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INSTITUTO BRASILEIRO DE TERAPIA INTENSIVA – IBRATI SOCIEDADE BRASILEIRA DE TERAPIA INTENSIVA – SOBRATI MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM TERAPIA INTENSIVA
DAVID SOARES DE BRITO
ESTRATÉGIAS DO ENFERMEIRO NO ACOMPANHAMENTO DAS INFECÇÕES
RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA EM SAÚDE EM UNIDADES DE TERAPIA
INTENSIVA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA.
Teresina-PI2017
DAVID SOARES DE BRITO
ESTRATÉGIAS DO ENFERMEIRO NO ACOMPANHAMENTO DAS INFECÇÕES
RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA EM SAÚDE EM UNIDADES DE TERAPIA
INTENSIVA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA.
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Terapia Intensiva, do Instituto Brasileiro de Terapia Intensiva, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Terapia Intensiva.
Orientadora:Profª. M.a Leila Patrícia de Oliveira
Teresina-PI2017
DAVID SOARES DE BRITO
ESTRATÉGIAS DO ENFERMEIRO NO ACOMPANHAMENTO DAS INFECÇÕES
RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA EM SAÚDE EM UNIDADES DE TERAPIA
INTENSIVA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA.
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Terapia Intensiva, do Instituto Brasileiro de Terapia Intensiva, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Terapia Intensiva.
Aprovada em: ___/___/_______
BANCA EXAMINADORA
Prof.Ma Leila Patrícia de OliveiraInstituto Brasileiro em Terapia Intensiva – IBRATI
Orientadora
Prof. Dr. Douglas Ferrari CarneiroInstituto Brasileiro em Terapia Intensiva – IBRATI
Presidente
Prof.º Marttem Costa de SantanaInstituto Brasileiro em Terapia Intensiva – IBRATI
Examinador
AGRADECIMENTOS
A cada vitória o reconhecimento devido ao meu Deus, pois só Ele é digno de toda
honra, glória e louvor. Senhor, obrigado pelo fim de mais essa etapa.
Aos meus pais, irmãos, filhos, primos pelo carinho e apoio incondicionais e por me
fazerem o que sou hoje.
Meus agradecimentos em especial ao Instituto Brasileiro de Terapia Intensiva –
IBRATI responsável pelo meu crescimento e formação profissional.
Aos colegas de turma, pelos os momentos que compartilhamos juntos durante o
mestrado. Torcerei por cada um de vocês e que obtenham êxito nos caminhos que forem
seguir.
A todos os professores, pelos ensinamentos dados, em especial, ao meu orientador, e
todos aqueles que foram de suma importância na minha aprendizagem, a todos o meu muito
obrigado!
A todos aqueles, amigos e familiares, que mesmo não tendo sido mencionados estão
no meu coração. Saibam que a contribuição de vocês foi fundamental para que esse momento
acontecesse, sintam-se responsáveis pela minha vitória, por essa etapa concluída. Essa vitória
é nossa!
RESUMO
A palavra infecção é um substantivo feminino que significa ato ou efeito de infeccionar-se, contaminação, penetração, degradação, desenvolvimento e multiplicação de seres inferiores no organismo de um hospedeiro, de que podem resultar, para este, consequências variadas, habitualmente nocivas, em grau maior ou menor. As infecções acometem diversas localizações topográficas de um indivíduo podendo variar de acordo com o microrganismo. Esta pesquisa tem como questão de partida: Quais as medidas tomadas por profissionais de enfermagem no acompanhamento das infecções relacionadas à assistência de saúde em uma UTI? Objetivou-se investigar, nas produções científicas, as estratégias da equipe de enfermagem no acompanhamento das infecções relacionadas à assistência de saúde em uma UTI. Trata-se de uma pesquisa de revisão de literatura baseada em bibliografias que foram analisadas através de artigos relacionados à visão do Enfermeiro na UTI com relação às infecções hospitalares. Para tanto, utilizou-se como critérios de inclusão: artigos completos na íntegra, publicados em português que abordassem a temática, no recorte temporal de 02/01/2004 a 31/12/2014 , cujos textos completos tivessem disponibilidade pública com o objetivo de obter artigos mais sobre a temática limitou-se a pesquisa nos últimos dez anos. Para a realização da análise e discussão dos dados, adotou-se uma abordagem descritiva. Um ponto importante destacado nos estudos foi a não realização correta da higienização das mãos. Sobre este fato, a lavagem das mãos representa uma evidência científica para a prevenção de IRAS. Diante do que foi apresentado neste estudo, se faz necessário buscar intervenções para diminuir a incidência e a prevalência da infecção hospitalar e UTI, no qual terão maior impacto quando precocemente forem realizadas, ou seja, o escassez de cuidados, a não lavagem das mãos corretamente e a não utilização do EPI é um fator agravante.
Palavras-chave: Unidades de Terapia Intensiva. Infecções relacionadas à assistência de saúde. Enfermagem.
ABSTRACT
The word "infection" is a feminine noun that means the act or effect of infection, contamination, penetration, degradation, development, and multiplication of lower beings in the host organism, which can result, in varied consequences, usually noxious, in a higher or lower degree. Infections affect several topographic locations of an individual and it may vary according to the microorganism. This research starting question is: What are the strategies of the nurse in the follow-up of infections related to health care in an ICU? The objective of this study was to describe, through a systematic review, the nurse's strategy in the follow-up of infections related to health care in an ICU. This is a systematic review based on bibliographies that were analyzed through articles related to the nurse's vision in the ICU regarding hospital infections. Therefore, the following inclusion criteria were used: full articles in full, published in Portuguese that dealt with the theme, published in the period from 02/01/2004 to 31/12/2014, whose complete texts were publicly available. In order to obtain more articles about the subject, the research was limited for the last ten years. a descriptive approach was adopted, for the data analysis and discussion. An important point highlighted in the studies was the hand washing incorrectly perform. About this fact, hand washing represents a scientific evidence for the prevention of IRAS. In view of what was presented in
this study, it is necessary to seek interventions to reduce the incidence and prevalence of hospital infection and ICU, in which they will have greater impact when they are performed early, that is, lack of care, not washing hands correctly and not using EPI's is an aggravating factor
Keywords: Intensive Care Units. Infections related to health care. Nursing.
