victoria_boutenko_-_12_passos_para_o_crudivorismo

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    12 Passos para o

    CrudivorismoVictoria Boutenko

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    Victoria Boutenko

    TraduoFatima Leal

    Raw Family Publishing

    Direitos autorais a partir de 2001 por Victoria Boutenko

    Todos os direitos so reservados. Nenhuma parte deste livro poder ser reproduzida por qualquer meio, quer sejamecnico, incluindo fotocpia, gravao ou outros, sem a expressa permisso da editora, exceto para a incluso debreve citao em edio revisada.

    Raw Family Publish2253 Highway 99 North, # 58Ashland, OR 97520, U.S.A.

    www.RawFamily.com

    Fotografia da capa feita por Dragomir VukovicEditado por Jane C.PicknellLay out da capa e do interior do livro feito por Lightbourne

    Cdigo do Catlogo da Livraria do Congresso nmero 2001118915ISBN 0-9704819-3-4

    Observao: As informaes contidas neste livro no devem ser interpretadas como conselhos mdicos. Victoria Bou-tenko no recomenda a dieta crudvora ou nenhum padro de prtica mdica.Os autores, editores e distribuidores no assumem qualquer responsabilidade por consequncias adversas resultantesda adoo do estilo de vida aqui descrito.

    Ainda que os 12 passos aqui identificados tenham sido inspirados nos 12 passos apresentados pelo A. A. (AlcolatrasAnnimos), no significa que sejam uma adaptao deste programa. Eles foram criados especficamente para estapublicao e no devem ser interpretados de outra forma. O A.A. uma entidade voltada apenas para a recuperaodo alcoolismo e no tem nenhuma ligao com a presente publicao.Dedico este livro a Donald O. Haughey, a quem devo o incentivo para a realizao deste trabalho.

    Agradecimentos

    Agradeo aos queridos amigos de todo o mundo que foram a inspirao do meu presente pensamento.Agradeo aos Editores, Leitores e Artistas, pela gentileza e pacincia.Meus especiais agradecimentos a Donald O. Haughey , Elizabeth e David Bechtold por financiarem meu livro.

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    INDICEPrefcio por Gabriel Cousens 4Observaes da autora 6

    PARTE I - POR QUE COMER ALIMENTOS CRUS?

    Captulo 1 - Vida e Energia 7Captulo 2 - O Corpo Humano nunca comete erros 9Captulo 3 - A lei Vital da Adaptao 12Captulo 4 - Bactria, meu animal favorito 18Captulo 5 - A desintoxicao como uma forma de cura 20Captulo 6 - Jejum em Famlia 24

    PARTE II - COMO PERMANECER NA DIETA CRUDVORA.

    Captulo 7 - O porque dos 12 Passos 26Captulo 8 - Primeiro Passo 30Captulo 9 - Segundo Passo 33Captulo 10 - Terceiro Passo 34Captulo 11 - Quarto Passo 37Captulo 12 - Quinto Passo 42Captulo 13 - Sexto Passo 47Captulo 14 - Stimo Passo 48Captulo 15 - Oitavo Passo 50Captulo 16 - Nono Passo 51Captulo 17 - Dcimo Passo 54

    Captulo 18 - Dcimo Primeiro Passo 56Captulo 19 - Dcimo Segundo Passo 58Captulo 20 - Receitas Gourmet 60

    Creative Health Institute 61O valor do apoio 61

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    PREFCIOPor Gabriel Cousens

    Os doze Passos Para o Crudivorismo um trabalho de carter fundamental para a consolidao doMovimento Alimentos Vivos . O fato inovador o entendimento articulado por Victora Boutenkode que muitas pessoas so viciadas em consumir alimentos cozidos. Por esse motivo, a transio

    para uma dieta restrita a alimentos crus torna-se muito difcil. Este livro a resposta para este pro-blema.

    Victoria, com sua imaginao e compaixo, apresenta os 12 passos fundamentais como um pro-grama de apoio, para que as pessoas enfrentem com sucesso a fase de transio. Muito do seuentendimento sobre o hbito de se comer alimentos cozidos, foi baseado nos tradicionais progra-mas dos 12 passos que ela tomou como base para a formulao de um sistema de ajuda a todosnuma investida bem sucedida na dieta crudvora.

    Como mdico da Medicina Holstica, psiquiatra e psicoterapeuta famil iar, desde 1983 consumindo100% de alimentos crus, e como algum que tem ajudado milhares de pessoas na transio para

    a dieta crudvora, posso afirmar que o presente livro de extraordinria importncia. No meucaso, a minha experincia nessa fase de transio foi motivada por um intenso foco espiri tual, eno precisei da ajuda de outras pessoas nem de muito conhecimento. Pessoalmente, me sinto umprivilegiado em nunca ter experimentado as dificuldades do vcio alimentar. Por esse motivo nuncame ocorreu essa idia para que eu pudesse ajudar meus clientes a superarem as dificuldades. NoTree of Life Rejuvenation Center , um centro de rejuvenescimento na Patagnia, Arizona, onde soudiretor, ns j utilizvamos algumas tcnicas que Victoria apresenta, de como ajudar as pessoas aterem sucesso com a mudana, mas no com a clareza que ela demonstra neste seu l ivro.

    Ns ensinamos o Segundo Passo, que diz que uma dieta vegetariana crudvora a dieta da nova

    era, a era da paz. Ensinamos o Terceiro Passo que so os conhecimentos bsicos, receitas e equi-pamentos a serem utilizados na preparao dos alimentos; compartilhamos o Quarto Passo que a compaixo e tolerncia por aqueles que comem alimentos cozidos; no Quinto Passo ensinamoscomo evitar as tentaes; no Sexto Passo incentivamos a criao de grupos de suporte; no StimoPasso orientamos como encontrar atividades alternativas que substituam o hbito de comer ; noOitavo Passo mostramos como reconhecer uma personalidade padronizada e super-la; no NonoPasso trabalhamos a psicologia do vcio al imentar, oferecendo tcnicas e processos de cura atravsde um curso especial, zero point, onde um dos pontos modificar os hbitos alimentares; noDcimo Passo incentivamos as pessoas a confiarem na prpria intuio para atender as necessi-dades do corpo; no Dcimo Primeiro Passo, encorajamos e inspiramos as pessoas a celebrarem odespertar espiri tual, oferecendo nosso espao como um santurio; e no Dcimo Segundo Passo, in-

    centivamos o crescimento do Movimento Alimentos Vivos, ajudando na indicao de livros sobreo assunto e oferecendo at um curso a nvel universitrio.

    Porm, faltou o ponto chave: O Primeiro Passo, que a ajuda queles com dificuldades de cons-cientizao do incontrolvel hbito de consumir alimentos cozidos. Da a necessidade de umaapresentao formal da viso dos Doze Passos. O Primeiro Passo d o poder necessrio para a rea-lizao dos outros. Esse o ponto de suma importncia que Victoria apresenta atravs do PrimeiroPasso no seu livro.

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    Ela toca exatamente no problema que eu , pessoalmente, no entendia bem at conversarmossobre o assunto, e quando tive a oportunidade de ler seu livro. Parabns Victoria por essa im-portante revelao.

    Fico feliz em saber que um livro como este se encontra no mercado disponvel, e que podererecomend-lo aos meus clientes. Ele fala sobre um problema que talvez nem todas, mas muitaspessoas enfrentem. Com certeza ser de excelente proveito para o entendimento e conscientizaode todos quantos tiverem acesso a ele.

    Victoria conta as dificuldades que ela e sua famlia enfrentaram na fase de transio, fazendo doseu livro um trabalho de carter bastante pessoal. Seus relatos transmitem algo de humano e reacom que as as pessoas se identificam. A fase de transio vivida por sua familia, suas lutas, e ocrescimento experimentado nesse processo, so uma verdadeira inspirao. uma leitura quepara muitos o retrato real dos seus prprios conflitos e se no for a soluo, pelo menos ser umpasso a seguir para se alcanar o sucesso na fase de transio.

    Alm da importante contribuio do l ivro, que o entendimento claro de que para muitas pesso-

    as o alimento cozido um vcio, Victoria d uma viso slida da importncia dos alimentos cruspara nossa sade e bem estar. Ela apresenta tambm algumas idias na preparao de receitaso que fundamental e na minha opinio absolutamente vivel, fazendo as pessoas entenderemque a inteno no a preparao de receitas mas sim a demonstrao de como brincar com osalimentos.

    Dessa maneira, elas podem dar evaso s suas prprias criaes, de forma a suprir suas prpriasnecessidades. Quando li este livro, vi o quanto interessante compreender o porque das tentativase desistncias que muito comum no comeo da dieta crudvora. Victoria diz que importanteque as receitas sejam saborosas, no momento em que as pessoas necessitam psicologicamentedo conforto dos gourmets como um estmulo. Ao mesmo tempo ressalva, que a medida que elas

    se vem envolvidas no novo estilo de vida, haver menor necessidade a nvel de gourmets. Elaaborda o problema dos apegos culturais, presses sociais, o quanto fomos programados desde onascimento, o problema dos maus hbitos, particularmente o do consumo de alimentos processa-dos e artificiais e ensina como lidar com estas dificuldades.

    Um outro aspecto bastante positivo do livro o apoio s pessoas para que elas se tornem ex-perts em detectar o que seu corpo est precisando. H muitas controvrsias em todos os camposque envolvem a nutrio, seja com relao a dieta crudvora ou no. Na sua forma clara de abor-dagem, Victoria ressalva que, uma vez que entramos no proccesso de desintoxicao, devemosconfiar na sabedoria do corpo. A nsia por determinado alimento sempre um sinal de que eleprecisa daquilo para sua sade naquele momento. Um outro aspecto do seu trabalho o excelentecaptulo sobre desintoxicao como uma forma de cura. Com muita habilidade, Victoria fala sobrealguns dos sintomas vivenciados no processo, e transforma a desintoxicao numa celebrao acelebrao da vida e do amor por ns mesmos.

    Este livro destinado a ser um clssico. Sinto-me bastante gratificado pela oportunidade de escre-ver sua introduo, e o recomendo a todos os profissionais da rea de nutrio e a todos aquelesque precisam de apoio para adotar e permanecer na dieta crudvora.

    Devo dizer tambm, que um dos mais importantes trabalhos j publicados de apoio ao movimen-to Alimentos Vivos, que tenho visto durante os meus anos de experincia na rea.

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    Agradeo a Victoria Boutenko pela sua valiosa contribuio. Bnos sua sade, bem estar ealegria espiritual.

    Gabriel Cousens, M.D., M.D. (H)Diretor do Tree of Life Rejuvenation Center, autor de Conscious Eating, Spiri tual Nutri tion e TheRainbow diet.

    OBSERVAES DA AUTORACaro Leitor:

    Acredito que vocs no se lembram das minhas palavras e sim dos seus prprios pensamentos quesurgem na medida que me ouvem ou lem meus livros. Estas sim, so as suas prprias descobertase a sua transformao ocorre da forma com que voc a conduz. Por isso que quando dou aulas,sempre promovo dilogos. Costumo formular algumas questes chaves, e peo a meus alunos

    para me responderem da forma mais honesta possvel. Gostaria que voc, prezado leitor, respon-desse tambm como se estivesse no grupo. importante que haja honestidade. Dessa formateremos um dilogo sincero, que a melhor forma de conduzir a verdade.

