virtual.ufms.brvirtual.ufms.br/objetos/tcct1/tcc/tcc_pos_banca/sim_mara... · web viewdentre os...
TRANSCRIPT
MARA NÚBIA SOARES PEREIRA
ACOLHIMENTO, HUMANIZAÇÃO E REORGANIZAÇÃO DOS
SERVIÇOS NA ESF – SAÚDE LAR DE CHAPADÃO DO SUL (MS):
OPINIÃO DE USUÁRIOS E EQUIPE
Chapadão do Sul – MS
2011
1
MARA NÚBIA SOARES PEREIRA
ACOLHIMENTO, HUMANIZAÇÃO E REORGANIZAÇÃO DOS
SERVIÇOS NA ESF – SAÚDE LAR DE CHAPADÃO DO SUL (MS):
OPINIÃO DE USUÁRIOS E EQUIPE
Projeto de Intervenção
apresentado à Universidade Federal de Mato
Grosso do Sul, como requisito para conclusão
do curso de Pós Graduação em nível de
Especialização em Atenção Básica em Saúde
da Família.
Orientador: Prof. Dr. Alessandro de Carli.
Chapadão do Sul – MS
2011
2
SUMÁRIO
RESUMO..........................................................................pag. 4
1. INTRODUÇÃO.........................................................pag. 52. REFERENCIAL TEÓRICO.........................................pag. 82.1 - Um Breve Histórico da Criação do ESF no Brasil e do ESF
Saúde Lar em Chapadão do Sul – MS.................... pag. 92.2 - Acolhimento na Saúde Pública........................... pag. 122.3 - Organização do Acolhimento Humanizado no Serviço
Público de Saúde.................................................. pag. 152.4 – A Enfermagem e o Acolhimento........................ pag. 172.5 - Humanização no Atendimento............................pag. 182.6 Acesso e Acolhimento na Unidade de Saúde.........pag. 213 . OBJETIVOS..........................................................pag. 24
4 . MÉTODO..............................................................pag. 25
5 . RESULTADO E DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA..........pag. 26
6 . DIFICULDADES E PROPOSTAS DE ATUAÇÃO ........ pag. 39
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................pag. 41
8 . REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................pag. 429. ANEXOS...............................................................pag. 44
3
ACOLHIMENTO, HUMANIZAÇÃO E REORGANIZAÇÃO DOS
SERVIÇOS NA ESF – SAÚDE LAR DE CHAPADÃO DO SUL (MS):
OPINIÃO DE USUÁRIOS E EQUIPE
RESUMO
O Presente estudo relata as necessidades e problemas do ESF Saúde Lar, e do setor de enfermagem, em relação aos processos de acolhida, escuta, humanização e organização do mesmo, buscando demonstrar a necessidade da implantação da Política Nacional de Humanização – PNH. O Acolhimento, a humanização e a organização de um ESF, muitas vezes não são considerados tão importantes para a realização de um bom atendimento, na maioria das vezes o planejamento das atividades que são realizadas pela equipe sem a participação do usuário, devido a esses fatos que buscamos através do presente trabalho realizar esse contato com
os usuários, como objetivo avaliar como está sendo prestados os serviços de saúde, de uma forma geral e em particular o atendimento prestado pelo setor de enfermagem, da ESF Saúde Lar do município de Chapadão do Sul-MS, não só nos critérios de organização, mas principalmente nos itens acolhimento e humanização do atendimento, contando com a opinião dos usuários e dos profissionais da equipe. A avaliação foi feita por questionário contendo 10 perguntas e aplicados pelas Agentes Comunitárias de Saúde a 167 usuários e 20 funcionários da equipe da ESF. Em termos gerais, notou-se a satisfação de usuários e profissionais com as questões abordadas no estudo. Concluiu-se que embora a maioria dos participantes esteja satisfeito com trabalho da/na equipe de ESF-Saúde Lar, temos que proporcionar aos usuários mais acessibilidade ao profissional de enfermagem.
DESCRITORES: Acolhimento, Humanização, Organização dos serviços, Atendimento em Enfermagem.
4
ACOLHIMENTO, HUMANIZAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DOS
SERVIÇOS NA ESF – SAÚDE LAR DE CHAPADÃO DO SUL (MS):
OPINIÃO DE USUÁRIOS E PROFISSIONAIS
1 INTRODUÇÃO
Ao pensarmos no trabalhador em saúde, como um agente que possui um
trabalho específico, em que o consumo de seu serviço se dá imediatamente no
momento da fabricação, em sua maioria o usuário esta carente e necessitando ao
máximo de atenção, percebemos a importância de realizarmos o acolhimento.
Nesse processo temos a construção de um espaço intercessor, entre o usuário e o
profissional em saúde, aonde ambos vêm instituindo necessidades e modos
enlaçados de agir, onde está presente o encontro de necessidades e negociação, o
que proporciona maior agilidade para os profissionais envolvidos.
O acolhimento é uma forma de relação entre o serviço e o usuário com
escuta qualificada para proporcionar cuidados às necessidades dos que buscam a
Estratégia Saúde da Família (ESF) para uma produção do cuidado com
responsabilidade, solidariedade e compromisso. De acordo com Beck e Minuzi
(2008, p.39) “o acolhimento assume a condição de reorganizador do processo de
trabalho, identificando demandas dos usuários e replanejando o atendimento dos
mesmos. Busca ampliar e qualificar o acesso dos usuários, humanizando o
atendimento e impulsionando a reorganização do processo de trabalho das
unidades de saúde”.
A atuação do acolhimento procura através da técnica que os profissionais
de saúde possuem por meio de seu conhecimento cientifico e da busca pela
melhor forma de assistência aos seus usuários, atender esse público de maneira
satisfatória. Implica na mudança da relação já existente entre profissional versus
usuário. Temos que nos colocar no lugar do usuário, buscando sentir seus medos e
suas angustias para realizarmos melhor o nosso acolhimento.
5
Segundo Carvalho et al. (2008, p.94) “o acolhimento pode ser entendido
como um processo que se inicia antes mesmo do usuário chegar ao serviço de
saúde, devendo ser definido como um modo de resposta às necessidades que são
expressas pela clientela”. A mesma autora relata ainda que “o Ministério da Saúde
considera que um dos maiores problemas para o processo de implementação do
SUS está na área dos Recursos Humanos, e se estes forem capazes de interferir
positivamente na modificação das condições de vida e saúde da população a partir
do acolhimento, podem ajudar a solucionar algumas questões de saúde, no que
diz respeito à atenção e à assistência”.
Nesse sentido, salienta-se que “o modelo de atenção predominante
restringe-se ao atendimento da queixa do usuário, sem considerá-lo como um
todo nem levar em conta seu passado, vivência, contexto socioeconômico e
cultural; prioriza procedimentos e número de consultas” (RAMOS; LIMA, 2003).
Franco et al. consideram que o acolhimento modifica radicalmente o
processo de trabalho, em especial dos profissionais não médicos que realizam
assistência, visto que a organização do serviço passa a ter a “equipe de
acolhimento”como central no atendimento aos usuários. Abre-se, supostamente,
a possibilidade para que esses profissionais lancem mão de todas as tecnologias
de sua “caixa de ferramentas” para receber, escutar e solucionar problemas de
saúde trazidos pelos usuários.
