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[email protected] São Luís, 31 de agosto de 2017. Quinta-feira O Estado do Maranhão A filha de 15 anos da modelo Cindy Crawford, Kaia, surpreendeu os fãs nas redes sociais com uma foto na qual aparece abraçadinha com sua mãe. A jovem brincou com a semelhança entre as duas. SÃO PAULO P rincipal causa de morte evi- tável nos hospitais, o trom- boembolismo venoso (TEV), ou trombose, é uma doença de incidência elevada que po- de acarretar complicações impor- tantes. No Brasil, são registrados por ano cerca de 120 mil novos casos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular. Por isso, o diagnóstico precoce e o trata- mento adequado são essenciais pa- ra o melhor prognóstico do paciente. A trombose se dá a partir da for- mação de um coágulo, ou trombo, em uma ou mais veias do corpo. Es- se coágulo pode bloquear ou difi- cultar o fluxo de sangue na região e, quando essa condição ocorre no in- terior de veias profundas, geralmen- te nos membros inferiores, o quadro recebe o nome de trombose venosa profunda (TVP). Quando o coágulo se desprende e se desloca até o pul- mão, pela corrente sanguínea, é ins- talada a embolia pulmonar (EP), principal complicação do TEV. Longos períodos de imobilidade, decorrentes da permanência no lei- to, estão relacionados à TVP. Cerca de 60% dos casos, de fato, estão as- sociados às internações hospitala- res, segundo a Sociedade Interna- cional de Trombose e Hemostasia (International Society on Thrombo- sis and Haemostasis). “O período pós-cirúrgico e uso de cateteres, por exemplo, são condições que fazem com que o paciente fique ainda mais suscetível à doença”, explica o mé- dico Marcos Arêas Marques, da Uni- dade Docente Assistencial de An- giologia do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Uerj). Alguns fatores, como obesidade, tabagismo, gravidez, puerpério, insu- ficiência cardíaca, varizes e uso de es- trógenos, podem tornar o paciente mais propenso a um quadro de TVP. Por isso, é importante aplicar avalia- ções de risco no momento da inter- nação hospitalar. “Esses escores de ris- co ajudam a normatizar as condutas de profilaxia. Por meio do histórico do paciente é possível avaliar o grau de risco para TVP e evitar que a condição se estabeleça”, ressalta o médico. Inchaço nos pés, joelho ou per- nas, bem como musculatura enrije- cida, diferença de volume entre uma perna e outra, dor e mudanças de coloração na pele podem ser alguns dos sintomas da TVP. Diante da sus- peita, é preciso realizar exames com- plementares e tratar o problema ra- pidamente e da forma mais ade- quada para evitar as complicações. Tratamento Uma das possibilidades de trata- mento para a TVP são os anticoagu- lantes orais de ação direta (DOACs), que atuam diretamente sobre fato- res de coagulação, evitando a pro- gressão e o desprendimento do coá- gulo, bem como a formação de no- vos trombos. “Os DOACs são tão efi- cazes quanto os anticoagulantes tra- dicionais, mas oferecem maior se- gurança, pela redução de risco de sangramentos”, ressalta Arêas. “Além disso, esses anticoagulan- tes podem ser utilizados tanto na fa- se inicial quanto em tratamentos prolongados, com a comodidade da administração por via oral, propor- cionando mais conforto ao pacien- te”, complementa o médico. Eficácia Primeiro anticoagulante com eficá- cia superior à da varfarina e mesma segurança do ácido acetilsalicílico na prevenção de AVC em pacientes com fibrilação atrial não valvar (um tipo de arritmia cardíaca), Eliquis (apixabana), da Pfizer, é um inibidor oral do fator Xa da coagulação. Aprovado em mais de 30 países, a apixabana também está indicada para o tratamento de TVP e EP, bem como para a prevenção dessas duas condições em pacientes que apre- sentam quadros recorrentes. Eliquis também pode ser ministrado para a prevenção de TEV em pacientes submetidos à artroplastia eletiva (ci- rurgia para colocação de prótese) de quadril ou de joelho. Para combater a trombose A enfermidade, de incidência elevada, está associada a períodos de