    Quando digo nas minhas aulas que o alimento cozido um vcio como outro qualquer, as pessoasriem. Quando digo que deveramos ter os Viciados em Alimentos Cozidos Annimos elas riemainda mais. Porm, na verdade, a coisa mais sria do que imaginamos. A maioria das pessoasadotam a dieta crudvora por srios motivos, como eu, meu marido e meus filhos. Para mim, focomo escolher entre a vida e a morte. Eu estava morrendo; me tornei crudvora e estou viva, saud-vel e feliz. Agradeo minha famlia pelo apoio, pois quando vejo outras pessoas lutando com difi-culdades, sinto o quanto difcil enfrentar uma mudana sem ter apoio. Quando investimos nesse

    caminho, estamos agindo contra tudo o que considerado normal com relao a alimentao.

    Por compaixo por aqueles que experenciam dificuldades em permanecer na dieta, e com o apoioda minha famlia, criei o programa dos 12 Passos. Experimentei nas minhas aulas durante umano, antes de expor a idia num livro. Tenho ensinado os 12 Passos para o Crudivorismo, tratan-do o hbito de consumir alimentos cozidos como um vcio, e os estudantes que tm participadoconseguem permanecer na dieta a 100% e com muito sucesso. Para por em prtica o programa,so organizados grupos de apoio para encontros semanais. H grupos de estudo dos 12 passos emSeattle, Eugene, Silver Spring, San Mateo e muitas outras cidades. Esses grupos esto crescendo acada dia. Se voc quiser contact-los por favor veja as informaes no final do livro.

    Pensei em experimentar o programa por mais tempo, antes da publicao do livro, mas recebemostantos pedidos de todas as partes do mundo que decidimos public-lo agora. Continuaremos a tra-balhar no programa dos 12 passos, e planejamos publicar uma edio mais completa no futuro.

    Na Primeira Parte do livro, discutiremos porque consumir apenas alimentos crus - a mais saudvee nutrit iva forma de se alimentar - e na Segunda Parte como manter o novo estilo de vida, usandoo programa dos 12 Passos para o Crudivorismo.

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    PARTE I

    Por que comer alimentos crus?

    CAPTULO 1 - Vida e EnergiaQuando as pessoas falam sobre Crudivorismo , normalmente falam em enzima. Enzima energia.Enzima vida. No podemos ver as enzimas a olho nu, mas podemos ver vida e energia que oresultado das enzimas. Por exemplo, se pegamos duas nozes , uma crua e a outra cozida e plan-tamos as duas, em trs semanas a cozida estar totalmente desintegrada no solo, enquanto que acrua permanecer intacta no mesmo lugar. A semente crua plantada, ter o potencial de se trans-formar numa grande e bonita rvore que dar a luz a milhares de outras nozes. Como nos mostrao exemplo, a diferena entre as duas nozes, a cozida e a crua, a mesma entre morte e vida. Umacontm enzimas e a outra no. Uma carrega consigo a potncia vital , a outra perdeu a vida pelocozimento. Se as duas nozes forem entregues a um cientista para serem anal isadas, ele no encon-

    trar nenhuma diferena nutricional. As duas tm a mesma quantidade de clcio, potssio, sdio,magnsio, zinco e cobre, que seriam nutricionalmente equivalentes. Entretanto, como dissemos,uma carrega vida porque contm enzimas e a outra no porque perdeu as enzimas.

    Para entendermos melhor como as enzimas funcionam, vamos fantasiar uma estria. Num bonitodia de vero, voc est passando por um pomar procura de mas mas elas ainda esto verdesescondidas entre as folhas. Voc no pode v-las facilmente nem mesmo sentir o cheiro. A vocvolta ao pomar no outono e as mas j esto grandes vermelhas e com aquele cheiro gostosoElas parecem chamar por voc, ei, olhe para mim, me cheire, me coma. Voc entende que umama ser comida por um animal ou por um ser humano significa a continuao da vida. A vocescolhe a maior e mais vermelha e d uma mordida. A ma est cheia de enzimas vivas. En-quanto voc a saboreia, as enzimas(como minsculos trabalhadores com a mala cheia de mgicasferramentas de cura) trabalham no seu corpo. Voc sai andando e as enzimas vo agindo no seucorpo como um time, trabalhando aqui e ali; se detendo mais naquele ponto onde necessriomais ateno . Voc se sente bem e cheio de energia porque a ma que voc comeu contm suasprprias enzimas que vo ajudar na digesto. Seu corpo no precisa fazer nenhum esforo extrapara digerir a ma. Mais tarde, ela sai do seu corpo em forma de fertilizante e a vida prossegue.Assim que voc participa do ciclo da vida. Tudo circular. a lei universal.

    No fim de semana seguinte, voc volta ao pomar, colhe uma cesta de mas, leva para casa eexatamente como fazia sua av, coloca as mas para assar no forno com caramelo e canela. As-

    sadas, elas formam um prato bonito e delicioso. Parecem to nutritivas quanto a maa fresca quevoc tirou do p. Mas no . As mas que voc cozinhou tiveram suas enzimas destrudas pelaalta temperatura. Voc come a doce ma assada, que o caramelo e a canela estimularam o saborcriando em voc uma sensao de grande prazer. Voc acaba de comer e vai deitar um pouco paradescansar, sentido um certo cansao pois seu corpo tem que trabalhar dobrado para fazer a diges-tao. As enzimas que so produzidas pelo seu prprio corpo tm que deixar o seu trabalho, talvezlimpando o seu fgado, protegendo voc contra a formao de tumores, evacuando toxinas aqui eali e vo digerir aquela ma assada que no mais possui suas prprias enzimas.

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    Quando finalmente essa ma sem vida deixa o seu corpo, no vaso sanitrio, ela est cheia dasenzimas que absorveu do seu prprio organismo. Essas enzimas esto indo embora para sempre.O dr. Edward Howell, um respeitado nutricionista, diz que na mdia, um americano na faixa dos 40anos tem restando no seu corpo apenas 30% das enzimas. Ainda assim podemos caminhar, falar epensar. Porm, com somente 30% das enzimas e tendo que gastar 75% de energia para desinto-xicar o corpo, nos tornamos vulnerveis doenas e at menos sensveis com relao aos outros ea ns mesmos. Podemos sobreviver fisicamente mas nunca saudavelmente e espiritualmente.

    A boa notcia que, mesmo com apenas 30% de nosssas enzimas, podemos prolongar nossa vidase adotarmos o crudivorismo, deixando o corpo se auto-purificar.

    H muita controvrsia no campo das enzimas. Na verdade, muitos nutricionistas formados aindano entendem a importncia das enzimas no nosso alimento. Se voc quer ter uma dieta adequa-da, um esclarecimento completo sobre as enzimas crucial.

    Por exemplo, vamos ver qual a diferena entre gordura crua e gordura cozida.

    Para que a gordura existe? Todos precisamos de gordura para lubrificar nos-sos olhos para que possamos enxergar, para lubrificar nossa pele para que elafique macia, para lubrificar nosso cabelo e as nossas juntas. No podemosassimilar gordura de leite pasteurizado, manteiga, creme ou nozes torradas,porque todos so cozidos! Podemos ficar obesos, e ainda assim carentes da reagordura. Nosso corpo est faminto por gordura viva. As melhores fontes da boagordura so: abacate, coco verde, azeitona, nozes, sementes, e azeite de olivaprensado a frio.

    Lembro quando eu era bem gorda. Eu pesava 60 kg a mais que hoje. Nessapoca, eu sentia um desejo muito forte por abacate. Quando comecei a dieta,cheguei a comer oito abacates por dia. Comecei a perder peso rapidamente. Asenzimas da gordura do abacate penetraram nos meus depsitos de gordura ,quebrandos-os em pequenos pedaos, eliminando-os do meu corpo. Isso no impressionante?

    Um outro exemplo o clcio. Quando temos deficincia de clcio, somos aconselhados a tomarleite pasteurizado. Sempre vemos anncios que dizem: J tomou seu leite hoje? Eu diria quequando precisamos de clcio a pergunta correta : Tomou seu leite de gergelim? ou Tomou seusuco de clorofila? O leite de vaca no para ser consumido por seres humanos. Ele posssui cl-cio, mas contm uma concentrao muito grande de protena, o que produz muito muco. Alm domais, o leite pasteurizado aquecido a uma temperatura tal que todas as enzimas so destrudasNo h mais vida no leite pasteurizado. O corpo absorve apenas molculas de clcio sem vida. Docapim, onde a vaca retira o seu clcio. O clcio de origem vegetal de fcil digesto pelo corpohumano porque a molcula de clorofi la e a molcula do sangue so quase idnticas. A semente degergelim a mais rica em clcio entre todas as sementes e nozes. O leite de gergelim deliciosoe pode facilmente ser substitudo pelo leite de vaca.

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    Como havia dito antes, enzimas so vida e energia. Somos seres humanos e portanto, seres es-pirituais. Precisamos de energia para nos movimentar, amar, compartilhar, comunicar e interagir.Todas as vezes que comemos alimentos cozidos perdemos as enzimas que o nosso corpo produz.Todo o alimento cozido que consumimos faz o corpo trabalhar duro usando suas prprias enzimaspara digerir aquele alimento. Dessa forma, o corpo trata esses alimentos como se fossem toxinase faz tudo para elimin- los.

    Existe alguma forma de recuperar as enzimas perdidas? H diferentes opinies a esse respeito.

    O Dr. Howell diz que todas as criaturas vivas tm um potencial fixo de enzimas e que no podeser reconstitudo. As pessoas sempre perguntam se no podem recuperar suas enzimas tomandosuplementos. Eu acredito que no. Os suplementos de enzimas venda no so nada mais nadamenos que alimentos crus desidratados. Por exemplo, os suplementos vendidos para ajudar na di-gesto da carne cozida so feitos do fgado cru desidratado. No meu entender, um bife cozido tempropriedades diferentes do fgado cru desidratado.

    Ser que podemos comer uma boa quantidade de mas e estocar suas enzimas? Tambm noacredito. Elas fazem o seu trabalho enquanto esto l, mas no permanecem. a minha opinio,com base nas minhas leituras e experincia. Ningum at agora sabe a verdade sobre a reconsti-

    tuio de enzimas. O que posso dizer que recuperei minha sade no por tomar suplementos deenzimas mas por preservar as minhas prprias, no comendo alimentos cozidos. Minhas enzimasno esto mais sobrecarregadas com o trabalho de digerir alimentos cozidos e me sinto cheia desade e energia.

    Acredito tambm, que se seguirmos o nosso corao e fizermos o que fomos predestinados a fazernesta vida, nos tornaremos seres saudveis e espiri tuais e ainda receberemos a cota de contribui-o do Universo.

    CAPTULO 2 - O Corpo Humano Nunca Comete Erros

    Precisamos confiar no nosso corpo. Para isso preciso seguir a nossa intuio, nosso eu superior enossa prpria experincia. Cada um de ns um ser nico com suas prprias e diferentes necessi-dades. Precisamos ser os melhores experts em ns mesmos.Se voc muda sua dieta apenas porque ouviu os conselhos de Victoria, no vai durar muito tempoou dure, at voc ouvir um outro expert que lhe apresenta idias diferentes sobre sade. O meuconselho que voc faa somente aquilo que sente que o certo para voc.