Sumário1INTRODUÇÃO..........................................................................................................7
2 REFERENCIAL TEORICO......................................................................................9
5 METODOLOGIA....................................................................................................13
5.1 Tipo de estudo...................................................................................................13
5.2 Local da Pesquisa e período do estudo................................................................13
5.3 Procedimentos da pesquisa................................................................................13
5.4 Análise dos dados...............................................................................................14
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO...............................................................................15
6.1 Prevalência e susceptibilidade às infecções hospitalares na UTI..........................16
6.2Enfermagem no controle da infecção hospitalar..................................................19
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................24
REFERÊNCIAS.........................................................................................................27
7
1INTRODUÇÃO
A palavra infecção é um substantivo feminino que significa ato ou efeito de
infeccionar-se, contaminação, penetração, degradação, desenvolvimento e multiplicação de
seres inferiores no organismo de um hospedeiro, de que podem resultar, para este,
consequências variadas, habitualmente nocivas, em grau maior ou menor. As infecções
podem acometer diversas localizações topográficas de um indivíduo podendo variar de acordo
com o microrganismo (MARTINS, 2006).
Já a infecção hospitalar, é aquela cuja evidência diagnóstica (clínica, laboratorial e
microbiológica) ocorre após as primeiras 48 horas de internação na unidade hospitalar. A
incidência de infecções hospitalares é descrita na literatura com variações entre 18 e 34%,
podendo chegar a ser a causa de 40% de todos os óbitos neonatais nos países em
desenvolvimento (BRASIL, 2008).
Para Guimarães, Chianca e Oliveira (2007), a infecção hospitalar é uma infecção
adquirida após a admissão do paciente, que se manifesta durante a internação ou após a alta e
pode estar relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares. Sousa et al. (2008)
complementam dizendo que são também convencionadas infecções hospitalares aquelas
manifestadas antes de 72 horas da internação, quando associadas a procedimentos
diagnósticos e/ou terapêuticos, realizados durante este período.
Desta forma, o aumento das infecções é atribuído à maior gravidade das doenças e/ou
aos casos ou procedimentos mais complicados realizados nos hospitais de ensino. Internações
hospitalares mais longas e interação mais efetiva dos pacientes com vários profissionais da
área de saúde, além de estudantes e membros da equipe, contribuem para esse aumento
(MENEZES et al., 2007).
Em unidade de terapia intensiva (UTI), as infecções comumente encontradas são a
infecção urinária ou bacteriúria associada ao cateter vesical, pneumonia associada à
ventilação mecânica e bacteremia associada a cateter venoso central, todas com
morbimortalidade muito elevada (PADRÃO et al., 2010).
Nesse contexto, fica claro que ações para prevenção de infecções desse tipo devem ser
adotadas em todos os ambientes de assistência à saúde, nesse caso com destaque para o
âmbito hospitalar, mais especificamente na UTI. Estudos apontam que, quando os
estabelecimentos de assistência à saúde e suas equipes conhecem a dimensão da problemática
das infecções hospitalares e passam a aderir aos programas para prevenção e controle de
destas, uma redução de até 70% pode ocorrer para algumas das Infecções relacionadas à
Assistência à Saúde, (CDC, 2016).
8
Para tanto, faz-se necessário o engajamento entre as agências de saúde pública federal
(Anvisa), comissões Estaduais de Controle de Infecção Hospitalar (CECIHs), Comissão
Municipal de Controle de Infecção Hospitalar (CMCIHs) e Comissão de Controle de Infecção
Hospitalar (CCIHs) e os profissionais de saúde das instituições torna-se vital para a
implantação, sustentabilidade e expansão de um programa de vigilância e prevenção de IRAS
(Anvisa, 2013).
O enfermeiro assume um importante papel diante dessas ações, uma vez que, dentre
suas competências e habilidades, ele deve ser capaz de: planejar, implementar e participar dos
programas de formação, qualificação contínua e promoção da saúde dos trabalhadores
(FERNANDES, 2004).
Assim, a essência da enfermagem em cuidados intensivos não está no ambiente ou nos
equipamentos especiais, mas no processo de tomada de decisão, baseada na compreensão das
condições fisiológicas e psicológicas do paciente, com ênfase em uma assistência segura. A
ocorrência de eventos iatrogênicos na assistência coloca em risco a vida de pacientes e tem
merecido atenção dos enfermeiros na busca por cuidados que assegurem um mínimo de riscos
(PESSALACI et al., 2012; VILA; ROSSI, 2009).
Neste contexto, a pesquisa tem como questão norteadora: Quais as medidas tomadas
por de profissionais de enfermagem no acompanhamento das infecções relacionadas à
assistência de saúde em uma UTI? Para responder este questionamento, elaborou-se o
seguinte objetivo: Objetivou-se investigar, nas produções científicas, as estratégias da equipe
de enfermagem no acompanhamento das infecções relacionadas à assistência de saúde em
uma UTI.
Diante dessa problemática, a pesquisa tem grande relevância devido aos aspectos
abordados e da vulnerabilidade dos pacientes internados na UTI, considerada área crítica,
onde há um maior número de pacientes graves e submetidos a diversos procedimentos
invasivos tais como: cirurgias complexas, drogas imunossupressoras, antimicrobianos e as
interações com a equipe de saúde e, portanto, os pacientes estão expostos a um maior número
de infecção.
A pesquisa trará a possibilidade de uma maior sensibilização e disseminação de
conhecimento entre os profissionais enfermeiros no que tange às práticas de prevenção de
infecções no ambiente de UTI, uma vez que a mesma poderá revelar atitudes eficazes na
diminuição do número de casos de infecção neste ambiente tão delicado, em especial para os
pacientes.
9
2 REFERENCIAL TEORICO
O aparecimento das infecções hospitalares é tão antigo quanto o surgimento dos
hospitais. Data aproximadamente do ano 330 a.C. no Império Romano, a existência do
primeiro hospital urbano, embora tenha sido relatada a construção do primeiro hospital em
394 a.C. na periferia de Roma. Posteriormente, muitos outros foram criados, como o Hotel-
Dieu na França, que possuía cerca de 1.200 leitos, muitos dos quais eram compartilhados com
outros doentes (FERNANDES, 2000). Assim, ressalta-se a utilização do termo “hospital” por
conveniência didática, haja vista que tal denominação não se aplicava a esta instituição nos
primórdios de sua existência.
De acordo com Concílio de Nicéia, os hospitais eram construídos próximos às
catedrais, caracterizando uma função caritativa, de assistência aos pobres, inválidos,
peregrinos e doentes. Esses espaços de segregação e de exclusão, similares a albergues ou
asilos, eram considerados fonte inesgotável de doença devido às características sanitárias e de
assistência precárias, não se fazendo presentes, portanto, nem o médico e nem a atividade
terapêutica (COUTO; PEDROSA, 2003).
