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1 Boletim TRAB-PREV-RH em 22.set.2014 "A atividade enriquece ; a preguiça empobrece." Alberto Antonio de Moraes Carvalho Meus caros, o tema e o conteúdo a seguir são polêmicos, mas concordo com 95%!!! 30 atitudes que consomem seu tempo e drenam sua energia Veja dicas do que fazer para deixá-las Mateusz Grzesiak , 16 de setembro de 2014 A cada dia você recebe 86.400 segundos como um presente. Você irá gastá-los pensando, sentindo e agindo. Esses momentos podem se tornar pesadelos que você tem que suportar, momentos maçantes que não vale a pena lembrar ou as exaltações mais felizes da sua vida. Quanto mais velho você é, mais rápido o tempo passa, e cada um dos 86.400 segundos é irrecuperável. A menos que esteja vivendo em uma cela de prisão, a maneira como utiliza o seu tempo depende de você, porque ninguém pode decidir o que você está pensando, sentindo e fazendo. Independentemente se gostamos ou não do que estamos fazendo, cada um de nós é o arquiteto de seu próprio futuro. Abaixo você encontrará exemplos de comportamentos específicos que drenam energia, nos fazem sentir pior e alguns ainda nos tornam mais alienados. Como cada viagem começa com um pequeno passo, escolher um deles e trabalhá-lo trará mudanças positivas para a sua vida. Você se sentirá melhor, terá mais controle, não sucumbirá a fatores externos, bem como melhorará a qualidade da comunicação e sua vida emocional. IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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Boletim TRAB-PREV-RH em 22.set.2014

"A atividade enriquece ; a preguiça empobrece."Alberto Antonio de Moraes Carvalho

Meus caros, o tema e o conteúdo a seguir são polêmicos, mas concordo com 95%!!!

30 atitudes que consomem seu tempo e drenam sua energiaVeja dicas do que fazer para deixá-las

Mateusz Grzesiak, 16 de setembro de 2014

A cada dia você recebe 86.400 segundos como um presente. Você irá gastá-los pensando, sentindo e agindo. Esses momentos podem se tornar pesadelos que você tem que suportar, momentos maçantes que não vale a pena lembrar ou as exaltações mais felizes da sua vida. Quanto mais velho você é, mais rápido o tempo passa, e cada um dos 86.400 segundos é irrecuperável.

A menos que esteja vivendo em uma cela de prisão, a maneira como utiliza o seu tempo depende de você, porque ninguém pode decidir o que você está pensando, sentindo e fazendo. Independentemente se gostamos ou não do que estamos fazendo, cada um de nós é o arquiteto de seu próprio futuro.

Abaixo você encontrará exemplos de comportamentos específicos que drenam energia, nos fazem sentir pior e alguns ainda nos tornam mais alienados. Como cada viagem começa com um pequeno passo, escolher um deles e trabalhá-lo trará mudanças positivas para a sua vida. Você se sentirá melhor, terá mais controle, não sucumbirá a fatores externos, bem como melhorará a qualidade da comunicação e sua vida emocional.

Trabalhar sobre os comportamentos apresentados a seguir é um dever - a maioria deles são hábitos inconscientes, que foram enraizados em nós há anos. Vamos descer profundamente nisso!

1. Ver TV

Gastamos em torno de 13 anos de nossas vidas assistindo TV e estatisticamente uma pessoa dedica mais de 3 horas por dia nisso. Dr. Dimitri Christakis, da Universidade de Washington, enfatiza o aumento dos problemas de concentração aos 7 anos se uma criança começou assistir televisão antes dos 3 anos. Uma pesquisa mostrou que até 72% das mulheres e 60 % dos homens assistem reality shows para fugir do tédio. O valor da TV como educação ou provedor de entretenimento não pode ser negado. A maior parte do tempo gasto em frente a uma tela significa preencher uma lacuna relacionada a não ter uma ideia de o que fazer com o tempo livre. Planejamento prévio de programas dignos para assistir é mais produtivo.

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2. Pensamento constante

Dependendo da fonte, estima-se que de 70% a 90% da nossa atividade diária é dedicada a lembrar o passado ou planejar o futuro - que é estar pensando. Como resultado, perdemos o "ser" - experimentando o "aqui e agora". A ênfase na cognição intelectual do mundo leva-nos a uma ausência e a passar a maior parte de nossas vidas adultas em nossos próprios pensamentos. Enquanto que é somente aqui e agora que podemos viver, ser felizes, aproveitar, sermos gratos, amar, ser espontâneos. Para ajudar a si mesmo a viver mais desligue o telefone, saia para uma caminhada, ou viaje uma vez a cada três meses, e passe um único dia consigo mesmo em completo isolamento para conhecer-se melhor.

3. Doces

Cientistas americanos alertam: consumir muito açúcar enfraquece a atividade cerebral, provoca problemas de memória e orientação. Em outras palavras: açúcar processado o torna mais "burro". Investigação científica anterior demonstrou que a frutose aumenta o risco de diabetes, obesidade e problemas no fígado. Se alguém apela para os doces para evitar as emoções negativas, essa pessoa pode esperar sentir culpa ou ressentimento em relação a si mesmo que, combinado com engordar, levará a sentir-se desconfortável.

Doces fornecem uma alta temporária, estimulam o cérebro a produzir serotonina a um nível que, infelizmente, irá também cair rapidamente, deixando a pessoa com a sensação de vazio. Então, outra barra de chocolate será necessária. Um americano consome 56 kg de açúcar por ano, um polonês, 39 kg (11 kg antes da guerra). Esta é provavelmente a razão do crescimento rápido de indústrias de alimentos orgânicos nos EUA, alimentação consciente tornou-se uma necessidade, não um luxo.

4. Visualização dos perfis de seus amigos no Facebook

Você está espionando seus amigos no Facebook? Verifica o que está acontecendo com eles várias dezenas de vezes por dia? Este sentimento ilusório de estar perto é um falso substituto para relacionamentos reais, e o sentimento de vazio que você acaba sentindo não é agradável. Muitas pesquisas indicam as conseqüências emocionais negativas do uso de mídias sociais, entre outras, o sentimento de solidão e desperdício de sua própria vida. O que pode ajudar é a exclusão de um aplicativo de seu telefone, focando na realidade e fazendo algo que tem um significado genuíno e profundo.

5. Pessimismo

Na medida em que o medo é uma reação fisiológica informando-nos sobre o perigo, a ansiedade é a interpretação da mente dos fenômenos que ocorrem. Na realidade atual, o risco de morte súbita por uma ataque de leão (trocadilho intencional) é menor do que os perigos que nossos antepassados tiveram de enfrentar, considerando o tempo de vida de 30 anos só no século passado entre os países pobres, o risco a vida foi praticamente eliminado. O que isso significa? As pessoas têm medo de coisas que só existem em suas imaginações, dizendo-se histórias que nunca irão acontecer. Não há nenhuma realidade mais cruel do que uma mente que não pode controlar suas próprias emoções. Você vai ganhar muito se você parar de se preocupar o tempo todo. Na maioria dos casos isso não vai ser tão ruim assim, e mesmo que seja você lidará com o problema.

6. Fofocas

Sob o rótulo enganador de conversa fiada esconde um mecanismo psicológico de identificação: viver a vida de outras pessoas como se fosse a própria vida. Se você se pega gastando mais tempo pensando ou falando sobre alguém que não seja você mesmo - bem, isso deve soar o alarme. Construir uma vida em que você está feliz consigo mesmo, sem se preocupar com a cor da calcinha de uma celebridade, ou o

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estágio do divórcio do ator, lhe dará tempo para fazer coisas produtivas e proporcionará alívio emocional. As pesquisas mostram que pessoas que fofocam têm aumento do nível de tensão e são classificadas como não confiáveis entre outros.

7. Tentar provar que você está certo

Quantas vezes você já discutiu com alguém só para provar que você estava certo, mesmo não estando, apenas para defender seu ego? Quantas vezes você já perdeu tempo convencendo alguém sobre algo que essa pessoa não queria ser convencida? Quantas vezes você se frustrou pelo fato de que alguém não querer aceitar que você estava certo? Se você está cansado dessas discussões improdutivas, então pare de falar para estar correto e comece a falar com propósito de saber como você é percebido e compreendido pelos outros. Não existe nenhum mecanismo potencial de conflitos com vencedor - todos perdem. Há, no entanto, um mecanismo cheio de curiosidade e respeito, baseado em ouvir outro ser humano, a quem nós não impedimos de exercer a liberdade real de expressão.

8. Leitura sobre si na internet

Em 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes, Stephen Covey define o conceito de proatividade como conscientemente assumir ações que servem para atingir objetivos particulares. Ao contrário de pessoas reativas, que não reagem a estímulos até que eles aconteçam, as pessoas pró-ativas são responsáveis por criar a sua própria realidade e ter uma abordagem diferente para os problemas.

Eles só estão ocupados com a ampliação de seu círculo de influência, ou seja, eles influenciam situações que dependem diretamente deles (por exemplo, o lugar onde trabalham). As pessoas reativas, por outro lado, querem influenciar o círculo de preocupação, que é sobre todos os assuntos que não dependem deles (por exemplo, um acidente de avião). Ler sobre si mesmo na internet é o círculo de preocupação, sobre onde você não tem nenhuma influência. No entanto, você tem influência sobre o que você vai escrever on-line, por isso é digno criar conteúdo de alta qualidade.

9. Verificar quantas "curtidas" você tem

Você postou algo nas mídias sociais e está verificando quantas curtidas conseguiu? Esta forma virtual de gratificação faz a auto-estima depender do que os outros pensam, e isso, por sua vez, provoca frustração em momentos de não receber o reconhecimento esperado. Escrever conteúdo carregado de valor para os leitores, com base em sua própria opinião, é muito mais saudável e permite-lhe poupar tempo previamente reservado para a leitura de comentários de seus amigos (e muitas vezes estranhos). Primeiramente, veja se você gosta do seu post e só então se outros gostam.

10. Constantemente verificar seu telefone

Estatísticas britânicas indicam que as pessoas estão verificando seus telefones 110 vezes por dia, e nas horas de pico (17:00 - 20:00) a todo momento. Recordistas o faz 900 vezes por dia! O uso de um smartphone é necessário nos dias de hoje, e nós provavelmente também fazemos uso verificando e-mail. O obsessivo fugindo da realidade leva, na melhor hipótese, à tensão, e na pior das hipóteses, em longo prazo, para o vício de ser ocupado. Se você não é um vendedor ou comerciante, deveria ser o suficiente para você verificar e-mails cinco vezes por dia. E se você não estiver usando e-mail para trabalho - apenas na parte da manhã e da tarde.

11. Procrastinação

Adiar coisas raramente significa que a pessoa vai realmente fazer algo em uma data posterior. É porque geralmente a procrastinação está ligada a fugir de tomar uma decisão, a relutância em enfrentar uma

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situação difícil, o medo de perder ou padrões perfeccionistas que são impossíveis de cumprir. Tentar descobrir como não fazer algo que tem que ser feito é desperdício de tempo e não traz nada de novo para a mesa. As tentativas de não fazer algo são mais exaustivas do que enfrentar a coisa e resolver isso de uma vez por todas.

12. Fazer listas para tudo

Você vai a uma loja e você tem uma lista de compras no seu telefone, e então você se esquece de usá-la? Pela décima vez você está escrevendo palavras de uma língua estrangeira que você quer aprender, mas, em seguida, volta novamente para as anotações? Você tem a sua agenda diária, mas ainda não cumpre, porque você está focado em assuntos atuais? O planejamento é uma habilidade importante da vida, a não ser que se torne uma forma de obsessão usada para controlar a si mesmo, por causa da falta de autoconfiança. Na maioria dos casos, você é capaz de lembrar o que você planejou.

13. Ter inimigos

Nada consome mais tempo do que ter inimigos. A pessoa tem que pensar obsessivamente sobre eles, a fim de estar desnecessariamente pronto para um ataque, o que na realidade não vai acontecer de qualquer maneira. O medo causado por pensar no próximo perigo e possíveis prejuízos deles decorrentes é emocionalmente estafante. Concentre-se em si mesmo e em pessoas próximas a você, reagindo aos fatos e não a conceitos equivocados. Viver sem a necessidade de provar a sua superioridade ou a simples aceitação de que há altos e baixos, trarão alívio e o ajudarão a viver em um ambiente psicologicamente saudável.

14. Dar desculpas

Professor, meu cachorro comeu o papel, então não posso apresentá-lo hoje. Chefe, o tempo mudou e por isso eu não fui capaz de acordar na hora certa. Querida, eu não estou navegando na web à toa durante a noite, eu estou trabalhando duro! Todos nós já ouvimos isso - chegando com razões criativas para explicar o motivo de não ter feito alguma coisa, em vez de encontrar uma solução e fazer o que é suposto fazer. Você dará qualquer razão, e porque somos o melhor para convencer a nós mesmos, sempre encontraremos uma boa razão que explica a falta de ação, se assim queremos. Mas isso não muda a situação. Com foco em soluções, será mais fácil para você controlar o curso das ações, e procurar maneiras de fazer as coisas, em vez de dar desculpas por que algo não foi feito. Isso trará resultados reais.

15. Sair quando você não sente vontade

Todos tiveram uma situação em que foram dar um passeio, mas não sentia vontade de ir, foram a um teatro, mas queriam ir ao cinema, foram a uma festa, mas se sentia cansado, ou a um restaurante quando preferiam comer em casa. Os resultados disso são claros quando vemos casais em um parque, caminhando juntos e olhando para seus smartphones, espectadores adormecendo em um teatro, um mal-humorado "festeiro" sentado no canto, clientes reclamando sobre a comida. Fazer algo contra a sua vontade é um ato de sabotagem e provoca conflitos internos (e externos). O que pode ajudar é ter uma decisão honesta e comunicação assertiva.

16. Olhar para fotos em revistas

A maioria das revistas está cheias de falsas (graficamente alteradas) fotos de modelos, e olhando para elas ou é frustrante, ou provoca tristeza (porque você está comparando-se a elas). Elas também contêm propagandas de produtos que você não precisa e fotos de pessoas belas e ricas, o que sugere que a vida deles é, aparentemente, mais importante do que a sua. Catálogos fazem você pegar uma atividade que não será lembrada, não trará nada de positivo em sua vida e não ajudará em seu desenvolvimento intelectual.

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Solução? Compre um e-book e leia sempre que você estiver esperando por algo, e desenvolva-se pela leitura de livros valiosos.

17. Navegação no YouTube

Normalmente, os filmes assistidos no YouTube são puro entretenimento, eles dão um momento de excitação emocional e emoção, que logo desaparece e os telespectadores voltam onde começou. Porque um gato engraçado caiu em um aquário. Porque alguém tropeçou durante um reality show coreano ao entrar no palco. Porque uma celebridade disse que cor de carro mais gosta. Porque os adolescentes deram a um bêbado algum dinheiro para fazê-lo beber uma garrafa inteira de vinho barato ao mesmo tempo. Se você perguntar a si mesmo, sinceramente, se você realmente se preocupa com isso, então você certamente irá responder que não.

18. Focar demasiadamente em detalhes

Meu marido olhou para mim engraçado... Esse cliente não paga a fatura de um 100 reais há vários meses... Todo mundo pode ver que há um arranhão no meu carro... Há coisas que valem à pena considerar (a qualidade das relações em um relacionamento baseado no amor e comunicação, a sua visão do seu negócio, se o seu carro é seguro).

Há também coisas que envolvem as suas emoções, onde a solução possível do problema não trará qualquer melhoria para a sua qualidade de vida. Se fosse para usar o princípio de Pareto modificado (que 20% dos funcionários geram 80% do lucro da empresa) na vida de alguém, então acredito que 10% dos "pequeninos problemas" geram 90% de emoções negativas em sua vida?

19. Terminar o que começou apenas porque você começou

Um livro chato, que supostamente tem que ser lido capa a capa? Limpar um apartamento inteiro porque havia alguma sujeira no quarto, e então você simplesmente teve que passar por todos os outros quartos apenas pra garantir? A reunião, que não leva a lugar algum, mas você tem que estar ali, embora se alguém sugerisse terminar com ela, então todos estariam aliviados? Comer tudo no prato, só porque ainda há algo ou terminar uma garrafa de álcool, simplesmente porque está aberta? Se você começar algo, você não precisa terminá-lo. Você pode simplesmente parar e lidar com algo mais, e economizar o tempo que você gastaria enquanto teimosamente continua algo inútil.

20. Obrigar-se a estar com alguém

As pessoas fazem isso por várias razões, às vezes eles precisam de um período de transição e estão com alguém só para emocionalmente libertar-se de seu relacionamento anterior. Às vezes, eles têm medo de ser julgado, porque a imagem que eles apresentaram para os outros provaria falsa se eles se separaram. Alguns não têm coragem, outros estão apenas à espera de alguém melhor para vir a caminho.Soa tóxico? É! Não só para o parceiro, que, em vez de ser o objetivo do relacionamento se torna um fantoche que serve os propósitos de seu cônjuge, mas também para quem o faz, porque eles serão infelizes e perderão seu tempo com alguém, com quem eles não querem estar.

21. Passar tempo com as pessoas erradas

Um peixe tentando subir em árvores passará sua vida na miséria não porque realmente lhe falta algo, mas porque ele gasta seu tempo em um ambiente errado. As pessoas desenvolvem o seu potencial, fazendo atividades particulares (mas não todas) em um tempo e lugar apropriado, passando tempo com as pessoas que são boas para elas. Será que estar com uma pessoa específica drena a sua energia? Talvez você não esteja desenvolvendo-se com eles? Ou talvez você esteja irritado com a simples idéia de estar com eles? A

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vida é muito curta para gastá-la com as pessoas erradas, pensando que algum dia eles irão magicamente se transformar em pessoas cuja companhia você pode desfrutar.

22. Excessos

Comer demais leva à sonolência e, muito freqüentemente, a sentimentos de culpa. Você não quer pensar ou trabalhar após tais festas, porque seu cérebro está ocupado com a digestão da quantidade excessiva de alimentos. Em um longo prazo você pode engordar, o que poderia levar a uma auto-estima mais baixa. Comer com mais freqüência e em pequenas porções pode ser útil, assim como mastigar mais devagar e planejar onde e o que você gostaria de comer, em vez de tomar decisões espontâneas do momento que você sente fome.

23. Perseguir clientes que não querem seus serviços

Para controlar um rio você precisa para controlar sua corrente, não a cada partícula. Em negócios é parecido - se muitos dos seus clientes mais importantes estão felizes, então tudo está funcionando bem. Incidir sobre aqueles que não estão interessados em seus serviços será muito mais demorado do que se preocupar com aqueles que já estão satisfeitos com os serviços. Pode ser útil deixar de lado seu ego que lhe diz que todos devem desfrutar de seu produto. Você precisa se preocupar com as pessoas para fazê-las realmente gostar disso.

24. Ir ao shopping sem nenhuma razão específica

Galerias de shopping não são apenas lugares onde há muitas lojas, mas são também um estado de espírito, que cria a ilusão de satisfazer suas necessidades lá. Experimentar roupas sem comprá-las dá a sensação de "quase possuí-las", sentar no café por horas pode ajudá-lo a se socializar, há sempre um filme estreando no cinema, e o grande número de fast food vai encher estômagos vazios. A chamada janela de compras (olhar para telas sem a intenção de realmente comprar nada) tornou-se uma forma de passar finais de semana com a família, que depois de entrar em um shopping passam lá muitas horas a fazer... nada. Pode ser útil perguntar-se sobre o objetivo de sua visita a um shopping.