    H bons instrutores espalhados pelo mundo hoje em dia. Vamos imaginar seguindo a sugesto decada um . Um nutricionista nos aconselha a evitar frutas porque elas tm acar que pode causardiabetes. Um outro nutricionista popular diz que devemos comer apenas frutas e no verdurasOutro argumenta que frutas ctricas causam artrite e que prejudica nossos ossos. O Dr. Hilton Ho-tema, que j tem quase 100 anos de idade, nos diz para no comer repolho, couve e nem folhasverdes, porque sendo parte da familia dos pios, elas tambm so txicas. Um outro nutricionistano seu livro sobre brotos, escreveu que os gros brotados so to txicos e que nem mesmo osanimais deveriam com-los. Uma outra pessoa brilhante e muito minha amiga, nos aconselha ano comer nenhum tipo de gro porque eles causam danos ao crebro. Os Higienistas dizem queno devemos comer nozes nem frutas secas porque so alimentos muito concentrados. Ouvi umoutro professor muito popular na rea do Crudivorismo dizer que no devemos comer cenoura,

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    nabo, nem razes, porque so hbridos e o corpo no os reconhece como alimentos. Se seguirmosos conselhos de todos os bons professores, o que nos restar para comer? Em vez de crudvora eume tornaria breatherian (algum que vive s do ar que respira). J pensou como confuso? Anica soluo ouvir o seu prprio corpo.

    Vamos fazer uma experincia. Se voc fossse a uma barraca de frutas orgnicas agora, que frutaescolheria? Pera, ma, laranja, figo, mamo, banana, uva, abacate, manga ou cereja? Ser quetodos que esto lendo este livro vo pegar a mesma fruta? Provavelmente que no. Somos todos

    indivduos nicos. Seu corpo sabe do que voc precisa. A fruta que voc escolhe aquela que eleest pedindo naquele dia. Seu dever dar a seu corpo aquilo que ele precisa. Amanh ele podequerer a mesma fruta ou uma coisa nova. Deixe que ele comande.

    Tenho seguido o meu corpo por oito anos. Durante esse tempo fui a diversas conferncias onde ospalestrantes argumentavam contra um ou outro tipo de alimento. Lembro de um professor que fa-lou contra comer gros. Nesse dia eu estava com desejo de comer quinoa (um tipo de gro) , entofalei para o palestrante, Eu respeito sua opinio e sua pesquisa mas meu corpo o meu chefe.Se ele diz que quer quinoa, eu ponho para brotar e como. Ele sabe melhor do que eu. Oua seucorpo para ter sade e felicidade.

    Acredite na sua prpria intuio e no cometa o engano de pensar que outra pessoa sabe melhorsobre seu corpo do que voc. Seu corpo belo e sbio. Cada uma das 35 trilhes de clulas queele possui tem alma prpria e sabedoria suficiente para saber o que fazer. Vamos imaginar queuma partcula de poeira caia no seu olho direito. Que olho ir piscar? O direito, claro. Seu olhoesquerdo no vai piscar por engano porque o corpo nunca se engana. Sua me deu a luz a umbeb perfeito. Nossos corpos so perfeitos. Quando no deixamos nosso corpo nos guiar, a cria-mos um grande problema.

    Por exemplo, qual a reao tpica de algum que est com febre, na nossa cultura? A resposta: Aspirina. Acredito que se meu corpo criou a febre porque preciso dessa febre. Quando ele

    cria diarria, est dizendo que eu preciso da diarria. Tomar remdio contra a diarria ir contraa sabedoria do corpo. Nosso corpo nunca comete erros. Todos ns sabemos o que precisa ser feitoquando ouvimos o nosso corpo.

    Quando minha famlia tinha dois meses na dieta crudvora, meus filhos comearam a desejardiferentes tipos de frutas. Sergei queria manga e uva-do-monte e Valya queria azeitona e figo. Odesejo deles por essas frutas era to grande que eu tinha que correr atrs para satisfaz-los. Certavez, dei uma manga a Sergei. Ele comeu e pediu mais. Comprei uma cesta, pensando que ia du-rar uma semana, e ele comeu em um dia com casca e tudo, e ainda pediu mais. A mesma coisaaconteceu com uva-do- monte. Comprei um saco de um quilo de uva-do-monte e ele comeu todode uma vez . Valya gostava de figo. Ela queria figos frescos, figos secos, nunca se fartava de comerfigos. Tambm gostava muito de comer azeitonas.

    Durante nossas frias, na primavera, visitamos o Dr. Bernard Jasnsen, um famoso clnico e nutri-

    cionista. Perguntamos a ele o que Sergei precisava comer para a diabetes. Eleolhou no seu livro e disse que a melhor coisa para diabates manga e uva-do-monte. Ento perguntamos o que Valya precisava comer para a asma. Eledisse, figo e azeitona. Fiquei abismada e falei para ele que era exatamente oque as crianas estavam sempre desejando.

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    Compreendi ento que o nosso corpo est sempre pedindo certo tipo de alimento, aquilo que eleprecisa. O corpo das crianas fala antes que o nosso corpo de adultos.

    Algumas semanas depois das crianas, Igor e eu comeamos a sentir desejos. Lembro que um diasenti um desejo enorme de comer alho-porro. Sentia o cheiro em todo lugar.

    Quando tive a oportundidade de conversar com Dr. Jansen novamente, perguntei a ele sobre essemeu ataque por alho-porro. Tinha lido que no devemos comer nenhum tipo de cebola ou alho

    porque irri ta nossa membrana mucosa. Dr. Jansen me disse que sempre que as pessoas tm mui-to muco, o corpo deseja algo como alho e cebola para dissolver o muco e fazer expelir.

    Voc j teve nsia por doce? Quando nosso corpo precisa de clcio, sentimosdesejo de comer doce.O clcio na sua forma natural adocicado. Se plantamosmorangos num solo rico em clcio, os morangos sero bem doces. Algumasvezes a nossa reserva de clcio to baixa que ficamos viciados em doce. Eumesma tive muita dificuldade de me libertar do acar. Conversei com umaamiga sobre isso e ela falou: Victoria voc est apenas precisando de clcio.

    Ela me disse para por sementes de gergelim de molho, preparar o leite e tomar em jejum duranteduas semanas. Segui seu conselho. Primeiro tomei o leite de gergelim com mel. Poucos dias depoisno queria mais o leite to doce , ento pus menos mel. Depois de uma semana,, j no queriamais o leite com mel. A mudei para um tipo de gergelim mais escuro que tem um gosto mais amar-go. Por duas semanas no ia a lugar nenhum sem o meu copo de leite de gergelim. O equlibriono meu corpo tinha mudado. Perdi o forte desejo por doce, at mesmo por frutas doces que sosaudveis. Fantstico! Estava na poca de uva e no senti aquele desejo de comer uva como antesGraas ao leite de gergerlim, que mesmo o campeo em clcio.

    Certa vez, Sergei quebrou a clavcula e teve vontade de tomar suco de clorofila e leite de gergelimDepois que ficou bom, no precisou de fisioterapia. Os mdicos disseram que ele levaria de oito adez semanas para se recuperar, mas isso aconteceu bem antes. Por ter tomado leite de gergelim,em apenas duas semanas o corpo de Sergei produziu a calcificao necessria para que os ossosse unissem e voltassem ao normal.

    Algumas vezes voc tambm vai desejar algo que nunca experimentou antes . Voc tem vrias op-es, mas nada parece lhe atrair porque voc precisa de alguma coisa que no est ali. Para ajudarna identificao do que o seu corpo est querendo, voc pode comear a comprar frutas e verdurasque nunca experimentou antes. O que bom para um, pode no ser bom para outros.

    Certa vez fui fazer um almoo para 25 pessoas. Fui na horta e avistei uns ps de dente-de leo.Achei aquelas folhas to atrativas e decidi experimentar uma. Elas pareciam doce para mim. Notinham nada de amargo. Enchi uma cesta e falei para os convidados que teramos um almooespecial. Pus no processador 6 abacates e suco de limo para fazer o molho da salada. Coloqueminha obra de arte na mesa, os convidados provaram e exclamaram, Como isso est amargo!Terminei comendo a salada sozinha. Na manh seguinte, acordei com a pele amarelada. O queaconteceu foi que aquela salada limpou meu fgado. Antes da limpeza que o dente-de leo fez,minha pele era branca e plida. Depois ficou completamente rosada. Meu corpo sabia que euprecisava daquilo.

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    O corpo humano to maravilhoso e nem nos damos conta do quanto.

    Aprendi na escola, que o sangue flui no nosso corpo para baixo, pelo efeito da gravidade, e paracima, impulsionado pelas batidas do corao. No! O trajeto do sangue no to simples assim.O sangue um milagroso rio de vida que viaja atravs de trilhes de vasos , numa velocidade cs-mica. Ele no flui apenas pelo efeito da gravidade. Ele percorre diferentes direes, tudo de acordocom as leis universais que no podemos sequer entender. Quando eu corto meu dedo, o prpriosangue lava a sujeira do corte; depois ele coagula e fecha o ferimento formando um casco. Quan-

    do esse casco cai, eu tenho uma nova pele no lugar do corte. Isto no fantstico?

    O corpo humano mesmo fascinante. Tomemos como outro exemplo, a nossa mo. A mo temmais de 100 pequenos ossos. Minha mo pode segurar uma ma, descascar uma banana, retirarrazes do solo ou me ajudar a subir numa rvore. Quando coloco a minha mo na gua, a guano penetra na pele, porm, se meu corpo precisa transpirar, eu posso transpirar atravs das mi-nhas mos que h um minuto atrs parecia prova dgua. Nosso corpo to milagroso que de-veramos estar sempre fascinados e agradecidos por cada fio de cabelo da nossa cabea (enquantotemos!)

    O corpo de cada pessoa quer ser bonito e saudvel. O que impede que isso acontea? Antes eupensava que tinha tido uma m sorte por ter nascido com um corpo horrvel. Ele sempre me faziater dores e furnculos, e o que quer que eu comesse, me fazia engordar. Desde que adotei o cru-divorismo, perdi cerca de 60 kg e tenho mais energia do que nunca na minha vida. Agora possocorrer, pular e brincar. Eu amo meu corpo. No entanto, o mesmo que eu tinha h oito anos atrsO mesmo corpo que eu achava ter, por falta de sorte. O que mudou? Tirei a minha cabea pro-gramada do caminho. Comecei a ouvir a linguagem do meu corpo em vez de ouvir a linguagemda minha mente. Como alimentos crus porque o que meu corpo precisa. A nica certeza para sersaudvel aprender a entender o que o corpo quer e precisa. Tudo o que temos a fazer ouvi- loe segui-lo.

    CAPITULO 3 - A Lei Vital da Adaptao

    O corpo de todo o ser vivo destinado a lutar pela sua sobrevivncia. Ele faz tudo para se protegere preservar a espcie, no importa os obstculos. Se o corpo tiver duas escolhas, uma, ser atingidopodendo morrer, outra, sobreviver, ele sempre escolher sobreviver. a lei da sobrevivncia. Temosvrios exemplos que comprovam essa lei.

    Todo ser vivo se adapta ao seu ambiente. Por exemplo, os coelhos mudam a cor do pelo de marromno vero, para branco no inverno. O propsito dessa mudana de cor para a camuflagem noscampos durante o vero, e na neve durante o inverno, o que aumenta as chances de sobrevivnciados coelhos na luta contra os predadores.

    Se carmos numa ducha bem quente de manh, podemos queimar nossa pele. Porm, se entrar-mos aos poucos com a gua morna e formos aumentando a temperatura gradualmente, podemoschegar a uma temperatura bem quente sem sentir nenhum desconforto. O corpo se adapta aoaumento gradual da temperatura.

    Depois de passar o inverno com os ps sempre calados, nossos ps doem quando andamos des-calos no cascalho, durante a primavera. Porm, se continuarmos andando descalos, no fim do

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    vero nossos ps j criaram resistncia, e se torna fcil caminhar no cascalho. Os minsculos ms-culos em nossos ps se tornaram mais resistentes e quando pisamos no cascalho eles se curvamde forma a se amoldarem ao tipo de cho. Isso j lhe aconteceu alguma vez? O corpo se adaptapara cuidar de ns.