Neste sentido, verifica-se que os hospitais próximos às catedrais não prestavam
nenhuma forma de sistematização assistencial que evitasse os contágios entre as pessoas ali
assistidas, favorecendo a disseminação de doenças, especialmente as de caráter infeccioso. O
hospital era mais do que local de cura e cuidado, uma fonte de doença e local de morte.
Paralelamente às condições precárias às quais se conformavam os hospitais até meados
do século XVIII, se observou a ocorrência das infecções hospitalares, ou seja, as pessoas
doentes assistidas nos hospitais passavam a desenvolver outras doenças em função da
hospitalização.
Em razão da hospitalização, as infecções surgiam nos hospitais como uma
consequência das precárias condições em que as pessoas eram dispostas e atendidas naqueles
ambientes. A precariedade das condições, por sua vez, contribuiu para a evolução do
conhecimento sobre o hospital e sua finalidade que, gradativamente, passa a ter uma nova
função na assistência à saúde.
Assim, no ano de 1847, começaram a surgir as primeiras medidas básicas de controle
de infecção para o atendimento ao novo propósito do hospital. No contexto histórico das
infecções hospitalares, grande importância foi representada por Ignaz Philipp Semmelweis
(1818-1865), médico cirurgião húngaro que, em Viena, em meados do Séc. XIX, observando
as altas taxas de infecção puerperal em mulheres que haviam sido tratadas por médicos que
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antes haviam realizado necropsias, instituiu a rotina de higiene de mãos com solução clorada
(FERNANDES, 2000).
Neste simples ato, conseguiu-se reduzir as taxas de infecção de 11,4% para 1,3% em
um período de sete meses. Ressalte-se que, em 1843, Oliver Wendel Holmes fez esta mesma
relação que Semmelweis, embora convincente e com argumentos lógicos, foi tratado com
indiferença e hostilidade pela classe médica, não conseguindo êxito na época (COUTO;
PEDROSA, 2003).
A partir da contribuição do trabalho de Semmelweis (1860), reforçada por Lister
(1867) e seguidamente por outros pesquisadores, foi-se estabelecendo a relação que havia
entre os pacientes internados que apresentavam as infecções e os óbitos (COUTO;
PEDROSA, 2003).
Na Inglaterra, no final do Séc. XIX, Florence Nightingale representou significativa
importância histórica com sua contribuição na reorganização dos hospitais e,
consequentemente, na implantação de medidas para o controle das infecções hospitalares,
como a preocupação voltada para os cuidados de higienização, o isolamento dos enfermos, o
atendimento individual, a utilização controlada da dieta e a redução de leitos no mesmo
ambiente, instituindo medidas de organização, sistematização do atendimento e treinamento
de pessoal, além do estabelecimento de práticas higiênico-sanitárias, que colaboraram para a
redução das taxas de mortalidade hospitalar da época (LACERDA; EGRY, 1997).
Deve-se ressaltar que Florence Nightingale é considerada a precursora da enfermagem
moderna, pois era dotada de um talento raro, muito à frente das pessoas de sua época e seus
conhecimentos e vivências práticas na assistência à saúde têm contribuído até hoje, várias
décadas após a sua morte.
Especificamente no Brasil, as primeiras referências ao controle da contaminação
hospitalar, termo utilizado na época, surgiram na década de 50, aproximadamente em 1956,
com questionamentos quanto a medidas ambientais, práticas relativas aos procedimentos
invasivos como as técnicas assépticas, processos de esterilização de material hospitalar e o
aparecimento de micro-organismos resistentes pelo uso indiscriminado de antibióticos. Nas
escolas médicas, esta temática era pouco abordada, fato que persiste ainda nas instituições
formadoras de profissionais de saúde (PEREIRA et al., 2005).
A década de 80 caracteriza-se por um grande avanço no controle de infecção,
ocorrendo vários eventos relativos ao tema, levando a criação de várias CCIH nos hospitais
brasileiros (FERNANDES, 2000). Em 1983, o Ministério da Saúde, pressionado pelos fatos
11
veiculados na imprensa relativos a casos de infecções hospitalares, emitiu a Portaria MS nº
196/1986 que recomendava aos hospitais brasileiros a criação de CCIH.
Os anos 90 foram marcados por um progressivo desgaste no Programa de Controle de
Infecção Hospitalar Brasileiro, mesmo com a publicação da Portaria MS nº 930/1992. A
política de descentralização das ações de saúde, amparada pela Lei nº 8.080/1990, provocou a
fragmentação e dispersão das bases de apoio em controle de infecção hospitalar do Ministério
da Saúde. O efeito dessa descentralização culminou na formação de núcleos de profissionais
em alguns Estados com o intento de manter trocas de experiências, dando origem a várias
associações de profissionais em controle de infecção (FERNANDES, 2003).
Em consequência do não cumprimento da Portaria MS nº 930/1992 por grande parte
dos hospitais brasileiros, o Ministério da Saúde emitiu a Lei Federal nº 9.431/1997 que
determinava a obrigatoriedade de manutenção de Programas de Controle de Infecção
Hospitalar em todos os hospitais do país, mas vetava a obrigatoriedade de serviços de controle
de infecção e busca ativa de casos.
Quase dez anos após a emissão da Lei Federal nº 9.431, o Ministério da Saúde emite a
Portaria nº. 2.616/1998, ainda em vigor, que mantém a obrigatoriedade da existência de um
PCIH em todos os hospitais do país. Trata-se da organização e competências da Comissão de
Controle de Infecção Hospitalar -CCIH e do Programa de Controle de Infecção Hospitalar -
PCIH, estabelece os conceitos e critérios diagnósticos das Infecções Hospitalares, dá
orientações sobre a vigilância epidemiológica das infecções hospitalares e seus indicadores,
faz recomendações sobre a higiene das mãos e enfatiza a observância de publicações
anteriores do Ministério da Saúde quanto ao uso de germicidas, microbiologia, lavanderia e
farmácia.
Com a necessidade de centralizar ações de regulação de alimentos e medicamentos
inicialmente e, posteriormente, de produtos e serviços de interesse da saúde, em 1999, foi
criada a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), autarquia ligada ao Ministério
da Saúde, em cujas atribuições inclui também o controle de infecção hospitalar em nível
federal, com suporte às Secretarias Estaduais por meio de apoio técnico, capacitações,
expedição de normas e legislações, consolidação de informações e promoção da socialização
das informações pertinentes.
Para a instrumentalização mais efetiva das ações de fiscalização sanitária no
monitoramento das ações de Controle das Infecções nos estabelecimentos hospitalares, a
ANVISA emitiu a Resolução RDC nº. 48/2000, para estabelecer a sistemática para
12
avaliação/inspeção dos Programas de Controle de Infecção Hospitalar. Serviu para dar suporte
à fiscalização sanitária e aos profissionais das CCIH dos hospitais.
