vida depois da morte - livro completo para ler

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Os evangelhos são riquíssimos em revelações que tratam da Vida Depois da Morte e uma das passagens que mais nos chamam a atenção é sem dúvida a passagem: “O Rico e o Mendigo Lázaro”, descrito no Evangelho de Lucas capítulo 16, dos versículos 19 ao 31. Para muitos esta é uma narrativa feita por Jesus para dar um ensinamento básico sobre o destino da pessoa humana após sua morte física. O Mestre apresenta dois personagens: um rico e outro muito pobre, os quais morrendo (desencarnando) encontram-se na espiritualidade em condições totalmente diferentes das quais viviam na terra ou quando encarnados. A passagem é narrada em treze versículos ricos em detalhes, cheios de curiosidades e revelações impressionantes sobre aquilo que parece ser “o mundo dos mortos” ou, se quiser, das “almas desencarnadas”; revelando por exemplo a existência de um plano espiritual onde os espíritos desencarnados gozam de sua plena consciência, lembrando inclusive dos seus entes queridos que vivem no plano físico, o que é algo impressionante e com certeza uma grande novidade para quem busca o ensino de Jesus sobre este ponto específico. É uma passagem polêmica e muito discutida entre estudiosos católicos, espíritas e protestantes. Nesta narrativa podemos encontrar elementos tanto a favor como contra as doutrinas de ambos os seguimentos religiosos, por este motivo há àqueles estudiosos defensores do ponto de vista de que esta passagem seja uma parábola, outros, por sua vez, aceitam como uma história real. Bem, quando se deseja ardentemente encontrar a verdade sempre é necessário colocar a razão acima dos dogmas ou da linha de pensamento predominante de cada religião. Este é o objeto central desses estudos: propor uma investigação minuciosa do assunto de forma racional, livre da influência dos dogmas e doutrinas diversas, extraindo dessa passagem evangélica todas as informações possíveis e imagináveis para se obter, enfim, uma conclusão racional sobre a questão.

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SUMRIO

PREFCIO O RICO E O MENDIGO LZARO PARBOLA OU FATO REAL? ESTUDO SISTEMTICO VERSCULO POR VERSCULO A IMORTALIDADE DO CORPO A RESSURREIO DOS MORTOS COMO OCORRER A RESSURREIO DOS MORTOS APELO APNDICE O RICO E O MENDIGO LZARO EM 2 VERSES DA PROIBIO DE SE EVOCAR OS MORTOS

Prefcio

Os evangelhos so riqussimos em revelaes que tratam da Vida Depois da Morte e uma das passagens que mais nos chamam a ateno sem dvida: O Rico e o Mendigo Lzaro, descrito no Evangelho de Lucas captulo 16, dos versculos 19 ao 31. Para muitos, esta uma narrativa feita por Jesus para dar um ensinamento bsico sobre o destino da pessoa humana aps sua morte fsica. O Mestre apresenta dois personagens: um rico e outro muito pobre, os quais morrendo (desencarnando) encontram-se na espiritualidade em condies totalmente diferentes das quais viviam na terra ou quando encarnados. A passagem narrada em treze versculos ricos em detalhes, cheios de curiosidades e revelaes impressionantes sobre aquilo que parece ser o mundo dos mortos ou, se quiser, das almas desencarnadas; ela revela, por exemplo, a existncia de um plano espiritual onde os espritos desencarnados gozam de sua plena conscincia, lembrando inclusive dos seus entes queridos que vivem no plano fsico, o que algo impressionante e com certeza uma grande novidade para quem busca o ensino de Jesus sobre este ponto especfico. uma passagem polmica e muito discutida entre estudiosos catlicos, espritas e protestantes. Nesta narrativa podemos encontrar elementos tanto a favor como contra as doutrinas de ambos os seguimentos religiosos, por este motivo h queles estudiosos defensores do ponto de vista de que esta passagem seja uma parbola. Outros, por sua vez, aceitam ela como uma histria real mesmo.Bem, quando se deseja ardentemente encontrar a verdade sempre necessrio colocar a razo acima dos dogmas ou da linha de pensamento predominante de cada religio. Este o objeto central desses estudos: propor uma investigao minuciosa do assunto de forma racional, livre da influncia dos dogmas e doutrinas diversas, extraindo dessa passagem evanglica todas as informaes possveis e imaginveis para obter-se, enfim, uma concluso racional sobre a questo. Para escrever est obra consultei vrias verses e tradues diferentes do Evangelho de Lucas e achei por bem estabelecer como base desses estudos a traduo bblica de 1969, realizada por Joo Ferreira de Almeida e editada pela Sociedade Bblica do Brasil na Edio Revista e Corrigida. Pelo fato da traduo em Portugus possuir uma linguagem arcaica, podendo evidentemente dificultar a compreenso de certos versculos, resolvi elaborar um texto na linguagem atual, fiel ao sentido da traduo de Almeida, para ajudar especialmente aos leigos, fornecendo, a primeira vista, um melhor entendimento do tema em questo onde se poder observar no tpico: O Rico e o Mendigo Lzaro. Depois, para uma exame mais detalhado do assunto em questo, apresento o Estudo Sistemtico Versculo por Versculo com base no texto da traduo de Almeida.Tendo em vista tambm que o Evangelho de Lucas fora escrito inicialmente em grego e a primeira traduo da Igreja fora feita em latim, coloquei a disposio do leitor, a ttulo de curiosidade, a mesma passagem descrita em grego e tambm no latim, onde poder ser encontrada no Apndice dessa obra sob o ttulo: O Rico e o Mendigo Lzaro em Duas Verses.Uma boa e proveitosa leitura!

O Autor.

O RICO E O MENDIGO LZAROEvangelho de Lucas 16:19-31-Verso na Linguagem AtualExistiu um homem rico que vivia fartamente todos os dias, vestindo-se sempre com belssimas roupas, feitas com os melhores e mais caros tecidos de sua poca. Existiu tambm um homem chamado Lzaro que era mendigo e vivia cheio de feridas em frente a casa desse homem rico. E olhando para a sua mesa farta, desejava comer ao menos o resto dos alimentos que caiam no cho. A situao desse mendigo era to miservel que at os cachorros vinham lamber suas feridas. Mas um dia esse pobre homem faleceu e os anjos vieram busc-lo e o levaram para o paraso, junto de Abrao. Depois disso, o rico tambm faleceu e foi sepultado. Ento, no mundo dos mortos, aquele que tinha sido rico na terra, abriu os seus olhos e logo percebeu que estava em tormentos. Viu de longe Abrao e tambm Lzaro junto dele. Ento logo gritou, dizendo: _ Pai Abrao, tenha pena de mim! Mande que Lzaro ao menos molhe o dedo na gua e venha refrescar a minha lngua, porque estou sofrendo muito nesta chama! Mas Abrao respondeu: _Meu filho, lembre-se de que voc recebeu boas coisas na sua vida terrena, porm Lzaro, s recebeu o que era mau, e agora ele est aqui sendo consolado e voc est a sendo atormentado. Alm disso, existe aqui um grande abismo que nos separam uns dos outros, de modo que queles que quisessem atravessar daqui at voc no conseguiriam. Da mesma forma, os que esto a tambm no poderiam passar para este lado! Ento disse o que tinha sido rico: _ pai, suplico que envie Lzaro a terra, at a casa do meu pai, porque tenho l cinco irmos e se tudo isso for relatado a eles, certamente no viro tambm para este lugar de tormentos. Mas Abrao respondeu: _Na terra os seus irmos tem os ensinamentos dados por Moiss e pelos Profetas, e se eles atentamente observem ento no iro parar a neste lugar! Mas replicou o que antes tinha sido rico, dizendo: _Isso no suficiente pai Abrao! Mas se alguns dos mortos fossem at onde eles esto, certamente eles se arrependeriam. E Abrao respondeu: _Se eles no acreditam nas palavras de Moiss nem dos Profetas, acreditaro nas de Lzaro? Certamente que no! Eles tambm no daro crdito ainda que algum dos mortos ressuscite para falar dessas coisas.

