viagem aos usa convidado pelo departamento de … · ensinando o inglês, ajudando a encontrar...
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RELATÓRIO
VIAGEM AOS USA CONVIDADO PELO DEPARTAMENTO DE ESTADO
RESPONSÁVEL: Marcelo Dias (Superintendente de Igualdade Racial – SUPIR/RJ)
Dia 09/04/2012 , Washington DC.
Meu primeiro compromisso foi participar de uma
reunião no dia nove de abril de manhã com a
senhora Jenifer Karbowsky , representando o
Departamento de Estado (US Department of
State) que explicou ao grupo (eu , um
representante do governo de São Paulo e uma
representante do movimento voluntário do Rio
Grande do Sul ) o objetivo do intercâmbio e o
interesse americano em aprofundar a relação
com o Brasil na área de inclusão social e racial.
Nosso segundo compromisso foi uma reunião
na parte da tarde com o DR. Mark Rozell,
professor de política pública da George Mason
University que fez uma palestra sobre o
federalismo nos EEUU e o processo
constitucional do país.
A constituição americana foi aprovada no ano
de 1789 , quando os EEUU eram formados por
13 estados.
Dia 10/04/2012.
REUNIÃO COM REPRESENTANTES DO
DEPARTAMENTO DE COMÉRCIO.
Minority Business Development Agency.
Senhoras Ivonne Cunarro e Alejandra Y.
Castilho.
Principal objetivo é incluir comunidades
étnicas no setor econômico/empresarial.
Esta agência já tem 40 anos apoiando as
empresas que desenvolvem políticas de
promoção e integração racial.
Pretendem trabalhar com a comunidade afro
brasileira.
Pretendem trabalhar com o governo
brasileiro e com o governo do Estado do Rio
na Copa e nas Olimpíadas.
Tem contatos no Brasil com o Sebrae.
Nos EEUU há leis garantindo a participação
nos contratos para pequenas empresas.
Para minorias não há lei, mas existem metas
a serem atingidas.
Também apoiam as empresas que tem como
política o empoderamento das mulheres.
Minority Business Development Agency. Senhoras Ivonne Cunarro e Alejandra Y. Castilho
Na parte da tarde nos reunimos com a equipe dos Partners of
America.
Steve Vetter - President & CEO.
Importante trabalho de voluntários vinculado às
universidades.
Tem apoio financeiro do Departamento de Estado.
Metas : Conectar , Servir e Transformar Vidas.
Financia programas de afrobrasileiros.
No Rio trabalhou no morro dos macacos , Ilha do Governador
e Curicica , além do Ceará e Minas Gerais.
Trabalham com o setor público e com a iniciativa privada.
O programa conta com seis estagiários brasileiros ,
dominicanos , haitianos , colombianos etc.
Também nos reunimos com a Sra Patricia Pasqual do
FOUNDATION CENTER.
Tem como missão fortalecer setores não comercial ,
beneficientes provendo conhecimento sobre a filantropia.
Ajudando a organizar , coletar e obter informações sobre o
trabalho filantrópico no país .
A fundação oferece através de cinco livrarias informações
gratuitas através dos EEUU.
Através de um programa de orientação e seminário
educacional atendem anualmente milhares de pessoas que
os procuram sobre como desenvolver este processo.
Partnersof America.Steve Vetter - President& CEO
Dia 11/04/2012.
The World Bank.
Nos reunimos com o Sr. Michael Woolcock , especialista em Desenvolvimento Social do Banco Mundial.
Já esteve no Brasil em reunião no BNDES e escreveu um livro sobre exclusão social e desigualdade no Brasil.
O Banco Mundial trabalha com grandes economias emergentes como Brasil e China e quer fortalecer esta relação.
Uma informação sincera foi que o Banco Mundial precisa mais do Brasil e da China do que o contrário.
É com os juros pagos pelas grandes economias emergentes que eles tem condições de financiar programas nos países
pobres.
The World Bank., Sr. Michael Woolcock
À tarde nos reunimos com a Sra Shirley J. Wilcher Diretora executiva da American Association for
Affirmative Action.
A primeira lei de Ação afirmativa nos EEUU foi um decreto do presidente John Kennedy.
Em 1967 foi acrescentada a questão de gênero pelo presidente Lindon Johnson.
Nos EEUU não existe cotas raciais, mas metas estabelecidas, que todos têm que buscar atingir, para não
perderem contratos com o governo.
Há um intenso debate sobre a manutenção das ações afirmativas que estão sendo atacadas pelos setores
conservadores da sociedade.