De acordo com Prade e Vasconcellos (2001), a deficiência de indicadores de infecções
hospitalares fez com que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA passasse a
desenvolver o Sistema de Informações para o Controle de Infecção em Serviços de Saúde
(SINAIS), que tinha como objetivo primordial conhecer o perfil epidemiológico e as taxas de
infecções hospitalares nos hospitais, buscando uniformizar e padronizar os indicadores com
possibilidade de acompanhamento, além de servir como instrumento de orientação para
implantação das ações que visam diminuir sua incidência e gravidade nos serviços de saúde,
medir sua eficácia e monitorar a qualidade da assistência hospitalar e riscos.
Diante do contexto exposto, destaca-se que na prática, mesmo com a existência de
legislações e normativas para o exercício do controle sanitário, existem várias interferências
de discursos influindo nas práticas, sejam de ordem política, econômica, jurídica ou técnica,
acarretando confrontos dos mais variados, que acabam por interferir nas ações da regulação
sanitária. Esses discursos, embora não possuam a capacidade de perpassar domínios técnicos
e científicos, constituem relações de forças capazes de suprimir a execução do exercício
institucional efetivo de controle de infecção hospitalar no Brasil.
13
5 METODOLOGIA
5.1 Tipo de estudo
Trata-se de um estudo do tipo revisão de literatura que permite que pesquisas ante-
riores sejam sumarizadas e conclusões estabelecidas a partir do delineamento das pesquisas
avaliadas, possibilitando a síntese e análise do conhecimento científico acerca do tema
investigado (BROOME, 2000; WHITTEMOREE KNAFL, 2005).
De acordo com Lakatos e Marconi (2006), pesquisa bibliográfica ou de fontes
secundária é aquela desenvolvida com base em materiais já publicados em livros, revistas,
redes eletrônicas, e que estão acessíveis à população em geral. Para Gil (2009), a pesquisa
bibliográfica é aquela desenvolvida com base em material já elaborado, constituído
principalmente de livros e artigos científicos.
Portanto, a pesquisa em questão, trata-se de uma de revisão de literatura, baseada em
análise de produções relacionadas as estratégias de Enfermeiros na UTI com relação às
infecções hospitalares.
5.2 Local da Pesquisa e período do estudo
A metodologia aplicada baseou-se em estudos localizados nas bases de dados
LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe em Saúde) e SCIELO (Livraria Científica
Eletrônica Online). A busca por artigos foi realizada a partir do mês de 18/11/2016 até
02/03/2018 e limitou-se a artigos publicados entre 02/01/2004 e 31/12/2014.
5.3 Procedimentos da pesquisa
Procedeu-se uma busca sistemática da literatura por meio da consulta aos indexados da
pesquisa nas bases de dados eletrônicos supracitados. Para a busca dos artigos, utilizou-se os
seguintes descritores: “Enfermagem”, “Infecção Hospitalar”, “Unidades de Terapia
Intensiva”.
Os critérios utilizados para a seleção foram: artigos completos na íntegra, publicados
em português que abordassem a temática, publicados no período de 2004 a 2014, cujos textos
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completos tivessem disponibilidade pública com o objetivo de obter artigos, mas sobre a
temática limitou-se a pesquisa nos últimos dez anos.
Excluíram-se os artigos que não atenderam às exigências prévias de inclusão, ou
seja, artigos que não se enquadram na temática, que não estavam disponíveis na íntegra, fora
do período estabelecido para análise dos dados, que fossem de revisão de literatura, e por fim
os que estavam escritos em outro idioma. Iniciou-se, a partir daí o procedimento de triagem
para direcionamento ao objetivo da pesquisa, procedendo-se com a leitura das publicações
encontradas para selecionar aquelas que abordassem o tema no contexto proposto, bem como
com a triagem através dos critérios de inclusão e exclusão para qualificar e filtrar o universo
da análise. Após estudo detalhado e seguindo os critérios de elegibilidade, 16 artigos foram
selecionados como amostra final por abordarem o tema proposto por esta pesquisa.
5.4 Análise dos dados
A análise dos dados realizou-se de forma descritiva. De acordo com Nascimento et al.
(2008) após o término do recorte dos dados, ordenamento do material e classificação por
similaridade, as temáticas devem ser agrupadas conforme semelhança do estudo. Portanto, no
presente trabalho, as temáticas foram distribuídas em categorias temáticas e foram discutidas
e analisadas em seguida.
Na análise dos dados, agrupar informações em categorias, segundo Minayo, Deslandes
e Gomes (2009), refere-se a unir elementos ou aspectos com características comuns, que estão
relacionados entre si, ou que se ligam a ideia de classe ou série, com a função de estabelecer
classificação.
Logo, os dados resultantes de cada estudo selecionado foram sintetizados e em
seguida, foi realizada revisão sistemática qualitativa, uma vez que os estudos diferiam no
delineamento, na questão da aplicação do método de tratamento e na forma de mensurar o
desfecho.
Vale ressaltar, portanto, que a pesquisa foi operacionalizada por meio de seis etapas
as quais estão estreitamente interligadas: elaboração dos objetivos, busca na literatura, coleta
de dados, análise crítica dos estudos incluídos, discussão dos resultados e apresentação da
revisão sistemática.
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6 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A estratégia de busca foi desenvolvida com o objetivo de localizar todos os possíveis
estudos de adequado nível de evidência. Foram encontrados um total de 323 artigos, desses
277 artigos da base de dados Lilacs utilizando os descritores: infecção hospitalar and UTI.
Ainda no Lilacs ao utilizar os decritores enfermeiro AND UTI AND infecção hospitalar
foram encontrados 14 artigos. Na base de dados Scielo foram encontrados 5 artigos ao utilizar
os descritores: infecção AND UTI AND enfermagem. Quando utilizado os descritores
enfermagem and infecção hospitalar, foram encontrados 28 artigos.
No primeiro nível de análise, foram selecionados 53 trabalhos após a filtração com as
palavras-chave: Infecção hospitalar AND UTI, com exclusão de 26. Os 27 artigos restantes
foram analisados quanto ao ano de publicação (2004 a 2014), periódico, título e resumo. Após
um segundo nível de análise, com leitura dos trabalhos completos, aplicação dos critérios de
inclusão e exclusão, fez-se a seleção de 23 artigos, dos quais foram escolhidos 16 estudos para
construção das tabelas de dados.