PARBOLA OU FATO REAL? O termo Parbola, que vem do grego parabol e que significa basicamente comparao, usado especificamente para fazer a ilustrao de alguma verdade ou ensino; uma forma de discurso, uma estria, um dito ou ainda uma narrao alegrica na qual o conjunto de elementos evoca por comparao, outras realidades de ordem superior para ilustrar alguma lio que se deseja ensinar. Alguns defendem que esta passagem sobre o Rico e o Mendigo Lzaro seja uma parbola, outros a consideram como um relato sobre dois personagens que realmente existiram em algum lugar nos tempos bblicos. Mas o que gerou estas opinies opostas? Com base em que, podemos dizer que trata-se a de uma parbola ou no? A quem interessaria defender esta passagem como uma parbola ou no e por que? sobre estas questes que vamos nos concentrar neste captulo, para que possamos descobrir se esta narrativa de Jesus foi apresentada como algo real ou simplesmente como uma ilustrao de um de seus ensinos. Para se descobrir o que provocou essas opinies adversas necessrio nos reportarmos primeiramente ao objetivo da narrativa proposta por Jesus. E nisso compreendemos basicamente que Ele desejava mostrar o destino de dois homens aps sua morte fsica e a razo deles terem ido para lugares diferentes no plano espiritual. At a tudo bem, desde que se aceite a ideia de que a alma sobrevive a morte do corpo. Entretanto, Jesus vai mais alm revelando detalhes sobre o reino espiritual para onde vo as almas dos mortos. exatamente a que comea o problema e a discusso acalorada sobre o assunto, pois o Evangelho de Lucas descreve que no somente a pessoa continua viva depois da morte fsica como tambm permanece consciente; que possui um corpo, ainda que espiritual; que sente dor e sofrimento ou paz e alegria dependendo do lugar onde se encontra, e que esse estado da alma aps a morte do corpo fsico o resultante de suas prprias atitudes quando ainda estava no plano fsico, ou se quiser, quando encarnada. Muitos estudantes da Bblia no aceitam a passagem de Lucas 16:19-31 como um fato real exatamente por isso, pois por incrvel que parea, no acreditam que uma pessoa possa sobreviver a morte do corpo e que tudo se acaba com a morte. Utilizam at mesmo textos bblicos para reforar esse pensamento, como o caso do texto abaixo apresentado:Porque os vivos sabem que ho de morrer, mas os mortos no sabem coisa nenhuma, nem tampouco tero eles recompensa, mas a sua memria fica entregue ao esquecimento. Tambm o seu amor, o seu dio, e a sua inveja j pereceram, e j no tm parte alguma para sempre, em coisa alguma do que se faz debaixo do sol (Eclesiastes 9:5-6).Um estudo mais profundo sobre versculos bblicos, iguais a estes, chega-se a concluso de que a Bblia fala do corpo fsico, do cadver da pessoa. E isso tanto verdade que o mesmo autor do Livro de Eclesiastes diz no Livro de Salmos:Sai-lhe o esprito, volta para a terra; naquele mesmo dia perecem os seus pensamentos (Salmos 146:4).Isso quer dizer que o crebro daquele corpo ou cadver no pode mais pensar, pois o esprito o deixou. O esprito que d vida ao corpo e no o contrrio, logo o corpo sem o esprito nada . esta a interpretao real da Bblia sobre versculos semelhantes a estes. Do contrrio, no faria sentido algum as inmeras passagens existentes ao longo da Bblia que descrevem, no somente a Vida Depois da Morte, mas tambm passagens que nos animam a crer nas promessas de Deus acerca dessa doutrina. Mas por que razo ento alguns telogos catlicos e protestantes no aceitam esta verdade? simples, porque Allan Kardec, o Codificador da Doutrina Esprita, declara em suas obras que o homem realmente sobrevive a morte do corpo, que no morre mas continua vivendo num outro corpo, chamado de perspirito, um corpo fludico, etreo. A influncia religiosa que norteia a vida desses estudiosos e sacerdotes ou os dogmas que precisam defender, no os permite dizer que Kardec estava certo neste ponto.Entretanto, tambm muito interessante observar que muitos estudiosos espritas tambm no aceitam esta passagem de Lucas 16:19-31 seno como uma parbola, por que? muito simples tambm, porque ela fala de um lugar de tormentos (para alguns o inferno) e parece tirar a possibilidade de comunicao entre vivos e mortos, ou melhor, entre encarnados e desencarnados, o que contrrio aos ensinamentos espritas.Voltando para o texto do Evangelho de Lucas 16:19-31, muito claro quando diz que quele que era rico na terra, depois de morto, encontrou-se num lugar de tormento enquanto que Lzaro, num outro lugar totalmente diferente, gozando paz e consolo. Seria exatamente isso que ocorre quando morremos ou desencarnamos? O texto de Lucas retrata exatamente a condio de vida da pessoa humana aps sua morte fsica? Aqueles que no acreditam no sentido literal desta narrativa evidentemente defendero a tese de que ela seja mais uma das inmeras parbolas de Jesus. Entretanto, muitos comentaristas bblicos no consideram essa passagem uma parbola e uma das razes para isso estaria no fato de que nesta narrativa so dados nomes (Lzaro, Abrao). Em todas as outras parbolas de Jesus, simplesmente no encontramos nomes de pessoas. Mas pelo simples fato de ter dado nomes aos personagens bastaria para se crer que trata-se a de uma passagem literal? evidente que no, mas existe ainda um outro forte argumento a favor: ao estudar melhor outras narrativas semelhantes, especialmente no livro de Lucas, observei que o autor do evangelho ou o prprio Cristo sempre dizem, com rarssimas excees, quando se trata ou no de uma parbola, tal o exemplo abaixo descrito.Lucas 8:4 - E ajuntando-se uma grande multido, e vindo de todas as cidades ter com ele, disse por parbolas...Lucas 8:11 E ele disse; a vs dado conhecer os mistrios do reino de Deus, mas aos outros por parbolas...Lucas 12:16 E props-lhes uma parbola, dizendo:...Lucas 13:6 E dizia esta parbola...Lucas 14:7 E disse aos convidados uma parbola...Lucas 15:3 E ele lhes props uma parbola, dizendo...Lucas 18:1 E contou-lhes tambm uma parbola..."Lucas 18:9 E disse tambm esta parbola...Em textos semelhantes ao do Rico e o Mendigo Lzaro, Jesus inicia sempre dizendo: Havia um homem.." ou, "havia um certo homem", ou seja, existiu uma pessoa assim. Bem, continuando o nosso raciocnio, a primeira e maior regra que possa existir para se interpretar as palavras de Jesus, depois de se ter a certeza de que a traduo bblica confivel, sem dvida, crer que Ele sempre fala a verdade e sobre coisas verdadeiras. certo que Jesus jamais falaria acerca de algo que no existisse e muito menos confirmaria uma ideia errada sobre alguma coisa. inconcebvel crer na pessoa de Jesus e ao mesmo tempo duvidar do que Ele diz. E se Ele coloca em sua narrativa o nome de uma figura to importante da histria judaica, que Abrao, temos bons motivos para crer que Ele fala de algo real e no apenas uma parbola. Jesus no somente apresenta a figura de Abrao neste acontecimento, mas tambm conta o que ele disse, ou seja, Jesus se coloca como uma testemunha ocular dos fatos e sabemos que um Esprito to superior quanto o dele poderia estar sim em algum lugar do tempo presenciando este acontecimento. Se esse relato fosse apenas uma parbola ento tudo seria uma comparao com outras realidades, mas como fica ento as palavras desses personagens? Seria o mesmo que afirmar que Jesus inventara no somente as palavras daquele que havia sido rico, mas tambm do prprio Abrao. Seria ento farsa, uma mentira, um falso testemunho do Cristo sobre o que a alma do rico teria dito e a alma de Abrao teria respondido, o que inaceitvel. A lgica e os fatos demonstram, evidentemente, que Jesus fala de um fato real, uma histria que ocorreu em algum lugar no passado e que serviu aqui para transmitir valiosos ensinamentos sobre a Vida Depois da Morte,

ESTUDO SISTEMTICOVERSCULO POR VERSCULOEvangelho de Lucas 16:19-31Traduo de Joo Ferreira de Almeida