A implementação de acolhimento não deve ser restrita às unidades básicas
de saúde e outras portas de entrada do sistema de saúde, mas envolve a postura
de receber bem e resolver os problemas dos usuários do SUS como um todo,
contemplando suas principais diretrizes de universalidade, integralidade e
equidade. É necessário repensar o acolhimento quanto aos aspectos teóricos e
práticos, para que se constitua em uma prática capaz de responder às demandas
da sociedade e estabelecer relação com os outros serviços de saúde de forma
hierarquizada e regionalizada (CARVALHO et al., 2008).
A utilização de um protocolo de acolhimento com classificação de risco na
atenção básica contribuirá para um atendimento de qualidade na ESF, uma vez
que a porta de entrada do usuário ao sistema de saúde é a atenção primária. Para
6
que isso seja contemplado, os profissionais que compõem as equipes de ESF
devem estar preparados para a recepção dos usuários do sistema de saúde, bem
como abordá-los de forma inclusiva.
Nesse aspecto, o acolhimento é primordial para um atendimento que
atenda às necessidades dos usuários da ESF, pois proporciona vínculo e confiança
entre estes, as equipes e os serviços de saúde.
Outro fator de extrema importância na saúde que se deve levar em
consideração é a humanização.
A humanização emerge como necessidade no contexto da civilização
técnica. As situações "desumanizantes" presentes nas instituições de saúde fazem
parte do contexto mais amplo da civilização moderna, segundo alguns autores
(CASATE; CORREA, 2005).
Em Chapadão do Sul (MS), a prática do acolhimento é praticamente
inexistente, pois nesse município, o modelo de atenção à saúde é centrado nos
procedimentos e no atendimento pontual dos usuários. Assim, esse trabalho pode
contribuir para a melhoria na qualidade do atendimento à população de forma
organizada e com a aplicação da humanização ao usuário à qual a ESF é
responsável, uma vez que todos os profissionais possuem sua parcela de
colaboração para a eficácia no atendimento e, além disso, fomentará uma possível
melhora na relação usuário-profissional, o que é de suma importância para o
equilíbrio do processo saúde-doença.
Esse trabalho tem por objetivo estimar a opinião dos usuários e dos
profissionais da ESF Saúde Lar sobre o processo de acolhimento/humanização na
ESF Saúde Lar do município de Chapadão do Sul/MS, a fim de melhorar a atenção
à saúde de sua população descrita.
7
2 - REFERENCIAL TEÓRICO
O Brasil tem passado por profundas transformações em seu sistema de
saúde, especialmente a partir de marcos como a promulgação da Constituição
Federal de 1988 que deu origem ao Sistema Único de Saúde (SUS). Assim o SUS
apresentou proposições definindo a saúde como direito de todos e dever do
Estado; a universalidade e equidade do acesso à saúde (BECK; MINUZI, 2008).
Em 2003, é realizada a criação da Política Nacional de Humanização (PNH),
que traz a concretização dos princípios do SUS, buscando mudanças nos modos de
gerir e cuidar. O PNH, busca implantar os seguintes
princípios: Transversalidade, que é entender que as distantes especialidades e
práticas de saúde podem conversar com a experiência daquele que é assistido.
Juntos, esses conhecimentos podem produzir saúde de forma mais
corresponsável;
Indissociabilidade entre atenção e gestão
As decisões que são tomadas no processo de gestão intervêm diretamente na
atenção à saúde. Por isso, temos que ter a participação dos trabalhadores e
usuários, para terem maior entendimento de como funciona a gestão dos serviços
e da rede de saúde, para que possam compartilhar ativamente da metodologia de
tomada de decisão nas organizações de saúde e nas ações de saúde coletiva. Ao
mesmo tempo, o cuidado e a assistência em saúde não se limitam às
responsabilidades da equipe de saúde. O usuário e sua rede sócio-familiar devem
8
também se responsabilizar pelo cuidado de si nos tratamentos, adotando posição
protagonista com relação a sua saúde e de seus familiares;
Protagonismo, corresponsabilidade e autonomia dos sujeitos e coletivos
É buscar mudança na gestão e atenção de forma mais concreta a ser construída
com a ampliação da autonomia e vontade das pessoas envolvidas, que
compartilham responsabilidades. Os usuários não são só pacientes, os
trabalhadores não só cumprem ordens: as mudanças acontecem com o
reconhecimento do papel de cada um. Um SUS humanizado reconhece cada
pessoa como legítima cidadã de direitos e valoriza e incentiva sua atuação na
produção de saúde.
A saúde no Brasil conduziu à elaboração de diversas propostas, dentre as
quais se destacam as ações programáticas de saúde, o acolhimento, a vigilância
em saúde, a proposta de criação de cidades saudáveis e a promoção da saúde,
como estratégias de intervenção que podem auxiliar na concretização dos
princípios e diretrizes do SUS (BECK;MINUZI, 2008).
Uma das propostas da Política Nacional de Humanização é o acolhimento,
sendo que este deve contribuir para uma construção mais ética da diversidade
com a cidadania. Contudo, esta proposta, não deve restringir-se aos limites de
atenção básica, mas ser uma proposta configurada de forma prática onde o
usuário passa a ser o sujeito central deste processo, proporcionando uma
contribuição para a construção da inclusão social do país.
9
2.1 - Um breve Histórico da Criação do ESF no Brasil e do ESF
Saúde Lar – Chapadão do SUL - MS
No inicio do século XX, a Saúde Pública vem se transformando em política
nacional de saúde, com a sistematização das práticas sanitárias emergindo, no
contexto sócio político do país. Neste período o Brasil estava no processo de
expansão comercial. Com medo de transmissão por meio dos responsáveis pelo
transporte marítimo dos produtos de exportação aos outros países. A saúde
pública começou a realização da prevenção, por meio de campanhas de vacinação.
Após vários movimentos sociais temos a Aprovação da Constituição Federal 1988
e da Lei Orgânica da Saúde em 1990, que tinham como objetivo a ampliação e o
crescimento da assistência a saúde em todos os municípios de nosso país, como
descentralização, municipalização, financiamento dos serviços, participação social
e, como princípios, abrangia: Equidade, universalidade e integralidade.
Na década de 1990, temos a criação do PSF – Programa Saúde da Família, que
foi um marco para a saúde, é um programa inovador em seu aspecto de relação
interativa entre os profissionais e a comunidade atendida, que busca a
reorganização dos serviços e de reorientação das práticas profissionais neste nível
de assistência, promoção da saúde, prevenção de doenças e reabilitação.
O objetivo do PSF é a promoção da saúde e prevenção das doenças. O mesmo
possui metas a cumprir, que necessita diretamente da colaboração da população
atendida. Em termos práticos tem-se reduzir a mortalidade infantil e alterar
positivamente outros indicadores, viabilizar o acesso aos serviços de forma
humanizada .
10
Hoje em dia a Estratégia de Saúde da Família (ESF) é o nome que se dá ao
antigo PSF que foi uma das mais bem-sucedidas ações brasileiras em saúde das
últimas décadas. O resultado tem sido o avanço de vários índices de saúde, e o
aumento do contentamento dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).