Em outubro a Suprema Corte americana, que tem uma maioria conservadora irá se posicionar mais uma
vez sobre estas políticas.
Há uma enorme preocupação dos setores minoritários e historicamente excluídos sobre qual será o
entendimento do poder judiciário.
Sra Shirley J. Wilcher
Srs Zakiya Carr Johnson e Ana Janaina Nelson
Dia 12/04/2012.
Reunimos com as responsáveis do
Departamento de Estado pela relação com o
Brasil e a América Latina Srs Zakiya Carr
Johnson e Ana Janaina Nelson.
Responsáveis pela política de Inclusão Social,
Étnica e Racial.
Falou do acordo bilateral que existe entre os
EEUU e o Brasil para promover a inclusão
racial.
Estão interessados na área de educação,
particularmente no programa do governo
brasileiro Ciências Sem fronteiras.
Existem acordos firmados com universidades
americanas para promover intercâmbio com o
nosso país.
Reunimos com o Sr James Early.
Diretor de Política da Herança Cultural.
Smithsonian Institution / Center for Folklife
and Cultural Heritage..
Ativista do movimento negro, responsável
pelo trabalho cultural do instituto,
desenvolve trabalho com portadores das
culturas vivas, mulheres, quilombolas,
setores excluídos.
Mantém uma relação internacional na área
do ativismo da diversidade cultural e
educacional , tem contatos na África ,
Uruguai , Caribe , Cuba etc.
Pretende manter uma relação com os
afrobrasileiros.
Sr James Early Diretor de Política da Herança Cultural
Encerramos nossa agenda em Washington nos
reunindo com o Sr. Jon M. Greenbaum e a Sra
Márcia F. Johnson-Blanco do
LAWYERS`COMMITTEE FOR CIVIL RIGHTS
UNDER LAW.
Uma entidade fundada em 1963 pelo presidente
Kennedy que convidou os advogados privados a
discutir os graves problemas dos direitos civis nos
EEUU.
Atuam em cinco áreas.
1- Direito ao voto ( voto é facultativo ).
2- Desenvolvimento comunitário.
3- Discriminação no emprego.
4- Políticas públicas e
5- Mobilização legal
Dia 13/04/2012.
Viajamos para Los Angeles onde ficamos até o dia 18 de abril.
No dia 16 de maio nos reunimos com os responsáveis pelo website
Afro-Brazilian.com que é dedicado a divulgação da cultura
afrobrasileira.
Procuram criar uma ponte entre a lacuna existente entre Brasil e
EEUU apresentando relevantes informações sobre a história e cultura
afrobrasileira.
Sra Kimberly Ramsey e o Sr Leon Gullette da COMMUNITY BUILD
Reunimos com a Sra. Kimberly Ramsey e o Sr . Leon Gullette da COMMUNITY BUILD uma entidade que foi criada como
resposta a revolta da população negra em abril de 1992.
Em abril daquele ano um jovem negro foi barbaramente agredido por policias brancos gerando uma onda de revolta,
quebra-quebra e incêndios que geraram milhões de dólares em prejuízo para a cidade.
O COMMUNITY BUILD já atendeu 20.000 jovens em 20 anos de trabalho de valorização dos jovens e da comunidade.
As gangues de jovens negros foram criadas para protegê-los da violência policial, mas com um tempo esta violência se
voltou contra a própria comunidade.
A prefeitura tem um programa de redução da violência entre a juventude.
“Redução de gangues e desenvolvimento da juventude” é o programa dirigido pelo vice-prefeito um OGUN cubano.
A entidade tem 75 funcionários e é financiada por fundos da cidade, projetos do setor privado, fundações entre outros.
HOMEBOY INDUSTRIES
Dia 17 de maio.
Tivemos a oportunidade de conhecer
um programa de recuperação de jovens em área
de risco chamado HOMEBOY INDUSTRIES, o
programa criado em 1992 tem como principal
objetivo garantir trabalho para os ex-membros das
gangues, e manter os jovens da área longe do
crime , das drogas , da violência etc.
Também conhecemos um programa chamado The
Global Awareness Trough Hip Hop Culture
Program, que discute a cultura Hip Hop como uma
ferramenta de mudança social e empoderamento
dos jovens.
Por fim conhecemos um trabalho realizado junto
com a polícia de Hollywood e os jovens em
situação de risco.
Desde 1995 este programa é desenvolvido em
Hollywood.
Ocupam um espaço doado pela polícia (o
escritório) e um espaço doado por uma empresa
(espaço de eventos).