Versculo 19. Ora, havia um homem rico, e vestia-se de prpura e de linho finssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente.Eis o primeiro personagem desta narrativa: uma pessoa muito rica que desfrutava todos os dias dos benefcios que seus bens podiam proporcionar. Poderia ter sido um membro da realeza, pois o texto diz que se vestia de prpura, isto , uma cor que tradicional e historicamente est associada com a realeza. Suas vestes eram de linho finssimo, um tecido muito caro e usado somente por pessoas importantes. Seu estilo de vida inclua tudo que um homem mundano poderia querer. No se sabe ao certo porque Jesus no revelou o nome desse homem deixando-o no anonimato, mas muito provvel que Ele quisesse dar mais nfase ao segundo personagem dessa histria o que veremos a seguir.Versculo 20. Havia tambm um certo mendigo, chamado Lzaro, que jazia cheio de chagas porta daquele. Enquanto que o primeiro personagem no tinha nenhum problema aparente, este segundo, por sua vez, alm de viver abaixo da linha da pobreza, estava com grave problema de sade. Vivia na frente da casa do rico evidentemente na esperana de receber auxlio. Versculo 21. E desejava alimentar-se com as migalhas que caiam da mesa do rico; e os prprios ces vinham lamber-lhe as chagas. Este versculo explica, em parte, a razo pela qual Jesus deseja dar mais nfase ao pobre do que ao rico, porque este ltimo vivia uma vida farta e despreocupada principalmente com a situao do seu prximo a sua porta. O texto diz que Lzaro desejava se alimentar com as migalhas, mas observe bem, ele apenas desejava; Isso significa que nem mesmo a sobra dos alimentos o rico permitia dar ao pobre homem. O seu consolo eram os ces, que vinham lamber suas feridas. Lzaro era totalmente desprezado pelo rico. Versculo 22. Aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio dAbrao; e morreu tambm o rico, e foi sepultado. Jesus continua a dar nfase a pessoa do mendigo, revelando o que lhe ocorrera aps sua morte fsica, enquanto que sobre o rico nada mais diz seno que fora enterrado. Mas que lugar esse onde Lzaro foi parar? Quem foi Abrao e o que ele faz a nesta passagem? Uma crena comum extrada das escrituras judaicas afirma que existe um lugar de delcias e gozo espiritual onde convergem as almas dos justos. Esse lugar chama-se paraso (*) e tudo indica que este personagem chamado Abrao o responsvel por receber os justos no paraso. Esta tese parece se fortalecer ainda mais quando observamos a declarao que Jesus faz sobre ele no Evangelho de Mateus, dizendo: Eu vos digo que muitos viro do oriente e do ocidente, e assentar-se-o mesa com Abrao (Mateus 8:11, compare com Lucas 13:29).Abrao um personagem bblico citado no Livro de Gnesis a partir do qual se desenvolveram trs das maiores vertentes religiosas da humanidade: o Judasmo, o Cristianismo e o Islamismo. Pelos seus atos de obedincia a Deus, foi considerado o pai da f e por isso que nesta passagem de Lucas 16 ele aparece cuidando de Lzaro.