Uma das principais características da Estratégia de Saúde da Família é a
definição clara do território e, mais importante, das pessoas sob
responsabilidade de cada equipe. Isso fortalece o vínculo da equipe com
a população, o que é fundamental numa época em as condições crônicas se
tornaram muito mais importantes para o sistema de saúde do que as
urgências e emergências.
ESF SAUDELAR
A Estratégia da Saúde da Família Saúde Lar foi inaugurada em 2001 e está
localizada na Rua Cassilândia, Nº880. Possui 1.648 famílias cadastradas no
programa, mas atende toda demanda do Parque União, Sibipiruna e Espatódia
atendendo aproximadamente 2.125 famílias. A equipe é composta por um
médico, uma enfermeira, um dentista, uma auxiliar de consultório dentário, duas
técnica de enfermagem, dez agentes comunitários, duas estagiárias, uma
recepcionista e uma Auxiliar de serviços geral.
Todos os programas preconizados pelo Ministério da Saúde são
trabalhados na unidade - Saúde da Mulher, Saúde do Homem, Saúde da Criança,
Saúde Adolescente, Saúde do Idoso, Hipertenso, Diabético, Tabagismo, DST/AIDS e
Hepatites Virais, Tuberculose, Hanseníase, Aleitamento Materno - Rede
11
Amamente Brasil, Alimentação e Nutrição, Saúde Bucal, Saúde do Trabalhador e
Imunização. A rede possui o atendimento do Nutricionista, Fisioterapeuta e
Psicólogo onde dão o suporte para as Estratégias da Saúde da Família. Projeto
NASF.
Os projetos desenvolvidos são:
• Grupo de caminhada dos hipertenso e diabético, são desenvolvido todas as
terças e quintas feiras;
•Gestante, grupo quinzenal;
• Oficina do Idosos, encontros quinzenais;
• Tabagismo, encontros semanais.
Podemos dizer que a Estratégia de Saúde da Família é verdadeiramente
uma política de Estado, pois entra governo e sai governo ela se mantém.
2.2 - Acolhimento na Saúde Pública
Partimos do seguinte princípio qual é o significa da palavra acolher, é
receber bem, hospedar, acolher de braços abertos, dando continuidade a esse
pensamento vamos ampliar nossa visão e nos campo de ação é a escuta qualificada,
responsável, comprometida, é ter tolerância ás diferenças, é respeitar o paciente
com ser humano digno de direitos, é buscar as melhores formas de compreendê-
lo e socializar-se com ele.
O Acolhimento na saúde é a construção de uma nova maneira de vermos a
doença, visualizando-a com responsabilidade social, a construção de
solidariedade, compromisso e construção da cidadania que busca a inclusão social,
é permitir que o usuário se organize como sujeito de direitos ficando dessa forma
12
estimulado a recorrer ao serviço mais confiante na resolutividade de seus
problemas.
Como dizem Green, Andrade e Lourosa (2008, p. 89) “temos que buscar
alternativas para fazer convergir os diferentes interesses e desejos de usuários,
trabalhadores e estabelecimentos de saúde”.
Entende-se, portanto, que a qualidade nos serviços prestados não se refere
somente aos usuários, mas também à qualidade em satisfazer os profissionais que
trabalham na área da saúde. O comprometimento dos profissionais da saúde
torna-se um elemento de extrema importância para que atinjam a qualidade em
seus serviços prestados.
Neste contexto, o acolhimento fundamenta-se na humanização das
relações entre os profissionais da área da saúde (enfermeiro, médico,
odontólogo), em busca da satisfação de seus usuários mediante aos recursos
disponíveis.
De acordo com Green, Andrade e Lourosa (2008, p. 90) o acesso a saúde
está ligado:
às condições de vida, nutrição, habitação, poder aquisitivo e educação,
englobando a acessibilidade aos serviços, que extrapola a dimensão
geográfica, abrangendo também o aspecto econômico, relativo aos
gastos diretos ou indiretos do usuário com o serviço, o aspecto cultural
envolvendo normas e técnicas adequadas aos hábitos da população e o
aspecto funcional pela oferta de serviços adequados às necessidades
da população.
13
A acessibilidade torna-se a capacidade de obter cuidados de saúde de
forma fácil e conveniente prestados aos usuários.
A diretriz de acolher não se resume somente às unidades básicas, mas deve
permear todo o sistema de saúde público, pois este, identifica-se pela sua
efetividade, enquanto um instrumento para a humanização da atenção à saúde.
Para tanto o acolhimento consiste na humanização das relações entre
trabalhadores e serviço de saúde com seus usuários (MERHY et al., 1994).
O encontro de trabalhadores e usuários se dá em um espaço onde é
produzida uma relação de escuta e responsabilização, através de vínculos, de
compromissos norteando projetos de intervenção, que busca a melhor maneira de
resolvermos o problema em questão da maneira mais eficaz possível.
Para Carvalho et al. (2008), o acolhimento pode ser entendido ainda como
um processo que se inicia antes mesmo do usuário chegar ao serviço de saúde,
devendo ser definido como um “modo de resposta” às necessidades que são
expressas pela clientela.
Já para Franco, Bueno e Merhy (1999) o acolhimento é retratado como
uma tecnologia para a reorganização dos serviços, visando à garantia de acesso
universal, resolutividade e humanização do atendimento.
A atuação do trabalhador nesse espaço permite a utilização de saber, de
tecnologia, onde o mesmo trata o usuário como um sujeito portador e criador de
direitos. Que busca desenvolver através de seus conhecimentos teórico, nortear
os passos de seus usuários e proporcionar meios para que esses possam encontrar
o caminho a seguir, tomando posse da resolutividade da situação problema.
14
Carvalho et al. (2008) afirmou que o acolhimento significa a humanização
do atendimento, isto é, das relações entre trabalhadores e serviços de saúde com
seus usuários.
Nesse contexto, através do acolhimento é possível pontuar problemas e oferecer
soluções, como também respostas, por meio da identificação das demandas dos
usuários, buscando-se readequar os serviços por eles solicitados.
2.3 - Organização do Acolhimento Humanizado do Serviço Público
de Saúde
Para Esmeraldo et al. (2009), para que haja uma transformação efetiva do
processo do trabalho em saúde, é necessário que os trabalhadores se envolvam de
fato nesse processo, atuando como sujeitos ativos e agentes de mudanças.
Portanto, para que se possam enfrentar desafios, visando uma organização
para um melhor acolhimento, deve-se compreender o acolhimento como algo
dinâmico e flexível, realizando sempre uma avaliação e reorganização de todas as
ações realizadas pelos profissionais da saúde.
A Unidade Básica de Saúde (SUS) é a porta de entrada para usuários que
buscam atendimento (OLIVEIRA et al., 2010).
Nesse primeiro contato, torna-se essencial que o usuário encontre uma
estrutura organizada para que possa atendê-lo de forma humanizada e com
eficiência nos serviços a serem prestados.
15
Nos serviços prestados pela unidade devem existir estruturas adequadas e
organizadas a fim de que o usuário não saia insatisfeito, como por exemplo, as
grandes filas de espera. Ou seja, se faz necessárias mudanças em todos os
processos realizados pelos profissionais.