25. Ser gentil com as pessoas ingratas

Sabe a sensação de quando você ajuda alguém e eles nem sequer sorriem? Pode acontecer que as pessoas são agradáveis para as pessoas ingratas, na esperança de que se eles são úteis e gentis, em seguida, os outros gostarão deles. Eles não poderiam estar mais errados! Nós gostamos de outros por razões completamente diferentes, por exemplo, quando fazemos alguma coisa para eles! Como resultado, a pessoa ingrata exigirá cada vez mais e vai expressar seu ressentimento se você deixar de fazer a tarefa prontamente. Sem gratidão não existe qualquer prêmio, o que faz com que a pessoa que presta ajuda sinta-se desmotivada. Conclusão: trabalhe com pessoas que podem apreciá-lo.

26. Pedir aos outros uma opinião depois de já ter tomado a sua decisão

Você já tomou sua decisão e sabe o que deve fazer, mas você ainda está pedindo aos outros uma opinião? Você quer ter a certeza? Você quer saber se esta era a decisão correta? Você quer ouvir que não haverá consequências negativas? Ou talvez você queira fazer a outra pessoa sentir que está envolvida no processo de tomada de decisão, um processo que na verdade já acabou? Geralmente isso só leva a outras dúvidas, prazos e frustrações conectadas com não tratar do assunto. Se você já tomou sua decisão, você simplesmente precisa estar preparado para as suas consequências.

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27. Fazer trabalho de outros

Um chefe que entra no escritório e começa a trabalhar em tudo, exceto para o seu próprio trabalho. Um pai, que não percebe que seu filho deve começar a fazer determinadas tarefas por conta própria, à medida que cresce. Um jogador de futebol que decide carregar a bola, em vez de passar a bola ao seu colega que está em uma posição melhor, arriscando a pontuação de sua equipe para um momento de possível estrelato. O corpo funciona melhor se a mão é a mão, a perna é a perna e a cabeça é a cabeça. O estômago não será tão eficaz para bombear o sangue, como o coração.

28. Beber álcool demais

A falta de clareza de pensamento, uma ressaca no dia seguinte que apaga um dia de sua vida, as consequências das decisões idiotas feitas porque você bebeu demais -tudo isso deve ser suficiente para que você pare o "adolescente tipo beber até cair" e se mova em direção a um uso mais consciente do álcool. Felizmente, a masculinidade moderna deixou para trás o tradicional "beba comigo, bro!" e introduziu novos modelos de passar tempo livre e se socializar.

29. Assistir a filmes idiotas em um avião para matar o tempo

Leia um livro para estimular sua imaginação. Durma para se sentir revigorado. Medite para obter mais controle sobre seus pensamentos. Responda aos e-mails para manter sua caixa de entrada vazia. Comece a conversar com um comissário de bordo ou qualquer passageiro para lembrar-se de como é fascinante conhecer novas pessoas.Se exercite para melhorar o seu fluxo de sangue. Mas não faça coisas estúpidas com o custo de seu intelecto só porque você não sabe o que fazer no seu tempo livre. Você não pode fugir de si mesmo.

30. Voltar ao passado

O passado não pode ser alterado, você não pode voltar a ele ou influenciá-lo. Relembrar o que já foi como algo melhor do que a sua realidade atual é frustrante e o separa de viver e de ser, e sentir raiva de alguém que fez algo no passado leva ao ódio ou ressentimento tóxico. Tudo isso não mudará nada! Ao deixar o passado para trás, somos capazes de se concentrar em uma coisa que podemos influenciar: a criação de futuro melhor.

Para consultora, prazo de entrada do eSocial deve ficar para 2016

Postado por José Adriano em 17 setembro 2014 às 14:30 Exibir blog

De acordo com a consultoria PwC, as empresas terão mais tempo para se adaptar ao eSocial, uma vez que o governo adiou mais uma vez a data de entrada oficial do sistema. “A divulgação da portaria interministerial (que estabelece o prazo final) deveria ter acontecido no final de agosto, mas foi adiada. Acreditamos que o documento deve ser publicado por volta de dezembro, até em função das eleições (presidenciais) de outubro”, disse Vanessa Carvalho, gerente de Impostos e Trabalho da PwC, durante o comitê estratégico de Finanças da Amcham – São Paulo, da quinta-feira (11/09).

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“Como as empresas têm um ano para se adaptar depois da publicação da portaria, a entrada oficial do sistema deve ficar para janeiro de 2016”, acrescenta a executiva. O eSocial é um sistema público de escrituração digital que concentrará todas as informações trabalhistas e previdenciárias da empresa. O objetivo é eliminar processos burocráticos e tornar a fiscalização mais eficiente.

Os prazos de oficialização do eSocial têm mudado ao longo do ano. A data inicial era janeiro, mas adiamentos constantes da portaria criaram incerteza nas empresas. A última expectativa era de entrada no segundo semestre de 2015. “Temos vivido um ambiente de incerteza, por conta das postergações de prazos e da própria divulgação da portaria interministerial. Mas isso dá tempo às empresas de estudar a melhor forma de montar o projeto”, disse Vanessa.

Quando instalado, a plataforma eSocial deve eliminar a necessidade de preencher alguns documentos fiscais e trabalhistas, como a DIRF (Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte), o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e a RAIS (Relação Anual de Informações Sociais).

Vanessa disse que a montagem de um bom sistema de eSocial nas empresas tem que incluir integração, transparência e compliance (adequação às regras). “Por integração, entenda-se o envolvimento de toda a empresa, como o RH, fiscal, compras, segurança do trabalho, jurídico e até a TI (Tecnologia da Informação).”

A transparência consiste em informar à Receita Federal adequadamente – através da escrituração digital – todas as atividades trabalhistas e previdenciárias. Isso está diretamente relacionado ao compliance, de acordo com Vanessa.

“O eSocial requer um nível muito detalhado de informação. As empresas têm que se preocupar em externar ao fisco práticas que provavelmente não estão totalmente de acordo com as regras de compliance. Isso não significa necessariamente irregularidade, mas pode suscitar a curiosidade da fiscalização.”

http://www.amcham.com.br/gestao-empresarial/noticias/para-consultor...

e-Social: Destaques da nova versão! Posted: 18 Sep 2014 04:44 PM PDT

por Ivanil Fabiano

Recentes debates e inúmeras reuniões com os gestores do projeto têm conduzido a grandes mudanças na estrutura de campos e informações do eSocial.

Para aqueles que estão acompanhando a evolução do tema e que recentemente participaram de treinamentos e palestras sobre o tema, a expressiva lista de alterações será um convite para futuros encontros, o que é muito positivo, pois, um projeto desta magnitude necessita muita discussão.

De antemão, houve alterações no cadastro dos trabalhadores, inclusive, com a confirmação de que realmente será implementada a rotina “S-2190 – Registro Preliminar – Admissão”, justamente para empregados admitidos no primeiro emprego que ainda não possuem cadastro no PIS/PASEP. Neste caso, a admissão será primeiramente realizada pelo CPF, com posterior inclusão do número de PIS/PASEP.

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Na última versão em debate (versão 1.2 – Beta 5.1), chamaram a atenção alguns eventos das áreas de Segurança e Saúde no Trabalho que, em minha opinião, serão as áreas que mais sentirão o processo de implantação. A boa notícia se deve ao grande aperfeiçoamento das informações, que deve agradar os colegas que militam na área.

Prováveis alterações – Destaques:

>>> DESCRIÇÃO DE ATIVIDADES DESEMPENHADAS: A empresa informará a descrição das atividades, físicas ou mentais, realizadas pelo trabalhador, lembrando que as atividades deverão ser escritas com exatidão, mas de forma sucinta, com a utilização de verbos no infinitivo impessoal (exemplos: distribuir panfletos, operar máquina de envaze, etc.). Detalhe: Essas atividades servirão, principalmente, para fins de cadastro dos riscos ocupacionais (PPRA), tanto que este campo será removido do evento “Cadastro / Admissão” para o evento “Condição Diferenciada” (que será o núcleo das informações do futuro PPP – Eletrônico). Em suma: o campo “descrição de atividades” equivalerá ao atual campo “profissiografia” do formulário PPP;

>>> CAMPO “CID” – ATESTADO MÉDICO: Tudo indica que este campo será de preenchimento não obrigatório, inclusive pelos recentes estudos realizados no atual layout. Ao que parece, as orações surtiram efeito;

>>> TABELA 7 – RISCOS OCUPACIONAIS: Foi totalmente reestruturada, com a inclusão de inúmeros códigos para definição detalhada dos agentes nocivos e dos fatores de riscos, entre outros relevantes ajustes (por exemplo, a “eletricidade” deixou de ser referenciada como “agente físico”, passando a constar somente como “risco de acidente”);

>>> TABELA DE LOTAÇÕES TRIBUTÁRIAS X TABELA DE AMBIENTES DE TRABALHO: Digna de aplausos foi a fragmentação da atual tabela de lotações "S-1020" (departamentos, setores etc) em duas novas tabelas: “Tabela de Lotações Tributárias” (para fins de folha de pagamento, contabilização etc) e “Tabela de Ambientes de Trabalho” (para fins de definição dos riscos ocupacionais);

>>> EVENTO S-1300: Esclarecimento de que serão informados todos os pagamentos sujeitos às retenções federais, como IRRF, PIS, COFINS, CSLL, nos moldes ocorridos atualmente na DIRF.

Muitas novidades ainda estão por vir, vamos aguardar as definições.

Alinhando entendimento

Contribuição de produtor rural para o Funrural é inconstitucional, decide STJ16 de setembro de 2014, 18:26

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O Superior Tribunal de Justiça reconheceu a extinção definitiva da contribuição ao Fundo de Apoio ao Trabalhador Rural (Funrural) incidente sobre a comercialização da produção do empregador rural (pessoa física). Assim, ao julgar Recurso Especial, a 1ª Turma do STJ, por maioria de votos, decidiu alinhar sua posição a do Supremo Tribunal Federal.

O recurso foi interposto por um contribuinte que, além de pedir o reconhecimento de que a retenção e o recolhimento da contribuição foram extintos, reivindicou o ressarcimento dos valores recolhidos desde o fim do Funrural, em 1991.

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região negou o pedido, afirmando que a contribuição incidente sobre o valor comercial dos produtos rurais, a cargo do empregador rural pessoa física, teria sido extinta pela Lei 8.213/91, mas restabelecida a partir da vigência da Lei 8.540/92.

Segundo o acórdão, com a edição da Lei 8.540, os produtores rurais empregadores pessoas físicas voltaram a recolher a contribuição sobre a comercialização de produtos. Entretanto, o contribuinte defendeu no recurso especial que a norma não recriou o Funrural, mas instituiu uma nova contribuição de financiamento da seguridade social.

Alinhamento O relator do caso no STJ, ministro Sérgio Kukina (foto), reconheceu que a jurisprudência da 1ª Seção da corte se consolidou no mesmo sentido do acórdão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, mas defendeu a mudança de entendimento para alinhar a posição do STJ a do STF.  

No julgamento do Recurso Extraordinário 596.177, com repercussão geral, o STF declarou a inconstitucionalidade do artigo 1º da Lei 8.540, que previa o recolhimento de contribuição para o Funrural sobre a receita bruta proveniente da comercialização de produção rural de empregadores pessoas físicas.

O ministro afirmou que os julgamentos do STF com Repercussão Geral e sob o rito do artigo 543-B do Código de Processo Civil “devem servir de qualificada orientação jurisprudencial para os demais órgãos do Poder Judiciário. Isso porque, a despeito da ordem constitucional permitir a divergência das instâncias inferiores frente a esses precedentes, é de todo contraproducente que os demais órgãos da Justiça brasileira não sigam a orientação firmada pelo STF em matéria idêntica”.

O ministro concluiu: “Diante da previsão do parágrafo único do artigo 481 do CPC, que dispensa a reserva de plenário para declaração de inconstitucionalidade de lei assim já declarada pelo STF, reconheço a inconstitucionalidade do artigo 1º da Lei 8.540”. Com informações da Assessoria de Imprensa do STJ.

REsp 1.070.441

Revista Consultor Jurídico, 16 de setembro de 2014, 18:26

Contribuinte vence ação sobre SAT 17 de setembro de 2014 08:37

Por Bárbara Mengardo

A 1ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) entendeu que a União não poderia ter aumentado a contribuição ao Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) – que passou a se chamar Riscos Ambientais do

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Trabalho – sem apresentar os motivos. A decisão foi tomada ontem, em processo movido por uma companhia do grupo Fiat.

Com a decisão favorável, a empresa deixará de pagar uma alíquota de 3% sobre a folha de salários, conforme previa o decreto, e passará a recolher 2%. De acordo com o advogado da companhia, Marco Tulio Ibraim, esse entendimento possibilita o pedido de restituição dos valores pagos indevidamente e poderá incentivar outras empresas a propor ações semelhantes.

viaContribuinte vence ação sobre SAT | Valor Econômico.

Por que ainda é tão difícil avaliar pessoas na sua empresa Notícia disponibilizada no Portal www.cmconsultoria.com.br às 00:20 hs.

20/09/2014 - No processo de avaliação de pessoas, a área de Recursos Humanos e o CEO assumem papéis primordiais. Entenda como fazer uma avaliação de pessoas decisiva

A avaliação de pessoas dentro do mundo organizacional acontece de duas formas: através de processos formais inerentes aos vários subsistemas de Recursos Humanos, como contratação, movimentação entre funções ou áreas; promoção; avaliação de desempenho e/ou de potencial, revisão salarial; e até, decisão pela demissão.

A avaliação também acontece como um processo informal, contínuo e por vezes até inconsciente. Resulta da nossa observação das pessoas – seus comportamentos, motivações, nível de energia, disposição e comprometimento.

Ambos são igualmente importantes. O primeiro por razões óbvias, condição mínima para um nível de governança que assegure clareza e justiça de critérios e procedimentos adotados para cada tipo de avaliação e seu correspondente objetivo.

E o segundo também. Porque é no dia a dia que as pessoas se revelam verdadeiramente. Situações pontuais podem influenciar a percepção que se tem de alguém, mas não definem um indivíduo.

Neste sentido, Recursos Humanos tem a função primordial de prover os conceitos, as ferramentas e a capacitação para que os processos sejam conduzidos de forma adequada, alicerçados na cultura da organização e na estratégia de negócios.

Como haverá momentos nos quais Recursos Humanos exercerá o papel de agente de mudança de um determinado status quo, é fundamental que os processos de avaliação estejam alinhados na mesma direção, para onde a mudança cultural estiver apontando.

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Mais uma vez, cabe a Recursos Humanos a função de instrumentalizar os gerentes de pessoas, para que desempenhem este seu papel com maestria, e também, os indivíduos diretamente, para que cada um possa se auto gerenciar, em relação ao seu trabalho, seu tempo e, sobretudo, à sua própria carreira.

Importante enfatizar que toda avaliação formal, seja ela qual for, objetiva uma decisão.

Isto é importante, porque vivemos tempos de muitos modismos. E organizações aderem a estes sem ter muita clareza do que fazer com o resultado que vão obter com a utilização de determinadas metodologias e ferramentas. Isto é especialmente comum no caso da utilização dos vários tipos de assessments existentes no mercado.

Outro ponto importante é que tal decisão é fruto de um processo e precisa ser explicitada, tanto em relação aos critérios adotados como aos resultados e objetivos. É recomendado que o avaliado tenha acesso aos resultados de sua avaliação para entender oportunidades de melhoria.

Somente esta transparência legitima o processo e o agente que conduziu o mesmo. Quando tal clareza não acontece, abre-se espaços para a desconfiança, insegurança e atos de politicagem e influência.

A vivência mostra também que o bom avaliador, seja para qualquer tipo de avalição, antes de tudo, deve ter um bom conhecimento de si mesmo para começar.

Deve ter consciência e honestidade em relação aos seus próprios bias (todos nos temos os nossos) e aderência aos critérios definidos para o processo de avaliação em questão, de maneira a que não se deixe influenciar por questões circunstanciais.

No contexto organizacional, não podemos esquecer que cada processo de avaliação precisa priorizar aquelas decisões que levarão à produção dos resultados empresariais, através das pessoas certas para cada função, para cada situação, para cada momento.

Quando falamos de avaliações, é comum se valorizar a intuição na hora de tomar decisões sobre pessoas. Não se deve negar que ela existe e muitas vezes ajuda realmente. Mas existem técnicas que podem ser aprendidas e ferramentas que podem ser utilizadas para reduzir a subjetividade e trazer mais dados e fatos, portanto, mais objetividade à decisão.

Seja como for, é essencial que fique claro que tudo o que se refere à avaliação de pessoas é relativo tanto pelo lado do avaliado, como por quem está avaliando. E está condicionado ao contexto em questão.

Em seu livro ”Great People Decisions”, Claudio Fernandez Araaoz, experiente sócio de uma das maiores empresas de recrutamento de executivos, é assertivo quando diz que a maioria das empresas não tem ou tem poucas boas práticas em relação às decisões que envolvem pessoas, consequentemente, em relação aos seus processos de avaliação.

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Ele vai além, quando afirma com base em sua longa experiência como headhunter e estudioso do assunto, que as empresas não recrutam os melhores talentos, não sabem diferenciar os top performers daqueles sofríveis, não sabem reter os melhores e assignar a estes as melhores atividades justamente para deixá-los engajados e motivados e nem sabem desenvolver aqueles que têm dentro de casa.

Dito isto, cabe ao CEO elevar a sua barra de exigência em relação aos processos de avaliação de pessoas que a empresa dispõe, assim como ao nível de capacitação de seus gestores, assumindo que ele mesmo seja um exemplo neste quesito. Caso contrário, não existirá uma referência a ser seguida.

*Raissa Lumack é VP de Recursos Humanos da Coca-Cola Brasil.

Raissa Lumack*, da endeavor

Fonte: EXAME.com

Perguntas inconvenientes num processo de seleçãoConfira quais são as questões quem devem ser evitadas numa entrevista de emprego

Em edições anteriores do CRCSP Online, mostramos algumas boas perguntas para se fazer durante uma entrevista de emprego. Desta vez, pontuaremos aquelas que devem ser terminantemente evitadas ao longo da conversa com o recrutador. Afinal, o momento de uma entrevista de emprego é decisivo e, para não colocar tudo a perder, é importante ter clareza com as palavras e saber o que questionar. Por isso, evite dúvidas como:  

-Quanto tempo de férias eu terei? Nunca pergunte vantagens adicionais ou benefícios durante uma entrevista de emprego. Só fale sobre o assunto se o recrutador falar primeiro. 

Quão importante é a pontualidade?Se você pergunta isso numa entrevista levanta suspeitas. Você deve chegar ao trabalho no horário.

Em quanto tempo eu teria um aumento? Mais uma vez: esse tema é proibido. Só fale de benefícios se o recrutador falar primeiro.   

Posso trabalhar em  casa? Se o emprego permite que os funcionários trabalhem em casa isso estará na descrição do cargo. Portanto, não há necessidade de você fazer esta pergunta durante uma entrevista.   