De acordo com a tabela abaixo dos dezesseis artigos selecionados para a realização
desta pesquisa (2) foram publicados em 2013, (2) em 2012, (2) em 2010, (2) em 2008, (6) em
2007 e (2) em 2006. Observou-se que do ano de 2006 a 2013 sempre houve realização de
pesquisa sobre essa temática. Isso evidencia a atualidade do tema desta pesquisa, visto que as
Infecções Hospitalares têm apresentado aumento considerável de ocorrências, dificultando o
controle e disseminação dos patógenos.
Outro fator associado a tal fato é o uso indiscriminado dos antibióticos. Na UTI
encontram-se pacientes em sua maioria em estado crítico que de nenhuma maneira podem ser
contaminados para não haver complicações piores do seu estado de doença. A tabela 1 mostra
a quantidade de artigos selecionados de acordo com seu ano de publicação:
Tabela 1 – Distribuição dos artigos selecionados conforme o ano de publicação
de 2004-2014
Nº ARTIGOS ANO DE PUBLICAÇÃO PORCENTAGEM2 2013 12,50%2 2012 12,50%2 2010 12,50%2 2008 12,50%6 2007 37,50%2 2006 12,50%16 100%
Fonte: Dados da pesquisa.
16
Verificou-se que no ano de 2007 a produção científica foi mais intensa representando
37,50% da bibliografia pesquisada. O ano de 2013, 2012, 2010, 2008 e 2006 cada um deles
representaram 12,5%, totalizando 62,50% dos artigos publicados representando.
Para análise de dados, tomando como base as características das publicações elencadas
para a realização do estudo, foi realizada a interpretação do material, finalizando com a
produção do texto que traz em seu corpo principalmente os dados qualitativos das pesquisas e
obedece à similaridade semântica. As temáticas foram agrupadas conforme semelhança de
conteúdo e divididas em categorias. Emergiram então, duas categorias, discorridas abaixo.
6.1 Prevalência e susceptibilidade às infecções hospitalares na UTI.
Dos resultados obtidos, oito artigos selecionados que retratam sobre a susceptibilidade
às infecções hospitalares na Unidade de Terapia Intensiva foram descritos no quadro 1 que
discrimina sobre os dados dos estudos quanto aos: autores, periódico, título e os principais
resultados referentes a prevalência das infecções hospitalares.
Quadro 1 – Artigos indexados na BVS que retratam sobre a susceptibilidade às infecções
hospitalares na UTI
Autor/Ano Periódico Título da publicação Desfecho/Contribuição
ANDRADE; LEOPOLDO; HAAS, 2006
RBTI - Revista
Brasileira Terapia
Intensiva
Ocorrência de Bactérias Multiresistentes em um
Centro de Terapia Intensiva de Hospital
Brasileiro de Emergências.
O Staphylococcussp. coagulase-negativo foi a bactéria mais freqüente (36,4%) seguido do Staphylococcus aureus (19%). A classe de antimicrobiano mais utilizado foi a cefalosporina (21,4%).
CYRINO; DELL’ACQUA
, 2012
Esc Anna Nery (impr.)
Sítios assistenciais em unidade de terapia intensiva e relaçãodonursingactivities score com a infecção hospitalar
Ficou evidenciada a importância da utilização do NursingActivities Score como indicador e da implantação de novas formas de classificação de pacientes para melhorar a organização da assistência.
DERELI et al., 2012
REVISTABRASILEIRA
DEANESTESIO
LOGIA
Três Anos de Avaliação das Taxas de Infecção Nosocomial em UTI.
A incidência de IACS na UTI de do hospital foi alta, em comparação com as taxas turcas globais obtidas no RefikSaydam Center em 2007. A taxa de infecções relacionadas aos dispositivos em 2008 foi reduzida abaixo da média nacional por causa das medidas de controle de infecção.
LEISER;TOGNIM;
BEDENDO,
CiencCuidSaude
Infecções hospitalares em um centro de terapia intensiva de um hospital de
Todas as amostras de S. aureus foram sensíveis à vancomicina e 34,5% foram sensíveis à oxacilina. A taxa de incidência
17
2007 ensino no norte do Paraná. de letalidade devido às infecções hospitalares foi de 27,88%.
LISBOA et al., 2007
Revista Brasileira de
Terapia Intensiva
Prevalência de Infecção Nasocomial em Unidades de Terapia Intensiva do Rio Grande do Sul.
A infecção adquirida na UTI é comum e frequentemente associada a isolados de micro-organismos resistentes.
MENEZES et al., 2007
J BrasPatolMed
Lab
Frequência e percentual de suscetibilidade de bactériasisoladas em pacientes atendidos na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Geral de Fortaleza.
Os patógenos que mais causaram infecções na UTI do HGF foramPseudomonas aeruginosa, Klebsiella pneumoniae, Acinetobacter baumannii, S aureus e SCN.
MOURA et al., 2007
RevBrasEnferm
Infecção hospitalar: estudo de prevalênciaem um hospital público de ensino.
A prevalência de IH nas duas UTI foi de 60,8%, ultrapassando 45,3 % do índice geral registrado nos hospitais brasileiros que é 15,5%, contribuindo para aumentar a morbi-mortalidade causadas por infecções.
PADRÃO et al., 2010.. RevBrasClin
Med
Prevalência de infecções hospitalares em unidade de terapia intensiva.
Foi possível programar uma terapêutica empírica mais eficaz edirecionada, reduzindo os custos hospitalares, o tempo de internação dos pacientes e o surgimento de micro-organismos multirresistentes.Médica.
Fonte: Elaborado pelo pesquisadorcom base nos dados e resultados da pesquisa, 2015.
De acordo com Cyrino e Dell’Acqua (2012), as infecções relacionadas à assistência à
Saúde, principalmente as adquiridas no ambiente hospitalar, estão entre as principais causas
de morbidade e de mortalidade, e, por consequência, há aumento do tempo de internação e de
custo por paciente.E nas UTIs dos hospitais-escola, as IH encontram-se ainda mais elevadas
devido à pluralidade de doentes com diferentes diagnósticos, associados aos mais diversos
níveis de gravidade e/oucomplicações. Somam-se, ainda, equipamentos sofisticados, de alta
tecnologia, teoricamente, maiores recursos terapêuticos, como biopsias, cateterizações,
aspirações de fluidos, sem contar com o número de fômites, alunos e profissionais circulantes
dentro das unidades de internação.
Lisboa et al. (2007) em seu estudo afirmou grande prevalência de doenças infecciosas
nas UTI. É importante fator implicado nos desfechos desfavoráveis dos pacientes criticamente
enfermos. Essas infecções estão associadas com o maior tempo de internação, maiores
quadros de morbimortalidade, além de um custo elevado para a instituição.