Souza et al. (2008) reforçou a importância do acesso e do acolhimento
como categorias potentes e estratégicas para o planejamento, organização e
produção de ações e serviços de saúde.
Como colocaram Panizzi e Franco (2004), a mudança só acontece se cada
trabalhador aderir a essa nova forma de se relacionar com o usuário e
compreender o modo de produzir saúde, dentro de uma perspectiva de saúde
como dimensão da qualidade de vida.
Todas as unidades de saúde necessitam exercitar constantemente, a co-
gestão do processo do trabalho em saúde, tornando mais intensa a internalização
do processo acolher, como uma prática rotineira em todas as atividades
realizadas. Filas precisam acabar, ou serem mais bem organizadas, estabelecendo
critérios de prioridade; como também outras práticas realizadas no posto de
saúde, como a enfermagem, a qual deve possuir um atendimento diferente, ou
melhor, um acolhimento diferente, não somente com a prática do acolhimento,
mas através de agendamentos e encaminhamentos diferenciados.
Mudanças envolvem impactos no processo de qualquer atividade
profissional e implica em prestar um atendimento com resolubilidade e
responsabilização, escutando, orientando, encaminhando, enfim, acolhendo
(PANIZZI; FRANCO, 2004).
16
2.4- A Enfermagem e o Acolhimento
Segundo Bianchini, o que destaca o papel da enfermagem nesse
atendimento, “acolher não é dispensar na recepção, é ouvir a queixa, tentar
qualificar e identificar as necessidades da pessoa, dar alguma resposta e ou
orientação que não é sempre a consulta médica”.
O acolhimento da Enfermagem tem que proporcionar ao usuário, que este,
considere o ESF a porta de entrada, tentando resolver (sem prescrição médica)
casos menos complexos, demonstrando para a população o papel da enfermagem
e um modelo menos centrado no médico. Que permita maior agilidade ou
antecipação de procedimentos para atividades programáveis ou para pacientes já
pertencentes aos programas, identificar mais precocemente algumas patologias,
estimular atividades de prevenção e oferecê-las à maioria dos usuários. Os
resultados desse serviço incluem a legitimidade para equipe de saúde e
população, aumento da resolutividade e do número de atendimentos realizados
pela unidade de saúde.
Conforme a Portaria 2488/2011, são atribuições específicas do (a) Enfermeiro (a):
I - realizar atenção a saúde aos indivíduos e famílias cadastradas nas equipes e,
quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços
comunitários (escolas, associações etc), em todas as fases do desenvolvimento
humano: infância, adolescência, idade adulta e terceira idade;
17
II - realizar consulta de enfermagem, procedimentos, atividades em grupo e
conforme protocolos ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor
federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal, observadas as disposições
legais da profissão, solicitar exames complementares, prescrever medicações e
encaminhar, quando necessário, usuários a outros serviços;
III - realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea;
IV - planejar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS em conjunto
com os outros membros da equipe;
V - contribuir, participar, e realizar atividades de educação permanente da equipe
de enfermagem e outros membros da equipe;
VI - participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado
funcionamento da UBS;
VII - planejar, coordenar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS; e
VIII - facilitar a relação entre os profissionais da Unidade Básica de Saúde e os ACS
contribuindo para a organização da atenção à saúde, qualificação do acesso,
acolhimento, entre outros.
Mediante as atribuições acima mencionadas, o enfermeiro tem meios de
realizar um atendimento que busque realizar o acolhimento, e colocar em prática
a Política Nacional de Humanização.
18
2.5 - Humanização no Atendimento
A humanização é um movimento com crescente e disseminada presença,
assumindo diferentes sentidos segundo a proposta de intervenção eleita. Aparece,
à primeira vista, como a busca de um ideal, pois, surgindo em distintas frentes de
atividades e com significados variados, segundo os seus proponentes, tem
representado uma síntese de aspirações genéricas por uma perfeição moral das
ações e relações entre os sujeitos humanos envolvidos. Cada uma dessas frentes
arrola e classifica um conjunto de questões práticas, teóricas, comportamentais e
afetivas que teriam uma resultante humanizadora (PUCCINI; CECÍLIO, 2004).
Na possibilidade de resgate do humano, naquilo que lhe é próprio, é que
pode residir a intenção de humanizar o fazer em saúde (CASATE; CORREA, 2005).
A busca efetiva para a humanização na prática da saúde implica na
compreensão da temática além dos componentes técnicos utilizados, como
instrumentos, envolvendo essencialmente, dimensões filosóficas aplicadas nos
serviços prestados pelos trabalhadores da área.
A humanização se faz necessária considerando que nos serviços de saúde
há situações "desumanizantes" (CASATE;CORREA, 2005).
A afirmação acima se relaciona a diversas falhas existentes no acolhimento
de usuários, nas condições de trabalhado, considerando estes como aspectos
desumanizantes no setor da saúde pública.
19
Em relação a falhas na organização do atendimento são apontadas, por
exemplo, as longas esperas e adiamentos de consultas e exames,
ausência de regulamentos, normas e rotinas, deficiência de instalações
e equipamentos, bem como falhas na estrutura física: "(...) espera às
consultas e à entrada, nas admissões em tempo dilatado, nos
adiamentos impostos aos exames e aos tratamentos, no amontoado
humano dentro das salas (...)” (CASATE; CORREA, 2005; p. 09).
Na área da saúde, a intenção de humanizar pode ser traduzida em
diferentes proposições como: melhorar a relação do médico para com o paciente;
a organização das atividades de convivência; a garantia do acompanhante na
internação da criança; a implementação de novos procedimentos na atenção
psiquiátrica, na realização do parto – o parto humanizado e na atenção ao recém-
nascido de baixo peso – programa da mãe-canguru; a amenização das condições
do atendimento aos pacientes em regime de terapia intensiva; denuncias da
“mercantilização” da medicina; críticas à “instituição total” e tantas outras
proposições (PUCCINI; CECÍLIO, 2004).
Portanto, com as diversas propostas de humanização, o crescimento da
valorização das inter-relações humanas vem aumentando cada vez mais, com um
objetivo de combater a superioridade moral do mercado, elevando e valorizando a
busca da dignidade humana.
O movimento da humanização radical tem natureza mais flexível, pois está
focado para além da qualificação. O ir além da qualificação do fazer numa
20
estrutura social fixada representa a dimensão característica do movimento radical
de humanização e satisfação (PUCCINI; CECÍLIO, 2004).
Assim, a humanização radical pode criar possibilidades de induzir
transformações, mobilizando novas questões com o reconhecimento de novas
necessidades para manter aberto o direito à saúde orientada além dos limites de
uma estrutura social e das relações sociais vigentes na saúde pública do nosso
país.
2.6 - Acesso e Acolhimento na Unidade de Saúde
Obter acesso aos serviços é uma primeira etapa a ser vencida pelo usuário
quando parte em busca da satisfação de uma necessidade de saúde. O
acolhimento surge a partir das relações que se estabelecem entre usuário e
profissionais no atendimento e está ligado à utilização dos recursos disponíveis
para a solução dos problemas dos usuários.