Eu não tenho nenhuma pergunta para você.Não diga ao entrevistador que você não tem perguntas. A cada contratação, os recrutadores esperam ouvir, pelo menos, uma pergunta. Mas não deve ser nenhuma dessa lista.

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Por que o dinheiro nunca é suficiente?Com dinheiro no bolso, você é bonito, inteligente e sabe até cantar. Mas o dinheiro nunca é suficiente. Então, o que você tem feito para mudar a situação em que se encontra?

Jerônimo Mendes, 14 de setembro de 2014

Decorridos sete anos da primeira publicação, decidi reescrever este artigo considerando que pouca coisa mudou em relação aos cuidados com o dinheiro e que a maioria das pessoas continua refém da comparação alheia, da ditadura da beleza e da compulsão desenfreada pelos brinquedos eletrônicos.

O fato é que milhares de profissionais acordam todos os dias e, contrários à sua vontade, seguem para o trabalho onde, na maioria dos casos, vão fazer o que não gostam, sorrir para quem não querem e ganhar menos do que poderiam, embora isto seja necessário para honrar as contas que não param de chegar.

Outros milhares acordam cedo todos os dias e correm para a banca mais próxima a fim de comprar o jornal para procurar emprego e enfrentar a fila da última vaga disponível que, na maioria dos casos, existe porque alguém chegou à conclusão de que era melhor tentar um novo emprego ou ainda porque alguém foi disponibilizado para o mercado.

No mundo competitivo em que vivemos existe sempre alguém disponível para fazer o que você faz pela metade do seu salário. Portanto, mudar de emprego não basta. Digo isso por experiência própria: mudei nove vezes, fui feliz em todos, mas, não posso negar, passei a me sentir feliz de verdade quando comecei a atuar por conta própria e risco.

Reflita sobre seus ganhos. Sai dissídio, entra dissídio, sai chefe antigo, entra chefe novo e, mesmo assim, você continua ganhando pouco ou, como a maioria diz, menos do que merece. Vinte anos se foram na mesma empresa e você não foi reconhecido. Muitos vieram de fora e você não foi promovido. Você mudou de emprego e continua ganhando pouco.

Por que isto acontece? É bem simples, mas, antes, deixe-me compartilhar uma história que ocorreu comigo há quase vinte anos. Certa vez, tomei coragem para abordar o diretor da empresa onde eu trabalhava e fui direto ao ponto: "Ó, grande chefe, meu salário está bem defasado, o dissídio foi pouco, estou devendo em três bancos diferentes, estourei o limite do cartão de crédito e não sei mais o que fazer, eu preciso de um aumento."

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Hoje, pensando melhor, dá pra dizer que na época eu ganhava um bom salário, em torno de três mil e poucos reais, nada mal para quem saiu do interior e, de emprego em emprego, foi melhorando até chegar onde chegou.

Entretanto, para minha surpresa, ele foi mais direto do que eu: "Ó, grande Jerônimo, eu gosto muito do seu trabalho, juro, mas vou te dizer uma coisa. Esse negócio de aumento é besteira, vai por mim, eu, por exemplo, ganho quase trinta mil reais por mês e não me sobra nada, nada que eu fizer vai te ajudar."

Antes que eu pudesse pensar algo capaz de demover aquela frieza, plantado ali em frente a ele com cara de paisagem, ele disparou: - A única coisa que eu posso fazer para ajudá-lo é demitindo-o, assim você recebe a rescisão e a multa do FGTS, que tal?

Juro por tudo o que é mais sagrado, tive vontade de jogá-lo pela janela do quarto andar. Respirei fundo, saí da sala com aquela cara de bunda e disse que ia pensar, porém, aquilo me fez repensar a forma de ver o problema.

Fui para casa deprimido naquele dia, conversei com minha esposa e, de lá para cá, prometi a mim mesmo que nunca mais pediria aumento de salário, mas faria de tudo para construir a minha própria renda. Ele não deixava de ter razão, pois o importante não é quanto você ganha, mas como você gasta e administra a parte que lhe cabe.

O maior erro que se pode cometer é não saber viver com o salário que se recebe e, por conta das comparações desnecessárias e dos “brinquedinhos eletrônicos” que a mídia incute na sua mente e na mente dos seus filhos todos os dias, você acaba levando uma vida de empréstimos e mais empréstimos fazendo do limite de crédito bancário ou do cartão de crédito a extensão do seu salário.

Neste mundo bombardeado por quase três mil propagandas diárias, o salário nunca será justo e suficiente para as suas necessidades e você estará sempre querendo mais, pois as despesas tendem a crescer na mesma proporção da sua receita.

E o que é pior, 5% de dissídio ou 10% de meritório não vão resolver a sua vida. Portanto, greve, pressão, cara feia, conversa séria com o chefe e até mesmo um novo emprego não vão amenizar a insatisfação se você não praticar duas virtudes essenciais para o sucesso na vida pessoal e profissional: disciplina e consciência financeira.

Sem disciplina e consciência financeira, não importa se você ganha salário mínimo ou vinte mil reais por mês, você pode mudar de emprego quantas vezes quiser, fazer greves e mais greves a vida toda e será eternamente infeliz. É por essa razão que as greves são uma total perda de tempo. O problema não é o governo ou a ganância dos empresários, mas a indisciplina do ser humano.

Por essa mesma razão, existem pessoas felizes que ganham de um a três salários mínimos por mês e pessoas vazias e infelizes que ganham salários astronômicos que os primeiros nem imaginariam conseguir durante uma vida inteira de trabalho.

Para não ser injusto com o meu ex-chefe, dois meses depois ele me chamou na sala e me deu um aumento de 20% e mais um conselho que nunca esqueci: "Isto ajuda, mas não vai resolver a sua vida se você não criar vergonha na cara para viver bem com aquilo que você ganha.". Serei eternamente grato a ele por isso e hoje somos bons amigos.

A maneira mais fácil de conseguir aumento de salário é fazer algo diferente e produtivo, principalmente quando você constrói o próprio negócio e torna-se um empregador por excelência. Não reclame do patrão

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nem do salário, pois é deselegante e antiético. Legal mesmo é perseguir os sonhos e uma renda maior de outra forma, com cabeça, coração e criatividade, sendo você mesmo o dono do seu destino.

Gosto muito de um provérbio iídiche que diz o seguinte: com dinheiro no bolso você é bonito, inteligente e sabe até cantar. Pense nisso, seja disciplinado, crie vergonha, gaste menos do que ganha, construa a renda ideal, sofra menos e seja bem mais feliz!

As carreiras mais subestimadas e supervalorizadas em 2014 Notícia disponibilizada no Portal www.cmconsultoria.com.br às 08:26 hs.

18/09/2014 - Algumas têm bons salários e perspectiva de crescimento, mas pouca procura. Outras são mais estressantes e não tão bem remuneradas como muitos imaginam

RIO — Há profissões que não são associadas a altos salários e boas oportunidades de crescimento e, por isso, acabam não atraindo os estudantes.

Outras, por sua vez, são supervalorizadas, embora não tenham nada de glamour: apesar de altos salários, os profissionais enfrentam longas jornadas de trabalho, apresentam alto nível de estresse e, em alguns casos, têm poucas perspectivas de crescimento e instabilidade na carreira.

“Os empregos subestimados, muitas vezes, compartilham uma série de características positivas, como baixo nível de estresse, altas perspectivas de carreira e bons salários”, afirma o editor do site americano CareerCast, Tony Lee, lembrando que muitos profissionais dão importância àqueles empregos da moda, deixando de lado os que oferecem reais perspectivas de crescimento.

O site especializado em carreira fez uma lista das profissões mais subestimadas e mais supervalorizadas, de acordo com o mercado americano.

Algumas, embora apresentem alta perspectiva de crescimento, como é o caso de coordenador de eventos (33%), têm uma jornada de trabalho longa e estressante. Confira:

As mais subestimadasAnalista de sistemas

Salário anual (US$): 79.680

Perspectiva de crescimento (até 2022): 25%

Engenheiro Civil

Salário anual (US$): 79.340

Perspectiva de crescimento (até 2022): 20%

Geólogo

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Salário anual (US$): 90.890

Perspectiva de crescimento (até 2022): 16%

Analista de Pesquisa de Mercado

Salário anual (US$): 60.300

Perspectiva de crescimento (até 2022): 32%

Assistente Jurídico

Salário anual (US$): 46.990

Perspectiva de crescimento (até 2022): 17%

Engenheiro ambiental

Salário anual (US$): 80.890

Perspectiva de crescimento (até 2022): 15%

Fisiologista

Salário anual (US$): 42.690

Perspectiva de crescimento (até 2022): 19%

Contador:

Salário anual (US$): 63.550

Perspectiva de crescimento (até 2022): 13%

Veterinário

Salário anual (US$): 84.460

Perspectiva de crescimento (até 2022): 12%

PUBLICIDADE

Artística multimídia

Salário anual (US$): 61.370

Perspectiva de crescimento (até 2022): 6%

As supervalorizadasExecutivo de Marketing

Salário anual (US$): 46.290

Perspectiva de crescimento (até 2022): -1%

Procurador

Salário anual (US$): 113.530

Perspectiva de crescimento (até 2022): 10%IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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Coordenador de evento

Salário anual (US$): 45.810

Perspectiva de crescimento (até 2022): 33%

Consultor organizacional

Salário anual (US$): 78.600

Perspectiva de crescimento (até 2022): 19%

Gerente de relações públicas

Salário anual (US$): 98.700

Perspectiva de crescimento (até 2022): 13%

CEO

Salário anual (US$): 101.650

Perspectiva de crescimento (até 2022): 11%

Corretor da Bolsa de Valores

Salário anual (US$): 71.720

Perspectiva de crescimento (até 2022): 11%

Cirurgião

Salário anual (US$): 233.150

Perspectiva de crescimento (até 2022): 18%

Escritor

Salário anual (US$): 55.940

Perspectiva de crescimento (até 2022): 3%

Escriturário

Salário anual (US$): 35.170

Perspectiva de crescimento (até 2022): 11%Fonte: O GLOBO

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Veja truques que vão manter sua criatividade em alta 17/09/2014

Seguir os seus instintos e usar o bom senso estão entre eles

Fonte: Shutterstock

Para dar voz às suas inspirações, diminua a pressão sobre si mesmo

Criatividade é um atributo valorizado em qualquer carreira, por ser intimamente conectado à inovação. Por ser um fator subjetivo, à primeira vista, é comum que as pessoas não enxerguem o processo criativo como fruto de uma série de etapas, e sim, como o famoso momento do insight, que não acontece com frequência, mesmo para as pessoas mais inventivas.

No entanto, a originalidade percorre diversos caminhos e, por isso, é possível estimular sua imaginação de muitas maneiras diferentes, garantindo um fluxo contínuo de boas ideias. Nesse sentido, o primeiro quesito a ser adotado é o bom senso.

Quando estiver pensando, não considere que tudo que lhe vêm à mente não tem potencial, apenas por serem pensamentos inacabados. Por outro lado, é possível que ideias trabalhadas por muito tempo realmente não sejam tão boas quanto você imaginava; nessa hora, é preciso saber como se desapegar.

Se for muito difícil para você fazer esse contraponto, aceitar conselhos é sempre uma boa pedida. Ao ouvir o que as outras pessoas têm a dizer, é possível que você consiga lapidar melhor seu raciocínio e até mesmo fazer novas descobertas.

Porém, não é bom se deixar confundir com muitas opiniões. O que deve prevalecer é o seu instinto, mesmo que as decisões que você está tomando sejam arriscadas, afinal, o trabalho deve refletir a sua marca pessoal.

Para dar voz às suas inspirações, diminua a pressão sobre si mesmo. Permita-se divagar por algum tempo, relaxe. Às vezes, o motivo dos impasses criativos está justamente na sobrecarga de pensamentos. Acalme-se e veja os resultados.

Fonte: Universia Brasil

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Da imediata aplicação do adicional de periculosidade aos trabalhadores em motocicleta (Lei 12.997/2014) Publicado por Meirielen do Rocio Rigon - 4 dias atrás

O Direito do Trabalho é uma ciência que tem por objetivo acompanhar o desenvolvimento das relações de trabalho da sociedade contemporânea e, a partir dessa premissa, há alguns anos tem buscado regulamentar as atividades daqueles que trabalham em motocicleta.

Neste contexto, a Lei 12.009/2009 procurou regulamentar as atividades de mototaxista, motoboy, motofretista e motovigia, bem como se buscou limitar a idade para o exercício destas profissões, ocorre que apesar da aparente boa vontade da lei, esta não foi suficiente para trazer maior proteção a estes trabalhadores que se encontram constantemente em risco, continuando à margem não apenas da sociedade como também do direito do trabalho, perdeu-se, quando da edição da lei acima mencionada, a oportunidade de reconhecer os perigos inerentes à atividade em motocicleta, não tratando da extensão do adicional de periculosidade a esta espécie de trabalhador empregado, deixando pendente tal questão.

Ainda buscando aumentar a segurança dos trabalhadores em motocicletas, editou-se a Lei 12.436/2011 que, buscando garantir a segurança destes, passou a vedar que empresas ofereçam prêmios por quantidade de entregas, isentem consumidores que não receberem produtos em um determinado prazo e incentivem a competição entre os funcionários para aumentar o número de serviços prestados, buscando com isso fazer com que os motociclistas diminuam a velocidade e consequentemente diminuam os acidentes que ocorrem diuturnamente com tais profissionais, mais uma vez deixou-se de levar em conta a natureza perigosa de tal atividade.

Considerando a insuficiência das medidas anteriores, foi sancionada e publicada no Diário Oficial da União, em 20 de agosto deste ano, a Lei nº. 12.997/2014 que alterou a literatura do art. 193 da Consolidação das Leis do Trabalho com a inclusão do § 4º, tema deste estudo, vejamos:

“LEI 12.997, de 18.06.2014 – DOU de 20.06.2014

Acrescenta § 4º ao art. 193 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, para considerar perigosas as atividades de trabalhador em motocicleta.

Art 1. O art. 193 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei 5.452, de 1 de maio de 1943, passa a vigorar acrescido do seguinte § 4º:

‘Art. 193...

...

§ 4. São também consideradas perigosas as atividades de trabalhador em motocicleta” (NR)

Art. 2. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação

Brasília, 18 de junho de 2014; 193º da Independência e 126º da República.

DILMA ROUSSEF

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José Eduardo Cardozo

Manoel Dias"

De imediato, faz-se necessário esclarecer que o art. 193, CLT reza acerca das atividades consideradas perigosas e, consequentemente, atribui o dever do pagamento de adicional de periculosidade. A Lei 12.997/2014 dispôs sobre a figura do trabalhador em motocicleta e atribui a esta atividade propriedade de trabalho perigoso, modificando as características do contrato de trabalho e remuneratórias destes profissionais.

Quando da leitura do novo § 4º do art. 193 da CLT, nota-se que o trabalhador em motocicleta passará a perceber adicional de periculosidade na base de 30% (trinta por cento) sobre o salário base sem quaisquer acréscimos. Denota-se que o legislador brasileiro finalmente entendeu que a parcela adicional inserida pela Lei é devida em virtude não apenas em razão do desconforto, desgaste e stress que estes trabalhadores vivenciam diariamente, mas principalmente pelos perigos à saúde e segurança inerentes a tal atividade.

A classe empresária brasileira questiona-se sobre o prazo de aplicação da Lei com a conseguinte inclusão do adicional de periculosidade nos vencimento de seus colaboradores e, neste sentido, é importante ressaltar que, não obstante a publicação da Lei 12.997/2014, ocorrida em agosto deste ano, e as pressões dos trabalhadores e sindicatos de classe para sua imediata aplicação, a própria CLT, no supracitado art. 193, posiciona-se que o adicional de periculosidade somente será devido à classe de trabalhadores em motocicletas a partir da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

Doutrina e jurisprudência são praticamente unânimes ao afirmar que para a aplicação da modificação legislativa, ora em análise, deve-se aguardar a regulamentação pelo Ministério do Trabalho, incluindo a atividade dos trabalhadores em motocicletas no rol das atividades perigosas, atualmente regulamentada pela Norma Regulamentadora nº 16 (NR 16). Tal posicionamento encontra um suposto respaldo jurídico no art. 196 do Caderno Trabalhista que afirma que

“Os efeitos pecuniários decorrentes do trabalho em condições de insalubridade ou periculosidade serão devidos a contar da inclusão da respectiva atividade nos quadros aprovados pelo Ministério do Trabalho respeitados as normas ao Art. 11”.

Assim, aparentemente, enquanto o MTE – Ministério do Trabalho e Emprego – não regulamentar as atividades perigosas em motocicleta nenhum adicional de periculosidade será devido, no entanto, pergunta-se: é justo tal entendimento? Entende-se que NÃO!

Primeiramente é preciso lembrar que tanto a dignidade da pessoa humana quanto os valores sociais do trabalho são princípios fundamentais da República Federativa do Brasil, previstos constitucionalmente e protegidos sob a égide de cláusula pétrea, assim, considerando que as condições de trabalho estão diretamente relacionados à dignidade humana não seria justo aguardar uma regulamentação meramente administrativa para se garantir a eficácia da nova lei quando incontroversa a atividade do obreiro motociclista.

Destaca-se ainda que a classe empregadora escudar-se-á no disposto no art. 196 do Caderno Trabalhista para evitar o pagamento de tal verba, sendo, portanto, conivente interpretar a CLT no sentido estrito de que se não há regulamentação pelo MTE não há obrigatoriedade de pagamento de adicional de periculosidade.

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Absurdo! Pois todas as leis recepcionadas pela Constituição Federal devem ser interpretadas com os olhos para ela voltados e ao elucidar o art. 196 da CLT considerando-se apenas sua literalidade fere-se o que o constituinte buscou tanto proteger, ou seja, os valores sociais do trabalho.

Desta forma, por se tratar de atividades perigosas aquelas que por sua natureza ou métodos de trabalho impliquem risco acentuado à vida e segurança do trabalhador, contraria o princípio da razoabilidade aguardar a movimentação do Poder Executivo para a imediata aplicação da nova lei, pois o exercício da atividade em motocicleta não terá acentuado seu grau de periculosidade apenas pela regulamentação, o que no plano real ocorrerá é um prejuízo ainda maior a estes trabalhadores que há anos encontram-se à margem da proteção estatal, logo, escudando-se no princípio da dignidade humana, razoabilidade, princípio protetório do direito material do trabalho e valores sociais do trabalho, o imediato pagamento do adicional de periculosidade aos trabalhadores em motocicleta é medida que se impõe.

ÉRICO RODRIGO FARIAS PINHEIRO – Advogado, Mestrando em Direito do Trabalho e Relações Internacionais do Trabalho pela Universidad Tres de Febrero - UNTREF.

MEIRIELEN DO ROCIO RIGON – Advogada, Pós-Graduada em Direito Público pela Universidade Potiguar e Mestranda em Direito do Trabalho e Relações Internacionais do Trabalho pela Universidad Tres de Febrero - UNTREF.

Meritocracia e os 5 principais mitos utilizados para sua objeção Os principais mitos que procuram desconstruir a ideia real de meritocracia, os interesses envolvidos na sua defesa e seus principais beneficiários Publicado por Marcelo Pinto da Rocha - 6 dias atrás

André Rezende Azevedo - do Blog Viagem Lenta - Curtindo a estrada e a liberdade antes que elas acabem.