    Um dia voc est dirigindo na cidade grande e fica preso no trnsito. Ento voc liga o rdio comoum passa-tempo. Na manh seguinte, voc levanta cedo para trabalhar e serenamente entra nocarro, liga o motor e o som alto do radio que ficou ligado, chega a doer nos seus ouvidos. Como

    isso aconteceu? A resposta interessante. Quando voc estava no centro da cidade, seus ouvidosse adaptaram poluio sonora. A sua audio ficou reduzida 20%. Seu corpo fez esse ajusta-mento porque o barulho prejudicial e se ele no fizer isso, voc pode ter dor de cabea ou ficarextremamente irritado. Ele se adaptou ao barulho para lhe proteger. Quando ento voc chega emcasa e dorme, seu corpo vai se adaptar quietude da sua casa.

    Se voc for Rssia, vai ver que os homens l tomam um l itro de vodka por dia. Eles vendem a vo-dka e o po prximos um do outro. Isso considerado como parte da alimentao normal. Se en-contramos algum que nunca tomou lcool, como uma criana australiana aborgine, vegetarianae lhe dermos um copo de vodka, ela poder morrer envenenada pelo lcool. Os homens russos,

    por outro lado, tm corpos que j se adaptaram ingesto do lcool, mas com certeza pagam opreo por essa adaptao.

    No livro Mans High Conciousness do Dr. Hilton Hotema, li sobre uma experincia feita com ps-saros conduzida por Claude Bernard. Ele colocou um pssaro dentro de um recipiente com umaquantidade de oxignio que lhe permitiria sobreviver por trs horas, e o retirou no final da se-gunda hora quando ainda poderia sobreviver por mais uma hora. Colocou um segundo pssarono lugar do primeiro, e este morreu instantaneamente. O segundo pssaro no estava adaptado quantidade reduzida de oxignio. O primeiro pssaro que sobreviveu por duas horas foi se adap-tando aos poucos mudana de oxignio, o que possibil itaria a sua sobrevivncia por mais tempoO segundo pssaro no teve tempo de se adaptar, a mudana foi abrupta.

    O ponto a que eu quero chegar, que o corpo se adata para sobreviver. Nosso corpo humanotem se adaptado a muitas foras e estmulos externos com o intui to de sobreviver. Pense em tudo oque ns, humanos, j nos adaptamos: radiao de forno micro-ondas, o uso de culos, poluiosonora, poluio do ar, gua tratada com cloro, violncia, pensamentos violentos, o ar viciadodos ambientes fechados, televiso, no dormir o suficiente, falta de exerccios, maus hbitos ali-mentares, luz eltrica, stress, remdios, roupas sintticas, al imentos artificiais, vitaminas sintticase muito mais. Quando nosso corpo faz uma adaptao, pagamos com a nossa sade. Pagamoscom a nossa energia e expectativa de vida.

    O que podemos fazer para aumentar nossa energia e expectativa de vida,agora? Ser o mais natural possvel. Viver em estado de felicidade. Acabar comas presses. Acabar com o stress. Dormir do lado de fora. Algumas vezes sen-tir frio, ficar molhado e tremer de frio. Viajar acampando. Podemos mudar anossa alimentao. Podemos adotar o crudivorismo. Tudo isso possvel. Seo alimento cozido no a fonte de nutrio ideal para o nosso corpo, porquefazer dele a nossa alimentao bsica? Nossos ancestrais eram crudvoros,2000 a 5000 anos atrs.

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    As vezes imagino que a origem de se cozinhar os alimentos veio de um grande incndio na florestaonde todas as razes, plantas e sementes foram queimadas. No havia comida. A famlia famintavai floresta incendiada e encontra l pedaos de animais cozidos e pensa, Comer isso estra-nho, mas melhor do que morrer de fome . A carne assada trazida para casa e consumida. Todosconcordam que melhor mudar a alimentao do que morrer de inanio. O corpo reage quelasubstncia estranha e tem que escolher entre rejeitar o alimento cozido e morrer de fome, ou seadaptar e sobreviver. A escolha se adaptar.

    Como o corpo se adapta ao alimento cozido? Criando um muco que funcionacomo uma espcie de filtro. Toda a superfcie do aparelho digestivo que designada a ab-sorver os nutr ientes dos alimentos, coberta por esse muco que vai proteger o sangue contra astoxinas. O muco se forma comeando pela lngua, e faz todo um percurso at os intestinos. Algu-mas pessoas podem v-lo na sua lngua. Aqueles que tm um muco denso cobrindo seus intesti-nos, normalmente tm a lngua esbranquiada como se acabasse de comer creme de leite. O corpocria o muco para filtrar as toxinas produzidas pelo alimento cozido. Quanto maior a quantidadede alimentos cozidos que consumimos, mais muco o corpo produz como proteo. Quanto maisestranhas as substncias alimentares so para o corpo, mais aumentam os filamentos de muco.Com o passar dos anos ele se torna mais grosso e endurecido.

    Nosso corpo cria a primeira camada de muco quando comemos nosso primeiro alimento cozidoquando ainda bebs. A partir da, as toxinas do al imento cozido no penetram no corpo completa-mente por causa do muco protetor. Voc pode perguntar: De onde vem finalmente esse muco? Ocorpo humano com a sua inteligncia o retira do prprio alimento cozido!

    Por temer bactrias como a e-coli , salmonella e outras, cozinhamos, pasteurizamos e irradia-mos nossos alimentos. O alimento passa a ser altamente processado e manipulado. Comemosuma grande quantidade de alimentos e dessa forma nosso corpo cria uma grande quantidade demuco.

    Os naturopatas chamam esse muco no intestino de placa mucosa. A placa mucosa se assemelha auma grande mangueira de borracha verde que protege o corpo contra as toxinas. Porm, a assi-milao dos nutrientes dos alimentos fica bastante reduzida. Quanto mais muco ns temos, menosnutrientes podemos receber.

    Depois de vrios anos comendo alimentos cozidos, desenvolvemos severa defi-cincia nutricional, nos tornando por assim dizer, mal nutridos. Nos tornamoscada vez mais famintos. Chegamos ao ponto que eu cheguei h oito anos atrs,que quando levantava da mesa j estava com fome novamente. Estamos cons-

    tantemente com fome porque nosso corpo est desesperado por nutrientes.Nossas clulas esto gritando por todos os 120 minerais que precisamos. Estopedindo por sdio, magnsio, cobre, zinco... Tudo isso porque, no importa oquanto comemos, apenas uma pequena percentagem assimilada.

    Quando adotamos e permanecemos no crudivorismo, essa camada mucosapode ser dissolvida. No tempo certo, o corpo a dissolve. Quanto maior a quan-tidade de alimentos crus consumidos, mais a placa dissolvida. Se somos 100%

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    crudvoros, ela desaparece completamente e nossa assimilao aumenta sen-sivelmente. No precisamos passar um telegrama a todos os nossos rgosanunciando. Nosso corpo capta a mensagem, comea a mudar imediatamentee a celebrar a mudana.

    O quadro abaixo mostra a quantidade de alimentos cozidos e alimentos crus que consumimos emrelao a quantidade de nutrientes que assimilada pelo nosso corpo. No posso afirmar que este

    um quadro cientfico, mas sei que verdadeiro. Estes nmeros no so precisos, mas quem ado-tar a dieta crudvora vai ver que faz sentido.

    Percentagem de al imentos cozidos e alimentos crus consumidos e percentagem de assimi lao

    % de alimentos crs % de alimentos cozidos % de assimilao

    5 95 .0310 90 .0625 75 .150 50 .375 25 1.099 1 3.0

    100 0 30.0

    Vou explicar esse quadro atravs de uma ilustrao.

    Vamos chamar nosso personagem principal de Jim, que tem entre 40 a 50 anos. Jim come pou-cos alimentos crus. Est sempre com fome porque no est assimilando bastante nutrientes. Eletem uma barriga avantajada porque come mui to, tentando saciar a fome do seu corpo. Tem umacoluna frgil devido ao peso da sua barriga e est sempre cansado. A dieta de Jim de 5% dealimentos crus. Qualquer pessoa que come sanduiches ou hamburgers est comendo cerca de 5%de alimentos crus porque os tomates e a alface formam os 5%. Dessa forma, o corpo de Jim estassimilando aproximadamente .03% de nutrientes dos alimentos.

    Vamos supor que Jim fique muito doente. Ele vai a um mercado de produtos naturais e observa quepoderia se sentir melhor se adotasse a dieta vegetariana.

    Ele adiciona bastante vegetais frescos na sua dieta e deixa de comer carne. Agora ele est consu-

    mindo 25% de alimentos crus e 75% de alimentos cozidos. Sua assimilao aumentou para .1%.Ele comea a se sentir melhor e passa a ter um pouco mais de energia. Comea a sair com novosamigos que so tambm vegetarianos. Um deles lhe convida para uma reunio em que cada umlevar uma receita diferente, onde nada cozido. Jim fica to impressionado com os pratos boni tosque v, que aumenta seu consumo de alimentos crus para 50%. Sua assimilao passa a ser de.3%, 10 vezes mais do que antes. Ele j sente a diferena. Comea a se sentir bem melhor. Passaa frequentar essas reunies semanalmente e aumenta seu consumo de alimentos crus para 75%.Agora ele est assimilando 1%, 30 vezes mais do que antes. Ele vai ficando um homem bem maisinteressante. Costumava pensar que as mulheres no lhe olhavam mais, e que estava envelhecen-do. Agora ele aparenta mais saudvel, mais jovem e mais corado.

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    Jim comea a ler muitos livros sobre crudivorismo e at passa a dar aulas sobre o assunto. Agoraele est consumindo 99% de alimentos crus e 1% de alimentos cozidos. Sua assimilao passa aser de 3%. Est to saudvel que aparenta 10 anos mais jovem. Ele faz muitos amigos e sua vidasocial mais intensa.

    Alguns anos depois, tivemos notcias de Jim. Ele tem lido muitos livros sobre crudivorismo, temfrequentado seminrios, e quando possvel tem ido a diferentes centros de tratamento.

    Um dia Jim acordou com um pressentimento de que deveria seguir sua voz interior deixando deuma vez de comer alimentos cozidos e passa a ser 100% crudvoro. Ele fez a inteligente escolhaDois a trs meses consumindo apenas alimentos crus, sua assimilao passou de 3.0% para 30%.Por que mudando a dieta de 99% para 100% faz tanta diferena na percentagem de assimi lao?O 1% significante porque o corpo no precisa mais ficar na defesa contra os alimentos cozidos.Jim agora passa a comer apenas uma vez por dia, uma poro de salada, e tudo. Nada mais doque isso porque est assimilando 30%. Hoje, essa a quantidade que eu como tambm. Que meumarido come. Que meus filhos comem.

    Quando meu filho Sergei vai esquiar, ele sai s 6:30 da manh e volta s 7:00 da noite. Ele leva

    consigo duas laranjas orgnicas para comer no nibus. Come uma no caminho para a neve e aoutra no caminho de volta para casa. o bastaante porque ele assimila 30%.Sergei diz que seus amigos de esqui vo vrias vezes s suas lancheiras tomar chocolate quente ecomer sanduiche porque sentem muita fome. Eles ficam com fome, sem energia e precisam comerEnquanto Sergei fica esquiando o dia inteiro e nunca fica cansado. E tudo isso com apenas duaslaranjas. O segredo que ele assimila 30%, enquanto os outros esto assimilando apenas entre.03% a .1%.