As UTIs são consideradas epicentros de infecções hospitalares, e a partir delas
microrganismos podem ser transmitidos para os demais setores do hospital. Essa
18
disseminação, porém, não fica restrita ao ambiente hospitalar, podendo chegar aos domicílios
e outras instituições de apoio para onde os pacientes sejam transferidos. Os autores afirmaram
que os principais microrganismos associados à etiologia das infecções hospitalares, neste
estudo, foram S. Aureus (12,98%), P. Aeruginosa (12,50%), A. baumannii (9,61%),
Candidasp (8,65%), Enterobactersp (4,80%), Klebsiellasp (4,32%), E. Coli (3,84%),
Enterococcussp (3,84%). Proteussp., Stenotrophomonasmaltophylia apresentaram percentuais
menores que 3% (LEISER; TOGNIM; BEDENDO, 2007).
No estudo de Menezes et al., (2007). os autores observaram nos seus resultados que,
em relação ao percentual de suscetibilidade das cepas bacterianas isoladas, as P. aeruginosa
isoladas nos aspirados traqueais apresentaram total sensibilidade à PIP e 100% de resistência
à CFX e à CFTX. Isoladas da urina, apresentaram suscetibilidade apenas à PIP, sendo
resistentes a todos os antimicrobianos testados.
No estudo de Dereliet al. (2012) os dados revelaram que 54,86% das infecções
nosocomiais em UTIs são causadas por bacilos Gram-negativos, 24,55% por bacilos Gram-
positivos e 19,43 por Cândida. O agente mais frequentemente isolado é o
Acinetobacterbaumannii, seguido por Acinetobacterbaumannii e Candida spp.
De acordo com Andrade, Leopoldo e Haas (2006) os métodos invasivos, como a
cateterização urinária, a intubação traqueal, a ventilação mecânica e cateteres intravasculares
são responsáveis por grande número das infecções. A infecção resulta do desequilíbrio entre
os mecanismos imunitários e o patógeno. Normalmente, o microrganismo infectante ou seus
produtos, tais como a endotoxina da parede externa de bactérias Gram-negativas,
peptidoglicanos da parede de organismos Gram-positivos, exotoxinas e hemolisinas, ao
invadirem o paciente, geram reações locais que iniciam o processo infeccioso.
Neste sentido, Padrão et al. (2010) verificaram em sua pesquisa que o trato
respiratório como o principal local de infecção corrobora com o principal diagnóstico
encontrado na admissão dos pacientes, a insuficiência respiratória aguda, cuja evolução
muitas vezes necessita de um aporte ventilatório invasivo. Além disso, os pacientes em uso de
ventilação mecânica ficam acamados por tempo prolongado, favorecendo o acúmulo de
secreções nas vias aéreas. Observa-se então a situação ideal para desenvolvimento de IH:
idade avançada com insuficiência respiratória aguda em uso de ventilação mecânica invasiva.
Em função dos inúmeros procedimentos invasivos na UTI e, consequentemente,
quebra de barreiras, o segundo lugar foi ocupado pelas bacteremias. Estas são de grande
gravidade, podendo ser secundárias à infecção conhecida em outro local, ou primárias,
19
quando não são atribuídas a uma infecção evidente em outra localização anatômica
(PADRÃO et al., 2010).
Moura et al. (2007) afirmaram em seu estudo que as taxas de incidência de infecção
hospitalar para pacientes internados em UTI variam, conforme o tipo de unidade e a
população atendida, em razão da gravidade da doença básica, da restrição de pacientes no
leito, do uso frequente de sedação e das alterações no nível de consciência e dos múltiplos
procedimentos invasivos das vias respiratórias, em que o principal fator de risco é o uso de
ventilação mecânica associado ao tempo prolongado de utilização, equacionando também
como fatores de risco: contaminação dos equipamentos e das soluções utilizadas na terapia
ventilatória; condições favoráveis de aspiração, dentre outros.
Neste sentido, verifica-se que a vigilância epidemiológica, precaução padrão, medidas
de isolamento, materiais e equipamentos adequados, higienização do ambiente, identificação
de bactérias multi-resistente, antibioticoterapia adequada, treinamento da equipe
multiprofissional, implementação de medidas de controle são fatores importantes e
determinantes que podem interferir nos resultados com redução das taxas de prevalência de
infecção hospitalar.
6.2Enfermagem no controle da infecção hospitalar
O quadro 2 faz uma análise de estudos de caráter intervencionista e bibliográficos, que
mostram as principais abordagens da enfermagem no controle da infecção hospitalar.
Quadro 2 – Artigos indexados na BVS que retratam sobre o papel da Enfermagem no
controle da infecção hospitalar
Autor/Ano Periódico Título da publicação
Desfecho/Contribuição
BATHKE et al., 2013
Rev Gaúcha Enferm
Infraestrutura e adesão à higienização das mãos: desafios à segurança do paciente.
Os resultados implicam risco para a segurança dos pacientes, sendo relevante o planejamento de ações corretivas e que promovam essa prática.
CORREA; DONATO, 2007
Esc Anna Nery R
Biossegurança em uma
Verificou-se que as normas de biossegurança devem incluir as “boas
20
Enferm unidade de Terapia Intensiva – a percepção da equipe de enfermagem.
práticas”, possibilitando alcançar um ambiente laboral sem riscos ocupacionais.
CUCOLO et al., 2007
Acta Paul Enferm
Avaliação emancipatória de um programa educativo doserviço de controle de infecção hospitalar.
O estudo proporcionou envolvimento dos enfermeiros multiplicadores e subsidiou uma reflexão crítica dos profissionais com estratégias para reestruturação do programa.
FONTANA; LAUERT, 2006
RevBrasEnferm
A prevenção e o controle de infecções: um estudo de caso com enfermeiras.
A promoção da saúde, para a redução de danos ao paciente internado e para a segurança do profissional e do usuário, há necessidade de se fazer uma reflexão profunda das ações de prevenção e controle das infecções hospitalares no cotidiano dessas instituições.
LORENZINI; COSTA; SILVA,
2013Rev Gaúcha
Enferm
Prevenção e controle de infecção em unidade de terapia intensiva neonatal.
Entre os fatores que dificultam o controle e prevenção, estão a superlotação e a excessiva carga de trabalho. A atuação eficiente e qualificada da equipe de enfermagem constitui-se em estratégia de prevenção e controle das IRAS.
MOURA et al., 2008
Texto Contexto Enferm
Infecção hospitalar no olhar de enfermeirosportugueses: representações sociais.
