciam a Constituição". 

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Esperança de diálogoNão partiram só de advogados as críticas. Aliás, das três carreiras jurídicas, apenas o Ministério Público não aparenta um certo alívio com a saída de Barbosa. A predileção do ministro pelo MP é alvo do presidente da Ajufe, Nino Toldo (foto). “Recordo de Barbosa dizer que a magistratura era uma instituição arcaica, voltada à impunidade, enquanto o MP é que era moderno”, lembra, antes de pontuar: “a magistratura não se pode confundir com órgão acusador, jamais”.

O presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros, João Ricardo dos Santos, diz que, com a saída de Barbosa, a magistratura renova suas esperanças de ter um diálogo com o chefe do Poder Judiciário. “O presidente do Supremo que não dialoga com a magistratura tem dificuldade de administrar o Poder que comanda”, afirma. Para ele, Barbosa deu boa visibilidade para o Supremo, mas, muitas vezes, em aspectos negativos.

Também representante da classe, Paulo Luiz Schmidt, presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho, diz que a passagem de Barbosa pelo Supremo e pelo Conselho Nacional de Justiça, “não contribuiu para o aprimoramento do necessário  diálogo com as instituições republicanas e com as entidades de classe, legítimas representantes da magistratura, marcando, assim , um período de  déficit democrático”.

O comentário mais bem humorado sobre a saída de Barbosa partiu de seu colega de corte, ministro Luís Roberto Barroso: "Quem se beneficia com a aposentadoria do ministro Joaquim Barbosa sou eu. Ser o primeiro a votar é um abacaxi!", brincou.

Os ministros do Superior Tribunal de Justiça e do STF procurados para comentar a carreira ou a despedida de Joaquim Barbosa preferiram não fazer comentários.

*Texto alterado às 15h29 do dia 30 de maio de 2014 para correção e acréscimo.

Marcos de Vasconcellos é chefe de redação da revista Consultor Jurídico.

Revista Consultor Jurídico, 29 de maio de 2014, 21:58h

A saúde fiscal das sociedades médicasPublicado em 26 de maio de 2014 por Júlia Pereira

Existem pessoas que não gostam de médicos e devem haver vários motivos. Talvez pelo fato de saberem que vão ouvir coisas que não queriam escutar ou porque acham difícil marcar a “tal da consulta” ou não simpatizam com eles e ponto. Este articulista criou extrema admiração pela profissão, como também pelas pessoas que exercem o ofício da medicina, tanto pelo fato de elas salvarem vidas quanto por ser casado com uma médica, ter um irmão cirurgião e muitos amigos que também praticam a medicina. Mas não é só por isso que abordo o tema.

Em geral, os médicos sabem lidar muito bem como os problemas relacionados à prática da profissão. Mas falta-lhes capacidade de gestão e entendimento da medicina como um negócio. Na busca da otimização dos seus serviços, unem-se em sociedades (des)organizadas de médicos.

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Ocorre que quando constituem esta sociedade, passam a ser encarados e regulados pelo Estado como uma pessoa jurídica que visa ao lucro. Neste sentido, as sociedades médicas devem pagar tributos e seguir as leis inerentes às sociedades como um todo, sejam as mesmas simples ou empresariais. O direito empresarial é um ramo do direito privado que se resume no conjunto de normas disciplinadoras da atividade negocial do empresário. As sociedades médicas devem ter como foco os mesmos cuidados jurídicos e gerenciais que qualquer outra empresa.

Quando falamos em empresa, costumeiramente pensamos em grandes indústrias ou enormes redes de varejo. Mas as clínicas médicas também se enquadram no conceito empresarial. Assim, o mercado empresarial da saúde precisa ter cuidados na gestão do negócio, já que os médicos desconhecem as inúmeras possibilidades de planejamentos jurídicos existentes, sejam tributários, estratégicos e/ou societários.

Com um estudo sobre a estrutura societária da clínica médica e também sobre os serviços prestados por ela, existem normas que garantem a redução do percentual de presunção aplicado à base de cálculo do IPRJ/CSLL na sistemática do lucro presumido, demonstrando eficiência financeira imediata às sociedades empresariais de profissionais da saúde. A medicina é, antes de tudo, essencial à vida das pessoas, mas o “negócio” saúde deve ser encarado como uma empresa que precisa manter-se profícua, no objetivo de continuar a exercer seus fins em favor das pessoas e dos negócios.

Fonte: ClicRBS

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