    Voltando ao exemplo de Jim, por que a mudana final de 99% para 100% de alimentos crus feztanta diferena na taxa de assimi lao? Encontrei a resposta para isso na li teratura dos AlcolatrasAnnimos (A.A).

    Os alcolatras so encorajados, nos encontros do A.A, a ficarem 100% sbrios. Se eles voltam aoencontro e dizem que esto 99% sbrios, porque tomam apenas uma dose de vodka dia sim diano, eles no so considerados sbrios pelos instrutores. Os membros do A.A j perceberam hmuito tempo atrs, que deixar de beber 99% nunca funciona. Se algum quer realmente deixara bebida, precisa permanecer 100% sbrio. Esse 1%, no importa se uma quantidade mnima,far o corpo continuar adaptado ao alcool. Podemos usar essa analogia com relao aos alimentoscozidos.

    Vamos dar um outro exemplo: Andrew tem consumido arroz cozido desde criana. Seu corpo seadaptou bioquimicamente e psicoligicamente a este consumo.Um dia, Andrew se conscientiza quearroz branco no bom para ele. Decidiu parar de comer arroz. Como resultado, seu corpo de-senvolveu um forte desejo por arroz cozido. Desejos so expectativas bioqumicas e emocionais docorpo. Seu corpo se ajustou a receber carboidrato do arroz cozido. Em vez do arroz, Andrew come-a a consumir carboidrato do milho verde, gros brotados e cenoura. Dois meses depois, o corpode Andrew se adaptou e acabou a sua nsia por arroz. Se ele continuasse a comer arroz , mesmoem pequenas quantidades, o ajustamento do seu corpo jamais seria completo e continuaria a sentirdesejo aquele forte desejo.

    Quando nos permitimos comer mesmo que somente 1% de alimentos cozidos, deixamos a portaaberta para saciar aquele desejo quando ele aparecer, principalmente quando estamos deprimi-

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    dos, com fome, aborrecidos ou cansados, que quando comemos mais. quando desejamos co-mer o que no saudvel, tomar bebidas alcolicas, fumar ou tomar drogas. Desistir do 1% comofechar definitivamente a porta para as tentaes.

    Quando nossa famlia comeou a dieta crudvora a 100%, h oito anos atrs, nossa amiga Judytambm comeou, porm a 95%. Confesso que sofri nos dois primeiros meses, enquanto meucorpo estava se adaptando. Depois de dois meses no mais me sentia atrada por alimentos cozi-dos. Deixei de dar ateno a restaurantes e ao cheiro das comidas e do caf. Minha amiga Judy

    porm, ainda est sofrendo. Ela ficou na dieta por algumas semanas, e a com a chegada de umavisita na sua casa voltou a comer comida cozida novamente. Ela confessa: Estava na dieta a 95%por duas semanas e a minha tia veio me visitar, fez para mim um bolo delicioso e eu no resisti.Depois disso, fui deixando mais e mais os alimentos crus. Ela disse tambm, Eu estava indo muitobem at as comemoraes do fim de ano. S consegui voltar aos meus 95% na segunda semanade fevereiro.

    Deixando a porta aberta dos 5%, minha amiga Judy s prolongar seu sofrimento.

    Mesmo com 99%, com j disse, ainda somos viciados e nos permitimos aceitar aquele desejo

    quando ele aparece. Tenho visto pessoas que ficam na dieta a 99% e meses depois desistem com-pletamente. O que quero reforar que esse mnimo 1%, inevitavelmente nos conduzir ao cami-nho de volta aos alimentos cozidos.

    Voc pode sofrer por uns dois meses, porque a mudana cria sofrimento. Mas depois desse pero-do, tudo se torna mais fcil.Elimine da sua casa todas as tentaes( comida cozida, comida processada, cardpios) e no v arestaurantes, festas de aniversrio ou piqueniques por pelo menos dois meses.

    Crie uma zona livre de tentaes. A maneira mais fcil de permanecer 100%, fazer a mudanaconscientemente. No comece, at sentir que est pronto.

    Quando voc se conscientizar de que a comida cozida um vcio como outro qualquer, voc tomara deciso. Se tornar crudvoro sem o apoio necessrio, muito difcil. Conheo algumas pessoasque entenderam que comer alimentos crus muito bom e se tornaram crudvoras por cerca de seismeses. Quando se sentiram solitrias ou deprimidas, voltaram ao que lhes era familiar, a comidacozida.

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    CAPITULO 4 - Bactria, meu animal favorito

    Neste captulo, quero explicar a vocs o porque da minha admirao pela bactria. Talvez o seuconceito sobre bactria mude depois disso.

    Bactria o maior reciclador de lixo do mundo.

    Pense bem nisso: ao transformar toda matria orgnica morta em solo, a bactria recicla

    todo esse lixo transformando-o na fonte original de todos os elementos. A bactria muito espe-cial. Ela minscula e imensa ao mesmo tempo. Menor do que qualquer clula viva, a bactriapode instantaneamente aumentar o seu poder, se multiplicando em trilhes. A bactria a maisbrilhante inveno de Deus e um presente para todos ns! Estamos constantemente tentandodestruir o maior nmero possvel de bactrias porque no entendemos o seu propsito aqui naTerra. Vamos imaginar o mundo sem bactria. Haveria rocha mas no haveria solo para plantar onosso alimento. Todos os animais mortos, pssaros, insetos, cobras, corpos humanos ou matriaorgnica estariam empilhados formando enormes montanhas. Que baguna no seria!

    No processo natural de desintegrao, a bactria no causa nenhum mau cheiro. Difcil de acre-

    ditar? Na floresta ningum cata as folhas do cho, ningum enterra os animais mortos, tudo deixado no mesmo lugar. Os excrementos dos animais ficam onde so deixados. Voc poderia atpensar que uma floresta deve cheirar muito mau. Ento me responda: A ltima vez que voc foi auma floresta, sentiu mau cheiro? Aposto que a sua resposta foi no . Na verdade, quando esta-mos numa floresta, respiramos fundo e dizemos, ah, que cheiro gostoso .Se a bactria agindo nohabitat natural da floresta no causa mau cheiro, por que ento associamos o processo de desin-tegrao com o mau cheiro? Por que no mundo civilizado, a bactria causa mau cheiro? porquea bactria tem dificuldade em reciclar aquilo que ns criamos. Para comprovar esta afirmaovoc pode fazer sua prpria experincia. Coloque algumas frutas ou vegetais frescos numa vasilhaVoc vai notar que eles vo se desintegrar sem nenhum mau cheiro. Agora, coloque numa vasilhacomida cozida como macarronada, sopa de frango, ou pur de batatas. Depois de alguns dias voc

    vai sentir um mau cheiro insuportvel que causado pela bactria tentando agir sobre o alimentocozido.

    Um outro fato interessante que a bactria nunca toca aquilo que est vivo. rvores gigantescasque atingem de 100 a 2000 anos, permanecem livres de bactria. Suas razes esto sempre presasao solo, e mesmo assim a bactria no as atinge. Assim que a rvore morre entretanto, a bactriaage fazendo com que ela se transforme em solo. A bactria reconhece o que e vivo e o que morto, e s se interessa pela matria morta.

    Olhando para a natureza como exemplo, vemos que o l imo e outros parasitas no vivem em rvo-res saudveis. Em hortas orgnicas, se o solo balanceado, as lesmas no aparecem. O s parasitasno penetram em tomates saudveis. Da mesma forma, os parasitas no proliferam nas polpas dasfrutas saudveis. Ns, humanos, estamos longe de termos nosso corpo balanceado, por no termosuma alimentao adequada.

    A bactria pode causar doena no corpo humano? Sim e no. Sim, se o corpo cheio de toxinas.No, se o corpo est limpo por dentro. Quanto mais matria txica acumulamos no nosso corpomais bactria atraimos. Por isso que as pessoas que comem alimentos cozidos contraem infecesto facilmente. Se voc teme doenas infecciosas, o melhor a fazer manter seu corpo limpo pordentro. Comer alimentos crus a nica forma de conseguir isso. O mesmo se aplica aos parasi-tas.

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    Se conservamos nosso corpo limpo, saudvel e puro, o parasita no vai morarl e nem mesmo os mosquitos iro nos picar.

    Certa vez, eu e minha familia fizemos uma caminhada em Minesota, o estado do mosquito. Nafloresta Boundary Wasters, os guardas florestais tm que usar mosqueteiros. Ns no tnhamosmosqueteiros e no levamos sequer uma picada. Durante as cinco noites que passamos l, nousamos nem mesmo barracas para dormir.

    Todos os parasitas abandonam o corpo humano quando ele fica limpo. Aqui est um outro exemplopara ilustrar esse ponto.

    Logo depois que comeamos a dieta , lemos um livro sobre os parasitas que os seres humanoscarregam no corpo. Tivemos tanto medo, que decidimos fazer uma limpeza. Tomamos aquelestradicionais remdios para verme durante dez dias e comprovamos por exames, que eles desapare-ceram. Cerca de dois meses depois, fizemos um outro exame e constatamos que os parasitas esta-vam de volta. O remdio manteve nosso corpo limpo por apenas dois meses. Um ano e meio maistarde, mantendo a dieta crudvora a 100%, repetimos o teste. Nosso sangue estava totalmentelimpo. No havia mais parasitas! Nosso sangue consistia apenas de clulas brancas e clulas ver-

    melhas. Era tudo. No havia bactria. Estvamos limpos.

    Quando olhamos o sangue de uma pessoa que come alimentos cozidos, podemos ver normalmen-te uma poro de bactrias flutuando entre as clulas.

    Certa vez, convidei um especialista para fazer uma demonstrao de anlise das clulas do san-gue, na minha aula. Ele retirou amostras de sangue de trs voluntrios. Um deles era um jovem de19 anos. Seu sangue estava to cheio de bactrias que ele ficou envergonhado! Ele disse, Mas eutomo banho todos os dias. Respondi: As bactrias e parasitas do sangue, no tm nada a vercom o nmero de banhos que voc toma. Fale para ns como o seu estilo de vida. Ele disse ,ah, eu estou melhorando . Ns dissemos, apenas relaxe e diga o que voc come. Quais so osseus hbitos? Como voc tem vivido os 19 anos da sua vida? Ele disse, eu tenho tomado drogascerveja, fui diagnosticado como portador do virus da AIDS, como comidas que no so saudveispizza o meu prato favorito, e nunca como saladas.

    Podamos ver isso no seu sangue. No importa o quanto lavamos nosso corpo por fora, por dentropodemos estar bastante infectados.

    A bactria descobre logo onde as toxinas se encontram. Ela s quer realizar o seu trabalho. Semcausar nenhuma dor, ela penetra nas clulas do corpo e se multiplica. Ela s quer ajudar o nossocorpo a se livrar das toxinas.

    O que sabemos com certeza absoluta, que as pessoas que s comem alimentos crus no tmparasitas nem bactrias. Pessoas que foram examinadas e que os mdicos confirmaram comoportadoras de parasitas, foram capazes de combat-los comendo 100% de alimentos crus. Osmdicos ficam surpresos porque normalmente muito difcil tratar os parasitas. Eles existem nasmais variadas formas , em diferentes estgios, e se voc elimina um estgio, um outro comea ase desenvolver. Quando comemos alimentos crus, nosso corpo fica livre de toxinas. No h nadapara os parasitas comerem, ento eles vo embora.