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* Paraso - A palavra paraso deriva do termo avstico pairi-daeza (uma rea/jardim murada), composto por pairi- (ao redor), um cognato do grego peri- e -diz (criar, fazer). Uma palavra associada o snscrito "paradesha", que literalmente significa "pas supremo". Foi citado por Jesus na passagem da crucificao, na ocasio em que promete atender o pedido do ladro arrependido (Lucas 23:43). O termo paraso possui uma histria variada no contexto bblico. Na Septuaginta, a traduo grega do Antigo Testamento, empregada pelos judeus que falavam essa lngua no sculo 1, a palavra paraso se refere ao Jardim do den (Gnesis 2:8-10,etc.). E tambm a uma transformao futura da terra de Israel, que se assemelharia ao Jardim do den (Isaas 51:3; Ezequiel 36:35). Contudo, para o Judasmo do sculo 1 a noo de paraso remetia, principalmente, a um lugar escondido, de bem-aventuranas, destinado aos justos no interldio de sua morte e futura ressurreio. Esse claramente o uso empregado na referncia que Jesus faz ao paraso em Lucas 23:43. Na tentativa de mostrar que essa no era a compreenso judaica nos dias de Cristo, alguns segmentos citam o Novo Dicionrio Internacional de Teologia do Novo Testamento, que declara: Com a influncia grega exercida na doutrina da imortalidade da alma, o paraso se tornou o lugar de habitao do justo durante seu estado intermedirio. Mas no contexto da mesma citao, a obra em anlise declara que o conceito de um paraso intermedirio para o morto tinha sido desenvolvido antes da influncia grega, pelo judasmo, depois do perodo do Antigo Testamento, e que era justamente essa a viso judaica vigente nos dias de Jesus: Em Lucas 23:43, [a palavra paraso] est indubitavelmente subordinada s concepes judaicas contemporneas, e se refere habitao intermediria do justo. Em duas ocasies diferentes, relacionadas a Lucas 23:43, tais segmentos citam o Dicionrio da Bblia, de James Hasting, para provar que h pouco apoio para a teoria que afirma que o judasmo do sculo 1 tenha concebido um paraso intermedirio. Mas, na verdade, o que Hasting diz propriamente o oposto: certo que a crena em um paraso inferior prevaleceu entre os judeus, assim como tambm a crena em um paraso superior ou divino. Versculo 23. E no hades, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abrao, e Lzaro no seu seio. Aqui neste versculo podemos observar duas revelaes importantes: 1- Jesus fala sobre a existncia de um lugar de sofrimento no mundo espiritual. Na lngua grega esse lugar chama-se hades e na maioria das tradues bblicas para a lngua portuguesa usa-se o termo inferno. O Mestre descreve este lugar espiritual de maneira forte e aterradora no somente aqui no Evangelho de Lucas, mas tambm nos demais evangelhos. Vejamos um exemplo disso: No Evangelho de Mateus Ele chama este lugar de trevas exteriores e diz que muitas almas seriam lanadas ali e ainda, que neste mesmo lugar haveria pranto, choro e ranger de dentes (Mateus 8:12, compare com Lucas 13:28). No Evangelho de Marcos, o Mestre vai ainda mais longe quando diz que neste lugar existem bichos que no morrem e fogo que nunca se apaga (Marcos 9:46, compare com Mateus 9:44). evidente que esses bichos e esse fogo no seriam como aqueles que conhecemos aqui na terra, uma vez que fala-se do plano espiritual. Em outro evangelho Jesus menciona por cinco vezes este lugar em um nico texto, dizendo: ali o fogo nunca se apaga (Marcos 9:43 ao 48). No Evangelho de Mateus, especificamente no famoso sermo do monte, o Mestre cita este lugar trs vezes (Mateus 5:22,29,30). Sem dvida, segundo o prprio Cristo, este lugar espiritual de sofrimento existe mesmo!2- A alma que se encontra no alm tmulo permanece consciente! Isso o que podemos deduzir quando lemos que a alma do rico ergueu os olhos e viu, ou seja, voltou a si, recobrou a conscincia, os sentidos, passou a perceber o que se passava a sua volta. Por isso que se diz que ele percebeu que estava em tormentos, isto , por estar consciente pde perceber sua condio de sofrimento. Mas o momento que mais caracteriza essa lucidez quando essa alma v e reconhece Lzaro. A conscincia da alma no alm tmulo aqui algo inegvel.Versculo 24. E, clamando, disse: Pai Abrao, tem misericrdia de mim, e manda a Lzaro que molhe a ponta do seu dedo e me refresque a lngua, porque estou atormentado nesta chama. Provavelmente a alma do rico no tinha conhecido Abrao durante sua vida terrena por se tratar de uma outra poca mas, ao ver ali aquele esprito iluminado entendeu que era mesmo o Patriarca, chamado de "Pai da F". Com relao a Lzaro, lembrou-se que aquele homem junto de Abrao era a mesma pessoa que ficava frente a sua porta. Mais uma prova da conscincia da alma aps a morte fsica. O interessante tambm que a alma do rico fala sobre a sua sede mas no pede ajuda para sair daquele lugar de sofrimento. Isso parece indicar que ele j estava conformado com a quela situao e que entendia que merecia estar ali. Seria ento mais uma prova de sua lucidez! Sabia que no merecia nenhuma ajuda, nenhum favor, mas quem sabe (poderia ele pensar) se pedisse apenas uma gota dgua em sua lngua ento fosse atendido! Porque se Abrao abrisse uma exceo para isso poderia faz-lo para outras coisas tambm.Outro fato interessante que descobrimos aqui, que a alma no alm tmulo tambm consegue sentir. o que deduzimos nestas palavras da alma aflita quando ela diz: estou atormentado nesta chama. Ter sensaes de dor e sofrimento ou paz e alegria dependendo de onde se encontre a alma, algo muito evidente neste versculo.Neste versculo tambm podemos confirmar a existncia de um corpo espiritual por onde a alma se expressa. Lemos as palavras: ponta do dedo, lngua, mas eles j no haviam morrido? Que dedo esse? Que lngua essa? Exatamente, so partes desse corpo espiritual. O versculo em questo tambm nos chama a ateno para a existncia de gua no reino espiritual. Claro, deve ser bem diferente da que conhecemos na terra, mas mesmo assim, algo incrvel saber disso! Os relatos do Apstolo Joo, o mais prximo do crculo ntimo do Mestre, conta que numa viso do plano espiritual pde ver que dentro de uma grande e formidvel cidade existia ali gua. Sim, ele conta que tratava-se de um rio que passava por dentro dessa cidade, com guas puras e cristalinas (Apocalipse 22:1), isso fantstico! Versculo 25. Disse, porm Abrao: Filho, lembra-te de que recebestes os teus bens em tua vida, e Lzaro somente males; e agora este consolado e tu atormentado. Abrao faz a alma do rico recordar de como era a sua vida na terra, que tinha muitos bens mas que tambm havia feito muitos males, especialmente com relao a Lzaro, por faltar-lhe a assistncia devida que poderia oferecer. Versculo 26. E, alm disso, est posto um grande abismo entre ns e vs, de sorte que os que quisessem passar daqui para vs no poderiam, nem to pouco os de l passar para c. Este versculo revela que existe uma separao entre o paraso e o lugar de sofrimento e que as almas ali no podem passar de um lado para o outro, ainda que consigam se comunicar entre eles, como o caso da alma do rico que fala com a alma de Abrao. A questo agora : Pode a alma sair do seu lugar em direo ao mundo dos vivos, ou se quiser, dos encarnados? Os versculos seguintes nos diro a resposta. Versculos 27 e 28. E disse ele: Rogo-te pois, pai, que o mandes a casa de meu pai, pois tenho cinco irmos; para que lhes d testemunho, a fim de que no venham para este lugar de tormento. Colocamos aqui os dois versculos juntos para melhor raciocinar sobre a questo. Podemos perceber que a alma que se encontra em sofrimento, alm de no poder entrar no paraso, tambm no pode ir a terra, do contrrio, a alma do rico no precisaria pedir que Lzaro fosse em seu lugar. Sendo assim, os espritos que se manifestam entre os vivos ou encarnados com caractersticas de sofrimento, chamados comumente nas sesses espritas e mesa branca de espritos sofredores, no podem ser as almas dos que j morreram porque, segundo Abrao, revelado pelo prprio Cristo, elas no podem sair do lugar onde esto. Mas por outro lado, existem relatos de pessoas que dizem ter se comunicado com um parente ou amigo que faleceu por causa das drogas, dos crimes ou da vida desregrada que tinham. A experincia pessoal que cada uma dessas pessoas viveram no momento parece que marcaram suas vidas fazendo-as crer que de fato, as almas em sofrimento podem se comunicar com os vivos. Bem, eu mesmo j vivi muitas experincias desse tipo no passado quando fiz um estudo especfico sobre a prtica dos mdiuns e a mesa branca. Mas quem estaria a com a razo: O testemunho desses espritos ou o testemunho das palavras de Jesus? Ao escrever este livro pude me aprofundar mais nisso e poder discernir com mais clareza o mistrio que envolvia esta questo. Com certeza, seja qual for a experincia pessoal, as palavras de Jesus sempre traro maior testemunho. A primeira e maior regra que possa existir para se interpretar as palavras de Jesus, depois de se ter a certeza de que a traduo bblica utilizada confivel, sem dvida, crer que Ele sempre fala a verdade e sobre coisas verdadeiras. certo que Jesus jamais falaria acerca de algo que no existisse e muito menos confirmaria uma ideia errada sobre alguma coisa. inconcebvel crer na pessoa de Jesus e ao mesmo tempo duvidar do que Ele diz. E se Ele coloca em sua narrativa esta questo, temos bons motivos para crer e no duvidar de suas palavras. Mas o que dizer a uma pessoa que supostamente se comunicou com um parente ou amigo j falecido e que tem a certeza absoluta que era ele? Bem, se o falecido foi uma pessoa que viveu uma vida desordenada, longe do amor e da caridade ensinada por Jesus, evidentemente, a comunicao obtida duvidosa e a nica coisa a dizer para quem recebeu tal mensagem , infelizmente, que fora enganado por um outro esprito, porque de acordo com o que apresentado aqui pelo Mestre, esse esprito no pode ser quem se pensa que seja. Mas, se no so as almas sofredoras quem so? A Bblia descreve uma categoria de espritos que se fazem passar por pessoas que j viveram na. A caracterstica principal dessas entidades o engano, por isso so chamados de espritos enganadores. Na Bblia est escrito assim: Mas o Esprito [Santo] expressamente diz que nos ltimos tempos apostataro alguns da f, dando ouvidos a espritos enganadores, e a doutrina de demnios (1 Timteo 4:1). Apostatar da f ignorar ou rejeitar os ensinamentos que Jesus transmitiu aos seus apstolos. Quando uma pessoa recebe esses ensinamentos, acredita neles e depois, por algum motivo, deixa de crer, ela est apostatando da f. Nesse versculo o Esprito Santo exorta os cristos atravs do Apstolo Paulo que essa apostasia seria fruto da ao de espritos hbeis em enganar que, atravs de seus falsos ensinamentos, convenceriam muitas pessoas a negar aquilo que Jesus havia dito e ensinado.Mas se a alma daquele que est em tormentos no pode vir a terra, por outro lado, pensemos nessa possibilidade em relao aos que esto no paraso. Poderiam eles visitar a terra? o que vamos observar nos prximos versculos. Versculo 29. "Disse-lhes: Eles tem Moiss e os Profetas; ouam-nos.A alma do rico, preocupada com a vida futura dos seus cinco irmos, pede a Abrao que envie Lzaro at eles com a finalidade de dar testemunho, ou seja, dizer que seu irmo estava em um lugar de tormentos e que se eles no mudassem sua maneira de viver iriam parar no mesmo lugar. A resposta de Abrao chama a ateno para aquilo que a alma do rico deixara de fazer na terra: Dar ouvidos a Palavra de Deus porque teologicamente, Moiss e os Profetas representam esta Palavra. Por isso a resposta de Abrao: Os seus irmos tem na terra os ensinamentos dados por Moiss e pelos profetas, que eles os observem! Em outros termos, Abrao quer dizer que no necessrio as almas felizes aparecerem aos vivos para mostrar o que os espera do outro lado da vida, porque Moiss e os Profetas j do testemunho sobre isso nas Escrituras. Mas, importante salientar que Abrao no disse que era proibido uma alma feliz ou bem-aventurada aparecer na terra entre os vivos. O que ele quis dizer foi que para efeito de testemunho isso no seria necessrio.Versculo 30. E disse ele: No, pai Abrao; mas, se algum dos mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam. Com a ideia de que uma alma feliz poderia ir at a Terra, a alma do rico passou a insistir em seu pedido, para que algum dentre os mortos, no caso Lzaro, fosse ter com seus irmos. De fato, os evangelhos demonstram que sob certas condies a alma bem-aventurada pode vir a terra e se comunicar com os vivos, tal o caso onde se l claramente que Moiss e Elias apareceram diante dos discpulos falando com Jesus (Mateus 17:3; compare com Marcos 9:4 e Lucas 9:30). Isso para muitas pessoas um fato novo e fantstico! Os evangelhos relatam claramente a ocasio em que os Apstolos presenciaram a apario dessas duas almas felizes conversando com o Mestre: O Profeta Elias, que j havia deixado a terra a aproximadamente 800 anos a.C; e o Profeta Moiss, que j tinha morrido cerca de 1.000 anos a.C. E o que dizer tambm da ocasio onde o rei Saul conversa com o Profeta Samuel depois de sua morte! Isso mesmo, o esprito de uma alma feliz (no caso Samuel) vem se comunicar com Saul. Veja o estudo excelente de Dennis Downing sobre este tema. Acesse:http://www.hermeneutica.com/estudos/1samuel28-01.htmlVersculo 31. Porm Abrao lhe disse: Se no ouvem a Moiss e aos profetas, to pouco acreditaro, ainda que algum dos mortos ressuscite. Abrao estava querendo dizer que os cinco irmos do rico no davam crdito ao que Moiss e os Profetas escreveram e que esse quadro no iria se reverter ainda que Lzaro ressurgisse dos mortos. No isso que acontece hoje em dia? Jesus morreu e ressuscitou dos mortos, os evangelhos do testemunho disso e mesmo assim muitas pessoas ainda duvidam disso e outras tantas fazem at pouco caso da nossa f! Bem profetizou Isaas a esse respeito, dizendo: "Quem deu crdito nossa pregao? E a quem se manifestou o brao do Senhor?" (Isaas 53:1).Bem, referente as aparies das almas bem-aventuradas no mundo dos vivos ou dos encarnados, as evidncias mostram ser possvel. Entretanto, essas aparies ou comunicaes no tem o objetivo de testemunhar sobre a vida alm tmulo, pois esta misso foi dada aos homens que pregam a Palavra de Deus. No texto evanglico, Moiss e os Profetas representam a Bblia Sagrada e sua mensagem est sendo propagada em todo o mundo em cumprimento a ordem que Jesus deu aos seus discpulos, dizendo: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a criatura. Quem crer e for batizado ser salvo; mas quem no crer ser condenado (Marcos 16:15,16).