Os resultados apontaram três categorias simbólicas em que os sujeitos descrevem o conceito de infecção hospitalar, falam daspráticas dos enfermeiros frente à infecção hospitalar e da percepção sobre a participação dos gestoresdas instituições de saúde na prevenção e controle da infecção hospitalar.
SANTOS et al., 2008
RevBrasEnferm
As representações sociais da infecção hospitalar elaboradas por profissionais
Observou-se que a execução das atividades está intimamente relacionada com as subjetividades individuais de cada profissional e profundamente dependente dos seus valores morais, éticos, ideológicos e subjetivos, envolvendo interpretação, ajuizamento e decisão pessoal na aplicação do conhecimento científico.
21
de enfermagem.
OLIVEIRA; CARDOSO;
MASCARENHAS, 2010.
RevEscEnferm USP
Precauções de contato em Unidade de Terapia Intensiva: fatores facilitadores e dificultadores para adesão dos profissionais.
Os resultados do estudo apontam necessidades de implementar medidas de precauções a fim de minimizar a disseminação de microrganismos resistentes.
Fonte: Elaborado pelo pesquisador com base nos dados e resultados da pesquisa, 2015.
Sobre a abordagem que se trata sobre a prevenção e controle das infecções
hospitalares, em especial na Unidade de Terapia Intensiva, deve-se destacar que os
profissionais deste serviço são grandes contribuidores para a não disseminação de patógenos
que possam contaminar os pacientes.
Neste sentido, Cucolo et al. (2007) afirmaram que a aproximação do enfermeiro frente
suas atribuições educacionais e as inúmeras dificuldades da prática diária evidenciam que a
mera transmissão do conhecimento é insuficiente e não atinge o objetivo de educar e ressalta a
necessidade de capacitação desses profissionais parades empenharem o papel de educadores.
Assim, a enfermagem é exercida, de forma geral, por um grupo heterogêneo,
começando pelo próprio nível de formação, e, nesse sentido, torna-se imprescindível que o
enfermeiro assuma a responsabilidade pela educação contínua de sua equipe. Assim,
contribuirá para a melhoria da qualidade dos cuidados (CUCOLLO et al., 2007).
No estudo de Oliveira, Cardoso e Mascarenhas (2010), os fatores apontados como
dificultadores da higienização das mãos e fricção das mãos com álcool a 70% pela equipe
multiprofissional demonstram aspectos relacionados tanto ao indivíduo quanto à instituição.
Estes resultados permitem inferir que o esquecimento desses profissionais pode estar
relacionado ao baixo conhecimento sobre a importância dessa conduta no controle das IH,
principalmente ao risco de contaminação cruzada, uma vez que estes profissionais manipulam
um grande número de pacientes.
Bathke et al. (2013) afirma que nos resultados encontrados em seu estudo foi possível
identificar que o hábito e a crença pessoal podem exercer maior influência na adesão do que o
conhecimento das medidas de precaução e controle de infecção. Contudo, diversos são os
22
fatores que afetam negativamente a adesão, como prejuízo à pele, falta de insumos,
esquecimento e desconhecimento, ceticismo e falta de exemplo de colegas e líderes, entre
outros, alguns desses elementos também foram apontados no estudo, embora a metade dos
profissionais referisse não haver fatores de desestímulo ou impedimento para higienizar as
mãos.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária recomenda para a HM o uso de
quantidade suficiente de sabonete líquido, de modo a cobrir toda a superfície de mãos e
punhos, mas não define tal quantidade. No estudo foi considerado que o volume de 1 ml,
dispensado por mais de 90% dos dispositivos, é insuficiente para realizar a técnica
adequadamente, fato que pode incorrer em pressa e, até mesmo, a recontaminação das mãos
(BATHKE et al., 2013).
Moura et al. (2008) enfatiza a higienização das mãos no ambiente hospitalar, pois
configura-se uma prática prioritária, considerando ser isoladamente mais importante para
reduzir as taxas dessas infecções no ambiente hospitalar, por reduzir a transmissão de micro-
organismos pelas mãos. A diminuição dos micro-organismos da pele e mucosa pode se
processar em diferentes níveis, dependendo do tipo de limpeza ou antissepsia empregada.
Assim, o procedimento de limpeza remove a microbiota transitória humana através da técnica
de lavagem simples das mãos.
Santos et al. (2008) corrobora afirmando que as medidas de prevenção e controle das
infecções hospitalares devem ser um hábito entre os profissionais de saúde, e a adesão à sua
prática um desafio a ser atingido e para que esses objetivos sejam com êxito alcançados, os
profissionais deverão ser conscientizados, motivados e orientados em um processo
permanente. Sabe-se, portanto, que hodiernamente existe uma tendência/corrente
influenciando modificações nos cursos de graduação na área da saúde e uma preocupação
premente em inserir a temática da prevenção e controle das infecções nas disciplinas
curriculares.
Neste sentido, ressalta-se que os profissionais de enfermagem objetivam as
representações sociais da infecção hospitalar pela palavra contaminação. A interpretação de
infecção hospitalar analisada sob a ótica das representações sociais é uma reprodução da
vivência destes funcionários com um significado particular, elaborado a partir de suas
opiniões e percepções. As opiniões são estreitamente ligadas à pessoa, extremamente diversas
e facilmente submetidas à influência das situações encontradas - daí sua capacidade de
mudança (SANTOS et al., 2008).
23
Fontana e Lautert (2006) acrescentam que muito mais do que assepsia e antissepsia
inerentes ao cotidiano na Ciência da Enfermagem, os enfermeiros devem envolver-se com
atividades mais amplas referentes a essa temática, o que não se evidenciou na prática das
profissionais da região de abrangência da 12ª Coordenadoria Regional de Saúde do Rio
Grande do Sul. Segundo os dados levantados pelos pesquisadores, percebeu-se que existem
alguns obstáculos e resistências que comprometem a prevenção e o controle das infecções
hospitalares nessa região. Em alguns depoimentos, as enfermeiras relataram que, como não há
CCIH, não existem rotinas escritas quanto ao controle de infecções hospitalares, o que deixa
dúvidas sobre a sistemática de trabalho dessas enfermeiras no seu cotidiano.
Entretanto, é válido afirmar que muitas das dificuldades apontadas pelos participantes
do estudo são decorrentes da falta de apoio administrativo em promover mudanças e outorgar
autonomia às comissões. Assim, ressalta-se que se concorda com as respondentes quanto ao
fato de que algumas atividades são inerentes à CCIH, pois essas comissões promovem a
prevenção articulada com todos os setores (FONTANA; LAUTERT, 2006).
Sobre as dificuldades de controle de infecção, Lorenzini, Costa e Silva (2013) afirmam
que a superlotação nos serviços de saúde é um problema nacional que representa um forte
fator percebido pelos profissionais de saúde e que dificulta a prevenção e controle das IRAS.