Recebi hoje de um grande amigo uma notícia publicada na Folha ontem: "Após escala ficar pública, 12 médicos pedem demissão em Araraquara". A ideia do prefeito da cidade em expor a lista de presença dos médicos nos centros de saúde é inibir as faltas constantes desses profissionais que prejudicam o atendimento da população. Chega a ser revoltante que funcionários pagos com o dinheiro público em um atendimento essencial para as pessoas assumam um comportamento reativo perante tal ato, preferindo a demissão à prestação de contas de algo tão básico, como o cumprimento de seu contrato de trabalho. A reportagem cita a privilegiada situação que esses profissionais desfrutavam.

Se você concorda que a lista de presença de médicos pertencentes a centros de saúde públicos deveria estar disponível publicamente, você defende a meritocracia. Meritocracia também é vincular o seu ganho a um mínimo de cumprimento de sua função, como a presença no local de trabalho. O médico, assim como qualquer profissional, deve "merecer" seu salário e seu título se ele cumprir o acordo realizado em seu

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contrato de trabalho. Demonizada pelas esquerdas mais radicais, a meritocracia tornou-se uma palavra ofensiva e como escrevi anteriormente em Idiocracia: a apoteose de uma sociedade medíocre, um dos conceitos mais incompreendidos. Porém, os discursos que se posicionam contra a meritocracia constantemente usam de espantalhos e enganos de causa e consequência para atacar a ideia. O termo em si consiste apenas em considerar atributos como educação, moral, talento, competência, treino ou simplesmente, capacidade de criação de valores para os demais, para a aquisição de determinado sucesso. Vamos ver quais são os discursos mais comuns (lidos em alguns sites de esquerda) que podem contaminar essa ideia e entender o que a meritocracia NÃO é.

1) Ser a favor da meritocracia é ser a favor das graves desigualdades sociais

Uma das principais falácias. O Estado, o maior gerador das desigualdades sociais, é uma instituição plenamente não meritocrática. É justamente pelos privilégios que seus funcionários possuem, como a estabilidade de emprego e reajuste de salários nivelados, que vemos uma transferência de riqueza tão acentuada para os amigos do poder, como no caso recente da corrupção na Petrobrás e em muitas centenas de outros. Desprezar a meritocracia é enaltecer o privilégio e o oportunismo de certos grupos. Na verdade, a implantação da meritocracia no setor público (e defendida corajosamente por alguns bons funcionários) selecionaria as melhores pessoas para prestar melhores serviços à população. Porém, colocaria na rua os incompetentes ou tornaria restritos, de forma universal, pomposos aumentos salariais. O próprio sistema de transferência de renda que sustenta a prerrogativa de diminuir a desigualdade social funcionaria muito melhor se a meritocracia fosse implantada em toda a máquina pública, incluindo as áreas de saúde e educação.

2) A meritocracia é injusta pois os ricos são ricos em virtude da transferência de heranças

Esse argumento não tem nem pé nem cabeça. A herança é um direito legal e não é o ponto da discussão. O mérito aqui foi de quem a construiu, e não de quem a recebeu. Culpar a meritocracia dizendo que a herança é uma propagadora das desigualdades sociais é ignorar que o mérito é uma consequência de ações próprias. Se o filho possui um razoável sucesso financeiro simplesmente porque recebeu uma polpuda herança do pai que faleceu, ele não tem nenhum mérito nisso. Claro que existem graus diferentes de mérito. O filho que multiplicou a riqueza (como estamos no Brasil, devemos deixar claro que esse tipo de consideração no artigo significa "de forma legal") tem claro o seu mérito, diferentemente daquele que dilapidou o patrimônio da família. Mas as consequências do recebimento da herança na sociedade nada têm a ver com meritocracia.

3) Não existe meritocracia pois as condições de nascimento das pessoas são diferentes.

Claro que são. E isso determina de forma muito clara as chances de sucesso das pessoas. Mas... Onde está a relação de causa e efeito com a meritocracia? Meritocracia supõe condições similares. Só podemos equalizar méritos quando temos essa condição satisfeita. É claro que ser um famoso cirurgião é muito mais fácil para quem nasceu em uma família com recursos e seus pais já são cirurgiões. O mérito é um componente nessa conquista, mas condições iniciais também influenciam o progresso pessoal. Os resultados também são uma consequência das oportunidades. O problema não está na meritocracia, mas sim em garantir da melhor forma possível o acesso aos serviços básicos à população para que elas partam de uma condição justa - algo que não é prioridade para os governos em geral e principalmente para o que temos no momento. Aí sim podemos falar em comparações meritocráticas. Mas esse tipo de argumento não pode ser utilizado para não defender a meritocracia entre pessoas de um mesmo grupo, algo corriqueiro no nível de debate atual.

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4) Argumentar que a meritocracia não se aplica porque ninguém é igual a ninguém.

Os demonizadores da meritocracia usam a figura acima para condenar o conceito de meritocracia. Mas... Onde está o sentido? Uma empresa exige o mesmo de seu diretor quanto exige do operário? Uma escola exige que o professor de geografia seja apto em matemática? Uma prefeitura que exige que tanto os médicos quanto os funcionários da limpeza cumpram seu horário de trabalho invade a individualidade de cada um? Esse é um dos outros enganos que as pessoas que são contra a meritocracia usam contra sua inteligência. Isso não é argumento. Isso é desonestidade intelectual. Prover um ambiente meritocrático envolve sim, respeitar cada pessoa, mas também exigir que ela tenha uma habilidade aceitável para a função que ela deveria ser capaz de realizar. Manter pessoas incapazes nas funções envolve riscos e danos maiores para toda a sociedade.

5) A meritocracia impede os protestos contra as diferenças.

A esquerda adora protestar contra as diferenças sociais. E vê na meritocracia um problema, uma vez que a acusa da tese de que todas as diferenças são fundamentadas pelo mérito, onde os resultados que determinada pessoa alcançou na vida são determinados pela sua responsabilidade própria. Em parte isso é verdade. Um condenado possui uma condição inferior de liberdade por responsabilidade própria. Uma pessoa que nunca gostou de estudar, não cursou uma universidade por responsabilidade própria. Um esportista que nunca levou a sério seus treinos, não alcançou os resultados que almejava por responsabilidade própria. Mas por outro lado, coloquei anteriormente um dos pressupostos da meritocracia, que é basear-se em condições minimamente similares. Logo, o argumento não é verdadeiro. As pessoas podem continuar protestando contra as diferenças. Existem vários tipos de protestos que podem auxiliar, e muito, a melhoria das diferenças econômicas e sociais entre as pessoas. Elas podem protestar contra a aposentadoria privilegiada dos funcionários públicos, por exemplo. Contra a privatização por grupos políticos das estatais que tem dilapidado seu patrimônio. Contra os a máfia dos sindicatos que rouba parte de seu salário constantemente sem sua autorização. Contra a política de expansionismo financeiro do governo que faz a inflação aumentar prejudicando principalmente as camadas mais pobres. Contra a elevada presença do Estado que cria uma casta de apadrinhados. A meritocracia não prejudica nenhum tipo de protesto. Eu poderia colocar mais um sexto argumento aqui mas prefiro fazer de forma separada, como um adendo: "A meritocracia é racista". Absurdo? Pois é... Nesse blog está escrito justamente isso: "De fato, essa ideologia (a meritocracia), levada às suas

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consequências lógicas, levaria à crença na existência de raças naturalmente desiguais, uma destinada a comandar, outra à escravidão". São ideias doentes. Creio que não é preciso explicar que a divisão de raças é justamente feito pelas pessoas que insistem nessa vitimização. É mais uma prova da constante desvirtualização que temos no debate hoje no Brasil. Você é a favor da meritocracia? Racista! É verdade que a meritocracia, de certa forma, legitima uma certa desigualdade econômica. Tentei deixar claro no artigo "Transferência de riqueza e igualdade salarial: conceitos imorais" , quando afirmei que "(...) as pessoas são naturalmente desiguais, possuem metas desiguais, possuem motivações desiguais. Ora, é claro que nunca serão economicamente iguais!". Lutar contra essa argumentação torna o discurso sem sentido. E enfatizo novamente, o que precisa ser garantido é a similaridade de oportunidades. O debate sobre isso é tão falho que até hoje um dos maiores problemas em nosso país é a educação fundamental, que seria um dos pilares para promover condições iniciais melhores para todos. Maior reconhecimento para os melhores professores, pois auxiliam esse processo. Maior reconhecimento para os melhores profissionais de saúde, pois produzem melhores resultados para a população. Maior reconhecimento para os melhores policiais, pois isso aumenta a segurança das pessoas. Atos meritocráticos contribuem para a ascensão da qualidade do sistema como um todo, pois possuem incentivos para o restante da equipe. E qualidade é algo com que todos podemos nos beneficiar.

Fonte: http://www.viagemlenta.com/2014/09/meritocraciaeos-5-principais-mitos-utilizados-para-sua-objecao.html

Algumas coisas que você precisa saber antes de cair no conto do cartão de créditoAquele cartãozinho sem anuidade que permite parcelar até uma balinha em dez vezes parece gentil. Mas não se engane. Nada vem de graçaSimão Mairins, 17 de setembro de 2014

"Para quem não resiste a um parcelamento a perder de vista, não há nada mais simpático: um cartão sem anuidade, que sai na hora e lhe permite dividir até um pãozinho em dez vezes"

Já há algum tempo as grandes redes de varejo (pelo menos as que atuam no Brasil) descobriram que receber clientes oferecendo-lhes um cartão de crédito é melhor do que cumprimentando-os com “bom dia”, “boa tarde” ou “boa noite”. Para quem não resiste a um parcelamento a perder de vista (e essa é uma fatia grande dos consumidores brasileiros), não há nada mais simpático: um cartão sem anuidade, que sai na hora e lhe permite dividir até um pãozinho em dez vezes ali, naquela loja.

Mas nada vem de graça. Por isso, nós resolvemos ir a campo, para ler as letras miúdas escondidas por trás dos sorrisos largos dos vendedores de felicidade. Fomos identificar também os erros que os próprios consumidores acabam cometendo ao aderirem a esse tipo de “facilidade”, não analisando a real necessidade daquele cartão e sua própria capacidade financeira para utilizá-lo.

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O que ninguém sabe

A primeira parada foi numa famosa rede de roupas, onde, antes mesmo de eu chegar à porta, um simpático vendedor se aproximou: “Olá, senhor. Vamos fazer o nosso cartão? Não tem anuidade, só paga quando comprar e você ainda pode utilizá-lo no McDonald’s”. Respondi, também simpaticamente: “Opa, que legal. E o que eu preciso fazer?” O rapaz falou que bastava apresentar CPF, RG e comprovante de residência.

Quando perguntei a taxa de juros do cartão, ele me olhou espantado, com uma cara de “ninguém nunca me fez essa pergunta” e disse que não sabia. Agradeci e parti para a próxima. Repeti o mesmo modus operandi em outras três lojas, e em todas a resposta foi a mesma. Nenhum vendedor tinha conhecimento sobre algo de que o comprador deveria ser informado.

Tudo bem. Essa informação deveria constar mesmo no contrato, que consumidor nenhum poderia assinar sem ler. Fiz o teste, então, em uma agência de uma empresa que é especializada na comercialização de cartões e empréstimos, onde os vendedores “catam” interessados na rua. Sentei e resolvi dar entrada em um cartão.

Fácil demais, como em todos os casos com os quais me deparei até ali. Só precisaria apresentar uns poucos documentos e aguardar 30 minutos, que o cartão, com crédito para compras e limite para saques, estaria em minhas mãos. Foi nessa agência que ouvi as respostas mais interessantes.

No meio da transação, com a vendedora já animada por estar fechando uma venda, resolvi perguntar pela tal taxa de juros, assim meio que só por querer saber, não dando sinais de que aquilo poderia me fazer desistir. Ela, bem descontraída, disse que não sabia, mas que perguntaria a alguém ao lado. Foi quando ouvi um descarado “depende”. E aí não me contive e perguntei de que dependia. “Da sua renda, senhor, do valor, do tempo de atraso. Mas não se preocupe, que só paga juros se atrasar”.

Bem, mas a conversa não acabou por aí. Perguntei também por esse tal de crédito que eu teria para sacar. E aí a inocente vendedora me garantiu: “Ah, o senhor terá um valor que poderá sacar sempre que quiser e não paga nada por isso”. Agradeci a caridade e, logo em seguida, lembrei que havia esquecido todos os documentos em casa. Dei tchau e disse que voltaria, para desespero geral da nação, que viu sair para escanteio a bola que estava em cima da linha do gol.

A título de informação

Na única loja onde encontrei, em local de fácil visualização, informações sobre o chamado Custo Efetivo Total (CET) dos parcelamentos, empréstimos e afins, descobri o seguinte:

- Para compras em sete ou oito vezes, com juros, a taxa é de 70,54% a.a (ao ano)- Para o parcelamento da fatura: 352% a.a.- Para o crédito rotativo (aquele dinheirinho que a moça disse que eu poderia sacar sem pagar nada): 487% a.a.

O que todo mundo sabe

Ninguém há de negar: os cartões são fantásticos para as empresas, porque fidelizam consumidores e, de quebra, ainda conseguem faturar em cima dos juros cobrados dos que atrasam ou “parcelam o parcelamento”. E é nessa brincadeira que muita gente adquire para si dívidas que nunca acabam. Com pouca (ou quase nenhuma) burocracia, o nicho atrai multidões.

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Parece irreal, mas conheci há alguns anos um consumidor compulsivo que tinha tantos cartões de crédito que, a uma determinada altura da vida, não sabia mais quantas faturas devia. Com um cartão para praticamente cada loja em que consumia, ele tinha, por baixo, uns 20. Para tentar evitar um colapso financeiro pessoal, resolveu dizer-lhes um tchau. Sim, mas sem precisar ser um adeus. Trancou todos em uma mala e entregou as chaves a um amigo.

Olhando de fora, você pode dizer a mesma coisa que ouvi de muitos vendedores de cartão quando questionei sobre os juros cobrados serem muito altos: só paga juros quem não paga em dia e só faz dívidas quem quer. O grande lance, no entanto, é que os alvos preferenciais nesses casos são consumidores com pouca instrução, muitos dos quais acreditam cegamente que “pagamento mínimo” é um carinhoso afago. Planejamento financeiro, então, é, na melhor das hipóteses, um “ouvi falar”.

De acordo com o IBGE, um em cada cinco brasileiros é analfabeto funcional. Ou seja, 30,5 milhões de pessoas no país leem, mas não entendem. O que essas pessoas farão com um contrato? Quantas contas elas vão colocar no papel? Em quantas conversas de vendedores “espertos” elas vão acreditar?

O que muita gente não quer saber

Em uma loja, resolvi trocar uma ideia com uma senhora que estava fazendo um cartão. Perguntei por que ela estava fazendo aquilo e emendei dizendo que poderia ser uma cilada. O que ouvi: “Mas, meu filho, você quer me dizer que não é negócio poder comprar sem ter dinheiro?”. Aí fica difícil.

Aprenda como transformar problemas no trabalho em oportunidades de crescimento Notícia disponibilizada no Portal www.cmconsultoria.com.br às 09:57 hs.

16/09/2014 - Sabia que problemas no trabalho podem ser excelentes oportunidades para evoluir na carreira? Entenda como

Quando, por exemplo, um problema grave e inédito acontece no seu trabalho, qual é a sua reação?Nem todos os dias são bons no trabalho. É normal encontrar situações adversas, colegas mal-humorados e até problemas sérios que exigem medidas urgentes. O que poucas pessoas percebem é que justamente nessas situações está a oportunidade que elas tanto esperam para crescer profissionalmente.

Quando, por exemplo, um problema grave e inédito acontece no seu trabalho, qual é a sua reação? Você costuma ficar assustado e quieto a maior parte do tempo? Se essa foi a sua resposta, saiba que você está perdendo a sua chance de evoluir na empresa.

Ao invés de ter essa atitude, faça diferente: encare o problema com seriedade e pensando em formas criativas de resolvê-los. Seu chefe provavelmente estará tão estressado com toda a situação que não conseguirá pensar em boas formas de sair dela, logo se você o fizer com certeza ganhará vários pontos positivos.

Além disso, ao tomar a frente e ter ideias pioneiras, você conquistará o respeito de toda a equipe e passará a ser visto como alguém com quem se pode contar nos momentos de dificuldades - característica muito admirada pelos chefes de forma geral.

Caso o seu destaque na situação não gere grandes efeitos dentro da empresa, não pense que ele foi em vão: você poderá narrar esse fato em futuras entrevistas de emprego para exemplificar de forma

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prática as suas habilidades e potencial.

Na próxima vez em que você vir um problema se aproximando, não fuja dele, mas sim o encare com tranquilidade e profissionalmente. O seu sucesso agradece.

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Fonte: Universia Brasil

Veja 5 sinais de que você encontrou o emprego ideal Notícia disponibilizada no Portal www.cmconsultoria.com.br às 09:40 hs.

16/09/2014 - Não sabe se o seu emprego é realmente o ideal para você? Tire as suas dúvidas: veja 5 sinais que indicam que você está na carreira certa

Você tem vontade de crescer na área em que trabalha? Esse é um ótimo sinal!Todos nós queremos encontrar o emprego dos sonhos e, para isso, estabelecemos várias características que ele deve ter. O que muitos não percebem durante essa busca é que muitas vezes eles já têm o melhor emprego para si, mas não estão olhando para as qualidades certas dele. Quer saber se esse é o seu caso? Descubra vendo os 5 sinais de que você encontrou a carreira ideal:

1 – Você ambiciona crescer e sabe que poderá fazer isso

Você tem vontade de crescer na área em que trabalha? Esse é um ótimo sinal! Se você não gostasse do seu emprego, jamais pensaria em continuar nele e muito menos em evoluir na profissão.

2 – Você não está na zona de conforto

Ao contrário do que você possa pensar, o emprego ideal é aquele que NÃO o permite entrar numa zona de conforto, mas sim que o desafia o tempo todo a criar novas soluções e estratégias, afinal é isso o que faz com que você se mantenha em movimento.

3 – Você prioriza a qualidade

Quando uma pessoa gosta do emprego que tem, ela desempenha suas atividades com tanta boa vontade que acaba deixando de lado a necessidade de entregar mais coisas: a prioridade passa a ser fazer o trabalho com a maior qualidade possível.

4 – Você sente que as pessoas confiam em você

Trabalhar bem sem ter confiança nos colegas é praticamente impossível. Se você sente que os seus colegas confiam em você, esse é um sinal de que o seu trabalho é bem feito e que passa uma boa impressão aos outros.

5 – Sua vida profissional melhora a pessoal

Um problema bastante comum com pessoas que não gostam do emprego que têm é o sentimento de que a vida profissional atrapalha a pessoal, seja por causa dos horários, rotina ou do estresse que ela ocasiona. Mas, se você sente que a sua vida profissional faz com que você sinta tranquilidade e segurança nas suas relações pessoais, acredite: esse é um forte indicativo de que você está na melhor carreira que poderia escolher!