imobilidade durante internações hospitalares Trombose é principal causa de morte evitável nos hospitais HAMBURGO Resultados de um estudo observa- cional multinacional que investigou o estado nutricional na América La- tina revelam que pacientes de uni- dades de tratamento intensivo (UTIs) não estão recebendo suporte nutricional. Os resultados foram co- letados em 116 hospitais em oito países. O estudo observacional no formato de um dia de identificação avaliou 1.053 pacientes com doen- ças graves que receberam nutrição enteral e/ou parenteral no scree- ning day e no dia anterior. Os resul- tados mostraram que 74% dos pa- cientes estavam moderada ou gravemente desnutridos. Uma análise adicional mostra que os pacientes que receberam uma combinação de nutrição en- teral e parenteral tinham menor probabilidade de sofrer de déficits calórico e proteico. Apenas 28,3% dos pacientes que receberam uma combinação de nutrição enteral e parenteral e 36,4% dos pacientes que receberam apenas nutrição pa- renteral apresentaram um déficit calórico, em comparação com 42,4% dos pacientes que receberam apenas nutrição enteral. De forma similar, 50,3% dos pa- cientes que receberam apenas nu- trição enteral tiveram um déficit proteico, em comparação com ape- nas 36,2% no grupo que recebeu uma combinação de enteral e pa- renteral, e 37,4% no grupo que re- cebeu apenas nutrição parenteral. Portanto, a forma mais eficaz de suporte nutricional parece ser a nu- trição parenteral suplementar, que aumenta a possibilidade de os pa- cientes atingirem suas metas ener- géticas diárias em 64%, e a possi- bilidade de atingirem as metas energética e proteica combinadas em 56%, em comparação com a nutrição enteral sozinha. Apesar disso, a integração da nutrição pa- renteral suplementar dentro da ad- ministração da nutrição atual era baixa nos hospitais participantes, de apenas 11%. Risco A desnutrição não tratada em hos- pitais leva a um maior risco de re- sultados clínicos deficientes, maior taxa de readmissão e maior risco de mortalidade. A dedicação adequada de recursos para assegurar que os pacientes sejam corretamente iden- tificados e avaliados quanto à des- nutrição é necessária para minimi- zar o risco. “A desnutrição é um problema sério em nossa rotina clínica diária”, afirmou o Dr. Karin Papapietro Val- lejo, médico e Chefe de Terapia de Nutrição Clínica do Hospital Clínico de la Universidad de Chile, e um dos autores do estudo. “Nossos achados mais recentes revelam o valor da nu- trição parenteral particularmente em pacientes na UTI. Esta infor- mação destaca a importância de implementar um protocolo de nu- trição de acordo com diretrizes e re- comendações para melhorar o aporte de energia e proteína dos pa- cientes criticamente doentes hos- pitalizados”. O Screening Day América Latina é parte da Unidos pela Nutrição Clí- nica, uma iniciativa lançada em 2015 pela Fresenius Kabi, uma em- presa global da área de saúde, es- pecializada em nutrição clínica. Para isso, 116 hospitais em oito paí- ses latino-americanos (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México, Panamá e Peru) participa- ram do estudo que caracterizou a prática da nutrição clínica em 1.053 pacientes de UTIs. Os resultados iniciais e os relatórios do estudo podem ser encontrados no site da campanha (http://www.unitedfor- clinicalnutrition.com/). Pesquisa aponta déficit proteico de pacientes em UTIs Novo estudo foi realizado em 116 hospitais instalados em oito países da América Latina FIQUE POR DENTRO Lançada em maio de 2015 pela Fresenius Kabi, a Unidos pela Nutrição Clínica busca dar suporte a profissionais de saúde em toda a América Latina. Essa iniciativa oferece ferramentas de suporte práticas, on-line e off-line, guiadas por dados, de forma a proporcionar a melhor prática possível para a nutrição clínica de pacientes criticamente doentes. Para saber mais, basta acessar o site www.unidospelanutricaoclinica. com.br. Sobre a “Unidos pela nutrição clínica” Pesquisa mostra que 74% dos pacientes estavam desnutridos Divulgação Divulgação