A IMORTALIDADE DO CORPODesde que a morte do corpo passou a fazer parte da vida humana as pessoas choram pelos seus mortos e milhares de geraes se passaram at agora mas ningum ainda se conforma com a perda ou a separao de um ente querido. Isso ocorre porque o ser humano foi criado no para morrer e sim viver eternamente. A morte do corpo fsico e o desligamento da alma para um outro plano, ainda que ocorra, no faz parte do projeto original da Criao. Deus perfeito e eterno, e quando criou o homem a sua imagem e semelhana deu-lhe tambm esse poder numa escala menor (Gnesis 1:26,27). O primeiro homem e a primeira mulher (Ado e Eva) eram imortais pois seus corpos fsicos, diferentes dos nossos, no podiam ser afetados pela ao do tempo nem agredidos pelas doenas; suas clulas se regeneravam sucessiva e completamente dia aps dia. Eles gozavam de uma vida imortal, at que um dia resolveram desobedecer o Criador e atrair para si uma maldio: a morte do corpo. Tudo comeou quando Deus disse: De toda a rvore do jardim comers livremente, mas da rvore do conhecimento do bem e do mal no comers, porque no dia em que dela comeres, certamente morrers (Gnesis 2:16,17). Eles s tinham que obedecer, s isso. Deus lhes havia dado o poder da imortalidade e agora queria deles a obedincia, era pedir muito? Claro que no! E isso continua at hoje, Deus quer que seus filhos sejam obedientes a Ele e a sua Palavra, mas muitos tem desprezado seus mandamentos. Eva, achou mais interessante as palavras persuasivas da serpente, isso porque no incio os animais se comunicavam facilmente com os seres humanos e vice-versa. A serpente convenceu Eva de que no era bem assim que Deus tinha dito e que eles no morreriam, ou seja, continuariam vivendo como imortais mesmo desobedecendo a Palavra de Deus. Eva preferiu ento dar mais crdito a criatura do que ao Criador e ento comeu da rvore que Deus havia dito para no comer (Gnesis 3:1-6). Ado e Eva tinham vestes luminosas que envolviam seus corpos as quais eram formadas por uma energia vital, energia essa que lhes davam vida eterna. Isso era o resultado das protenas existentes num vegetal chamado rvore da vida, o qual fazia parte de sua alimentao diria. Mas depois do pecado da desobedincia a Deus, o casal foi privado dessa alimentao salutar e suas vestes de energia vital sumiram tornando seus corpos comuns e to mortais quanto os nossos. O comer da rvore proibida no tem nada haver com o sexo nem to pouco est relacionado com a fruta chamada ma. Assim, naquele momento to dramtico onde Ado e Eva consumaram o ato proibido, os seus olhos puderam contemplar a perda do seu poder imortal (Gnesis 3:7). Seus corpos agora estavam frgeis e sensveis as intempries do tempo; o calor do Sol, o frio da noite e os espinhos das rvores agrediam duramente sua pele. Tiveram ento que cortar folhas de figueira, depois cozinh-las e com elas confeccionar aventais para proteger seus corpos nus (Gnesis 3:7-b). Mas Deus, em Sua infinita misericrdia, ps neles o Seu olhar de compaixo e lhes deu auxlio. Entretanto, essa ajuda deveria vir atravs de algum animal, uma vez que o reino animal tinha contrado uma dvida para com o ser humano, pois foi atravs de um animal que Eva cedeu a paixo e juntamente com Ado pecaram contra Deus. Disso resultou que alguns animais tiveram que ser sacrificados para que sua pele fosse retirada e aproveitada para fazer vestimentas para o casal (Gnesis 3:21).Ento, por causa da desobedincia, os primeiros seres humanos no puderam mais viver no Paraso e tiveram que sair dele para viver uma vida mortal tal como a nossa. Essa maldio da mortalidade corporal os seguiu, passando para seus filhos e depois para seus descendentes at que contaminou toda a raa humana. O sonho de todo ser humano depois de Ado, tem sido buscar um meio para retardar a morte. Nos tempos antigos buscavam desesperadamente um elixir que lhes proporcione o rejuvenescimento. Hoje, com o desenvolvimento da Cincia, avanos extraordinrios tem sido visto nesta questo. Cogita-se at na possibilidade de clonar o ser humano. Mas a verdade que mesmo surgindo um clone de algum, esse clone ir envelhecer tambm e consequentemente o seu corpo morrer por conta disso.Apesar de tanta procura e tantos avanos cientficos, o sonho da imortalidade do corpo jamais poder se realizar porque simplesmente no existe nada que o homem possa fazer para mudar esse quadro de envelhecimento e falncia dos rgos vitais do corpo que culminam em sua morte. Entretanto, aquilo que o homem no pode fazer Deus pode, por isso Ele mesmo criou e desenvolveu a Obra de Restaurao da Raa Humana, com o objetivo de destruir o sistema degenerativo do corpo humano e fazer com que o Homem volte a ser como era no princpio, um ser imortal. Isso at parece o enredo de um filme de fico, mas na verdade exatamente o que a Bblia nos revela. por isso que voc j ouviu ou leu nos evangelhos a frase: Jesus veio para dar Vida Eterna, o que no outra coisa seno devolver ao ser humano o poder da imortalidade do corpo fsico. O plano da Salvao ou da Redeno justamente isso: salvar a pessoa humana do poder do pecado original e consequentemente da sua morte, tanto fsica quanto espiritual. A palavra redeno tem um significado ainda mais profundo: origina-se do ato de soltura de um escravo, que ocorria no primeiro sculo, mediante o pagamento de um preo. A palavra foi emprestada pelos cristos da igreja primitiva para designar a libertao da escravido do pecado por meio da obra redentora de Jesus Cristo. Veja o que diz esse trecho da Bblia: Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unignito, para que todo aquele que nele cr no perea, mas tenha a vida eterna (Joo 3:16).Perecer quer dizer morrer; e ter vida eterna significa no morrer mais e viver para sempre. Jesus veio para acabar com a lei da morte e fez isso atravs de um alto preo, dando a sua prpria vida, como diz as Escrituras: o qual se deu a si mesmo em preo de redeno por todos, para servir de testemunho a seu tempo (1 Timteo 2:6). Isso quer dizer que as pessoas que crerem em Jesus no mais vo morrer, mas vivero eternamente porque sero imortais. Como poder ocorrer isso? Jesus alm de ensinar sobre esta questo, deu o exemplo na prtica quando morreu na cruz e depois de ter sido sepultado, ressuscitou ao terceiro dia. Se voc fizer um estudo da vida de Jesus nos evangelhos, ver que o Senhor tem um corpo comum at a sua morte fsica, mas depois da ressurreio poder ver claramente que Ele tem um corpo diferente! Um corpo imortal do qual os evangelhos chamam de glorificado. Antes da ressurreio, Jesus tinha que se locomover de um lado ao outro como qualquer ser humano; depois da ressurreio, Ele simplesmente aparece onde quer e desaparece quando quer (Lucas 24:31; Joo 20:19; ver tambm Lucas 24:36). O novo corpo de Jesus pode flutuar no espao ou levitar, como quiser (Lucas 24:51). O corpo de Jesus, pode desaparecer de um lugar e aparecer noutro em fraes de segundos, e at mesmo voar se for preciso. certo que este era um corpo carnal, orgnico, uma vez que Ele mesmo declara aos seus apstolos que tinha carne e ossos (Lucas 24:39). Mas como pode um corpo carnal ter essas qualidades sobrenaturais? Sim, era um corpo imortal, semelhante aos de Ado e Eva no princpio. A ressurreio de Jesus foi a prova que Ele mesmo deu de que os que nele acreditam tambm tero essa imortalidade corporal. Jesus Promete fazer isso por ocasio da ressurreio dos mortos, veja no tpico seguinte este tema superinteressante!

A RESSURREIO DOS MORTOS

No maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que esto nos sepulcros ouviro a sua voz [do Filho de Deus]. E os que fizeram o bem sairo para a ressurreio da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreio da condenao (Joo 5:28,29).