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Da obrigatoriedade quanto a concessão do intervalo para refeição e repouso Publicado por Valquiria Rocha Batista - 2 dias atrás

É de conhecimento notório que em qualquer trabalho cujo a jornada de trabalho supere de 6 horas diárias existe a obrigatoriedade de concessão de intervalo para repouso e alimentação no período de uma hora.

Resumidamente intervalos para descanso são períodos na jornada de trabalho, em que o empregado não presta serviços, ou seja, trata-se de um direito do empregado de não trabalhar para se alimentar ou repousar.

Em nosso país, desde 1932, foram editados diversos decretos regulamentando a jornada de trabalho, porém a partir de 1943 com a promulgação da Consolidação das Leis Trabalhistas - “CLT”, seu artigo 71, passou definitivamente a tratar do respectivo assunto, vejamos:

Art. 71 – Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.

§ 1º – Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas.

§ 2º – Os intervalos de descanso não serão computados na duração do trabalho.

§ 3º – O limite mínimo de 1 (uma) hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido por ato do Ministro do Trabalho quando, ouvida a Secretaria de Segurança e Higiene do Trabalho, se verificar que o estabelecimento atende integralmente às exigências concernentes à organização dos refeitórios e quando os respectivos empregados não estiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares.

§ 4º – Quando o intervalo para repouso e alimentação, previsto neste artigo, não for concedido pelo empregador, este ficará obrigado a remunerar o período correspondente com um acréscimo de no mínimo 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho.

Com o advento do artigo 71, observamos que o empregado que trabalha menos de quatro horas, não faz jus a usufruir o intervalo para repouso e alimentação. Diferentemente o empregado que trabalha entre quatro e seis horas terá direito a um intervalo de 15 minutos. Todavia se a jornada de trabalho for superior a seis horas, será concedido intervalo de no mínimo uma hora.

Cumpre salientar que o intervalo de uma hora somente poderá ser reduzido através de um ato do Ministério do Trabalho, desde que se verifique que a empresa atenda integralmente às exigências

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concernentes à organização dos refeitórios e quando os respectivos empregados não estiverem sob regime de horas extras (§ 3 do artigo 71 da CLT).

Como se vê, a preocupação do legislador no artigo 71 e parágrafos da CLT foi de garantir um intervalo mínimo de uma hora para o trabalhador que cumpre jornada de trabalhado acima de 6 horas.

Portanto, o descumprimento por parte do empregador atinente à concessão do intervalo de uma hora para descanso e refeição, gera penalidades conforme previsto no § 4 do respectivo artigo:

§ 4º – Quando o intervalo para repouso e alimentação, previsto neste artigo, não for concedido pelo empregador, este ficará obrigado a remunerar o período correspondente com um acréscimo de no mínimo 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho.

Em setembro/2012 o TST - Tribunal Superior do Trabalho editou a Súmula nº. 437 que dispõe o direito a uma hora extra caso não seja concedido uma hora de intervalo para refeição e repouso, vejamos:

S. 437. INTERVALO INTRAJORNADA PARA REPOUSO E ALIMENTAÇÃO. APLICAÇÃO DO ART. 71 DA CLT.

I – Após a edição da Lei nº 8.923/94, a não concessão total ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento total do período correspondente, e não apenas daquele suprimido, com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho (art. 71 da CLT), sem prejuízo do cômputo da efetiva jornada de labor para efeito de remuneração.

II ‐ É inválida cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho contemplando a supressão ou redução do intervalo intrajornada porque este constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garantida por norma de ordem pública (art. 71 da CLT e art. 7º, XXII, da CF/1988), infenso à negociação coletiva.

III – Possui natureza salarial a parcela prevista no art. 71, § 4º, da CLT, com redação introduzida pela Lei nº 8.923, de 27 de julho de 1994, quando não concedido ou reduzido pelo empregador o intervalo mínimo intrajornada para repouso e alimentação, repercutindo, assim, no cálculo de outras parcelas salariais.

IV – Ultrapassada habitualmente a jornada de seis horas de trabalho, é devido o gozo do intervalo intrajornada mínimo de uma hora, obrigando o empregador a remunerar o período para descanso e alimentação não usufruído como extra, acrescido do respectivo adicional, na forma prevista no art. 71, § 4º, da CLT.

Observamos que a Súmula 437 veio na verdade apenas ratificar entendimentos que já vinham sendo aplicados pelos nossos tribunais, que dispõe de condenações a titulo de horas extras, pela não concessão do intervalo para refeição e repouso.

No dia a dia nos deparamos com empresas que não conseguem operacionalizar “fiscalizar” os seus os seus empregados quanto ao cumprimento da jornada do repouso, eis que muitos empregados não conseguem usufrui-lo, ou até mesmo vários empregados deixam de usufrui-lo por mera liberalidade.

Todavia, o TST já se pronunciou nesse aspecto, afirmando que a falta de registro diário do intervalo intrajornada não transfere, por si só, ao empregador, o ônus de provar a concessão do referido intervalo”, cabe à parte provar os fatos que alegar. Vejamos:

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Horas extraordinárias. Ônus da prova. O ônus da prova incumbe ao autor quanto ao fato constitutivo do seu direito. O simples fato de o empregador se utilizar de um permissivo legal e pré- assinalar nos cartões o período de repouso não transfere a ele o ônus de provar a inexistência de trabalho durante esse período. Embargos não conhecidos (TST E-RR 541275-1999, SBDI-1, Rel. Min. Aloysio Corrêa da Veiga, DJ 20.10.06).

Ônus da prova. Intervalo. A prova de intervalo de 30 minutos era do reclamante, nos termos do artigo 818 da CLT. O ordinário, que é ter intervalo normal de uma hora é presumido. O extraordinário, Ter intervalo inferior, deve ser provado. O autor não fez prova quanto ao intervalo de 30 minutos. Assim, presume-se que tinha 1 hora de intervalo, sendo indevidas diferenças nesse sentido. Recurso, nesse ponto, provido (TRT 2.ª R, RO 02990125153, Ac. 3ª T, 20000027965, Rel. Juiz Sergio Pinto Martins, DJ SP 15.2.00, p. 9).

Dessa forma para que não haja abusos e maiores prejuízos o empregador deve conceder intervalo mínimo de uma hora à todos os empregados que cumprem jornada de trabalho acima de 6 horas. Este dispositivo legal deve ser observado por todos os empregadores principalmente no que tange ao seu cumprimento por parte dos empregados, sob pena de arcarem com as penalidades legais, isto é, pagamento de horas extras e reflexos.

Contribuinte poderá contestar IR sobre adicional de férias 15 de setembro de 2014 08:33

MARCOS CÉZARI

A decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) de fevereiro deste ano de que o terço constitucional de férias tem caráter indenizatório para efeito de tributação pelo INSS pode dar margem para que os contribuintes também questionem a taxação pelo Imposto de Renda.

É que o próprio STJ, em outros julgamentos, já decidiu, por exemplo, que em situações com caráter indenizatório, como a indenização no caso de desapropriação para fins de utilidade pública, não há incidência de IR.

Os ministros do STJ poderão decidir se o pagamento do adicional de férias, para fins de IR, é uma verba salarial ou se tem natureza indenizatória.

É uma questão polêmica, que poderá afetar o caixa da União —o valor referente ao adicional de férias corresponde a um terço do salário mensal do trabalhador. Segundo estimativas da Fazenda Nacional, apenas no triênio 2014-16 a União perderia R$ 13,38 bilhões em IR caso a cobrança fosse suspensa.

Se o STJ optar por considerar que o valor é uma verba salarial, haveria a tributação, com base na tabela mensal de desconto na fonte, com alíquota máxima de 27,5%.

No caso de considerar que se trata de natureza indenizatória, não haveria a tributação, como ocorre nos casos de desapropriação por utilidade pública.

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Ocorre que, nos casos de desapropriação, o STJ já decidiu que o valor recebido é considerado uma indenização cuja finalidade é meramente repor o valor do bem expropriado (geralmente terreno ou imóvel).

No caso do terço de férias, não haveria uma indenização, uma vez que nada foi expropriado, ou seja, nada foi tirado do trabalhador. Daí a polêmica.

REGRAS EXISTENTES

O regulamento do IR (decreto nº 3.000/1999) não inclui, em seu artigo 39, que trata dos rendimentos isentos e não tributáveis, a verba referente ao adicional das férias.

Por isso mesmo, seu artigo 43 determina que são tributados os valores referentes às “férias (…) acrescidas dos respectivos abonos”. O terço de férias, no caso, é um abono pago pela empresa.

Em fevereiro, os ministros do STJ decidiram, por unanimidade, que não incide contribuição previdenciária sobre o adicional de férias.

A decisão do STJ uniformizou a posição favorável aos contribuintes em relação ao terço constitucional de férias, ao auxílio-doença e ao aviso prévio indenizado. A decisão do STJ foi adotada com base no chamado “recurso repetitivo” (recursos que tratam do mesmo tema) e vale para a contribuição previdenciária.

Assim, o tribunal entendeu que os pagamentos referentes àquelas verbas não têm a incidência da contribuição ao INSS. Esse posicionamento poderá ser um indicativo de que a mesma decisão seja adotada quanto à incidência do IR, embora contrarie o o regulamento do tributo.

Para a Receita Federal, essas verbas têm a incidência da contribuição previdenciária. Tanto é assim que, em julho passado, foi publicada a Solução de Consulta nº 188, da Coordenação do Sistema de Tributação (órgão da Receita Federal).

Segundo a Cosit, “o aviso prévio indenizado (não trabalhado), o salário-maternidade, as férias acrescidas do terço constitucional e a importância paga pelo empregador nos 15 dias que antecedem o auxílio-doença integram a base de cálculo para fins de incidência das contribuições sociais previdenciárias”. Assim, para a Receita, essas verbas devem também ser tributadas pelo IR.

Diante de situações conflitantes como essas, a decisão do STJ é esperada para “pacificar” a questão, ou seja, para solucionar de vez se deve ou não haver a cobrança do IR sobre o adicional de férias.

viaContribuinte poderá contestar IR sobre adicional de férias – 15/09/2014 – Mercado – Folha de S.Paulo.

JT reconhece má fé e anula negócio jurídico realizado entre grupo familiar 16 de setembro de 2014 08:20

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Um dos meios utilizados pela Justiça para viabilizar o pagamento do crédito reconhecido em uma ação é a penhora de bens do devedor. Mas, muitas vezes, ocorre de um terceiro alegar que o bem penhorado não mais pertence ao devedor e, sim, a ele, pessoa estranha ao processo, e ajuíza a ação denominada “embargos de terceiro”, pedindo a desconstituição da penhora. Em um caso analisado pela 9ª Turma do TRT de Minas, os julgadores rejeitaram a pretensão de uma empresa nesse sentido, ao constatar que a transferência do imóvel se deu dentro do mesmo grupo familiar, com a intenção maliciosa de deixá-lo a salvo de futuras execuções.

Conforme esclareceu o desembargador João Bosco Pinto Lara, antes do ajuizamento da ação trabalhista, o sócio da empresa recorrente firmou contrato de compra e venda do imóvel penhorado com a esposa do sócio da empresa executada. Mas a escritura pública de compra e venda foi lavrada somente depois de interposta a ação, já constando como compradora a sociedade recorrente. E não é só isso. Uma sócia da empresa que adquiriu o bem teve dois filhos com outro sócio da empresa executada.

O relator constatou que a empresa recorrente funciona no mesmo local de outro estabelecimento, cujo proprietário é possivelmente irmão de dois dos sócios da executada. Ele chegou a esta conclusão, não só pela semelhança dos nomes dos proprietários de ambas as empresas, mas também porque eles indicaram o mesmo endereço residencial no contrato de constituição das sociedades. Neste local também reside a mãe dos executados.

Assim, o relator concluiu pela existência de uma estreita relação familiar entre os sócios proprietários da empresa recorrente e daquela que responde pela execução do crédito trabalhista. Isso, para ele, demonstra que seria impossível que a recorrente não soubesse das notórias dificuldades financeiras enfrentadas pela executada.

Essas circunstâncias, segundo o desembargador, são suficientes para afastar a presunção de boa-fé do terceiro que adquiriu o imóvel, já que a prova produzida deixou claro que a transferência do bem se deu dentro do mesmo grupo familiar, com a nítida e maliciosa intenção de protegê-lo contra possíveis credores. Ele concluiu que existiu a má fé ou intenção de prejudicar do devedor, mesmo que a venda tenha sido realizada antes do ajuizamento da ação.

No entendimento do relator, embora o caso, a rigor, não configure fraude à execução nos termos do artigo 593 do CPC, o “conluio fraudulento” entre a recorrente e os executados ficou evidente e isso basta para a anulação do negócio jurídico. Ele citou o artigo 9.º da CLT, que dispõe que atos praticados mediante fraude são nulos no que toca a relação trabalhista. E, explicou: “O art. 593 do CPC tem aplicação mais abrangente na esfera trabalhista, a partir da edição do Código Civil de 2002. A propriedade é livre, mas sua preservação decorre da verificação de princípios éticos, sempre objetivando a guarda da boa fé objetiva. Assim, verificada a violação de tais princípios, o ato é dotado de ilicitude, nos termos do art. 187 do Código Civil de 2002″.

Por esses fundamentos, a Turma considerou o negócio jurídico ineficaz perante a execução e confirmou a penhora sobre o imóvel da empresa ré.

( 0000532-47.2014.5.03.0010 AP )

viaTRT 3ª Região – Notícia.

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Empregado da administração indireta não concursado não reverte dispensa sem motivação 19 set 2014 - Trabalho / Previdência

O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou, nesta quarta-feira, o entendimento do Tribunal Superior do Trabalho de que as entidades do chamado Sistema S (Serviços Sociais do Comércio, Indústria, Transporte, etc.) não estão obrigadas a realizar concurso público para a contratação de empregados. A decisão se deu no julgamento doRecurso Extraordinário (RE) 789874 e, por ter repercussão geral, se aplicará a todos os demais casos sobre a mesma matéria, inclusive aos 64 recursos extraordinários que estavam sobrestados no TST aguardando a decisão do STF.

No julgamento de ontem, o Plenário, por unanimidade, negou provimento a recurso extraordinário do Ministério Público do Trabalho (MPT) contra decisão do TST no mesmo sentido, em processo movido contra o Serviço Social do Transporte (SEST). No julgamento do RR-189000-03.2008.5.18.0005, a Quinta Turma do TST já havia negado provimento a recurso do MPT, que alegava a necessidade de admissão por concurso, nos termos do artigo 37, caput e incisos I e II, e 71, inciso II, da Constituição da República. Para o MPT, o processo seletivo para essas entidades deve se basear em critérios objetivos e impessoais, por se tratarem de pessoas jurídicas de criação autorizada por lei e que arrecadam contribuições parafiscais de recolhimento obrigatório, caracterizadas como dinheiro público.

O relator do caso no STF, ministro Teori Zavascki, sustentou que as entidades que compõem os serviços sociais autônomos, por possuírem natureza jurídica de direito privado e não integrarem a administração indireta, não estão sujeitas à exigência constitucional do concurso público, ainda que desempenhem atividades de interesse público em cooperação com o Estado.

O ministro Teori destacou que essas entidades não podem ser confundidas ou equiparadas com outras criadas a partir da Constituição de 1988, como a Associação das Pioneiras Sociais (mantenedora da Rede Sarah) ou a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, criadas pelo Poder Executivo e que não prestam serviços sociais ou de formação profissional, além de serem majoritariamente financiadas por dotações consignadas no Orçamento da União. Ele assinalou que a jurisprudência do STF sempre fez distinção entre os entes do serviço social autônomo e as entidades da administração pública.

Sistema S

O chamado sistema "S" é o conjunto de organizações das entidades corporativas empresariais voltadas para o treinamento profissional, assistência social, consultoria, pesquisa e assistência técnica qualificadas como "serviço social autônomo". As primeiras delas – Serviço Social da Indústria (Sesi) e do Comércio (Sesc) e os Serviços Nacionais de Aprendizagem Industrial (Senai) e Comercial (Senac) – foram criadas por lei na década de 1940, a partir de uma iniciativa estatal que, como afirmou o ministro Teori Zavascki, conferiu às entidades sindicais e patronais a responsabilidade pela criação de entidades com natureza jurídica de direito privado destinadas a executar serviços de amparo aos trabalhadores. A fonte de financiamento é a contribuição compulsória sobre a folha salarial.

(Carmem Feijó, com informações do STF. Foto: SCO/STF)

Fonte: TST

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Policial do RJ tem vínculo reconhecido com Igreja Universal19 set 2014 - Trabalho / Previdência

A Quinta Turma do Tribunal Superior do Trabalho reconheceu o vínculo empregatício de um policial militar do Rio de Janeiro com a Igreja Universal do Reino de Deus. Ele foi contratado, após entrevista com um pastor, para o cargo de agente patrimonial, responsável pela organização do trânsito e a segurança dos frequentadores da área externa da catedral da instituição, no bairro de Del Castilho, no Rio de Janeiro. A decisão foi unânime e se baseou na Súmula 386 do TST.

Com o reconhecimento do vínculo, o processo retornará ao Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (RJ) para o julgamento dos recursos interpostos pela Universal e pelo PM na ação trabalhista.

Embora a igreja alegasse que o policial prestava serviços apenas eventualmente em sua sede, a 32ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro concluiu pela existência do vínculo no período de maio de 2004 a março de 2010, e determinou o pagamento de parte das verbas. De acordo com a sentença, a subordinação ficou claramente caracterizada, conforme exposto pelas testemunhas, pois o trabalhador tinha sempre de se reportar ao mesmo pastor que o entrevistou e contratou.

O TRT-RJ acolheu recurso da Universal e modificou a sentença, com o entendimento de que o reconhecimento do vínculo do PM em atividade de vigilância ou segurança privada configuraria fraude à lei e ofensa à ordem pública. "Não medida em que este tipo de atividade particular só tem mercado com o aumento da insegurança (leia-se: ineficiência do policiamento ostensivo), reconhecer-se o vínculo de emprego pretendido, será, quando menos, estimular enfaticamente que os policiais militares descumpram suas obrigações básicas".

O PM recorreu ao TST e o ministro Caputo Bastos, relator do processo, acolheu o recurso, afirmando que a Súmula 368 "não traz qualquer impedimento ao reconhecimento do vínculo de emprego em razão da atividade de vigilância ou segurança" se forem preenchidos os requisitos do artigo 3º da CLT, como no caso em questão, e "independentemente do eventual cabimento de penalidade disciplinar prevista no Estatuto do Policial Militar".

Elaine Rocha/CF

Processo: RR-1262-85.2010.5.01.0032

Fonte: TST

Reconhecida relação de emprego entre doméstica e filha daquela a quem prestava serviços 15 de setembro de 2014 07:42

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Uma empregada doméstica recorreu em uma sentença de improcedência que não reconhecera vínculo empregatício entre ela e a filha daquela a quem, incontroversamente, prestara serviços por quase 30 anos.