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São Luís é uma das capitais como menor percentual de fumantesativos, segundo pesquisadivulgada na terça-feira, 29. CIDADES 1

[email protected] São Luís, 31 de agosto de 2017. Quinta-feira O Estado do Maranhão

A filha de 15 anos da modelo CindyCrawford, Kaia, surpreendeu os fãs nasredes sociais com uma foto na qual apareceabraçadinha com sua mãe. A jovem brincoucom a semelhança entre as duas.

SÃO PAULO

Principal causa de morte evi-tável nos hospitais, o trom-boembolismo venoso(TEV), ou trombose, é uma

doença de incidência elevada que po-de acarretar complicações impor-tantes. No Brasil, são registrados porano cerca de 120 mil novos casos, deacordo com a Sociedade Brasileira deAngiologia e de Cirurgia Vascular. Porisso, o diagnóstico precoce e o trata-mento adequado são essenciais pa-ra o melhor prognóstico do paciente.

A trombose se dá a partir da for-mação de um coágulo, ou trombo,em uma ou mais veias do corpo. Es-se coágulo pode bloquear ou difi-cultar o fluxo de sangue na região e,quando essa condição ocorre no in-terior de veias profundas, geralmen-te nos membros inferiores, o quadrorecebe o nome de trombose venosaprofunda (TVP). Quando o coágulose desprende e se desloca até o pul-mão, pela corrente sanguínea, é ins-talada a embolia pulmonar (EP),principal complicação do TEV.

Longos períodos de imobilidade,decorrentes da permanência no lei-to, estão relacionados à TVP. Cercade 60% dos casos, de fato, estão as-sociados às internações hospitala-res, segundo a Sociedade Interna-cional de Trombose e Hemostasia(International Society on Thrombo-sis and Haemostasis). “O períodopós-cirúrgico e uso de cateteres, porexemplo, são condições que fazemcom que o paciente fique ainda maissuscetível à doença”, explica o mé-dico Marcos Arêas Marques, da Uni-dade Docente Assistencial de An-giologia do Hospital UniversitárioPedro Ernesto (Uerj).

Alguns fatores, como obesidade,tabagismo, gravidez, puerpério, insu-ficiência cardíaca, varizes e uso de es-trógenos, podem tornar o pacientemais propenso a um quadro de TVP.Por isso, é importante aplicar avalia-ções de risco no momento da inter-nação hospitalar. “Esses escores de ris-co ajudam a normatizar as condutasde profilaxia. Por meio do histórico dopaciente é possível avaliar o grau derisco para TVP e evitar que a condiçãose estabeleça”, ressalta o médico.

Inchaço nos pés, joelho ou per-nas, bem como musculatura enrije-cida, diferença de volume entre umaperna e outra, dor e mudanças decoloração na pele podem ser algunsdos sintomas da TVP. Diante da sus-peita, é preciso realizar exames com-plementares e tratar o problema ra-pidamente e da forma mais ade-quada para evitar as complicações.

TratamentoUma das possibilidades de trata-

mento para a TVP são os anticoagu-lantes orais de ação direta (DOACs),que atuam diretamente sobre fato-res de coagulação, evitando a pro-gressão e o desprendimento do coá-gulo, bem como a formação de no-vos trombos. “Os DOACs são tão efi-cazes quanto os anticoagulantes tra-dicionais, mas oferecem maior se-gurança, pela redução de risco desangramentos”, ressalta Arêas.

“Além disso, esses anticoagulan-tes podem ser utilizados tanto na fa-

se inicial quanto em tratamentosprolongados, com a comodidade daadministração por via oral, propor-cionando mais conforto ao pacien-te”, complementa o médico.

EficáciaPrimeiro anticoagulante com eficá-cia superior à da varfarina e mesmasegurança do ácido acetilsalicílicona prevenção de AVC em pacientescom fibrilação atrial não valvar (umtipo de arritmia cardíaca), Eliquis

(apixabana), da Pfizer, é um inibidororal do fator Xa da coagulação.