Neste captulo quero tratar da acerca da ressurreio dos mortos tal como est descrito nos ensinamentos da Bblia. Mas antes, porm, necessrio trazer a explicao exata do termo ressurreio:A palavra ressurreio vem do latim: ressurrectio, e do grego: anastasis e significa literalmente "levantar; erguer". Este termo usado com frequncia nas Escrituras Bblicas, referindo-se ressurreio dos mortos. O seu significado literal voltar vida; assim, o fenmeno que faz uma pessoa considerada morta viver novamente chamado de ressurreio. diferente daquilo que se chama de reencarnao, pois em ressurreio entende-se que a alma de uma pessoa morta retorna ao mundo corpreo no mesmo corpo que tinha antes, ou seja, aquele que era conhecido por Joo, volta a vida no corpo do Joo e todos o reconhecem como o Joo. J na reencarnao, a alma de uma pessoa morta, ou desencarnada, retornaria ao mundo corpreo em um outro corpo que nada teria de semelhante com o antigo; dessa forma, por exemplo, quele que era conhecido por Joo voltaria a vida como Tadeu ou talvez Maria e etc., e ningum desconfiaria que numa vida passada este ou esta teriam sido o Joo.Como j vimos no captulo anterior, necessrio que ocorra a ressurreio dos mortos para que se complete a obra de redeno e restaurao do ser humano, pois a vida imortal que antes os primeiros seres humanos tinham foi perdida por causa da desobedincia a Deus. O ser humano foi criado a imagem e semelhana de Deus e dever permanecer assim eternamente depois que tudo for restaurado. Jesus Cristo foi enviado por Deus para esta grande misso, que vou dividir aqui em trs etapas, para melhor ser compreendida:1 ENSINO E PROFECIA. a primeira parte da misso messinica. Jesus trouxe valiosos e imprescindveis ensinamentos tanto na parte moral quanto espiritual. Trouxe tambm vrias profecias que em sua maior parte falam sobre o fim dos tempos e seu retorno a Terra. Dentro dessas profecias encontramos as suas promessas sobre a ressurreio dos mortos e a vida eterna.2 REDENO. Ao pecarem contra Deus, Ado e Eva chamaram para si uma maldio e desde a ficaram longe da glria de Deus. Essa maldio passou de pai para filho e se perpetuou na vida do ser humano ao longo das geraes (Romanos 5:12). Por este motivo que a Bblia diz: ... todos pecaram e destitudos esto da glria de Deus" (Romanos 3.23). Justamente, esta glria de Deus era a luz, a energia divina que envolvia os corpos dos primeiros seres humanos; poder esse que os tornavam imortais. Mas com a maldio do pecado veio a mortalidade do corpo e consequentemente o seu perecimento diante das doenas e do envelhecimento dos rgos. Jesus foi enviado para restaurar a vida do ser humano ao ser o ltimo Ado em esprito vivificante (1 Corntios 15:45). Ele prometeu que haveria uma mudana nisso e estamos aguardando numa viva esperana!A expresso redeno, origina-se do ato de soltura de um escravo, que ocorria no primeiro sculo, mediante o pagamento de um preo. A palavra foi emprestada pelos cristos da igreja primitiva para designar a libertao da escravido do pecado por meio da obra redentora de Jesus Cristo. De fato, o Mestre disse que tinha vindo para dar a sua vida em resgate de muitos" (Mt.20:27-28; Mc.10:45). Por isso ele teve que morrer na cruz e seu sangue jorrar para consumar este ato sacrificial em resgate do ser humano. Jesus esclarece o significado de resgate durante a ltima Ceia. Referindo-se ao clice, ele disse: "Isto o meu sangue; o sangue do novo testamento (ou nova aliana), que derramado por muitos, para remisso [perdo] dos pecados" (Mt.26:28; cf. Mc.14:24; Lc.22:20). A entrega de sua vida, representada pelo derramamento de seu sangue, resgatou o ser humano do pecado original, resultando na remisso dos pecados de todos os que cumprem os requisitos do arrependimento e da f.3 CUMPRIMENTO DAS PROFECIAS. Primeiro Jesus cumpriu as profecias que falavam da sua 1 vinda; agora, ele far cumprir todas as profecias sobre o fim dos tempos e consequentemente sobre a sua 2 vinda. Nessas profecias esto as promessas acerca da ressurreio e quando se cumprirem, ento a obra de restaurao do ser humano estar completa.Vem a hora, disse Jesus, em que todos os que esto nos sepulcros ouviro a sua voz (Joo 5:28). Nesse momento magnfico, os corpos fsicos que esto na sepultura vo ser restaurados e voltaro a vida!Porquanto a vontade daquele que me enviou esta: Que todo aquele que v o Filho, e cr nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no ltimo dia(Joo 6:40).Em outros termos, Jesus quer dizer que queles que creem nele recebem a promessa da vida eterna, que a imortalidade do corpo, e no seu devido tempo, essa promessa ser cumprida por meio da ressurreio, do contrrio no faria sentido ter que ressuscitar e receber um corpo glorificado. Mas algum poderia questionar: O texto afirma tambm que esta promessa para queles que no somente creem em Jesus mas que tambm o viram pessoalmente. Quem poderia ter visto Ele seno em sua poca? verdade, mas existe uma interpretao para isso que nos faz entender que esta promessa se estende tambm queles que no viram Jesus em pessoa.A Bblia afirma que a imagem de Deus criou o homem segundo sua semelhana (Gnesis 1:26,27). A Bblia revela que essa imagem de Deus o prprio Senhor Jesus Cristo (Colossenses 1:15). Isso significa que foi o prprio Filho de Deus quem criou o ser humano e lhe deu a sua prpria aparncia. Essa revelao concorda com o Evangelho de Joo, quando diz:No princpio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus. Ele estava no princpio com Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez .(Joo 1:1,2,3).Seguindo este raciocnio, compreendemos que podemos ver a figura de Jesus em nosso prximo. Isso tambm concorda plenamente com as palavras do Senhor quando diz:... tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na priso, e foste me ver. Ento os justos lhe respondero, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos? E quando te vimos enfermo, ou na priso, e fomos ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dir: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmos, a mim o fizestes.(Mateus 25:35-40).

Resumindo, podemos ver Jesus em nosso prximo e quando praticamos a caridade, estamos crendo nele, porque a prtica da caridade a base de sua doutrina.Voltando a questo da ressurreio, esta doutrina tem sido debatida desde os primeiros sculos do Cristianismo e como em outros pontos doutrinrios, pode-se dizer que ainda no estava plenamente compreendida at que se chegou ao pleno entendimento do real motivo pelo qual os mortos em Cristo (que creram nele) devem ser ressuscitados. Agora sabemos que necessrio haver a ressurreio dos mortos para que se cumpra a promessa de Jesus: dar vida eterna aos homens. Essa doutrina de receber um corpo imortal foi to fortemente assimilada pelo Apstolo Paulo que podemos observar essa descrio na maioria de suas epstolas. Vale apena ler aqui uma dessas descries to detalhada sobre este assunto:

Mas algum dir: Como ressuscitaro os mortos? E com que corpo viro? Insensato! o que tu semeias no vivificado, se primeiro no morrer. E, quando semeias, no semeias o corpo que h de nascer, mas o simples gro, como de trigo, ou de outra qualquer semente. Mas Deus d-lhe o corpo como quer, e a cada semente o seu prprio corpo. Nem toda a carne uma mesma carne, mas uma a carne dos homens, e outra a carne dos animais, e outra a dos peixes e outra a das aves. E h corpos celestes e corpos terrestres, mas uma a glria dos celestes e outra a dos terrestres. Uma a glria do sol, e outra a glria da lua, e outra a glria das estrelas; porque uma estrela difere em glria de outra estrela. Assim tambm a ressurreio dentre os mortos. Semeia-se o corpo em corrupo; ressuscitar em incorrupo. Semeia-se em ignomnia, ressuscitar em glria. Semeia-se em fraqueza, ressuscitar com vigor. Semeia-se corpo natural, ressuscitar corpo espiritual. Se h corpo natural, h tambm corpo espiritual. Assim est tambm escrito: O primeiro homem, Ado, foi feito em alma vivente; o ltimo Ado em esprito vivificante. Mas no primeiro o espiritual, seno o natural; depois o espiritual. O primeiro homem, da terra, terreno; o segundo homem, o Senhor, do cu. Qual o terreno, tais so tambm os terrestres; e, qual o celestial, tais tambm os celestiais. E, assim como trouxemos a imagem do terreno, assim traremos tambm a imagem do celestial. E agora digo isto, irmos: que a carne e o sangue no podem herdar o reino de Deus, nem a corrupo herdar a incorrupo. Eis aqui vos digo um mistrio: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a ltima trombeta; porque a trombeta soar, e os mortos ressuscitaro incorruptveis, e ns seremos transformados. Porque convm que isto que corruptvel se revista da incorruptibilidade, e que isto que mortal se revista da imortalidade. E, quando isto que corruptvel se revestir da incorruptibilidade, e isto que mortal se revestir da imortalidade, ento cumprir-se- a palavra que est escrita: Tragada foi a morte na vitria. Onde est, morte, o teu aguilho? Onde est, inferno, a tua vitria? Ora, o aguilho da morte o pecado, e a fora do pecado a lei. Mas graas a Deus que nos d a vitria por nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, meus amados irmos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho no vo no Senhor.(1 Corntios 15:35-58).