A 6ª Turma do TRT da 2ª Região reformou a sentença e reconheceu o vínculo, aduzindo que “o empregador doméstico é a entidade familiar, composta por todos os seus membros (Lei nº 5.859/72, art. 1º). A eventual distância geográfica entre ascendentes e descendentes não ilide os vínculos afetivos, civis e consanguíneos que definem a família, tampouco afasta as obrigações morais e legais decorrentes de tais vínculos, como os deveres dos filhos de prestar assistência e alimentos aos pais (CF, arts. 226 e 229; CC, art. 1.696). O trabalho doméstico prestado para os genitores se presta a satisfazer tais obrigações dos descendentes, e por isso também é prestado em seu benefício. Vínculo de emprego configurado entre empregada doméstica e filha daquela a quem a empregada prestava serviços diretamente.”

As circunstâncias acerca de quem fazia o pagamento, se a mãe ou a filha, não são aptas a obstar o reconhecimento do vínculo entre as partes, conforme a redação do relator, desembargador Rafael Pugliese. O relatório aduziu também que “o trabalhador doméstico que assiste aos pais não presta serviços somente a estes, mas também, indiretamente, aos filhos. É do interesse dos filhos, seja em razão dos vínculos afetivos, seja em virtude das obrigações legais referidas, que os pais sejam adequadamente assistidos em seu âmbito residencial, em especial nos estágios finais de sua vida, como se passou com a genitora da ré. A autora prestou serviços por quase 30 anos em favor da mãe da ré, trazendo-lhe conforto em seu ambiente doméstico, satisfazendo interesse também da ré. Se tal prestação de serviços satisfaz as obrigações morais e legais resultantes do vínculo familiar, devidas pela ré, o trabalho da autora também lhe beneficiou, reverteu em seu proveito.”

Assim, o acórdão reformou a sentença e reconheceu a relação de emprego, determinando o retorno dos autos ao juízo de primeiro grau para a regulação dos efeitos condenatórios.

(Proc. 00029301320115020070 – Ac. 20140289423)

via6ª Turma: reconhecida relação de emprego entre doméstica e filha daquela a quem prestava serviços.

JT reconhece leishmaniose tegumentar como doença ocupacional e condena aviário em danos morais19 set 2014 - Trabalho / Previdência

Nos termos do artigo 20 da lei 8.213/91, a doença ocupacional equiparada a acidente do trabalho é aquela produzida ou desencadeada pelo exercício das funções. Esta situação foi identificada pela juíza Rosa Maria Dias Godrim, ao julgar, na 1ª Vara do Trabalho de Montes Claros, o caso de uma trabalhadora rural que, diante das condições insalubres do ambiente de trabalho em um aviário, acabou sendo acometida pela doença "leishmaniose tegumentar", que é transmitida por picada de mosquito. A reclamante faleceu no curso do processo e o espólio assumiu o polo ativo da ação. Após analisar todas as provas, a magistrada condenou o aviário a pagar à família da vítima, além do adicional de insalubridade, uma indenização por dano moral.

Uma perícia determinada no processo constatou que as atividades da trabalhadora envolviam o contato com agentes biológicos, presentes nos dejetos das aves. Conforme informou o perito responsável, o empregador não forneceu o conjunto de Equipamentos de Proteção Individual - EPIS necessários. Ele esclareceu que, de todo modo, estes equipamentos não poderiam eliminar por completo o risco de contato

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ou contaminação. Com base nisso, a juíza deferiu o adicional de insalubridade, em grau médio, durante todo o contrato de trabalho, com reflexos em outras parcelas.

A magistrada também reconheceu os requisitos da responsabilidade civil do empregador no caso. É que a reclamante foi acometida de leishmaniose tegumentar quando trabalhava em um ambiente propício a isso. Além de a empresa se situar em área que corresponde ao habitat natural do mosquito transmissor da doença, é certo que o parasita se desenvolve especialmente no meio onde se encontram dejetos de animais e vegetais, sob baixa umidade. A perícia médica, realizada de forma indireta já que a reclamante havia falecido, indicou a ligação entre a doença e o ambiente de trabalho. O perito não encontrou qualquer informação de que a trabalhadora frequentasse outros ambientes que implicassem maior risco para a doença.

Para a juíza, a reclamada deveria ter adotado medidas eficazes de proteção da saúde dos empregados, como manejo ambiental, limpeza adequada do local, destinação adequada do lixo orgânico, fornecimento de repelentes, dentre outros. Entretanto, nenhuma dessas condutas ficou provada, o que leva ao reconhecimento da culpa da empresa: "Não tendo a reclamada zelado pela segurança da trabalhadora, emerge clara a omissão, bem assim a negligência diante dos previsíveis riscos da atividade laborativa prestada em condições inadequadas, o que é suficiente para a configuração de sua culpa", concluiu a magistrada.

Por tudo isso, a julgadora condenou o aviário a pagar indenização por dano moral no valor de R$7.240,00. A quantia foi fixada levando em consideração diversos aspectos, inclusive o fato de a trabalhadora não ter ficado incapacitada para o trabalho e o de que a morte dela não foi causada diretamente pela leishmaniose tegumentar, já que era portadora de diversas outras enfermidades.

Recurso

Ao analisar o recurso apresentado pela empresa, a 1ª Turma do TRT de Minas considerou correta a responsabilização da reclamada pelo mal que acometeu a reclamante. Conforme observou o relator, desembargador Luiz Otávio Linhares Renault, a reclamada não afastou as conclusões da perícia acerca da causa existente entre o trabalho desenvolvido e o aparecimento da leishmaniose tegumentar. Ele lembrou, inclusive, que a maioria dos estudos realizados sobre a doença indica os aviários como principais focos dos mosquitos transmissores da doença.

"O trabalho do homem não é uma mercadoria; é um traço da sua personalidade; é uma faceta de sua existência, apropriada economicamente pelo capital, durante a jornada laborativa, para que o sistema da produção atinja aos seus objetivos" ponderou no voto, lembrando que a empresa é um ente destinado ao lucro, mas que possui uma responsabilidade jurídica, social e econômica pelas lesões sofridas pelo empregado em decorrência do contrato de trabalho.

"Ao explorar determinado ramo de atividade econômica, o empregador é responsável pelos danos físicos sofridos pelo empregado no exercício de suas atividades laborativas, que integram e proporcionam a edificação e a manutenção do ciclo produtivo, célula mater da sociedade capitalista", destacou, ainda, o desembargador na decisão, acrescentando que a empregadora tem a obrigação de adotar medidas simples ou complexas que minimizem ou eliminem o risco e promovam melhores condições de segurança e de bem-estar físico no trabalho.

Foi confirmada também a condenação relativa ao adicional de insalubridade."A Reclamante recolher aves mortas encontradas no galpão caracteriza, portanto, o contato permanente e habitual com resíduos de animais deteriorados, tornando indiscutível o contrato com o agente insalubre aludido no Anexo 14, NR 15", registrou o relator, negando provimento ao recurso do aviário.

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( 0000677-97.2012.5.03.0067 RO )

Fonte: Tribunal Regional do Trabalho da 3° Região

Aviso prévio não é devido em rescisão por justa causa de contrato de representação comercialEntendimento foi adotado pela 4ª turma do STJ.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Havendo o reconhecimento de justa causa para a rescisão do contrato de representação comercial, não se pode exigir a indenização correspondente à falta de aviso prévio. Esse foi o entendimento que prevaleceu na decisão da 4ª turma do STJ ao julgar recurso especial interposto pela empresa United Eletric Appliances Indústria e Comércio.

A empresa Futura J&J Representações S/C Ltda. ajuizou ação de indenização contra a United, alegando prejuízos materiais e morais decorrentes da rescisão do contrato de representação por justa causa, além do não pagamento de verbas.

O descumprimento contratual que motivou a rescisão teria sido a prática de atos em desconformidade com a política da empresa representada. Comprovou-se no processo que uma norma interna da representada proibia o pagamento de verba de propaganda por meio de descontos em duplicatas, o que foi feito pela Futura J&J Representações sem autorização da United.

Incompatível

Tanto o juiz quanto o TJ/RJ entenderam pelo direito à indenização decorrente da rescisão contratual, ainda que caracterizada a justa causa. A United recorreu ao STJ questionando o fato de que, apesar do reconhecimento da justa causa, foi mantida a indenização correspondente ao aviso prévio.

O ministro relator, Luis Felipe Salomão, ressaltou que o reconhecimento da justa causa para a rescisão do contrato de representação comercial afasta a verba indenizatória relativa ao aviso prévio (artigo 34 da lei 4.886/65).

Citando doutrina, o ministro Salomão apontou que “o aviso prévio é incompatível com a arguição de falta grave cometida pela outra parte. Assim, se cometida falta grave, a denúncia do contrato, seja de agência, seja de representação comercial, terá natureza abrupta, rompendo-se o contrato tão logo a denúncia chegue ao conhecimento da parte faltosa”.

A turma concluiu que é indevida a indenização pela falta do aviso prévio, que corresponderia à terça parte das comissões auferidas pelo representante nos últimos três meses da representação.

Processo relacionado: REsp 1190425

Confira o voto do relator.

Empresa deve pagar pensão a trabalhador acidentadoApós sofrer queimaduras na companhia, funcionário é limitado para a exposição ao sol Publicado em 16/09/2014 10:46:00

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 TRT-SC confirma decisão de juiz da Vara do Trabalho de Mafra e condena empresa a pagar R$10 mil de indenização e pensão ao trabalhador (Foto: Divulgação)

O conceito de redução da capacidade laborativa deve ser interpretado de forma ampla, considerando as restrições a partir da realidade de trabalho vivenciada por um empregado antes de acidente. O entendimento, da 5ª Câmara do TRT-SC, confirma decisão do juiz Válter Túlio Amado Ribeiro, em ação trabalhista proposta na Vara do Trabalho de Mafra.

A Biomako Indústria e Comércio de Madeiras Ltda, de Papanduva, foi condenada a pagar pensão a um operário que sofreu um acidente de trabalho. Ele limpava a correia de transporte de serragem para o secador quando a tampa deste explodiu e incendiou seu corpo. As queimaduras de 1º e 2º graus deixaram o trabalhador com cicatrizes e uma grande sensibilidade à luz solar.

Segundo o laudo pericial, não houve redução da capacidade laborativa do profissional, mas agora ele tem restrição para realizar atividades que exijam exposição permanente ao sol. Entre os cuidados indicados pelo perito estão evitar atrito e usar hidratante e protetor solar, pois a pele fina alterou sua sensibilidade ao toque e à variação de temperatura, deixando-o mais sujeito a lesões.

Nesse sentido, o art. 950 do Código Civil prevê que a pensão deve ser paga pela empresa apenas nos casos em que haja redução da capacidade ou incapacidade para o trabalho.

Mas, para os magistrados, o que a invalidez total ou parcial deve considerar é a atividade habitual. A decisão diz que é uma fantasia considerar que um trabalhador que sempre exerceu atividades braçais ou ao ar livre, poderá ser facilmente adaptado para um ambiente fechado, em galpões ou escritórios. Ou seja, a experiência profissional que acumulou por toda a vida não é mais útil. Agora ele terá que competir com empregados com mais experiência, menos idade ou que não tenham limitação física.

O trabalhador vai receber pensão mensal no valor equivalente a 25% do salário que recebia na época do acidente – percentual considerado da perda da capacidade laborativa – até que ele complete 70 anos. Os desembargadores também mantiveram a indenização por danos morais e estéticos de R$ 10 mil, fixados na sentença.

Não cabe mais recurso da decisão.

Mantida decisão que considerou discriminatória demissão de bancária com lúpus17 set 2014 - Trabalho / Previdência

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A Subseção 1 Especializada em Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho negou provimento a agravo interposto pelo Itaú Unibanco S.A. para manter a decisão que mandou reintegrar uma caixa da instituição bancária portadora de lúpus. O entendimento da Subseção foi o de que, quando da demissão, o banco já tinha conhecimento da doença da empregada, não havendo como afastar a presunção de despedida discriminatória de que trata aSúmula 443 do TST.

Ao requerer em juízo a reintegração, a bancária alegou que sofria da doença crônica e incurável, mas que esta não era contagiosa ou incapacitante para o trabalho. Afirmou que a rescisão do contrato de trabalho, além de discriminatória, a colocou em situação de "exclusão social".

O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP), apesar de reconhecer que a bancária sofria da doença incurável, manteve a sentença que indeferiu a reintegração. Segundo o Regional, a doença havia sido diagnosticada em julho de 2003 e a bancária trabalhou por quase um ano até ser dispensada, fato que afastaria a presunção de discriminação.

A Terceira Turma do TST reformou o acordão com base na Súmula 443 do TST e por contrariedade aos princípios da dignidade da pessoa humana e da não discriminação (artigos 1º, inciso III, e 3º, IV, da Constituição) e determinou, além da reintegração, o pagamento dos direitos referentes a todo o período de afastamento. Segundo a Turma, em razão da ausência de legislação específica, os portadores de lúpus têm poucos direitos garantidos em lei e, muitas vezes, conseguem benefícios somente em decorrência das sequelas, quando a doença atinge o ponto de equipará-los a deficientes físicos ou pessoas com mobilidade reduzida.

SDI-1

O Itaú tentou levar o caso à apreciação da SDI por meio de agravo de instrumento, mas a Subseção entendeu que a alegação do banco, de que a dispensa resultou de uma reformulação na empresa não de ato discriminatório, não é suficiente para afastar a presunção que consta da Súmula 443, não sendo possível extrair do acórdão prova de que a reestruturação alcançou outros empregados além da bancária.

Quanto ao lapso de tempo entre a ciência da doença e a demissão da bancária, o relator, ministro Augusto César de Carvalho, concluiu na mesma forma do decidido pela Turma. Entendeu que, em caso de doença grave que suscite estigma ou preconceito, o empregador está impedido de dispensar o empregado, "salvo se provar que desconhecia a condição de saúde do empregado ou que o ato de dispensa decorreu de outra motivação lícita que não a condição de saúde do trabalhador". A decisão foi unânime.

(Fernanda Loureiro/CF)

Processo: RR-4408-09.2010.5.02.0000 - FASE ATUAL: Ag-E-ED

Fonte: TST

Empresa de engenharia é condenada em ação civil pública por descumprir legislação sobre jornada de trabalho 17 set 2014 - Trabalho / Previdência

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As normas que fixam a duração máxima da jornada de trabalho em 08 horas diárias ou 44 semanais, admitida a prorrogação em até duas horas extraordinárias, visam a proteger a saúde e a integridade física dos empregados e, consequentemente, reduzir os riscos inerentes ao trabalho. São, todas elas, normas de ordem pública que devem ser cumpridas fielmente. A Constituição Federal prevê, como um dos direitos sociais, o direito à saúde, sendo que o artigo 7º, inciso XXII, determina que são direitos dos trabalhadores a redução de riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança.

Foi lembrando todas essas normas que o juiz Alexandre Chibante Martins, titular da Vara do Trabalho de Iturama, decidiu condenar uma empresa de engenharia a cumprir as normas relativas à jornada de trabalho e a pagar indenização no valor de R$500 mil por danos morais coletivos. A denúncia de que a empresa exigia, de forma reiterada, que seus empregados realizassem horas extras, sem a devida retribuição, foi feita pelo Ministério Público do Trabalho, por meio de Ação Civil Pública, e ficou amplamente provada no processo.

Na sentença, o julgador observou que ele próprio havia condenado a empresa pelo mesmo motivo, em decisões que já transitaram em julgado. Ficou claro que a ré não pretendia mudar seu comportamento, tanto que se negou a firmar termo de ajustamento de conduta com o MPT. "A reiteração da conduta danosa e sucessiva pela requerida, e a sua intenção na prática dos mesmos atos para o futuro, revela a desfaçatez com os direitos fundamentais dos trabalhadores", destacou.

Embora negando a existência de horas extras, a empresa apresentou cartões de ponto sem nenhuma variação de horário, o que, a teor da Súmula 338, I, do TST, torna os cartões inválidos como prova. Isto porque trata-se de algo inviável, na prática, a marcação britânica do mesmo horário exato, em todos os dias do mês. Nessas situações, inverte-se o ônus da prova, que passa a ser da ré, nos termos dos artigos 818, da CLT e 333, inciso II, do CPC bem como artigo 769, da CLT. No caso, a empresa não apresentou qualquer outra prova do cumprimento do horário alegado e nem do pagamento de horas extras.

O descumprimento pela reclamada das normas relativas à jornada foi veementemente repudiado na sentença: "Exigir cotidianamente trabalho suplementar e sem a devida remuneração afeta toda a sociedade e vai de encontro ao princípio social da empresa, haja vista a precarização das relações de trabalho pela investida contra a saúde do empregado, que se desgasta acima do patamar suportado pelo organismo humano, e deságua na sangria dos cofres públicos, porquanto a prática reiterada de horas extras ocasiona constantes acidentes de trabalho, doenças ocasionadas pelo stress e pela estafa, obrigando os trabalhadores a se afastar dos seus postos de trabalho, recebendo benefícios pagos pela previdência social, da qual é contribuinte a sociedade", ponderou.

Segundo pontuou o magistrado, o contrato de trabalho deve ter como objetivo o cumprimento de sua função social para que possa servir de instrumento de garantia da erradicação da pobreza, por meio da distribuição de renda e da humanização do vínculo jurídico, a preservação dos direitos fundamentais e, em especial, a dignidade da pessoa humana como o valor central de toda a produção jurídica protetiva. Nesse sentido, o disposto no artigo 170 da Constituição.

"O extrapolamento reiterado da jornada acima dos limites constitucionais e legais, bem como o não pagamento das horas extras viola a dignidade da pessoa humana e desconsidera o valor social do trabalho, os quais integram os fundamentos da República Federativa do Brasil (art. 1º, III e IV, CF). Afronta a valorização do trabalho humano, na qual se funda a ordem econômica (art. 170, CF), menospreza os objetivos fundamentais de construir uma sociedade livre, justa e solidária, de erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais (art. 3º, I, II, III e IV, CF)", destacou na decisão.

Para o julgador, o comportamento da empregadora causou dano moral coletivo, que tem aplicação no campo dos chamados interesses difusos e coletivos. Ele ponderou que o conceito deve ser ampliado, para

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deixar de ser o dano moral um equivalente da dor psíquica, que seria exclusividade de pessoas físicas para decorrer da gravidade do ato ilícito em si, sendo desnecessária sua efetiva demonstração, na medida em que se trata de dano presumido.

Assim, considerando que a reclamada agiu com abuso de direito, violando os princípios da dignidade humana e do valor social do trabalho, da isonomia e ainda o da legalidade, o julgador reconheceu a presença dos requisitos para a caracterização da responsabilidade e condenou a ré por danos morais coletivos. A indenização foi fixada em R$500 mil, levando em conta inclusive o fato de se tratar de uma das maiores e mais sólidas empresas do País no seu segmento, valor que deverá ser revertido a programas e entidades beneficentes da região. A empresa de engenharia foi condenada ainda a deixar de exigir o cumprimento da jornada superior à legal, sendo fixada multa diária por cada trabalhador encontrado em situação irregular. A decisão está pendende de recurso em tramitação no TRT de Minas.

( 0000188-13.2014.5.03.0157 RO )

Fonte: Tribunal Regional do Trabalho da 3° Região

JT mantém justa causa de trabalhador que realizava negócios em concorrência direta com a empregadora Publicado por Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região e mais 3 usuários - 2 dias atrás

Na 1ª Vara do Trabalho de Uberlândia, o juiz João Rodrigues Filho decidiu manter a justa causa aplicada a um empregado que se aproveitou da sua condição de vendedor na empresa para realizar negócios particulares, em concorrência direta com a empregadora. Os negócios eram feitos no horário de trabalho, com veículo e uniforme da empresa e sem o conhecimento desta. E não é só isso: o reclamante se aliou a outro vendedor da reclamada para realizar atividades desonestas, prejudicando clientes da empresa.