O trabalho é desenvolvido junto aos policiais e
instrutores de artes marciais e técnicos de futebol.
70% das crianças atendidas são de famílias
pobres.
O convívio dos policiais com as famílias das
crianças tem contribuído para uma relação de
confiança entre a comunidade o os policiais.
No dia 18 de abril chegamos em ST.
LOUIS, MISSOURI.
Em ST. LOUIS, nosso primeiro compromisso
foi no International Institute of ST. LOUIS que
trabalha com refugiados e imigrantes
ensinando o inglês, ajudando a encontrar
trabalho, providenciando serviços para
derrubar barreiras de língua e cultural.
Trabalha com voluntários e tem apoio do
governo americano em dois programas.
Os voluntários se habilitam para o mundo
verdadeiro, aprendem a gerenciar e
organizar, fica no programa durante um ano.
Os refugiados são pessoas perseguidas por
raça, religião, etnia e política (ONU, 1952.)
Os refugiados são pessoas bastante
traumatizadas , quando conseguem sua
independência financeira , eles conquistam
seus objetivos.
Os melhores sucedidos combinam o novo
mundo com o seu de origem.
Os responsáveis pelo programa fizeram
questão de afirmar que os EEUU é um país
formado por imigrantes.
International Institute of ST. LOUIS
Conhecemos o trabalho desenvolvido pela Sra.
Valerie Patton, no St. Louis Business Diversity
Iniciative.
Desenvolvem um trabalho de inclusão da diversidade
através de consultoria, cursos de formação e
treinamentos.
A ênfase do programa é nas populações
marginalizadas.
O projeto principal é o de desenvolvimento de
lideranças que tem a duração de um ano.
Estas lideranças terão um forte engajamento cívico.
É uma das cidades mais segregadas dos EEUU.
Existe uma linha invisível na cidade, no norte vivem
os negros e no sul os brancos.
O desemprego entre os negros é de 18 a 20 % ,
entre os brancos esta em 8%.
Conhecemos também a experiência do Cultural Leadership - African American - Jewish Experience.
Principal objetivo é estudar as histórias da África, do negro e dos judeus.
Trabalham com alunos que tem envolvimento nas comunidades judaicas e igrejas negras.
O programa é intenso com 460h por ano.
Trabalham com alunos das escolas municipais que tem poucos recursos das prefeituras, onde a maioria dos
alunos são negros e também com as escolas dos condados que tem mais recursos e a maioria dos estudantes
são brancos.
Reunimos com o Sr. Sean Thomas, responsável pelo projeto : Old North St. Louis Restoration Group.
Old North é um bairro histórico que sofreu muitas mudanças.
No bairro e na cidade existem muitos prédios abandonados em razão do declínio econômico que passou a região.
Um dos principais objetivos do projeto é revitalizar o bairro, revitalizar as dimensões físicas e sociais do bairro.
Nos anos 1900 foi a quarta cidade em população do país, mas após a segunda guerra mundial as pessoas foram saindo
do bairro e da cidade.
Hoje embora seja de maioria negra, há uma grande presença de cubanos, mexicanos, salvadorenhos que cada vez mais
chegam aos EEUU.
Eles procuram desenvolver uma política de integração, mas sabem que quando as pessoas negras chegam ao bairro,
muitas famílias brancas se mudam para outro lugar.
Nosso último compromisso em St. Louis foi com a
Sra Edie Barnard do Pentimento St. louis
storymapping project
Trabalha com 20 jovens com o objetivo de ter uma
inserção nas mídias, a maioria são
afrodescendentes.
Atuam em dois programas.
Um é sobre como usar as mídias e habilidade de
marketing social divulgando campanhas de
prevenção do tabaco e diabete entre outras questões
sociais.
O outro é um projeto de mapear e contar histórias da
própria comunidade com ênfase nas crianças e
juventude.
Procuram com este projeto ouvir os moradores e
combater a mídia tradicional que divulga que o bairro
está cheio de marginais e de crimes.
Trabalham também com adolescentes que já foram
condenados na corte.
Os voluntários são estudantes de cinema e tem apoio
do conselho de Arte do Missouri.
Sra Edie Barnard do Pentimento St. louis storymapping project
Chegamos ao Estado de Alabama no dia 21 de abril.
Nosso primeiro compromisso neste estado foi visitar no domingo 22/4 16 ª
Street Baptist Church, a Igreja Batista Negra que na década de 1960 foi
atacada por racistas que jogaram uma bomba no seu interior no dia 15 de
setembro de 1963 matando quatro meninas negras e ferindo mais de 20
membros da congregação.