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    CAPITULO 5 - Desintoxicao como uma forma de cura

    Quando comemos alimentos cozidos pela primeira vez, quando ainda bebs, aprimeira camada de muco criada no nosso corpo. Uma parte do muco for-mada como um filamento ao longo do aparelho digestivo, enquanto o restantefica acumulado num lugar mais conveniente, os pulmes. Esse muco no pode

    ficar nos pulmes permanentemente, ento, eles usam um mecanismo similarao peristalse, para se livrar do muco. como milhes de pequenos dedos nasua superfcie, que trabalham como um cinto mvel fazendo a limpeza. Estemecanismo leva pores do muco dos pulmes at o nariz quando vemos osbebs com o nariz escorrendo. Quando alimentamos nosso beb com alimen-tos que formam muco, o beb tem corisa o tempo todo. o corpo tentandoexpulsar o muco. a natureza agindo. Todo excesso do muco seria evacuadoatravs do nariz do beb e os pulmes ficariam limpos, se deixssemos que issoacontecesse.

    Porm, o que que ns fazemos quando vemos o nariz do nosso beb escorrendo? A reao tpica, oh! meu beb est com coriza. A pele em volta do narizinho dele est to irritada. Tenho quefazer alguma coisa. Vou lev-lo ao mdico . O mdico prescreve umas gtas nasais. Nos sentimosbem porque fizemos o que pudemos para ajudar nosso beb. Infelizmente essas gtas no sonecessrias, pelo contrrio, so prejudiciais. O beb no tem nenhuma deficincia no nariz. Essasgtas so txicas. So to txicas que o corpo pra de expulsar o muco dos pulmes e se concentraem expulsar as toxinas das gtas nasais. O nariz pra de escorrer e o muco volta para os pulmesOlhamos para o nosso beb e dizemos, Sim, o remdio funcionou. Meu beb est bem agora. Oque no sabemos que o nariz parou de escorrer porque o corpo concentrou energia para eliminaras toxinas das gtas. E que o nariz vermelho escorrendo no to perigoso quanto os pulmes

    cheios de muco e os efeitos das toxinas das gtas no corpo. Com o tempo, as camadas de mucovo se tornando mais densas. A, cerca de trs meses depois, o nariz do beb comea a escorrernovamente. O que ns fazemos? Ns pensamos, est com coriza, melhor ligar para o mdicoLevamos o beb de volta para o mdico que prescreve umas gtas mais fortes, dessa vez porquea quantidade de secreo maior e mais concentrada e faz as amdalas ficarem inflamadas. Asecreo tambm provoca rouquido, porque percorre a traquia, cobrindo as cordas vocais. Omedicamento mais forte, geralmente antibitico, to txico que o corpo pra de desintoxicar epassa a se concentrar em elimin- lo. A, o beb no vai ficar doente por algum tempo, at que ocorpo recupere a energia necessria e continue no esforo para desintoxicar.

    Pense por um momento: Quando normalmente voc tem mais energia do que de costume? Voctem mais energia quando est de frias, ou no fim de semana se consegue relaxar? Quando geral-mente voc fica doente? Voc j falou alguma vez, sempre assim, tiro algum tempo para des-cansar e fico doente. Quando seu corpo recebe extra energia, ele aproveita para uti liz-la antesque seja desviada para outra coisa. Ele usa essa energia para desintoxicar. por isso que ficamosdoentes quando damos uma parada.

    Para acelerar a liberao das toxinas o corpo cria a febre. Febre no simples-mente uma elevao da temperatura, e sim um complexo processo que requertempo e energia para realizar o seu trabalho. Para criar a febre, o corpo tem

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    que trabalhar muito. O corao tem que bombear 20 a 30 vezes a mais que onormal. Todas as glndulas hormonais performam um trabalho extra. por issoque sentimos moleza no corpo. Para preservar a energia usada na digesto dosalimentos, o corpo cria a falta de apetite. A lngua revestida por uma camadade muco para que se perca o paladar; o nariz congestionado para no ser-mos tentados pelo cheiro da comida; as amdalas ficam inflamadas para ficar

    difcil engolir qualquer coisa. O corpo precisa do jejum nesse momento, porisso se utiliza desses artifcios.

    O que acontece quando o corpo tem febre? Ele entra no processo de transpirao para que omuco saia atravs dos poros. Voc se lembra daquele suor pegajoso e com um odor tpico queacontece durante uma febre alta? A febre ajuda o muco a ficar mais fino e mais fcil de ser expe-lido. quando o nariz comea a escorrer.

    Infelizmente o que as pessoas fazem nessa hora tomar aspirina. Para que tomar aspirina? Notemos deficincia de aspirina. Aspirina feita em grande parte de enxofre que prejudicial. Nosso

    corpo no espera tamanha crueldade da nossa parte. O enxofre to prejudicial que o corpo ficasem energia suficiente para continuar eliminando o muco. O to importante processo de cura ento interrompido. Tudo o que o corpo se preocupa agora com a aspirina no sangue. A priorida-de passa a ser em eliminar a aspirina o mais rpido possvel. Para isso, ele obrigado a trabalhardobrado e fica to enfraquecido que no pode nem continuar a manter a temperatura normal. Aa temperatura cai para abaixo do normal. Temos que ficar na cama porque nos sentimos fracos. Areao do corpo contra a aspirina que provoca a fraqueza, e no a febre em si.Para piorar a situao, quando nos sentimos fracos, comemos alimentos pesados, como sopa defrango, por exemplo. No temos apetite. Nosso corpo est dizendo, No coma!E ainda assim,pensamos que precismos comer para recuperar mais rpido .Eu costumava agir assim com meusfilhos. Eu dizia, tome um pouco de sopa de frango, voc precisa se alimentar para ficar bom logo

    ou ento, fazia eles comerem algo que tivesse bastante calorias. Em reao ao ato de comer, nafase em que no devemos comer, o corpo ainda usa um ltimo recurso que o vmito. comose estivesse dizendo No, no isso. O que eu preciso recuperar toda a minha energia parame curar .

    Se comemos quando o corpo est na fase do no comero sangue tem que agir no estmagopara processsar a sopa de frango, usando a energia que era necessria ao processo de desinto-xicao.O problema est em no cooperarmos com o nosso corpo. De no entendermos a sua linguagem.

    A recuperao depois que usamos medicamentos, requer muita energia. Depois de uma crisedessas, ela pode desaparecer por um longo perodo, s que isso no quer dizer sade e sim queo corpo no est tendo energia para desintoxicar. Ele precisa estocar mais energia para um outroprocesso de cura. Enquanto isso, o muco nos pulmes vai aumentando. O muco fresco tem a corclara. O mais velho verde, laranja escuro, marrom ou amarelo. Para eliminar esse denso muco, ocorpo pode criar a pneumonia, num esforo herico para se purificar. Isso requer ainda mais ener-gia do que no processo de febre. quando nos sentimos muito debi litados e a respirao fica difcilQuando temos penumonia, tomamos penicilina. Isso faz parar a expulso do muco e enfraquecero corpo. Por muito tempo no vai haver desintoxicao, apenas fracas tentativas, como pequenosresfriados de vez em quando.

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    O corpo continua a estocar o excesso de muco nos pulmes at restar apenas 1/3 disponvel, e aessa altura os pulmes dizem: demais. Preciso desse 1/3 para continuar respirando. No possoviver com menos oxignio do que isso. Como um recurso, o corpo comea a se utilizar de umacamada embaixo da pele , primeiro desenvolvendo uma irritao ou fazendo a pele ficar speraDepois , quando andamos, mesmo por pouco tempo, comeamos a suar e o muco comea a sairatravs dos poros. Esse muco cido e causa uma irritao . Se voc coloca umas gotas de limona sua pele e esfrega, ela fica irr itada e coa. Quando o muco cido sai atravs dos poros, sentimosessa mesma sensao. Chamamos isso de alergia. Por que a alergia acontece? Porque temos uma

    grande quantidade de toxinas no nosso corpo. As pessoas dizem, isso acontece quando comofrutas cidas. Os ctricos apenas dissolvem as toxinas, fazendo elas passarem atravs da pele commais rapidez. Sem dvida, isso bom para ns. Significa, na verdade,que temos uma quantidadeenorme de toxinas e que precisamos elimin-las.

    Algumas vezes acumulamos tanto muco que desenvolvemos uma condio de respirao forada,com dispnia, que chamamos de asma. No podemos respirar. No temos oxignio suficiente e ficadifcil respirar porque estamos cheios de secreo.

    H ainda um pequeno espao entre os ossos do seio da face e na testa.O muco estocado a, perto

    do crebro, causa dor de cabea. a chamada sinusite. Essa frequente congesto pode causar attumores. Aquele espao no foi destinado a ser preenchido.

    Podemos verificar quanto muco temos acumulado, quando por exemplo, damos uma corrida emvolta do quarteiro. Normalmente o nariz comea a escorrer. Quanto maior a quantidade de mucomais secreo expelida pelo nariz.

    Da mesma forma, se voc puder correr respirando apenas pelo nariz, pode dizer que seus pulmesesto limpos. Voc j notou que os corredores de maratonas tm que cuspir quando esto par-ticipando de corridas? Eles comem sua comida vegetariana cozida, com grandes quantidades decalorias, como arroz e pur de batatas, que so alimentos que formam muco, e pensam que esto

    fazendo uma dieta adequada. Conheo muitos crudvoros que correm e nunca tm problema comsecreo. Eles no precisam cuspir e podem respirar pelo nariz. Eles tm oxignio bastante paracorrer e ainda conversar ao mesmo tempo. Seus pulmes esto l impos.

    Nosso corpo suposto limpar quando corremos. Somos animais destinados a pelo menos andarPor isso que temos uma quantidade l imitada de depsitos de muco. Fomos criados para nos mo-ver. Ns temos esse mecanismo. Quando estamos nos movendo e sacudindo, os pulmes comeama bombear e deslocar o muco. Porm, se no corremos e raramente fazemos caminhadas, comopodemos esperar que o muco seja deslocado? Em vez de ajudar o corpo na eliminao, interrom-pemos seu esforo e tomamos aspirina, quando temos coriza ou febre.

    O corpo tem que estar preparado para receber a febre. Quando somos capazes de produzir re-almente uma boa febre, devemos celebrar! Fique contente. O corpo se dedica a fazer de vocuma pessoa saudvel. Quando tiver febre, faa a sua parte apenas ficando sem comer. O apetitedesaparece porque o corpo precisa desse tempo para se puri ficar; e volta naturalmente no tempocerto.

    Quando eu era criana e tinha febre, nunca queria comer. Minha me sempre me dava leite quentecom manteiga por cima e outras coisas que eu rejeitava. Lembro que quando eu tirava o cobertor ,minha me dizia: se cubra, voc no pode tomar vento. Minha me fazia o que ela achava queera o melhor para mim. Agora sabemos que o melhor a fazer ouvir o nosso corpo. Voc pode

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    se cobrir se sentir frio ou abrir as janelas se sentir calor. Faa o que seu corpo tem vontade. Ele claro com relao ao que quer.

    Para ajudar o corpo no seu trabalho, voc pode fazer compressas, alternar banhos frios e quentesdeitar numa banheira.

    Todos ns temos toxinas no corpo. Desintoxicar o esforo que o corpo faz para se livrar das to-xinas. Desintoxicar imprescndivel para nos tornarmos saudveis.

    Quais so os principais sintomas de desintoxicao? Antes de responder, quero contar uma estriapara vocs.