O acolhimento não é um local, mas sim uma postura ética, uma forma de
atendimento, de relação com o usuário, não é a realização de uma triagem, mas
uma troca de saberes, de necessidades, angustias, possibilidades e invenções de
papeis. Necessitamos em nosso meio, realizar de forma mais direta, a troca de
personagem, nos colocar no lugar do usuário, sentindo os seus medos, angustias,
para que possamos desta maneira, termos uma visão mais ampla do usuário,
podendo assim intervir melhor na situação problema.
21
Acesso e acolhimento tornam-se elementos essenciais do para o
atendimento dos usuários, para que se possa intervir positivamente no estado de
saúde do indivíduo e da coletividade. A avaliação pelos usuários, permitindo ouvir
sua opinião sobre os serviços prestados em função de suas necessidades e
expectativas, é uma das atividades que podem assegurar a qualidade dos serviços
de saúde (LIMA et al., 2007).
Matumoto (1998, p.17) apresenta o acesso aos serviços como “uma
primeira etapa a ser vendia pelo usuário quando parte em busca de satisfação de
um a necessidade de saúde”.
De acordo com Souza et al. (2008),as análise e alternativas de soluções
para o problema de acesso, em bases estritamente quantitativas, como número
de atendimentos e rendimento profissional, deslocam-se para tendências que
buscam qualificá-lo no ato da recepção do usuário.
Portanto, a importância da qualificação do acesso inclui aspectos
organizacionais e de dinâmica na execução dos trabalhos.
Nesse contexto, é fundamental conhecer como os usuários avaliam o
atendimento, para repensar as práticas profissionais e intervir sobre a forma de
reorganização dos serviços, visando ao seu aperfeiçoamento.
22
3 - OBJETIVOS
Esse trabalho tem por objetivo estimar a opinião dos usuários e dos
profissionais da equipe sobre o processo de acolhimento, humanização e
organização dos serviços na ESF Saúde Lar do município de Chapadão do Sul/MS e
em especial dos serviços de enfermagem para que através dos resultados propor
alterações no atendimento de modo a adequá-lo as necessidades dos
23
trabalhadores em saúde e dos usuários para assim reorganizar os serviços para
alcançar as exigências de acolhimento e humanização.
4 - MÉTODO
Esse estudo, de natureza quali-quantitativa, foi realizado com a intenção de
buscar conhecimento da real situação de atendimento no ESF Saúde Lar
(Chapadão do Sul, MS) para com seus usuários e equipe de trabalho.
Para tanto, foi utilizado um questionário direcionado aos usuários (n=163),
contendo 9 questões de múltipla escolha, abordando assuntos relacionados aos
procedimentos de atendimento da unidade e 1 dissertativa onde o entrevistado
24
tinha total liberdade para opinar quando as necessidades de mudança no sistema
de atendimento e se os mesmos atendem as suas demandas e necessidades
(ANEXO 1).
Aos funcionários (n=20) da ESF Saúde Lar, também foi aplicado o mesmo
questionário, com o objetivo de verificar o posicionamento da equipe quanto ao
acolhimento, humanização e organização dos serviços e saber assim qual a visão
da equipe em relação ao atendimento.
Os questionários foram aplicados aos usuários pelas Agentes Comunitárias
de Saúde da ESF e elas tiveram total liberdade para escolher os usuários que elas
quisessem. Antes da aplicação houve uma reunião com a equipe explicando
melhor os temas que foram abordados no presente trabalho, que são
acolhimento, humanização e organização dos serviços, onde foi entregue para
cada Agente Comunitária uma definição dos temas para ajudar os usuários nas
suas respostas.
Os dados foram tabulados com a utilização do software Excel® e
submetidos à análise estatística descritiva.
5 - RESULTADOS E DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA
Para apresentação dos resultados, foram estabelecidas as categorias
acolhimento do ESF – Saúde Lar (recepção, agente comunitária de saúde, técnicas
e auxiliar de saúde, médico, dentista, enfermeira e profissional da limpeza),
organização do atendimento, humanização no atendimento, acolhimento na
consulta médica, acolhimento na consulta odontológica, acolhimento na consulta
25
de enfermagem, a escuta de necessidades aos usuários, orientação quanto ao
encaminhamento e retorno às consultas, estrutura física e melhorias no serviço.
Gráfico 01 – Acolhimento do ESF
muito bom bom Regular Insatisfeito Não opinaram0.00%
10.00%
20.00%
30.00%
40.00%
50.00%
60.00%
31.90%
55.80%
9.20%
1.80% 1.20%
Fonte: Própria, 2011.
Como mostra o gráfico 01, para 31,9% dos usuários entrevistados o
acolhimento do ESF mediante a recepção, agente comunitário, técnicas médico,
dentista, enfermeira e profissional de limpeza é muito bom, 55,8% considera bom,
9,2% regular, 1,8% estão insatisfeitos e 1,2% não opinaram nesta categoria.
Diante do exposto no gráfico acima podemos notar que a equipe, esta
realizando uma boa acolhida apesar de o acolhimento não estar diretamente
sendo realizado no ESF. Temos que começar a trabalhar ações que proporcione a
uma melhor acolhida aos usuários, para que possamos atingir a satisfação total do
atendimento.
Gráfico 02 – Organização do atendimento
26
muito bombom
RegularInsatisfeito
Não opinaram
0.00%10.00%20.00%30.00%40.00%50.00%60.00% 22.70%
55.80%
28.00%
3.70%0.60%
Fonte: Própria, 2011.
Em se tratando da organização do atendimento no posto de saúde, 22,7%
consideram-na muito boa, 55,8% boa, 28% regular, 3,7% insatisfatória e 0,6% não
deram sua opinião (gráfico 02).
Em relação à organização do atendimento a equipe do ESF, precisa
estabelecer formas de atendimento, ou seja, em que o usuário, chegue e seja bem
atendido, receba orientações corretas sobre os meios de acessibilidade, este
atendimento deve começar no portão de entrada do ESF até a finalização total de
seu atendimento.
Gráfico 03 – Humanização do ESF – Saúde do Lar
28.80%
50.30%
14.10%
3.10%3.10%
muito bombomRegularInsatisfeitoNão opinaram
Fonte: Própria, 2011.
27
Quanto à humanização no atendimento, a maioria dos usuários considera
boa, ou seja, 50,3%, 28,8% consideram muito boa, 14,1% regular, 3,1%
insatisfatória e 3,1% não opinou sobre a categoria em questão, como pode ser
visto no gráfico 03.
Podemos perceber que a maioria da população encontra-se satisfeita a
cerca do atendimento prestado, porém devemos no ater aos 20% que ainda não
estão contentes com o atendimento prestado, muitas vezes falta mais atenção,
carisma e dedicação no momento do contato com os usuários, o que acaba por
mal dizer um atendimento.
Gráfico 04 – Atendimento da enfermeira
MUITO BOMBOM
REGULARINSATISFATÓRIA
0.00%
10.00%
20.00%
30.00%
40.00%
50.00%
60.00%
29.40%
50.30%
4.90%1.80%
Fonte: Própria, 2011.
Para o acolhimento na consulta realizada pela enfermeira do ESF, 29,4%
dos usuários entrevistados consideram-na muito boa, 50,3% consideram boa,
4,9% regular, 1,8% insatisfatória e 13,5% não deram sua opinião, como pode
observar através do gráfico 04 acima.