Ao analisar a prova oral e documental produzida, o juiz sentenciante observou que o reclamante e o colega de trabalho chegaram a ser denunciados pela prática de crime de estelionato. Isso porque eles intermediaram a venda de uma máquina de um cliente da ré, receberam o valor negociado, mas não pagaram integralmente ao vendedor. O julgador verificou ainda que esse mesmo cliente havia comprado da ré cabines para tratores, tendo sido atendido pelo reclamante. Mas, depois, ele aconselhou o cliente a desistir do negócio e efetuar a compra diretamente da fábrica, porque "ficaria mais barato". Este fato acarretou para a reclamada a perda da venda e a devolução da quantia paga pelo cliente. Com base nas declarações de outro cliente da ré, o magistrado constatou que o reclamante vendeu uma máquina de propriedade daquele, ficando com o saldo remanescente do valor pedido.

Diante desse quadro, o magistrado entendeu que a justa causa aplicada está respaldada por provas firmes e convincentes do ato grave praticado pelo empregado e em conformidade com as disposições do artigo 482, a, b e c, da CLT. Portanto, foi declarada a legalidade da dispensa por justa causa e indeferidos os pedidos do reclamante nesse aspecto. Houve recurso, ainda pendente de julgamento no TRT mineiro.

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ECT deve indenizar funcionários por cortes nos salários e exposição a ambiente insalubreSeis funcionários irão receber R$ 7 mil de indenização cada.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

A ECT deverá indenizar seis funcionários por danos causados por cortes irregulares nos vencimentos e pela exposição a riscos à segurança e à saúde no ambiente laboral. Cada um dos funcionários receberá R$ 7 mil. A decisão é do juiz do Trabalho George Santos Almeida, da 2ª vara de Simões Filho/BA.

De acordo com os autos, em novembro de 2012, os funcionários da agência paralisaram as atividades por dois dias, em razão de diversas reivindicações não atendidas, sobretudo as que apontavam a necessidade de melhorias no ambiente de trabalho. Conforme os autos, a paralisação foi avisada previamente à ECT pelo sindicato da categoria. No entanto, os funcionários tiveram lançados em seus respectivos relatórios de frequência dois dias de “falta injustificada” e mais dois dias de "Repouso/Feriado-Perda", contabilizando o total de quatro dias de descontos em folha de pagamento. Além disso, os empregados foram cerceados do direito de receber valores relativos à PLR (Participação nos Lucros da Empresa) de 2012.

O magistrado entendeu que os descontos promovidos nos vencimentos dos empregados violam o direito de greve previsto na Constituição. Além disso, ele apontou, de forma detalhada, as deficiências na unidade da ECT em Simões Filho, conforme laudo de perícia realizada em janeiro deste ano.

Diz o laudo sobre o estado da agência, conforme a sentença: "paredes mofadas, caindo o reboco; não há renovação e/ou circulação de ar; o perito chegou a cair ao tropeçar em material na área de circulação; na sala do tesoureiro falta ar condicionado, não há renovação de ar no ambiente; a área de recepção e expedição carece de espaço para acomodação de objetos/cargas, e a área de circulação apresenta paredes mofadas; os sanitários masculino/feminino não dispõem de área de ventilação – a ventilação é para dentro da cozinha. Enfim, além da completa inadequação do local, a climatização é deficiente".

Ainda segundo escreveu o magistrado, "diante desse gravíssimo quadro, não há como negar que os substituídos (os empregados) sofrem violação de sua integridade física e psicológica, pois são obrigados a executar suas atividades em local inóspito, impróprio para abrigar quem dedica o melhor de si, seu trabalho honesto, para favorecer a prosperidade de outrem".

"É desonroso, não apenas aos trabalhadores, mas a todos os cidadãos usuários ou não dos serviços dos Correios, notar que essa empresa com raízes centenárias faz pouco caso do que é mais precioso: a vida e a integridade psicofísica da pessoa humana".

A ação foi ajuizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos da Bahia (Sincotelba), representado pelo escritório Alino & Roberto e Advogados.

Processo : 0000249-19-2013-5-05-0102

Veja a íntegra da sentença.

Carrefour é condenado por não oferecer treinamento adequado a operadores de máquinas18 set 2014 - Trabalho / Previdência

A rede de supermercados Carrefour deve pagar R$ 100 mil de indenização por danos morais coletivos ao não propiciar treinamento adequado para empregados que operam máquinas. A decisão é da 10ª Turma do

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Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS) e confirma sentença da juíza Elizabeth Bacin Hermes, da 2ª Vara do Trabalho de Santa Maria. O Carrefour deve proporcionar capacitação adequada e, se descumprir esta obrigação, arcar com multa de R$ 5 mil para cada caso de trabalhador prejudicado. A ação civil pública foi ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). Cabe recurso ao TST.

Ao julgar o caso em primeira instância, a juíza de Santa Maria considerou comprovado que um trabalhador teve o braço esmagado em um cilindro de preparação de massas. Relatório do Ministério do Trabalho e Emprego sobre o acidente, como apontou a magistrada, referiu como uma das causas a falta de capacitação adequada. Inquérito de apuração do MPT também constatou insuficiência de treinamento para trabalhadores responsáveis por manuseios de máquinas diversas no supermercado. O MPT destacou na ação que o Carrefour negou-se por duas vezes a firmar Termo de Ajustamento de conduta para que a situação fosse regularizada. Neste contexto, a julgadora determinou a obrigação de adequação da conduta, o pagamento da indenização pelos danos à coletividade e a aplicação de multa em caso de descumprimento. A rede de supermercados, descontente com a decisão, apresentou recurso ao TRT-RS.

 

Caráter pedagógico

Segundo a relatora do recurso na 10ª Turma, desembargadora Vania Mattos, não ficou comprovado que tenha ocorrido outros acidentes de trabalho por falta de capacitação, além do referido pelo Ministério Público na ação civil pública. Entretanto, para a magistrada, esta constatação não é suficiente para absolver o supermercado, uma vez que a obrigação de adequação dos treinamentos e o pagamento da indenização podem melhorar as condições de trabalho dos empregados da rede em todo o Rio Grande do Sul. Conforme a desembargadora, a condenação tem função pedagógica.

A relatora destacou depoimento do próprio empregado vítima do acidente de trabalho. De acordo com o relato, ele foi indicado pelo gerente da unidade para trabalhar na padaria e nunca recebeu treinamento específico para operar o maquinário. "Não há dúvida, portanto, que ainda que se trate de apenas um acidente ocorrido na filial de Santa Maria, nada impede que haja conscientização da empresa, em todos os seus seguimentos, de proceder à correta instrução e treinamento a todos os empregados, e, muito especialmente, aos que vão desempenhar atividades operando máquinas", considerou a magistrada.

A capacitação adequada para operação de máquinas é prevista pelo item 12.138 da Norma Regulamentadora nº 12 do Ministério do Trabalho e Emprego. O treinamento, como ressaltou a desembargadora, deve ser fornecido por técnico habilitado, capaz de informar o trabalhador sobre riscos e medidas protetivas, o que, no entendimento da magistrada, não ocorreu no caso dos autos.

 (Texto: Juliano Machado - Secom/TRT4)

Processo 0000214-32.2013.5.04.0702 (RO)

Fonte: Tribunal Regional do Trabalho da 4° Região

Não cabe justa causa a empregado que fez greve por salário atrasado18 set 2014 - Trabalho / Previdência

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A 7ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT/RJ) manteve a sentença de primeiro grau, da 1ª Vara do Trabalho de Campos dos Goytacazes, no Norte fluminense, e afastou a justa causa aplicada a empregado da Centauro Vigilância e Segurança Ltda. sob o argumento de que teria participado de motim no hospital, provocando a interrupção dos serviços na empresa, o que configuraria ato de insubordinação.

O empregado ajuizou ação trabalhista inconformado com a justa causa aplicada, alegando não haver praticado ato ilícito, mas sim exercido o direito fundamental de greve ante a demora da empresa no pagamento de dois meses de salários. Julgada procedente em parte a ação, a empresa de vigilância recorreu ao segundo grau. Em recurso, insurgiu-se contra o reconhecimento de dispensa imotivada, sob o argumento de que o empregado praticou ato de insubordinação configurador de justa causa.

Ao analisar o recurso, a desembargadora Sayonara Grillo Coutinho Leonardo da Silva, relatora do acórdão, asseverou que a própria empresa reconheceu a mora salarial, dando causa à organização da greve. Segundo a magistrada, foi o descumprimento do maior dever contratual, o pagamento do salário, que gerou a resistência dos trabalhadores.

Assim, a Turma concluiu que, não havendo nos autos prova de prática de ilícito trabalhista por parte do reclamante, não restou configurada a falta grave imputada. “A alegação da empresa de que o reclamante e seus colegas teriam “sido responsáveis pela organização de motim, pelo intuito de provocar a interrupção dos serviços da reclamada” e que a justa causa por ato de insubordinação teria sido aplicada pois “os funcionários insatisfeitos poderiam ter buscado a satisfação de seus interesses de outra maneira” não subsiste diante da constatação de que o exercício do jus resistentiae dos empregados que paralisaram suas atividades, em greve organizada pelo não recebimento de salários por dois meses,tem fundamento constitucional e jamais pode ser qualificada como motim, pois o exercício do direito de greve é um direito humano fundamental, protegido pelo art. 9º da CFRB, pelos diplomas internacionais que asseguram a liberdade sindical, bem como pela Declaração Sócio Laboral do Mercosul (art. 11).”, ressaltou a relatora.

Nas decisões proferidas pela Justiça do Trabalho, são admissíveis os recursos enumerados no art. 893 da CLT.

Fonte: Tribunal Regional do Trabalho da 1° Região

Empregada que sofreu violência a caminho do transporte da empresa não receberá indenização 18 de setembro de 2014 08:35

A Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) julgou improcedente o pedido de indenização por dano moral feito por uma empregada da McLane do Brasil Ltda., do Rio Grande do Sul, por ter sido vítima de abuso sexual no caminho para o local onde tomaria o transporte fornecido pela empresa. Para os ministros, não foram preenchidos os requisitos necessários para a responsabilização do empregador, uma vez que se trata de caso fortuito praticado por terceiro, fora da empresa e do horário de trabalho, contra o qual existe pouca ou nenhum defesa da empresa.

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De acordo com o relato da trabalhadora, em maio de 2011, quando se deslocava para o ponto onde era apanhada pelo ônibus contratado pela empresa, a quatro quadras de sua residência, foi atacada por um indivíduo armado com faca que a assaltou e abusou sexualmente dela. Por isso, postulou o pagamento de indenização por danos morais e psicológicos no valor de R$ 200 mil, em virtude da agressão sofrida. Ela culpou a empresa por não fornecer transporte que passasse em frente a sua casa, como já havia solicitado antes do ocorrido, por temer a violência.

O juízo de origem julgou improcedente o pedido. “Não seria razoável pretender que o transporte fornecido pela empresa recolhesse os empregados na porta de suas casas, sendo perfeitamente aceitável que apenas passe próximo a esses locais”, julgou o magistrado.

O Tribunal Regional do Trabalho da 4º Região (RS), ao analisar recurso, reformou a sentença por entender que houve omissão da empregadora, “que se mostrou insensível a um apelo absolutamente razoável” para pegá-la em casa.

A empresa foi condenada a pagar R$ 40 mil a título de indenização por danos morais e recorreu ao TST, alegando que o assalto fora praticado por terceiro e que não deu causa ao infortúnio, ressaltando que não ficou comprovada a sua conduta culposa, nos termos exigidos pelo artigo 186 do Código Civil.

Para a relatora do processo, ministra Maria de Assis Calsing, relatora do processo, “foge ao razoável” exigir da empresa que pegue todos os seus empregados em casa para evitar tragédias em via pública, como a que ocorreu com a trabalhadora. “Constata-se que a violência sofrida decorreu de fator externo e alheio à relação de emprego, sem que a empresa tenha concorrido ou dado causa para seu acontecimento, o que afasta a possibilidade de condenação à reparação do dano”, destacou. “Logo, também diante da caracterização da culpa exclusiva de terceiro, não há como se estabelecer nexo causal entre a violência sofrida pela trabalhadora, que nem sequer encontrava-se sob o comando diretivo da empregadora. O infortúnio decorreu de uma causa que não estava ao alcance da empregadora evitá-la”, concluiu.

A decisão foi unânime.

(Paula Andrade/CF) - Processo: RR-145-10.2011.5.04.0204

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Hospital é condenado por mascarar relação de emprego com médico plantonista 19 de setembro de 2014 07:21

A Santa Casa de Misericórdia de Santa Bárbara D´Oeste (Hospital Santa Bárbara) foi condenada a pagar verbas rescisórias a um médico que prestou serviços à entidade por quase quatro anos. A Oitava Turma do Tribunal Superior do Trabalho não conheceu de recurso do hospital contra a condenação. Para a ministra Dora Maria da Costa, relatora, ficou evidenciado que o profissional prestou serviços de forma onerosa e não eventual, além de ter subordinação jurídica com o hospital, elementos caracterizadores da relação de emprego.

Na reclamação trabalhista, o médico descreveu que foi contratado como plantonista de pediatria sem a assinatura da carteira de trabalho para trabalhar para a Santa Casa e, paralelamente, para a Prefeitura Municipal de Santa Bárbara (SP). Dois anos depois, para tentar “mascarar a relação de emprego”, foi orientado a abrir uma empresa para emitir notas fiscais pelos serviços prestados.

Afirmou, ao pedir o reconhecimento do vínculo, que era subordinado ao hospital, que não podia mandar outra pessoa no seu lugar, tinha que cumprir horário e recebia salário fixo mensal. Sustentou que é ilícita a contratação de trabalhador como pessoa jurídica e que qualquer forma utilizada que não for a celetista, deve ser considerada como fraude à lei.

Em defesa, o hospital afirmou que o médico era autônomo e, como plantonista, não tinha vínculo de emprego. Disse ainda que ele podia ser substituído e tinha autonomia para escolher horários e a frequência dos plantões.  

Mas o depoimento da preposta da Santa Casa deixou clara, para o juízo de origem e para o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Campinas/SP), a natureza empregatícia da relação. De acordo com a preposta, o médico sofria advertências do diretor clínico por fazer atendimento voluntário e atender crianças residentes em abrigos, “o que seria proibido pela Santa Casa de Misericórdia”. Destacou que, como o horário do plantão era corrido, o médico não podia se ausentar, e que o controle das escalas era feito pelo diretor clínico do hospital.  

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No TST, o hospital pediu o afastamento do reconhecimento do vínculo e insistiu que o médico era prestador de serviços, sem qualquer subordinação, já que era apenas plantonista.

Mas, ao analisar o caso, a ministra Dora Maria da Costa destacou que ficou evidenciada na decisão do TRT a presença dos requisitos do artigo 3° da CLT e dos elementos essenciais à configuração da relação de emprego: trabalho prestado por pessoa física, com pessoalidade, onerosidade, não eventualidade e subordinação jurídica.

A ministra observou que o depoimento da preposta, registrado pelo Regional, caracterizou verdadeira confissão quanto à subordinação. Baseada na Súmula 296 do TST, uma vez que o hospital não apresentou divergência jurisprudencial específica, ela não conheceu do recurso, e foi acompanhada por unanimidade. Após a publicação do acórdão, a Santa Casa opôs embargos declaratórios, ainda não examinados pela Turma.

Processo: RR-1302-12.2010.5.15.0086

(Taciana Giesel/CF)

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Cinemark deve pagar insalubridade a atendente que limpava banheirosTST não conheceu do recurso da empresa.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

A 1ª turma do TST não conheceu de recurso da Cinemark Brasil S.A. interposto contra decisão que a condenou a pagar adicional de insalubridade a uma atendente que recolhia lixo e limpava banheiros.

A autora alega que trabalhou no cinema por um ano, exercendo, entre outros, a limpeza e higienização de banheiros, tendo, inclusive, contato com lixo contendo fezes e demais dejetos. Razão pela qual pleiteou pagamento de adicional de insalubridade.

Em sua defesa, a Cinemark afirmou que o trabalho da reclamante não foi insalubre, que houve fornecimento de EPI e que ela não realizava limpeza de banheiros, pois havia faxineira devidamente contratada para essa atividade.

O juízo de primeiro grau deferiu o pedido da trabalhadora e o TRT da 4ª região manteve a sentença. O Regional reconheceu que as atividades exercidas pela atendente foram insalubres, mesmo havendo fornecimento de luvas, posto que EPI não contempla todas as vias de contágio.

A empresa recorreu ao TST, sustentando os mesmos argumentos. Entretanto, o relator, ministro Hugo Carlos Scheuermann, ressaltou que a jurisprudência da Corte é pacífica no sentido de que, no caso de limpeza de banheiro público em que há grande circulação de pessoas, é devido o referido adicional.

“Resta evidente que a reclamante, embora não tivesse como atividade fim a limpeza dos banheiros, realizava-as diariamente, e, pelo fato de o labor ser exercido em local de grande circulação de pessoas – cinema - terminou atraindo a exceção prevista na Orientação Jurisprudencial nº 4, II, da SBDI-1 deste Tribunal Superior. A decisão regional, portanto, encontra-se em consonância com a jurisprudência iterativa, notória e pacífica desta Corte, motivo pelo qual o recurso de revista encontra óbice na Súmula nº 333 e no artigo 896, § 4º, da CLT.”

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Processo relacionado: RR - 503-03.2010.5.04.0012

Confira a decisão.

Prêmio por produção pago habitualmente e sem cumprir metas tem caráter salarialProvado que o pagamento da parcela prêmio por produção para um serralheiro ocorria com habitualidade e independentemente do cumprimento de metas, ficou evidenciado o caráter salarial da parcela

Fonte | TRT da 10ª Região - Quarta Feira, 10 de Setembro de 2014

Com esse argumento, a Segunda Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10) confirmou sentença que obrigou a Direcional Taguatinga Engenharia Ltda. a incluir diferenças referentes a essas parcelas no cálculo das verbas rescisórias do empregado.

A juíza Eliana Pedroso Vitelli, da 12ª Vara do Trabalho de Brasília (DF), julgou procedente, no ponto, reclamação trabalhista ajuizada pelo serralheiro que, ao receber as verbas rescisórias, após ser demitido imotivadamente, notou que a parcela não foi incluída no cálculo. A Direcional recorreu ao TRT-10, alegando que a verba em questão teria caráter indenizatório, uma vez que era paga a título de prêmio como incentivo à produção, sem habitualidade e não para todos os empregados.

O caso foi julgado pela Segunda Turma do Tribunal. Em seu voto, a relatora do recurso, desembargadora Elke Doris Just, revelou que o contrato de trabalho do autor perdurou de fevereiro a novembro de 2012, tendo sido registrados pagamentos de prêmio produção ao empregado durante os meses de abril e outubro. E que a sentença de primeiro grau deferiu o pagamento da parcela referente ao último mês do contrato. Para a relatora, tais fatos provam que havia habitualidade no pagamento da parcela.