A educação em saúde, por meio de orientações, constitui-se em importante estratégia
de prevenção de infecções, no entanto, um dos grandes obstáculos enfrentados pelos
profissionais na área da saúde é o não entendimento dos familiares sobre as fontes de risco.
Sabe-se que as infecções têm origem em vários fatores, tais como a condição do paciente, a
severidade da doença, o fluxo de entrada de visitas de familiares a estes pacientes e o tempo
de internação. No entanto, ressalta-se que, se não houver certo controle por parte da equipe de
enfermagem, ocorrerá uma tendência maior à proliferação de IRAS (LORENZINI; COSTA;
SILVA, 2013).
De acordo com Correa e Donato (2007), pode-se inferir que a ênfase dada à
importância da adoção e implementação das medidas de biossegurança durante a assistência
de enfermagem prestada na UTI não se confirma na prática. Ou seja, as medidas são
importantes no imaginário dos profissionais que sabem o quanto isso pode contribuir para sua
proteção ao cuidar do cliente internado, mas são empreendidas de forma impensada, apenas
porque são normas impostas pela Instituição na qual trabalham, fato este que deve ser
considerado, pois há que se buscar implementá-las com a participação do profissional.
Salienta-se ainda que a utilização de EPIs é definida como obrigação do trabalhador,
que deve utilizar o equipamento apenas com a finalidade a que se destina, responsabilizar-se
24
por sua guarda e conservação e comunicar ao empregador qualquer dano ou alteração que o
torne impróprio para o uso (CORREA; DONATO, 2007).
As representações sociais, enquanto teorias práticas sobre determinado objeto ou
problemas sociais específicos, são importantes na vida dos grupos, pois alimentam e são
produzidas numa interdependência do sujeito/objeto/interação/ social. Os fenômenos
perceptivos, imagens, as opiniões, crenças ou atitudes que formam o tecido atômico das
representações sociais somente adquirem estruturação lógica no entrelaçamento dos vínculos
entre esses elementos, o que possibilita a atribuição de significação aos processos
psicossociais dos fenômenos representados (MOURA et al., 2008).
Diante do que foi exposto, destaca-se que é de extrema importância observar a
aplicação da teoria de risco, em que são analisadas as condições disponíveis do serviço ao
profissional de saúde, avaliando o grau de incidência. Desta forma, deve- se estabelecer que,
quanto maior o risco, menor a responsabilidade do profissional para apurar e quantificar a
sanção.
25
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pesquisa possibilitou ampliar conhecimentos sobre a IH, hoje considerada como ,
IRAS, em especial na UTI, agregando outras maneiras de pensar e articular formas de
interromper as situações de risco para aquisição de doenças por transmissão direta e indireta
de patógenos, bem como conhecer as vulnerabilidades tanto dos profissionais de saúde como
dos pacientes internados neste setor.
Considerando a prevenção e controle das infecções hospitalares um dos maiores
desafios no cuidado de saúde, é imprescindível o aprofundamento nas investigações futuras
das associações entre os fatores de riscos e condições predisponentes como forma de subsidiar
a construção e validação de escalas de risco que contemplem esses aspectos multifatoriais e
venham a contribuir para minimizar a atual problemática da ocorrência destes agravamentos
na UTI com pacientes hospitalizados.
Nos estudos de revisão sistemática da literatura não cabem conclusões precisas, uma
vez que as tabelas produzidas na pesquisa norteiam divergências nos fatores que dificultam o
controle da IRAS. Acreditou-se ser oportuno, porém, destacar, que do ponto de vista da
produção de evidências consistentes, a maioria dos estudos publicados destacam que um dos
maiores responsáveis pela disseminação de doença é os profissionais atuantes no setor.
Um ponto importante destacado nos estudos foi a não realização correta da lavagem
das mãos. Sobre este fato, a lavagem das mãos representa uma evidência científica para a
prevenção de IRAS, entretanto, na prática assistencial contribui para a simplificação de
etapas, com vistas a agilizar o trabalho e promove a rotinização de oportunidades perdidas
para a HM, prática muitas vezes negligenciada na prioridade das atividades de cuidado.
Desta forma, diferentes estratégias podem ser empregadas na unidade com vistas a
promover a adesão à HM, tais como cursos de capacitação para os profissionais, incentivo do
uso de soluções alcoólicas e o estabelecimento de um plano de metas, com o envolvimento de
líderes e equipe.
Neste sentido, ressalta-se a necessidade de ampliar os conhecimentos sobre as formas
de transmissão de doenças ocasionadas pelos fatores ocupacionais. Salienta-se ainda que
exista necessidade também de uma intensificação das informações desta temática e uma
fiscalização pelos gestores no setor hospitalar, visando constatar a adoção de medidas de
segurança pelos profissionais de saúde, em especial os profissionais da equipe de
enfermagem, contribuindo para o controle da infecção hospitalar.
26
Destaca-se que, quanto ao serviço de Controle de Infecção Hospitalar, as instituições
devem possuir uma equipe atuante neste serviço, para que os mesmos executem ações de
controle de infecção e redução de agravos hospitalar. Evidencia-se ainda que a comissão deve
contar com no mínimo um enfermeiro por ser o profissional do serviço que possui maior
contato com os pacientes críticos da UTI.
Os profissionais que trabalham na área da saúde devem assumir um compromisso com
a sociedade de respeito aos princípios bioéticos, em especial a beneficência e justiça. Estudar
indicadores epidemiológicos, avaliar condutas, intervir, sistematizar ações de prevenção de
infecções permite e antecipar danos, para assim ter como oferecer uma assistência igualitária
e justa àquele que está sob cuidados da enfermagem.
Diante do que foi apresentado neste estudo, se faz necessário buscar intervenções para
diminuir a incidência e a prevalência da infecção hospitalar e UTI, as quais terão maior
impacto quando precocemente forem realizadas, ou seja, a falta de cuidados, a não lavagem
das mãos corretamente e a não utilização do EPI são um fator agravante. Evidencia-se que
determinações referentes aos cuidados com o uso adequado dos equipamentos irão evitar
problemas de saúde para esses trabalhadores os quais estão expostos diariamente, além de
evitar a contaminação dos pacientes internados em UTI.
Acredita-se que os resultados encontrados no presente estudo possam fornecer
subsídios para a reflexão das práticas dos profissionais da equipe de enfermagem, no que diz
respeito às particularidades do grande problema de saúde pública que é a infecção
hospitalar/IRAS, que foi o objeto de estudo desta pesquisa.
27
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