COMO OCORRERA RESSURREIO DOS MORTOS

A Bblia afirma que ser num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a ltima trombeta; porque a trombeta soar, e os mortos ressuscitaro incorruptveis, e ns seremos transformados (1 Corntios 15:52).Com estas palavras entendemos que os mortos j ressuscitaro com os corpos imortais prometidos por Jesus. Corpo incorruptvel significa que no se corrompe, que no se altera; que no sofre nenhum tipo de alterao; inaltervel, enfim, que no se deteriora, perece ou morre. Podemos ter uma ideia aproximada de como os corpos sero formados novamente lendo essa descrio do Profeta Ezequiel:Veio sobre mim a mo do Senhor e o Senhor e me levou em esprito, e me ps no meio de um vale que estava cheio de ossos. E me fez andar ao redor deles; e eis que eram mui numerosos sobre a face do vale, e estavam sequssimos. E me disse: Filho do homem, podero viver esses ossos? E eu disse: Senhor Jeov, tu o sabes. Ento me disse: Profetiza sobre estes ossos, e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a Palavra do Senhor. Assim diz o Senhor Jeov a estes ossos: Eis que farei entrar em vs o esprito, e vivereis. E porei nervos sobre vs, e farei crescer carne sobre vs, e sobre vs estenderei pele, e porei em vs o esprito, e vivereis, e sabereis que Eu sou o Senhor. Ento profetizei como se me deu ordem; e houve um rudo, enquanto eu profetizava; e eis que se fez um rebolio, e os ossos se juntaram, cada osso ao seu osso. E olhei, e eis que vieram nervos sobre eles, e cresceu a carne, e estendeu-se a pele sobre eles por cima...ento o esprito entrou neles, e se puseram em p, um exrcito grande em extremo (Ezequiel 37:1-10).At mesmo queles corpos que j se decomporo a muito tempo, nesse dia Deus dar ordem aos elementos e estes sero chamados para formar novamente os corpos que haviam se desfeito. Que dia maravilhoso ser esse! A alegria e o prazer de rever o papai, a mame, o vov, a vov, o tio, a tia, o irmo, a irm, o primo, a prima, o amigo, a amiga, ser com certeza dia indescritvel !Entretanto, certamente que nem todos estaro nas sepulturas nesse momento da ressurreio, estes sero portanto transformados. Isso indica que as pessoas que no morreram, nesse dia passaro por uma transformao espetacular fazendo com que seus corpos mortais se revistam de imortalidade. Isto sensacional!Portanto, vale a pena crer e perseverar nisso at a morte. Receber a Vida Eterna a nossa esperana! Um dia vamos desfrutar uma vida abundante num lugar maravilhoso onde o prprio Deus limpar dos nossos olhos toda a lgrima; ali no haver mais morte, nem pranto, nem clamor e nem dor. (Apocalipse 21:4). Ao lado de Jesus e de nossos irmos ressuscitados ou transformados, gozaremos para sempre da Paz e da Alegria de viver!

APELO

Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unignito, para que todo aquele que nele cr no perea, mas tenha a vida eterna. (Joo 3:16)Os primeiros seres humanos foram criados perfeitos segundo a sua natureza terrena e no princpio uma energia poderosa e divina pairava sobre suas vidas e os tornavam seres imortais. Entretanto, com o pecado de Ado e Eva, esse poder que lhes dava a imortalidade se perdeu e todos os seres humanos foram ento infectados pelo pecado original. Por causa disso toda a raa humana ficou distante de Deus e destituda da sua glria (Romanos 3:23). Mas Deus amou a sua criao de uma forma inexplicvel e criou um plano para Salvar e restaurar a raa humana. Enviou o seu Filho Jesus para essa grande misso na face da Terra.Quando l-se nos evangelhos a palavra mundo, a Bblia se refere as pessoas que esto distantes de Deus e destitudas da sua glria.Deus te amou de uma maneira inexplicvel ao ponto de dar o seu Filho Jesus para consumar a sua redeno!O problema que todos ns fazemos, dizemos ou pensamos coisas que so erradas. Isto chamado de pecado, e nossos pecados nos separam de Deus.A Bblia diz "Pois todos pecaram e destitudos esto da glria de Deus..." (Romanos 3:23) Deus perfeito e santo, e nossos pecados nos separam de Deus para sempre. A Bblia diz "Pois o salrio do pecado a morte..." (Romanos 6:23) A boa noticia que a mais de 2000 atrs, Deus enviou Seu nico Filho Jesus Cristo para morrer por nossos pecados e nos dar o poder de viver eternamente!Jesus viveu uma vida sem pecados e morreu na cruz para pagar o preo por nossos pecados e nos resgatar do pecado original. E tal como afirma as Escrituras Sagradas:"Mas Deus demonstra seu amor por ns pelo fato de ter Cristo morrido em nosso favor, quando ainda ramos pecadores." (Romanos 5:8)Jesus ressuscitou da morte e agora Ele est assentado a direita de Deus, de onde vir para julgar os vivos e os mortos!Jesus nos oferece o presente da vida eterna -- de viver eternamente com Ele, se aceitarmos Ele como nosso Senhor e Salvador. Voc deseja se tornar um discpulo fiel de Jesus?Se a resposta SIM, veja ento a seguir como proceder:

COMO FAZER PARA ACEITAR A CRISTOE FAZER PARTE DE SUAS PROMESSASPara queles que esto dispostos realmente a seguir o Senhor Jesus, a Bblia orienta da seguinte forma:Se, com a tua boca, confessares ao Senhor Jesus e, em teu corao, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, sers salvo. Visto que com o corao se cr para a justia, e com a boca se faz confisso para a salvao. (Romanos 10:9,10)Se voc deseja aceitar a Cristo, voc pode pedir para Ele ser o seu Salvador e Senhor da sua vida, confessando Ele pela f atravs desta orao:"Senhor Jesus, Eu creio que Tu s o Filho de Deus e o Salvador do mundo. Grato por vir a Terra e morrer por mim para que os meus pecados fossem apagados e eu pudesse ter a promessa da Vida Eterna. Deus, por favor, perdoe todos os meus pecados, pois de agora em diante eu quero seguir o Teu Filho Jesus e servi-lo com a minha vida. Por favor envie o Teu Santo Esprito e dirija os meus passos. Esprito Santo, por favor, me ajude a perseverar nos ensinamentos de Jesus; me ajude tambm a ser a pessoa que Deus quer que eu seja. Eu te agradeo Pai por esta oportunidade, em nome de Jesus Cristo. Amm".Meus parabns! Se voc fez esta orao com sinceridade. A partir de agora voc se tornou mais um dos milhares de discpulos espalhados pelo mundo inteiro. Procure uma igreja mais prxima de sua casa e participe dos cultos e de suas reunies. Desta forma voc ter a experincia maravilhosa de unir a sua f a de outros irmos que tambm pensam como voc agora e juntos podero perseverar nos ensinamentos do Senhor Jesus. Fique firme nessa f, no se desanime. Siga em frente, pois um dia a promessa da vida eterna se cumprir na sua vida como tambm na vida de todos os irmos que esperam junto conosco confiantemente a volta de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo!

Se tiver alguma dvida e desejar entrar em contato, queira por favor enviar seu e-mail para:pastor,[email protected] acesse o meu facebook:https://www.facebook.com/elizeu.pastor

Deus abenoe!

Pastor Elizeu

Apndice

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O RICO E O MENDIGO LZAROEM DUAS VERSESExtrado de O Evangelho de So LucasCaptulo 16, versculos 19 ao 31___________

VERSO EM GREGO *

19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. * - Extrado da Bblia Pdia- http://biblia.gospelprime.com.br/receptus/

VERSO EM LATIM *19. homo quidam erat dives et induebatur purpura et bysso et epulabatur cotidie splendide20. et erat quidam mendicus nomine Lazarus qui jacebat ad januam ejus ulceribus plenus21. cupiens saturari de micis qu cadebant de mensa divitis sed et canes veniebant et lingebant ulcera ejus22. factum est autem ut moreretur mendicus et portaretur ab angelis in sinum Abrah mortuus est autem et dives et sepultus est in inferno23. elevans oculos suos cum esset in tormentis videbat Abraham a longe et Lazarum in sinu ejus24. et ipse clamans dixit pater Abraham miserere mei et mitte Lazarum ut intinguat extremum digiti sui in aqua ut refrigeret linguam meam quia crucior in hac flamma25. et dixit illi Abraham fili recordare quia recepisti bona in vita tua et Lazarus similiter mala nunc autem hic consolatur tu vero cruciaris26. et in his omnibus inter nos et vos chasma magnum firmatum est ut hii qui volunt hinc transire ad vos non possint neque inde huc transmeare27. et ait rogo ergo te pater ut mittas eum in domum patris mei28. habeo enim quinque fratres ut testetur illis ne et ipsi veniant in locum hunc tormentorum29. et ait illi Abraham habent Mosen et prophetas audiant illos30. at ille dixit non pater Abraham sed si quis ex mortuis jerit ad eos pnitentiam agent31. ait autem illi si Mosen et prophetas non audiunt neque si quis ex mortuis resurrexerit credent____________* - Extrado da Vulgatahttp://www.bibliacatolica.com.br/vulgata-latina/evangelium-secundum-lucam/#.UrTCrjGA3Mw