28
Neste ponto temos buscar maior contato com o usuário, apesar de já
realizarmos este contato, necessitamos intensificar essa acolhida, por meio do
atendimento humanizado, oferecendo maior acessibilidade ao profissional de
enfermagem, mediante a realização de palestras com orientações sobre as
funções da enfermeira, consultas de avaliação de enfermagem, entre outras
funções.
Gráfico 05 – A escuta de necessidades no ESF – Saúde do Lar
28%
46%
17%
204%
7%
MUITO BOMBOMREGULARINSATISFATÓRIONÃO OPINARAM
Fonte: Própria, 2011.
Relacionado à maneira com que a equipe da ESF escuta as necessidades
dos usuários, pôde-se concluir através da observação no gráfico 05 que, 28,2%
destes consideram muito boa, 46% consideram boa, 16,6% regular, 2,4%
insatisfatória e 6,7% não opinaram sobre a questão.
A equipe do ESF, em relação à escuta, realiza o atendimento com respeito
e atenção aos usuários, temos ainda que criar por meio de protocolos formas de
atendimento as quais venham melhorar o existente. Deparamos-nos muitas vezes
com usuários que necessitam expor outros problemas. Que a nosso ver, seria uma
forma de nos pedir ajuda, por meio da escuta podemos orientá-lo e encaminhá-lo
aos meios de melhor resolutividade de seu problema.
29
Gráfico 06 – Encaminhamento e retorno às consultas
73.00%
14.70%5.00%
ENCAMINHAMENTOS
FORAM ORIENTADOS NÃO FORAM ORIEN-TADOSNÃO OPINARAM
Fonte: Própria, 2011.
Diante dos procedimentos de acolhimento, atendimento, humanização e
escuta realizados no ESF – Saúde Lar, para 73% dos usuários entrevistados, a
orientação quanto ao encaminhamento e retorno às consultas são sempre
realizadas na unidade, para 14,7% este procedimento não é realizado e 5% não
quiseram opinar sobre a questão, isto é mostrado através do gráfico 06 acima.
Em relação aos encaminhamentos e retornos as consultas, devido a
realizarmos um atendimento de prevenção e possuirmos as agentes de saúde em
contato direto com os nossos usuários, os retornos as consultas e aos
encaminhamentos são bem direcionados. E termos a equipe em sua totalidade
engajada para atingirmos essa meta.
Gráfico 07 – Infraestrutura do ESF – Saúde do Lar
30
MUITO BOA
BOA
REGULA
R
INSATIS
FATÓ
RIA
NÃO OPINARAM
0.00%5.00%
10.00%15.00%20.00%25.00%30.00%35.00%
8.60%
28.20%30.70%
27.00%
5.00%Infraestrutura
Fonte: Própria, 2011.
Uma das maiores deficiências na unidade na opinião dos usuários
entrevistados está relacionada à infraestrutura, onde 8,6% disseram que esta é
muito boa, 28,2% disseram ser boa, para 30,7% é regular, para 27% insatisfatória e
5% não quiseram opinar, isto é notável diante da observação do gráfico 07.
Em relação à infraestrutura temos que redimensionar o ESF, pois o espaço
é pequeno, muitas vezes sem lugares suficientes para os usuários se sentarem, e
os lugares que possui são de azulejos, e que os torna muito frios. Necessita de um
espaço mais acolhedor, que demonstre mais aconchego. Melhoramento nos
sanitários, realizar projeto de paisagismo.
Vários comentários foram colocados pelos usuários com o objetivo de
melhoria no serviço da ESF Saúde Lar, como: maior agilidade no trabalho; as
funcionárias serem mais unidas nas atividades que realizam; ter mais médicos;
aumento do espaço da unidade; melhorar o agendamento de consultas; mais
especialidades de médicos; melhorar o tempo para atendimento dos pacientes;
limpeza mais vezes ao dia, devido ao fluxo de pessoas que utilizam os sanitários e
mais disponibilidades de remédios na farmácia.
31
Os procedimentos de acolhimento que os funcionários realizam e se estes
respectivos procedimentos profissionais são adequados para a satisfação dos
usuários da unidade também foram avaliados através de 10 questões aplicadas
aos mesmos, onde os resultados são demonstrados através de gráficos e análises
em percentuais.
Gráfico 08 – Acolhimento na opinião de funcionários
63.16%
31.58%
5.26%
MUITO BOMBOMREGULAR
Fonte: Própria, 2011.
Como mostra o gráfico acima, na opinião dos funcionários do ESF, 63,16% o
acolhimento levando em consideração a recepção, agente comunitária de saúde,
técnicas e auxiliares de saúde, médico, dentista, enfermeira e profissional de
limpeza é muito bom, para 31,58% o acolhimento é considerado bom e 5,26%
consideram regular.
Ao analisarmos a avaliação dos usuários versus a avaliação dos funcionários
do ESF, podemos verificar que ambos opinaram que o acolhimento é realizado de
forma muito boa em sua maioria.
Gráfico 09 – Organização do atendimento na visão do funcionário.
32
MUITO BOM BOM REGULAR0.00%5.00%
10.00%15.00%20.00%25.00%30.00%35.00%40.00%45.00%50.00%
47.37%42.11%
10.53%
Fonte: Própria, 2011.
Em se tratando da organização do atendimento, 47,37% dos funcionários
consideram-no como muito bom, 42,11% consideram bom e 10,53% consideram
regular, como o gráfico 09 acima demonstra.
Gráfico 10 – Quanto à humanização no atendimento para os funcionários
MUITO BOM BOM REGULAR NÃO OPINARAM0.00%5.00%
10.00%15.00%20.00%25.00%30.00%35.00%40.00%
35.71%
21.43%
35.71%
7.14%
Fonte: Própria, 2011.
Relacionado quanto à humanização no atendimento para 35,71% dos
funcionários, este procedimento é muito bom, para 21,43% está bom, para
35,71% está regular e 7,14% não quiseram opinar sobre a questão como pode ser
observado no gráfico 10 acima.
Gráfico 11 – Acolhimento na consulta de enfermagem (opinião dos funcionários)
33
MUITO BOM BOM REGULAR0.00%
10.00%
20.00%
30.00%
40.00%
50.00%
60.00%
70.00%63.16%
31.58%
5.26%
Fonte: Própria, 2011.
E para o acolhimento na consulta de enfermagem, 63,16% dos funcionários
do ESF consideram este procedimento muito bom, 31,58% consideram bom e
5,26% consideram regular.
Gráfico 12 – Como a equipe escuta as necessidades dos usuários
42.11%
42.11%
15.79%
MUITO BOABOAREGULAR
Fonte: Própria, 2011.
Para 42,11% dos funcionários, a maneira como a equipe escuta as
necessidades dos usuários do ESF é considerada muito boa, para 42,11% é
34
considerada boa e para 15,79% dos funcionários as maneiras de escuta quanto às
necessidades dos usuários é considerada regular.
Gráfico 13 – Orientação sobre encaminhamento de retorno de consulta.