Organizada em 1873 como a Primeira Igreja Negra Batista de Birmingham,
Alabama.
A atual igreja teve suas obras terminadas em 1911.
A igreja serviu como um quartel general da luta pelos direitos civis,
manifestações massivas e comícios no início da década de 1960.
A maioria dos manifestantes que participavam das marchas eram crianças
estudantes e centenas foram encarceradas. Dr. Martin L. King Jr e o
Reverendo Fred L. Shuttlesworth eram as principais lideranças que inspiravam
os manifestantes naqueles tempos caóticos.
Na segunda-feira visitamos o National Center for the Study of Civil Rights and ASfrican-American Culture.
Na segunda-feira viajamos para Montgomery onde visitamos The National Center for the Study of Civil Rights and
African-American Culture.
The National Center atua como um centro de informação sobre o papel da cidade de Montgomery no movimento moderno
dos direitos civis. Também preserva e dissemina informações sobre as condições sócio-econômicas, política cultural e a
história dos afroamericanos em Montgomery.
Nossa visita foi focada em como os acontecimentos em Montgomery moldou todo o movimento nacionalmente e mudou o
curso da história dos afroamericanos nos EEUU.
The National Center for the Study of Civil Rights and African-American Culture
Visitamos também o SOUTHERN POVERTY LAW
CENTER. - www.splcenter.org
Uma entidade fundada em 1971 como uma pequena
empresa de luta em defesa dos direitos civis.
Internacionalmente conhecida por seu Programa de
tolerância educacional, suas vitórias judiciais contra
os supremacistas brancos, através de sua história a
entidade tem trabalhado para tornar realidade os
ideais da constituição americana.
Lutam contra todas as formas de discriminação e
trabalham para proteger os setores mais vulneráveis
da sociedade. Atuam junto a comunidade LGBT,
trabalham com imigrantes, com as diferenças
religiosas e outros temas.
Desde 1991 tem um programa que ajuda os
professores a combater o ódio e a intolerância nas
salas de aula , " TEACHING TOLERANCE.
Por fim visitamos The Rosa Parks Library and Museum que serve como um marco histórico para aqueles
que querem entender o evento que desencadeou o famoso Movimento dos Direitos Civis de boicote aos ônibus
daquela cidade.
O museu é o principal ponto de referência de Montgomery , construído no local do velho Empire Theatre , onde
Rosa Parks fez seu corajoso e histórico ato de se recusar a levantar de um assento no ônibus para um homem
branco em 1955.
No dia seguinte voltamos e visitamos a câmara
municipal de Birmingham onde conhecemos o projeto
aprovado de colocar 100 placas do tamanho de uma
porta, nas ruas da cidade com fotos das lutas de 50
anos atrás.
A câmara municipal fica no prédio do antigo chefe de
polícia que ordenou que o canhão de água fosse usado
contra os manifestantes para dispersar a multidão.
Crianças foram presas e colocadas no porão do prédio.
Em uma rua ficará a foto de M. L. King algemado diante
do prédio, antes de ir para a cadeia de Birmingham.
2013 marca a passagem dos 50 anos do histórico
movimento pelos direitos civis na cidade.
Visitamos o Birmingham Civil Rights Institute - www.bcri.org
O BCRI fará 20 anos em novembro de 2012, é um instituto e um museu que documenta as lutas dos afroamericanos da cidade e de
Alabama pelos direitos civis.
Por ter tido um movimento social que chamou a atenção do mundo sobre o racismo na sociedade americana, Birmingham se credenciou a
ter uma instituição que serve o mundo como um centro de estudo e reflexão.
O diretor de educação do instituto Sr. Ahmad Ward nos disse que é extraordinário ter um espaço como este numa cidade que o simples
fato dos negros se reunirem era motivo de irem presos.
As lutas e manifestações levaram a promulgação das leis dos direitos civis em 1964.
A ideia de ter este museu surgiu na década de 1970 após visitarem o museu do holocausto em Israel.
No início houve uma resistência não só da comunidade branca, mas também da negra que temiam um renascimento do ódio racial e
argumentavam que já havia muitos museus nos EEUU.
Com a eleição em 1979 do primeiro prefeito negro da cidade a ideia ganhou apoio e força e no segundo mandato como alei do museu não
foi aprovada pela câmara municipal , o prefeito buscou ajuda junto aos lideres negros para apoiá-lo e conseguiu vender um prédio para o
governo federal , levantando os fundos para inaugurá-lo em 1991.