DA PROIBIO DE SE EVOCAR OS MORTOS

A Igreja de modo algum nega a realidade das manifestaes dos espritos atravs das evocaes. Admite-as totalmente, mas atribuindo-as exclusiva interveno dos demnios. Aqueles que admitem a manifestao das almas bem-aventuradas atravs das evocaes dizem que em vo procurar nos evangelhos a sua interdio, visto que os evangelhos nada dizem a esse respeito. E que o supremo argumento que prevalece a proibio de Moiss. Entretanto, acerca das leis mosaicas ou do Velho Testamento da Bblia Sagrada, podemos encontrar Jesus dando a seguinte declarao: No cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: No vim ab-rogar, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, at que o cu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitir da lei, sem que tudo seja cumprido (Mateus 5:17,18).O que nos faz refletir melhor sobre o assunto. A seguir damos os termos nos quais se refere esta matria.1. - til, para melhor compreenso do verdadeiro sentido das palavras de Moiss, reproduzir por completo o texto bblico: Quando entrares na terra que o SENHOR teu Deus te der, no aprenders a fazer conforme as abominaes daquelas naes. Entre ti no se achar quem faa passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem quem consulte a um esprito adivinhador, nem mgico, nem quem consulte os mortos; Pois todo aquele que faz tal coisa abominao ao SENHOR; e por estas abominaes o SENHOR teu Deus os lana fora de diante de ti (Deuteronmio 18:9-14, grifo nosso).No grifo que fizemos acima podemos observar que bem explcita a declarao: entre ti no se achar quem consulte os mortos. A questo agora : Este mandamento prevalece ou no para os nossos dias? Tendo em vista que atravs da sua doutrina, Jesus aperfeioou e at modificou alguns pontos da Lei Mosaica (Mateus 5:21-47), certo que neste ponto especfico no houve alterao alguma, uma vez que Ele no toca no assunto, assim como tambm no o fez com tantos outros. Nesse caso, o que deveria prevalecer seriam as palavras de Jesus quando diz: Eu no vim destruir a lei, mas cumpri-la, desta forma poderamos entender que qualquer mandamento da lei mosaica poderia prevalecer em nosso dias. Entretanto, se a Lei dada a Moiss deve ser to rigorosamente observada neste ponto, fora que o seja igualmente em todos os outros. Por que seria ela boa no tocante s evocaes e m em outras de suas partes? preciso ser consequente. Desde que se reconhece que a lei mosaica no est mais de acordo com a nossa poca e costumes em dados casos, a mesma razo poderia proceder para a proibio de que tratamos? Para resolver esta questo precisaremos primeiramente entender os motivos que justificaram essa proibio no passado e, se existir, precisamos compreender tambm a justificativa para tal proibio em nossos dias. o que veremos a seguir:

MOTIVOS QUE JUSTIFICARAM A PROIBIO DESTA PRTICA ENTRE O POVO

1. ASPECTO CULTURAL. O legislador hebreu queria que o seu povo abandonasse todos os costumes adquiridos no Egito, onde as evocaes estavam em uso e facilitavam abusos. Os israelitas no deviam contratar alianas com as naes estrangeiras, e sabido era que naquelas naes que iam combater encontrariam as mesmas prticas. Moiss devia pois, por poltica, ser inspirado a escrever leis que criassem entre os hebreus uma averso a todos os costumes que pudessem ter semelhanas e pontos de contato com o inimigo. Para justificar essa averso, preciso era que se promulgasse tambm as leis contra tais prticas contendo a reprovao do prprio Deus, e dai estas palavras: - Pois todo aquele que faz tal coisa abominao ao SENHOR; e por estas abominaes o SENHOR teu Deus os lana fora de diante de ti. (Deuteronmio 18:12).Bem, se for visto por este lado essa proibio certamente no est mais de acordo com a nossa poca e costumes, uma vez que vivemos num regime democrtico onde a liberdade de culto uma lei.

2. ASPECTO DOUTRINRIO As evocaes dos mortos eram recursos utilizados para fazer adivinhaes, tal como nos augrios e pressgios explorados pelo charlatanismo e pela superstio, prticas essas que constituam em objeto de negcio na poca. A proibio das Escrituras, alm de combater essas prticas, tambm tinha o objetivo de impedir o surgimento e disseminao de ensinamentos estranhos os quais poderiam distorcer a divina Palavra e afastar o povo da presena de Deus. Sobre este ponto podemos acatar esta proibio sim, como sendo vlida para os nossos dias e isso ocorre pelo simples fato de existir atualmente uma variedade enorme de ensinamentos vindos de espritos diversos que adulteram os ensinamentos apresentados nos evangelhos e outros que vo mais alm fazendo crer que as Sagradas Escrituras nada tem de inspirao divina.3. ASPECTO DEVOCIONAL Aqueles que desejam levar a srio uma vida de devoo e obedincia a Deus, levaro em conta tambm esta proibio nos dias atuais, porque Deus bem claro quanto a isso, veja as referncias que a Bblia apresenta: No vos voltareis para os necromantes, nem para os adivinhos; no os procureis para serdes contaminados por eles: Eu sou o Senhor vosso Deus. (Levtico 19:31). Quando algum se virar para os necromantes e feiticeiros, para se prostituir com eles, eu me voltarei contra ele e o eliminarei do meio do seu povo. (Levtico 20:6). Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te der, no aprenders a fazer conforme as abominaes daqueles povos. No se achar entre ti quem faa passar pelo fogo o seu filho ou sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem mgico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa abominao ao Senhor... (Deuteronmio 18:9-12,14). Quando vos disserem: Consultai os necromantes e os adivinhos, que chilreiam e murmuram, acaso no consultar o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultaro os mortos? (Isaas 8:19). Quanto, porm, aos covardes, aos incrdulos, aos abominveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idlatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe ser no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte. (Apocalipse 21:8). Nestes versculos encontramos a palavra feiticeiro. Hoje em dia, a maioria das pessoas que praticam a evocao dos mortos no se consideraram feiticeiros. Esse termo traz hoje a ideia de magia negra, encantamentos e maldies. Por isso, precisamos entender os termos bblicos no seu sentido original, e no no sentido que as tradues modernas s vezes reproduzem. A palavra traduzida feiticeiros no grego original foi a palavra pharmakos. No perodo em que o livro de Apocalipse foi escrito, o termo original, pharmakos, se aplicava a todo tipo de magia e feitiaria, inclusive a comunicao com os espritos. Segundo O Dicionrio Internacional de Teologia do NT, no artigo sobre magia e feitiaria, atestam-se numerosas formas de magia no mundo greco-romano A evocao dos espritos dos mortos j ocorre em Homero, Od. 11, e os necromantes eram reconhecidos como uma classe de mgicos . Ainda referente ao termo pharmakos, o dicionrio explica que, no trabalho destas pessoas tem havido uma tradio mgica de ervas colhidas e preparadas para encantos, e tambm para encorajarem a presena de espritos em cerimnias de magia . A palavra pharmakos, embora traduzida pelo termo feiticeiros nas tradues em portugus, se referia no grego original tambm queles que se comunicavam com os espritos. Como o livro de Apocalipse alerta, estas pessoas enfrentaro a segunda morte, que a condenao eterna da alma. Embora houve pelo menos um exemplo na Bblia sobre a prtica da evocao dos mortos, no caso de Saul e Samuel em En-Dor (veja na pag. ), este episdio jamais deve servir como exemplo, a no ser daquilo que devemos evitar. A proibio da Palavra de Deus quanto evocao dos mortos so suficientemente claras a no deixarem dvidas. Que todos possam dar crdito s Escrituras e voltar a ouvir e seguir a orientao do nico Esprito que devemos atender O Esprito Santo. Ns somos de Deus; aquele que conhece a Deus nos ouve; aquele que no da parte de Deus no nos ouve. Nisto reconhecemos o esprito da verdade e o esprito do erro. (1Joo 4:6).___________1) - C. Brown, artigo Magia, Feitiaria, Magos em Brown, Colin, O Novo Dicionrio Internacional de Teologia do Novo Testamento, So Paulo: Edies Vida Nova, 1978, traduo Gordon Chown, Vol. III, p. 109.2) - J. Stafford Wright, artigo Magia, Feitiaria, Magos em Brown, Colin, O Novo Dicionrio Internacional de Teologia do Novo Testamento, Vol. III, p. 114.