Aprovado em mais de 30 países,a apixabana também está indicadapara o tratamento de TVP e EP, bemcomo para a prevenção dessas duascondições em pacientes que apre-sentam quadros recorrentes. Eliquistambém pode ser ministrado para aprevenção de TEV em pacientessubmetidos à artroplastia eletiva (ci-rurgia para colocação de prótese) dequadril ou de joelho. �

Para combatera trombose

A enfermidade, de incidência elevada,está associada a períodos de imobilidadedurante internações hospitalares

Tromboseé principal

causa de morteevitável

nos hospitais

HAMBURGO

Resultados de um estudo observa-cional multinacional que investigouo estado nutricional na América La-tina revelam que pacientes de uni-dades de tratamento intensivo(UTIs) não estão recebendo suportenutricional. Os resultados foram co-letados em 116 hospitais em oitopaíses. O estudo observacional noformato de um dia de identificaçãoavaliou 1.053 pacientes com doen-ças graves que receberam nutriçãoenteral e/ou parenteral no scree-ning day e no dia anterior. Os resul-tados mostraram que 74% dos pa-cientes estavam moderada ougravemente desnutridos.

Uma análise adicional mostraque os pacientes que receberamuma combinação de nutrição en-teral e parenteral tinham menorprobabilidade de sofrer de déficitscalórico e proteico. Apenas 28,3%dos pacientes que receberam umacombinação de nutrição enteral eparenteral e 36,4% dos pacientesque receberam apenas nutrição pa-renteral apresentaram um déficitcalórico, em comparação com42,4% dos pacientes que receberam

apenas nutrição enteral. De forma similar, 50,3% dos pa-

cientes que receberam apenas nu-trição enteral tiveram um déficitproteico, em comparação com ape-nas 36,2% no grupo que recebeuuma combinação de enteral e pa-renteral, e 37,4% no grupo que re-cebeu apenas nutrição parenteral.

Portanto, a forma mais eficaz desuporte nutricional parece ser a nu-trição parenteral suplementar, queaumenta a possibilidade de os pa-cientes atingirem suas metas ener-géticas diárias em 64%, e a possi-bilidade de atingirem as metasenergética e proteica combinadasem 56%, em comparação com anutrição enteral sozinha. Apesardisso, a integração da nutrição pa-renteral suplementar dentro da ad-ministração da nutrição atual erabaixa nos hospitais participantes,de apenas 11%.

RiscoA desnutrição não tratada em hos-pitais leva a um maior risco de re-sultados clínicos deficientes, maiortaxa de readmissão e maior risco demortalidade. A dedicação adequadade recursos para assegurar que os

pacientes sejam corretamente iden-tificados e avaliados quanto à des-nutrição é necessária para minimi-zar o risco.

“A desnutrição é um problemasério em nossa rotina clínica diária”,afirmou o Dr. Karin Papapietro Val-lejo, médico e Chefe de Terapia deNutrição Clínica do Hospital Clínicode la Universidad de Chile, e um dosautores do estudo. “Nossos achadosmais recentes revelam o valor da nu-trição parenteral particularmenteem pacientes na UTI. Esta infor-mação destaca a importância deimplementar um protocolo de nu-trição de acordo com diretrizes e re-comendações para melhorar oaporte de energia e proteína dos pa-cientes criticamente doentes hos-pitalizados”.

O Screening Day América Latinaé parte da Unidos pela Nutrição Clí-nica, uma iniciativa lançada em2015 pela Fresenius Kabi, uma em-presa global da área de saúde, es-pecializada em nutrição clínica.Para isso, 116 hospitais em oito paí-ses latino-americanos (Argentina,Brasil, Chile, Colômbia, Equador,México, Panamá e Peru) participa-ram do estudo que caracterizou aprática da nutrição clínica em 1.053pacientes de UTIs. Os resultadosiniciais e os relatórios do estudopodem ser encontrados no site dacampanha (http://www.unitedfor-clinicalnutrition.com/). �

Pesquisa apontadéficit proteico depacientes em UTIsNovo estudo foi realizado em 116 hospitaisinstalados em oito países da América Latina

FIQUE POR DENTRO

Lançada em maio de 2015 pelaFresenius Kabi, a Unidos pelaNutrição Clínica busca darsuporte a profissionais de saúdeem toda a América Latina. Essainiciativa oferece ferramentasde suporte práticas, on-line eoff-line, guiadas por dados, deforma a proporcionar a melhorprática possível para a nutriçãoclínica de pacientes criticamentedoentes. Para saber mais, bastaacessar o sitewww.unidospelanutricaoclinica.com.br.

Sobre a “Unidos pelanutrição clínica”

Pesquisa mostra que 74% dos pacientes estavam desnutridos

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