Em 2011 encaminharam 10 jovens para conhecerem o Museu de Mandela na África do Sul e receberam a visita de um grupo de jovens da
África do Sul.
Uma figura central na luta dos direitos civis em Birmingham foi o Reverendo Fred L. Shuttlesworth que convidou M.L.King a visitar pela
primeira vez a cidade. Encerrando nossa visita ao estado de Alabama visitamos The Alabama Faith Council uma entidade estadual que
trabalha com praticantes de várias religiões buscando construir uma relação ecumênica.
Na oportunidade nos reunimos com Católicos, Metodistas, Islâmicos e Judeus.
O objetivo é realizar trabalhos sociais e de igualdade racial através da fé de cada um, lutar contra a pobreza a violência e em defesa
do meio ambiente entre outras questões.
Estátua do Reverendo
Fred L. Shuttlesworth.
A última cidade que visitamos foi Nova York, uma cidade com cerca de oito milhões de habitantes e uma rica variedade étnica
que a transforma em uma autêntica cidade internacional e cosmopolitana.
Sua diversidade étnica é fruto da imigração de todas as partes do mundo.
Nosso primeiro compromisso foi visitar The Catedral Church of Saint John the Divine - www.stjohndivine.org , uma Catedral
Anglicana com mais de 100 anos.
A Catedral é hoje um espaço considerado bastante liberal, pois faz um permanente debate sobre o racismo na sociedade
americana, discute a questão da pena de morte, os direitos das mulheres.
Reconhecem que os afrodescendentes apesar das melhorias não vivem uma boa situação , há uma situação de perigo para a
juventude negra , percebe uma crescente onda de violência e preconceito na cidade e no país.
Uma questão que lhes preocupa é a situação dos imigrantes, pois os EEUU é um país de imigrantes que hoje trava um forte
debate sobre os direitos deles de viver, trabalhar e constituir famílias no país.
The Catedral Church of Saint John the Divine
Visitamos o Harlem.
Chegamos cedo para nos reunirmos com o pessoal da
The Abyssinian Development Corporation.
É uma instituição dedicada ao desenvolvimento da
comunidade através de um trabalho de desenvolvimento
humano, social e de negócios no Harlem.
Fundada em 1989, vem desenvolvendo um trabalho junto
a comunidade para revitalizar o bairro com o despertar
cívico de seus habitantes, promover a revitalização
econômica, desenvolvem projetos para a melhoria das
habitações, apoio aos setores mais carentes,
principalmente os sem tetos, os idosos e as crianças.
ADC hoje é reconhecida como uma renomada entidade na
vanguarda do desenvolvimento comunitário.
Trabalham fortemente com a educação para os jovens.
Harlem continua sendo uma comunidade que necessita de
muito investimento econômico e social.
Uma pesquisa realizada em 2010 mostrou o seguinte
quadro:
Dos cerca de 370 mil residentes no Central Harlem.
44.2 % são afroamericanos.
36% são hispânicos.
17.8 são brancos.
30% da população tem uma renda abaixo da linha da
pobreza.
13% é o nível de desemprego.
Tivemos a oportunidade de conhecer o The New York
Public Library - Schomburg Center for Research in
Black Culture.
O Centro aberto em 1925 é um conceituado espaço
dedicado a coleção, preservação e divulgação da história
dos povos africanos através da diáspora negra.
Em 1926 ganhou reconhecimento internacional ao a
aquisição da coleção pessoal de Arturo Schomburg, que
inclui mais de 5.000 livros, 3.000 manuscritos, 2.000
pinturas e milhares de panfletos.
Em 1940 o Centro ganhou o seu nome Schomburg em
sua homenagem.
O centro promove o estudo da história e cultura dos
povos descendentes de africanos através de programas
culturais, educacional e publicações.
Tivemos a oportunidade de conhecer uma divisão toda
dedicada à história dos descendentes de africanos no
Brasil.
Vimos gravuras de Debret e P. Fatumby Verger
retratando a vida do povo negro escravizado , suas
manifestações religiosas , e sua vida social.
Encontramos um manifesto das manifestações de 1988
assinada por dezenas de entidades do movimento negro
e tivemos a oportunidade de saber que o Harlem recebeu
milhares de negros escravizados do nosso país levado
pelos holandeses que foram expulsos do Brasil.
The New York
Public Library
- Schomburg
Center for
Research in
Black Culture
NOVA YORQUE