    Quando trabalhei no Creative Health Institute (CHI) , as pessoas que chegavam l a procura deajuda, ficavam hospedadas por duas a seis semanas para desintoxicar e aprender o estilo de vidacrudvoro. Para resolver seus problemas de sade, primeiro elas so instrudas a fazer dois diasde dieta de suco, depois so alimentadas com suco de clorofila, gros brotados e outros alimen-tos crus. Todos os dias elas se encontram com os instrutores para discutir os sintomas da desinto-xicao, que so os eventos normais que envolvem a cura. Elas se queixam de erupo da pele,dor de cabea, diarria, resfriado e fraqueza. Havia sempre uma pessoa em cada grupo que no

    apresentava nenhum sintoma. Em vez de ser uma boa notcia , os instrutores sabem que no tersintomas de desintoxicao um sinal de alerta. Isso significa que o corpo no tem reservas deenergia para criar uma situao de cura. Por isso que quero que vocs celebrem esses eventos.Quando adotamos a dieta crudvora, imediatamente devolvemos ao corpo a energia que lhe prpria para se curar, e entramos no processo de desintoxicao. Se isso no acontece, pode serum sinal de algum problema. Por isso bom estar alerta para a reao do corpo. Mesmo que voctenha os sintomas de desintoxicao num dia inconveniente, no trabalho ou enquanto participa deuma reunio ou numa viagem, no importa, seja grato. Se voc tem sinais de desintoxicao, vocdeve celebrar. Sinta-se feliz! Comemore!

    Quais so os sintomas mais comuns de desintoxicao? 75% das pessoas que adotam o crudivoris-

    mo, experimentam uma rachadura e inflamao nos lbios. Isso acontece porque a saliva se tornamuito cida, o que irri ta os lbios e a gengiva. Os lbios ficam sensveis e irritados. No adiantalavar ou usar nenhum creme. A nica coisa a fazer esperar que a saliva volte ao normal. Quandovoc comea a dieta, seu corpo comea a limpar jogando no sangue toda a sujeira acumuladaIsso cria uma situao de acidez, temporria. Por isso que quando fazemos jejum, exalamos maucheiro. Quando fazemos jejum ou mudamos nossa dieta de forma radical, nosso corpo cheira aamonia.

    Um outro sintoma de desintoxicao a fraqueza. Muitas pessoas experimentam algumas horasde fraqueza na primeira semana . De vez em quando nos sentimos to fracos de repente, pormessa sensao logo desaparece e passamos a ter mais energia do que nunca. A fraqueza aparecequando o corpo usa esse tempo e energia para limpar certos rgos. De repente ele encontra umrgo que precisa ser trabalhado. Uma mensagem enviada ao centro de energia e ele diz, patem alguma coisa aqui. Preciso demorar um pouco mais nesse local e usar extra energia. assimque o corpo trabalha.

    Um outro sintoma dor de cabea. Se voc comeu muito acar branco na sua vida, tomou muitocaf ou sempe usava analgsico, provavelmente vai experimentar dores de cabea. A dor de cabe-a normalmente no dura mais que dois ou trs dias, mas parece insuportvel. Para lhe ajudar a sesentir melhor, deite, descanse, procure dormir, relaxe numa banheira de gua quente ou faa umalavagem intestinal. Pergunte a seu corpo o que que voc precisa? E oua.

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    Nosso corpo divide as toxinas em grupos. Um grupo eliminado atravs dos ouvidos, um outro facilmente eliminado pelo nariz. Algumas toxinas s podem ser eliminadas atravs da pele, no suorQuanto mais cido o suor, mais persistente ser a irritao. O que fazer para aliviar essa irritao?Entre numa banheira de gua quente e transpire. Faa uma sauna. Quando fizer sauna, lembre-se de tomar banho depois para retirar do corpo o suor cido. Tenho observado pessoas entraremnuma sauna e depois sentarem do lado de fora para secar. O corpo ento, reabsorve as toxinas.Quando nossos poros esto fechados, a pele funciona como uma esponja, absorvendo tudo devolta. Por isso devemos tomar uma boa ducha depois da sauna, para retirar o suor e as toxinas.

    gua fria melhor, porque os poros vo se abrir facilitando a sada das toxinas.

    Uma outra forma de eliminao a diarria. Algumas pessoas tm diarria, o que muito bom.Certa vez rezei para ter diarria e no tive. Um amigo meu no queria ter diarria e teve muitasvezes, por seis meses. Queria ter diarria porque eu tinha prolapso do clon e soube que a diar-ria faz o clon se ajustar. Diarria no uma coisa ruim e no causada por bactria. Diarria causada pelo corpo tentando se purificar.

    Quando voc tiver sintomas de desintoxicao, a primeira coisa a fazer entrar em contato com

    algum da comunidade crudvora que tem mais experincia e pode lhe tirar algumas dvidas. Essecontato importante porque por mais que eu tente explicar, as pessoas muitas vezes entram empnico, e preciso estar confiante de que o caminho escolhido para ter sade foi o caminho certo.Voc pode ligar para um outro crudvoro. fundamental ter algum que possa lhe dizer que vocest bem e que tudo o que est sentindo normal no processo de cura.

    Ao sentir um dos sintomas descritos, voc deve levar em considerao fazer um jejum tomandoapenas suco durante 24 a 48 horas. O jejum vai acelerar o processo de desintoxicao. Leia livrossobre o assunto, antes de decidir fazer jejum. Se voc quiser fazer um jejum prolongado, v a umaclnica especializada, que a forma mais segura.

    CAPITULO 6 - O Jejum em famlia

    Jejuar um privilgio. Jejuar uma satisfao. Qual o momento certo de jejuar? Voc saber ahora certa quando tudo o que voc comer no tiver sabor, nem mesmo aquilo que voc mais gosta o sinal de que seu corpo est precisando jejuar.

    Eu tenho feito jejum frequentemente apenas tomando gua, de 1 a 21 dias. Algumas vezes tomosomente suco por vrios dias. Gostamos de jejuar em famlia; normalmente quando viajamos decarro a longas distncias para fazer workshops. Nossa viagem fica mais fcil e menos cansativaFazemos em famlia, vrios dias de jejum de suco e muitas vezes um dia ou dois de jejum a gua.

    Em fevereiro deste ano, tivemos uma experincia muito interessante. Nossa famlia completouquatorze dias de jejum a gua. Isso nos fez ficar to unidos! Todos os dias nos reunamos em casapara compartilhar as mudanas no nosso corpo. Estvamos todos vivendo a mesma experincia .Perguntvamos: Voc sentiu isso? Sim? Que bom. No terceiro dia todos ns sentimos fraquezaObservamos que a fraqueza acontece no momento em que o corpo no mais se util iza do alimen-to e passa a usar suas prprias reservas internas.

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    No quarto dia, todos estvamos cheios de energia. Sergei esquiou o dia todo. Ficou animado paracontar a seus amigos que estava h trs dias sem comer. Eles no acreditaram. Na noite do quintodia, nos abraamos. Gente, esse o nosso quinto dia! Nos perguntamos, Vamos jejuar pormais uma semana e meia como havamos planejado? Uma semana e meia a mais parecia muitotempo, mas continuamos.

    Comeamos a perceber quanto tempo livre estvamos tendo fazendo jejum. Durante o dia, po-damos aproveitar aquele tempo que normalmente passvamos fazendo compras, preparando

    comida e comendo. Na hora do almoo amos para a sauna. Por sentir falta do cheiro gostoso dacomida, levvamos essncia de limo para colocar na sauna. Tnhamos tanta energia que levant-vamos quando o sol nascia e amos dormir por volta da meia noite. Gostvamos de observar comonosso corpo estava tomando uma outra forma. Foi realmente uma experincia maravilhosa! Sergedisse,no sabia que eu era to condicionado ao ri tual de comer .

    Por volta do final do jejum, Sergei chamou um dos seus amigos e disse, Voc quer meu skate? Ve-nha pegar. Decidi que no vou mais esquiar. perda de tempo. Vou comear a ler mais, de agoraem diante. Depois de concluir o jejum, Sergei dobrou o nmero de suas aulas de msica e es-creveu um artigo para uma revista. Ele parecia estar mais amadurecido, e agora est dando aulas

    sobre crudivorismo na nossa cidade. Ficou tambm um pouco mstico. Valya parecia mais confiantee estava constantemente feliz e de bom humor.

    Por volta dos ltimos dias do jejum, alguns de ns em perodos diferentes, sentimos fraqueza. quando o corpo precisa de descanso. hora de deitar e relaxar. Quando recuperamos, percebe-mos que aquele determinado pocesso de cura estava completo. Ficamos cheios de energia. E queenergia preciosa!

    Na dcima terceira noite do jejum, eu tive um sonho. No sonho eu era criana e estava sentadanum velocpede olhando meu pai que usava um spray no jardim. Quando acordei veio minhalembrana o tempo em que meu pai usava DDT para matar os insetos e eu brincava por perto

    Imagino que esse veneno deve ter ficado no meu sangue esse tempo todo e que foi eliminado como jejum depois de tantos anos. Foi muito siginificante para mim, lembrar aquele episdio comtanta clareza.

    No fim do jejum, ficamos pensando em como sair do processo. Tnhamos vrios livros sobre oassunto e cada um sugeria uma forma diferente. Um diz que melhor tomar suco de fruta, outrosugere suco de clorofila, um outro aconselha laranja, outro tomate sem pele. Decidimos meditarem famlia e ouvir a voz do nosso corpo para ver o que ele pedia. A resposta foi imediata. Tivemosma orgnica ralada, abacaxi e ameixas.

    Quando meus filhos chegaram do colgio, Igor e eu tnhamos preparado uma bonita mesa comflores no meio, e cada um teve uma travessa com uma poro de ma ralada, rodelas de abaca-xi, ameixas, e no centro a gua da ameixa que pusemos de molho de vspera. Fizemos um cartazescrito: Parabns famlia Boutenko, no seu bem sucedido dcimo quarto dia de jejum! Sentamosde mos dadas. Devemos comer mesmo? Sergei perguntou. Queria poder ficar um dia maisValya exclamou. Oh, foi to bom! Nenhum de ns pde terminar nem a metade do prato. Nossoestmago tinha reduzido. Deixamos o resto para mais tarde. Ficamos em p abraados por umtempo, nos sentindo orgulhosos pelo que fomos capazes de realizar. Sentimos uma enorme grati-do e ficamos ainda mais unidos e felizes.

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    Jejuar em famlia foi realmente uma experincia muito bonita. Fizemos anotaes do que achamosimportante. Sergei diz que gostaria de jejuar em famlia uma ou duas vezes ao ano e de escreverum livro chamado Jejum em famlia. Ele e Valya perderam quase 10 kg, mas no pareciam magrosCom trs dias de dieta de suco, recuperaram 5 kg. Foi surpreendente! Todos ns apreciamos essanossa nova experincia, e no vemos a hora de jejuar em famlia novamente.

    PARTE I I

    Como Permanecer na Dieta Crudvora

    CAPTULO 7 - O porque dos doze passos

    Gostaria de fazer uma pergunta: Comer o seu prazer nmero um? Antes de responder pense emcomo celebramos datas especiais. Fazemos jejum em nosso aniversrio, no nosso casamento ounos feriados? Fazemos caminhadas para celebrar essas ocasies? Ou fazemos banquetes estrava-gantes? Quando participamos dessas festas, esperamos ansiosos pelo momento de sermos bemservidos? O que voc pensaria de uma festa em que nada fosse oferecido?

    Comida sinnimo de comemorao, na nossa cultura. Planejamos deliciosas refeies e prepa-ramos receitas de dar gua na boca. Temos at pratos especiais que associamos a cada tipo decomemorao, como comidas tpicas de cada regio, tortas, aperitivos, bolos e doces finos. Comovoc se sente depois de um jantar desses? Voc poderia explicar honestamente como seu corpo sesente na manh seguinte? Voc sente sonolncia, cansao? Tem vontade de tomar caf?