Além disso, prosseguiu a desembargadora, depoimentos de testemunhas e da própria preposta da empresa revelaram que os prêmios nada mais eram do que simples pagamentos por tarefas, cujo valor era definido pelos encarregados da Direcional. “Portanto, provado que o pagamento da parcela prêmio por produção ocorria com habitualidade e independente do cumprimento de meta, restou afastada a natureza de prêmio e evidenciado o caráter salarial da parcela”, concluiu a relatora ao negar provimento ao recurso da empresa.

Processo nº 0000377-77.2013.5.10.012

Trabalhador consegue anular processo por falta de intimação pessoal

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(Seg, 15 Set 2014 07:11:00)

A Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho anulou todo o processo, desde a audiência de instrução, movido por um trabalhador contra a Evolu Servic Ambiental e o Município de São Paulo. Ele conseguiu provar que não fora intimado pessoalmente para a audiência, e a Turma entendeu que o fato de seu advogado ter sido intimado não excluía a sua regular intimação.

Por não ter comparecido à audiência de instrução – destinada ao depoimento das partes e à oitiva de testemunhas –, o juízo da 28ª Vara do Trabalho de São Paulo aplicou ao trabalhador a pena de confissão quanto à matéria de fato, considerando verdadeiras as alegações apresentadas pela empresa e o Município. A decisão foi mantida pelo Tribunal Regional da 2ª Região (SP), que considerou não ter havido nulidade. Para o Regional, a intimação para a audiência de instrução por intermédio do advogado é suficiente para garantir a ciência do empregado a respeito do ato, pois os poderes conferidos por ele na procuração incluíam o de receber intimações.

O trabalhador recorreu ao TST sustentando que advogado não é parte, mas representante legal, e que ausência de intimação pessoal lhe tirou a chance de prestar depoimento e de produzir prova testemunhal.

O relator do recurso na Segunda Turma do TST, ministro José Roberto Freire Pimenta, observou que, conforme a Súmula 74, item I, do TST, a pena de confissão deve ser aplicada à parte que deixar de comparecer à audiência apenas quando for intimada pessoalmente, requisito que não foi observado. "O fato de o advogado ter poderes expressos para receber intimação em nome do trabalhador não afasta a imprescindibilidade da intimação pessoal", afirmou.

Por violação à Súmula 74 e ao artigo 343, parágrafos 1º e 2º do Código de Processo Civil, a Turma determinou o retorno do processo à 28ª Vara do Trabalho para que reabra a fase de instrução processual e intime pessoalmente o empregado, a fim de que ele possa comparecer à audiência e prestar depoimento.

Processo: RR-43300-34.2009.5.02.0028

O TST possui oito Turmas julgadoras, cada uma composta por três ministros, com a atribuição de analisar recursos de revista, agravos, agravos de instrumento, agravos regimentais e recursos ordinários em ação cautelar. Das decisões das Turmas, a parte ainda pode, em alguns casos, recorrer à Subseção I Especializada em Dissídios Individuais (SBDI-1).

Esta matéria tem caráter informativo, sem cunho oficial.Permitida a reprodução mediante citação da fonte.Secretaria de Comunicação SocialTribunal Superior do Trab

Empresa de telemarketing é condenada por chamar de “ofensor” empregada que não cumpria meta16 set 2014 - Trabalho / Previdência

A AEC Centro de Contatos S/A terá de pagar R$ 10 mil por dano moral a uma empregada, pela prática de adjetivar como "ofensores" quem não conseguisse cumprir as metas estabelecidas, retirando-os de seus postos de trabalho e colocando-os em ilha de "recuperação ou treinamento". A decisão foi da Sétima Turma do Tribunal Superior do Trabalho, que proveu recurso da empregada para determinar o pagamento da indenização.

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Na ação, a empregada afirmou que havia uma lista em cada célula/ilha que classificava os atendentes conforme o ranking de produtividade. Quem não atingisse as metas ou superasse indicadores era classificado como "ofensor" do grupo, e permanecia nessa condição até o próximo resultado. Segundo ela, os "ofensores" eram vistos como a parte "podre" do grupo.

A empresa, em sua defesa, alegou que o vocábulo "ofensor" era apenas um "termo técnico", utilizado para identificar aqueles que não atingissem as metas e submetê-los a treinamento para que as alcançassem.

O pedido foi julgado improcedente pelas instâncias inferiores, levando a trabalhadora a recorrer ao TST.

O relator do recurso, ministro Douglas Alencar Rodrigues, avaliou que o termo "ofensor" era usado de forma pejorativa, depreciativa e insultuosa. "O dicionário Michaelis estabelece que ofensor é ‘aquele que ofende; ofendedor'. E quem comete uma ofensa, ainda segundo a mesma fonte de pesquisa, pratica um ato censurável e moralmente reprovável", explicou. "A tentativa de imprimir à palavra sentido técnico exclusivo, segundo a versão empresarial que foi chancelada pelo Regional, não se mostra admissível".

O ministro observou que, embora caiba ao empregador traçar metas e objetivos a serem atingidos pelos empregados, bem como treinar e orientar aqueles trabalhadores que apresentam maiores dificuldades, "a conduta dos superiores hierárquicos deve ser pautada pelo respeito aos subordinados". E que o poder diretivo do empregador, no que diz respeito à organização e treinamento de seus empregados, "não é tão amplo, encontrando limites no respeito necessário à dignidade da pessoa humana".

Assim, entendeu que houve violação à honra e à moral da atendente, e o indeferimento da reparação pretendida, uma vez configurado o tratamento indigno no ambiente de trabalho, violou o artigo 927, "caput", do Código Civil, cabendo a reparação.

A decisão foi unânime.

(Lourdes Côrtes e Carmem Feijó)

Processo: RR-173100-36.2013.5.13.0007

Fonte: TST

Atendente de Call Center indenizado por disfunção mandibular16 set 2014 - Trabalho / Previdência

A 7ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT/RJ) condenou a Bradesco Seguros S/A ao pagamento de uma indenização de R$ 20 mil, a título de danos morais, a um atendente de telemarketing que teve agravada uma disfunção na mandíbula em razão da atividade exercida. Ao reformar a sentença, que negara o pedido do empregado, o colegiado aplicou a teoria da concausa, por considerar que as condições de trabalho concorreram para a piora do quadro de doença preexistente.

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Segundo a petição inicial, o reclamante foi contratado em julho de 1998 para exercer o cargo de atendente de call center, no qual permaneceu até maio de 2006, quando foi dispensado sem justa causa. Durante todo esse período, o autor da ação trabalhou em frente a um computador, em um pequeno box, onde digitava dados no sistema da empresa. Simultaneamente, atendia às ligações telefônicas, com uso de aparelho headset de apoio craniano, de forma que suas mãos ficassem livres para não interromper a digitação. Ele afirmou, também, que por diversas vezes pediu transferência para outro setor em que não precisasse usar o referido dispositivo, mas não foi atendido.

Ainda na peça inicial, o trabalhador reconheceu que não foram suas atividades na empresa a causa para o surgimento de sua disfunção temporomandibular. No entanto, alegou que as condições de trabalho, com o constante uso de headset, agravaram o quadro. Devido ao desenvolvimento de severa maloclusão dentária, com deformidade esqueletal e fortes dores na região da mandíbula, o reclamante foi submetido a cirurgia em setembro de 2005 e, logo após, encaminhado a tratamento ortodôntico para correção do problema, com o uso de próteses de metal.

Ao enfatizar que laudo pericial constatou o agravamento do quadro patológico pela função exercida, a relatora do acórdão, juíza convocada Claudia Regina Vianna Marques Barrozo, observou que "a doença do trabalho pode ser configurada pela concausa ou causa concorrente, ou seja, um elemento que concorre com outro, formando o nexo entre a ação e o resultado, não sendo, portanto, requisito que a atividade laboral seja a única causadora da doença".

Assim, a magistrada concluiu ser evidente que "a empresa possui o dever de indenizar o obreiro diante do sofrimento que lhe foi causado, à época, em razão do agravamento de seu quadro de saúde e a total inércia da ré, que podia, ao menos, ter tentado readaptar o trabalhador".

Nas decisões proferidas pela Justiça do Trabalho, são admissíveis os recursos enumerados no art. 893 da CLT.

Fonte: Tribunal Regional do Trabalho da 1° Região

Trabalhador que continua no emprego após aposentadoria tem direito a multa sobre FGTS na dispensa sem justa causa16 set 2014 - Trabalho / Previdência

Se o empregado continua prestando serviços ao mesmo empregador após a aposentadoria espontânea, terá direito à multa de 40% sobre o FGTS depositado em sua conta vinculada. Isto porque, nesse caso, a aposentadoria espontânea não causa a extinção do contrato de trabalho. É esse o teor da Orientação Jurisprudencial nº 361 da SDI-1 do TST, aplicada pela juíza Maria Irene Silva de Castro Coelho, titular da

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1ª Vara do Trabalho de João Monlevade, ao julgar o caso de um trabalhador que reclamou o recebimento da multa fundiária, não quitada pela empresa ao dispensá-lo sem justa causa após a sua aposentadoria.

Ao se defender, a ré sustentou que o contrato de trabalho do reclamante foi extinto naturalmente, em razão de aposentadoria concedida ao empregado, na forma especial, de acordo com o artigo 57 da Lei nº 8.213/1991, sendo esse benefício incompatível com a continuidade do vínculo empregatício entre as partes.

Rechaçando o argumento, a juíza salientou que o Supremo Tribunal Federal, através da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 1.721/06, suspendeu a eficácia do parágrafo 2º do artigo 453 da CLT. Portanto, não há mais extinção do contrato de trabalho quando o empregado se aposenta voluntariamente, pois a lei previdenciária não mais exige que o trabalhador se afaste do emprego para a concessão do benefício, conforme artigo 49 da Lei nº 8.2013/1991. O TST já se manifestou nesse mesmo sentido na Orientação Jurisprudencial nº 361 da SDI-1.

A julgadora ressaltou que, no caso de aposentadoria especial, a relação de natureza previdenciária mantida com o INSS é diferente e independente do contrato de trabalho mantido com a empregadora, uma vez que o disposto nos artigos 46 e 57, parágrafo 8º, da Lei nº 8.213/1991 não levam necessariamente à extinção do contrato de trabalho, desde que o beneficiário da Previdência Social passe a exercer atividades compatíveis com o benefício recebido.

No entender da magistrada, a conjugação do artigo 46 com o parágrafo 8º do artigo 57, ambos da Lei nº 8.213/1991, leva à conclusão que o segurado em gozo de aposentadoria especial que continuar exercendo atividade ou operação que o sujeite aos agentes nocivos terá sua aposentadoria cancelada, à exceção daquele que for readaptado em funções compatíveis com sua nova condição. Portanto, não existe incompatibilidade absoluta entre a aposentadoria especial e a continuidade do contrato de trabalho.

Por fim, a juíza frisou que o reclamante obteve a concessão da aposentadoria especial em abril de 2012 e continuou a trabalhar na reclamada até abril de 2013, quando foi dispensado sem justa causa. Assim, houve, no caso, continuidade da relação de emprego e posterior dispensa imotivada por parte da empregadora, que, inclusive, pagou o aviso prévio indenizado ao empregado.

Diante dos fatos, a magistrada julgou parcialmente procedentes os pedidos e condenou a reclamada a pagar ao reclamante a multa rescisória de 40% sobre os depósitos do FGTS realizados na conta vinculada do empregado. Decisão mantida pelo TRT de Minas ao julgar o recurso da ré.

( 0001196-47.2013.5.03.0064 RO )

Fonte: Tribunal Regional do Trabalho da 3° Região

Empresa de transportes indenizará motorista que trabalhava mais de 16 horas por dia 16 de setembro de 2014 21:55

A Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) condenou a Transilva Transportes e Logística Ltda. a indenizar em R$ 5 mil um motorista carreteiro que trabalhava até mais de 16 horas por dia, seis dias por semana, incluindo feriados. “O empresário que decide descumprir as normas de limitação temporal do trabalho não prejudica apenas os seus empregados, mas tenciona para pior as condições de vida de todos os trabalhadores que atuam naquele ramo da economia”, afirmou o relator do recurso, ministro Alberto Bresciani.

Na reclamação trabalhista, o motorista informou que trabalhou por três anos para a empresa Transilva, das 6h às 22h, no mínimo, havendo ocasiões em que pernoitava no Porto de Vitória, aguardando carregamento. Ele alegou ainda que houve meses em que trabalhou sem nenhum

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tipo de folga e que a empresa tinha ciência da carga elevada de trabalho, pois os caminhões eram rastreados via satélite. Dessa forma, pediu indenização por danos morais pela afronta ao direito fundamental ao lazer, previsto no artigo 6º da Constituição da República.

Em sua defesa, a empresa argumentou que, como a jornada do motorista era externa, não se aplicaria a ele a fixação de horários prevista na CLT. Afirmou também que não tinha como controlar a jornada porque o motorista fazia viagens interestaduais, e até mesmo os intervalos para refeição e descanso eram gozados “como ele desejasse”. Defendeu ainda que o trabalhador não provou o horário excessivo nem a ocorrência de dano.

O juiz de origem julgou improcedente o pedido de indenização por danos morais. No seu entendimento, a indenização pressupõe ato ilícito ou erro de conduta do empregador, um prejuízo suportado e um nexo de causalidade entre a conduta antijurídica e o dano, e esses elementos não estariam presentes no caso. O Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região manteve a sentença.

Em recurso de revista ao TST, o motorista insistiu na tese de que o direito ao lazer é um direito fundamental, e apresentou divergência jurisprudencial no sentido de seus argumentos.

Ao avaliar o caso, o ministro Alberto Bresciani observou que as regras de limitação da jornada e duração semanal do trabalho estão na origem do Direito do Trabalho e têm importância fundamental na manutenção do conteúdo moral e dignificante da relação de trabalho, preservando o direito ao lazer, previsto constitucionalmente. “Tais normas, de caráter eminentemente tutelar, são consequência de uma conquista da sociedade moderna, que não mais admite o trabalho escorchante”, afirmou.

Para o ministro relator, não se exige que o dano moral seja demonstrado. “Ele decorre da gravidade do fato ofensivo que, no caso, restou materializado pela exigência da prática de jornada exaustiva e consequente descumprimento de norma que visa à mantença da saúde física e mental dos trabalhadores no Brasil”, concluiu.

A decisão foi unânime.

(Paula Andrade/CF)

Processo: RR-52500-09.2012.5.17.0007

viaEmpresa de transportes indenizará motorista que trabalhava mais de 16 horas por dia – Início – TST.

Súmula 437

Convenção coletivo não pode reduzir intervalo intrajornada, reafirma TST15 de setembro de 2014, 15:54

É inválida a cláusula de acordo ou convenção coletiva que reduza ou acabe com o intervalo intrajornada, por se tratar de medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garantida nos artigos 7º da Constituição

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Federal e 71 da CLT. Seguindo esse entendimento, já sumulado pelo Tribunal Superior do Trabalho, a 7ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho condenou a Malwee Malhas Pomerode a pagar em dobro a uma industriária o período do intervalo intrajornada reduzido por convenção coletiva.

Na reclamação trabalhista ajuizada contra a malharia, a trabalhadora afirmou que o intervalo para descanso e alimentação era de apenas 30 minutos, quando deveria ser de, pelo menos, uma hora. A Malwee, em contestação, alegou que a redução estaria autorizada pela Portaria 42 do MTE, que disciplina os requisitos para a redução de intervalo intrajornada.

A Vara do Trabalho de Timbó (SC) julgou procedente o pedido da industriária porque a empresa não tinha autorização específica do MTE para todo o período em que ela trabalhou na malharia. O Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (SC) modificou a sentença para considerar válida a redução.

Segundo o TRT-12, a Portaria 42 do MTE, revogada em 2010, autorizava a redução, e a omissão do órgão governamental em emitir nova autorização "é fato público e notório na seara trabalhista". Assim, concluiu que não se deveria apenar o empregador por ter seguido a orientação da autoridade pública.

A empregada recorreu ao TST. A relatora do recurso, ministra Delaíde Miranda Arantes, destacou que o TST já tem entendimento pacificado sobre a matéria, e que o empregador precisa de autorização específica do MTE para poder reduzir o intervalo, ainda que por norma coletiva. "Sem a fiscalização a ser exercida sobre cada empresa, não haverá como demonstrar que o estabelecimento do empregador atende às exigências concernentes à organização dos refeitórios, como dispõe o artigo 71, parágrafo 3º, da CLT", afirmou. "Não há como o MTE fazer-se substituir pelo particular — no caso, os sindicatos — para fins de fazer valer a atuação fiscalizadora que lhe é imposta pela CLT."

Os valores serão pagos com adicional de 50% e reflexos em outras verbas, bem como a incidência de contribuição previdenciária, conforme prevê a Súmula 437 do TST. A decisão foi unânime. Com informações da Assessoria de Imprensa do TST.

RR-565-90.2013.5.12.0052

Revista Consultor Jurídico, 15 de setembro de 2014, 15:54

Soneca grave

Dispensa por justa causa de vigilante que dormiu em serviço é correta15 de setembro de 2014, 21:45

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Se a função essencial do vigilante é ficar em estado de vigília, o profissional comete falta grave quando dorme durante o trabalho. Esse foi o entendimento da 1ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (GO) ao reconhecer dispensa por justa causa de um empregado de uma empresa de vigilância que foi flagrado durante cochilo.

Embora o relator do caso, desembargador Eugênio Cesário, tenha relacionado o sono à “abusiva jornada de 12 horas de trabalho por 36 de repouso”, ele afirmou que o empregado “descumpriu uma obrigação principal do contrato e abalou severamente a fidúcia creditada entre as partes, praticando falta sobremodo censurável”.

A demissão já havia sido considerada válida em primeira instância. Apesar de ter admitido o cochilo, o autor alegou que a falha não era grave e havia sido tratada com rigor excessivo, quando deveria no máximo ter sido aplicada a pena de suspensão. Já a empresa afirmou que o vigilante que dorme em serviço coloca em risco tanto a segurança do local como a sua própria integridade física.

O relator do caso apontou que o trabalhador já tinha sido punido outras vezes, com advertência e suspensão, por faltar ao trabalho e abandonar o posto de serviço. Ele criticou a jornada acima de 8 horas “em pleno século XXI”, mas disse que seguia construção jurisprudencial sobre o que se considera falta grave. Os demais membros da Turma seguiram o voto por unanimidade. Com informações da Assessoria de Imprensa do TRT-18.

Clique aqui para ler o acórdão.RO-0011178-30.2013.5.18.0012

Revista Consultor Jurídico, 15 de setembro de 2014, 21:45

RECURSOS HUMANOSParaíba TotalMulheres ganham 73,7% do salário dos homens, afirma PnadForam ouvidas 362.555 pessoas em 1.100 municípios

O Globo – RJAs carreiras mais subestimadas e supervalorizadas em 2014Algumas têm bons salários e perspectiva de crescimento, mas pouca procura. Outras são mais estressantes e não tão bem remuneradas como muitos imaginam

O Globo – RJGestão horizontal: oito dicas para trabalhar em empresa sem chefeEspecialista ensina como lidar com o desafio de atuar em companhias sem relações de mando

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