EXISTE ORIENTAÇÃO NÃO EXISTE ORIENTAÇÃO0.00%
10.00%20.00%30.00%40.00%50.00%60.00%70.00%80.00%90.00%
100.00%
94.74% 5.26%
Fonte: Própria, 2011.
Outro questionamento se tratou sobre o encaminhamento e retorno ás
consultas para os usuários na opinião dos funcionários, onde 94,74% destes
consideram que existe nesta unidade uma orientação quanto ao encaminhamento
e retorno ás consultas para os usuários e 5,26% consideram que não existe esta
orientação necessária aos usuários em relação ao retorno da consulta, como
mostra o gráfico 13.
Gráfico 14 – Infraestrutura da unidade para funcionários
5.26%10.53%
26.32%57.89%
MUITO BOABOAREGULARINSATISFATÓRIA
Fonte: Própria, 2011.
Focado na infraestrutura da unidade, os funcionários tiveram seu ponto de
vista, onde 5,26% consideram que a infraestrutura oferecida é muito boa, 10,53%
35
considera boa, 26,32% considera regular e 57,89% considera a infraestrutura do
ESF – Saúde Lar insatisfatória, como mostra o gráfico 18.
Os funcionários do ESF realizaram diversos comentários com o objetivo de
melhoria no serviço da unidade, como: melhoria do espaço físico, aumentar
número de agentes comunitárias e técnicas de enfermagem, melhorar limpeza de
sanitários, poderem realizar exames na unidade, organização, e aumento de
materiais e recursos para o atendimento e acolhimento dos usuários.
No total de 183 entrevistados, somando os funcionários e os usuários, 156
eram do gênero feminino, 85,2% e 27 eram do gênero masculino, 14,8%. Segundo
Queiroz (1993), a mulher é na família, a personagem principal no que se refere às
questões relacionadas à saúde e doença, pois é ela quem avalia as condições de
saúde, tanto a sua própria como a dos demais membros da família e procura os
profissionais necessários para resolução (cura) de cada caso, sendo maior a sua
busca pelos serviços de saúde. No presente estudo o fato das entrevistas terem
sido realizadas no domicílio dos usuários e no período diurno, certamente
condicionou o predomínio de mulheres.
Conforme mostra a figura 15 a faixa etária predominante foi composta por
indivíduos entre 21 a 59 anos, num total de 69,4% o que se refere aos adultos em
idade produtiva, quanto aos jovens foram entrevistados 20 pessoas num total de
10,9% e a população idosa foi de 19,7%.
36
0 a 20 anos 21 a 59 anos > 60 anos total0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
112 14
2719
115
22
156
Masculino Feminino
Figura 15 – Gráfico mostrando a idade e o gênero dos entrevistados.
Com relação à avaliação dos usuários e profissionais quanto ao
atendimento, de uma forma geral analisando, juntos os temas de acolhimento,
humanização e organização dos serviços, podemos notar uma aprovação de cerca
de 80%, em sua maioria tanto os usuários quanto os funcionários estão satisfeitos
com o trabalho desenvolvido pelo ESF Saúde Lar, podemos perceber que os
funcionários estão mais descontentes em relação à infraestrutura, com a parte
organizacional e os usuários declaram que é preciso olhar com mais atenção para
a agilidade dos serviços oferecidos, para ser atendidos com maior rapidez e
resolutividade.
Os questionários que foram utilizados na pesquisa foram aplicados pelas
ACS e por esse motivo os temas abordados como: acolhimento, humanização e
organização dos serviços deveriam estar bem fundamentados entre elas. Para isso,
fizemos reunião com toda a equipe abordando esses temas e percebemos que
37
embora pareça de simples entendimento e que a essência não se alterou, notou-
se uma dificuldade em definir os itens acolhimento e humanização. Então,
resolvemos criar junto com a equipe uma definição de simples entendimento para
que na hora de aplicar o questionário os usuários não ficassem com dúvidas sobre
o que era acolhimento e humanização (Anexo 2).
Quanto ao questionário, houve uma preocupação muito grande para que as
ACS ao aplicarem-no, o fizessem de uma forma o mais imparcial possível para que
os dados refletissem com fidelidade a opinião da população. Por isso, assim que
elas coletavam os dados eles eram depositados em uma urna onde era impossível
identificar de qual ACS vinha àqueles questionários. Quando o questionário foi
aplicado à equipe ocorreu o mesmo, os funcionários recebiam o questionário, o
levavam para casa e depois de respondido depositavam na urna que ficava na sala
de reunião.
Havia uma grande apreensão para apurar os resultados e eles se mostraram
melhores do que o esperado, pois embora os usuários não participem diretamente
da organização do atendimento, os resultados mostraram que, de forma geral,
eles estão satisfeitos com a forma com que estão sendo atendidos.
Outro ponto importante a se destacar é que esse trabalho ajudou a
reforçar, junto à equipe, os conceitos de acolhimento, humanização e organização
dos serviços e passaram então a cobrá-los ainda mais, além é claro, de unir ainda
mais a equipe no intuito de prestar um serviço de saúde de melhor qualidade aos
usuários.
38
6 - DIFICULDADES E PROPOSTAS DE ATUAÇÃO
Dificuldades:
Espaço Físico pequeno e desconfortável;
Higienização insuficiente e em pouca quantidade por dia;
Pouca agilidade na prestação de serviço;
Falta de materiais e recursos estruturais e organizacionais, para
realização do acolhimento;
Agendamento de consultas precário;
Acolhimento Inadequado;
Propostas:
Solicitação a Secretaria Municipal de Saúde para a Ampliação e
reorganização do espaço físico do ESF, com melhorias no espaço
físico e que proporcione a sensação de acolhimento;
Capacitação para os profissionais da Higienização;
Criação de protocolo de higienização;
Escala de Limpeza com vários horários por dia, proporcionando
um ambiente mais agradável;
Treinamento para todos os setores do ESF para que possamos
realizar um atendimento eficiente;
Solicitação ao Gestor através de plano organizacional, os
materiais e recursos necessários para a realização efetiva do
acolhimento humanizado, tanto na parte física, como também
39
por meio de cursos e palestras para a Equipe ter conhecimento
para realizar este acolhimento da melhor forma possível;
Reorganizar a distribuição de senhas através de senha em série
para que o paciente chegue e já retire a sua senha;
Com a criação de dois ESF, um em funcionamento e o outro e
fase final de organização, teremos a diminuição das famílias
atendidas em nosso ESF, o que irá diminuir nossa demanda que
foi sempre maior que a estipulada para o ESF, poderemos
oferecer um atendimento melhor aos nossos usuários;
Criação e Implantação de um protocolo de Acolhida
humanizada no ESF Saúde Lar.
40
7 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
Dentre os vários campos de trabalho do enfermeiro, a Estratégia Saúde da
Família (ESF) merece destaque especial, pois é onde o enfermeiro atua com mais
autonomia, seu trabalho tem maior visibilidade, é mais valorizado e permite maior
oportunidade de tomar decisões juntamente com os demais profissionais da
equipe de saúde e com o usuário e seus familiares quanto ao seu cuidado.