    J notou que seu corpo tende a ficar dessa forma depois de um grande jantar comemorativo?Mesmo que a resposta seja sim, esse desconforto nos impede de planejar a nossa prxima ceia deferiado?

    Se comssemos apenas para nutrir o nosso corpo, comeramos batatas fritas, tomaramos caf oucerveja? Quando vamos uma pastelaria e admiramos os pratos bonitos da seo, estamos admi-rando os valores nutricionais daquele alimento ou o sabor e o grande prazer que aquela comidaoferece? A maioria de ns provavelmente diria, o prazer. Quando reconhecemos que comida sempre o prazer nmero um, podemos ficar conscientes do fato de que consumimos alimentos nopelo seu valor nutricional, mas pela sensao do prazer.

    Quando preferimos o prazer nutrio, ento o valor nutricional do alimento sacrificado em prodo prazer. Por esse motivo, acabamos comendo tudo que tem um gosto altamente estimulante emuito pouco valor nutricional. Estas so as duas caractersticas do al imento cozido. O alimento cruno entanto, nos d ambos, o valor nutricional e tambm nos dar prazer.

    Comecei a dar aulas sobre al imentao crudvora h oito anos atrs. Assim que perdi meus primei-ros 30 quilos, reuni vizinhos e amigos em minha casa e comecei a falar sobre os benefcios que euestava tendo com a minha dieta. Eles ficaram impressionados e decidiram me seguir. Entretantoningum permaneceu nem mesmo at o caf da manh do dia seguinte. Encontrei alguns delesdias depois, numa loja, e perguntei como estavam indo. Uma pessoa disse, no consegui ainda

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    Tenho que cozinhar para a minha famlia. Outros tentavam me evitar.

    Achei que no faria um bom trabalho ensinando crudivorismo, j que as pessoas no permane-ciam na dieta. Decidi estudar mais. Visitei diferentes centros de cura alternativa, e lia dia e noiteVoltei a ensinar novamente, e dessa vez coloquei em prtica tudo que aprendi. At cantei e dancemsicas do folclore russo e contei piadas. Tentei tudo o que foi possvel para fazer do assunto omais interessante possvel.

    No fim da aula, as pessoas pareciam bastante motivadas, mas depois eu descobria que elas nopersistiam nem mesmo por um dia.

    Encontrei certa vez, num mercado, dois dos meus alunos e quando me viram tentaram esconder oque estavam comendo. Eles disseram, desculpe Victoria, mas no conseguimos.

    Sabia que alguma coisa estava errada. No gostava da idia de ver meus amigos se escondendode mim como se eu fosse a polcia. Decidi dar um tempo, at encontrar uma maneira de fazer aspessoas seguirem naturalmente meus ensinamentos, como se propunham nas aulas.

    Meu objetivo passou a ser encontrar outros professores da dieta crudvora, e aprender com elescomo ensinar com sucesso.

    Por dois anos e meio viajamos em volta do pas e visitamos muitos centros alternativos de cura.Fomos a vrios lugares onde o estilo de vida crudvoro era ensinado. Pessoas de diversas partes domundo com cncer, diabetes, alergias, asma, e outras doenas srias, vo a esses centros e ficamgeralmente por seis semanas, para aprender o estilo de vida crudvoro. Os instrutores ensinamporque comer alimentos crus a dieta natural do ser humano. Aos hspedes so servidos pratosbonitos e variados. Num desses lugares, o CHI, ficamos durante nove meses. O CHI possui as con-dies ideais para fazer a dieta ainda mais efetiva . Os hspedes so completamente afastados do

    stress e das tentaes e convivem num ambiente bonito e aconchegante.

    Muitos deles foram diagnosticados como portadores de doenas fatais como cncer. Na maioriados casos, decidiram tentar a dieta crudvora como um ltimo recurso de cura. Muitos j tinhampassado por quimioterapia e radioterapia e at sido desenganados pelos mdicos.

    Os clientes do CHI foram introduzidos na dieta crudvora 100% e todas as 132 pessoas disseramse sentir melhor. Eles observaram seus tumores reduzirem em questo de semanas, assim comooutros sintomas decorrentes da doena. Eles garantiam persistir, j que sentiam uma grande me-lhora. Quando os familiares vinham visit-los, faziam questo de incentivar seus entes queridos acontinuarem na dieta, ao ver a diferena e como eles se sentiam melhor. Estava bem claro que adieta crudvora lhes daria as condies para viver mais tempo. Todos ns ficamos muito felizes aov-los passarem por essa experincia de cura. Antes de partirem, todos ns lhes desejamos boasorte.

    Prosseguindo na minha observao, perguntei a Don Haughey, dono do CHI, se ele tinha feitoalguma pesquisa sobre quantas pessoas na verdade permanecem na dieta depois de chegaremem casa? Ele parou por um momento, suspirou e disse, Cerca de 2%. Quando eles chegam emcasa no continuam. Fiquei sem acreditar. Eles preferem morrer? Perguntei. Ele no respondeue uma lgrima rolou na sua face. No pude encontrar uma explicao para o fato de as pessoasno permanecerem na dieta, mesmo tendo experenciado os extraordinrios benefcios e se dedi-

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    cado ao estilo de vida cudvoro. Isso se tornou um grande mistrio para mim e eu queria resolvera questo.

    Enquanto pensava sobre esse enigma, continuava a dar minhas aulas. Os alunos estavam sempremotivados e eu ensinava como preparar deliciosos pratos, mas nem assim conseguia um bom re-sultado. Fui ficando cansada e sem estmulo.

    Certo dia, um amigo me convidou para um encontro dos A.A (Alcolatras Annimos), aberto ao

    pblico. Ao ouvir as declaraes das pessoas sobre o vcio de consumir lcool, tive um estalo. Acomida cozida tambm um vcio. por isso que fora de vontade e boas intenes no so bas-tante para uma pessoa permanecer crudvora. Finalmente eu desvendei o enigma. Fiquei to feliz!Aquilo foi como uma revelao!

    No dia seguinte, fui correndo a uma livraria e pedi livros que falassem sobre vcios. A bibliotecriame mostrou muitas prateleiras cheias de livros sobre o assunto. Eles falavam sobre todos os tiposde vcio, desde drogas e lcool, at o vcio de gastar dinheiro e o vcio de comer demais. Pesquise38 livros e voltei para pegar mais, at ler todos eles. Com certeza, a bibl iotecria pensou que euestava com um problema muito srio.

    Depois fiz uma visita maior biblioteca da cidade. Passei o dia todo lendo e trouxe muitos livrospara casa. Um deles tinha sido escrito por dois mdicos e professores, e tinha um questionriouniversal a respeito de vcios em todo o tipo de substncias qumicas. Se uma pessoa respondersima mais de trs questes, ento essa pessoa viciada em um determinado tipo de substncia.Como experincia, fiz uma cpia do questionrio, substituindo o termo substncia qumica poralimentos cozidos. Entreguei o questionrio a meus alunos, em trs aulas e todos responderamsima quase todas as perguntas. Ai eu pensei, Aleluia, aqui est a prova, um vcio. Uau! Isso to profundo! Senti como se tivesse pulado do Empire States Building. Quanto mais eu pensava,mais aquilo fazia sentido para mim.

    H milhares de pessoas que querem ser crudvoras. Elas aprenderam sobre os efeitos benficos esinceramente desejam mudar seu estilo de vida. Algumas delas se sentem estimuladas por teremsrios problemas de sade, depois descobrem que permanecer muito di fcil ou quase impossvelPoucas pessoas , na verdade, permanecem 100% crudvoras por mais de um ano. At mesmo co-nhecidos instrutores do crudivorismo, admitem no serem 100% crudvoros. O que parece ser fci primeria vista, na realidade passa a ser muito difcil, porque o hbito de comer alimentos cozidos um vcio.

    Se voc ler o grande livro dos AA(Alcolatras Annimos), vai ver que somente uma pessoa em tal-vez mil capaz de deixar de beber simplesmente pela fora de vontade.Voc vai ver tambm que oprograma dos 12 passos tem ajudado milhares de pessoas. Acredito que se funciona para pessoascom outros vcios, pode funcionar para os viciados em al imentos cozidos.

    Cheguei concluso de que apenas ensinando os benefcios do crudivorismo, eu no conseguiaajudar as pessoas. At agora s conheci duas ou trs que permanceram na dieta por mais de umano, usando apenas a fora de vontade. A fora de vontade anulada principalmente quando apessoa se sente triste, solitria ou deprimida.

    Por esse motivo, criei o livro 12 Passos para o Crudivorismo. H um ano e meio tenho ensinado esseprograma em Washington, Minesota, Oregon, Arizona, Maryland, Colorado e Califrnia. No inciofiquei apreensiva. No sabia como as pessoas iriam reagir. Pensei, Isso to radical e to estra-

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    nho! Porm, a maioria dos estudantes que experimentaram os 12 passos, conseguiram permane-cer na dieta por vrios meses, j passaram de um ano e continuam firmes! O programa tem umpoder muito grande, e como disse antes, vou continuar trabalhando para melhorar ainda mais.O programa do l ivro 12 Passos para o Crudivorismo tem mais diferenas do que semelhanas comoutros programsas dos12 passos. Acredito que o hbito de comer alimento cozido muito maissutil, mais cruel e muito mais difcil de superar. O alimento cozido um vcio legal, fcil de ser ad-quirido e tem propaganda em toda parte.

    No apenas aceito, como tambm incentivado. Enraizado na nossa cultura, o alimento cozido tido como normal, puro e saudvel. Nem passa pela cabea das pessoas deixar de cozinhar seuspratos maravilhosos. Por no enxergarmos a realidade, continuamos procurando solues sem en-contrar a resposta certa para os nossos problemas de sade. Todos os que se tornaram crudvorostiveram uma razo especial. Uns por doena, outros por questes ticas, espiri tuais ou outras. Paramim, foi uma questo de vida ou morte. Eu sabia que ia morrer se no insistisse em procurar des-cobrir essa verdade por mim mesma. Todos da minha famlia t inham problemas srios. A estria danossa famlia est descrita no nosso livro O Crudivorismo em Famlia.

    O vcio de alimentos cozidos mais difcil de ser trabalhado do que qualquer outro vcio. A maio-ria dos livros sobre drogas falam que quanto mais cedo as pessoas tomam drogas ou substnciasqumicas, mais difcil se torna eliminar o vcio.

    Pense sobre a primeira vez que voc comeu alimento cozido. Voc deveria ter seis meses a um anode idade. Voc acha que gostou, a primeira vez que provou? Provavelmente no. Voc no lembraVamos fazer uma analogia. Tente lembrar a primeira vez que voc tomou caf. Que gosto tinha?Amargo no ? Voc deve ter pensado Como que os adultos podem gostar de caf? Caf umhbito adquirido. Ignoramos a reao do nosso corpo de repelir o gosto amargo e continuamos ex-perimentando caf at nos acostumarmos com ele. Fazemos isso porque caf uma bebida social eum smbolo dos adultos. Voc gostou de cerveja a primeira vez que provou? E do primeiro cigarro?

    Voc lembra da reao do seu corpo ? Quando provamos pela primeira vez alguma coisa que no saudvel, nosso corpo sempre rejeita. Quando voc provou alimento cozido pela primeira vezprovavelmente chorou. Talvez at tenha tido uma reao alrgica. Mas sua me pode ter atribudo fase de dentio, e com a melhor das intenes, continuou lhe dando al imentos cozidos. E a vocfoi se acostumando e ficando cada vez mais dependente.

    H um grande problema em afirmarmos que o alimento cozido um vcio. A palavra vcio no temuma boa reputao na nossa sociedade, e no gostamos de admitir que somos viciados.

    Porm