Na prática do enfermeiro na ESF o acolhimento e a humanização são partes
fundamentais para na abordagem ao usuário da ESF. Uma escuta adequada às
queixas do paciente/cliente, resolver os problemas deste na primeira abordagem,
promover uma relação de compromisso, cuidado e valorização ao paciente
transforma as ações do profissional no alcance de seus objetivos, garantindo a
materialização do princípio da integralidade, promovendo o bem-estar e
qualidade de vida da população, uma vez que tal relação favorece a participação
do usuário durante a oferta do serviço, tornando-o responsável e protagonista nos
cuidados com sua saúde, o que, consequentemente, amplia a eficácia dos serviços
prestados.
Dentre as competências do enfermeiro na ESF junto à sua equipe estão realizar
ações que promovam saúde, bem como assistir às pessoas que necessitem de
assistência de enfermagem, ampliando a atenção e o cuidado às famílias o que ao
ser realizado de forma acolhedora e humanizada se torna mais eficaz, para tanto o
enfermeiro e toda a equipe devem ter esta prática no atendimento aos usuários.
A partir dos resultados obtidos com a pesquisa realizada constata-se que de
forma geral a população está satisfeita com o atendimento realizado pela equipe
41
saúde da família, porém isso não implica em estacionarmos neste perfil de
atendimento, os profissionais inseridos na ESF devem buscar constantemente a
reflexão sobre o cuidado prestado a cada paciente para um aperfeiçoamento de
sua prática a fim de realizar as transformações necessárias.
E através do levantamento das dificuldades encontradas neste trabalho,
poderemos realizar a reorganização do ESF Saúde Lar e implantar definitivamente
o Acolhimento Humanizado em nosso dia a dia.
8 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
42
1. BECK, Carmem Lúcia Colomé.; MINUZI, Daniele. O acolhimento como
proposta de reorganização da assistência à saúde: uma análise
bibilográfica. Revista Saúde. Vol.34a. N.1-2; p.37-43. Santa Maria-SC, 2008.
2. BIANCHINI MLD. Relato de experiência do Centro de Saúde do Jardim
Ipaussurama, Campinas, sobre acolhimento.Novembro 2001 [acesso em 28
abr 2005].
3. CARVALHO, Cristiane A.P. et al. Acolhimento aos usuários: uma revisão
sistemática do atendimento no Sistema Único de Saúde. Arq.Ciências
Saúde. 15(2): 93-95. abr-jun., 2008.
4. CASATE, Juliana Cristina; CORRÊA, Adriana Kátia. Humanização do
atendimento em saúde: conhecimento veiculado na literatura brasileira
de enfermagem. Rev. Latino-Am. Enfermagem v.13 n.1 Ribeirão
Preto jan./fev. 2005. Disponível pelo site: http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S0104-11692005000100017&lng=pt&nrm=iso
5. FRANCO, T.B.; BUENO, W.S.; MERHY, E.E. O acolhimento e os processos de
trabalho em saúde: o caso de Betim, Minas Gerais, Brasil. Cad. Saúde
Pública, 1999.
6. GREEN, Márcia Cristina Taveira Pucci.; ANDRADE, Wanilda Maria de Sousa.;
LOUROSA, Quitéria de Lourdes. Acolhimento em unidade básica de saúde.
Revista Investigação. V.8. N.1-3. p.87-96. jan-dez, 2008.
7. MATUMOTO, S. O acolhimento: um estudo sobre seus componentes e sua
produção em uma Unidade da Rede Básica de Serviços de Saúde. 1998.
43
Dissertação de Mestrado (Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto).
Ribeirão Preto-SP. Universidade de São Paulo.
8. MERHY, E.E. et al. Inventando a mudança na saúde. São Paulo: Editora
Hucitec, 1994.
9. PANIZZI, M.; FRANCO, T.B. A implantação do acolher Chapecó
reorganizando o processo de trabalho. In: Franco, T.B.A. et al (org).
Acolher Chapecó: uma experiência de mudança do modelo assistencial
com base no processo de trabalho. São Paulo: Hucitec, 2004.
10. PUCCINI, P.T.; CECILIO, L.C.O. A humanização dos serviços e o direito á
saúde. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 20(5):1342-1353, set-out, 2004.
11. RAMOS, Donatela Dourado.; LIMA, Maria Alice Dias da Silva. Acesso e
acolhimento aos usurários em uma unidade de saúde de Porto Alegre,
Rio Grande do Sul, Brasil. Cad. Saúde Pública. 19(1):27-34, jan-fev. Rio de
Janeiro, 2003.
12. SOUZA, Elizabethe Cristina Fagundes de. et al. Acesso e acolhimento na
atenção básica: uma análise da percepção dos usuários e profissionais de
saúde. Caderno de Saúde Pública. Rio de Janeiro.2008.
13. VERGARA, Sylvia Constant. Projeto e relatórios de pesquisa em
administração. 7ª.ed. São Paulo: Atlas, 2006.
10 - ANEXOS
Anexo 1 – Questionário
44
Questionário ESF – Saúde Lar
Gênero ( ) Masculino ( ) Feminino
Idade ( ) anos
1 – O que você acha do acolhimento do ESF – Saúde Lar (Recepção, Agente Comunitária de Saúde, técnicas e auxiliar de saúde, Médico, Dentista, Enfermeira e profissional da Limpeza).
( ) Muito Bom
( ) Bom
( ) Regular
( ) Insatisfatório
( ) Não quero opinar
2 – Como é a organização do atendimento no ESF – Saúde Lar? (Toda Equipe)
( ) Muito boa
( ) Boa
( ) Regular
( ) Insatisfatória
( ) Não quero opinar
3 – Quanto a humanização no atendimento, como está o ESF? (Toda Equipe)
( ) Muito Bom
45
( ) Bom
( ) Regular
( ) Insatisfatório
( ) Não quero opinar
4 – Como é o atendimento (acolhimento, humanização e organização) na consulta médica no ESF?
( ) Muito Bom
( ) Bom
( ) Regular
( ) Insatisfatório
( ) Não quero opinar
5 – Como é o atendimento na consulta odontológica no ESF?
( ) Muito Bom
( ) Bom
( ) Regular
( ) Insatisfatório
( ) Não quero opinar
6 – Como é o atendimento na consulta de enfermagem no ESF?
( ) Muito Bom
( ) Bom
( ) Regular
46
( ) Insatisfatório
( ) Não quero opinar
7 – A maneira com que a equipe do ESF ESCUTA as necessidades dos usuários é:
( ) Muito Boa
( ) Boa
( ) Regular
( ) Insatisfatória
( ) Não quero opinar
8– Após o atendimento da consulta você tem orientação quanto ao encaminhamento e retorno às consultas?
( ) Sim ( ) não ( ) Não quero opinar
9 – O que você acha da estrutura física do ESF?
( ) Muito boa
( ) Boa
( ) Regular
( ) Insatisfatória
( ) Não quero opinar
10 – O que você acha que deveria melhorar no serviço da ESF Saúde
Lar?
47
Anexo 2 – Definições:
Acolhimento: é como você é recebido na Unidade de Saúde, é ver se os seus problemas são ouvidos com atenção e afeto pela equipe e se há uma tentativa em resolver o problema e não dificultar.
Humanização: é valorizar o respeito afetivo ao próximo, é saber entender os medos e angústias do paciente e dedicar a ele atenção permanente.
48